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Newslab 156

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Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/ Nov 2019


De mãos dadas com o presente<br />

e com os olhos no futuro<br />

Nosso propósito é fazer o melhor, todos os dias,<br />

para entregar soluções que transformem a vida das pessoas.<br />

PORQUE INOVAR É IR ALÉM DO TEMPO,<br />

DAS POSSIBILIDADES E DAS EXPECTATIVAS.<br />

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(REESTRUTURAÇÃO DA EMBALAGEM)<br />

Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />

Editorial<br />

Chegamos à <strong>156</strong>ª edição da Revista <strong>Newslab</strong>, cuidadosamente preparada trazendo a maior gama de assuntos<br />

referentes ao setor de diagnóstico laboratorial. A nossa revista traz um material abrangente e especial. Contamos,<br />

desta vez, com três artigos que abordam diferentes temas: o primeiro trazendo o primeiro estudo do continente<br />

americano a avaliar um teste Rapidez ELISA para e detecção precisão de sIgA específica no controle<br />

para Pseudomonas Aeruginosa em saliva;<br />

o segundo artigo aborda a<br />

microbiológico<br />

necessidade da utilização de<br />

da<br />

técnicas<br />

Água.<br />

de biossegurança na rotina de imagenologia; e o<br />

terceiro sobre a etiopatogenia e diagnóstico laboratorial do Vírus do Oeste do Nilo.<br />

Além dos artigos científicos supracitados, seguimos com a seção de Gestão Laboratorial e Profissional que<br />

discorre sobre o papel dos laboratórios de apoio e reforçando a importância da gestão profissional nos laboratórios<br />

clínicos. Na seção Minuto Laboratório falamos sobre a coleta de sangue do braço onde foi feito cateterismo. Na<br />

seção de Radar Científico, abordamos a avaliação de desempenho do ensaio de hemoglobina A1c enzimática<br />

(A1c_E). Somado a isso, seguimos com a seção Direito a Saúde, expondo sobre os desafios da nova era da saúde<br />

no contexto da transformação digital. Seguimos, então, para a seção Lady News trazendo uma entrevista com a<br />

presidente da Labtest Diagnóstica S.A., Doutora Eliane Lustosa, e ainda contamos com a seção de Diagnóstico Por<br />

Imagem, com um belíssimo artigo sobre o câncer de mama e as novas tecnologias diagnósticas, e com a seção<br />

de Boas práticas de laboratório com dois artigos, o primeiro deles sobre a citopatologia na era do diagnóstico<br />

molecular, e o segundo sobre o acolhimento humanizado em saúde. Por fim, nossa despojada e divertida coluna<br />

Analogias em Medicina, discorre sobre o pênfigo, uma patologia comumente encontrada no Brasil.<br />

Todo esse conteúdo, associado à uma importante agenda de eventos e as melhores inovações e soluções do<br />

mercado de análises clínicas, FINALIDADE<br />

reunindo as maiores empresas do ramo. Agradecemos a todos que colaboraram com<br />

essa edição, e a todos os leitores. Kit para controle microbiológico da água (testes de<br />

Boa leitura a todos! presença/ausência de coliformes totais de fecais).<br />

JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA A detecção dos coliformes totais é baseada na hidrólise de<br />

<br />

vez que mais de 98% das cepas de coliformes totais<br />

possuem a enzima galactosidade, que degrada aquele<br />

substrato.<br />

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Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: DEN DABENJ EDITORA NEWS<br />

Conselho Editorial: Sylvian Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Vox | Periodiciade: Bimestral<br />

0 2<br />

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@revista_newslab<br />

Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov<br />

DEN DABENJ EDITORA NEWS - Revista NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 23.057.401/0001-83 - Insc. Est.: 140.252.109.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

A adição de uma substância indutora do operon lac ampli-<br />

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Laboratorial) – 1ª Edição – Autor: Prof. Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

Os primeiros compradores deste livro (efetuada no estande da Revista <strong>Newslab</strong> durante o<br />

evento da 46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC 2019)), entrem em contato com<br />

a editora DEN DABENJ para receber as erratas da obra.<br />

Mande e-mail ou ligue para DEN DABENJ EDITORA NEWS aos cuidados de Daniela:<br />

assinatura@newslab.com.br ou (11) 3900-2390.<br />

Pedimos desculpas por eventuais inconvenientes.<br />

Sylvain, diretor do Conselho Editorial.


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Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a Revista NewsLab publica editoriais, artigos<br />

originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />

na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />

resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />

e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />

constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />

referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas<br />

no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />

Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />

inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />

contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

Revista NewsLab<br />

A/C: João Gabriel – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nossa homepage: www.newslab.com.br<br />

Siga-nos no twitter: @revista_newslab<br />

0 4<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e<br />

informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />

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ordem alfabética<br />

Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

ÁLVARO APOIO - FOLDER 64<br />

APPARAT BRASIL IMPORTS 37 | 67<br />

BECKMAN COULTER 55<br />

BECTON DICKINSON 59 | 71 | 77<br />

BIO ADVANCE 27<br />

CELER BIOTECNOLOGIA 91 | 109<br />

CELLAVISION 11<br />

DB DIAGNÓSTICA 118<br />

DIAGNO 94 - 95<br />

ERBA DIAGNOSTICS 05 | 67<br />

FIRSTLAB 49<br />

GREINER 63 | 101<br />

GRIFOLS 115<br />

GT GROUP (BIOSUL) 25<br />

HERMES PARDINI 57<br />

HORIBA 01 | 111<br />

IDS IMMUNO 21 | 58<br />

J.R. EHLKE&CIA 12 - 13<br />

LAB REDE 39<br />

LUMIRADX 09 | 69<br />

MAYO CLINIC 87<br />

MOBIUS LIFESCIENCE 73<br />

NEOLAB IMPORT 07<br />

NEWPROV 03<br />

NIHON KODHEN 17 | 50 - 51<br />

PNCQ 105<br />

PRIME CARGO 116<br />

ROCHE 75<br />

SARSTEDT 107<br />

SEBIA 89<br />

SEEGENE BRAZIL 29<br />

SIEMENS HEALTHINEERS 19 | 33<br />

SNIBE 53<br />

STRAMEDICAL 31<br />

SYSMEX 81<br />

TBS BINDINGSITE 45<br />

VEOLIA 97<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 83<br />

WAMA PRODUTOS 85<br />

Conselho Editorial<br />

Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Prof. Dr. Carlos A. C. Sannazzaro – Professor<br />

Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de<br />

Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de<br />

Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio<br />

Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas | Dra. Suely Aparecida Corrêa Antonialli – Farmacêutica-Bioquímica-Sanitarista,<br />

Mestre em Saúde Coletiva.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

José de Souza Andrade-Filho, Tainá Cardoso dos Santos Pires, Rosalina Guedes, Ana Clara da Silva, Karla Valéria Santos de Campos, Izalina Carla Oliveira do Nascimento, José Eduardo Batista Filho, Vanessa Danille<br />

Diniz da Silva, Gerusinete Bastos Santos, José Eduardo Batista, Guilherme Ribeiro Juliano, Aline Cristina Souza da Silva, Mariana Silva Oliveira, Lourimar José de Morais, Camila Lourencini Cavellani, Vicente de Paula<br />

Antunes da Teixeira, Mara Lúcia da Fonseca Ferraz, Kairo Silveira, Patricia Fukuma , Ana Hasegawa, Marilene Scodeler, Mauren Isfer Anghebem, Amanda Navarro D’Oliveira<br />

0 6<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />

ARTIGO 1<br />

RESPOSTA IMUNE MEDIADA POR IGA SECRETORA EM<br />

SALIVA E DETECÇÃO PRECOCE DE PSEUDOMONAS<br />

AERUGINOSA NAS VIAS AÉREAS INFERIORES DE<br />

PACIENTES PEDIÁTRICOS COM FIBROSE CÍSTICA<br />

14<br />

40<br />

Autores:<br />

Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu<br />

Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro,<br />

Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

BINDING SITE NO BRASIL<br />

ARTIGO 2<br />

TÉCNICAS DE BIOSSEGURANÇA EM RESSONÂNCIA<br />

MAGNÉTICA PARA PROFISSIONAIS BIOMÉDICOS<br />

HABILITADOS NA ÁREA<br />

Autores:<br />

Natália Martins de Souza; Claudia Peres da Silva;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira.<br />

22<br />

02<br />

10<br />

- Editorial<br />

- Agenda<br />

ARTIGO 3<br />

VÍRUS DO OESTE DO NILO: ETIOPATOGENIA E<br />

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />

Autores:<br />

Aracaty Silva Sobrinho; Ana Rubia Pinto do Nascimento;<br />

Dennis Hollander Silva.<br />

34<br />

58<br />

60<br />

70<br />

- Minuto Laboratório<br />

- Radar Ciêntifico<br />

- Direito a Saúde<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

LABORATÓRIO DE APOIO:<br />

LEVIATÃ OU PARTE DA SOLUÇÃO?<br />

52<br />

78<br />

- Diagnóstico Por Imagem<br />

80<br />

90<br />

114<br />

- Boas Práticas<br />

- Informe de Mercado<br />

- Analogias em Medicina<br />

LADY NEWS<br />

BONS EXEMPLOS<br />

74<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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AGENDA<br />

58º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia<br />

Data: 13/11/2019 a 16/11/2019<br />

Local: Centro de eventos da FIERGS – Porto Alegre/RS<br />

Informações: http://www.cbgo2019.com.br/<br />

66º Congresso Brasileiro de Anestesiologia<br />

Data: 13/11/2019 a 16/11/2019<br />

Local: Centro de Cultura e Convenções de Goiânia – Goiânia/GO<br />

Informações: https://www.congressoanestesia.com.br/<br />

Fórum de Cadeia Fria - ANFARLOG<br />

Data: 19/11/2019<br />

Local: Cinesystem Morumbi Town, São Paulo/SP<br />

Informações: http://www.anfarlog.org.br/course/forum-de-cadeia-fria-3/<br />

18º Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia<br />

Data: 20/11/2019 a 23/11/2019<br />

Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo/SP<br />

Informações: http://congressosppt.com.br/<br />

XXVIII Congresso Latino-Americano de Endocrinologia Pediátrica<br />

Data: 20/11/2019 a 23/11/2019<br />

Local: Açores Espaços de Eventos – Florianópolis/SC<br />

Informações: https://slep2019.websiteseguro.com/index.php<br />

II Encontro de Oncologia e Hematologia<br />

Data: 22/11/2019 a 23/11/2019<br />

Local: Hotel Estância Barra Bonita – Barra Bonita/SP<br />

Informações: https://sistemacenacon.com.br/site/oncologia2019<br />

X Simpósio Internacional de Alergia Alimentar<br />

Data: 22/11/2019 a 23/11/2019<br />

Local: Maksoud Plaza Hotel – São Paulo/SP<br />

Informações: http://www.asbai.org.br/scc/cursos/eventos_detalhes.asp?cod=49<br />

I Jornada Amazonense de Imunização - SBIm<br />

Data: 26/11/2019<br />

Local: Teatro Manauara – Manaus/AM<br />

Informações: https://sistemaparaevento.com.br/evento/jornadaamazona2019/home<br />

Congresso Brasileiro do Sono<br />

Data: 04/12/2019 a 07/12/2019<br />

Local: Hotel Bourbon Cataratas – Foz do Iguaçu/PR<br />

Informações: http://www.sono2019.com.br/<br />

XV Congresso da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual<br />

Data: 05/12/2019 a 08/12/2019<br />

Local: Tivoli Mofarrej São Paulo Hotel – São Paulo/SP<br />

Informações: https://www.slams2019.org/pt/<br />

III Simpósio de Câncer de Pulmão<br />

Data: 06/12/2019 a 07/12/2019<br />

Local: Hotel Pullman – São Paulo/SP<br />

Informações: http://www.simposiocancerdepulmao.com.br/<br />

Congresso Brasileiro de Produção Científica<br />

Data: 11/12/2019 a 13/12/2019<br />

Local: Campus São Cristóvão - Universidade Federal do Sergipe - São Cristóvão/SE<br />

Informações: https://www.even3.com.br/cbpc/<br />

0 10<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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ARTIGO 01<br />

Autores: Renan Marrichi Mauch,<br />

Claudio Lucio Rossi,<br />

Marcos Tadeu Nolasco da Silva,<br />

Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro,<br />

Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby,<br />

Carlos Emilio Levy.<br />

Resposta imune mediada por IgA<br />

secretora em saliva e detecção precoce de<br />

Pseudomonas aeruginosa nas vias aéreas inferiores<br />

de pacientes pediátricos com fibrose cística<br />

INTRODUÇÃO<br />

O diagnóstico precoce da infecção pulmonar crônica por Pseudomonas<br />

aeruginosa é um dos principais desafios na rotina clínica da<br />

fibrose cística (FC), uma doença hereditária que afeta vários órgãos.<br />

A cultura microbiológica de material respiratório é o método diagnóstico<br />

de referência, mas possui limitações, já que apenas 35 a<br />

40% dos pacientes são capazes de expectorar amostras de escarro<br />

espontaneamente [1,2] e a utilidade da cultura de swab de orofaringe<br />

como uma alternativa para a detecção da bactéria é controversa,<br />

já que esse método pode subestimar a presença bacteriana<br />

nos pulmões [3].<br />

O uso de métodos sorológicos para detecção de IgG como uma<br />

alternativa, nesse cenário, tem sido discutido há muito tempo, e<br />

esse método se mostrou útil para a triagem de pacientes com infecção<br />

pulmonar crônica e daqueles em risco de desenvolvimento<br />

dessa condição [4,5]. No entanto, o potencial dos testes sorológicos<br />

para a detecção precoce da infecção por P. aeruginosa ainda é<br />

debatido [6], e a resposta de anticorpos pode surgir quando uma<br />

cepa mucoide de P. aeruginosa, produtora de biofilme, já está bem<br />

estabelecida nos pulmões de pacientes com FC [7].<br />

Recentemente, a hipótese das “vias aéreas unificadas” sugeriu que<br />

as vias aéreas superiores (VAS), mais precisamente os seios paranasais,<br />

é o primeiro nicho e o principal reservatório de cepas de P.<br />

aeruginosa que causam colonização pulmonar intermitente, mesmo<br />

após certo período de terapia de erradicação com antibióticos.<br />

Dessa forma, a detecção e o tratamento da bactéria nas VAS podem<br />

evitar ou, pelo menos, adiar sua aspiração para as vias aéreas inferiores<br />

(VAI), onde ela causa a infecção pulmonar crônica [8-10].<br />

Porém, a coleta de espécime dos seios paranasais com aspirado<br />

nasal (método de referência) é um procedimento muito invasivo,<br />

demorado, doloroso e de alto custo [9], sendo, portanto, inviável na<br />

rotina clínica da maioria dos centros de referência em FC. Métodos<br />

baseados em Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (ELISA) para<br />

dosagem da resposta mediada por IgA secretora (sIgA) em lavado<br />

nasal e saliva já foram testada para propósitos diagnósticos, já que<br />

isso pode refletir uma resposta imune local na mucosa dos seios<br />

paranasais, e mostraram potencial para a diferenciação entre infecção<br />

pulmonar crônica, colonização pulmonar intermitente e ausência<br />

de colonização/infecção pulmonar por P. aeruginosa [11], bem<br />

como para descartar a presença da infecção pulmonar crônica [12].<br />

Neste estudo, avaliamos, em um seguimento de três anos, a utilidade<br />

de um teste ELISA para dosagem de sIgA anti-P. aeruginosa<br />

em saliva, o qual padronizamos anteriormente [12], para detecção<br />

precoce de mudanças no perfil de colonização/infecção pulmonar<br />

por P. aeruginosa, as quais, por sua vez, foram indicadas por mudanças<br />

em resultados de cultura microbiológica e IgG sérica.<br />

0 14<br />

Revista NewsLab Revista NewsLab | Out/Nov | Out/Nov 2019 2019


MÉTODOS<br />

Classificação dos pacientes<br />

O estudo foi realizado no Centro de Referência<br />

em FC do Hospital de Clínicas da Universidade<br />

Estadual de Campinas (CERFC). Inicialmente,<br />

70 pacientes com diagnóstico confirmado de<br />

FC [13], e sem infecção pulmonar crônica por P.<br />

aeruginosa, foram incluídos, dos quais dois pacientes<br />

foram transferidos para outros centros,<br />

dois solicitaram exclusão do estudo, e um perdeu<br />

o seguimento. A amostra final foi de 65 pacientes.<br />

A definição dos perfis de colonização/infecção<br />

pulmonar por P. aeruginosa foi baseada em<br />

critérios de Leeds modificados [12,14], levando-se<br />

em conta resultados de cultura microbiológica<br />

de material respiratório (escarro ou swab<br />

de orofaringe) e de sorologia para detecção de<br />

IgG específica para P. aeruginosa, assim: nunca<br />

colonizados (pacientes sem histórico de P.<br />

aeruginosa em cultura microbiológica de material<br />

respiratório e com resultado negativo na<br />

triagem sorológica); livres de infecção (histórico<br />

de P. aeruginosa em cultura microbiológica,<br />

mas não nos últimos 12 meses anteriores ao<br />

estudo, com resultado sorológico negativo na<br />

triagem); colonização intermitente (isolamento<br />

de P. aeruginosa em menos de 50% das culturas<br />

nos últimos 12 meses, com resultado sorológico<br />

negativo, ou ausência do isolamento de P.<br />

aeruginosa com resultado sorológico positivo);<br />

infecção crônica (isolamento de P. aeruginosa<br />

em menos de 50% das culturas nos últimos 12<br />

meses, com resultado sorológico positivo, ou<br />

isolamento de P. aeruginosa em 50% ou mais<br />

das culturas nos últimos 12 meses, independente<br />

do resultado sorológico).<br />

Avaliação microbiológica das VAI<br />

Pelo menos quatro culturas microbiológicas de<br />

espécime de VAI foram realizadas por paciente/<br />

ano. As amostras foram enviadas ao Laboratório<br />

de Microbiologia do Hospital de Clínicas da Universidade<br />

Estadual de Campinas e cultivadas em<br />

ágar MacConkey por 24 horas a 37ºC. A identificação<br />

foi baseada nas características morfológicas<br />

e bioquímicas das colônias – ausência de<br />

fermentação de lactose, aspecto metálico, odor<br />

semelhante a uva, reação da oxidase positiva e<br />

crescimento a 42ºC [15]. A identificação bioquímica<br />

foi confirmada por métodos automatizados,<br />

usando o sistema BD Phoenix (Becton-Dickinson),<br />

de acordo com as instruções do fabricante.<br />

Dosagem de IgG sérica e sIgA salivar<br />

anti-P. aeruginosa<br />

Os níveis de IgG sérica e sIgA salivar foram<br />

dosados usando testes ELISA padronizados<br />

anteriormente [12,16]. Para o teste sorológico,<br />

amostras de sangue foram coletadas em tubos<br />

de 4,0 mL sem anticoagulante e centrifugadas<br />

a 2500 rpm por 15 minutos, para obtenção<br />

dos soros. Amostras de saliva foram coletadas<br />

usando swabs de algodão Salivette® (Sarstedt).<br />

Basicamente, o swab é colocado na boca do<br />

paciente por três minutos e transferido para um<br />

tubo apropriado, para centrifugação (3000 rpm<br />

por 10 minutos) e obtenção de saliva pura.<br />

Placas de ELISA de 96 poços foram sensibilizadas<br />

overnight com um pool de antígenos<br />

de P. aeruginosa comercializado – St-Ag (Statens<br />

Seruminstitut), diluído em uma proporção<br />

1:2000 em tampão carbonato-bicarbonato<br />

(Na2CO3 10 nmol/L + NaHCO3 28 nmol/L; pH<br />

9,5). Esse antígeno é formado por 64 antígenos<br />

hidrossolúveis dos 17 principais grupos-O de P.<br />

aeruginosa, os quais são obtidos por sonicação<br />

[5]. As placas foram lavadas três vezes com<br />

tampão de lavagem, composto por solução salina-fosfato<br />

tamponada adicionada de Tween 20<br />

a 0,1% (PBS-T). Após essa lavagem, sítios não<br />

específicos na placa foram bloqueados com uma<br />

solução de albumina bovina sérica a 0,1% (diluída<br />

em PBS-T) por uma hora, e a placa foi lavada<br />

duas vezes com PBS-T. Amostras de soro (diluídas<br />

a 1:800) e saliva (diluídas a 1:8) foram adicionadas<br />

por uma hora, seguido por três lavagens<br />

com PBS-T e adição de IgG policlonal anti-humana<br />

conjugada - horseradish peroxidase (HRP)<br />

(P0214, Dako) - diluída a 1:4000 (em placas com<br />

amostras de soro) ou IgA policlonal anti-humana<br />

– HRP, P0216 (Dako) - diluída a 1:2000 (em placas<br />

com amostras de saliva). Tetrametilbenzidina<br />

(TMB; Sigma-Aldrich) foi adicionada como substrato<br />

por 10 e 20 minutos, em placas contendo<br />

soro e saliva, respectivamente. As reações foram<br />

paradas após adição de ácido sulfúrico (H2SO4)<br />

1,0 mol/L. As absorbâncias das amostras foram<br />

medidas em um comprimento de onda de 450<br />

nm em um espectrofotômetro para microplacas<br />

(Labsystems), e os valores de absorbância foram<br />

convertidos em unidades arbitrárias por mL (U/<br />

mL). Valores de corte de 28,2 U/mL e 47,2 U/mL<br />

determinaram resultados positivos para o teste<br />

sorológico e para dosagem de sIgA em saliva,<br />

respectivamente.<br />

Após a triagem, os pacientes foram seguidos<br />

trimestralmente por três anos e monitorados para<br />

mudanças no perfil de colonização/infecção de VAI<br />

por P. aeruginosa e nos níveis de sIgA em saliva, os<br />

quais foram medidos pelo menos uma vez por ano.<br />

Uma mudança no perfil de colonização/infecção<br />

foi considerada quando da conversão de resultados<br />

microbiológicos ou sorológicos. Mudanças<br />

nos níveis de sIgA em saliva foram analisadas em<br />

diferentes cenários de investigação, de acordo com<br />

o perfil de colonização/infecção de VAI ao final do<br />

seguimento. Primeiro, os pacientes foram divididos<br />

em três grupos: pacientes que permaneceram negativos<br />

para P. aeruginosa (Pa(neg)), isto é, nunca<br />

colonizados ou livres de infecção nas VAI; pacientes<br />

que eram positivos para P. aeruginosa (colonização<br />

intermitente nas VAI) no início do seguimento,<br />

mas se tornaram negativos ao final do seguimento<br />

(Pa(pos-neg)), e pacientes que se mantiveram ou<br />

se tornaram positivos para P. aeruginosa (colonização<br />

intermitente ou infecção crônica nas VAI) ao<br />

final do seguimento (Pa(pos)). Em um segundo cenário,<br />

pacientes que se mantiveram ou se tornaram<br />

negativos para P. aeruginosa foram avaliados em<br />

relação a mudanças nos níveis de sIgA em saliva de<br />

acordo com episódios isolados de colonização de<br />

VAI por P. aeruginosa durante o estudo, e divididos<br />

em dois grupos: pacientes que tiveram pelo menos<br />

um resultado positivo de cultura ou IgG sérica durante<br />

o seguimento (os quais indicam colonização<br />

nova ou recorrente), e pacientes que não tiveram<br />

nenhum resultado de cultura ou IgG sérica positivo.<br />

Em um terceiro cenário, os pacientes foram agrupados<br />

de acordo com seu histórico de exposição à<br />

P. aeruginosa nas VAI. Nesse caso, pacientes que<br />

eram livres de infecção e aqueles que tinham colonização<br />

intermitente foram colocados no mesmo<br />

grupo, e pacientes sem histórico microbiológico de<br />

P. aeruginosa foram classificados como não tendo<br />

histórico de exposição à P. aeruginosa. Esse perfil<br />

foi mudado de não-exposto para exposto quando<br />

da conversão de pelo menos um resultado de cultura<br />

ou sorologia durante o seguimento.<br />

ARTIGO 01<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 15


Autores: Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />

ARTIGO 01<br />

Análise estatística<br />

Níveis de sIgA foram comparados entre pacientes<br />

com diferentes perfis de colonização<br />

de VAI por P. aeruginosa (nunca colonizado,<br />

livre de infecção e colonização intermitente)<br />

no início e no final do estudo, nos diferentes<br />

cenários citados anteriormente, usando os testes<br />

não paramétricos de Mann-Whitney (para<br />

duas amostras independentes) e Kruskal-Wallis<br />

(para mais de duas amostras independentes).<br />

As variações dos níveis de sIgA entre cada grupo<br />

foram avaliadas usando os testes não paramétricos<br />

de Wilcoxon (para dois períodos diferentes)<br />

e Friedman (para mais de dois períodos<br />

diferentes). As diferenças entre porcentagens<br />

foram avaliadas usando o teste qui-quadrado.<br />

Análises de risco foram realizadas por meio do<br />

cálculo de odds-ratio (OR) e seus intervalos de<br />

confiança (IC) de 95%. Para todos os testes, um<br />

valor de p menor que 0,05 foi considerado estatisticamente<br />

significativo.<br />

Aspectos éticos<br />

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da<br />

Universidade Estadual de Campinas (Parecer nº<br />

931.170). Todo(a)s o(a)s pacientes que concordaram<br />

em participar do estudo assinaram um<br />

termo de consentimento informado. No caso de<br />

pacientes menores de 18 anos, o termo foi assinado<br />

por seu(sua) pessoa responsável legal e<br />

o(a) paciente (quando alfabetizado[a]) assinou<br />

um termo de assentimento.<br />

RESULTADOS<br />

De 65 pacientes incluídos, 31 eram do sexo masculino<br />

e 34 do sexo feminino, com mediana de idade<br />

de 4,5 anos (0,4 – 18,7). Amostras de escarro<br />

foram coletadas de 12 pacientes, e, em 53 pacientes,<br />

o espécime respiratório foi coletado com swab<br />

de orofaringe. Vinte e oito pacientes tinham colonização<br />

intermitente, 20 eram livres de infecção e 17<br />

nunca haviam sido colonizados por P. aeruginosa<br />

(Tabela 1). Tanto os níveis medianos basais de sIgA<br />

em saliva quanto a taxa de positividade para o teste<br />

de sIgA foram significativamente mais altos em pacientes<br />

livres de infecção e com colonização intermitente,<br />

quando comparados aos pacientes nunca<br />

colonizados, que não mostraram positividade para<br />

o teste (Tabela 1).<br />

Durante o estudo, cinco pacientes que eram livres<br />

de infecção no início mudaram o perfil para<br />

colonização intermitente por P. aeruginosa nas<br />

VAI; dois se tornaram infectados crônicos e 13<br />

permaneceram livres de infecção. Episódios de<br />

colonização recorrente foram vistos em 54%<br />

desses últimos. A taxa de positividade para<br />

sIgA nesse grupo de pacientes, ao final do seguimento,<br />

foi de 60%, e todos os pacientes que<br />

eram sIgA-positivos no início do estudo mantiveram-se<br />

positivos até o final do seguimento.<br />

Oito pacientes que nunca haviam sido colonizados<br />

desenvolveram a colonização de VAI por P.<br />

aeruginosa durante o seguimento, e três deles<br />

apresentaram colonização intermitente ao final<br />

do seguimento, com taxa de positividade para<br />

sIgA de 41,2%. Sete pacientes do grupo com<br />

colonização intermitente mantiveram esse perfil,<br />

dois desenvolveram infecção crônica e 19 se<br />

tornaram livres de infecção por P. aeruginosa<br />

nas VAI. A taxa de positividade para sIgA ao final<br />

do seguimento foi de 64,3% (Figura 1).<br />

De 12 pacientes que foram capazes de expectorar<br />

amostra de escarro, sete (58%) tinham colonização<br />

intermitente nas VAI no início do estudo.<br />

Dois deles se tornaram livres de infecção, dois<br />

desenvolveram infecção crônica, e três se mantiveram<br />

com colonização intermitente ao final do<br />

seguimento. Dois pacientes nunca haviam sido<br />

colonizados no início do estudo e mantiveram-se<br />

assim durante o estudo, e três pacientes eram<br />

livres de infecção, dois dos quais desenvolveram<br />

colonização intermitente ao final do seguimento.<br />

Em geral, pacientes que expectoraram escarro tiveram<br />

níveis medianos de sIgA em saliva significativamente<br />

mais altos, no início do estudo (46,7<br />

vs. 19,2 U/mL; p = 0,014), bem como no primeiro<br />

(69,4 vs. 39,5 U/mL; p = 0,042) e segundo<br />

(131,3 vs. 45,4; p = 0,031) anos de seguimento,<br />

mas não no último ano de seguimento (108,9 vs.<br />

51,8 U/mL; p = 0,068), comparado a pacientes<br />

cujos espécimes respiratórios foram coletados<br />

com swab de orofaringe.<br />

Primeiro cenário: níveis de sIgA em saliva<br />

de acordo com mudanças no perfil de colonização/infecção<br />

por P. aeruginosa nas VAI<br />

Após três anos de seguimento, resultados microbiológicos<br />

e sorológicos (IgG sérica) indicaram<br />

Figura 1. Pacientes com FC incluídos no estudo, classificados de acordo<br />

com seus perfis iniciais de colonização por P. aeruginosa nas VAI. Desfechos<br />

e positividade para o teste de sIgA ao final do seguimento. *54% dos<br />

paciente nesse grupo tiveram recorrência de colonização por P. aeruginosa<br />

durante o seguimento.<br />

Figura 2. Distribuição dos níveis de sIgA em saliva no início do estudo<br />

e nos três anos de seguimento, de acordo com mudanças no perfil de<br />

colonização por P. aeruginosa nas VAI (indicadas por mudanças em<br />

resultados microbiológicos e sorológicos). Pa(neg): pacientes que eram<br />

P. aeruginosa-negativos no início do estudo e mantiveram esse perfil ao<br />

final do seguimento; Pa(pos-neg): pacientes que eram P. aeruginosa-positivos<br />

no início do estudo e se tornaram P. aeruginosa-negativos ao final<br />

do seguimento; Pa(pos): pacientes que eram P. aeruginosa-positivos no<br />

início do estudo e permaneceram positivos ao final do seguimento. A linha<br />

pontilhada corresponde ao ponto de corte positivo do teste de ELISA para<br />

detecção de sIgA em saliva (47.2 U/mL).<br />

Figura 3. Distribuição dos níveis de sIgA em saliva no início do estudo e<br />

em três anos de seguimento, de acordo com o histórico de exposição à P.<br />

aeruginosa dos pacientes (nas VAI) durante o estudo. A linha pontilhada<br />

corresponde ao ponto de corte positivo do teste de ELISA para detecção de<br />

sIgA em saliva (47.2 U/mL).<br />

27 pacientes Pa(neg), 19 pacientes Pa(pos-neg) e<br />

19 pacientes Pa(pos). Os níveis medianos de sIgA<br />

em saliva foram 19,2 U/mL (2,8 – 155,1), 25,4<br />

U/mL (3,2 – 424,5) e 39,6 U/mL (3,7 – 233,1),<br />

respectivamente. Foi encontrada diferença estatística<br />

entre os grupos Pa(pos) e Pa(neg) (p =<br />

0,02). Os níveis de sIgA aumentaram significati-<br />

0 16<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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0 17


Autores: Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />

ARTIGO 01<br />

vamente dentro dos grupos Pa(pos) e Pa(neg),<br />

no último ano de seguimento, comparados a seus<br />

níveis basais. Os valores medianos (faixa; valor de<br />

p) foram 25,2 U/mL (10,1 – 420,8; p = 0,003),<br />

51,3 U/mL (16,7 – 285,1; p = 0,07) e 119,4 U/<br />

mL (15,6 – 655,8; p = 0,01) nos grupos Pa(neg),<br />

Pa(pos−neg) and Pa(pos), respectivamente, no<br />

último ano de seguimento, sendo que os níveis<br />

do grupo Pa(pos) foram significativamente mais<br />

altos (p = 0,005; Figura 2).<br />

Segundo cenário: mudança nos níveis de<br />

sIgA de acordo com colonização nova ou recorrente<br />

por P. aeruginosa nas VAI<br />

Entre pacientes dos grupos Pa(neg) e<br />

Pa(pos−neg) (n = 46), 22 tiveram pelo menos<br />

um episódio de colonização nova ou recorrente<br />

nas VAI durante o seguimento. Os níveis medianos<br />

de sIgA nesses pacientes estavam acima do<br />

ponto de corte em todos os períodos do estudo,<br />

quando comparados a pacientes sem essas condições;<br />

entretanto, apenas no primeiro ano de<br />

seguimento houve diferença estatística. Dentro<br />

de ambos os grupos, os níveis medianos de sIgA<br />

foram significativamente mais altos no último<br />

ano de seguimento, em comparação com<br />

os níveis basais (Tabela 2). Dentro do grupo<br />

Pa(pos−neg), 9/19 (47%) dos pacientes não<br />

tiveram colonização recorrente durante o seguimento,<br />

mas seus níveis de sIgA foram significativamente<br />

mais altos no último ano, em relação<br />

aos níveis basais. Entre 24 pacientes que não<br />

tiveram colonização nova ou recorrente, um paciente<br />

no grupo Pa(pos) tinha colonização persistente<br />

por Stenotrophomonas maltophilia nas<br />

Tabela 1. Pacientes incluídos no estudo. Sexo, idade, perfil de colonização por P. aeruginosa nas VAI, níveis basais medianos de<br />

sIgA em saliva e porcentagem de positividade para sIgA.<br />

Perfil (VAI) Colonização intermitente Livre de infecção Nunca colonizados p-valor²<br />

Perfil N (VAI) Colonização 28 intermitente Livre 20 de infecção Nunca 17 colonizados p-valor² -<br />

Sexo (M/F) N 12/1628 10/1020 9/8 17 - -<br />

MED idade Sexo (Faixa) (M/F) 3.2 (0.412/16 - 14.1) 6.6 (0.710/10 - 18.7) 4.3 (0.4 - 9/8 16.3) - -<br />

Perfil (VAI) Colonização intermitente Livre de infecção Nunca colonizados p-valor²<br />

MED MED [IgG idade sérica]¹ (Faixa) 11.03.2 (1.7(0.4 - 145.0) - 14.1) 7.26.6 (2.5(0.7 - 22.9) - 18.7) 6.24.3 (3.3(0.4 - 17.1) - 16.3) 0.284 -<br />

N 28 20 17 -<br />

MED [sIgA]¹ [IgG sérica]¹ 27.11.0 (3.2(1.7 - 424.5) - 145.0) 37.17.2 (3.1(2.5 - 223.1) - 22.9) 15.06.2 (2.8 (3.3 - 44.2) - 17.1) 0.037 0.284<br />

Sexo (M/F) 12/16 10/10 9/8 -<br />

% sIgA MED positiva [sIgA]¹ 27.146.0 (3.2 - 424.5) 37.135.0 (3.1 - 223.1) 15.0.0 (2.8 - 44.2) 0.004 0.037<br />

MED idade (Faixa) 3.2 (0.4 - 14.1) 6.6 (0.7 - 18.7) 4.3 (0.4 - 16.3) -<br />

% 1. sIgA Dado positiva em unidades por mL 46.0 (U/mL); 2. Teste H de 35.0 Kruskal-Wallis (bicaudal). 0.0 0.004<br />

MED [IgG sérica]¹ 11.0 (1.7 - 145.0) 7.2 (2.5 - 22.9) 6.2 (3.3 - 17.1) 0.284<br />

Abreviações: 1. Dado em M (Masculino), unidades por F (Feminino), mL (U/mL); MED 2. Teste (Mediana) H de Kruskal-Wallis (bicaudal).<br />

MED [sIgA]¹ 27.1 (3.2 - 424.5) 37.1 (3.1 - 223.1) 15.0 (2.8 - 44.2) 0.037<br />

Abreviações: M (Masculino), F (Feminino), MED (Mediana)<br />

% sIgA positiva 46.0 35.0 0.0 0.004<br />

1. Dado em unidades por mL (U/mL); 2. Teste H de Kruskal-Wallis (bicaudal).<br />

Tabela<br />

Abreviações:<br />

2. Mudança nos<br />

M<br />

níveis<br />

(Masculino),<br />

de sIgA em saliva<br />

F (Feminino),<br />

de acordo com<br />

MED<br />

o desenvolvimento<br />

(Mediana)<br />

de colonização nova ou recorrente por P.<br />

aeruginosa nas VAI durante o seguimento (indicado por mudanças em resultados microbiológicos e/ou sorológicos).<br />

Colonização nova/recorrente Sim Não p-valor² p-valor²*<br />

Colonização MED [sIgA] nova/recorrente basal 24.2 (2.8 - Sim 223.1) 21.3 (3.1 - Não 424.5) 0.260 p-valor² 0.164 p-valor²*<br />

MED MED [sIgA] [sIgA] ano basal 1 55.024.2 (6.9(2.8 - 337.8) - 223.1) 21.9 21.3 (6.6 (3.1 - 277) - 424.5) 0.011 0.260 0.020 0.164<br />

MED MED [sIgA] [sIgA] ano ano 2 1 96.755.0 (11.0 (6.9 - 708.0) - 337.8) 40.8 21.9 (14.0(6.6 - 607.0) - 277) 0.269 0.011 0.043 0.020<br />

Colonização nova/recorrente Sim Não p-valor² p-valor²*<br />

MED MED [sIgA] [sIgA] ano ano 3 2 73.096.7 (10.1 (11.0 - 655.8) - 708.0) 28.140.8 (11.0 (14.0 - 285.0) - 607.0) 0.116 0.269 0.138 0.043<br />

MED [sIgA] basal 24.2 (2.8 - 223.1) 21.3 (3.1 - 424.5) 0.260 0.164<br />

MED p-valor¹ [sIgA] ano 3 73.0.002 (10.1 - 655.8) 28.1 < 0.001 (11.0 - 285.0) 0.116 0.138<br />

MED [sIgA] ano 1 55.0 (6.9 - 337.8) 21.9 (6.6 - 277) 0.011 0.020<br />

1. Teste p-valor¹ de Friedman (bicaudal); 2. 0.002 Teste U de Mann-Whitney < 0.001 (bicaudal); *Após exclusão<br />

MED<br />

de pacientes 1. [sIgA] Teste ano de com Friedman 2<br />

colonização<br />

96.7 (bicaudal); (11.0<br />

recorrente<br />

- 708.0) 2. Teste ou persistente U 40.8 de Mann-Whitney (14.0<br />

com<br />

- 607.0)<br />

outras bactérias (bicaudal); 0.269<br />

gram-negativas.<br />

*Após exclusão 0.043<br />

MED Abreviações: de [sIgA] pacientes ano MED 3 com (Mediana). colonização 73.0 (10.1 recorrente - 655.8) ou 28.1 persistente (11.0 - com 285.0) outras bactérias 0.116 gram-negativas. 0.138<br />

p-valor¹ Abreviações: MED (Mediana). 0.002 < 0.001<br />

1. Teste de Friedman (bicaudal); 2. Teste U de Mann-Whitney (bicaudal); *Após exclusão<br />

de pacientes com colonização recorrente ou persistente com outras bactérias gram-negativas.<br />

Histórico de exposição à P. aeruginosa Expostos Não expostos p-valor*<br />

Abreviações: MED (Mediana).<br />

Tabela 3. Histórico Mudanças de nos exposição níveis de sIgA à N em P. saliva aeruginosa e na porcentagem de positividade Expostos 48 para sIgA de acordo Não com 17 expostos o histórico de p-valor* -<br />

exposição Baseline à P. aeruginosa % nas Positividade VAI durante o N seguimento. para sIgA 41.748 0 17 < 0. 001 -<br />

Baseline MED % Positividade [sIgA] (U/mL) para sIgA 31.1 (3.1 - 41.7 424.5) 15.0 (2.8 - 044.2) 0.005 < 001<br />

Histórico de exposição MED à P. [sIgA] N aeruginosa (U/mL) 31.1 Expostos 49 (3.1 - 424.5) Não 15.0 expostos 16 (2.8 - 44.2) p-valor* - 0.005<br />

Ano 1 % Positividade N N pra sIgA 59.2 48 49 12.5 17 16 0.001 - -<br />

Baseline Ano 1 % MED Positividade % Positividade [sIgA] (U/mL) para pra sIgA sIgA 59.1 (6.6 41.7 - 59.2 337.8) 20.7 (7.5 0 12.5 - 92.2) < 0.002<br />

0.001 001<br />

MED MED [sIgA] [sIgA] N (U/mL) (U/mL) 31.159.1 (3.1 54 (6.6 - 424.5) - 337.8) 15.020.7 (2.8 11 (7.5 - 44.2) - 92.2) 0.005 - 0.002<br />

Ano 2 % Positividade N N para sIgA 55.6 49 54 45.5 16 11 0.54 - -<br />

Ano Ano 1 2 % MED % Positividade [sIgA] (U/mL) pra para sIgA sIgA 68.0 (10.8 59.255.6 - 707.6) 41.4 (18.3 12.545.5 - 306.2) 0.374 0.001 0.54<br />

MED MED [sIgA] [sIgA] N (U/mL) (U/mL) 59.1 68.0 (6.6 56 (10.8 - 337.8) - 707.6) 20.7 41.4 (7.5 (18.3 9 - 92.2) - 306.2) 0.002 - 0.374<br />

Ano 3 % Positividade N N pra sIgA 60.7 54 56 33.3 11 9 0.124 - -<br />

Ano Ano 2 3 % MED Positividade % Positividade [sIgA] (U/mL) para pra sIgA sIgA 66.7 (10.1 55.60.7 - 655.8) 24.4 (16.0 45.533.3 - 110.4) 0.041 0.54 0.124<br />

* Teste U de Mann-Whitney MED MED (unicaudal). [sIgA] [sIgA] (U/mL) Abreviações: (U/mL) MED 68.066.7 (10.8 (Mediana). (10.1 - 707.6) - 655.8) 41.424.4 (18.3 (16.0 - 306.2) - 110.4) 0.374 0.041<br />

* Teste U de Mann-Whitney (unicaudal). N Abreviações: MED 56 (Mediana).<br />

9 -<br />

Ano 3 % Positividade pra sIgA 60.7 33.3 0.124<br />

MED [sIgA] (U/mL) 66.7 (10.1 - 655.8) 24.4 (16.0 - 110.4) 0.041<br />

* Teste U de Mann-Whitney (unicaudal). Abreviações: MED (Mediana).<br />

VAI, e quatro pacientes (três no grupo Pa(neg) e<br />

um no grupo Pa(pos−neg)) tiveram, pelo menos,<br />

três isolados de outras bactérias gram-negativas<br />

(S. maltophilia, Haemophilus influenzae<br />

e Complexo Burkholderia cepacia) em cultura<br />

microbiológica de VAI, durante o seguimento.<br />

Quando esses cinco pacientes foram excluídos,<br />

os níveis medianos de sIgA em saliva no segundo<br />

ano de seguimento se tornaram significativamente<br />

mais altos no grupo Pa(pos−neg); no<br />

entanto, não foram observadas outras diferenças<br />

estatísticas além dessa (Tabela 2).<br />

Dos pacientes que eram P. aeruginosa-negativos<br />

nas VAI no início do estudo, 20 converteram<br />

seus níveis de sIgA e os mantiveram positivos<br />

até o final do seguimento, 15 dos quais tiveram<br />

colonização nova ou recorrente nas VAI ou terminaram<br />

o estudo como P. aeruginosa-positivos.<br />

Em 10 desses, o teste de sIgA foi capaz de<br />

detectar anticorpos anti-P. aeruginosa em saliva<br />

antes de (n = 8) ou simultaneamente (n = 2) a<br />

mudanças em resultados de cultura ou sorologia,<br />

com um intervalo médio de 9,5 meses (0 – 22,1).<br />

Em cinco pacientes, a resposta de sIgA em saliva<br />

apareceu depois da detecção por cultura/sorologia,<br />

com intervalo médio de 6,4 meses (3 – 14)<br />

Outros cinco pacientes mantiveram níveis positivos<br />

de sIgA em saliva sem converter os resultados<br />

de cultura ou sorologia até o final do seguimento.<br />

Terceiro cenário: mudanças nos níveis de<br />

sIgA em saliva de acordo com o histórico de<br />

exposição à P. aeruginosa nas VAI<br />

Nesse cenário, 48 e 17 pacientes foram classificados<br />

como tendo e não tendo histórico de exposição<br />

à P. aeruginosa nas VAI, respectivamente<br />

(no início do estudo). Durante o seguimento, oito<br />

pacientes foram expostos à P. aeruginosa, independente<br />

de seu desfecho ao final do estudo. Tanto<br />

os níveis de sIgA quanto a taxa de positividade<br />

para o teste se mostraram significativamente<br />

mais altos em pacientes que tiveram exposição à<br />

P. aeruginosa em todos os períodos do estudo,<br />

exceto no segundo ano (Tabela 3, Figura 3). Um<br />

valor mediano positivo (em U/mL) no primeiro<br />

ano de seguimento implicou em riscos significativamente<br />

aumentados de exposição à P. aeruginosa<br />

nas VAI, tanto no segundo ano (OR =<br />

12,5, IC: 1,5 – 104,6), quanto no terceiro ano de<br />

seguimento (OR = 9,2; IC: 1,1 – 78,8).<br />

0 18<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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Autores: Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />

ARTIGO 01<br />

DISCUSSÃO<br />

A sinusite bacteriana crônica afeta a maioria dos<br />

pacientes com FC, e a P. aeruginosa é comumente<br />

isolada em culturas de secreções sinusais [17-<br />

19]. No entanto, o impacto na qualidade de vida<br />

parece ser baixo e sintomas de sinusite tendem<br />

a ser pouco relatados por pacientes com FC [20-<br />

22]. A alta razão sIgA/IgG nos seios paranasais,<br />

provavelmente, é a principal razão para isso, dada<br />

a resposta pouco inflamatória desencadeada<br />

pela sIgA quando do encontro com o patógeno<br />

na mucosa sinusal [9,23]. A sIgA específica para<br />

P. aeruginosa é detectável em saliva [11,12] e<br />

testes baseados em ELISA podem ser úteis para<br />

identificar focos de P. aeruginosa nos seios paranasais<br />

da FC e o risco de aspiração dessa bactéria<br />

para os pulmões, já que secreções dos seios da<br />

face são aspiradas para os pulmões [24]. Assim,<br />

nosso objetivo foi avaliar a habilidade de nosso<br />

teste ELISA para sIgA de detectar precocemente<br />

o aparecimento da P. aeruginosa nas VAI. Para<br />

melhor separar os pacientes de acordo com seus<br />

perfis de colonização/infecção por P. aeruginosa<br />

nas VAI, dado o número limitado de culturas microbiológicas<br />

feitas anualmente em nosso centro<br />

(em média, quatro por paciente), nossos critérios<br />

de classificação se basearam tanto em resultados<br />

microbiológicos quanto em resultados sorológicos<br />

(dosagem de IgG sérica anti-P. aeruginosa),<br />

onde um teste complementa o outro.<br />

Os níveis de sIgA elevados em saliva de pacientes<br />

livres de infecção (Tabela 1) não são surpreendentes,<br />

já que esses pacientes tiveram, pelo menos,<br />

uma exposição anterior à P. aeruginosa, e, mesmo<br />

após erradicação bacteriana nas VAI, a resposta de<br />

sIgA em saliva pode indicar memória imunológica<br />

[25,26], ou, mais provavelmente, foco persistente<br />

de colonização nos seios paranasais. O último<br />

fica mais evidente com a manutenção dos níveis<br />

positivos de sIgA nesse grupo, juntamente com a<br />

taxa considerável de colonização recorrente por P.<br />

aeruginosa nas VAI durante o estudo. Inicialmente,<br />

o teste também se mostrou capaz de descartar a<br />

presença de qualquer exposição atual ou anterior<br />

à P. aeruginosa nas VAI, já que não foi observada<br />

positividade para o teste no grupo nunca colonizado,<br />

corroborando nossa primeira avaliação do teste,<br />

que encontrou um valor preditivo negativo de 92%<br />

para descartar a infecção pulmonar crônica [12].<br />

Entretanto, ao final do seguimento, um terço dos<br />

pacientes que se mantiveram nunca colonizados<br />

nas VAI tinham níveis positivos de sIgA em saliva<br />

(Figura 1, Tabela 3).<br />

Com relação a desfechos clínicos, o uso de diferentes<br />

cenários de investigação nos permitiu<br />

uma avaliação mais clara da utilidade do teste.<br />

Primeiro, tivemos a hipótese de que pacientes do<br />

grupo Pa(pos) teriam níveis significativamente<br />

mais altos de sIgA em saliva do que pacientes do<br />

grupo Pa(neg), tanto no início quanto no final do<br />

seguimento, o que foi confirmado (Figura 2). A<br />

ausência de diferença estatística entre os grupos<br />

Pa(pos) e Pa(pos-neg) não foi considerada uma<br />

surpresa e está de acordo com achados microbiológicos<br />

recentes de pacientes com FC que passaram<br />

por transplante pulmonar, os quais mostraram<br />

uma correlação significativa entre culturas<br />

de espécimes sinusais pré-transplante e culturas<br />

de lavado broncoalveolar (BAL) pós-transplante,<br />

onde 19/21 pacientes com P. aeruginosa nos<br />

seios paranasais tiveram cultura de BAL positiva<br />

[27]. Outro estudo [28] demonstrou que 42%<br />

dos pacientes tinham os mesmos patógenos de<br />

culturas de material de VAI pré-transplante isolados<br />

em culturas de lavado nasal após o transplante.<br />

Os benefícios clínicos da abordagem de seios<br />

paranasais para pacientes com FC foram relatados<br />

pelo grupo de estudo em FC de Copenhague,<br />

Dinamarca. Pacientes que passaram por cirurgia<br />

sinusal combinada com tratamento antibiótico<br />

tópico e sistêmico no pós-operatório mostraram<br />

melhora da função pulmonar e frequência significativamente<br />

reduzida de colonização por P. aeruginosa<br />

e outras bactérias gram-negativas, em<br />

um a três anos após a cirurgia [10,29].<br />

Nossos resultados apoiam o potencial papel dos<br />

seios paranasais como nicho de colonização descendente<br />

ou recolonização das VAI. É interessante<br />

o fato de não ter havido diferença significativa nos<br />

níveis de sIgA em saliva entre os grupos Pa(neg)<br />

e Pa(pos-neg) ao final do seguimento. Tivemos a<br />

hipótese de que isso seria explicado por episódios<br />

isolados de colonização nova ou recorrente nas<br />

VAI durante o estudo, o que nos levou ao segundo<br />

cenário de investigação. Entretanto, apesar dos níveis<br />

medianos de sIgA significativamente elevados<br />

no primeiro ano de seguimento, em pacientes<br />

que tiveram colonização recorrente, não foram<br />

observadas associações significativas entre essas<br />

variáveis, devido à porcentagem considerável de<br />

pacientes do grupo Pa(neg) com sIgA positiva ao<br />

final do seguimento (Tabela 2). Corroborando o<br />

que foi especulado em nossa análise transversal<br />

anterior [12], esses resultados sugerem fortemente<br />

que pacientes do grupo Pa(neg) compõem<br />

um grupo de risco para desenvolvimento<br />

de colonização/infecção das VAI. Tal hipótese foi<br />

confirmada em nosso terceiro cenário de investigação,<br />

no qual um valor mediano positivo do<br />

teste no primeiro ano de seguimento levou a riscos<br />

12,5 e nove vezes aumentados, de exposição<br />

à P. aeruginosa nas VAI, um e dois anos depois,<br />

respectivamente. Vale mencionar que, apesar da<br />

ausência de resultados positivos de cultura e/ou<br />

IgG sérica, pacientes que são livres de infecção de<br />

VAI não são livres de exposição à P. aeruginosa<br />

e, por isso, foram colocados juntos com pacientes<br />

com colonização intermitente, no mesmo grupo,<br />

nesse cenário específico. Além disso, o aumento<br />

significativo dos níveis de sIgA em pacientes<br />

Pa(neg) que não tiveram colonização recorrente<br />

nas VAI evita que nosso teste seja considerado um<br />

marcador de erradicação da colonização/infecção<br />

nesse compartimento.<br />

Embora o St-Ag contenha antígenos que reagem<br />

de forma cruzada com outras bactérias<br />

negativas, como relatado em estudos anteriores<br />

[30-32], isso não pareceu ser um grande<br />

problema em nosso estudo, já que, na grande<br />

maioria das vezes, não foi observada diferença<br />

estatística nos níveis de sIgA entre pacientes<br />

com e sem colonização recorrente por P. aeruginosa<br />

durante o seguimento, mesmo após a<br />

exclusão de pacientes que tinham colonização<br />

recorrente ou persistente com outras bactérias<br />

gram-negativas. Na maioria dos pacientes que<br />

desenvolveram colonização por P. aeruginosa<br />

nas VAI, ou tiveram episódios isolados de colonização<br />

durante o estudo, a resposta de sIgA<br />

foi detectada em saliva antes ou simultaneamente<br />

às conversões em resultados de cultura<br />

ou IgG sérica. Entretanto, houve casos em que<br />

o patógeno foi detectado primeiro nas VAI, e<br />

mais de 25% dos pacientes terminaram o seguimento<br />

como P. aeruginosa-positivo nas VAI<br />

sem converter os resultados de sIgA. Nesses<br />

pacientes, a fonte de recolonização pode ser as<br />

0 20<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


vias aéreas condutoras dos pulmões, onde a P.<br />

aeruginosa não é erradicada por antibioticoterapia,<br />

cresce lentamente em agregados de biofilmes,<br />

ou como microcolônias, devido à baixa<br />

concentração de oxigênio, seguido por resposta<br />

inflamatória ativada em menor grau [33-35].<br />

Tais discrepâncias também foram encontradas<br />

em estudos baseados em microbiologia, e o<br />

método de amostragem das vias aéreas parece<br />

ter um papel, já que métodos menos invasivos,<br />

tais como o lavado nasal, podem não representar<br />

todos os seios paranasais [36]. De fato, a<br />

concordância entre a presença da P. aeruginosa<br />

nas VAS e VAI parece variar de 19 a 55%, dependendo<br />

do método de amostragem [18,37,38].<br />

Além disso, a amostragem de um único seio específico<br />

pode não capturar as bactérias localizadas<br />

em outros seios paranasais [39]. Da mesma<br />

forma, não é possível afirmar categoricamente<br />

que a presença da P. aeruginosa em um dado<br />

seio paranasal pode despertar uma resposta<br />

mediada por sIgA detectável em saliva. Por<br />

outro lado, as taxas de compatibilidade genotípica<br />

de amostras recuperadas das VAS e VAI são<br />

altas [18,19,40]. Basicamente, isso sugere que<br />

os seios paranasais realmente agem como reservatórios<br />

bacterianos, mas não são os únicos.<br />

Conclusão<br />

Este é o primeiro estudo no continente Americano<br />

a avaliar a utilidade de um teste de ELISA<br />

para detecção de sIgA específica para P. aeruginosa<br />

em saliva. Naturalmente, há limitações.<br />

Primeiro, foi um estudo realizado em um único<br />

centro, com baixo número de pacientes e amostras,<br />

limitando análises estatísticas mais robustas.<br />

Segundo, o estudo carece de comparação entre a<br />

resposta de sIgA e a abordagem microbiológica<br />

dos seios paranasais, a qual não é feita de rotina<br />

em nosso centro, e é necessária para confirmar o<br />

verdadeiro potencial de nosso teste como marcador<br />

de colonização sinusal persistente. Terceiro, o<br />

baixo número de pacientes que desenvolveram<br />

colonização pulmonar crônica por P. aeruginosa<br />

impediu que avaliássemos a habilidade do teste<br />

de detectar precocemente o estabelecimento<br />

dessa infecção, o que prentendemos avaliar em<br />

um seguimento mais longo. Em geral, os resultados<br />

apresentam um teste fácil, rápido e exequível,<br />

que, em um curto tempo, detectou mudanças no<br />

perfil de colonização por P. aeruginosa nas VAI de<br />

pacientes com FC, e risco de exposição à P. aeruginosa<br />

nas VAI com dois anos de antecedência,<br />

corroborando, assim, a hipótese das “vias aéreas<br />

unificadas”. Embora sua utilidade diagnóstica<br />

deva ser mais bem avaliada, nosso teste surge<br />

como uma potencial alternativa para identificar<br />

pacientes com necessidade de investigação de<br />

colonização por P. aeruginosa nos seios paranasais,<br />

o que, por sua vez, pode abrir uma janela<br />

de oportunidade para erradicar a bactéria nesse<br />

compartimento antes que ela seja aspirada para<br />

os pulmões, evitando, ou pelo menos adiando, o<br />

estabelecimento da infecção pulmonar crônica.<br />

Financiamento<br />

Este estudo foi financiado pela Fundação de Amparo<br />

à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP;<br />

processo nº 2014/00007-8) e pelo Fundo de<br />

Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade<br />

Estadual de Campinas (FAEPEX; processo nº<br />

0112/17).<br />

Conflitos de interesse: Nenhum.<br />

ARTIGO 01<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 21


ARTIGO 02<br />

Autores:Natália Martins de Souza1;<br />

Claudia Peres da Silva2;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />

Técnicas de Biossegurança<br />

Em Ressonância Magnética para Profissionais<br />

Biomédicos Habilitados na Área<br />

1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />

Tecsoma- Paracatu/MG.<br />

2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />

de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />

3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />

Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />

Paracatu/MG.<br />

Resumo<br />

Vista como uma prática médica de alta sensibilidade e alta especificidade,<br />

o fenômeno da ressonância magnética foi descoberto<br />

em 1946 por Felix Bloch e Edward Purcel na Universidade de Stanford<br />

(EUA), onde é capaz de obter imagens em alta resolução e em<br />

diversos planos sem a utilização de radiação ionizante. Fixou-se<br />

como o método imagenológico mais importante e menos invasivo<br />

já descrito, adquirindo um papel fundamental no diagnóstico das<br />

mais variadas patologias. Mediante a constante evolução que esses<br />

equipamentos sofrem, viu-se a necessidade da criação de protocolos<br />

que confiassem a execução do procedimento de uma forma<br />

segura, sendo descritos na norma IEC 60601-2- 33:2002. Este<br />

trabalho tem como finalidade primordial identificar e analisar as<br />

atuais normas de segurança direcionadas ao ambiente de RM, garantindo<br />

mais segurança aos profissionais Biomédicos habilitados<br />

na área e aos pacientes direcionados ao exame, diminuindo risco<br />

de possíveis acidentes.<br />

Palavras-Chave: Ressonância magnética; biossegurança; biomédicos.<br />

Abstract<br />

This is a high practice and magnetic resonance was detected<br />

in 1946 by Felix Bloch and Edward Purcel at Stanford University<br />

(USA) use of ionizing radiation. The imaging method is more<br />

important and less invasive already described, acquiring a fundamental<br />

role without the diagnosis of the most varied pathologies.<br />

Through the reissuing of the burns suffered, the creation<br />

of reports on the existence of a process verification in a safe way<br />

was seen, being a norm in the IEC 60601-2-33: 2002 standard.<br />

This is a first program of analysis of data and statistics related to<br />

risk statistics on the basis of the likelihood that they will be risk-<br />

-free. Magnetic resonance imaging. Biosafety. Biomedical.<br />

Keywords: Magnetic resonance imaging; biosafety; biomedical.<br />

Introdução<br />

A espectroscopia por ressonância magnética é uma das técnicas<br />

mais utilizadas atualmente devido a sua alta especificidade<br />

e sensibilidade, que possibilita a obtenção de imagens em vários<br />

planos e em alta definição, atuando de forma não invasiva e sem a<br />

utilização de radiação ionizante. (SILVA, 2011).<br />

O fenômeno da ressonância magnética foi descrito em 1946 por<br />

Felix Bloch e Edward Purcel na Universidade de Stanford (EUA),<br />

porém a obtenção de imagens do corpo humano só se tornaram<br />

possíveis 30 anos após através de estudos de diversos outros cientistas.<br />

(MAZZOLA, 2012).<br />

No Brasil não existem protocolos divulgados pela Associação<br />

0 22<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) nem<br />

mesmo pelo Instituto Nacional de Metrologia,<br />

Normalização e Qualidade Industrial (INME-<br />

TRO) que garantem qualidade na formação das<br />

imagens e medidas que promovem segurança<br />

na realização do procedimento e ao ambiente<br />

dotado pelo equipamento, utilizando assim, os<br />

protocolos estabelecidos pelo American College<br />

of Radiology (ACR) criados no ano de 2001 e revisados<br />

no ano de 2007 mediante a incidentes<br />

adversos notificados. (FERREIRA; NACIF, 2011).<br />

Devido a grande exposição de riscos no ambiente<br />

de ressonância magnética aos pacientes,<br />

acompanhantes e funcionários é necessário<br />

fazer constantes atualizações sobre o funcionamento<br />

do equipamento, evitando exposição<br />

excessiva a energia dos campos, que podem<br />

alterar sua frequência, pois ainda não se sabe<br />

ao certo os efeitos nocivos desta deposição no<br />

corpo humano. (SILVA, 2011).<br />

De acordo com a resolução nº 234, de 05 de dezembro<br />

de 2013 estabelecida pelo Conselho Federal<br />

de Biomedicina (CFBM) o profissional Biomédico se<br />

torna apto a manusear, estabelecer e criar protocolos<br />

relacionados a ressonância magnética funcional<br />

e espectroscópica, podendo fornecer informações<br />

que auxiliam no laudo, executar anamnese dos<br />

pacientes, administrar meios de contraste, atuar<br />

na função administrativa, promover pesquisas que<br />

utilizam da ressonância magnética, dentre diversas<br />

outras atribuições. (CONSELHO FEDERAL DE BIO-<br />

MEDICINA, 2013).<br />

Mediante os relatos do Instituto para Educação<br />

e Pesquisa em Segurança de Ressonância<br />

Magnética (IMRSER) os incidentes registrados<br />

dentro do ambiente de ressonância magnética,<br />

estão relacionados a falhas no procedimento de<br />

triagem e a falhas no controle da entrada de<br />

pacientes submetidos ao exame, que adentram<br />

com objetos inapropriados e aos pacientes portadores<br />

de dispositivos e implantes potencialmente<br />

perigosos. (INSTITUTO PARA EDUCAÇÃO<br />

E PESQUISA EM SEGURANÇA DE RESSONÂNCIA<br />

MAGNÉTICA, 2014).<br />

Dessa forma, a International Electrotechnical<br />

Commission (IEC) disponibilizou em 1995 a<br />

primeira edição da norma 60601-2-33, que<br />

estabelece medidas de segurança quanto aos<br />

equipamentos de ressonância. Em 2002 foi<br />

publicada a segunda edição da norma, 60601-<br />

2-33:2002 denominada como “Prescrições<br />

Particulares para a Segurança de Equipamentos<br />

de Ressonância Magnética para Diagnose Médica”,<br />

que recomenda que a área de acesso ao<br />

ambiente de ressonância deve ser controlada,<br />

estabelecendo limites para os ruídos acústicos e<br />

garantia de qualidade aos equipamentos, dentre<br />

diversos outros. (MORAES, 2003).<br />

Por fim, cuidados básicos pré-operatórios são<br />

fundamentais e conferem a realização de um<br />

procedimento seguro, como não levar objetos<br />

ferromagnéticos, pacientes grávidas ou amamentando,<br />

pacientes portadores de marca-passo<br />

cardíaco, dentre outros, mesmo que estes<br />

não sejam estabelecidos e exigidos por meio de<br />

protocolos brasileiros. (RAMOS, 2016).<br />

Materiais e Métodos<br />

Foi realizado através de extensas pesquisas<br />

bibliográficas relacionadas aos princípios básicos<br />

da imagem por ressonância magnética,<br />

levando em consideração os protocolos de segurança<br />

estabelecidos pela norma 60601-33-2<br />

de 1995, este projeto visa analisar e revisar as<br />

técnicas atuais de biossegurança na prática de<br />

ressonância para os profissionais biomédicos<br />

habilitados na área, e com a sistematização do<br />

problema, realizar através de entrevista ao centro<br />

de imaginologia da cidade de Paracatu-MG,<br />

verificar os métodos de segurança empregados<br />

pelo estabelecimento.<br />

Critérios Éticos: Mediante a resolução nº<br />

234, de 05 de dezembro de 2013 do Conselho<br />

Federal de Biomedicina – CFBM (CFBM, 2013),<br />

o profissional Biomédico está apto a atuar no<br />

setor de imaginologia que compõe o diagnóstico<br />

por imagem. (CONSELHO FEDERAL DE BIO-<br />

MEDICINA, 2013).<br />

O presente estudo atenderá devidamente as normas<br />

e diretrizes estabelecidas pela Associação Brasileira<br />

de Normas Técnicas (ABNT) e as normas estabelecidas<br />

pelo Conselho Nacional de Metrologia,<br />

Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO<br />

(CONMETRO, 1992), presente na resolução nº 07,<br />

de 24 de agosto de 1992. (ASSOCIAÇÃO BRASILEI-<br />

RA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992).<br />

Caracterização do Estudo: De acordo<br />

com Marconi e Lakatos (2006, p.189) o estudo<br />

exploratório consiste na elaboração de questões<br />

ou problemas com intuito de formular hipóteses<br />

que clarificam os conceitos de biossegurança já<br />

existentes, com o propósito de sugerir novos<br />

métodos que possam ser dotados em procedimentos<br />

subsequentes diminuindo índices de<br />

acidentes. (MARCONI; LAKATOS, 2006).<br />

Amostra: Com base nestas informações,<br />

este trabalho revisou os conceitos existentes<br />

de biossegurança no setor de ressonância<br />

magnética, analisando os protocolos estabelecidos<br />

na norma 60601-33-2 de 1995 do<br />

IEC, listando os principais efeitos biológicos ao<br />

profissional biomédico habilitado em imaginologia<br />

frente aos diversos aparelhos manipulados<br />

na área, revisando possíveis medidas de<br />

prevenção para estes.<br />

Critérios de Inclusão: A importância de<br />

estabelecer e executar as medidas de biossegurança<br />

no setor de ressonância magnética, com a<br />

finalidade de garantir segurança aos profissionais<br />

biomédicos e diminuir os riscos de acidentes<br />

relacionados.<br />

Procedimentos do estudo: Foi realizada<br />

uma revisão bibliográfica mediante os protocolos<br />

existentes e quanto ao método empregado<br />

na realização dos procedimentos de ressonância<br />

magnética, fazendo uma comparação com<br />

os atuais métodos empregados no centro de<br />

imaginologia do município de Paracatu-MG,<br />

questionando a forma de como é realizado a<br />

anamnese e o preparo tanto do paciente quanto<br />

do ambiente de imaginologia e quais são as<br />

medidas e protocolos dotados pelo estabelecimento<br />

que garantem segurança ao profissional<br />

e ao paciente na realização do procedimento.<br />

Instrumentos: Este trabalho foi desenvolvido<br />

através de fichamentos construídos<br />

por meio de artigos, fazendo um comparativo<br />

entre o número de acidentes registrados e dos<br />

ARTIGO 02<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 23


Autores:Natália Martins de Souza1;<br />

Claudia Peres da Silva2;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />

ARTIGO 02<br />

principais protocolos estabelecidos pelo Conselho<br />

Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por<br />

Imagem (CBN), American College of Radiology<br />

(ACR) e da International Electrotechnical Commission<br />

(IEC), em relação ao atual índice de<br />

acidentes notificados juntamente das medidas<br />

dotadas pelo centro de imaginologia de Paracatu-MG,<br />

verificando a eficácia das mesmas.<br />

Retorno aos Avaliados: Através do desenvolvimento<br />

desse trabalho, espera-se que os<br />

objetivos gerais e específicos sejam alcançados<br />

de forma a melhorar as condições de biossegurança<br />

aos profissionais biomédicos e aos<br />

pacientes submetidos ao exame de ressonância<br />

magnética, estabelecendo novos métodos que<br />

possam garantir maior segurança com intenção<br />

de evitar acidentes no setor de imaginologia.<br />

Revisão literária<br />

As melhorias nos processamentos de dados e<br />

os importantes avanços desta modalidade fizeram<br />

com que fosse possível a obtenção de imagens<br />

de todo o corpo através de um único exame,<br />

que juntamente da utilização de bobinas<br />

superficiais tornou mais rápido a liberação das<br />

imagens geradas. (MADUREIRA, et. al. 2010).<br />

O diagnóstico por imagem da ressonância<br />

magnética equivale ao desenvolvimento de um<br />

campo magnético juntamente da emissão de<br />

onda de radiofrequência que transpõe o torso<br />

do paciente, sendo que através do alcance dessas<br />

ondas, tornam-se possíveis adquirir diagnósticos<br />

a cerca de tecidos intrínsecos e órgãos.<br />

(PARENTE, 2017).<br />

Esse fenômeno da RM é especialmente aplicado<br />

a tecidos moles, sendo que no corpo humano,<br />

cada átomo possui determinado campo<br />

magnético, o que faz com que cada um deles,<br />

atue como uma espécie de ímã. Nesse contexto,<br />

no momento em que o corpo humano é posicionado<br />

no interior de um tubo gerador de um<br />

campo magnético, os núcleos dos átomos se<br />

alinham ao redor deste campo, brandindo-se<br />

1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />

Tecsoma- Paracatu/MG.<br />

2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />

de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />

3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />

Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />

Paracatu/MG.<br />

em torno de si próprio com frequência relacionada<br />

ao tipo de núcleo, possibilitando a distinção<br />

dos diversos tipos de tecidos. (MADUREIRA,<br />

et. al. 2010).<br />

A ressonância magnética é definida como um<br />

sistema eletromédico que pode ser programado<br />

e como um sistema de ressonância magnética,<br />

englobando todo o conjunto que forma<br />

o equipamento de imagem por ressonância<br />

magnética, dentre eles os acessórios e o acesso<br />

controlado a área que abriga o equipamento.<br />

(MORAES, 2003).<br />

A capacidade que a ressonância magnética<br />

possui em analisar qualquer parte do corpo humano<br />

de forma não invasiva e sem a utilização<br />

de radiação ionizante coloca essa prática médica<br />

a frente de diversos outros métodos convencionais<br />

de imagem, possibilitando a aplicação<br />

de diversas transformações geométricas que facilitam<br />

a análise e a interpretação das imagens<br />

geradas. (VENTURA, 2012).<br />

A imagem por RM é obtida através de três<br />

etapas essenciais: o alinhamento, a excitação e<br />

a detecção de radiofrequência. O momento do<br />

alinhamento, diz-se a respeito da capacidade<br />

magnética de alguns átomos de se organizar<br />

lado a lado de um campo magnético. Na excitação,<br />

cada átomo de hidrogênio brande-se<br />

em frequência paralela pela qual está sendo<br />

submetido, expedindo uma onda eletromagnética<br />

em frequência similar, caracterizando<br />

o fenômeno da ressonância. Na última etapa,<br />

os átomos de hidrogênio tornam-se instáveis<br />

mediante a captação da energia da onda eletromagnética,<br />

retornando a fase de pré-excitação.<br />

(MADUREIRA, et. al. 2010).<br />

Sendo assim, para que as imagens por RM<br />

sejam geradas com qualificação necessária para<br />

análise e compreensão de possíveis diagnósticos<br />

médicos, cuidados básicos e essências devem<br />

ser dotados no momento de realização do<br />

exame, dentre eles, a movimentação do paciente,<br />

que quando realizada com grande intensidade<br />

no interior do equipamento pode sensibilizar<br />

o processo de geração de imagens, nulificando<br />

o exame. (FEDERIZZI; SOUZA, 2013).<br />

Resultados e discussão<br />

Mediante a escassez do equipamento imagenológico<br />

de RM na região do noroeste mineiro,<br />

foi analisada apenas uma clínica que possui atualmente<br />

em seu estabelecimento o equipamento<br />

em questão, sendo localizada no município de<br />

Paracatu, MG. Em questão de que o equipamento<br />

estudado ainda é visto como uma tecnologia<br />

nova, onde métodos que utilizam de raios x e<br />

ultrassons são os métodos mais empregados na<br />

prática médica atual, garantindo mais segurança<br />

ao fenômeno da ressonância magnética por ter<br />

caráter não invasivo e a não utilização de radiação<br />

ionizante. (CARVALHO, 2007).<br />

Com base na demanda de execução do exame<br />

e as medidas de segurança dotadas pelo<br />

estabelecimento, levando em consideração os<br />

acidentes registrados e as normas estabelecidas<br />

pelos conselhos internacionais ECRI, FDA e pela<br />

norma IEC 60601-2-33:2002, foi elaborado um<br />

questionário, dotado de perguntas abertas e fechadas,<br />

totalizando 09 questões, questionando<br />

sobre as medidas de segurança dotadas pelo<br />

estabelecimento. A presente norma promove<br />

um balanceamento quanto os riscos e benefícios<br />

na execução do exame, elaborando um<br />

corpo clínico para os pacientes, direcionando-se<br />

exclusivamente para medidas técnicas baseadas<br />

quanto à segurança de funcionários e pacientes<br />

expostos ao equipamento. (MORAES, 2003).<br />

Nota-se que o equipamento de RM foi recentemente<br />

implantado no estabelecimento, que<br />

0 24<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Autores:Natália Martins de Souza1;<br />

Claudia Peres da Silva2;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />

ARTIGO 02<br />

foi no ano de 2016, intitulado com as necessidades<br />

da população, fornecendo suporte aos<br />

mesmos, aos médicos e hospitais da região.<br />

A empresa possui 02 profissionais habilitados<br />

voltados para o manuseio do equipamento, sendo<br />

ambos biomédicos devidamente capacitados<br />

para operar o equipamento. Os profissionais em<br />

questão se tornam aptos no manejo do equipamento<br />

mediante ao Conselho Federal de Biomedicina<br />

(resolução nº 234, de 05 de dezembro de<br />

2013), que traz o profissional em questão com<br />

um vasto conhecimento quanto às necessidades<br />

de manutenção do equipamento e questões de<br />

execução do exame imagenológico. (CONSELHO<br />

FEDERAL DE BIOMEDICINA, 2013).<br />

É mencionado que o estabelecimento faz<br />

uso de todas as normas de segurança estabelecidas,<br />

desde o fornecimento de EPIs e EPCs<br />

para pacientes e funcionários, cumprindo com<br />

o PCMSO e PPRA elaborado pelo profissional<br />

especializado na área, realizando também exames<br />

periódicos dos profissionais que trabalham<br />

na empresa. Nesse contexto, Luciano de Moraes<br />

(2003), traz em sua dissertação, que em alguns<br />

países, caso julguem necessário, podem dotar-<br />

-se de legislações que delimitam quantidades<br />

de exposição dos funcionários ao campo magnético,<br />

zelando pela segurança dos profissionais,<br />

mediante ao pouco conhecimento que se<br />

tem do equipamento. Ressalvo que até o presente<br />

momento, o Brasil não dota dessa delimitação<br />

de exposição da equipe responsável pelo<br />

manuseio do equipamento. (MORAES, 2003).<br />

São realizados mais de 6 exames diariamente,<br />

e desde o início do funcionamento do equipamento<br />

no estabelecimento não foi constatado<br />

nenhum acidente quanto a realização do procedimento.<br />

Com base em dados assistenciais<br />

divulgados pela Agência Nacional de Saúde<br />

Suplementar (ANS) nos anos de 2014 e 2015,<br />

variou entre 119 a 132 exames a cada 1.000 beneficiários,<br />

sendo estes divulgados por operadoras<br />

de planos privados de assistência à saúde<br />

através do Sistema de Informações de Produtos<br />

(SIP). (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLE-<br />

MENTAR, 2015).<br />

A empresa realiza manutenção bimestral do<br />

equipamento, sendo esta fornecida pelo fabricante<br />

do equipamento utilizado, que a realiza de<br />

modo preventivo e corretivo. A norma empregada<br />

neste estudo menciona que a rotina de manutenção<br />

do equipamento deve seguir uma agenda,<br />

que identifica quais partes do equipamento deverão<br />

ser avaliadas pela equipe, sendo realizada<br />

em períodos regulares. (MORAES, 2003).<br />

O meio de contraste utilizado no procedimento<br />

de RM é o gadolínio, injetado de forma<br />

endovenosa. Ele possui grande atividade paramagnética<br />

do íon de gadolínio, provocando<br />

o aumento do campo magnético, acarretando<br />

a redução dos tempos de relaxamento T1 e T2.<br />

(MAZZOLA, 2012).<br />

O gadolínio está disponível em quatro formas<br />

diferentes: gadopentetato, gadodiamida, gadoteridol<br />

e gadoterato meglumina, sendo diferenciados<br />

pela sua estrutura molecular e pelos seus<br />

efeitos colaterais, onde cada um deles possui<br />

um grau de liberação do seu íon no organismo.<br />

(MORAES, 2003).<br />

São divididos em duas categorias principais:<br />

extracelular inespecífico e intracelular específico,<br />

onde a principal diferença entre eles é a<br />

partícula quelante responsável pelo transporte<br />

do gadolínio. Dessa forma, considera-se que os<br />

agentes à base de gadolínio são mais seguros<br />

que o contraste de iodo, porém, ainda existem<br />

possíveis agravos nos quais devem ser reconhecidos<br />

para melhor execução do tratamento e<br />

para orientações antes e depois da execução do<br />

exame. (RESCA; HAYASHI; CHEN, 2014).<br />

Efeitos adversos associados ao uso de contraste<br />

à base gadolínio (náuseas, cefalalgia ou<br />

mudanças no paladar) quase nunca aparecem,<br />

não apresentando também hepatotoxicidade<br />

e nefrotoxicidade quando administrado<br />

em quantidades clinicamente recomendadas.<br />

1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />

Tecsoma- Paracatu/MG.<br />

2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />

de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />

3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />

Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />

Paracatu/MG.<br />

(SCHVARTZMAN; SILVEIRA; BERTASO, 2012).<br />

Na RM nota-se algumas vantagens valiosas perante<br />

as outras modalidades médicas imagenológicas,<br />

dentre elas sua função multiplanar, alta<br />

resolução espacial, a não utilização de radiação<br />

ionizante e a capacidade de executar exames com<br />

contraste. (RESCA; HAYASHI; CHEN, 2014).<br />

Riscos associados ao ambiente de RM são<br />

ocasionados pela vulnerabilidade que existe<br />

na atração de objetos ferromagnéticos, que em<br />

contato com o campo, podem ser vigorosamente<br />

atraídos. (PARENTE, 2017).<br />

O FDA (Food and Drug Administration) aborda<br />

uma série de riscos e benefícios que se atribuem<br />

em um exame de RM. Destaca-se nos benefícios<br />

a não utilização de radiação ionizante, a<br />

obtenção de imagens de qualquer parte do<br />

corpo humano, em qualquer plano e em alto<br />

contraste. Ressaltando a excelente capacidade<br />

que o equipamento tem em diferenciar água,<br />

gordura, músculos e tecidos moles do que outros<br />

métodos imagenológicos convencionais.<br />

Dentre os riscos, destaca-se a forte atração de<br />

objetos ferromagnéticos pelo campo magnético<br />

e os fortes ruídos que o equipamento emite,<br />

ressaltando a sensação de claustrofobia que alguns<br />

pacientes podem sentir. (FOOD AND DRUG<br />

ADMINISTRATION, 2017).<br />

As imagens geradas pelo método da RM<br />

possuem maior capacidade em demonstrar as<br />

diferentes estruturas do cérebro, o que torna<br />

mais fácil a detecção de mínimas alterações em<br />

diversas condições patológicas, principalmente<br />

em condições dismielinizantes e em processos<br />

infiltrativos. (JÚNIOR; YAMASHITA, 2001).<br />

Em alguns pacientes submetidos ao exame<br />

0 26<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Sistema imunoensaio Point of Care<br />

Especificações<br />

Tipo de Amostra<br />

Reconhecimento de Marcadores<br />

Modos de teste<br />

Memória<br />

Dimensões e peso<br />

Entrada de energia<br />

Temperatura Operacional<br />

Temperatura de Armazenamento<br />

Umidade<br />

ID do Paciente e Operador<br />

Dispositivo Opcional<br />

Sangue Venoso (EDTA)<br />

RFID<br />

Modo Paciente Teste : 10 minutos/teste<br />

Modo Múltiplus Testes: Acima de 100 hora/teste<br />

1000 resultados<br />

Analisador : 16.8 X 19 X9.5 (cm), 0.8kg<br />

Tira: 3 X 9.8 X 0.6 (cm) , 8.7g<br />

DC 9V/3A<br />

18 ~ 32°C (64 ~90°F)<br />

Analisador:2~35°C (36~95°F)<br />

Tira: 2 ~ 30°C (36 ~86°F)<br />

10 ~ 85%<br />

Teclado Touch ou Leitor de Código de Barras<br />

Impressora Térmica,Leitor de Código de Barras,<br />

Bateria (8.4V / 4400mAh),Cabo de Dados.<br />

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Patologias


Autores:Natália Martins de Souza1;<br />

Claudia Peres da Silva2;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />

ARTIGO 02<br />

nota-se o grande sofrimento psicológico que<br />

o procedimento causa, destacando-se a ansiedade<br />

e os ataques de pânico, sendo caracterizada<br />

por náuseas, palpitações, desmaio, dores<br />

no peito, dispneia, tremores, sudoreses, dentre<br />

outros. (SILVA, 2011).<br />

De acordo com Mazilli e outros (2002), citado<br />

por Welderlany Carvalho Parente (2017,<br />

p. 16), o termo segurança em ressonância magnética<br />

é visto como uma série de atitudes e recursos<br />

empregados na proteção da radiação não<br />

ionizante, sendo utilizado para diminuir riscos, e,<br />

dessa forma, obter segurança no setor. (PARENTE,<br />

2017, p. 16 apud Mazilli, et. al. 2002).<br />

O desenvolvimento de equipamentos superiores<br />

a 10T faz com que haja uma necessidade<br />

muito maior em se estudar a interação dos<br />

campos magnéticos com o corpo humano, sendo<br />

que até o presente momento tem-se que os<br />

equipamentos de até 8T não trazem malefícios<br />

para pacientes adultos, mostrando a importância<br />

em rever as atuais diretrizes de segurança<br />

existentes, a fim de que se tornem adequadas<br />

a atender os futuros aparelhos imagenológicos,<br />

evitando possíveis acidentes. (SILVA, 2011).<br />

O termo biossegurança é constituído de um<br />

conjunto de normas que verifica, principalmente,<br />

a prevenção, minimização e a erradicação<br />

de riscos, baseando-se em decisões técnicas e<br />

administrativas com o intuito de propor adaptações<br />

ou mudanças mediante a situações que<br />

podem afetar a saúde em âmbito social e ambiental.<br />

(PARENTE, 2017).<br />

Quando tratado os quesitos de segurança em<br />

um ambiente imagenológico de RM, envolve-<br />

-se uma série de aspectos que merecem atenção<br />

especial, como por exemplo, a ansiedade,<br />

gravidez, pacientes portadores de dispositivos<br />

médicos, ruído acústico, implantes, claustrofobia,<br />

dentre outros. (MORAES, 2003).<br />

A maioria dos acidentes registrados em um<br />

ambiente de RM estão correlacionados com<br />

o campo magnético estático, o gradiente de<br />

campo magnético e com o campo eletromagnético<br />

de radiofrequência, porém, os meios de<br />

contraste também podem oferecer risco potencial<br />

aos pacientes e com isso, merecem atenção<br />

especial dentro do ambiente imagenológico.<br />

(MAZZOLA, 2012).<br />

Atualmente, não existem normas federais<br />

ou estaduais de controle de qualidade para os<br />

equipamentos de RM estabelecidos no Brasil,<br />

utilizando-se assim as normas internacionais<br />

estabelecidas pela ACR (American College of<br />

Radiology), NEMA (National Electrical Manufacturers<br />

Association) dentre outras. (CAPAVER-<br />

DE; MOURA; SILVA, 2012).<br />

Existem diversos relatos de incidentes registrados<br />

em um ambiente de ressonância magnética,<br />

incluindo desde falhas na anamnese<br />

a falhas na execução do procedimento, e com<br />

isso, a norma IEC 60601-2-33:2002, designada<br />

em “Prescrições Particulares para a Segurança<br />

de Equipamentos de Ressonância Magnética<br />

para Diagnose Médica”, atualizada no ano de<br />

2002, foi criada a fim de estabelecer critérios<br />

de segurança para os funcionários e pacientes<br />

submetidos ao procedimento, e dessa forma, ao<br />

ambiente imagenológico. (MORAES, 2003).<br />

A norma aborda medidas técnicas quanto à<br />

segurança dos pacientes e do pessoal envolvido<br />

Pacientes indicados para realização do exame<br />

Pacientes portadores de parafusos e hastes em ossos;<br />

Portadores de valvas artificiais;<br />

Pacientes portadores de próteses de aorta;<br />

Pacientes com dispositivos intrauterinos e contraceptivos;<br />

Pacientes com diafragma;<br />

Pacientes com cosméticos permanentes e tatuagens;<br />

Pacientes com suturas;<br />

Pacientes com stents coronarianos;<br />

Pacientes grávidas.<br />

Quadro 1: Indicações x contraindicações<br />

1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />

Tecsoma- Paracatu/MG.<br />

2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />

de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />

3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />

Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />

Paracatu/MG.<br />

no ambiente, incluindo treinamento aos manuseadores<br />

do equipamento, regras relacionadas<br />

quanto ao acesso ao equipamento de ressonância<br />

magnética, equipe qualificada e capacitada<br />

para a tomada de decisões quanto à segurança<br />

do ambiente e dos pacientes e a importância<br />

de se ter responsabilidade médica no momento<br />

em que o paciente está no interior ou perto<br />

do equipamento de imagem. (INTERNATIONAL<br />

ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2002).<br />

A norma deixa bastante claro que todas as<br />

medidas organizacionais tanto do controle<br />

quanto da operação do equipamento são de<br />

total responsabilidade do usuário, englobando<br />

qualificação e treinamento adequado a equipe<br />

responsável pelo equipamento, tornando-os<br />

altamente capacitados a tomada de decisões<br />

relacionadas à segurança. (MORAES, 2003).<br />

No processo de execução do exame por RM existem<br />

alguns critérios de indicações e contraindicações<br />

quanto à exposição dos pacientes ao campo<br />

Pacientes contraindicados à realização do exame<br />

Pacientes portadores de marca-passo cardíaco;<br />

Pacientes com clips vasculares ferrosos;<br />

Pacientes com implantes cocleares;<br />

Pacientes com projeteis de arma de fogo;<br />

Pacientes portadores de implantes penianos e esfíncteres<br />

artificiais;<br />

Pacientes com aparelhos e materiais dentários;<br />

Pacientes com piercings corporais (devendo ser removidos<br />

antes do exame);<br />

Pacientes com cateteres e acessórios cardiovasculares;<br />

Pacientes com fragmentos metálicos nos olhos.<br />

0 28<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Autores:Natália Martins de Souza1;<br />

Claudia Peres da Silva2;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />

ARTIGO 02<br />

magnético correlacionado. (PARENTE, 2017).<br />

Isso se deve em decorrência de que alguns<br />

objetos possam ser desalojados ou movidos,<br />

e dessa forma, induzirem correntes elétricas,<br />

provocando aquecimento e interpretações incorretas<br />

quanto aos resultados dos exames por<br />

produzirem artefatos indicando anormalidades,<br />

além de possíveis acidentes. (MORAES, 2003).<br />

É necessário estabelecer medidas de segurança<br />

juntamente com os pacientes, realizando<br />

uma triagem que antecede a entrada e a realização<br />

do procedimento, indicando as indicações<br />

e contraindicações absolutas quanto ao contato<br />

com o equipamento imagenológico, quanto<br />

pacientes portadores de aparelhos médicos<br />

(marca-passo, clips, projeteis, etc.), claustrofobia,<br />

gravidez, presença de quaisquer objetos<br />

pessoais ferromagnéticos, dentre outros. (FER-<br />

REIRA, 2008).<br />

Com base nas informações obtidas dos artigos<br />

analisados e aos dados do ECRI e FDA, segue-<br />

-se abaixo um quadro (Quadro 1: Indicações x<br />

contraindicações), com possíveis indicações e<br />

contraindicações relacionadas à pacientes portadores<br />

de objetos médicos ferromagnéticos e<br />

pacientes grávidas.<br />

A imagenologia é definida como um agregado<br />

de métodos que utilizam as imagens como<br />

uma forma de prevenção e diagnóstico, que<br />

possibilita o estudo de órgãos e sistemas do<br />

organismo humano, que vem sendo uma das<br />

maiores áreas de ascensão no mercado de trabalho<br />

biomédico, sendo uma área legalmente<br />

habilitada pelo CFBM. (TEODORO, 2016).<br />

O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) habilitou<br />

no ano de 2013 na resolução nº 234, de 05<br />

de dezembro de 2013 os profissionais Biomédicos<br />

na área imaginológica, com o intuito de acompanhar<br />

as inovações tecnológicas na área da saúde,<br />

mediante a capacidade que este profissional tem<br />

em compreender, analisar e reconhecer possíveis<br />

alterações nas imagens geradas. (CONSELHO FE-<br />

DERAL DE BIOMEDICINA, 2013).<br />

O profissional biomédico ganhou espaço nesse<br />

mercado de trabalho em decorrência de conhecer<br />

muito bem a área da saúde e também por dedicar<br />

seu vasto aprendizado em prol da diagnose por<br />

imagem e terapias. (CAPARBO, 2012).<br />

O manual do biomédico traz uma série de<br />

atribuições que o profissional biomédico pode<br />

executar em um ambiente de ressonância<br />

magnética, dentre elas destacam-se a atuação<br />

na definição dos protocolos de exame, administração<br />

dos meios de contraste, a realização<br />

da anamnese dos pacientes, atuação nos pós-<br />

-processamentos das imagens, atuação nas<br />

mais diversas tecnologias quanto à ressonância<br />

magnética, realização de pesquisas utilizando o<br />

equipamento, dentre diversas outras. (CONSE-<br />

LHO REGIONAL DE BIOMEDICINA, 2017).<br />

1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />

Tecsoma- Paracatu/MG.<br />

2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />

de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />

3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />

Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />

Paracatu/MG.<br />

Conclusão:<br />

O uso do método de diagnóstico por imagem<br />

se torna cada vez mais essencial, promovendo<br />

diagnósticos precisos e perceptíveis, mas que<br />

infelizmente podem acarretar danos nocivos à<br />

saúde humana quando executado de maneira<br />

inadequada, fazendo-se necessário a adoção de<br />

medidas preventivas e corretivas, a fim de diminuir<br />

índices potenciais de acidentes no ambiente<br />

imagenológico, tanto para os pacientes quanto<br />

para os funcionários. (CARVALHO, 2007).<br />

Com isso, se torna nítida a importância que<br />

existe na certificação de equipamentos eletromédicos<br />

a título de evitar possíveis acidentes, e a<br />

norma IEC 60601 exprime a preocupação do comitê<br />

eletrotécnico exterior em certificar o maior<br />

nível viável de segurança existente aos indivíduos<br />

que necessitam do equipamento, sejam eles<br />

pacientes ou manuseadores. (INTERNATIONAL<br />

ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2010).<br />

Para que haja qualquer tipo de prevenção,<br />

é necessário que se tenha um conhecimento<br />

prévio dos efeitos maléficos que os campos<br />

eletromagnéticos podem acarretar, bem como<br />

os que envolvem pacientes portadores de dispositivos<br />

metálicos, quanto pacientes grávidas,<br />

sendo de suma importância a elaboração<br />

de um questionário a cerca das indicações e<br />

contraindicações do exame, tornando obrigatório<br />

o cumprimento de todas as normas<br />

estabelecidas. (GUERRA et al. 2012).<br />

Dessa forma, o gerenciamento de risco é um<br />

aspecto essencial atribuído à norma estudada, por<br />

promover um caráter obrigatório aos fabricantes de<br />

equipamentos médicos a realizarem um estudo<br />

mais afundo para determinar possíveis perigos na<br />

utilização desses equipamentos. (INTERNATIONAL<br />

ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2010).<br />

A adoção de medidas de segurança, tais como<br />

triagem, uso de EPI’s e EPC’S adequados, revestimento<br />

correto do ambiente de exame, são<br />

indispensáveis, visando à erradicação e minimização<br />

de riscos relacionados ao procedimento<br />

imagenológico. (PARENTE, 2017).<br />

Por fim, vale ressaltar as grandes dificuldades<br />

encontradas no decorrer da edificação deste<br />

trabalho, como a carência do equipamento no<br />

Noroeste Mineiro, que mesmo sendo o método<br />

de caráter menos invasivo e de melhor resolução,<br />

ainda existe uma escassez muito grande<br />

mediante ao alto custo do exame e ao alto custo<br />

da instalação do mesmo ao ambiente imagenológico,<br />

e no mais, a grande dificuldade encontrada<br />

ao acesso à norma internacional.<br />

A dificuldade apresentada abre campo para uma<br />

pesquisa futura, visando à análise da demanda do<br />

exame juntamente de atualizações quanto a novos<br />

protocolos de segurança, atualizando números de<br />

acidentes acometidos. Promovendo dessa forma<br />

um levantamento de dados que visam rever as<br />

constantes atualizações sobre o equipamento, e<br />

dessa forma, medidas de segurança.<br />

0 30<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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Autores:Natália Martins de Souza1;<br />

Claudia Peres da Silva2;<br />

Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />

ARTIGO 02<br />

Agradecimentos:<br />

Agradeço primeiramente a Deus, que é minha<br />

força e fortaleza, que me permitiu chegar até<br />

aqui com garra e saúde. A minha família minha<br />

base, em especial a minha mãe Solângela, por<br />

toda paciência e incentivo para que meus estudos<br />

se concretizassem.<br />

Ao meu namorado Ernane, e aos meus amigos,<br />

por todo o apoio, paciência e carinho prestado,<br />

e a todos aqueles que direta ou indiretamente<br />

contribuíram para a conclusão de mais<br />

esta etapa na minha vida.<br />

As minhas colegas de sala, que foram fundamentais<br />

no desenvolvimento deste projeto, que<br />

me apoiaram e que me ajudaram sempre que<br />

necessário, fazendo parte da minha formação.<br />

A todo campo docente, em especial minha<br />

orientadora MsC. Cláudia Peres da Silva que<br />

me cedeu parte do seu tempo e da sua atenção<br />

que com muito carinho e empenho fez com<br />

que meu trabalho ganhasse outro significado e<br />

tendo maior valor científico, tirando minhas dúvidas<br />

e fazendo todas as correções necessárias.<br />

Ao meu orientador metodológico Geraldo B.<br />

B. Oliveira que me acolheu com muito carinho e a<br />

instituição Tecsoma pela oportunidade oferecida e<br />

pelo ensino de qualidade prestado, que serviram de<br />

grande conhecimento profissional e pessoal.<br />

A clínica de Imaginologia da cidade de Paracatu-MG,<br />

em especial o Alexandre Rosa Macedo<br />

e ao Dr. Humberto Rabelo, que me ajudou a<br />

obter os dados da minha pesquisa, contribuindo<br />

grandemente com meu conhecimento.<br />

Referências:<br />

BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Mapa assistencial<br />

da saúde suplementar 2015. p.1-23. maio. Rio de Janeiro, 2016.<br />

Disponível em: < www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_<br />

pesquisa/Materiais_por_assunto/mapa_assistencial_2016007.<br />

pdf>. Acesso em: 08 de out. de 2018. BRASIL. Lei federal nº. 6.684/79<br />

de 05 de dezembro de 2013. Regulamenta o art. 1, inciso 1º do<br />

Conselho Federal de Biomedicina. Conselho Federal de Biomedicina,<br />

Brasília, 05 dez. 2013. Disponível em: .<br />

Acesso em: 25 de set.<br />

de 2017. BRASIL. Conselho Regional de Biomedicina 1ª Região. Manual<br />

do biomédico 1º semestre 2017. Disponível em: www.crbm1.gov.br/<br />

site/wp-content/uploads/2016/04/Manual-do-Biomedico-Edicaodigital-2017.pdf.<br />

Acesso em: 19 de fev. de 2018. CAPARBO, Marcos. Os<br />

direitos e responsabilidades do biomédico. Jornal da imagem. ago. São<br />

Paulo, 2012. Disponível em: .<br />

Acesso em: 27 de out. de 2018. CAPAVERDE, Alexandre S.; MOURA,<br />

Cássio S.; MARIA, Ana Maria M. Desenvolvimento de um programa de<br />

controle de qualidade em ressonância magnética baseado nas<br />

recomendações do Colégio Americano de Radiologia. Revista brasileira<br />

de física médica: Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 79-85. 2012. Disponível em:<br />

www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/191/179. Acesso em: 25 de fev.<br />

de 2018. CARVALHO, João Jorge Azevedo Durão. Estratégias de<br />

manutenção hospitalar: aplicação à ressonância magnética nuclear.<br />

2007. 181 f. Mestrado (Dissertação). – Universidade do Porto faculdade<br />

de engenharia, Porto, 2007. Disponível em: .<br />

Acesso em: 08 de out. de 2018. CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA,<br />

NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL – CONMETRO. Resolução<br />

nº 07, de 24 de agosto de 1992. Disponível em: . Acesso em: 09 de nov. de<br />

2017. FDA. Food and Drug Administration. Benefits and Risks. U. S.,<br />

2017. Disponível em: www.fda.gov/RadiationEmittingProducts/<br />

RadiationEmittingProductsandProcedures/MedicalImaging/MRI/<br />

ucm482765.htm. Acesso em: 12 de fev. de 2018. FEDERIZZI, Márcia;<br />

SOUZA, Vanessa Borba de. Processamento digital de imagens para<br />

avaliação qualitativa em diagnósticos por imagens de ressonância<br />

magnética nuclear. 2013. 76f. Monografia (Especialização) - pontifícia<br />

universidade católica do Rio Grande do Sul faculdade de engenharia/<br />

faculdade de informática engenharia de computação, Porto Alegre,<br />

2013. Disponível em: www.revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/<br />

graduacao/article/viewFile/17829/11459. Acesso em 25 de jan. de<br />

2018. FERREIRA, Carlos. Imagem por ressonância magnética – do<br />

principio à actualidade. p. 20-26. TDT online magazine. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em: 25 de maio de 2018. RAMOS, Maria Manuela de Andrade e<br />

Silva. Plano de segurança do paciente para pacientes com sistemas de<br />

estimulação encefálica profunda submetidos a exames de imagem por<br />

ressonância magnética no hospital Marcelino Champagnat. 2016. 121<br />

f. Dissertação (Pós-Graduação) - Universidade Tecnológica Federal do<br />

Paraná Programa de Pós- Graduação em Engenharia Biomédica.<br />

RESCA, Ana Luiza Brancaglione; HAYASHI, Monique Noriko; CHEN, Yi<br />

Han. Processos patológicos relacionados ao uso de gadolínio em<br />

técnicas de ressonância magnética. 2014. 9 f. Trabalho Acadêmico<br />

(Revisão de Literatura) - Centro Universitário das Faculdades<br />

Metropolitanas Unidas. 14º Congresso Nacional de Iniciação Científica,<br />

CONIC/SEMESP. São Paulo, 2014. Disponível em: . Acesso<br />

em: 25 de maio de 2018. RIOS, Eduardo Diaz. Técnica de diagnóstico por<br />

imagens: ressonância magnética nuclear. Porto Alegre, 1998.<br />

Disponível em: . Acesso em: 28 de fev. de 2018. SAVIONE, Herick. O essencial<br />

sobre ressonância magnética. ed. 3. Faculdade de Tecnologia Novo<br />

Rumo. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: www.pt.scribd.com/<br />

doc/32619708. Acesso em: 11 de jan. de 2018. SCHVARTZMAN, Paulo<br />

R; SILVEIRA, Jorge Guilherme Moojen da; BERTASO, Angela Gallina.<br />

Avaliação de doença coronária em assintomáticos: o papel da<br />

ressonância magnética. Revista da sociedade de cardiologia do estado<br />

do Rio Grande do Sul. n. 24 jan./fev./mar./abr. Rio Grande do Sul, 2012.<br />

Disponível em: .Acesso em: 04 de maio de 2018. SILVA,<br />

Mayara Pereira da. Efeitos biológicos e biossegurança em ressonância<br />

magnética: uma revisão de literatura. 2011. 143 f. Dissertação<br />

(Graduação) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências<br />

Biológicas, Faculdade de Biomedicina. Belém, 2011. Disponível em:<br />

. Acesso em: 5 de set.<br />

de 2017. TEODORO, Thassia Mariane. A biomedicina e o diagnóstico por<br />

imagem. Biomedicina em ação. jul. 2016. Disponível em: .<br />

Acesso em: 07 de out. de 2018. VENTURA, Sandra Moreira Rua. A<br />

utilização da ressonância magnética na caracterização funcional da fala.<br />

2012. 208 f. Dissertação (Doutorado) – Departamento de Engenharia<br />

Electrotécnica e de Computadores para satisfação parcial dos requisitos<br />

do Programa Doutoral em Engenharia Biomédica. Faculdade de<br />

engenharia da universidade do Porto. Portugal, 2012. Disponível em:<br />

. Acesso em: 7 de set. de 2017. QUEIRÓS, Gabriela de Pinho.<br />

Análise computacional de imagens de ressonância magnética<br />

funcional. 2011. 42 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Porto.<br />

Faculdade de engenharia biomédica. Porto, 2011. Disponível em:<br />

. Acesso em 27 de out. de 2018<br />

0 32<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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ARTIGO 03<br />

Autores: Aracaty Silva Sobrinho ¹ ;<br />

Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />

Dennis Hollander Silva 3.<br />

1 Diretor Científico do Weller Works Laboratories.<br />

2 Supervisora do Weller Works Laboratories.<br />

3 Diretor Executivo da GPS Medicina e Segurança do Trabalho.<br />

Vírus do Oeste do Nilo:<br />

Etiopatogenia e Diagnóstico Laboratorial<br />

RESUMO<br />

Os autores mostram a importância do Vírus do Nilo Ocidental, do inglês<br />

West Nile Virus (WNV) como patógeno emergente amplamente distribuído<br />

na América do Norte, Central e sua introdução na América do Sul.<br />

O WNV faz parte da família Flaviviridae, com genoma de RNA de fita simples,<br />

apresen-tando simetria icosaédrica. O vírus pode infectar humanos,<br />

aves e cavalos, transmitido por mosquito infectado. Das espécies infectadas,<br />

o Culex pipiens parece ser o mais importante nos Estados Unidos e<br />

no Brasil é o Culex quinquefasciatus. Apresenta um período de incubação<br />

de 3 a 14 dias. A doença pode conferir imunidade duradoura. Na sua<br />

patologia é importante a realização de diagnóstico diferen-cial. Em casos<br />

de encefalites de etiologia desconhecido se faz necessário a programação<br />

de um siste-ma de vigilância. O diagnóstico do vírus inclui o isolamento<br />

e a identificação. A resposta imune inicia-se logo após a infecção pelo<br />

WNV. O método sorológico mais eficiente no soro coletado no tempo de<br />

8 a 14 dias após o início da doença é ELISA utilizando anticorpos monoclonais,<br />

hibridização in-situ e testes moleculares. Muitas tecnologias<br />

têm sido desenvolvidas na preparação de vacinas contra o WNV. Qua-tro<br />

formas foram testadas. Apenas as formas WNV/YF 17D e WNV/DENV4<br />

30 apresentaram resul-tados promissores.<br />

Palavras-chave: West Nile Virus, WNV, Vírus do Nilo Ocidental, epidemiologia,<br />

patologia, diagnóstico laboratorial, vacinas.<br />

ABSTRACT<br />

The authors report the importance of the West Nile Virus (WNV)<br />

as an emerging pathogen widely dis-tributed in North and Central<br />

America and its introduction in South America. The WNV is part of<br />

the Fla-viviridae family with the RNA genome of simple tape, presenting<br />

icosahedral symmetry. The virus can infect humans, birds<br />

and horses, transmitted by infected mosquitoes. Of the infected<br />

species, Culex pipiens seems to be the most important in the United<br />

States and in Brazil it is Culex quinquefasciatus. It has an incubation<br />

period of 3 to 14 days. The disease can confer lasting immunity. In<br />

its pathology, it is important to perform a differential diagnosis. In<br />

cases of encephalitis of unknown etiology, it is necessary to program<br />

a surveillance system. Diagnosis of the virus includes isolation<br />

and identification. The im-mune response begins shortly after WNV<br />

infection. The most efficient serological method in the serum collected<br />

from 8 to 14 days after disease onset is ELISA using monoclonal<br />

antibodies, in-situ hybridiza-tion and molecular tests. Many technologies<br />

have been developed in the preparation of vaccines against<br />

WNV. Four ways were tested. Only the WNV / YF 17D and WNV /<br />

DENV4 30 forms presented promis-ing results.<br />

Key words: West Nile Virus, WNV, West Nile virus, epidemiology, pathology,<br />

laboratory diagnosis, vaccines.<br />

Introdução<br />

O Vírus do Oeste do Nilo ou West Nile Virus (WNV), é um arbovírus<br />

pertencente ao gênero Flavivírus, da família Flaviviridae. Foi isolado<br />

pela primeira vez em 1937, na Província de West Nile, em Uganda,<br />

à partir do sangue de uma mulher febril de 37 anos que residia em<br />

6, 8, 9<br />

Omongo (distrito de West Nile).<br />

Na década de 1950 estimou-se que 40% da população do delta do<br />

Nilo era soro positivo para o vírus. 19 Em 1974 ocorreu a maior epidemia<br />

0 34<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


ARTIGO 03<br />

que se teve notícia na Província do Cabo, África do<br />

Sul, quando aproximadamente 3.000 casos desta<br />

virose foram diagnosticadas. 19<br />

Em 1999, um surto em Nova York, Estados<br />

Unidos, causou a morte de um grande número de<br />

aves, e em humanos foi relacionado a vários casos<br />

de encefalite. 6<br />

Esse vírus é transmitido por mosquitos, e foi<br />

relacionado em Nova York com o mosquito<br />

urbano Culex pipiens. Desde sua introdução<br />

na América do Norte em 1999 mais de 27.500<br />

casos humanos da infecção pelo WNV foram<br />

documentados nos Estados Unidos da América,<br />

resultando em mais de 100 casos fatais. 5,11,19<br />

O vírus pode infectar aves, humanos, cavalos<br />

e outros mamíferos. ¹³ Seu principal reservatório<br />

e hospedeiro amplificador do vírus são algumas<br />

espécies de aves silvestres, pois a disseminação<br />

do vírus vem ocorrendo devido ao processo de<br />

migração característico de algumas espécies de<br />

aves que se deslocam de várias regiões do mundo<br />

levando consigo o vírus. As aves, como são<br />

hospedeiros naturais podem ou não apresentar<br />

quadro clínico da doença. ¹³<br />

Humanos e cavalos são considerados hospedeiros<br />

acidentais, que não participam na trans-missão<br />

subsequente da doença, pois o vírus não consegue<br />

desenvolver uma viremia suficiente alta para<br />

transmitir o vírus ao vetor.²<br />

Figura 3. Estrutura do Vírus do Oeste do Nilo (WNV)<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

No Brasil o mosquito que mais se assemelha ao Culex<br />

pipiens e o Culex quinquefasciatus. Figura 1 e 2.<br />

Características do Agente Etiológico<br />

O Vírus do Oeste do Nilo (WNV) faz parte da<br />

família Flaviviridae, com genoma de RNA de<br />

fita simples e sentido positivo, com 10,7 Kb de<br />

tamanho e simetria icosaédrica. Figura 3.<br />

O vírus da febre amarela e o vírus da dengue<br />

são exemplos importantes de agentes etiológicos<br />

desta família. 24<br />

Os vírus da família Flaviviridae possuem núcleo<br />

formado por uma ribonucleoproteína esférica,<br />

envolvido por um envelope lipoproteico com<br />

pequenas projeções na superfície. Este envelope<br />

protege o genoma das nucleases celulares. ²³<br />

A poliproteína codificadora é processada para<br />

produzir três proteínas estruturais (capsídeo, prémembrana<br />

e envelope) e sete proteínas nãoestruturais<br />

(NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B<br />

e NS5).16,19 As proteínas não-estruturais são<br />

codificadas logo após as estruturais e participam<br />

de proces-sos de replicação viral e modulação na<br />

permeabilidade de membrana, dentre outros. As<br />

proteínas NS1, NS3 e NS5 são grandes e altamente<br />

conservadas. Já as proteínas NS2A, NS2B,<br />

NS4A e NS4B são menores e de característica<br />

hidrofóbica. 16,19,21 As regiões não-codificadoras<br />

(NCR) 3’ e 5’ do genoma do WNV possuem<br />

94 a 580 nucleotídeos respectivamente16,<br />

demonstrado pela figura 4. 15,19,21<br />

Figura 1. Mosquito Culex pipiens<br />

Figura 2. Mosquito Culex quinquefasciatus<br />

Epidemiologia<br />

Em decorrência do Vírus do Oeste do Nilo<br />

apresentar uma ampla gama de hospedeiros e<br />

por se multi-plicar nas aves, répteis, mamíferos<br />

e mosquitos, e por se propagar rapidamente,<br />

é uma zoonose que requer uma atenção<br />

redobrada em nosso país. 2,13<br />

A infecção cerebral provocada pelo Vírus do<br />

Oeste do Nilo foi identificada pela primeira vez<br />

em Uganda, no ano de 1937. Na década de 50,<br />

foi verificado a primeira epidemia em Israel,<br />

sendo reco-nhecido o VWN, como o causador<br />

de uma meningoencefalite severa. De forma<br />

subsequente, sua pre-sença foi novamente<br />

detectada em Israel, Índia, Egito e em outros<br />

países da África. Em 1974, ocorreu na África do<br />

Sul, a maior epidemia conhecida causada por<br />

esse agente. Na década de 90, ocorreram sur-tos<br />

nos seguintes países: Argélia (1994), Romênia<br />

(1996-1997), República Checa (1997), República<br />

Democrática do Congo (1998), Rússia (1999) e<br />

Israel (2000). Nos EUA, a doença vem ocorrendo<br />

desde 1999; em 2002, foram registrados 4.<strong>156</strong><br />

casos, com 284 óbitos; em 2003, ocorreram<br />

9.862 casos, com 264 óbitos; em 2004, ocorreram<br />

2.539 casos, com 100 óbitos; e, em 2008 foram<br />

notificados 1.338 casos e 43 óbitos, provenientes<br />

de 43 estados daquele país. No Canadá, em 2008,<br />

ocorreram 36 casos 1,17 .<br />

0 35


Autor: Aracaty Silva Sobrinho ¹ ;<br />

Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />

Dennis Hollander Silva 3.<br />

ARTIGO 03<br />

No Brasil, o primeiro caso da doença foi<br />

registrado no Piauí em 2014. O paciente era um<br />

vaqueiro do município de Aroeiras do Itaim que<br />

fez tratamento por cerca de 4 meses, mas ficou<br />

com quadro de para-lisia. Em 2017, de acordo<br />

com dados da Secretaria de Estudo da Saúde de<br />

Piauí (Sesapi), foram notifi-cados 10 casos e uma<br />

morte que pode ter sido causada pelo vírus 10.<br />

• Reservatório: o vírus pode infectar humanos,<br />

aves, cavalos e outros mamíferos. Seu principal<br />

reser-vatório e amplificador são algumas espécies<br />

de aves. Somente elas estão em condições de<br />

atuar como reservatório, já que tem uma viremia<br />

alta e prolongada, servindo dessa forma, como<br />

fonte de infeção para os vetores. 3,13<br />

• Modo de Transmissão: o Vírus do Oeste do<br />

Nilo pode ser transmitido quando um mosquito<br />

infectado pica um humano ou animal para se<br />

alimentar. Figura 5 Os mosquitos se infectam<br />

quando fazem o re-pasto em aves infectadas, as<br />

quais podem circular o vírus em seu sangue por<br />

alguns dias. O vírus se replica no intestino dos<br />

insetos, sendo armazenado em suas glândulas<br />

salivares. Mais raramente, a transmissão pode<br />

ocorrer, através da transfusão sanguínea ou<br />

transplante de órgãos e aleitamento materno.<br />

Transmissão interpessoal não ocorre. 1,2<br />

O principal gênero de mosquito identificado como<br />

vetor do Vírus do Oeste do Nilo é o Culex. Entretanto,<br />

outras espécies de mosquitos já se infectaram com<br />

o vírus. Das espécies infectadas, o Culex pipiens<br />

parece ser o mais importante nos Estados Unidos.<br />

No Brasil, a espécie que mais se assemelha ao Culex<br />

pipiens é o Culex quinquefasciatus. 6<br />

• Período de Incubação: o período de incubação<br />

varia de 3 a 14 dias, podendo ser maior em pacientes<br />

com neoplasias avançadas e em pessoas que<br />

estão sendo submetidas a tratamentos imunossupressores.<br />

2,24<br />

• Período de Transmissibilidade: nas aves pode<br />

variar de 3 a 7 dias, dependendo da espécie.<br />

Não existe confirmação de que outras espécies<br />

animais tenham capacidade de transmissão do<br />

vírus, devido o curto e baixo período de viremia.¹<br />

• Suscetibilidade e Imunidade: a suscetibilidade<br />

varia entre as espécies. As espécies mais acometidas<br />

pela doença são as aves, os humanos e os<br />

equídeos. No ser humano, indivíduos com idade<br />

supe-rior a 50 anos tem maior frequência de<br />

manifestações graves da doença. A doença pode<br />

conferir imunidade duradoura ¹.<br />

• Vigilância Epidemiológica: em situações onde<br />

se desconhece a atividade do VWN, deve-se<br />

progra-mar um sistema de vigilância para casos<br />

de encefalites de etiologia desconhecida, tanto<br />

em humanos, como em aves e mamíferos. A<br />

vigilância deve ser realizada de forma a detectar,<br />

o mais precocemente possível, a circulação viral na<br />

área, evitar a ocorrência da infecção em áreas livres<br />

e prevenir a circula-ção em humanos. Assim, os<br />

seguintes tipos de vigilância devem ser seguidos:<br />

a) vigilância em aves; b) vigilância entomológica;<br />

c) vigilância em cavalos; d) vigilância em humanos<br />

e; e) vigilância sentinela. 1,19<br />

Patologia<br />

Os seres humanos e outros animais são<br />

hospedeiros terminais, pois não desenvolvem a<br />

vire-mia necessária para infectar os mosquitos.<br />

A taxa de mortalidade em humanos com<br />

infecções diagnos-ticadas é muito significativa,<br />

correspondendo a aproximadamente 4% (4.269<br />

casos, com 177 mortos, em 2007) e a taxa de<br />

Figura 5. Ciclo de Transmissão do Vírus do Oeste do Nilo (WNV)<br />

1 Diretor Científico do Weller Works Laboratories.<br />

2 Supervisora do Weller Works Laboratories.<br />

3 Diretor Executivo da GPS Medicina e Segurança do Trabalho.<br />

Figura 4. Estrutura Genômica do Flavivirus<br />

mortalidade em cavalos atinge até 40%. As<br />

infecções em humanos são assinto-máticas ou<br />

muito branda. Após um período de incubação<br />

de 3 a 14 dias, cerca de 20% dos indivíduos<br />

infectados desenvolvem a febre do Oeste do Nilo,<br />

uma enfermidade branda, que perdura por 3 a 6<br />

dias. A febre pode ser acompanhada por cefaleia,<br />

náusea, mialgia, erupções, linfadenopatia (edema<br />

de nódulos linfáticos) e mal-estar geral. Menos<br />

de 1% dos indivíduos infectados desenvolvem<br />

doenças neurológicas graves, como encefalite<br />

ou meningite do Oeste do Nilo 7,12 . Os casos<br />

diagnosticados exibem taxa muito mais elevada<br />

de complicações neurológicas e os adultos com<br />

mais de 50 anos parecem ser mais susceptíveis a<br />

essas complicações 17 .<br />

0 36<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Autor: Aracaty Silva Sobrinho ¹ ;<br />

Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />

Dennis Hollander Silva 3.<br />

ARTIGO 03<br />

Diagnóstico Diferencial: meningoencefalite<br />

sem causa conhecida, encefalites ou meningites<br />

de provável etiologia viral, além de outras<br />

doenças do SNC. Considerar também para o<br />

diagnóstico dife-rencial, casos de doenças febris<br />

agudas, suspeitos de dengue, leptospirose, febre<br />

muculosa, entre ou-tros.¹<br />

Diagnóstico Laboratorial<br />

Segundo Dauphin e Zientara, as principais<br />

dificuldades para o diagnóstico do WNV são a necessidade<br />

de laboratórios preferencialmente de<br />

nível de biossegurança 3 (NB3) e a necessidade<br />

de um teste multi-espécies para diagnóstico<br />

específico que possa superar a reatividade<br />

cruzada com outros Flavivirus. 4<br />

O diagnóstico do vírus inclui o isolamento e a<br />

identificação. De forma geral, os isolamentos<br />

dos vírus são obtidos com maior facilidade<br />

das espécies aviárias. Os seguintes sistemas de<br />

cultura são utilizados para o isolamento do vírus:<br />

células de rim de coelho (RK-13), células de<br />

rim de macaco verde africano (VERO) e ovos de<br />

galinha embrionados. Para se observar o efeito<br />

citopático é necessário mais de uma passagem<br />

da cultura celular 19. Na identificação deste<br />

vírus são utilizados testes sorológicos clássicos,<br />

como a inibição da hemaglutinação (HI) e a<br />

soroneutralização; e testes sorológicos rápidos<br />

como ELISA utilizando anticorpos monoclonais,<br />

hibridação in-situ e testes moleculares. 14,18,19<br />

A resposta imune inicia-se logo após a infecção<br />

pelo WNV. No estágio inicial da infecção, o vírus<br />

replica-se e a viremia desenvolve-se. O método<br />

mais eficiente para o diagnóstico é a detecção de<br />

IgM contra WNV em soro coletado de pacientes, 8<br />

a 14 dias após o início da doença ou em liquor, 8<br />

dias após o início da doença, utilizando o método<br />

de captura de IgM por ELISA. Existe a possibilidade<br />

de ocorrer reação cruzada com outros Flavivirus<br />

(p.ex. vírus da encefalite japonesa, vírus da<br />

encefalite St. Louis, vírus da febre amarela e vírus<br />

da dengue). A IgM não ultrapassa a barreira<br />

hematoencefálica, e portanto, a presença de IgM<br />

no liquor é forte indício de infecção. 6<br />

Ainda se faz necessário o estudo adicional de<br />

ensaios sensíveis e específicos para o rápido<br />

diagnóstico diferencial de infecções pelo WNV.<br />

Vacinas<br />

Segundo Teixeira ²², muitas tecnologias têm sido<br />

desenvolvidas na preparação de vacinas contra o<br />

WNV. Quatro vacinas já foram tesadas para o perfil de<br />

segurança e imunogenicidade em tria-gens clínicas:<br />

1-Vacina WNV/YF 17D: quimera composta do<br />

vírus vivo atenuado e da cepa vacinal contra febre<br />

ama-rela 17D;<br />

2-Vacina WNV/DENV4 30: quimera composta<br />

do vírus vivo atenuado e do dengue 4 com<br />

deleção na posição 30;<br />

3-Vacina de DNA WNV prM-E: composta por<br />

um plasmídeo simples que codifica glicoproteínas<br />

de pré-membrana e envelope do vírus e;<br />

4-Vacina composta de um polipeptídeo<br />

recombinante da proteína do envelope viral.<br />

Até o momento, apenas a pré-vacina WNV/YF<br />

17D teve realizado ensaios clínicos de fase II em<br />

humanos. Apesar de resultados promissores, o<br />

desenvolvimento da vacina foi paralisado devido<br />

a in-certezas de mercado.²²<br />

Desempenho promissor foi verificado em estudos<br />

prévios com a vacina quimérica WNV/DENV4 30,<br />

sendo altamente imunogênica em camundongos e<br />

macacos com bom perfil de segurança.²²<br />

Referências Bibliográficas<br />

1 - Brasil, 2008 Secretaria de Vigilância em Saúde/MS. Febre<br />

do Nilo Ocidental Cid 10: A 92.3 p.325-29, 2008. Disponível em:<br />

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf. 2 – Coelho, AB<br />

– Febre do Nilo Ocidental. Trabalho de Conclusão de Curso de<br />

Medicina Veterinária da Faculdade Metropolitanas Unidas,2008.<br />

3 – Corrêa, AP; Varella, RB – Aspectos epidemiológicos da febre<br />

do Oeste do Nilo. Rev. Bras. Epidemi-ol. 11, v.3, p. 463-72,<br />

2008. 4 – Dauphin, G; Zientara, S – West Nile Virus: recente<br />

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Burton Microbiologia para as Ciências da Saúde. 9ª. Ed. Gen/<br />

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1 Diretor Científico do Weller Works Laboratories.<br />

2 Supervisora do Weller Works Laboratories.<br />

3 Diretor Executivo da GPS Medicina e Segurança do Trabalho.<br />

Cen-tral,cap.12, p. 356-98 in: Santos, NSO; Romanos, MTV;<br />

Wigg, MD – Introdução à Virologia Humana, 2ª. Ed. Gen/<br />

Guanabara Koogan, 2008. 7 – Gould, LH; Fikrig, E. – West<br />

Nile Virus: a growing concern ?. The jornal of Clin. Investig.<br />

v. 113, n.8, p. 1102-07, 2004. 8 – Holland, D.J. Emerging<br />

viroses. Curr. Opin. Pediatr., 10: 34-40, 1998. 9 - Hubálek,<br />

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Borne viral. Disease in Europe. Emerging Infections Diseases.<br />

v.5, n.5, p. 643-50, set-oct.1994. 10 – https://cidadeverde.<br />

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e morte, acesso em 8 maio, 2018. 11 – Komar, N. – West<br />

Nile Virus: epidemiology and ecology in North America. Adv.<br />

Virus Res. 61: 185-234, 2003. 12 – Kramer, LD; Li, J; Shi, PY<br />

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13 – Kulasekera, VL; Kramer, L; Nasci, RS; Mostashari,F; et al –<br />

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infections and vaccinations in humans. Adv. Virus Res., v. 61,<br />

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biology of flaviviruses. Adv. Virus Res., v. 59, p. 23-61, 2003.<br />

17- Madigan, MT; Martinko, JM; Dunlap, PV; Clark, DP –<br />

Microbiologia de Brock – 12ª. Ed. Artmed, p. 1.016, 2010. 18<br />

– Maeda, A; Maeda, J – Review of diagnostic plaque reduction<br />

neutralization tests for flavivirus infec-tion. Veterinary Journal<br />

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TL – Monitoramento do Vírus do Oeste do Nilo no Brasil. Tese<br />

de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação<br />

Interunidades em Biotecnologia USP/Instituto Butanta/IPT,<br />

2013. 20 – Petersen, LR; Brault, AC; Nasci, RS – West Nile<br />

Virus: Review of the Literature. Jama 310, v. 3, p. 308-18,<br />

2013. 21 – Rice, CM – Nucleotide sequence of yellow fever<br />

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Science, v. 229, p. 726-35, 1985. 22 – Teixeira, A – Vírus Oeste<br />

do Nilo: Uma vacina é realmente necessária? sbi.org.br>2014.<br />

23 – Trent, DW; Qureshi, AA – Structural and nonstructural<br />

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3, p. 379-88, 1971. 24 – Zeinard, AK; Novaretti, MC; Chamone,<br />

DAF – Vírus do Nilo Ocidental – Nova Ameaça Transfusio-nal?.<br />

Rev. Bras. Hemat. e Hemoterap. v. 26, n. 2, p. 114-21, 2004.<br />

0 38<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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MATÉRIA DE CAPA<br />

Binding Site no Brasil<br />

Desde 2013 a Binding Site tem buscado<br />

entender melhor a dinâmica do mercado<br />

de diagnóstico in vitro brasileiro e optou por<br />

estabelecer uma relação comercial direta com<br />

os principais grupos de medicina diagnóstica,<br />

visando acelerar o acesso desses clientes às atuais<br />

e futuras tecnologias desenvolvida pela empresa.<br />

Os serviços da empresa já comemoram<br />

6 anos de presença no Brasil, sendo que<br />

em 2017 a Binding Site começou a atender<br />

diretamente o mercado através de sua filial<br />

brasileira, Diamédica Importação e Exportação<br />

de Produtos para Laboratórios Ltda, situada na<br />

cidade de São Carlos, interior de São Paulo.<br />

Fruto do plano de expansão internacional com<br />

foco em mercados emergentes, a Diamédica<br />

conta com corpo diretor, administrativo, técnico<br />

e científico próprios. “Nosso foco no Brasil para<br />

os próximos anos é intensificar a disseminação<br />

de conhecimento aplicado à utlização e aos<br />

benefícios clínicos de nossos produtos, além<br />

de aumentar o acesso da sociedade as nossas<br />

tecnologias. Estamos presentes nos maiores<br />

grupos de medicina diagnóstica do país, temos<br />

trabalhado em sinergia com as principais<br />

sociedades médicas e associações de pacientes.<br />

O desafio de integrar esses diferentes atores<br />

e efetivamente levar o benefício de nossa<br />

tecnologia aos pacientes é o que nos move<br />

diariamente”, salienta Fúlvio Facco, Diretor Geral.<br />

0 40<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Como parte do nosso comprometimento com<br />

os pacientes e comunidade médica, foi criado<br />

um website onde informações educacionais e<br />

a lista de clientes foram disponibilizadas. Tudo<br />

isso e muito mais pode ser encontrado visitando<br />

os websites www.freelite.com.br e www.<br />

bindingsite.com.br/pt-br.<br />

Em outubro de 2018 passamos a atender<br />

diretamente também os clientes sediados<br />

na capital paulista. “Ao longo de 2019<br />

consolidamos nossa presença no mercado com<br />

a abertura de novas contas e a instalação de<br />

vários Optilites”, destaca Fúlvio Facco.<br />

Os planos para 2020 contemplam a expansão<br />

da presença direta em outras regiões do país e a<br />

mudança para uma nova e ampla sede com uma<br />

área últil quatro vezes maior que a atual. “A nova<br />

estrutura física nos permitirá continuar atendendo<br />

nossos clientes com a mais alta qualidade e<br />

segurança, além de criar um Centro de Serviços para<br />

toda a América Latina. Tanto nossos Distribuidores<br />

nacionais quanto os Internacionais receberão<br />

capacitação aqui no Brasil”, destaca Rodrigo Biondo,<br />

“Coordenador da Assistência Técnica”.<br />

Clientes<br />

Dentre os clientes que atualmente fazem uso<br />

de nossas tecnologias, destacamos:<br />

1) Laboratórios de Apoio:<br />

• Alvaro Apoio<br />

• a+ Medicina Diagnóstica<br />

• Diagnósticos do Brasil (DB)<br />

• Grupo Fleury Medicina e Saúde<br />

• Delboni Auriemo (DASA)<br />

2) Hospitais<br />

• Hospital AC Camargo<br />

• Hospital Universitário Clementino Fraga Filho<br />

• Hospital das Clínicas de São Paulo<br />

• Hospital de Amor de Barretos<br />

• Hospital Israelita Albert Einstein<br />

• Hospital Sírio Libanês<br />

• Rede Sarah<br />

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MATÉRIA DE CAPA<br />

Binding Site no Mundo<br />

“Especializada em proteínas plasmáticas e soluções diagnósticas inteligentes”<br />

Fundada por pesquisadores da Universidade de Birmingham, há mais<br />

de 30 anos a Binding Site continua se fortalecendo e aplicando sua<br />

vocação científica no desenvolvimento de novos produtos com base nas<br />

necessidades dos médicos e pacientes.<br />

Com mais de 90% dos produtos vendidos no exterior, a Binding Site é<br />

uma empresa verdadeiramente internacional marcando presença em<br />

mais de 100 países.<br />

Oferece produtos especializados para diagnósticos in vitro aos profissionais<br />

de hospitais e laboratórios clínicos. A equipe é dedicada ao aprimoramento<br />

do diagnóstico, proporcionando condutas médicas inovadoras que<br />

melhoram a vida dos pacientes, especialmente aqueles que sofrem<br />

de alguma enfermidade relacionada à Gamopatias Monoclonais e<br />

Imunodeficiências.<br />

Sempre comprometida em trabalhar colaborando com seus parceiros e<br />

clientes, a empresa busca ser líder em diagnósticos médicos especializados.<br />

Sua história de sucesso sempre teve na capacitação de sua equipe um pilar<br />

fundamental. Investe-se continuamente em capital humano para que as<br />

competências necessárias ao negócio da empresa sejam desenvolvidas e<br />

alinhadas à Missão, Visão e Valores da empresa.<br />

Missão<br />

A Binding Site tem o compromisso de melhorar a vida dos pacientes do mundo<br />

todo, atráves da educação, colaboração e inovação.<br />

Visão<br />

Ser a líder em diagnósticos médicos especilizados.<br />

Valores<br />

Dedicação, entusiasmo e integridade... Fazendo juntos a diferença.<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019 0 41


MATÉRIA DE CAPA<br />

Comprometida com a inovação a Binding Site aposta<br />

na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e plataformas<br />

de automação para quantificação de proteínas plasmáticas.<br />

Nova plataforma<br />

automatizada - Optilite<br />

Optilite® é a mais moderna plataforma de<br />

quantificações de proteínas da Binding Site.<br />

Lançada em 2015 na Europa e Estados Unidos e<br />

já com cerca de 700 unidades instaladas em todo<br />

mundo, o Optilite teve seu pré-lançamento no<br />

Brasil em Setembro de 2017 no 51° Congresso<br />

Brasileiro de Patologia Clínica. Trata-se de um<br />

turbidímetro de bancada, com produtividade<br />

de 120 testes por hora, carregamento<br />

contínuo de amostras e reagentes, oferecendo<br />

flexibilidade na execução da rotina. As cubetas<br />

de reação são descartáveis e assim diminuem<br />

o risco de contaminação. Seus três métodos de<br />

verificação de excesso de antígeno minimizam<br />

a ocorrência de resultados falsos-negativos e,<br />

consequentemente, conferem maior segurança<br />

aos resultados. Possui sistema automático para<br />

diluição das amostras mais concentradas, o que<br />

elimina em 100% a necessidade de diluições<br />

manuais, frequentemente necessárias em outras<br />

plataformas que dosam proteínas plasmáticas,<br />

como os nefelômetros.<br />

A interface bidirecional, a utilização de tubos<br />

com códigos de barras e o carregamento<br />

automática dos valores de calibradores e controles<br />

através de código de barras automatizam<br />

completamente o fluxo operacional.<br />

“Com o chegada do Optilite no Brasil, nossos<br />

clientes já evidenciam benefícios marcantes, como:<br />

economia de reagentes, aumento da produtividade<br />

e a segurança dos resultados liberados. Além disso,<br />

foi possível consolidar todos ensaios de proteínas<br />

plasmáticas em uma única plataforma totalmente<br />

automatizada”, comenta Marlos Fonseca,<br />

Especialista de Produtos da Binding Site.<br />

“O Optilite chegou para mudar o paradigma<br />

que ainda existe com relação à necessidade<br />

de se ter um nefelômetro para as dosagens de<br />

proteínas plasmáticas. Nossos clientes brasileiros<br />

tem demonstrado a mesma alta satisfação que<br />

temos visto em outro países onde a substituição<br />

dos nefelômetros pelo Optilite é uma realidade<br />

desde 2015. É uma evolução tecnológica natural”,<br />

ressalta Fúlvio Facco, Diretor Geral da Binding Site<br />

– América Latina. Já são aproximadamente 700<br />

Optilites instalados em todo o mundo.<br />

Praticamente todos os grandes grupos que<br />

atuam na medicina laboratorial optaram por ter<br />

nossa plataforma em suas rotinas, dentre eles<br />

podemos citar:<br />

• Clínica Mayo<br />

• Quest<br />

• LabCorp<br />

• ARUP<br />

• Synlab<br />

• Covance, entre outros.<br />

Muitos hospitais de renome mundial também<br />

realizam suas rotinas de proteínas plasmáticas<br />

em nossa plataforma Optilite, tais como:<br />

• Abington Memorial Hospital<br />

• Allegheny General Hospital<br />

• Arkansas Childrens Hospital<br />

• Ascension - St. John’s Hospital<br />

• Boston Medical Center<br />

• Cedars Sinai<br />

• Florida Hospital<br />

• Johns Hopkins Hospital<br />

• Massachusetts General Hospital<br />

• Memorial Sloan Kettering Center<br />

• Mount Sinai School of Medicine<br />

• National Institute of Health<br />

• New York Presbiterian Hospital<br />

• St Mary´s Hospital<br />

• Stanford Medical Center<br />

• Tampa General Hospital<br />

• University of Michigan<br />

• Yale New Haven<br />

0 42<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Optilite® versus nefelômetro<br />

Sabendo-se da importância de utilizar um<br />

sistema fácil, preciso, rápido e que atenda<br />

as necessidades de laboratórios e hospitais<br />

para a quantificação das proteínas especiais,<br />

a Argent Global, consultoria especializada em<br />

engenharia de processos, conduziu um estudo<br />

independente comparando dois analisadores<br />

que dosam proteínas plasmáticas. Um foi o<br />

Optilite®. A outra plataforma se trata de um<br />

nefelômetro mundialmente conhecido. Esse<br />

estudo foi desenvolvido no Laboratório Health<br />

Network em Alletown, Pensilvânia, para<br />

avaliação da performance e do fluxo operacional<br />

inerentes à utilização destes dois analisadores.<br />

Metodologia<br />

O estudo comparativo foi realizado no<br />

laboratório Health Network (LHN). A<br />

empresa Argent observou todas as atividades<br />

relacionadas à operação dos dois analisadores<br />

realizada pela equipe do LHN. O Optilite e o<br />

nefelômetro foram colocados num mesmo<br />

local, com mesmo layout, processos, volumes,<br />

cronogramas e operadores. Ambos tiveramos as<br />

respectivas performances avaliadas por 4 dias<br />

seguidos. Os menus de testes foram os mesmos<br />

e a média diária de volume de exames foram<br />

muito similares. Os resultados apresentados a<br />

seguir são da média da rotina diária.<br />

Resultados<br />

O estudo demonstrou que o Optilite gasta<br />

muito menos tempo para realizar os ensaios,<br />

liberar os resultados e finalizar a rotina diária. As<br />

etapas de Iniciar e Processar as amostras foram<br />

significativamente mais curtas quando paradas<br />

ao que apresentou o nefelômetro.<br />

Em média o Optilite® também foi mais rápido<br />

para liberar o primeiro resultado, levando somente<br />

12 minutos. Além disso, seu ciclo de medição lhe<br />

confere praticamente o dobro de produtividade.<br />

Por fim, a Argent também considerou a<br />

manutenção diária e semanal que deve ser<br />

realizada pelos operadores. O tempo total em<br />

horas gasto com as manutenções do Optilite® foi<br />

menor quando comparado ao outro analisador.<br />

Tempo total do ciclo de testes<br />

Binding Site Optilite®<br />

5.92 min 6.9 min 74.4 min 8.1 min<br />

Plataforma comparativa (nefelômetro)<br />

95.3 mins<br />

98 resultados<br />

17.1 min 3.74 min 113.5 min 14.3 min<br />

Início Caregamento Processamento<br />

148.7 mins<br />

91.7 resultados<br />

Em média o Optilite® também foi mais rápido para liberar o primeiro resultado, levando somente<br />

12 minutos. Além disso, seu ciclo de medição lhe confere praticamente o dobro de produtividade.<br />

Tempo de liberação do primeiro resultado & tempo<br />

para testes adicionais<br />

Optilite®<br />

Plataforma comparativa (nefelômetro)<br />

Manutenção total por mês (horas)<br />

16.0<br />

14.0<br />

12.0<br />

10.0<br />

8.0<br />

6.0<br />

4.0<br />

2.0<br />

0.0<br />

6.9<br />

Tempo de trabalho<br />

7.1<br />

OPTILITE®<br />

12.4 min 38.5 min<br />

Tempo de Ciclo<br />

15.1 min 65.1 min<br />

12.2<br />

13.6<br />

Plataforma comparativa<br />

Como conclusão o método de estudo demonstrou uma<br />

comparação real entre as duas plataformas e os especialistas<br />

concluiram que o Optilite® tem melhor produtividade e<br />

manutenção reduzida, fazendo com que os custos operacionais<br />

caiam, o fluxo de trabalho melhore e a eficiência aumente.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Assim, o estudo apresentado deixa evidente que a Binding Site está<br />

sempre buscando oferecer o que há de melhor para que seus clientes,<br />

visando a segurança dos resultados e otimização dos recursos.<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 43


MATÉRIA DE CAPA<br />

Menu de Produtos<br />

Clínicos<br />

A Binding Site possui um amplo menu de<br />

ensaios pelos métodos de turbidimetria, ELISA e<br />

Imunodifusão radial que a colocam na vanguarda<br />

do diagnóstico médico relacionado a:<br />

• Gamopatias Monoclonais: Freelite (quantificação<br />

de cadeias kappa-lambda leves e livres) e Hevylite<br />

(quantificação de cadeias leves/pesadas)<br />

• Sistema Imune:<br />

- Imunodeficiências: Imunoglobulinas (IgA,<br />

IgM, IgG, IgD e IgE), Suclasses IgG e IgA,<br />

Sistema Complemento (CH50, C1 inativador,<br />

C1q, C2, C3c, C4)<br />

- Respostas a Vacinas (Influenza, Polissacarídeo<br />

Capsular Pneumocóccico, Toxóide tetânico,<br />

Toxóide diftérico)<br />

• Sistema nervoso central: Albumina,<br />

Freelite e Imunoglobulinas no líquor.<br />

• Nefrologia: Cistatina, Freelite, Microalbumina,<br />

Beta-2 Microglobulina etc.<br />

• Proteínas Específicas: Proteína<br />

C Reativa, Anti-Estreptolisina O, Fator<br />

Reumatóide, Ferritina, Transferrina,<br />

Prealbumina, Ceruloplasmina, Haptoglobina,<br />

Alfa-1-Antitripisina, Alfa-1-Glicoproteína<br />

Ácida, Lipoproteína(a) Apolipoproteína A-1,<br />

Apoliproteína B. Beta-2 microglobulina, Fator<br />

Reumatóide.<br />

Optilite® Day<br />

Com a intenção de estar ainda mais presente e<br />

entender cada vez mais as necessidades de nossos<br />

clientes, no último mês de setembro a Binding<br />

Site realizou o “Optilite Day”, um evento planejado<br />

para que todos os clientes que possuem o Optilite<br />

em seus laboratórios, pudessem compartilhar<br />

suas experiências, além de receber atualizações<br />

sobre a plataforma, conhecer melhor o menu de<br />

exames e se interarem a respeito dos produtos em<br />

desenvolvimento.<br />

“Nosso primeiro Optilite Day foi um sucesso!<br />

Tivemos a participação ativa de nossos clientes e<br />

ficamos muito contentes com a avaliação positiva<br />

recebida, tanto no que se refere aos nossos<br />

produtos quanto aos nossos serviços. Somos uma<br />

equipe muito comprometida com os resultados<br />

de nossos clientes e eles percebem e valorizam<br />

isso”, comemora Fúlvio Facco.<br />

0 44<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


MATÉRIA DE CAPA<br />

Freelite ® e Hevylite ®<br />

A importância do Freelite no panorama atual da Onco-Hematologia e as<br />

novas drogas para tratamento do Mieloma Múltiplo<br />

Como já sabido, a Binding Site sempre foi<br />

referência no que diz respeito ao diagnóstico,<br />

prognóstico e monitoramento de Gamopatias<br />

Monoclonais. O produto Freelite ainda é o<br />

único kit comercial recomendado pelas Diretrizes<br />

Internacionais e Brasileiras para a dosagem de<br />

Cadeias Leves Livres (CLLs) Kappa (κ) e Lambda<br />

(λ) em soro. O teste, considerado biomarcador para<br />

diagnóstico e monitoramento desses pacientes,<br />

foi incorporado ao ROL de procedimentos e<br />

eventos em saúde da Agência Nacional<br />

de Saúde (ANS), que entrou em vigor no mês<br />

de janeiro de 2018. Desde então, os planos de<br />

saúde passaram obrigatoriamente a cobrir os custos<br />

laboratóriais envolvidos na realização desse exame<br />

(código CBHPM 4.03.24.26-5).<br />

Especificamente sobre o reagente do Freelite®,<br />

os anticorpos policlonais do teste, reagem<br />

apenas com as formas livres das cadeias leves<br />

proporcionando uma medição quantitativa de<br />

κ e λ livres no soro (Figura 1), que podem ser<br />

utilizados para o diagnóstico, monitoramento e<br />

prognóstico de pacientes com Mieloma Múltiplo<br />

(MM) e outras Gamopatias Monoclonais.<br />

A quantificação das CLLs em soro é<br />

recomendada pelas diretrizes do Grupo<br />

Internacional de Trabalho sobre Mieloma<br />

(International Myeloma Working Group - IMWG)<br />

para o diagnóstico de MM. As recomendações<br />

atualizadas definem que a relação entre a cadeia<br />

envolvida e não envolvida deve ser ≥ 100, e que<br />

a mesma é um biomarcador para mieloma. Isto<br />

significa que se um paciente apresenta células<br />

clonais na medula óssea ≥10%, a cadeia leve livre<br />

produzida pelo tumor é ≥ 100 mg/L e a relação<br />

entre kappa/lambda é ≥ 100, trata-se de uma<br />

caso de mieloma múltiplo (Rajkumar et al 2014).<br />

Além das diretrizes internacionais, a quantificação<br />

das cadeias kappa/lambda leves livres pelo ensaio<br />

de anticorpos policlonais também está incluídas<br />

nas nacionais (Hungria et al 2013) e na Portaria<br />

número 708 para diagnóstico de Mieloma<br />

Múltiplo do Ministério da Saúde, publicada em 06<br />

de agosto de 2015.<br />

A alta concentração de CLL monoclonal no<br />

soro está associada à proliferação maligna<br />

de células plasmáticas na maioria dos<br />

gamopatias monoclonais. A proporção de<br />

CLL no soro (κ/λ) é um indicador sólido de<br />

monoclonalidade. A associação do teste de<br />

cadeia kappa/lambda leve livre no soro (CLL,<br />

Freelite®) aos testes laboratoriais tradicionais<br />

como a eletroforese de proteínas (EFPs) e a<br />

imunofixação no soro (IFs), resulta na diminuição<br />

do número de resultados falso-negativos.<br />

Para complementar o quadro de ensaios<br />

inovadores, também já está disponível<br />

comercialmente o kit Hevylite® para dosagem<br />

de imunoglobulinas intactas IgA Kappa, IgA<br />

Lambda, IgG Kappa, IgG Lambda, IgM Kappa e<br />

IgM Lambda (Figura 2). Todos esses produtos<br />

são usados em conjunto e apresentam evidências<br />

científicas comprovadas pelas mais de 3 mil<br />

publicações relacionadas (Figura 3). O teste tem<br />

como alvo um epítopo único presente na região<br />

constante das imunoglobulinas entre as cadeias<br />

Figura 1. Ensaio Freelite para quantificação das formas livres das cadeias leves kappa e lambda através<br />

do reconhecimento dos epítopos pelos anticorpos policlonais.<br />

Figura 2. O ensaio de Hevylite permite a quantificação dos diferentes tipos de cadeias pesadas/leves<br />

separadamente: IgA Kappa, IgA Lambda, IgG Kappa, IgG Lambda, IgM Kappa e IgM Lambda.<br />

Figura 3. Freelite ou Hevylite com resultados anormais, indicam doença residual e o paciente continuará<br />

sendo monitorando. O médico pode considerar os métodos de avaliação celular quando os resultados de ambos Freelite e<br />

Hevylite estiverem normalizados. A detecção da doença residual mínima (DRM) pode ser mais rápida através dessa dosagens em<br />

soro, além de eliminar a solicitação de biópsias desnecessárias.<br />

0 46<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


pesadas e leves. A especificidade do antisoro do<br />

Hevylite, permite que IgAκ possa ser quantificada<br />

independentemente de IgAλ, IgGκ de IgGλ etc.<br />

As vantagens da utilização do Hevylite se<br />

sobressaem sobre os métodos tradicionais<br />

como a eletroforese de proteínas do soro (EFPs),<br />

imunofixação sérica (IFs) e a eletroforese capilar<br />

(EZC) quando utilizados para avaliação dos<br />

pacientes com Mieloma. A associação do Hevylite<br />

com o Freelite no monitoramento dos pacientes<br />

com MM garante a maior precisão e fornecem<br />

informações relevantes para a conduta médica.<br />

“A incorporação do Hevylite nas diretrizes<br />

internacionais nos deixa muito motivados para<br />

continuarmos difundindo nosso conhecimento<br />

aplicado ao diagnóstico médico especializado.<br />

Em conjunto com o Freelite® (dosagem de<br />

cadeias kappa/lambda leves livres), o Hevylite<br />

mantém a Binding Site na vanguarda tecnológica<br />

e abre novas perspectivas no campo da medicina<br />

personalizada. Seguramente o maior beneficiado<br />

será o paciente”, segundo Dra. Elyara Maria Soares,<br />

Diretora Científica da Binding Site Brasil.<br />

Novas drogas para tratamento e<br />

importância da utilização do Freelite®<br />

Sabemos que o MM é responsável por<br />

aproximadamente 10% das neoplasias hematológicas<br />

e para a confirmação do diagnóstico, devem ser<br />

observadas 10% de células plasmáticas clonais da<br />

medula óssea ou um plasmocitoma comprovado por<br />

biópsia, além de evidências de um ou mais eventos<br />

definidores do MM, que pode ser um dos critérios de<br />

“CRAB” (hipercalcemia, insuficiência renal, anemia ou<br />

lesões ósseas líticas) ou ainda alterações das células<br />

plasmáticas clonais na medula óssea, acima de<br />

60%, relação das cadeias kappa-lambda leves livres<br />

envolvida/pela cadeia leve livre não envolvida (CLL)<br />

igual ou maior que 100 (desde que a CLL envolvida<br />

seja 100 mg/L- valores validados e utilizados pelo<br />

IMWG são referentes ao exame Freelite®) ou> 1 lesão<br />

focal na ressonância magnética.<br />

considerado um dos testes mais específicos para<br />

tal. A figura 4 a seguir, traz a comparação para<br />

detecção de cadeias leves e livres pelos diferentes<br />

métodos laboratoriais disponíveis comparados<br />

com o Freelite®.<br />

Em relação ao tratamento, muito tem sido<br />

estudado e muitos avanços foram atingidos<br />

em relação às drogas para tratamento do MM<br />

na última década, com a introdução de várias<br />

classes de novos medicamentos eficazes. Os<br />

diversos estudos mostram como elas melhoraram<br />

substancialmente as taxas de sobrevida e<br />

intensidade de resposta nos diferentes pacientes.<br />

Especificamente no Brasil, um dos últimos<br />

trabalhos publicados pelo Grupo Brasileiro<br />

de Mieloma Múltiplo (GBRAM), estudou<br />

os efeitos da combinação tripla de das drogas<br />

bortezomibe, ciclofosfamida e dexametasona<br />

versus ciclofosfamida, talidomida e dexametasona<br />

em pacientes com diagnóstico recente de mieloma<br />

múltiplo, e que são elegíveis para o transplante<br />

(Crusoé E et al 2019). Outros trabalhos do mesmo<br />

grupo, liderados pela Hematologista Dra Vânia T. de<br />

Moraes Hungria, mostram o papel dos inibidores de<br />

proteasoma (carfilzomibe, bortezomibe, ixazomibe,<br />

oprozomibe, marizomibe) e também dos muito<br />

utilizados anticorpos anti CD38 (Daratumumabe)<br />

no tratamento do MM.<br />

Neste contexto, o Freelite® tem tido um aumento<br />

de demanda significativo, já que os médicos<br />

passaram a utilizá-lo também no monitoramento<br />

de seus pacientes. Por meio do resultados de<br />

Freelite os médicos são capazes de verificar mais<br />

rapidamente a eficácia das drogas, e se necessário<br />

alterar o tipo de tratamento, proporcionando<br />

melhor qualidade de vida aos pacientes. A<br />

resposta mais precoce do Freelite acontece devido<br />

ao fato de que a meia vida das cadeias leves livres<br />

é de poucas horas, enquanto as imunoglobulinas<br />

apresentam meia vida de semanas. Sendo assim,<br />

as alterações no Freelite® monitoram melhor às<br />

respostas aos tratamentos (Figura 5).<br />

Os resultados do Freelite apresentam alterações<br />

em função da resposta à terapia muito antes do<br />

exame de eletroforese de proteínas no soro (EFPs).<br />

Como demonstrado na figura 6 a seguir, o Freelite<br />

kappa é o primeiro ao qual observamos uma<br />

redução após primeiro ciclo de tratamento.<br />

Figura 4. Sensibilidade analítica do Freelite é superior aos outros testes tradicionais, e pode detectar<br />

CLLs dentro e algumas vezes abaixo do intervalo de referência normal no soro.<br />

Figura 5. A meia vida das cadeias leves livres varia de 2 a 6 horas, pois devido ao seu pequeno tamanho,<br />

são rapidamente eliminadas pelos rins.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Dada a importância do Freelite®, destaca-se<br />

que a sua utilização em conjunto com os exames<br />

tradicionais para MM e outras gamopatias<br />

assegura a confirmação do diagnóstico, já que<br />

ele é aproximadamente 10 vezes mais sensível<br />

do que a imunofixação na urina, anteriormente<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019 0 47


MATÉRIA DE CAPA<br />

Desenvolvimento de novos produtos<br />

Em agosto deste ano, a Binding Site foi<br />

premiada pelo Scientist's Choice Award pelo<br />

lançamento do Melhor Novo Produto Clínico no<br />

ano de 2018 ao lançar o kit para quantificação<br />

do Complemento C2 por turbidimetria.<br />

Administrado pela Select Science, o prêmio<br />

seleciona os produtos e fabricantes, os quais<br />

a comunidade científica considera fazer uma<br />

grande diferença para a indústria.<br />

Sempre com foco em fornecer a solução<br />

completa e para melhor atender seus clientes, a<br />

Binding Site está trabalhando também em outros<br />

produtos para agregar ao menu já existente.<br />

Dentre os novos produtos que estarão disponíveis<br />

nos próximos anos destacam-se: C1q, Fator I,<br />

Amilóide A, Fibrinogênio, dentre outros.<br />

Espectrometria de Massa - Vanguarda<br />

tecnológica<br />

Trabalhando sempre com tecnologias de<br />

ponta, há alguns anos a Binding Site iniciou<br />

o desenvolvimento de uma tecnologia que<br />

irá revolucionar a quantificação de proteínas<br />

especiais para grandes rotinas.<br />

A nova tecnologia, que é baseada em<br />

interações antígeno-anticorpo e espectrometria<br />

de massa, pela primeira vez, será capaz de<br />

identificar e quantificar simultâneamente todas<br />

as proteínas de interesse clínico presente em<br />

pacientes com mieloma múltiplo. Ela eliminará<br />

a interpretação subjetiva inerente aos métodos<br />

(imunofixação) atualmente disponíveis,<br />

melhorando a segurança dos resultados, além<br />

de optilizar o fluxo de trabalho do laboratório.<br />

Em Janeiro deste ano de 2019, concluíu-se a<br />

valildação interna do material desenvolvido pela<br />

Binding Site e de acordo com o cronograma, os<br />

próximos passos incluem sua validação por<br />

pesquisadores e/ou laboratórios O lançamento<br />

no Brasil está previsto para meados de 2022,<br />

“As raízes da Binding Site estão fundamentadas<br />

numa ciência clinicamente relevante e<br />

uma de nossas principais competências é a<br />

capacidade de desenvolver e produzir soluções<br />

de diagnóstico in vitro aplicáveis à doenças<br />

de difícil identificação e monitoramento”, diz<br />

Charles de Rohan, CEO da Binding Site Group.<br />

“Este projeto demonstra ainda mais o nosso<br />

compromisso de melhorar a qualidade de vida<br />

dos pacientes, fornecendo técnicas novas aos<br />

laboratórios em todo o mundo.”<br />

“Quando comparada às metodologias atuais,<br />

como a eletroforese de proteínas, nossa solução<br />

trará maior sensibilidade/especificidade, sendo<br />

capaz de identificar as proteínas mononoclonais<br />

abaixo do valor estabelecido como normal. A atual<br />

subjetividade no momento da interpretação dos<br />

dados também será eliminada. Dessa maneira os<br />

laboratórios terão maior rapidez na execução da<br />

rotina e total seguranças nos resultados. Quem ganha<br />

com isso é a classe médica e os pacientes, comenta<br />

“Dra. Elyara Maria Soares”, Diretora Científica.<br />

Programa de Educação Continuada<br />

Como um dos pilares de nossa missão,<br />

desenvolvemos o programa de Educação<br />

Continuada. Através da parceria com a Associação<br />

Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH),<br />

estamos patrocinando mais um curso aplicado,<br />

disponibilizado no HEMO EDUCA (www.<br />

hemoeduca.com.br). “O objetivo do Hemo<br />

Educa é fazer com que a informação chegue<br />

aos médicos de forma rápida e precisa. Como<br />

o programa é online, os participantes podem<br />

adaptar-se facilmente ao melhor horário e data<br />

para participar do curso”, comenta a Diretora<br />

Científica, Dra Elyara Maria Soares.<br />

Com o sucesso do primeiro Hemo Educa,<br />

neste ano de 2019, lançamos mais uma etapa<br />

do programa, também em parceira com<br />

a ABHH e coordenação da Profa Dra Vânia<br />

T. de Moraes Hungria. As inscrições estão<br />

abertas e mais detalhes podem ser vistos<br />

no site: https://www.hemoeduca.com.br/<br />

curso/interpretacao-do-freelite-e-utilizacaodo-teste-na-pratica-clinica.<br />

O tema atual é<br />

“Interpretação do Freelite e Utilização do Teste<br />

na Prática Clínica” e o período do curso é de<br />

outubro a dezembro, incluindo três módulos<br />

sobre: Gamopatia Monoclonal de Significado<br />

Indeterminado; Mieloma Múltiplo e Aplicação<br />

do Freelite e interpretação de casos clínicos e<br />

Mieloma Múltiplo/Amiloidose e Aplicação do<br />

Freelite e interpretação casos clínicos.<br />

Além do Hemo Educa, este ano fizemos<br />

também uma parceria com a Sociedade<br />

Brasileira de Patologia Clínica/Medicina<br />

Laboratorial (SBPC/ML), patrocinando o livro das<br />

recomendações da sociedade, e contribuindo<br />

com material científico e de marketing. O livro<br />

que também contou com outros colaboradores<br />

foi distribuido gratuitamente para todos os<br />

participantes do congresso.<br />

Por fim, este ano em parceria com a Fundação<br />

Internacional do Mieloma (IMF da<br />

América Latina) e a Dra Vânia T. de<br />

Moraes Hungria, foi desenvolvido um vídeo<br />

educativo para os pacientes, cujo foi: principais<br />

características do Freelite®, importância de sua<br />

associação com outros testes laboratoriais e como<br />

entender melhor os resultados. Nossa parceria<br />

com a IMF é de extrema importância para que<br />

os pacientes estejam sempre atualizados. Os<br />

interessados poderão acessar o vídeo do Freelite®,<br />

os vídeos do Hemo Educa já realizado no<br />

endereço: www.freelite.com.br.<br />

0 48<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


FirstLab apresenta<br />

linha de Centrífugas<br />

Centrífuga de Bancada 5000rpm<br />

(Swing-Out)<br />

Múltipla combinação de rotores* de ângulo<br />

fixo ou variável<br />

Diversidade na capacidade, desde tubos<br />

de 5ml até 100mL<br />

Sistema controlado por microprocessador<br />

digital<br />

10 velocidades de aceleração e desaceleração<br />

Sistema anti-desbalanceamento<br />

*Rotores vendidos separadamente<br />

Centrífuga 8 x 15 mL<br />

Equipamento prático e de fácil manuseio<br />

Botão para centrifugações curtas e rápidas<br />

Painel com tela de LCD e avisos luminosos e<br />

sonoros<br />

Permite a troca de velocidade entre RPM e RCF<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

LABORATÓRIO DE APOIO:<br />

Leviatã ou parte da solução?<br />

No artigo anterior apresentamos o Programa<br />

Nacional para Profissionalização da Gestão Laboratorial<br />

– PROGELAB. Combinamos que os<br />

seguintes iriam mostrar de forma individual,<br />

sintética, todos os sete produtos (softwares)<br />

componentes do Programa. Contudo, devido<br />

à permanente presença do assunto do papel<br />

desempenhado pelos laboratórios de apoio<br />

no cluster das análises clínicas, em todos os<br />

congressos, grupos e “rodas de bate-papo” que<br />

participo, onde sempre sou solicitado a opinar<br />

sobre o tema, percebi que esta questão se<br />

tornou extremamente polêmica, exacerbada,<br />

diria até que predominando a passionalidade<br />

sobre a racionalidade. Então decidi escrever o<br />

artigo desta edição sobre isto, interrompendo<br />

momentaneamente a sequência do PROGELAB.<br />

Depois retornaremos sobre este assunto.<br />

Como nos contos de fada tudo começou<br />

assim:<br />

Era uma vez, nos tempos distantes, um reino<br />

onde os laboratórios eram muito felizes. Neles,<br />

pequeninos, trabalhavam pessoas alegres,<br />

competentes e apaixonadas pelo que lá faziam.<br />

Havia muito mais pessoas necessitadas de<br />

exames do que a capacidade destes laboratórios<br />

produzirem, pois todos os processos eram<br />

absolutamente, manuais. Os cidadãos do reino<br />

pagavam em “dinheiros” à vista, ninguém conhecia<br />

a palavra “inadimplência”, achamos até<br />

que esta palavra nem existia naquela época.<br />

Os valores dos exames quem os determinavam<br />

eram os donos dos laboratórios. A concorrência<br />

era branda, bastava se formar e abrir o<br />

seu negócio, o sucesso vinha ao natural. Todos<br />

eram muito felizes! Mas neste conto de fadas,<br />

a felicidade não dura para sempre. Os tempos<br />

mudaram, surgiram nuvens ameaçadoras,<br />

prenúncio da tormenta que virou os tormentos<br />

característicos da primeira disrupção. Agora, os<br />

processos produtivos são automatizados, poucas<br />

pessoas podem fazer muito, na verdade, milhares<br />

de exames, caracterizando a produção<br />

industrial de informações, gerando excedente<br />

em relação à necessidade da sociedade,<br />

causando o desequilíbrio entre oferta e<br />

demanda.<br />

Concomitantemente, a carteira de clientes<br />

deixou de ser dos laboratórios e passou aos seguros<br />

e planos de saúde, que organizados em<br />

grupos passaram a deter o poder da negociação<br />

coletiva. Ainda, a verticalização tomou conta do<br />

mercado, catalisando a força dos já poderosos,<br />

caracterizando uma socialização da medicina.<br />

Isto, basicamente causou a precipitação<br />

dos valores pagos pelos exames, gerando<br />

uma crise de sub-financiamento para os<br />

pequenos e médios empreendimentos<br />

na área das análises clínicas. Este fato, aliado à<br />

gestão empírica dos laboratórios, definiu<br />

o verdadeiro problema do setor: aumento<br />

do risco de insolvência decorrente da<br />

queda na competitividade empresarial.<br />

Teve início, então, o caos no mercado, derivado de<br />

uma concorrência aguerrida, muitas vezes predatória.<br />

Muito bem, aqui termina o conto de fadas e<br />

começam os tempos atuais.<br />

A ciência progrediu e a tecnologia mudou<br />

ocasionando um aumento considerável no<br />

elenco de exames disponibilizados à população.<br />

Concomitantemente, os equipamentos são caros,<br />

de manutenção complexa e elevados custos,<br />

sendo necessária a substituição periódica<br />

em função da imperiosa atualização, exigindo<br />

elevados investimentos dos pequenos e médios<br />

laboratórios que não têm capacidade para operar<br />

com comodatos, visto a inexistência de escala.<br />

Contudo, se você não faz, o concorrente faz!<br />

A consequência todos sabemos: é simplesmente<br />

impossível para os pequenos e<br />

médios laboratórios gerarem caixa suficiente<br />

para produzirem todos os exames<br />

localmente (in house), acompanhando<br />

as necessidades da população em receber uma<br />

atenção de qualidade para a saúde.<br />

Qual a consequência disto? A terceirização<br />

de exames para os laboratórios de<br />

apoio, nascidos pela necessidade imperiosa<br />

de atender uma demanda de exames especializados,<br />

exóticos (esotéricos), que somente juntando<br />

uma grande quantidade podem ser feitos<br />

de maneira viável economicamente, devido ao<br />

ganho de escala. Para isto não existe alternativa<br />

técnica e econômica viável, a não ser, centrais de<br />

produção regionais. Mas neste momento existe<br />

o confronto com algo praticamente impossível:<br />

vencer o egoísmo, a soberba dos proprietários<br />

de laboratórios que vêm os concorrentes como<br />

inimigos, jamais como parte da solução! Esta<br />

dificuldade somente será transposta com HU-<br />

MILDADE, o que torna a tarefa gigantesca numa<br />

sociedade em que predomina o orgulho, a crença<br />

na superioridade do indivíduo.<br />

A racionalidade do ser humano identifica<br />

isto facilmente, todavia, a vaidade impede de<br />

fazer o óbvio. Digo até o ecologicamente correto,<br />

pois como pode uma cidade com 200.000<br />

habitantes ter 20 ou mais centrais de produção<br />

de exames operando, de forma ineficiente, desperdiçando<br />

os recursos finitos do planeta? É um<br />

modus operandi insano dos pequenos e médios<br />

laboratórios do País! E, de uma forma geral,<br />

quase todos defendem acirradamente o “seu<br />

direito de fazer os exames”. Pessoalmente vejo e<br />

certamente posso estar errado, que os profissionais<br />

da área das análises clínicas devem<br />

procurar se atualizar no modo de<br />

exercerem a profissão. O mundo mudou!<br />

Não podem continuar a fazer de forma obstinada,<br />

o que faziam antes, na época dos exames<br />

manuais. Devemos respeitar, apreender com o<br />

passado. Ouso até dizer, honrar o passado, como<br />

honramos os nossos próprios antepassados, porém,<br />

no tocante aos processos profissionais, se<br />

não nos atualizarmos, seremos simplesmente<br />

0 52<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


GESTÃO LABORATORIAL<br />

eliminados do mercado de trabalho. Os sais, os<br />

ácidos e bases, as reações químicas, a cinética,<br />

o ajuste dos coeficientes das equações, hoje<br />

deixaram de ser o desafio dos profissionais, pois<br />

tudo isto e muito mais, já constam do pacote<br />

da produção industrial de exames, nivelando a<br />

qualidade da produção.<br />

O diferencial vem dos controles dos resultados,<br />

da interpretação crítica destes resultados<br />

perante o histórico clínico dos pacientes, a<br />

anamnese, ao diálogo com o médico assistente.<br />

Ainda, a busca da essência científica dos novos<br />

produtos e tecnologias lançados no mercado,<br />

sua disseminação junto aos clientes médicos,<br />

sendo para eles uma fonte dos novos conhecimentos<br />

que trazem benefícios, mas junto,<br />

novas limitações analíticas e novos referenciais.<br />

Ou seja, o profissional das análises clínicas deve<br />

estar capacitado, nivelado tecnicamente com os<br />

médicos, cada um na sua profissão, não existe<br />

subordinação de conhecimento, tão somente,<br />

diversificação de áreas. Também, cabe aos profissionais<br />

das análises clínicas, a assistência aos<br />

clientes nas dúvidas tão frequentes e aqui não<br />

me refiro ao diagnóstico das doenças. Enfim,<br />

a razão científica e humana da profissão derivou<br />

da essência do ato em si de fazer exame,<br />

para uma atividade mais complexa, muito mais<br />

ampla, exigindo a expertise da qualificação nas<br />

relações humanas, na atenção às necessidades<br />

específicas inerentes à prestação de serviços, à<br />

experiência vivida pelos clientes na recepção, na<br />

coleta, em honrar prazos, locais e modos de entrega<br />

dos resultados, em entender de marketing<br />

digital, de logística, de finanças e economia. De<br />

entender um mínimo, pelo menos, de direito<br />

civil, trabalhista, de relações humanas, de métodos<br />

de controle de processos administrativos.<br />

Em síntese, dos profissionais das análises clínicas,<br />

exige-se hoje, que sejam administradores<br />

capazes, que saiam do antigo e quase único<br />

locus de trabalho (bancada, microscópio),<br />

para o mundo globalizado, digital e altamente<br />

competitivo. Não há mais espaço para o profissional<br />

à moda antiga, que “só faz exame”, isto<br />

é o nível mínimo necessário de aptidão, não é<br />

mais diferencial competitivo. Mal comparando<br />

é como entrar em um avião que consegue<br />

taxiar, decolar, entrar em voo de cruzeiro e<br />

aterrissar com segurança. Ora, isto é o mínimo<br />

que se espera de um avião. Qualquer cliente de<br />

laboratório parte da premissa que os exames<br />

são feitos com qualidade. Na mente dele não<br />

existe alternativa, senão ninguém entraria neste<br />

“avião”! E, vejam o interessante, quase sempre<br />

que um resultado está supostamente errado, é<br />

o seu, nunca é o do concorrente, mesmo que<br />

tenhamos todas as certificações e acreditações.<br />

Então, atualmente o profissional das<br />

análises clínicas para sobreviver como<br />

empreendedor ou empregado, tem<br />

que estar capacitado de forma multifuncional,<br />

com várias competências e<br />

habilidades, todas necessárias e honrosas,<br />

então pergunto: porque lutar tão bravamente<br />

em ficar fazendo exames a maior parte do tempo,<br />

principalmente se for ou quiser ser dono de<br />

laboratório? Vejam, caros leitores, mesmo dentro,<br />

por exemplo, da profissão de farmacêutico,<br />

muitos defendem a realização de exames em<br />

locais diversos do laboratório, por exemplo em<br />

farmácias e clínicas, ou até em residências.<br />

São os interesses particulares, é a evolução<br />

planetária, não há retorno, o único caminho é<br />

a eterna mudança, mesmo que muitos queiram<br />

manter o status quo. A SAÍDA É A CAPACIDADE<br />

RÁPIDA DA ADEQUADA ADAPTAÇÃO ÀS PER-<br />

MANENTES MUDANÇAS! Não existe alternativa<br />

viável, não é uma questão de justiça, é uma<br />

questão fática. Trata-se do mundo real, racional,<br />

a paixão pelo “fazer exames” deve ser louvada.<br />

Os profissionais desta área são pessoas, de uma<br />

forma geral, que amam a profissão. Isto é admirável,<br />

contudo, os tempos atuais exigem nova<br />

abordagem na forma de “ver a profissão”. Não<br />

há retorno, os preços praticados pelo mercado<br />

não voltarão a ser o que eram e, o que é pior, a<br />

inflação dos custos continuará comprimindo<br />

as margens de lucro, exigindo ganho de escala!<br />

Mas como os pequenos e médios laboratórios<br />

podem ter “ganho de escala”? Este conceito é<br />

antagônico aos pequenos negócios. Ou você é<br />

grande, ou apresenta habilidades específicas.<br />

Do contrário, não sobreviverá!<br />

Não é uma questão de justiça, não há para quem<br />

reclamar, contudo, quem disse que o mundo é<br />

justo? É simplesmente a realidade objetiva dos<br />

fatos! Traduzindo: ou você se torna um grande<br />

laboratório, seja por crescimento orgânico ou por<br />

fusões e aquisições, ou se torna um laboratório<br />

“diferente”, específico, especializado em alguma<br />

coisa que sabe fazer como ninguém, algo diverso<br />

do comum. Talvez até uma maneira de ser, uma<br />

postura ímpar frente ao mercado, seja de usuários<br />

finais ou de médicos.<br />

Fazer exames com qualidade é exigência<br />

mandatória, não é diferencial competitivo, pois,<br />

quem entra num avião cogitando que possa não<br />

voar bem, com segurança? Faça coisas diferentes,<br />

afinal, exames todos fazem e os laboratórios<br />

de apoio fazem muito mais baratos e, no mínimo,<br />

com a mesma qualidade, pelos motivos já<br />

analisados (ganho de escala, produção programada,<br />

logística versus recepção e coleta etc.).<br />

Ainda, faça coisas diferentes e de forma diferente,<br />

única. Seja criativo em todos os processos,<br />

principalmente nos de atendimento ao cliente.<br />

Seja empático, se coloque no lugar dele: que<br />

dificuldades existem para saber que você existe?<br />

Como os clientes chegam até o laboratório?<br />

Como estacionam e acessam às instalações?<br />

Como são atendidos? Como recebem o que lá<br />

foram fazer? Como podem reclamar daquilo<br />

que frustrou suas expectativas? Seja diferente<br />

nas causas que levaram os clientes até o seu<br />

laboratório e não ao do concorrente! Veja com<br />

outros olhos o mercado, tire um pouco da atenção<br />

aos processos produtivos, é claro que mantendo-os<br />

sob controle, volte-a para a origem do<br />

desejável lucro, ou seja, repito, para o mercado.<br />

Os laboratórios são alternativas de investimento<br />

e devem gerar lucros para os seus proprietários,<br />

sócios ou acionistas. Não é somente paixão<br />

profissional por fazer exames! É um<br />

modo de ganhar honestamente a vida!<br />

De ser feliz com aquilo que mais se faz, ou seja,<br />

trabalhar. De ter sucesso financeiro derivado de<br />

justos ganhos e lucros. É muito bom fazer o que<br />

se gosta, desde que lhe dê como retorno uma<br />

vida digna, fruto desse trabalho.<br />

Laboratórios são empresas, não somente fonte<br />

de felicidade. Devem ser lucrativos! Os laboratórios<br />

de apoio são parte essencial do cluster das<br />

análises clínicas. Nem os ditos “laboratórios de<br />

apoio” vivem sem apoio! Tudo, simplesmente<br />

tudo no mundo, está inserido numa cadeia imensa<br />

de dependência. O simples ato de tomar<br />

0 54<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


GESTÃO LABORATORIAL<br />

um banho, se vestir, tomar um café da manhã, de<br />

acender uma luz ou abrir uma torneira, implica<br />

na ajuda, na cooperação, na necessidade do<br />

apoio, de centenas, quiçá de milhares de pessoas,<br />

de organizações! Sozinhos não somos ninguém,<br />

sem os outros, qualquer um de nós, pessoa<br />

física ou jurídica, não pode sobreviver muito<br />

tempo. Somos seres frágeis, dependentes de toda<br />

e qualquer ajuda, não passamos de filhotes indefesos,<br />

ainda que fortes fisicamente.<br />

Nossa fortaleza está diretamente correlacionada<br />

à nossa capacidade de aproveitarmos de<br />

forma diferente, inteligente (mas honesta), as<br />

oportunidades da imensa cadeia produtiva (e<br />

de consumo) que são as relações globais inerentes<br />

à todas as relações humanas. Ao invés de<br />

nos sentirmos vítimas do gigantismo dos laboratórios<br />

de apoio, de reclamarmos sem cessar da<br />

concorrência destes ou de outros, de vivermos<br />

no passado, da lembrança do conto de fadas,<br />

vamos deixar do “coitadismo”, vamos levantar<br />

a cabeça, olhar para frente, descobrir e inventar<br />

oportunidades não só de sobreviver, mas de<br />

lucrar com os nossos pequenos e médios laboratórios.<br />

Nas minhas atividades tomo conhecimento<br />

diário do pensamento e posicionamento,<br />

de uma forma geral, dos gestores laboratoriais,<br />

principalmente daqueles que operam os pequenos<br />

e médios laboratórios clínicos no Brasil.<br />

As manifestações normalmente convergem e,<br />

sobretudo, se repetem, exaustivamente para os<br />

seguintes tópicos:<br />

1.- Situação econômica e financeira ruim, fato<br />

que aumenta o risco de insolvência destas organizações.<br />

Isto atualmente delimita o problema<br />

comum dos gestores laboratoriais.<br />

2.- Culpados que invariavelmente são citados<br />

como responsáveis:<br />

2.1- Compradores dos produtos (Convênios etc.).<br />

2.2- Médicos assistentes que demandam os<br />

produtos (Serviços e exames laboratoriais).<br />

2.3- Laboratórios de apoio.<br />

2.4- Governos (Federal, estadual e municipal).<br />

2.5- Fornecedores de insumos.<br />

2.6- Colegas de profissão (Empresários aéticos<br />

na área das análises clínicas).<br />

2.7- Capital externo (Investidores estrangeiros).<br />

Ao invés de buscar as causas somente no<br />

ambiente externo, colocar a culpa do problema<br />

nos outros, bem como esperar que terceiros<br />

apresentem soluções, vamos voltar nossa<br />

atenção para dentro dos nossos laboratórios,<br />

para as nossas atitudes gerenciais, o que de fato<br />

estamos fazendo além de protestar? Que ações<br />

gerenciais estamos adotando para aumentar<br />

a produtividade, reduzir riscos, incrementar<br />

competitividade e lucros? Você está avaliando<br />

a competitividade do seu laboratório? Quantificando<br />

os custos de produção? Metrificando<br />

a rentabilidade de exames, clientes, equipamentos<br />

e setores da produção? Calculando o<br />

momento certo para a terceirização mais rentável?<br />

Você está se comparando (processo de<br />

benchmarking) com os seus concorrentes para<br />

saber onde está pior e deve melhorar? E como<br />

melhorar? E quanto esperar de retorno? E ainda,<br />

o laboratório é um negócio viável considerando<br />

as características da região onde opera? Caso<br />

tenha uma única resposta negativa, poderá não<br />

estar controlando adequadamente os processos<br />

da sua organização, ainda que hoje esteja lucrando<br />

bem! A solução para todas estas questões,<br />

virá somente com gestão profissional.<br />

Voltando ao cerne da questão, repito que o<br />

foco do nosso olhar não deve ser quase que<br />

exclusivamente para a produção de exames, ao<br />

contrário, deve ser holístico, abranger todos os<br />

aspectos que envolvem os processos e ambiente<br />

de negócios de um laboratório. Conclamo,<br />

vamos deixar um pouco de lado o discurso, de<br />

certa forma, até arrogante, de que “eu faço exames<br />

com qualidade”, como se fossemos só nós<br />

que assim procedemos. Certamente, muitos de<br />

nós fizemos exames com qualidade. E daí? Isto<br />

é o mínimo para simplesmente, atendermos<br />

o marco regulatório legal, afinal, trabalhamos<br />

com a saúde dos outros! Se o fruto do nosso<br />

trabalho for ruim, vidas podem ser prejudicadas<br />

e, até perdidas. Repito: isto é o mínimo<br />

necessário. É como o avião taxiar, decolar, voar<br />

e aterrissar. É o que esperamos que aconteça.<br />

Nada tem excepcional, afinal foi feito para isto!<br />

Hoje os gestores laboratoriais têm que<br />

ser muito mais do que apaixonados<br />

por fazer exames. Devem ser GESTORES<br />

PROFISSIONAIS. Quem insistir em ser exclusivamente<br />

técnico de bancada, em continuar<br />

somente a fazer bons exames, não sobreviverá<br />

como empreendedor. Quem não souber avaliar<br />

a competitividade, risco de insolvência, calcular<br />

os custos de produção, enfim, responder as perguntas<br />

enumeradas anteriormente e perseverar<br />

em buscar culpados no ambiente externo à organização,<br />

ou seja, em fatores conjunturais, não<br />

olhando de forma introspectiva o seu laboratório,<br />

não saberá se o negócio é viável na região<br />

onde atua, permanecendo por desconhecimento,<br />

num empreendimento sem futuro. E, sempre<br />

culpando os outros, adotando obstinadamente<br />

a postura de vítima. Posso não saber quando,<br />

mas certamente irá entrar em insolvência. NÃO<br />

HÁ ALTERNATIVA PARA UM FUTURO INTELIGEN-<br />

TE, A NÃO SER GESTÃO POFISSIONAL PARA OS<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS, SEJAM ELES PEQUE-<br />

NOS, MÉDIOS OU GRANDES. Se ela não resolver,<br />

saia o mais rapidamente possível do negócio.<br />

Senão, a estória certamente pode não ter um<br />

final feliz, como nos contos de fada. Concluo<br />

dizendo que percebo os laboratórios de apoio<br />

como parte da solução do grave problema que<br />

assola o mercado das análises clínicas. Não os<br />

vejo como uma das causas deste problema. Ao<br />

contrário, são imprescindíveis para o sistema.<br />

Esperando termos contribuído para os negócios<br />

na área das análises clínicas, nos despedimos até<br />

a próxima edição da revista NewsLab, onde iremos<br />

apresentar os produtos do PROGELAB.<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises<br />

Clínicas (CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC)<br />

e professor do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo<br />

(IESA), curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

0 56<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


MINUTO LABORATÓRIO<br />

Coleta de sangue do braço onde<br />

foi feito Cateterismo. Pode?<br />

Por Fábia Bezerra<br />

Fábia Bezerra *<br />

Biomédica, com mais de 20 anos na área<br />

Laboratorial; Auditora e Consultora na Suzimara<br />

& Sarahyba Consultoria.<br />

E-mail: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />

“Cateterismo é um exame que serve para<br />

confirmar a presença de obstruções das artérias<br />

coronárias ou avaliar o funcionamento das<br />

valvas e do músculo cardíaco.<br />

É muito importante também em situações<br />

de emergência, possibilitando determinar a<br />

localização da obstrução que está causando<br />

um infarto agudo do miocárdio e com isso,<br />

estudar a melhor estratégia de intervenção. ¹”<br />

Como o cateterismo é realizado nas artérias,<br />

nada interfere na coleta de sangue venoso.<br />

Portanto, desmistificamos aqui, a dúvida do<br />

tempo permitido para punção venosa após o<br />

procedimento de cateterismo.<br />

Deixando claro que, a orientação médica<br />

sempre será acatada por parte do Laboratório,<br />

então, o ideal é que os pacientes já venham<br />

com esta orientação para o serviço de atendimento<br />

laboratorial.<br />

Caso contrário, os coletadores devem estar<br />

cientes que não há impedimento para a realização<br />

da coleta venosa.<br />

E tão importante quanto à técnica de coleta,<br />

é respeitar a sugestão do paciente.<br />

Afinal, o braço é dele e já deve ter tido diversas<br />

experiências com punção, então, saibam<br />

ouvir! Quando ele falar: “acho que este braço<br />

é melhor” – tenha a sensibilidade de verificar,<br />

esta atitude otimiza seu tempo e muitas vezes,<br />

evita uma tão desagradável segunda punção.<br />

E, caso não sinta a veia no braço indicado, com<br />

todo respeito, você poderá dizer:<br />

“Hoje, esta veia não está ideal, me permite<br />

verificar o outro braço?”<br />

Se for o braço em que foi realizado cateterismo<br />

e o médico não tenha restringido, assegure ao seu<br />

paciente que coleta venosa, não o prejudicará.<br />

Se houver alguma restrição, peça para outro<br />

colega verificar o braço permitido. Isso não<br />

significa que você não é capaz, indica que sua<br />

humildade como profissional o faz ser consciente,<br />

responsável e empático.<br />

Posturas como essa, além de facilitar o trabalho<br />

de quem atende, deixa o cliente mais confortável.<br />

E são ações nesta linha de excelência<br />

em atendimento que, algumas empresas estão<br />

se destacando na arte de Atender bem e<br />

Fidelizar o cliente em Laboratório clínico.<br />

Bibliografia:<br />

¹https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/exames-tratamento/cateterismo-cardiaco


RADAR CIENTÍFICO<br />

Avaliação de Desempenho<br />

do Ensaio de Hemoglobina A1c<br />

Enzimática (A1c_E)<br />

Jones J, Gisiora J, Robinson C, Dai J. , Siemens Healthcare Diagnostics Inc., Newark, DE, E.U.A<br />

Introdução<br />

Nos últimos anos, a Organização Mundial da<br />

Saúde e a Federação Internacional de Diabetes<br />

estimaram, independentemente, que mais de<br />

420 milhões (>8,4%) de adultos possuem diabetes<br />

mellitus no mundo todo. 1,2<br />

Em 2017, os custos mundiais no cuidado com<br />

a saúde associado ao diabetes foram estimados<br />

em 727 bilhões de dólares. 2<br />

O diabetes é caracterizado por altos níveis de<br />

glicose no sangue e, mantendo-se elevada por<br />

longo período, pode apresentar complicações<br />

oculares, nos nervos e nos rins. Portanto, o<br />

diagnóstico precoce é crítico para o gerencia-<br />

mento da doença. O estado glicêmico pode ser<br />

medido por meio da glicemia de jejum, frutosamina<br />

sérica ou hemoglobina glicada (HbA1c). 4<br />

A HbA1c é formada nas células vermelhas do<br />

sangue através de uma reação não enzimática<br />

entre a glicose sanguínea e a valina N-terminal<br />

da cadeia beta da HbA. 4<br />

A HbA1c é um bom marcador glicêmico para<br />

o diagnóstico e monitoramento de diabetes,<br />

pois é estável durante a vida útil de um eritrócito,<br />

que dura de 2 a 3 meses e, portanto, reflete<br />

as concentrações de glicose a longo termo(6-8<br />

semanas). Diferentemente, as dosagens de glicose<br />

refletem as concentrações do momento<br />

da coleta de sangue, enquanto as medidas de<br />

frutosamina representam os níveis de glicose no<br />

sangue das últimas 2-3semanas. 5<br />

As concentrações sanguíneas de HbA1c se<br />

correlacionam com o risco a longo prazo de<br />

complicações do diabetes nos pacientes. 3<br />

A HbA1c é um indicador de risco progressivo<br />

para a mortalidade e doenças cardiovasculares<br />

na população diabética e não diabética. 6-8<br />

Estudos demonstraram que o controle glicêmico<br />

intenso e o monitoramento da HbA1c<br />

foram associados com menores taxas de desenvolvimento<br />

e de progressão das complicações<br />

microvasculares. 9-11<br />

0 60<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


RADAR CIENTÍFICO<br />

A taxa das concentrações de HbA1cobservadas<br />

em indivíduos normais saudáveis é de aproximadamente<br />

48 mmol/mol). 12<br />

A prevalência de complicações relacionadas<br />

ao diabetes chega a valores de HbA1c de<br />

6–7%(42–53 mmol/mol). 13<br />

Um novo ensaio enzimático de HbA1c<br />

(A1c_E) foi desenvolvido para a medida quantitativa<br />

da HbA1c no sangue total (humano)<br />

venoso anticoagulado e hemolisado no Sistema<br />

de Bioquímica automatizado ADVIA® Chemistry<br />

(1800, 2400, and XPT). 12<br />

O novo ensaio A1c_E é indicado para auxílio<br />

no diagnóstico, assim como no monitoramento<br />

a longo prazo do controle da glicose sanguínea<br />

em pacientes com risco de desenvolvimento<br />

do diabetes mellitus. Além disso, a maioria das<br />

variantes A1c não interfere com o novo ensaio<br />

A1c devido à arquitetura do ensaio melhorado.<br />

Resumo<br />

O National Glycohemoglobin Standardization<br />

Program (NGSP) e a International Federation of<br />

Clinical Chemistry (IFCC) formaram um grupo<br />

de trabalho para desenvolver métodos de referência.<br />

Foi avaliada a relação entre os resultados<br />

da HbA1c da rede da NGSP e da IFCC e uma<br />

equação master foi desenvolvida. 14<br />

Os parâmetros de proporção fornecidos como<br />

parte do novo método A1c_E permitem que os<br />

resultados sejam relatados em unidades NGSP<br />

equivalentes (%) ou unidades IFCC equivalentes<br />

(mmol/mol). Ensaios comerciais de HbA1c<br />

devem ser padronizados e rastreáveis, de acordo<br />

com o ensaio de referência do Estudo Prospectivo<br />

de Diabetes da DCCT/Reino Unido (UKPDS). 3,15<br />

A Associação Americana de Diabetes recomenda<br />

que “o teste de A1c deve ser realizado utilizando<br />

um método que seja certificado pela NGSP.” 16<br />

Portanto, o objetivo do NGSP é padronizar os<br />

resultados do teste de HbA1c àqueles do DCCT/<br />

UKPDS, que estabeleceram as relações diretas<br />

entre os níveis de HbA1c e o prognóstico dos<br />

pacientes com diabetes. O NGSP fornece certificação<br />

e rastreabilidade à referência da DCCT<br />

por meio de comparações de amostras com os<br />

colaboradores da rede NGSP e monitora a eficácia<br />

do programa por meio da pesquisa de proficiência<br />

em sangue total do College of American<br />

Pathologists (CAP) GH-5 para HbA1c. 17<br />

Em 19 de março de 2018, a Siemens Healthineers<br />

concluiu com sucesso a Certificação<br />

do NGSP para o novo ensaio A1c_E em ambos<br />

os métodos de pré-tratamento automático<br />

e manual de amostras, nos sistemas ADVIA<br />

Chemistry 1800, 2400 e XPT. Os critérios para a<br />

Certificação no NGSP são que, 37/40 dos resultados<br />

individuais de HbA1c devem estar dentro<br />

de ±6% da média do Laboratório de Referência<br />

Secundário (SRL) do NGSP. Além disso, os resultados<br />

da certificação atual atendem aos critérios<br />

mais rigorosos, a partir de Janeiro de 2019, em<br />

que 36/40 dos resultados devem estar dentro<br />

de ±5% do valor do SRL. 18<br />

A Siemens Healthineers está comprometida<br />

em obter a certificação anual para garantir a<br />

qualidade do produto, a confiança do cliente e<br />

melhores resultados para o paciente. O objetivo<br />

desse estudo foi avaliar o desempenho do nosso<br />

ensaio A1c_E nos Sistemas ADVIA Chemistry.<br />

Materiais e Métodos<br />

O ensaio A1c_E do ADVIA Chemistry possui um<br />

método enzimático que mede especificadamente<br />

o N-terminal dos dipeptídeos frutosil da cadeia<br />

beta da HbA1c. A concentração de hemoglobina<br />

glicada (A1c_E) e hemoglobina total (tHb_E)<br />

são medidas separadamente; essas dosagens são<br />

utilizadas para determinar a %HbA1c (unidades<br />

NGSP) ou a razão da hemoglobina A1c_E/tHb_E<br />

em mmol/mol (unidades IFCC).<br />

Confira a figura 1 sobre a metologia do ensaio<br />

A1c_E. A avaliação de desempenho do ensaio<br />

A1c_E nesse estudo incluiu avaliação de precisão,<br />

linearidade, correlação e erro total. As correlações<br />

foram realizadas com o ensaio A1c_E<br />

do ADVIA Chemistry e o SRL NGSP. Dados foram<br />

coletados nos Sistemas ADVIA Chemistry (1800,<br />

2400 e XPT), que utilizam os mesmos packs de<br />

reagente, calibradores e controles comerciais.<br />

0 62<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Resultados<br />

Precisão<br />

As estimativas de precisão foram determinadas<br />

usando dois controles comerciais (QC) e quatro<br />

painéis de decisão clínica (Medical decision<br />

pools, MDP) abrangendo o intervalo do ensaio<br />

(de 4,50 a 12,00% HbA1c). Cada amostra foi<br />

dosada duas vezes por corrida, duas corridas por<br />

dia, durante 20 dias em três sistemas e três lotes<br />

de reagentes (total = 720 réplicas/ amostra).<br />

As estimativas de precisão foram calculadas<br />

de acordo com o CLSI EP05-A3, Avaliação<br />

do Desempenho de Precisão dos Métodos<br />

de Medição Quantitativa. Os resultados são<br />

apresentados nas tabelas 1-3.<br />

Linearidade<br />

A linearidade e a faixa analítica do novo<br />

ensaio foram avaliadas testando nove níveis<br />

com diluições espaçadas (adicionados mais dois<br />

níveis, igualmente espaçados, entre os dois níveis<br />

mais baixos) de um pool elevado de sangue<br />

total nos Sistemas ADVIA Chemistry. Os valores<br />

observados de % HbA1c foram comparados com<br />

os valores esperados; a equação de regressão<br />

linear, r (coeficiente de correlação) e o intervalo<br />

são apresentados nas Figuras 2–4. A linha de<br />

identidade aparece como uma linha sólida em<br />

cada figura. Os dados foram analisados de acordo<br />

com o CLSI EP06-A, Avaliação da Linearidade<br />

de Procedimentos de Medida Quantitativa: Uma<br />

Abordagem Estatística.<br />

Tabelas de Resultados<br />

Tabela 1.<br />

Dados de Precisão do Sistema de Bioquímica ADVIA 1800.<br />

Tabela 2.<br />

Dados de Precisão do Sistema de Bioquímica ADVIA 2400.<br />

Tabela 3.<br />

Dados de Precisão do Sistema de Bioquímica ADVIA XPT Chemistry.<br />

RADAR CIENTÍFICO<br />

Figura 2. Linearidade do Ensaio A1c_E no Sistema de<br />

Bioquímica ADVIA 1800.<br />

Figura 3. Linearidade do Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />

ADVIA 2400.<br />

Figura 4. Linearidade do Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />

ADVIA Chemistry XPT.<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 65


Figura 5. Gráfico de Correlação: Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />

ADVIA 1800 versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />

Figura 6. Gráfico de Diferença: Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />

ADVIA 1800 versus o Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />

Figura 7. Gráfico de Correlação: Ensaio A1c_E do Sistema de Bioquímica<br />

ADVIA 2400 Chemistry versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />

Figura 8. Gráfico de Diferença: Ensaio A1c_E do Sistema de Bioquímica<br />

ADVIA 2400 Chemistry versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />

Figura 9. Gráfico de Correlação: Ensaio A1c_E no Sistema ADVIA<br />

Chemistry XPT versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />

Figura 10. Gráfico de Diferença: Ensaio A1c_E no Sistema ADVIA<br />

Chemistry XPT versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />

Comparação de Métodos<br />

O ensaio A1c_E nos Sistemas ADVIA Chemistry<br />

foram comparados com o Laboratório de Referência<br />

Secundário NGSP (Tosoh G8) por meio da<br />

avaliação de até 163 amostras utilizando a análise<br />

de regressão PassingBablock (Figuras 5–10); foi<br />

utilizada a regressão linear com os resultados da<br />

primeira replicata. A linha de identidade aparece<br />

como uma linha sólida nas figuras. O novo ensaio<br />

apresentou boa correlação com SRL NGSP.<br />

Os dados foram analisados de acordo com CLSI<br />

EP09-A3, Comparação de Procedimentos de Medida<br />

e Estimativa de Bias Utilizando Amostras de<br />

Pacientes. 95,96 e 98% das amostras testadas na<br />

comparação de metodos estão de acordo com o<br />

bias de ±5,00% para os Sistemas ADVIA Chemistry<br />

1800, 2400 e XPT, respectivamente.<br />

Tabela 4. Resumo dos dados de Erro Total do ADVIA 1800.<br />

Tabela 5. Resumo dos dados de Erro Total do ADVIA 2400.<br />

Erro Total<br />

Os resultados da estimativa do bias (%bias)<br />

foram utilizados no estudo de comparação de<br />

métodos e a estimativa de precisão no estudo de<br />

reprodutibilidade, abrangendo toda a variabilidade<br />

associada do ensaio A1c_E dos Sistemas ADVIA<br />

Chemistry. O erro total dos níveis listados nas tabelas<br />

4-6 foi calculado utilizando a seguinte equação:<br />

Tabela 6. Resumo dos dados de Erro Total do ADVIA Chemistry XPT.<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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RADAR CIENTÍFICO<br />

Conclusões<br />

O ensaio A1c_E nos Sistemas ADVIA Chemistry<br />

demonstrou boa precisão nos resultados<br />

dentro do intervalo do ensaio:<br />

repetibilidade de 0,3 a 0,8% CV e precisão<br />

intra-laboratorial de até 2% CV.<br />

O ensaio A1c_E dos Sistemas ADVIA Chemistry<br />

demonstrou linearidade de 2,69 a 14,60%<br />

de HbA1c. O ensaio A1c_E demonstrou boa<br />

correlação; 97% das amostras testadas na comparação<br />

de métodos estão com um bias dentro<br />

de ±5.00%.<br />

O ensaio A1c_E dos Sistemas ADVIA Chemistry<br />

possui um erro total durante todo o intervalo<br />

do ensaio menor que 5% ET.<br />

O objetivo da Siemens Healthineers é permitir<br />

que os fornecedores de serviços no cuidado com<br />

a saúde aumentem o seu valor, capacitando-os<br />

em sua jornada para expandir a medicina de<br />

precisão, transformando a prestação de cuidados<br />

e melhorando a experiência do paciente,<br />

todos habilitados pela digitalização dos cuidados<br />

com a saúde. Estima-se que 5 milhões de<br />

pacientes beneficiam-se globalmente, todos os<br />

dias, de nossas tecnologias e serviços inovadores<br />

nas áreas de imagens terapêuticas, diagnósticos<br />

laboratoriais e medicina molecular, bem<br />

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continuaremos a inovar e moldar o futuro dos<br />

cuidados com a saúde.<br />

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acordo com o país e está sujeito aos requisitos regulatórios.<br />

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Referências:<br />

1. World Health Organization. Global report<br />

on diabetes. 2016.<br />

2. The International Diabetes Federation. IDF<br />

DIABETES ATLAS Eighth edition 2017. https://<br />

www.idf.org/e-library/epidemiology-research/diabetes-atlas.html.<br />

3. The Diabetes Control and Complications Trial<br />

Research Group. The effect of intensive treatment<br />

of diabetes on the development and progression<br />

of long-term complications in insulin-dependent<br />

diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993;329:977-86.<br />

4. Benjamin RJ, Sacks DB. Glycated protein<br />

update: implications of recent studies, including<br />

the diabetes control and complications trial. Clin<br />

Chem. 1994;40:683-7.<br />

5. Nathan DM, Kuenen J, Borg R, et al. Translating<br />

the A1C assay into estimated average<br />

glucose values. Diabetes Care. 2008;31:1473-8.<br />

6. Gerstein HC, Pogue J, Mann JFE, et al. The<br />

relationship between dysglycaemia and cardiovascular<br />

and renal risk in diabetic and non-<br />

-diabetic participants in the HOPE study: a prospective<br />

epidemiological analysis. Diabetologia.<br />

2005;48:1749-55.<br />

7. Khaw KT, Wareham N, Bingham S, et al.<br />

Association of hemoglobin A1c with cardiovascular<br />

disease and mortality in adults: the<br />

European prospective investigation into cancer<br />

in Norfolk. Ann Intern Med. 2004;141:413-20.<br />

8. Selvin E, Coresh J, Golden SH, et al. Glycemic<br />

control and coronary heart disease risk in<br />

persons with and without diabetes: The atherosclerosis<br />

risk in communities study. Arch Intern<br />

Med. 2005;165:1910-6.<br />

9. Duckworth W, Abraira C, Moritz T, et al.<br />

Glucose control and vascular complications in<br />

veterans with type 2 diabetes. N Engl J Med.<br />

2009;360:129-39.<br />

10. Ismail-Beigi F, Craven T, Banerji MA, et al.<br />

Effect of intensive treatment of hyperglycaemia<br />

on microvascular outcomes in type 2 diabetes:<br />

an analysis of the ACCORD randomised trial.<br />

Lancet. 2010;376:419-30.<br />

11. Patel A, MacMahon S, Chalmers J, et al.<br />

Intensive blood glucose control and vascular<br />

outcomes in patients with type 2 diabetes. N<br />

Engl J Med. 2008;358:2560-72.<br />

12. Siemens Healthcare Diagnostics. ADVIA<br />

1800/2400 Chemistry A1c_E assay instructions<br />

for use. PN 11275439_EN, rev. A.Tarrytown<br />

(NY): Siemens; 2018<br />

13. International Expert Committee report on<br />

the role of the A1C assay in the diagnosis of diabetes.<br />

Diabetes Care. 2009;32:1327-34.<br />

14. Hoelzel W, Weykamp C, Jeppsson JO, et al.<br />

IFCC reference system for measurement of hemoglobin<br />

A1c in human blood and the national<br />

standardization schemes in the United States,<br />

Japan, and Sweden: a method-comparison study.<br />

Clin Chem. 2004;50:166-74.<br />

15. UK Prospective Diabetes Study (UKPDS)<br />

Group. Intensive bloodglucose control with<br />

sulphonylureas or insulin compared with conventional<br />

treatment and risk of complications<br />

in patients with type 2 diabetes (UKPDS 33).<br />

Lancet. 1998;352:837-53.<br />

16. American Diabetes Association. Classification<br />

and diagnosis of diabetes. Sec. 2. In<br />

Standards of Medical Care in Diabetes-20017.<br />

Diabetes Care. 2017;40 (Suppl. 1):S11–S24.<br />

17. Rohlfing CL, Parvin CA, Sacks DB, et<br />

al. Comparing analytic performance criteria:<br />

evaluation of HbA1c certification criteria as an<br />

example. Clin Chim Acta. 2014;433:259-63.<br />

18. The National Glycohemoglobin Standardization<br />

Program (NGSP). Harmonizing Hemoglobin<br />

A1c Testing. Certified Methods and Laboratories.<br />

http://www.ngsp.org/certified.asp.<br />

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Medicina Digital - A Nova Era da<br />

Saúde e Seus Desafios<br />

A saúde na era da transformação digital já é<br />

uma realidade no Brasil, e o debate já não é mais<br />

sobre quando ocorrerão as mudanças tecnológicas<br />

na medicina, mas sobre como as empresas,<br />

médicos, profissionais da saúde, pacientes e a regulamentação<br />

se adaptarão e anteciparão a elas.<br />

A cada dia nos deparamos com uma novidade<br />

tecnológica, um novo aplicativo, uma nova ideia<br />

sendo lançada por pequenas e inovadoras start<br />

ups. Da mesma forma, temos nos deparado<br />

com grandes investimentos em tecnologia para<br />

a área da saúde por grandes empresas como<br />

Google, Apple, Amazon que, até pouco tempo<br />

atrás, sequer imaginaríamos estarem atuando<br />

nesta área. O que há de comum entre as pequenas<br />

start ups e as grandes empresas de tecnologia<br />

é a visão de inovação em um segmento que<br />

requer convergência de informação e que precisa<br />

ser cada vez mais rápido, preciso e acessível à<br />

população diante de sua constante atualização.<br />

Um exemplo de tecnologia que transformará<br />

a saúde é a nova versão do Apple Watch, relógio<br />

digital que é capaz de submeter o usuário a um<br />

exame de eletrocardiograma, além de ser capaz<br />

de detectar batimentos cardíacos irregulares,<br />

transferir os dados para análise médica e enviar<br />

notificação caso o dono do relógio necessite de<br />

assistência. Cada vez mais, a inovação médica<br />

estará no cotidiano das pessoas e o nível de<br />

acompanhamento de informações de saúde<br />

do paciente se tornará maior e mais relevante,<br />

o que consequentemente afetará a relação médico-paciente.<br />

Atualmente, o segmento médico brasileiro<br />

está voltado para importantes discussões<br />

em relação às inovações tecnológicas, como a<br />

prática da telemedicina, a aplicação da inteligência<br />

artificial no diagnóstico, a digitalização<br />

do histórico de saúde do paciente e a regularização<br />

de software médico perante a Anvisa. Tais<br />

discussões são de extrema importância para o<br />

futuro da saúde no Brasil, visto que as pessoas,<br />

os produtos e os serviços estão cada vez mais<br />

“digitalizados” e este é um caminho sem volta.<br />

Telemedicina<br />

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou<br />

em fevereiro deste ano a resolução que<br />

regulamenta a telemedicina, contemplando<br />

atividades como teleconsulta, telediagnóstico,<br />

telecirurgia, telemonitoramento e teletriagem.<br />

Porém, precisou recuar, já que o tema é disruptivo<br />

e o setor médico requisitou discussões mais<br />

amplas antes da efetiva regulamentação.<br />

A título de exemplo, com o telediagnóstico os<br />

exames podem ser realizados virtualmente e os<br />

dados são transmitidos pelo computador; no<br />

caso de um eletrocardiograma, com a ajuda da<br />

tecnologia o paciente poderá estar num lugar,<br />

com sensores instalados no corpo, e o médico<br />

executará e acompanhará o exame a distância.<br />

Com o telemonitoramento, o especialista poderá<br />

avaliar os exames e o estado de saúde dos<br />

pacientes remotamente, situação que pode ser<br />

muito importante para pacientes em áreas de<br />

difícil acesso, com doenças crônicas em home<br />

care ou idosos em casa de repouso, por exemplo.<br />

A vertente a favor da telemedicina acredita no<br />

aumento da praticidade, redução de custos e<br />

ampliação de acesso dos pacientes às consultas<br />

e diagnósticos, por exemplo. No entanto, a linha<br />

contrária questiona se com os recursos promovidos<br />

pela inteligência artificial e com a distância<br />

física proporcionada pela tecnologia, haveria<br />

ainda espaço para uma comunicação completa<br />

entre médico e paciente, entendida como uma<br />

variável fundamental para a adequada conduta<br />

médica e melhora na condição do paciente.<br />

Inteligência Artificial no diagnóstico<br />

Segundo informações da Câmara Brasileira de<br />

Diagnóstico Laboratorial, cerca de 75% a 80%<br />

das decisões médicas baseiam-se em exames<br />

de diagnóstico, sendo incostestável a importância<br />

destes para a conduta médica a ser adotada.<br />

A inteligênia artificial (IA) na medicina diagnóstica,<br />

vem com o intuito de acelar e tornar<br />

mais preciso o diagnóstico de pacientes, antecipar<br />

desfechos e indicar tratamentos e ações<br />

médicas por meio da criação de “algoritmos<br />

inteligentes”. Além disso, a inteligênia artificial<br />

será capaz de melhorar processos internos dos<br />

serviços de saúde, como laboratórios, consultórios<br />

e hospitais, permitindo ganho de eficiência<br />

na investigação diagnóstica e redução de disperdício<br />

de recursos.<br />

Para se ter idéia sobre como funciona a inteligênia<br />

artificial, os especialistas alimentam o<br />

sistema com uma quantidade grande de dados<br />

e o computador “aprende” algoritmos, encontrando<br />

rapidamente padrões e fazendo associações<br />

para analisar os casos e auxiliar o médico<br />

a realizar o diagnóstico e tomar decisões mais<br />

acertadas e confiáveis. Para uma análise completa<br />

e confiável é necessária a verificação de<br />

um grande volume de informações que, quando<br />

feita por meio da inteligênia artificial, é realizada<br />

numa velocidade que um ser humano<br />

demoraria muito tempo para concluir ou jamais<br />

poderia fazer.<br />

A inteligência artificial já vem sendo estudada<br />

e implementada em diversas áreas da medicina,<br />

como por exmplo, nos exames radiológicos e<br />

identificação da retinopatia diabética. No futuro<br />

próximo, é provável que cada vez mais especialistas<br />

façam uso do diagnóstico sugerido por<br />

programas de inteligência artificial como apoio<br />

a decisões e condutas a serem tomadas.<br />

0 70<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


DIREITO E SAÚDE<br />

Digitalização do histórico de saúde<br />

do paciente<br />

O objetivo da digitalização do histórico do<br />

paciente é reunir em um só sistema todas as<br />

informações da trajetória médica de um indivíduo,<br />

como por exemplo, resultados de exames,<br />

consultas médicas, cirurgias, internações, medicamentos<br />

utilizados e outras atividades médicas<br />

durante a vida do paciente.<br />

O benefício de ter as informações da “história da<br />

saúde do paciente em um só lugar” implica diretamente<br />

na maior produtividade, na otimização<br />

de recursos e no melhor atendimento ao paciente,<br />

uma vez que as informações relevantes não<br />

estariam mais fragmentadas em diferentes serviços<br />

de saúde e atividades médicas desnecessárias<br />

ou repetitivas poderiam ser evitadas.<br />

Ainda que a vantagem de concentrar os dados<br />

do paciente em um único sistema seja clara,<br />

assim como na inteligência articifical ainda<br />

há muita preocupação quanto à proteção dos<br />

dados disponibilizados sobre o paciente e sua<br />

saúde, ou seja, sobre quem pode acessá-lo e<br />

em que condições. A lei geral de proteção de<br />

dados que entrará em vigor em 2020 prevê que<br />

o compartilhamento das informações de saúde<br />

dependa do consentimento do paciente.<br />

Regularização de software como dispositivo<br />

médico perante a Anvisa<br />

Atualmente, a Anvisa regulamenta os dispositivos<br />

médicos no pré-mercado por meio da Resolução<br />

RDC nº 185, de 22 de janeiro de 2001,<br />

que trata do registro, alteração, revalidação e<br />

cancelamento do registro de produtos médicos.<br />

No entanto, esta norma foi elaborada de acordo<br />

com o contexto do ano de 2001, quando os<br />

equipamentos eram basicamente hardwares<br />

específicos com softwares embarcados.<br />

Diante das novas necessidades e a tendência<br />

de “virtualização” dos equipamentos e procedimentos<br />

médicos, os dispositivos médicos<br />

passararam a se “virtualizar” a passos exponenciais,<br />

fato este que fez com que a referida regulamentação<br />

tenha se tornado obsoleta para os<br />

softwares como dispositivos médicos, tais como<br />

os softwares de processamento de imagens<br />

para diagnósticos, softwares de diagnóstico em<br />

saúde, software de planejamento de radioterapia<br />

e, até mesmo, certos aplicativos para celular<br />

e tablet que podem ser considerados softwares<br />

como dispositivos médicos.<br />

Com o objetivo de solucionar essa lacuna regulatória,<br />

o tema “Regularização de softwares médicos”<br />

foi incluído na Agenda Regulatória da Anvisa<br />

para o quadriênio 2017-2020 (Tema 8.5), tendo<br />

como principal motivador, a elaboração de uma<br />

regulamentação específica contendo requisitos<br />

aplicáveis aos software como dispositivos médicos<br />

ou SaMD – Software as Medical Device, como<br />

são internacionalmente conhecidos.<br />

O software como dispositivo médico tem sido<br />

tema de discussões no âmbito do International<br />

Medical Device Regulators Forum (IMDRF), do<br />

qual a Anvisa faz parte em busca da harmonização<br />

de seus regulamentos. Recentemente, a<br />

agência fez parte de uma reunião junto ao IM-<br />

DRF sobre inteligência artificial, software como<br />

dispositivo médico e os diversos modos de aplicação<br />

das novas tecnologias, além de aspectos<br />

como segurança de dados e qualidade, demonstrando<br />

alinhamento em relação ao tema.<br />

O tema é desafiador e está em debate entre a<br />

Anvisa e o setor regulado, uma vez que que se faz<br />

necessário definir escopo e classificação de risco,<br />

estabelecer mecanismos para ações sanitárias,<br />

tratamento de diferentes sistemas e riscos cibernéticos<br />

de softwares como dispositivos médicos.<br />

Após a realização do Diálogo Setorial sobre o<br />

tema, ocorrido em 18 de setembro de 2019 no<br />

auditorio da Anvisa, os próximos passos serão a<br />

proposição junto ao grupo da ABNT (CB/26 –<br />

Subgrupo de Software Médico) de possível termo<br />

redacional para a norma e, posteriormente,<br />

publicação de Consulta Pública para a regulamentação<br />

e guia orientativo. A versão final da<br />

norma está prevista para o primeiro trimestre de<br />

2020 e treinamentos para profissionais da área<br />

e alertas sobre a necessidade de notificação de<br />

eventos adversos e denúncias, devem acontecer<br />

ao longo de 2020.<br />

Para finalizar, é visível que as necessidades médicas<br />

e dos pacientes mudam constantemente no<br />

passo da evolução tecnológica. Os temas acima<br />

citados são de suma relevância para o aumento<br />

da produtividade, otimização de recursos e sustentabiliade<br />

do setor de saúde, e acima de tudo,<br />

para melhorar o atendimento e condição dos pacientes.<br />

Regulamentações que sejam capazes de<br />

acompanhar a tendência do mercado são fundamentais<br />

para a garanta de implementação rápida<br />

e segura de novas tecnologias e práticas médicas,<br />

priorizando-se sempre a saúde e segurança do<br />

paciente. Estamos ansiosos para contribuir e<br />

acompanhar os próximos capítulos destes assuntos<br />

que mudarão definitivamente, para melhor, a<br />

saúde no Brasil.<br />

*Patrícia Fukuma<br />

É sócia e fundadora do escritório Fukuma Advogados, escritório altamente<br />

especializado na área regulatória-sanitária.<br />

Com agradecimento à colaboração de Ana Hasegawa e Camila Tavares.<br />

0 72<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


TROMBOFILIA<br />

DETECÇÃO DAS PRINCIPAIS<br />

MUTAÇÕES GENÉTICAS<br />

Mais de 60% da predisposição à trombose são<br />

atribuídos a fatores genéticos. Para prevenir<br />

episódios trombóticos e abortos recorrentes,<br />

é possível estruturar um programa de<br />

aconselhamento genético e orientação familiar<br />

com métodos moleculares.<br />

Por meio da PCR em tempo real é possível identificar<br />

os genes com possíveis mutações para:<br />

Protrombina (Fator II)<br />

Fator V de Leiden<br />

Enzima MTHFR C677T e MTHFR A1298C<br />

Plasminogênio tipo 1 (PAI-1)<br />

Através de kits específicos que realizam a identificação desses fatores genéticos, é possível ter em<br />

mãos informações precisas que auxiliam o médico no direcionamento do tratamento ideal.<br />

Converse com nossos consultores para saber mais<br />

0800 710 1850 | comercial@mobiuslife.com.br | www.mobiuslife.com.br<br />

Características referentes aos kits com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. KIT XGEN MASTER Fator II sob n° 80502070031. KIT XGEN MASTER Fator V DE LEIDEN sob n° 80502070032.<br />

KIT XGEN MASTER MTHFR C677T sob n° 80502070026. KIT XGEN MASTER MTHFR A1298C sob n° 80502070028. KIT XGEN MASTER PAI-1 sob n° 80502070055.


LADY NEWS<br />

Bons Exemplos<br />

Dra. Eliane Lustosa médica Patologista Clínica, Presidente da Labtest Diagnóstica S.A<br />

Uma mulher a frente do seu tempo, desde<br />

muito nova começou a perceber a grandeza da<br />

vida e principalmente a importância da família,<br />

sempre, através do olhar sensível e curioso, sentindo<br />

a vontade de acontecer.<br />

E assim a Dra. Eliane Lustosa, com os bons<br />

exemplos que sempre a acompanhou, através<br />

de seus pais, resolveu então seguir um caminho<br />

repleto de valores até então desconhecidos.<br />

Mulher corajosa e atuante foi galgando os<br />

degraus do conhecimento e cada vez mais sentindo<br />

a necessidade de se empoderar, fortalecer<br />

e sentir a força da mulher.<br />

Buscou no fundo dos seus melhores sentimentos<br />

os puros momentos, onde com seu pai<br />

visionário, aprendeu que na vida o mais importante<br />

é seguir o caminho da perseverança, do<br />

trabalho árduo, profícuo e verdadeiro.<br />

Geraldo Lustosa, além de um grande pai, homem<br />

de visão e grande empreendedor, sempre<br />

cultivou valores essências a vida e a formação de<br />

um caráter, integro e essencialmente honesto. A<br />

base ideal para a formação de qualquer cidadão,<br />

o maior e melhor exemplo que podemos ter.<br />

Para um nome tão forte com grande importância<br />

no mercado a Labtest é um trunfo, uma verdadeira<br />

dádiva ter uma historia tão forte e real para<br />

ser compartilhada e conhecida, servindo como<br />

tema para ilustrar a mente dos novos profissionais<br />

que chegam sempre ávidos de conseguirem<br />

um lugar ao sol e sempre sentindo a necessidade<br />

e a certeza de ter bons exemplos na vida.<br />

Dra. Eliane ocupa hoje um lugar e um espaço<br />

de muita importância, sendo referência para os<br />

profissionais do setor e principalmente nos mulheres.<br />

Conversei com ela, onde ela pode compartilhar<br />

um pouco de sua experiência comigo.<br />

1 - Dr Eliane, gostaríamos de saber um<br />

pouco de sua experiência até chegar<br />

aqui?<br />

A primeira coisa que eu acho que aprendi na<br />

minha vida é você não desistir e não achar que<br />

uma coisa que não saiu do jeito que você quer<br />

significa que não vai dá certo, ela vai dá certo.<br />

Quando eu vejo que o pessoal do startup fala<br />

assim: "Faça rápido pra você falhar rápido e você<br />

recomeçar rápido".<br />

Acho que é isso ai na vida, você não deve ter<br />

medo. Você tem que ter cuidado, cuidado com<br />

as pessoas, cuidado com impacto daquilo na<br />

vida de outras pessoas. Mas você com você<br />

não pode ter medo de fracassar, não ter medo<br />

de tentar. Você não pode ser irresponsável, mas<br />

você tem que ter coragem.<br />

2 - Sabendo da dificuldades da mulher<br />

se ingressar no mercado de trabalho,<br />

apesar de muitos avanços. Como foi pra<br />

você isso?<br />

Ser mulher também tem muito a ver com ter coragem,<br />

porque você tem que romper né... muitas vezes.<br />

Eu não vou dizer que não sofri nenhum problema<br />

por ser mulher, mas por outro lado eu<br />

acho que sou de uma geração em que a mulher<br />

tinha uma posição muito bem... acho que ...<br />

como é que vou dizer, assim... Mais bem colocada<br />

em um certo lugar. Talvez soubesse lidar melhor<br />

com isso, isso nunca me significou, nunca<br />

me nomeou, nunca foi um problema pra mim.<br />

A única coisa que eu acho que quando era<br />

muito jovem, eu achava que tinha que ter uma<br />

atitude masculina pra poder romper nessa, né...<br />

ai nesse mercado de trabalho.<br />

Depois eu descobrir que não, que a nossa<br />

feminilidade, o ser mulher, a gente acrescenta<br />

muitas coisas boas, é trazer um novo olhar, uma<br />

nova visão pra tudo que a gente ta fazendo e<br />

dentro do mercado.<br />

E as visões distintas elas são muito importantes,<br />

inclusive está questão, que tem visões de<br />

pessoas diferentes, crenças diferentes, umas séries<br />

de coisas, você tem também visões diferentes<br />

dentro da nossa cultura, homem e mulher e<br />

hoje ela está até ficando mais fluída, não tem<br />

mais essa separação como tinha. Mas na minha<br />

época "não tinha" era diferente (risos).<br />

Mas assim, eu também tive muito privilégios<br />

de ser filha de meu pai, acho que maior<br />

privilégio ser filha de meus pais, minha mãe<br />

e profissionalmente do meu pai. Sempre me<br />

orgulhei, nunca achei que ele fez sombra, no<br />

sentido de me obscuresser, ele fez sombra<br />

para eu ter uma caminhada refrescante menos<br />

dura, menos árdua, sempre meu melhor amigo,<br />

meu melhor mestre.<br />

0 74<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


LADY NEWS<br />

Isso eu acho que me ajudou muito, porque<br />

eu sei que muitas vezes é difícil você, independente<br />

de homem ou mulher, romper profissionalmente.<br />

Mas eu agarrei todas as oportunidades<br />

que apareceram, eu fui lá e busquei,<br />

peguei pelo chifre e fiz e aconteci, e assim<br />

enfrentei muitos desafios, muitas batalhas<br />

que muitas vezes as pessoas não me conhecia<br />

e achavam que eu estava ali por ser filha do<br />

meu pai, e de repente elas descobriram que eu<br />

estava ali com o poder de mudar as coisas, de<br />

trazer coisas novas e elas conseguiram entender<br />

e eu tive a felicidade de conseguir agregar<br />

muitas vezes pessoas aos meus sonhos, nas<br />

minhas visões porque sozinho você só não<br />

chega a lugar nenhum, você só vai acompanhando,<br />

para você poder ir mais longe e para<br />

você ir melhor.<br />

3 - A Labtest conta com um quadro enorme<br />

de mulheres. É um novo conceito da<br />

empresa?<br />

Então! Eu vejo que a Labtest hoje não é uma coisa<br />

pensada porque sou mulher, mas eu acho que<br />

o mercado de trabalho hoje a mulher esta cada<br />

vez mais dentro do mercado, mais participante e<br />

muitos cursos hoje as mulheres são maioria.<br />

Então a tendência é que no mercado de<br />

trabalho a participação da mulher aumente<br />

para frente.<br />

Na labtes não existe políticas diversas para homens<br />

e mulheres, em termos salariais em termo<br />

de possibilidades, não existe, a maternidade<br />

não é um empecilho, (visto que um empecilho<br />

para você trabalhar na labtes e sob minha responsabilidade<br />

ao qual ao meu cargo,).<br />

Naturalmente hoje a labtest tem uma liderança<br />

feminina muito grande, mas que não foi<br />

nada assim: "Agora nós vamos pegar a labtest<br />

e transformar numa"...De jeito nenhum, ela é<br />

uma empresa de pessoas, mas por coincidência<br />

hoje nós temos.<br />

Se olhar já teve época que tinha muito pouca<br />

gente do sexo feminino em cargo de liderança<br />

e hoje acho que talvez se não tiver equilibrado<br />

pode ser que tenha mais lideres femininas do<br />

que masculinos.<br />

E é assim, porque as mulheres estão ai, botando<br />

para quebrar vamos dizer assim, com toda<br />

a sua competência, capacidade e trazendo este<br />

novo olhar para que só a mulher tem, como tem<br />

o olhar que só o homem tem e quando eles se<br />

juntam eles são capazes de fazer coisas muito<br />

maiores e melhores.<br />

Então quando temos pessoas diversas numa<br />

equipe de trabalho elas também são capazes<br />

de propor coisas que vão ser maiores, mais bem<br />

sucedidas.<br />

A mulher ela sendo mulher ela pode atuar,<br />

ela pode ser bem sucedida, ela pode ser respeitada,<br />

ela pode fazer diferença em qualquer<br />

área da atividade humana que ela deseje atuar<br />

e esse lado dela feminino traz um tanto de<br />

valor porque é uma visão única que agrega<br />

com as outras, muitas vezes a mulher acha<br />

o seguinte: ou você vai ser feliz profissionalmente<br />

ou você vai ser feliz pessoalmente, isto<br />

não existe, a gente simplesmente é feliz, e o<br />

mesmo jeito que você tem que conciliar jornada<br />

de trabalho, um encontro com cliente, com<br />

fornecedor e com fazer alguma coisa isso também<br />

vai ter que conciliar a sua vida pessoal,<br />

seus filhos, amigos com trabalho, eu acho que<br />

ninguém tem que fazer esta escolha, a vida<br />

pessoal ou a profissional, igualmente homem<br />

e mulher eles são responsáveis pela criação de<br />

seus filhos. A gente tem todo o direito, toda<br />

condição e possibilidade de ter uma vida plena<br />

em todos os aspectos dela.<br />

Laiara Lemos<br />

Bacharel em Ciências Biológicas - USS Universidade Severino Sombra - RJ<br />

Pós Graduada em Análises Clinicas - UFMG Universidade Federal de Minas Gerais - MG<br />

Membra Efetiva Da Sociedade Brasileira de Analises Clinicas<br />

Proprietária e Responsável Técnica do Laboratório de Análises Clinicas e Clinica Medica<br />

Pró Vida - Minas Novas MG<br />

0 76<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Rastreamento do câncer de mama<br />

por imagem<br />

Dra. Giselle Mello, radiologista e coordenadora do Grupo de Mama do Fleury Medicina e Saúde<br />

O câncer de mama é a segunda neoplasia<br />

mais comum nas mulheres, após o de pele não<br />

melanoma, e, de acordo com as estimativas do<br />

Instituto Nacional do Câncer, somará 59.700<br />

casos novos a cada ano do biênio 2018-2019, o<br />

que corresponde a 29,5% das neoplasias no sexo<br />

feminino. A taxa de mortalidade é, ainda, elevada<br />

– em 2015, foram 15.403 óbitos decorrentes da<br />

doença. Para reduzir esses números, a estratégia<br />

permanece sendo o diagnóstico precoce.<br />

A estratégia de rastreamento visa detectar pequenos<br />

tumores em mulheres assintomáticas<br />

com o objetivo primário de reduzir a mortalidade<br />

pela doença. A mamografia é o único método de<br />

rastreio associado com diminuição da mortalidade<br />

pelo câncer e sua indicação para a avaliação<br />

da população geral está bem documentada. A<br />

ultrassonografia e a ressonância magnética são<br />

capazes de detectar pequenas lesões de mama<br />

assintomáticas, muitas vezes ocultas na mamografia.<br />

Contudo, por não haver estudos que mostram<br />

que esses métodos se associam com a redução<br />

da mortalidade pelo câncer de mama, tais<br />

exames são especialmente indicados aos subgrupos<br />

de mulheres consideradas de alto risco.<br />

O fato é que a imagem tornou-se essencial não<br />

só para o rastreamento, mas em todas as etapas<br />

da abordagem da neoplasia mamária, incluindo<br />

a avaliação da resposta e a vigilância pós-trata-<br />

Fatores de risco para câncer de mama:<br />

• História familiar e genética<br />

• Idade acima de 50 anos<br />

• Menarca precoce (antes dos 12 anos)<br />

• Menopausa tardia (após os 55 anos)<br />

• Nuliparidade<br />

• Primiparidade tardia<br />

• Alcoolismo (o consumo diário de 25 g de bebida destilada aumenta o risco em 40%)<br />

• Obesidade<br />

• Sedentarismo<br />

• Terapia de reposição hormonal<br />

• Mamas densas<br />

mento. Progressos tecnológicos recentes e contínuos<br />

dos diferentes métodos oferecem novas gráfico não está indicado devido à baixa preva-<br />

• Abaixo de 40 anos: o rastreamento mamo-<br />

oportunidades para melhorar ainda mais o atendimento<br />

clínico.<br />

sobretudo, a ausência de estudos que demonslência<br />

de câncer de mama nessa faixa etária e,<br />

trem redução da mortalidade associada a rastreio<br />

Recomendação para mulheres sem fatores<br />

de alto risco<br />

nesse grupo.<br />

A Comissão Nacional de Mamografia (CNM), • Idade entre 40 e 74 anos: fazer rastreamento<br />

anual com mamografia, de preferên-<br />

composta pelo Colégio Brasileiro de Radiologia,<br />

pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia<br />

e Obstetrícia (Febrasgo) e pela Socie-<br />

ressonância magnética para o rastreamento<br />

cia mamografia digital. Não há indicação de<br />

dade Brasileira de Mastologia, orienta a seguinte da população geral. A ultrassonografia pode<br />

recomendação:<br />

ser considerada como estudo complementar,<br />

0 78<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


ou seja, depois da mamografia, especialmente<br />

em mulheres com tecido mamário denso na<br />

mamografia ou fator de risco para desenvolvimento<br />

de câncer de mama.<br />

• Acima de 70 anos: a continuidade do rastreamento<br />

deve ser decidida individualmente e<br />

em conjunto com a paciente e a família, considerando-se<br />

a saúde global e a longevidade<br />

estimada da paciente, bem como sua condição<br />

cognitiva, importante para ajudar a compreender<br />

os riscos e benefícios da realização periódica<br />

da mamografia.<br />

Nova tecnologia - Tomossíntese mamária<br />

Também conhecida como mamografia 3D, a<br />

tomossíntese mamária foi desenvolvida para<br />

mitigar os efeitos da sobreposição de tecido<br />

mamário denso na mamografia convencional<br />

2D, responsável pela redução de sensibilidade<br />

do método e por uma porcentagem significativa<br />

das reconvocações durante o rastreamento, seja<br />

por não demonstrar uma lesão devido a essa<br />

sobreposição de tecidos, seja por criar imagens<br />

falsas que simulam lesões.<br />

A técnica permite maior nitidez da estrutura<br />

mamária, melhor caracterização das lesões e<br />

maior segurança do radiologista ao interpretar<br />

o exame, aumentando a acurácia diagnóstica<br />

e, por conseguinte, a detecção do câncer de<br />

mama. Já existem evidências suficientes, a partir<br />

de estudos prospectivos e retrospectivos, de<br />

que a tomossíntese combinada à mamografia<br />

2D (convencional ou sintetizada) aumenta a<br />

detecção do câncer de mama, principalmente<br />

de carcinomas invasivos, quando comparada à<br />

mamografia digital isolada.<br />

As indicações da tomossíntese são as mesmas<br />

da mamografia. Deve ser utilizada no rastreamento,<br />

em mulheres assintomáticas, para<br />

detecção precoce do câncer da mama. Nesses<br />

casos, o exame pode ser indicado em todos<br />

os padrões mamográficos, porém tem maior<br />

valor no padrão “B” (densidades fibroglandulares<br />

esparsas), “C” (mamas heterogeneamente<br />

densas) e “D” (mamas extremamente densas)<br />

do BI-RADS. Nos casos diagnósticos, incluindo<br />

mulheres submetidas a tratamento conservador<br />

para câncer de mama, a tomossíntese caracteriza<br />

melhor os achados radiográficos e, em muitos<br />

deles, substitui incidências adicionais, principalmente<br />

compressões seletivas. É possível,<br />

também, realizar compressão seletiva de uma<br />

área com a tomossíntese, quando necessário,<br />

para elucidação diagnóstica.<br />

Vale lembrar que, na maioria dos casos de<br />

calcificações agrupadas, a tomossíntese não<br />

exclui a realização das incidências com ampliação<br />

seletiva. Em tais pacientes, os cortes podem<br />

ser decisivos ao provar que as calcificações são<br />

cutâneas ou corroborar associação de calcificações<br />

suspeitas com distorção ou assimetrias,<br />

sugerindo componente invasivo.<br />

Dose de radiação<br />

A aprovação da tomossíntese pelo Food and<br />

Drug Adminstration (FDA), órgão de fiscalização<br />

americano, em 2011, foi condicionada a<br />

uma análise simultânea dos cortes de tomossíntese<br />

e da mamografia 2D correspondente.<br />

Essa combinação (Combo) eleva a dose de<br />

radiação para aproximadamente o dobro da<br />

dose do exame mamográfico digital, porém<br />

se mantém abaixo do máximo permitido pela<br />

Mammography Quality Standards Act, que é<br />

de 5.8 mGy por mama.<br />

A mamografia 2D sintetizada, que consiste<br />

na reconstrução dos dados significativos<br />

observados nos cortes da tomossíntese, em<br />

uma imagem bidimensional, já vem substituindo<br />

em alguns centros a mamografia 2D<br />

verdadeira, com eficácia demonstrada e sem o<br />

adicional da dose do estudo combinado. Vale<br />

ressaltar que a avaliação sintetizada não substitui<br />

a mamografia 2D como estudo isolado,<br />

devendo ser analisada somente em conjunto<br />

com a tomossíntese.<br />

Dra. Giselle Mello,<br />

Radiologista e Coordenadora do Grupo de<br />

Mama do Fleury Medicina e Saúde<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 79


BOAS PRÁTICAS<br />

A Citomorfologia na era da<br />

patologia molecular<br />

A melhoria da prevenção secundária do câncer do colo do útero deve continuar a ser uma<br />

prioridade fundamental para a saúde da mulher em todo o mundo nas próximas décadas.<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Nos últimos anos, a prática da citopatologia<br />

testemunhou uma grande mudança. A “necessidade<br />

de fazer mais com menos” na era da<br />

terapia direcionada/medicina personalizada<br />

resultou em uma preferência crescente pela biópsia<br />

realizada pelo método de avaliação rápida<br />

no local. Além disso, ocorreu um incremento na<br />

gama de testes moleculares diagnósticos no<br />

campo da medicina laboratorial, como o teste<br />

para o Papilomavirus Humano (HPV), que ao<br />

mesmo tempo em que detecta a presença do<br />

vírus, já fornece um prognóstico para a paciente.<br />

É pertinente que os citopatologistas, como<br />

grupo, reconheçam essas mudanças e se preparem,<br />

não apenas para se adaptarem a essa<br />

nova realidade, mas também vejam como uma<br />

oportunidade para descobrir o mundo ainda<br />

inexplorado da citologia.<br />

A triagem pela citopatologia cervical (conhecida<br />

como exame de Papanicolau), foi introduzida<br />

nos anos 1940 como um método eficaz,<br />

simples e econômico para rastreio das lesões<br />

pré-cancerosas do colo uterino. Ao detectar<br />

essas lesões por meio da identificação das alterações<br />

celulares e, em seguida, tratá-las com<br />

métodos ablativos ou excisionais, o desenvolvimento<br />

de câncer invasivo do colo do útero pode<br />

ser evitado.<br />

Os programas de triagem baseados em citologia<br />

resultaram em uma redução significativa<br />

da incidência de câncer do colo do útero em<br />

áreas onde eles foram ampla e propriamente<br />

implementados, embora existam limitações<br />

desse teste. Apesar da especificidade da citologia<br />

para neoplasia intra-epitelial cervical/lesão<br />

intra-epitelial escamosa (NIC/SIL) ser superior a<br />

95%, a sensibilidade está em torno de 53% -<br />

considerada suficiente para um teste de rastreio<br />

do câncer. Contudo, embora essa ferramenta de<br />

diagnóstico esteja amplamente disponível, a<br />

incidência de câncer do colo do útero ainda permanece<br />

alta em todo o mundo, especialmente<br />

em países em desenvolvimento. É atribuída em<br />

grande parte, a sensibilidades sub-ótimas do<br />

exame e a indisponibilidade do teste em alguns<br />

países em desenvolvimento.<br />

Com a identificação do HPV como um fator<br />

necessário no desenvolvimento de canceres<br />

invasivos do trato genital inferior, dos quais o<br />

câncer do colo do útero é o mais prevalente,<br />

ampliou-se a compreensão molecular da transformação<br />

maligna, o que levou ao desenvolvimento<br />

de estratégias para detecção e intervenção<br />

precoce da doença.<br />

Além dos testes de rastreamento pelo método<br />

citopatológico, atualmente, a prevenção do carcinoma<br />

escamoso depende da vacinação contra<br />

o HPV. A imunização proporciona uma prevenção<br />

primária contra os tipos oncogênicos mais<br />

prevalentes do vírus (atualmente o Sistema<br />

Único de Saúde – SUS - disponibiliza a vacina<br />

quadrivalente, contra os vírus 6, 11, 16 e 18).<br />

Já, o raciocínio da triagem cervical é reduzir a<br />

incidência de câncer pela detecção e tratamento<br />

das lesões precursoras diagnosticadas em pacientes<br />

assintomáticas. Um objetivo secundário<br />

é a detecção precoce de doença invasiva, que<br />

pode melhorar o prognóstico, reduzindo também<br />

a mortalidade pela doença.<br />

Com a recente aprovação da vacina nonavalente<br />

contra o HPV, nos aproximamos da eliminação<br />

do câncer cervical. No entanto, a eliminação<br />

do vírus só será possível com altas taxas<br />

de absorção da vacina para meninas em todo o<br />

mundo, em todas as regiões e países. Até o momento,<br />

abordar as barreiras à absorção de vacina,<br />

como aceitabilidade, custo e infraestrutura<br />

do programa, continua a ser um desafio significativo<br />

para a maioria dos países, especialmente<br />

nos de baixa e média renda. Com o tempo, mais<br />

mulheres na faixa etária apropriada para o rastreamento<br />

do câncer do colo uterino terão sido<br />

vacinadas contra o HPV, portanto as políticas de<br />

rastreamento terão que ser revistas.<br />

Com o entendimento de que infecções persistentes<br />

com tipos de HPV de alto risco são necessárias<br />

para o desenvolvimento do câncer do colo<br />

do útero, e com conhecimento das limitações da<br />

citologia como teste de triagem, surgiram novas<br />

oportunidades para o uso de testes moleculares<br />

para os próprios vírus. Esses avanços tecnológicos<br />

permitiram o alongamento dos intervalos<br />

de rastreamento e o início da triagem em uma<br />

0 80<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


BOAS PRÁTICAS<br />

idade mais avançada, em comparação com a<br />

prática da citologia. Além disso, os testes para<br />

os subtipos oncogênicos do HPV tornaram possível<br />

prever o risco de desenvolvimento futuro<br />

do câncer do colo do útero.<br />

Dados provenientes de grandes ensaios clínicos<br />

estabeleceram que o rastreio de mulheres<br />

para o HPV conduz a taxas diminuídas de câncer<br />

cervical. Com base nesses dados, agências<br />

de saúde e grupos de especialistas - incluindo a<br />

Organização mundial da Saúde (OMS), a Sociedade<br />

Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a<br />

Sociedade Americana de Colposcopia e Patologia<br />

Cervical - recomendaram o HPV teste como<br />

o principal método de triagem para programas<br />

de rastreamento do câncer do colo do útero em<br />

locais com recursos suficientes.<br />

Todavia, embora esses testes ofereçam sensibilidade<br />

superior à citologia para a detecção de lesões<br />

pré-cancerosas, sua menor especificidade indica<br />

que pode haver um número maior de procedimentos<br />

diagnósticos ou de tratamentos desnecessários.<br />

Testes adicionais poderiam triar os resultados HPV<br />

positivos para melhorar a especificidade do teste,<br />

delineando quais mulheres positivas para os subtipos<br />

oncogênicos do HPV necessitam de acompanhamento.<br />

Estudos sugerem que os testes de<br />

triagem poderiam incluir a citologia, e outros testes<br />

moleculares (como testes para genótipos específicos<br />

de HPV, testes de RNAm, ensaios para metilação<br />

do DNA e testes para outros biomarcadores).<br />

Um estudo publicado na prestigiada revista<br />

BMJ avaliou 1230 mulheres com câncer, e as<br />

acompanhou prospectivamente por 8,5 anos. A<br />

conclusão do estudo é que detecção de câncer<br />

invasivo pela triagem cervical implica em um<br />

prognóstico favorável quando comparado ao<br />

câncer detectado com base nos sintomas das<br />

pacientes. Os melhores índices de cura foram<br />

atribuídos aos casos de canceres detectados<br />

pela triagem, sendo geralmente encontrados<br />

em estádios clínicos anteriores aos canceres sintomáticos.<br />

O estudo sugere que o efeito sobre<br />

a cura do câncer cervical deve ser incluído ao<br />

avaliar os programas de rastreamento cervical.<br />

Outro estudo publicado recentemente na<br />

conceituada revista Diagnostic Citopathology<br />

avaliou 230 pacientes com HSIL que realizaram<br />

testes de HPV. A maioria (210/230, 91,3%) foi<br />

positiva para HPV de alto risco enquanto 20<br />

(8,7%) foram negativas. Os casos de HSIL negativos<br />

para HPV de alto risco foram significativamente<br />

mais comuns em mulheres mais velhas<br />

(idade média de 49,3 anos) em comparação<br />

com HSIL com HPV de alto risco positivo (idade<br />

média de 40,7 anos). O genótipo mais freqüentemente<br />

detectado foi o HPV16 (40%), consistente<br />

com outros estudos. Os autores concluíram<br />

que embora o risco de NIC 2/3 e carcinoma<br />

fosse maior em pacientes positivas para HPV de<br />

alto risco, a possibilidade de lesões displásicas<br />

nas pacientes negativas deve ser considerada,<br />

especialmente em mulheres mais velhas. Dentre<br />

essas mulheres, 6 de 16 (37,5%) com NIC<br />

2/3 e/ou carcinoma não teriam diagnósticos<br />

se a leitura da lâmina, baseada na morfologia<br />

celular, não tivesse sido realizada.<br />

Por essas razões, a triagem continuará a desempenhar<br />

um papel fundamental, e em constante<br />

evolução, de modo a permanecer útil como atividade<br />

clínica e também de saúde pública. Apesar<br />

dos esforços se concentrarem em melhorias nas<br />

técnicas moleculares para detecção do HPV, o<br />

rastreamento das lesões celulares pelo método<br />

citopatológico ainda desempenhará um papel<br />

relevante. Nas próximas décadas, a melhoria da<br />

prevenção secundária do câncer do colo do útero,<br />

por meio da realização do exame citopatológico<br />

deve continuar a ser fundamental para a saúde da<br />

mulher em todo o mundo.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:<br />

Andrae Bengt, Andersson Therese M-L, Lambert<br />

Paul C, Kemetli Levent, Silfverdal Lena,<br />

Strander Björn et al. Screening and cervical<br />

cancer cure: population based cohort study BMJ<br />

2012; 344 :e900<br />

Goodman, Annekathryn. HPV testing as a<br />

screen for cervical câncer BMJ 2015; 350: H2372<br />

Ogilvie, G. , Nakisige, C. , Huh, W. K., Mehrotra,<br />

R. , Franco, E. L. and Jeronimo, J. (2017), Optimizing<br />

secondary prevention of cervical cancer:<br />

Recent advances and future challenges. Int J<br />

Gynecol Obstet, 138: 15-19.<br />

Sun, H, Masand, RP, Patel, SJ, Padmanabhan,<br />

V. High grade squamous intraepithelial lesion<br />

on high‐risk HPV negative patients: Why we<br />

still need the Pap test. Diagnostic Cytopathology.<br />

2018; 46: 908– 913.<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Citologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Análises<br />

Clínicas – SBAC-RS. Mestre em Patologia geral e Experimental e Doutora em Patologia – Biomarcadores<br />

pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Atualmente é Pós-Doutoranda<br />

da Faculdade de Farmácia da UFRGS, docente do curso de Especialização em Citopatologia<br />

Diagnóstica da Universidade Feevale e Responsável pelo setor de Citopatologia da Policlínica<br />

Militar de Porto Alegre e do Laboratório Bios.<br />

0 82<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


BOAS PRÁTICAS<br />

Acolhimento Humanizado<br />

em Saúde<br />

Caroline de Cássia Ramos de Souza<br />

Silvana Nezir da Silva<br />

Resumo<br />

Pode-se afirmar que o processo de acolhimento<br />

ainda não está totalmente sistematizado<br />

nos modelos de atenção ao atendimento<br />

ao cliente, podendo ser esta uma justificativa<br />

para as dificuldades apresentadas tanto por<br />

profissionais quanto por clientes. O acolhimento<br />

significa uma mudança na organização do<br />

processo de trabalho e uma nova diretriz para a<br />

organização, além de uma postura diferenciada<br />

do profissional de saúde frente ao cliente. Este<br />

estudo descritivo foi realizado em um serviço de<br />

atendimento ambulatorial de uma empresa de<br />

média complexidade, com o objetivo de identificar<br />

as falhas que ocorreram no acolhimento<br />

para se alcançar à integralidade da assistência<br />

como um dos princípios da organização. A coleta<br />

de dados foi realizada por meio da observação<br />

das estratégias utilizadas no acolhimento<br />

do cliente. A análise dos dados deu-se por meio<br />

do relato da realidade vivenciada no atendimento<br />

da organização onde o estudo foi realizado,<br />

após a implantação do acolhimento com<br />

avaliação e classificação das falhas, segundo a<br />

percepção do autor. A implantação dessa estratégia<br />

de acolhimento foi um avanço para a organização<br />

no reconhecimento do atendimento<br />

como direito determinando a redução das filas<br />

de espera dos clientes, melhoria no atendimento<br />

e satisfação do cliente e de colaboradores da<br />

organização, tornando o atendimento resolutivo,<br />

ético, integral e humanizado para os clientes<br />

que procuram o serviço.<br />

Palavras-chaves: Acolhimento, Humanização<br />

no atendimento, Cliente.<br />

Introdução<br />

Durante o processo de atendimento no laboratório,<br />

a atenção da equipe de profissionais da<br />

saúde deve dirigir-se essencialmente para os<br />

pacientes, os quais possuem necessidades individualizadas<br />

e atendimento humanizado e, não<br />

para o procedimento em si.<br />

A palavra humanizar está ligada a vários aspectos:<br />

acolhimento, afabilidade, dignidade,<br />

respeito, civilidade pelo outros e tratamento<br />

igual para todos. Muitos são os desafios que<br />

aceitamos enfrentar quando estamos em defesa<br />

da vida e o direito à saúde. O padrão de acolhimento<br />

aos clientes nos serviços de saúde é um<br />

desses desafios, onde a postura e a prática nas<br />

ações de atenção e gestão nas organizações favorece<br />

a construção de uma relação de confiança<br />

e compromisso dos clientes com as equipes<br />

e os serviços, contribuindo para a promoção da<br />

cultura de solidariedade e para a legitimação do<br />

processo de saúde<br />

Humanizar significa acolher o paciente em sua<br />

essência, a partir de uma ação efetiva traduzida<br />

na solidariedade, na compreensão do indivíduo<br />

em sua singularidade e na apreciação da vida.<br />

Compreendendo realidade social do<br />

acolhimento organizacional<br />

Através da pesquisa bibliográfica, em relação<br />

ao nível de atenção à saúde tratada, verificou-se<br />

o quanto a prática do acolhimento mantêm-se<br />

vinculada à atenção primária, embora as organizações<br />

recomendam a implantação do acolhimento<br />

nos todos os níveis de atenção à saúde.<br />

Baseada em vivências das autoras, constata-se<br />

a necessidade de aprender a trabalhar de forma<br />

individualizada e humanizada, uma vez que as<br />

modernidades e facilidades atuais formam uma<br />

barreira no relacionamento personificado com<br />

as pessoas. Neste contexto, a humanização e o<br />

investimento no bem-estar do cliente são objeto<br />

de intenso debate no mercado de saúde, uma<br />

vez que, os avanços tecnológicos do setor podem<br />

propiciar descompasso com o aprimoramento na<br />

qualidade do relacionamento humano.<br />

Um atendimento humanizado pressupõe a<br />

união de um comportamento ético com conhecimento<br />

técnico e com a oferta de cuidados<br />

dirigidos às necessidades dos clientes, estabelecendo<br />

um canal de relacionamento e fidelização<br />

com os clientes e a manutenção da organização<br />

no mercado.<br />

Metodologia<br />

Este estudo, inicialmente teve como base um<br />

levantamento de referencial bibliográfico, constituindo-se<br />

de uma pesquisa qualitativa para se<br />

compreender a construção da realidade social<br />

do acolhimento organizacional, e, ainda, com<br />

vistas a entender como a realidade é apresentada<br />

e produzida pelos diversos autores envolvidos<br />

nas organizações de saúde privada.<br />

A realização de pesquisas com clientes e colaboradores<br />

do atendimento ambulatorial ganha<br />

mais relevância quando pensamos no acolhimento<br />

como uma micropolítica que deve ser<br />

construída levando-se em conta as particularidades<br />

de cada atendimento. Dessa forma, entrevistar<br />

também aquele que está na "ponta" do<br />

serviço, ou seja, em contato direto com o cliente,<br />

é primordial para possibilitar a reflexão da práxis<br />

desenvolvida e vislumbrar melhorias.<br />

0 84<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


BOAS PRÁTICAS<br />

Este estudo descritivo foi realizado em um<br />

serviço de atendimento ambulatorial de uma<br />

empresa de média complexidade, com o objetivo<br />

de identificar as falhas que ocorreram no<br />

acolhimento para se alcançar à integralidade da<br />

assistência como um dos princípios da organização.<br />

A coleta de dados foi realizada por meio<br />

da observação das estratégias utilizadas no acolhimento<br />

do cliente. A análise dos dados deu-se<br />

por meio do relato da realidade vivenciada no<br />

atendimento da organização onde o estudo foi<br />

realizado, após a implantação do acolhimento<br />

com avaliação e classificação das falhas, segundo<br />

a percepção do autor.<br />

Evidenciou-se que 200 participantes do grupo<br />

pesquisado atuam no mercado de trabalho com<br />

atendimento ao público, destes 160 relatam<br />

que são conhecedores do significado de acolhimento<br />

humanizado, contudo, somente 140<br />

atuam com acolhimento humanizado.<br />

A produção de pesquisa com esses atores torna-se<br />

fundamental para se pensar a avaliação de<br />

uma diretriz que propõe a mudança do paradigma<br />

de atendimento centrado na figura do atendente<br />

para o atendimento centrado no usuário.<br />

Desenvolvimento<br />

Atender é servir!<br />

Para que atendimento e cuidado seja efetivo e<br />

traga resultados, é necessário: ouvir, conversar,<br />

entender os hábitos e as necessidades dos clientes.<br />

Como nenhum ser humano vem com um<br />

manual de instruções, é preciso buscar outras<br />

formas de conseguir as informações necessárias<br />

para realizar o melhor atendimento.<br />

A ética está totalmente relacionada ao uso de<br />

recursos que estão de acordo com a situação e a<br />

necessidade de cada indivíduo.<br />

Como implementar um atendimento<br />

humanizado?<br />

O acolhimento funciona como uma das bases<br />

para a humanização da assistência nas instituições,<br />

a fim de possibilitar resolutividade, vínculo<br />

e responsabilização entre trabalhadores de saúde<br />

e clientes, contribuindo na democratização e na<br />

melhoria da qualidade da assistência prestada.<br />

A busca para um atendimento humanizado<br />

deve estar centralizada em: capacitação do<br />

colaborador, ambiente adequado, tecnologia e<br />

pesquisa de qualidade.<br />

Capacitação do colaborador<br />

É importante que a organização realize recrutamento<br />

de pessoas que sintam prazer em servir<br />

e motivadas pelo desafio constante de solucionar<br />

as necessidades dos clientes. A equipe de<br />

atendimento ao cliente deve ser uma unidade<br />

transformadora dentro da organização, onde as<br />

necessidades e dúvidas são transformados em<br />

satisfação e fidelização.<br />

• Treinamento Comportamental<br />

Capacita os colaboradores observando aspectos<br />

como experiências, sentimentos e motivação<br />

pessoal. Esse treinamento deve ser realizado<br />

a partir de observações e acompanhamento do<br />

colaborador (feedback), sinalizando-o sobre<br />

seu comportamento e fazendo-o perceber onde<br />

pode melhorar.<br />

Esse é um dos tipos de treinamento e desenvolvimento<br />

que motiva os colaboradores,<br />

desenvolvem possíveis líderes e melhora o ambiente<br />

corporativo.<br />

O principal objetivo é treinar habilidades interpessoais,<br />

comunicativas e de empatia, facilitando<br />

o trabalho em equipe e melhorando o<br />

clima organizacional.<br />

• Treinamento prático<br />

Para realizar capacitação continua dos colaboradores<br />

é essencial traçar um plano de treinamento<br />

com objetivos definidos e foco nos processos e<br />

pessoas, esses devem ser acompanhados continuamente,<br />

através de avaliações e checklists, a<br />

periodicidade pode ser definida conforme necessidade<br />

de aplicabilidade de cada processo, envolvendo<br />

e motivando o colaborador para que este<br />

tenha uma boa cultura organizacional voltada ao<br />

acolhimento do paciente.<br />

Ambiente adequado<br />

Deve ser inovador, motivador com implementação<br />

de um processo de melhoria continua. O local<br />

de trabalho deve estar adaptado para colaboradores,<br />

de forma que se sintam confortáveis e motivados<br />

para realização de suas tarefas com respeito,<br />

cortesia, gentilezas interna e externamente.<br />

Tecnologia<br />

Investir em tecnologia favorecendo o colaborador<br />

para busca de melhorias na comunicação e que<br />

possibilitem a resolutividade junto ao paciente.<br />

Pesquisa de qualidade<br />

Atender a demanda dos clientes com qualidade<br />

é parte essencial dos objetivos estratégicos de uma<br />

empresa, mas para se certificar que o fluxo do atendimento<br />

ao cliente ocorre como planejado, ou seja<br />

que o cliente esta satisfeito, as empresas devem implantar<br />

um serviço de pesquisa de satisfação onde<br />

possa captar e mensurar dados de pensamento,<br />

sentimentos e ações do cliente e os quais, reflete o<br />

grau de satisfação do cliente. Este indicador traz um<br />

universo de informações relevantes para a empresa,<br />

além de demonstrar aos clientes que a empresa<br />

busca a melhoria contínua de seus processos.<br />

Conclusão<br />

Pode-se afirmar que o processo de acolhimento<br />

ainda não está totalmente sistematizado<br />

nos modelos de atenção ao atendimento ao<br />

cliente, podendo ser esta uma justificativa para<br />

as dificuldades apresentadas tanto por profissionais<br />

quanto por clientes. São necessários<br />

estudos com novas abordagens ou estratégias<br />

para a sistematização do acolhimento nas organizações<br />

e verificar se estas têm realmente<br />

impacto na qualidade dos serviços e na satisfação<br />

dos clientes. Acesso e acolhimento são<br />

elementos essenciais do atendimento, para que<br />

se possa atuar efetivamente sobre o estado de<br />

saúde do indivíduo. O acolhimento significa<br />

uma mudança na organização do processo de<br />

trabalho e uma nova diretriz para a organização,<br />

além de uma postura diferenciada do profissional<br />

de saúde frente ao cliente.<br />

Com o passar dos anos, o acolhimento, como<br />

diretriz da Política Nacional de Humanização, vem<br />

ganhando força em sua prática e conhecimento<br />

por parte dos profissionais e gestores em saúde,<br />

porém, há muito a ser discutido sobre a operacionalização<br />

desse processo para atingir a desejada<br />

ampliação do acesso e qualificação dos serviços<br />

de saúde privada. E, esse movimento é de suma<br />

importância para a existência de uma reflexão sobre<br />

a prática dos processos de atenção em saúde.<br />

0 86<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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BOAS PRÁTICAS<br />

Desse modo, o debate ganhará força na medida<br />

em que pudermos nos debruçar sobre<br />

as questões ligadas à melhoria da entrada do<br />

cliente no sistema de saúde, independentemente<br />

do nível de atenção do serviço.<br />

Além da ampliação do debate sobre o acolhimento<br />

nos serviços das organizações em geral<br />

de atenção à saúde, chama atenção o baixo número<br />

de pesquisas realizadas com os gestores<br />

de saúde e com familiares de clientes. Esta falta<br />

impossibilita a avaliação crítica efetiva entre os<br />

objetivos dos gestores e as práticas vividas no<br />

cotidiano dos trabalhadores de saúde que estão<br />

em contato direto com o cliente. Por outro<br />

lado, o incentivo à produção de pesquisas com<br />

familiares torna-se relevante, tendo em vista<br />

que, em muitos casos, é ele quem acompanha o<br />

cliente ao serviço de saúde e quem dará suporte<br />

na continuidade do tratamento fora da instituição<br />

de atendimento.<br />

É necessário que a discussão sobre o acolhimento<br />

não se interrompa. Ela deve continuar de<br />

forma mais categórica nas organizações, durante<br />

a formação dos novos profissionais de saúde,<br />

nos encontros científicos e, principalmente,<br />

dentro dos serviços de saúde.<br />

Temos consciência de que esse trabalho possui<br />

limitações e não pretende esgotar o assunto.<br />

Para maior compreensão dos dados apresentados,<br />

ainda serão necessários outros estudos,<br />

bem como, a inclusão de teses, dissertações e<br />

documentos oficiais sobre o tema, visando uma<br />

análise mais ampla do acolhimento.<br />

Por fim, é necessário reconhecer que o acolhimento<br />

não deve ser visto como a ferramenta<br />

salvadora do serviço saúde, pois não é possível<br />

resolver todos os problemas apenas com a implementação<br />

do acolhimento e nenhuma tecnologia<br />

ou política que seja capaz de dar conta<br />

desse problema de forma isolada. Para a esperada<br />

melhoria dos serviços de saúde será preciso<br />

que haja uma fala com as outras diretrizes e<br />

princípios da organização.<br />

É necessário acompanhar constantemente os<br />

trabalhos desenvolvidos pela equipe de atendimento,<br />

monitorando suas falhas e corrigindo-as<br />

internamente, para que não mais ocorram, alcançando<br />

excelências nos serviços prestados. A<br />

equipe de atendimento ao cliente deve ser uma<br />

unidade transformadora dentro da organização,<br />

onde as necessidades e dúvidas são transformados<br />

em satisfação e fidelização<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Cecílio, L. C. O. (2009). As necessidades de saúde<br />

como conceito estruturante na luta pela integralidade<br />

e equidade na atenção em saúde. In: R.<br />

Pinheiro, & R. A. Mattos (Orgs.), Os Sentidos da Integralidade<br />

na Atenção e no Cuidado à Saúde (pp.<br />

117-130). Rio de Janeiro, RJ: IMS/UERJ/Abrasco.<br />

2. Certeau, M. A invenção do cotidiano. Trad.<br />

Ephraim Ferreira Alves. 9ª ed. Petrópolis RIO de<br />

JANEIRO, Vozes, 2003. 352p.<br />

3. Ciarlini, A. L. A. Direito à saúde e respeito à Constituição.<br />

In.: SANTOS, N. R.; AMARANTE, P. D. C. (Orgs.).<br />

Gestão Pública e relação pública privado na saúde. Rio<br />

de Janeiro Cebes, p. 87-100, 2010.<br />

4. Franco, T. B., Bueno, W. S., & Merhy, E. E. (1999).<br />

O Acolhimento e os processos de trabalho em saúde:<br />

o caso de Betim, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de<br />

Saúde Pública, 15(2), 345-353.<br />

5. Luz, M. T. Novos saberes e práticas em saúde<br />

coletiva: estudo sobre racionalidades médicas e<br />

atividades corporais. São Paulo, Hucitec, 2003.<br />

6. Mângia, E. F., Souza, D. C., Mattos, M. F., &<br />

Hidalgo, V. C. (2002). Acolhimento: Uma Postura,<br />

uma Estratégia. Revista de Terapia Ocupacional da<br />

Universidade de São Paulo, 13(1), 15-21.<br />

7. Mattos, R. A. (2003). Os Sentidos da Integralidade:<br />

Algumas Reflexões acerca de Valores que<br />

merecem ser defendidos. In: R. Pinheiro, & R. A.<br />

Mattos (Orgs.), Os Sentidos da Integralidade na<br />

Atenção e no Cuidado à Saúde (pg. 43 - 68). Rio de<br />

Janeiro, RJ: IMS/UERJ/Abrasco.<br />

8. Merhy, E. E., & Onocko R. (1997). Agir em<br />

Saúde: Um Desafio para o Público. São Paulo, SP:<br />

Hucitec.<br />

9. Mezzomo, J. C. Gestão da qualidade na saúde:<br />

princípios básicos. Barueri, Manole, 2001.<br />

10. Oliveira, S. A. V. T. Valor pré-analítico para<br />

amostras de sangue/ Suzimara Aparecida Vicente<br />

Tertulizano de Oliveira. SILVA, L. C. S. São Paulo><br />

SARVIER, 2015. (coleção coleta de sangue)<br />

11. Pasche, D. F. (2010). Humanizar a formação<br />

para humanizar o SUS. In Ministério da Saúde,<br />

Cadernos HumanizaSUS (PP. 64-71). Brasília, DF:<br />

Ministério da Saúde.<br />

12. Silveira, M. F. A., Felix, L. G., Araújo, D. V., &<br />

Silva, I. C. (2004). Acolhimento no Programa de<br />

Saúde da Família: Um caminho para Humanização<br />

da Atenção à Saúde. Cogitare Enfermagem, 9(1),<br />

71-78.<br />

12.Trad, L. A. B., & Esperidião, M. A. (2010).<br />

Sentidos e Práticas da Humanização na Estratégia<br />

de Saúde da Família: a Visão de Usuários em seis<br />

Municípios do Nordeste. Physis: Revista de Saúde<br />

Coletiva, 20(4), 1099-117.<br />

Silvana Nezir da Silva<br />

Coordenadora de Atendimento.<br />

Graduação em Administração de Recursos Humanos UNIVALI.<br />

Caroline de Cássia Ramos de Souza<br />

Coordenadora de Atendimento.<br />

Graduação em Administração de Recursos Humanos UNIVALI.<br />

0 88<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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Tel.: (11) 3445-5418<br />

contato@bioadvancediag.com.br<br />

www.bioadvancediag.com.br<br />

0 90<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


INFORME DE MERCADO<br />

FirstLab Apresenta Linha de Equipamentos<br />

A FirstLab inova em seu portfólio mais uma vez e<br />

traz ao mercado sua linha de equipamentos voltados<br />

para a área de análises clínicas. Nesse primeiro<br />

momento, os produtos oferecidos serão centrífugas.<br />

“Estamos entrando no mercado de equipamentos<br />

com produtos que visam o custo - benefício e qualidade<br />

para o nosso cliente.” Complementa Francielle<br />

Rudiniki do departamento de desenvolvimento de<br />

produtos da FirstLab.<br />

A primeira novidade é a Centrífuga de Bancada<br />

5000rpm (swing-out). Seu grande diferencial é a<br />

múltipla combinação de rotores* de ângulo fixo ou<br />

variável (swing-out), e a diversidade na capacidade,<br />

desde tubos de 5ml até 100 mL, atendendo as diversas<br />

rotinas laboratoriais. É um equipamento de médio<br />

porte com operação fácil, prática e segura. Além<br />

de apresentar nível de ruído extremamente baixo.<br />

A Centrífuga 8 x 15 mL também compõe o portfólio.<br />

Amplamente utilizadas para o diagnóstico<br />

in vitro, é um equipamento prático, estável e de<br />

fácil manuseio. Display em LCD, permite a troca<br />

de velocidade entre RPM e RCF, rotor fixo e botão<br />

para centrifugações curtas e rápidas.<br />

Temos o compromisso de proporcionar um<br />

atendimento ágil, transparente e personalizado.<br />

Por isso todos os clientes FirstLab podem contar<br />

com a equipe da Assessoria Científica e do<br />

Departamento Técnico para esclarecimentos e<br />

auxílio na busca da melhor solução para a rotina<br />

do seu laboratório ficar ainda mais fácil e rápida.<br />

* Rotores vendidos separadamente<br />

Saiba mais sobre os<br />

produtos FirstLab :: www.firstlab.ind.br<br />

atendimento@firstlab.ind.br | 0800 710 0888<br />

Transplante renal: portaria faz recomendação importante antes de<br />

diminuição de imunossupressores<br />

Atualmente em vigor, a Portaria SASMS nº<br />

172/2014 recomenda “pesquisar outras causas<br />

à diarreia antes de atribuí-la ao Micofenolato”.<br />

Para que este manejo seja possível há a necessidade<br />

de um diagnóstico rápido e preciso na<br />

identificação ou mesmo exclusão dos patógenos<br />

envolvidos nestes quadros diarreicos.<br />

Os quadros de diarreia são comuns em pacientes<br />

transplantados tendo sua origem como<br />

efeito colateral ao uso de imunossupressores<br />

ou estar relacionado com alguma etiologia por<br />

microrganismos.<br />

A diminuição da dose diária de imunossupressores<br />

é uma prática comum e eficaz, porém,<br />

quando não direcionada adequadamente pode<br />

colocar em risco a sobrevida do enxerto bem<br />

como a vida do paciente, uma vez que baixas<br />

doses de imunossupressores, mesmo que por<br />

poucos dias estão relacionadas com o surgimento<br />

de anticorpos anti-HLA denovo (DSA pós<br />

transplante).<br />

A Mobius Life Science oferece soluções para<br />

diagnóstico de gastroenterites por PCR em tempo<br />

real. O kit XGEN Multiplex Gastroenterite Viral<br />

e o kit XGEN Multiplex Gastroenterite Bacteriana<br />

realizam a detecção dos principais vírus e bactérias<br />

causadores de quadros diarreicos. A tecnologia<br />

multiplex permite que vários agentes<br />

sejam identificados em um único exame, com<br />

uma única amostra.<br />

Mobius Life Science<br />

0800 710 1850<br />

comercial@mobiuslife.com.br<br />

0 92<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Dosagem de Zinco - Estudo comparativo entre método colorimétrico<br />

Dosagem de Zinco - Estudo comparativo entre método colorimétrico e<br />

e espectrofotometria de absorção atômica por chama<br />

espectrofotometria de absorção atômica por chama<br />

O Lab Rede incluiu em seu menu de exames a mensuração do zinco colorimétrico que demonstrou<br />

O Lab Rede incluiu em seu menu de exames a mensuração do zinco colorimétrico que demonstrou excelente<br />

comparabilidade com método excelente de referência. comparabilidade com método de referência.<br />

Introdução<br />

O Introdução<br />

zinco é um micronutriente essencial à<br />

homeostase O zinco é humana. micronutriente Participa essencial na divisão à homeostase<br />

crescimento humana. Participa e desenvolvimento,<br />

na divisão celular,<br />

celular,<br />

na crescimento transcrição e desenvolvimento, genética, estabilizador na transcrição de<br />

estruturas genética, de estabilizador membranas de estruturas e componentes de membranas<br />

e componentes<br />

celulares, além da<br />

celulares,<br />

função<br />

além<br />

imune<br />

da função<br />

imune e desenvolvimento cognitivo. Sabe-<br />

e<br />

desenvolvimento cognitivo. Sabe-se que o<br />

zinco exerce diversas outras funções<br />

orgânicas, -se que o zinco principalmente exerce diversas outras por funções ser<br />

constituinte orgânicas, principalmente de mais por ser de constituinte 300<br />

metaloenzimas. de mais de 300 metaloenzimas.<br />

Assim, sua ação é<br />

amplamente Assim, sua ação distribuída é amplamente em distribuída todos os em<br />

sistemas todos os do sistemas organismo, do organismo, desde a desde fase a de fase<br />

embriogênese de embriogênese até até a a senescência. Seu Seu papel<br />

papel antioxidante também é reconhecido,<br />

antioxidante também é reconhecido, como<br />

como componente estrutural da enzima<br />

superoxidodismutase.<br />

componente estrutural da<br />

Sua<br />

enzima<br />

deficiência<br />

superoxidodismutase.<br />

causar Sua alterações deficiência fisiológicas pode causar como, altera-<br />

pode<br />

hipogonadismo, ções fisiológicas como, danos hipogonadismo, oxidativos, danos<br />

alterações oxidativos, alterações do sistema do sistema imune, imune, danos danos<br />

neuropsicológicos e dermatites.<br />

A dosagem A dosagem do zinco zinco no no sangue sangue é o indicador é o<br />

indicador bioquímico recomendado pela<br />

bioquímico recomendado pela Organização<br />

Organização Mundial da Saúde para<br />

Mundial da Saúde para avaliar o status de zinco<br />

avaliar o status de zinco nas populações.<br />

Tem nas se populações. observado crescimento da procura<br />

pela Tem mensuração se observado laboratorial crescimento do da zinco procura<br />

para pela avaliação mensuração do laboratorial estado do nutricional zinco para avaliação<br />

do estado deste nutricional micronutriente. e deficiência deste<br />

e<br />

deficiência<br />

micronutriente.<br />

Objetivos<br />

Seguindo Objetivos critérios da qualidade, para a<br />

inclusão Seguindo da critérios dosagem da qualidade, de zinco para em a seu inclusão<br />

da dosagem de zinco em seu menu de exa-<br />

menu de exames, a equipe Lab Rede<br />

desenvolveu trabalho interno para<br />

validação mes, a equipe de Lab método Rede desenvolveu colorimétrico. trabalho O<br />

objetivo interno para desta validação publicação de método é relatar colorimétrico. os<br />

resultados O objetivo do desta estudo publicação comparativo é relatar os entre resultados<br />

estudo colorimétrico comparativo entre o e método a co-<br />

o<br />

método<br />

espectrofotometria lorimétrico e a espectrofotometria de absorção de atômica absorção<br />

por atômica chama, por chama, considerado considerado referência de referência<br />

para a análise.<br />

para a análise.<br />

Material<br />

Material<br />

e métodos<br />

e métodos<br />

O zinco foi dosado em 20 amostras de<br />

O zinco foi dosado em 20 amostras de soro,<br />

soro, conservadas entre 2-8°C em tubo<br />

desmineralizado, conservadas entre 2-8°C pelos em tubo desmineralizado,<br />

pelos métodos, 5-Br-PAPS colorimétrico da Kovalent® 5-Br-PAPS e<br />

métodos,<br />

colorimétrico<br />

por da Kovalent® Espectrofotometria e por Espectrofotometria de Absorção de<br />

Atômica por Chama – in house. Os dados<br />

foram Absorção Atômica submetidos por Chama à – análise in house. de Os<br />

comparação dados foram submetidos quantitativa à análise e qualitativa de comparação<br />

quantitativa pelo software e qualitativa EP de Evaluator® métodos pelo v<br />

de<br />

métodos<br />

12.0.0.11, software EP tendo Evaluator® sido v usado 12.0.0.11, Estatística tendo sido de<br />

Regressão usado Estatística de Deming, de Regressão considerando Deming, considerando<br />

erro<br />

total permitido<br />

erro total permitido<br />

13,5%<br />

13,5%<br />

conforme<br />

especificação desejável da qualidade, e<br />

especificação desejável da qualidade, e Kappa.<br />

Kappa.<br />

Resultados<br />

Resultados<br />

Os<br />

Os resultados<br />

resultados<br />

obtidos<br />

obtidos<br />

pelo método<br />

pelo<br />

colorimé-<br />

método<br />

colorimétrico mostraram mostraram boa correlação boa quantitativa<br />

correlação<br />

quantitativa com os resultados com da os espectrofotometria resultados da de<br />

espectrofotometria absorção atômica por chama. de absorção atômica<br />

por A chama. análise de todas as amostras apresentou<br />

A coeficiente análise de correlação de todas R=0,95, as com amostras 100%<br />

apresentou coeficiente de correlação<br />

das amostras dentro da variação de erro total<br />

R=0,95, com 100% das amostras dentro<br />

permitido, mostrando resultados algo superior<br />

no método resultados colorimétrico. algo O índice superior de erro no<br />

da variação de erro total permitido,<br />

mostrando<br />

método médio (Y-X) colorimétrico. / TEa foi de 0,14, O índice com intervalo de erro de<br />

médio -0,56 a 0,96. (Y-X) / TEa foi de 0,14, com<br />

intervalo de -0,56 a 0,96.<br />

ESTATÍSTICA DE REGRESSÃO DE DEMING<br />

ESTATÍSTICA Y = INCLINAÇÃO DE REGRESSÃO * X + INTERCESSÃO DE DEMING<br />

Y = COEF INCLINAÇÃO DE CORRELAÇÃO * X + INTERCESSÃO 0,95<br />

COEF INCLINAÇÃO DE CORRELAÇÃO 0,95 1,00 (0,83 a 1,16)<br />

INTERCESSÃO 1,30 (-11,67 a 14,28)<br />

INCLINAÇÃO 1,00 (0,83 a 1,16)<br />

ERRO PADRÃO 3,99<br />

INTERCESSÃO N 1,30 20 (-11,67 a 14,28)<br />

ERRO PADRÃO 3,99<br />

N Descrição do experimento 20<br />

MÉTODO X MÉTODO Y<br />

Descrição RANGE do experimento 57,3 – 106,7 64,7 - 108,7<br />

MÉDIA + SD MÉTODO 78,6 – 11,8 X MÉTODO 79,9 – 11,8 Y<br />

RANGE SD: Desvio padrão 57,3 – 106,7 64,7 - 108,7<br />

MÉDIA + SD 78,6 – 11,8 79,9 – 11,8<br />

Na comparação qualitativa, observou-se<br />

SD: Desvio padrão<br />

concordância de 90% (69,9 a 97,2%) entre<br />

os métodos, com coeficiente Kappa 60,8%<br />

Na (9,2 comparação a 112,3%). qualitativa, Foram considerados<br />

observou-se<br />

concordância positivos os de resultados 90% (69,9 inferiores a 97,2%) à entre faixa os de<br />

métodos, referência com de coeficiente cada método, Kappa para 60,8% avaliação (9,2 a<br />

112,3%). deficiência Foram do considerados micronutriente positivos zinco. os resultados<br />

inferiores à faixa de referência de cada<br />

Referência Referência Total<br />

método, para avaliação<br />

Negativo<br />

deficiência<br />

Positivo<br />

do micronutriente<br />

Teste zinco. 16 1 17<br />

Negativo Referência Referência<br />

Total<br />

Teste Negativo 1 Positivo 2 3<br />

Teste Positivo<br />

Negativo Total 16 17 1 3 1720<br />

Teste<br />

Positivo Conclusão 1 2 3<br />

Total No presente 17 estudo, 3 o método 20<br />

colorimétrico mostrou-se comparável à<br />

espectrofotometria de absorção atômica<br />

Conclusão por chama e adequado para a dosagem do<br />

No zinco presente na rotina estudo, laboratorial. o método colorimétrico<br />

mostrou-se comparável à espectrofotometria<br />

de absorção Assessoria atômica por Científica chama e adequado Lab Rede<br />

para a dosagem do zinco na rotina laboratorial.<br />

Referências<br />

1. Nutr. clin. diet. hosp. 2018; 38(2):133-138<br />

Referências<br />

2. Nutrire. 2015; 40(3):397-408<br />

1. Nutr. clin. diet. hosp. 2018; 38(2):133-138<br />

460<br />

2. Nutrire. 2015; 40(3):397-408<br />

4. Nutrients. 2015, 7:3252-32<br />

3. Food and Nutrition Bulletin. 2016; 37(4) 443-460<br />

4. Nutrients. 2015, 7:3252-32<br />

3. Food and Nutrition Bulletin. 2016; 37(4) 443-<br />

Assessoria Científica Lab Rede<br />

31 25149-7500<br />

www.labrede.com.br<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 93


INFORME DE MERCADO<br />

NEOLAB apresenta linha completa de Placas de Petri<br />

homenagem feita ao bacteriologista alemão<br />

Julius Richard Petri (1852 – 1921).<br />

Possuímos uma linha completa de Placas de<br />

Petri, confira:<br />

• 60x15mm<br />

• 60x15mm RODAC<br />

• 90x15 mm<br />

• 90x15mmcom 2 compartimentos<br />

• 90x15mm com 3 compartimentos<br />

• 150x15mm<br />

A placa de Petri é uma peça de vidro ou plástico,<br />

de formato idêntico a um pequeno prato<br />

de bordas verticais (ver figura). São utilizadas<br />

em laboratórios de microbiologia e rotinas de<br />

bacteriologia para cultura e identificação de<br />

microrganismos.<br />

As placas de Petri amplamente usadas em laboratório<br />

de microbiologia são de plástico (poliestireno)<br />

descartáveis, o que facilita o trabalho<br />

e diminui risco de contaminação uma vez que<br />

são descartadas logo após o uso.<br />

As placas de Petri devem o seu nome a uma<br />

Tamanhos disponíveis da linha NEOPLAST<br />

(todas vendidas em pacotes com 10 unidades<br />

ESTÉREIS).<br />

Conheça também a linha de<br />

descartáveis NEOPLAST acessando<br />

www.neolabimport.com.br ou<br />

entre em contato através do email<br />

neolabimport@neolabimport.com.br.<br />

0 94<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


INFORME DE MERCADO<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 95


INFORME DE MERCADO<br />

Manutenção da Integridade Microbiana na Água Pura<br />

Apesar da água muito pura ser um ambiente<br />

extremamente difícil, com um conteúdo mínimo<br />

de nutrientes - após a remoção das impurezas<br />

químicas orgânicas e inorgânicas da água -,<br />

ainda pode ocorrer crescimento bacteriano. Os<br />

vestígios residuais de impurezas ou detritos de<br />

bactérias mortas podem funcionar como fonte<br />

de alimento e biofilmes. As bactérias em si não<br />

são o único problema: elas também produzem<br />

endotoxinas e nucleases.<br />

Várias tecnologias de purificação removem<br />

ou degradam as bactérias e os respectivos<br />

produtos secundários. A resina de troca aniônica<br />

inativa as bactérias e, assim como a retenção<br />

de uma membrana osmose reversa, ambas<br />

podem reduzir o total viável em mais de 95. As<br />

moléculas com carga, tais como endotoxinas,<br />

são efetivamente atraídas por ânions e resinas<br />

de leito misto durante a maior parte do<br />

tempo de vida útil da resina. Os microfiltros e<br />

ultramicrofiltros, com cortes de 0,2 e 0,05 μm<br />

respectivamente, são excelentes para remover<br />

microrganismos, mas menos eficazes para<br />

remover endotoxinas.<br />

A exposição à luz ultravioleta é também<br />

muito eficaz na destruição de microrganismos.<br />

Já a combinação da fotoxidação com 185 nm de<br />

luz UV, seguida de um ultrafiltro, remove bem<br />

as bactérias, bem como endotoxinas e enzimas,<br />

como nucleases.<br />

Para mais informações: (11) 3888-8800<br />

Watertech.marcom.lata@veolia.com<br />

www.veoliawatertech.com/latam<br />

Leucemia Linfocítica Crónica<br />

Teste de prognóstico e estratificação de risco<br />

Com o surgimento de tecnologias moleculares<br />

e os avanços contínuos nas opções de tratamento,<br />

é fundamental que sejam realizados<br />

os testes corretos nos pacientes com Leucemia<br />

Linfocítica Crónica (LLC) antes do tratamento.<br />

No mundo de hoje, isto significa que a citometria<br />

de fluxo pode ser aplicada a propósitos<br />

mais clínicos fora do diagnóstico padrão, e os<br />

médicos precisam garantir que eles solicitam<br />

os testes de prognóstico corretos. Diretrizes<br />

recentes e ensaios clínicos destacam o valor<br />

da avaliação de mutações em IGHV e TP53 antes<br />

do tratamento de pacientes com LLC, para<br />

além dos testes FISH.<br />

Os testes à LLC na Mayo Clinic fornecem<br />

uma importante determinação prognóstica e<br />

auxiliam os médicos na atribuição da estratificação<br />

de risco apropriada para que possam<br />

tomar decisões de tratamento informadas<br />

para cada paciente. A nossa oferta abrangente<br />

de testes também respeita todos os requisitos<br />

das recomendações da National Comprehensive<br />

Cancer Network (NCCN) e do LLC-Índice de<br />

Prognóstico Internacional (LLC-IPI) relativas à<br />

estratificação de risco apropriada.<br />

Testes em destaque<br />

Molecular<br />

• IGH Somatic Hypermutation Analysis,<br />

B-Cell Chronic Lymphocytic Leukemia (B-CLL)<br />

(Mayo ID: BCLL)<br />

• Hematologic Neoplasms, TP53 Somatic<br />

Mutation, DNA Sequencing Exons 4-9 (Mayo<br />

ID: P53CA)<br />

FISH<br />

• Chronic Lymphocytic Leukemia (CLL), FISH<br />

(Mayo ID: CLLF)<br />

• Small Lymphocytic Lymphoma, FISH<br />

(Mayo ID: SLL)<br />

Citometria de fluxo<br />

• CLL Monitoring Minimal Residual Disease<br />

(MRD) Detection (Mayo ID: CLLMV)<br />

Para obter mais informações<br />

Site: mayocliniclabs.com<br />

E-mail: mclglobal@mayo.edu<br />

Tel.: +1-855-379-3115<br />

0 96<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


INFORME DE MERCADO<br />

Um Mês para Falar Sobre a Saúde do Homem<br />

A importância da campanha Novembro Azul e os exames disponíveis<br />

para detecção de doenças na próstata<br />

Seguindo a campanha do Outubro Rosa, o<br />

Novembro Azul surge com a ideia de trazer mais<br />

informação e conscientização para a saúde do<br />

homem, principalmente em relação às doenças<br />

causadas na próstata, a glândula do sistema<br />

reprodutor masculino. Há três doenças que<br />

podem ocorrer no órgão: prostatite, hiperplasia<br />

prostática benigna (HPB) e o câncer de próstata.<br />

A prostatite é uma inflamação na próstata<br />

e, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia<br />

(SBU), pode atingir até 30% dos homens. Embora<br />

não apresente muitos sintomas, é importante<br />

prestar atenção no aumento da vontade<br />

de urinar, em alterações na cor do sêmen e em<br />

desconfortos ou ardor na ejaculação. A hiperplasia<br />

prostática benigna é um tumor frequente<br />

e benigno e acontece por conta do aumento da<br />

próstata. Em geral, em homens de idade mais<br />

avançada, além do aumento de vontade de urinar,<br />

ocorre uma demora para iniciar a micção e<br />

uma falta de força do jato urinário.<br />

O câncer de próstata, a doença mais conhecida,<br />

é um tumor maligno que, segundo<br />

dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA),<br />

causou cerca de 15 mil mortes só em 2017.<br />

Além disso, estima-se que em 2018 foram<br />

mais de 68 mil novos casos registrados. A<br />

maioria dos pacientes não relata sintomas específicos,<br />

e grande parte deles são parecidos<br />

com os da HPB; por isso é importante manter<br />

uma rotina de exames, principalmente acima<br />

dos 60 anos – ou a partir dos 55, para aqueles<br />

que possuem fatores de risco.<br />

FATORES DE RISCO DO CANCER DE PROSTATA.<br />

HiSTÓRICO FAMILIAR COR DA PELE OBESIDADE<br />

CONSUMO DE<br />

ÁLCOOL E CIGARRO<br />

EXAMES<br />

Os exames mais comuns para a detecção de<br />

doenças prostáticas são os rastreadores do índice<br />

de antígeno prostático específico (PSA).<br />

Segundo Deivis Junior Paludo, gerente de<br />

relacionamento do Diagnósticos do Brasil, a<br />

oncologia junto com a genética consegue criar<br />

uma ferramenta que possibilita mapear casos<br />

hereditários do câncer. Com isso, fica mais fácil<br />

diagnosticá-lo precocemente ou identificar<br />

alterações genéticas específicas associadas a<br />

um maior risco de desenvolvimento de certos<br />

tumores. O especialista explica que, por ser um<br />

tipo de câncer muito comum entre os homens,<br />

a realização do exame PSA é obrigatória para<br />

maiores de 60 anos. “No início a doença não<br />

costuma apresentar sintomas, mas, na fase<br />

avançada, pode evoluir para dor óssea, complicações<br />

no sistema urinário, insuficiência renal e<br />

até óbito”, explica Deivis.<br />

O PSA é uma glicoproteína produzida pelo<br />

tecido da próstata e secreta no plasma seminal<br />

em níveis elevados. “É um importante marcador<br />

de alterações prostáticas e seu aumento é<br />

intimamente ligado a hiperplasia prostática<br />

benigna, neoplasias prostáticas e prostatites”,<br />

complementa Deivis. Além dos exames de PSA<br />

Total (PSAT) e PSA Livre (PSAL), o Diagnósticos<br />

do Brasil também oferece o PHI-PRO-PSA, que<br />

determina o índice de saúde da próstata. Refere-se<br />

a uma série de percursos inativos de PSA,<br />

sendo específico para tumores de próstata comparado<br />

a tecidos benignos.<br />

O valor do PRO-PSA é determinado juntamente<br />

com as concentrações de PSA livre e PSA total, o<br />

que permite calcular o índice de saúde prostático<br />

(PHI). Essa medida detecta com mais precisão o<br />

câncer de próstata em comparação com o PSA<br />

Total e o PSA Livre. Deste modo, evita-se a realização<br />

de biópsias desnecessárias ao paciente.<br />

Da mesma forma as instruções de preparo<br />

(pré-analítico) do paciente devem ser seguidas<br />

corretamente para evitarmos a ocorrência de<br />

falsos positivos e podem gerar interpretações<br />

equivocadas do resultado.<br />

Deivis dá ênfase na importância do exame:<br />

“Assim como qualquer outro tipo de câncer, o<br />

diagnóstico precoce é essencial. Manter os exames<br />

em dia e em equilíbrio com alimentação<br />

saudável e atividade físicas colabora para que<br />

os homens fiquem longe do risco de contrair o<br />

câncer de próstata”.<br />

Diagnósticos do Brasil<br />

Rua Manoel Ribas, 245. São José dos<br />

Pinhais . PR . 83010-030<br />

www.diagnosticosdobrasil.com.br<br />

0 98<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Lançamento do HistoPot 40 ml, para biopsias pequenas<br />

A biópsia é parte importante do processo<br />

de investigação de uma doença, pois fornece<br />

informações que contribuem para um diagnóstico<br />

preciso. Por isso, é muito importante que seja ágil<br />

e que não apresente dúvidas e erros no resultado.<br />

Pensando nisso, o HistoPot – importação<br />

exclusiva da Stra Medical - lançou no mercado<br />

um novo tamanho para biopsias pequenas, de<br />

40 ml, sendo o menor da linha. Isso garante<br />

ainda mais qualidade e segurança no transporte<br />

e armazenamento, além de otimizar as atividades<br />

laboratoriais, trazendo maior produtividade e<br />

redução de custos.<br />

Equipe seu laboratório com a melhor tecnologia<br />

em diagnóstico. HistoPot são frascos plásticos<br />

rígidos de excelente qualidade, antivazamento,<br />

pré-rotulados de diversos tamanhos, que contém<br />

Formol Tamponado 10%. Foram desenvolvidos<br />

para coleta, armazenamento e transporte de<br />

biópsias. Além de oferecer mais segurança aos<br />

profissionais envolvidos, pois não terão contato<br />

direto com o formol.<br />

Fabricado na Irlanda pela Serosep Ltd<br />

empresa certificada ISO:9001 e ISO:13485,<br />

detentora de quase 100% do mercado irlandês<br />

e com exportações para mais de 25 países, é<br />

considerada líder mundial no fornecimento<br />

deste tipo de produto.<br />

Stra Medical<br />

Gabriela Melo<br />

Tel: 47 3183-8211 - Cel: 47 9 9934 -0054<br />

Vendas7@stramedical.com.br<br />

www.histopot.stramedical.com.br<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Detecção e identificação de 28 genótipos de HPV<br />

com rapidez, permitindo um tratamento mais eficiente.<br />

uma redução expressiva no tempo de entrega<br />

de resultados, permitindo um diagnóstico rápido<br />

e preciso, gerando um aumento na eficiência<br />

laboratorial.<br />

Com tecnologia própria e soluções personalizáveis,<br />

a Seegene Brazil oferece uma ampla<br />

gama de produtos inovadores licenciados pela<br />

ANVISA, como os ensaios Anyplex II HPV28<br />

Detection e Anyplex II HPV HR Detection.<br />

Baseados na tecnologia MuDT de propriedade<br />

da Seegene, esses ensaios detectam, dife-<br />

renciam e quantificam simultaneamente 28 genótipos<br />

de HPV de alto e baixo risco, incluindo<br />

HPV 16 e HPV 18, apontados como os maiores<br />

fatores de risco para o câncer de colo do útero e/<br />

ou infecções sexualmente transmissíveis.<br />

Utilizados em conjunto com a exclusiva plataforma<br />

automatizada All in One, proporcionam<br />

Focada no mercado da América Latina, a<br />

subsidiária Seegene Brazil tem como objetivo<br />

se posicionar como líder no segmento de diagnóstico<br />

molecular, apresentando tecnologias e<br />

soluções que atendem às necessidades do mercado<br />

local.<br />

Saiba mais sobre a Seegene, conheça a<br />

plataforma All in One e toda a gama de<br />

produtos licenciados pela ANVISA:<br />

www.seegenebrazil.com.br<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 99


INFORME DE MERCADO<br />

Pré-lançamento da Plataforma LumiraDx<br />

A LumiraDx Brasil, participou do 53º<br />

Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/<br />

Medicina Laboratorial - SBPC realizado no<br />

Centro de Convenções Sul América na cidade do<br />

Rio Janeiro no período de 24 a 27 de setembro<br />

de 2019, realizando o pré-lançamento da<br />

Plataforma LumiraDx.<br />

O 53º Congresso SBPC contou com a audiência<br />

de mais de 4000 visitantes, participando os<br />

principais líderes de opinião, profissionais<br />

médicos, diretores de laboratórios, farmacêuticos,<br />

biomédicos, biólogos, entre outros.<br />

Um dos temas mais abordados foi a utilização<br />

de testes Point of Care Testing – POCT como<br />

tendência mundial abrindo novas fronteiras no<br />

Diagnóstico Remoto.<br />

Apresentamos a nossa plataforma LumiraDx,<br />

com um destaque especial, realizando a<br />

demonstração dos testes simulados, gerando<br />

muito interesse principalmente pela simplicidade<br />

de manuseio, agilidade e o promissor portfólio de<br />

testes que virão a seguir.<br />

A partir de março de 2020, serão realizados<br />

workshops nas principais cidades do Brasil,<br />

como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,<br />

Salvador, Manaus e Porto Alegre. Nestes<br />

eventos buscaremos agregar os clientes alvo<br />

e referências neste segmento, os quais irão<br />

discutir a importância da realização do teste INR<br />

e D-Dímero em plataforma POCT e estudos de<br />

correlação com equipamentos core labs.<br />

Para maiores informações ,<br />

entre em contato através do e-mail:<br />

faleconosco@lumiradx.com ou<br />

(11) 5181-8181<br />

Máxima precisão para manipulação de líquidos<br />

Qualidade com as Pipetas sorológicas da Greiner Bio-One<br />

Referência na fabricação de produtos para a<br />

realização de análises em laboratórios, a divisão<br />

de BioScience da Greiner Bio-One oferece um<br />

portfólio completo de produtos e consumíveis<br />

plásticos para as mais diversas finalidades.<br />

Entre as soluções estão as Pipetas Sorológicas,<br />

que carregam a qualidade da marca CELLSTAR®.<br />

Utilizadas na manipulação de líquidos em laboratórios<br />

químicos e biológicos, as Pipetas Sorológicas,<br />

são fabricadas em poliestireno com<br />

máxima transparência, utilizam código de cores<br />

de acordo com as normas internacionais e possuem<br />

indicação do volume em graduação negativa.<br />

Todas as pipetas sorológicas do portfólio<br />

são estéreis e produzidas sob rigorosos padrões<br />

de qualidade conferindo um certificado de ausência<br />

de RNase, DNase e DNA humano, além<br />

de não serem pirogênicas e citotóxicas.<br />

Outro destaque está no design drop-free, que<br />

evita a retenção da última gota no momento da<br />

dispensa e também possui filtro que protege<br />

contra sucção do líquido para dentro do dispositivo<br />

de pipetagem. A validade e lote também<br />

são impressos na embalagem.<br />

Versátil para diversas aplicações, estão disponíveis<br />

nos volumes de 1, 2, 5, 10, 25 e 50 mL.<br />

Para saber mais sobre este e outros<br />

produtos, acesse: www.gbo.com.br<br />

ou entre em contato: info@br.gbo.com.<br />

0 100<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


your power for health<br />

Pipetas Sorológicas<br />

Máxima precisão no manuseio de líquidos<br />

Fabricadas em poliestireno com alto grau de<br />

trasnparência<br />

Design drop-free: evita a retenção da última<br />

gota no momento da dispensa<br />

Com filtro para proteção contra sucção do<br />

líquido para dentro do dispositivo de<br />

pipetagem<br />

Indicação dos volumes em graduações<br />

negativas<br />

Código de cores de acordo com as normas<br />

internacionais<br />

Estéril<br />

Validade e lote impressos na embalagem<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />

Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/bioscience


INFORME DE MERCADO<br />

Celltac Es MEK-7300 Sensibilidade mínima de<br />

detecção de Flag para Grandes Células Imaturas<br />

As Grandes células imaturas (Blastos)<br />

normalmente não são encontradas no sangue<br />

periférico de indivíduos saudáveis, a não ser<br />

que haja metástases de câncer de medula ou<br />

a possibilidade de leucêmia estar presente.<br />

Para um diagnóstico clínico mais rápido e<br />

preciso, é importante notificar com precisão<br />

o médico da possibilidade de “Blastos” através<br />

do hemograma utilizando um analisador<br />

hematológico. O Celltac ES MEK-7300 da Nihon<br />

Kohden fornece um Flag “Blasts”, se possível, a<br />

presença e detecção de Grandes Células Imaturas<br />

na análise do hemograma. Para confirmar a<br />

sua sensibilidade, foi utilizada uma amostra<br />

de leucemia mielóide aguda (AML-M5a) que<br />

possui células Imaturas (Blastos) de 1.202 ×<br />

102 / μL (Figura 1). Então, essas células foram<br />

adicionadas a amostra de individuos saudáveis<br />

e processadas no Celltac ES MEK-7300.<br />

Resultados:<br />

Ao usar células imaturas adicionadas a amostras<br />

normais, foram confirmados a sensibilidade<br />

mínima detectável do Flag “Blasts” como mostra<br />

o gráfico de dispersão de um analisador de<br />

hematologia Celltac ES MEK-7300.<br />

À medida que o número de células imaturas<br />

(Blastos) nas amostras de indivíduos saudáveis<br />

aumentou, foi refletido no gráfico de dispersão do<br />

Celltac Es MEK-7300 gerando alarmes e Flag “Blasts”.<br />

Conclusão:<br />

Ao medir as amostras com células imaturas,<br />

adicionando-se 4,8 x 102 / μL de “Blastos” o<br />

Celltac Es MEK-7300 pode fornecer diagnóstico<br />

clínico mais rápido e preciso porque ele<br />

efetivamente detecta presença de células<br />

Imaturas em sangue periférico.<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />

Bairro Mauá – São Caetano do sul/SP<br />

CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700<br />

FAX: + 55 11 3044-0463<br />

fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Time de distribuidores exclusivos Nihon Kohden<br />

Sonhos não são apenas para a infância. Sohos<br />

significativos permanecem conosco toda a nossa<br />

vida e guiam nossas ações. Na Nihon Kohden,<br />

acreditamos em sonhadores pessoas que trabalham<br />

incansavelmente para fazer a diferença<br />

todos os dias e têm orgulho pessoal para garantir<br />

que cada paciente e profissional de saúde<br />

receba o cuidado que merece.<br />

Só não os chamamos de sonhadores.<br />

Nós os chamamos de heróis.<br />

A Nihon Kohden possui distribuidores excluivos<br />

em todo o Brasil e América Latina para<br />

garantir o melhor atendimento.<br />

Invista em tecnologia, confiança e excelência<br />

em serviços.<br />

Seja um Herói.<br />

Junte-se a Nihon Kohden!<br />

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0 102<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />

Telepatologia acessível a todos<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Muitos profissionais de laboratório que<br />

trabalham na área da hematologia já<br />

conhecem ou trabalham com a tecnologia<br />

CellaVision para a realização da contagem<br />

diferencial automatizada de leucócitos. O<br />

equipamento faz a leitura das lâminas e<br />

fornece ao analista uma pré-classificação dos<br />

leucócitos, bem como a pré-caracterização<br />

dos eritrócitos através da análise morfológica<br />

conduzida por inteligência artificial.<br />

Nos últimos quinze anos a morfologia celular<br />

digital tem se tornado uma realidade na maioria<br />

dos laboratórios de grande volume de amostras.<br />

Nestas instituições, é muito comum o acesso<br />

remoto aos analisadores CellaVision, onde um<br />

ou mais analistas acessam de forma remota as<br />

imagens das células dos pacientes que tiveram<br />

suas amostras selecionadas para a contagem<br />

diferencial. Este acesso remoto permite que<br />

colaboradores trabalhem remotamente,<br />

analisando amostras processadas em outro<br />

local, por exemplo, em um laboratório satélite,<br />

um hospital afastado dos grandes centros ou<br />

outro laboratório afiliado.<br />

Os benefícios da tecnologia CellaVision, antes<br />

disponível apenas para laboratórios de grande<br />

volume de amostras, agora estará disponível<br />

para laboratórios de todos os portes. Durante<br />

a edição deste ano do AACC, maior evento<br />

de análises clínicas do mundo, a CellaVision<br />

apresentou um novo equipamento de pequeno<br />

porte, o DC-1 - ideal para laboratórios com<br />

pequeno volume de amostras. O novo<br />

modelo processa uma lâmina por vez e possui<br />

todas as funcionalidades dos equipamentos<br />

CellaVision maiores. Desta forma, laboratórios<br />

pequenos também poderão contar com os<br />

recursos CellaVision, o que inclui o acesso<br />

remoto, permitindo a colaboração de analistas<br />

localizados em outros centros diagnósticos.<br />

Especialistas em morfologia poderão opinar<br />

ou até mesmo assinar casos processados<br />

em laboratórios afastados. A telepatologia<br />

aumenta a precisão dos exames e a atuação dos<br />

especialistas em morfologia celular. É notável<br />

a redução do tempo de entrega dos resultados<br />

(TAT), o incremento da acurácia diagnóstica e<br />

da produtividade e, sobretudo, da consistência,<br />

uma vez que o processo de contagem diferencial<br />

se torna padronizado.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market<br />

Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 103


INFORME DE MERCADO<br />

Analise sua Avaliação Mensal do Pro-Ex Direto na Tela<br />

do Computador e Use o Gráfico de Tendência – DRM. É Grátis!<br />

O PNCQ disponibiliza GRATUITAMENTE o<br />

Gráfico de Tendência para análise do Desvio<br />

Relativo à Média – DRM para os mais de 5.600<br />

Laboratórios Participantes.<br />

Nas Avaliações Mensais do Ensaio de<br />

Proficiência PRO-EX, além dos valores de<br />

Média, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação,<br />

cada analito recebe um conceito: B (Bom), A<br />

(Aceitável) ou I (Inaceitável) de acordo com o<br />

desvio relativo à sua média, comparada à média<br />

dos demais laboratórios que utilizam o mesmo<br />

método. O ideal é que este desvio (DRM) seja<br />

igual ou muito próximo de 0 (zero).<br />

Para um resultado de até 1 DP incidirá o<br />

conceito B; até 2 DP, receberá o conceito A;<br />

acima de 2DP, receberá o conceito I. Um DRM<br />

positivo significa que o DP está do lado superior<br />

do gráfico e, um DRM negativo, que o DP está<br />

do lado inferior do gráfico.<br />

Para acessar o Gráfico de Tendência, basta clicar<br />

no ícone ao lado do nome do analito e o gráfico<br />

aparecerá automaticamente! E posicionando o<br />

cursor do mouse sob o ponto do lote no gráfico,<br />

são exibidos o DRM e o Conceito (B, A ou I). Permite<br />

também salvar o arquivo em pdf e imprimir os<br />

relatórios de cada analito com todos os dados dos<br />

últimos 10 Lotes do PRO-EX. Também é possível<br />

acessar outros períodos e escolher centenas de<br />

constituintes de várias especialidades.<br />

Desta maneira, é possível acompanhar o<br />

desempenho do laboratório em cada analito,<br />

possíveis tendências, perda de precisão ou de<br />

exatidão. Os resultados inadequados, a investigação<br />

das causas e as ações tomadas para os resultados<br />

nos quais a proficiência não foi obtida, também<br />

devem ser registrados. A eficácia destas ações deve<br />

ser verificada na avaliação seguinte.<br />

Para mais informações, entre em<br />

contato com pncq@pncq.org.br.<br />

A J.R.EHLKE aposta em Nova linha de análise celular<br />

hematológica - Mindray - CAL 6000<br />

O CAL 6000 faz parte de uma nova geração em<br />

análise celular de hematologia, para bancada. A<br />

combinação de duas unidades de analisadores<br />

hematológicos BC-6000 ou BC-6200 (amostras<br />

de sangue total ou fluidos biológicos) e uma<br />

unidade de SC-120 (automação em distensão<br />

e corador de lâminas) perfaz a velocidade<br />

de 220 hemogramas/hora e 120 lâminas/<br />

hora. O CAL 6000 é um equipamento com<br />

três plataformas de carregamento e três<br />

plataformas de descarregamento contínuos<br />

com alta capacidade de amostras. As esteiras de<br />

carregamento dos analisadores hematológicos<br />

são bidirecionais, sendo uma patente Mindray.<br />

O primeiro analisador de hematologia permite<br />

a distribuição rápida de amostras, melhorando<br />

a eficiência e produtividade. Caso os resultados<br />

da amostra acionem os critérios, o carregador<br />

automático de cada analisador retornará os<br />

racks de amostra para verificação automática ou<br />

repetição de reflexo. Amostras de emergência<br />

são permitidas com resultados em tempo<br />

reduzido. Utilizando adaptador com patente<br />

própria, vários tipos de tubos são permitidos.<br />

Simplesmente seguindo 3 etapas de “load<br />

and go”, os usuários do SC-120 podem obter<br />

lâminas finalizadas que estão prontas para<br />

a revisão microscópica. As racks de tubos<br />

podem ser personalizadas em cores diferentes<br />

determinando os modos de teste específicos.<br />

As amostras STAT podem ser carregadas<br />

em modo aberto para diminuir o tempo de<br />

execução do teste ou em racks com prioridade.<br />

Ao mudar o status on-line para o off-line, os<br />

usuários podem desconectar cada analisador<br />

de hematologia da estação de trabalho e operar<br />

como uma unidade apenas.<br />

J.R.EHLKE<br />

Av. João Gualberto, 1.661 Juvevê -<br />

Curitiba-PR Cep: 8003-001<br />

Tel : +55 41 3352-2144<br />

www.jrehlke.com.br<br />

jrehlke@jrehlke.com.br<br />

0 104<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


INFORME DE MERCADO<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 105


INFORME DE MERCADO<br />

GTgroup - Tecnologia, Inovação, Segurança & Confiança<br />

Após dez anos de atuação no mercado de<br />

diagnóstico, é tempo de nos reinventarmos.<br />

Apresentamos a nova marca, o novo slogan;<br />

mas algo que não mudou é a nossa veia<br />

inovadora e a busca por oferecer ao mercado<br />

novas soluções e recursos, com tecnologia de<br />

ponta, para mantermos o lugar de referência no<br />

segmento laboratorial.<br />

E apesar de estarmos caminhando para<br />

o fim do ano, ainda temos novidades para<br />

contar. Nos próximos meses lançaremos uma<br />

nova linha de equipamentos de Bioquímica e<br />

Hematologia; são aparelhos mais modernos,<br />

com recursos e funcionalidades para trazer<br />

ainda mais eficiência e agilidade à rotina dos<br />

laboratórios de nossos clientes e parceiros.<br />

Além dos equipamentos pré-analíticos, e semiautomação<br />

para Coagulação e Urianálise que já<br />

se tornaram sucesso em vendas e recordistas<br />

em satisfação de nossos clientes.<br />

Se ainda não é um cliente, salientamos<br />

que estamos constantemente abertos à<br />

novas parcerias e oportunidades de negócio,<br />

e deixamos o convite para que venha nos<br />

conhecer mais de perto.<br />

Central de Vendas: (31) 3589-5000<br />

vendas@gtgroup.net.br<br />

Whatsapp: (31) 98786-6021<br />

Rua Mucuri, 255 - Floresta<br />

Belo Horizonte / MG<br />

SARSTEDT, seu Parceiro Global na Medicina e Ciência.<br />

O Grupo Sarstedt é uma empresa global<br />

com sede na Alemanha, na cidade de Nümbrecht<br />

e possui 15 unidades de produções<br />

em diferentes continentes: Europa, Américas<br />

e Oceania.<br />

Com presença no Brasil há mais de 20 anos,<br />

nossas unidades de negócios abrangem as<br />

mais importantes e inovadoras soluções e<br />

serviços aos mercados de Medicina e Ciência,<br />

destacando-se seus projetos de alta performance<br />

para Diagnósticos, Automações Laboratoriais,<br />

Lifesciences, Saúde Animal/Medicina<br />

Veterinária, Bancos de Sangue e Hospitais.<br />

Fornecemos automação laboratorial para<br />

as fases pré e pós-analítica para laboratórios<br />

clínicos, unidades hospitalares, pesquisas e<br />

indústrias através de seus produtos de altíssima<br />

qualidade e excelentes relação custo-benefício<br />

aliados ao seu inovador sistema<br />

de coleta de sangue<br />

S-Monovette® que proporciona coletas de<br />

materiais biológicos de forma fechada, rápida<br />

e totalmente segura através de sua exclusiva<br />

técnica combinada de coletas.<br />

Salientamos ainda a metodologia por aspiração<br />

que reduz hemólises, amostras coaguladas<br />

e melhora os índices e indicadores<br />

de produtividades laboratoriais, proporcionando<br />

conforto e segurança aos pacientes,<br />

clientes e profissionais.<br />

Para saber mais, acesse:<br />

www.sarstedt.com<br />

0 106<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


digraf.com.br<br />

Solução certa para<br />

reduzir amostras<br />

hemolisadas<br />

PARE<br />

S-Monovette ®<br />

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Sistema rápido, fechado e seguro<br />

Ideal para todos os perfis de pacientes<br />

Minimiza taxas de hemólise e outros problemas<br />

Reduz a repetição da coleta de sangue<br />

Coleta humanizada e cuidado com o paciente<br />

Redução de custos e tempo<br />

Soluções e Sistemas para Medicina Diagnóstica: Automação, Consumíveis e Aplicações<br />

www.sarstedt.com<br />

SARSTEDT LTDA<br />

Rodovia Marechal Rondon, Km 126<br />

CEP 18540-000 - Porto Feliz - SP<br />

Tel: +55 11 4152-2233


INFORME DE MERCADO<br />

Teste Rápido Sangue Oculto Fecal<br />

WAMA DIAGNÓSTICA SEM DIETA!!!<br />

de anticorpos monoclonais anti-hemoglobina<br />

humana. Por ser um teste que utiliza anticorpos<br />

monoclonais anti-hemoglobina humana, não<br />

existe a necessidade de dieta do paciente para<br />

coleta da amostra.<br />

A presença de sangue nas fezes pode ser uma<br />

manifestação precoce de câncer no trato gastrointestinal<br />

e é frequentemente investigada<br />

em pacientes portadores de anemia por deficiência<br />

de ferro. Portanto, a detecção de sangue<br />

nas fezes é uma importante ferramenta para<br />

o diagnóstico e acompanhamento de certas<br />

doenças como essas. Sangramentos anormais<br />

podem ocorrer de qualquer local, desde o estômago<br />

até o reto. O câncer colorretal é o terceiro<br />

tipo de câncer mais comum e a quarta causa de<br />

morte por câncer no mundo, com 1,2 milhões<br />

de novos casos e 600.000 mortes estimadas<br />

por ano. No Brasil, estima-se o aparecimento de<br />

35.000 novos casos e 15.000 mortes por ano. A<br />

maioria dos casos se desenvolve a partir de um<br />

pólipo adenomatoso benigno cujo crescimento<br />

lento pode ultrapassar 10 anos. Esse longo<br />

período permite que muitas das lesões sejam<br />

detectadas e removidas em um estágio precoce.<br />

Somente 5% dos pólipos tornam-se malignos.<br />

O teste para sangue oculto auxilia na detecção<br />

do câncer gastrointestinal e pólipos adenomatosos<br />

sangrantes através da identificação<br />

do sangue oculto nas fezes para posterior investigação<br />

por colonoscopia. Diversos são os<br />

métodos utilizados para detectar a presença de<br />

sangue oculto nas fezes.<br />

O kit Imuno-Rápido SANGUE OCULTO FECAL<br />

da WAMA Diagnóstica é um teste imunocromatográfico<br />

de fase sólida de ótima sensibilidade<br />

e especificidade que utiliza uma combinação<br />

Imuno-Rápido Sangue Oculto Fecal<br />

- Utiliza anticorpos monoclonais altamente<br />

purificados.<br />

- Altíssima especificidade: sem interferência<br />

alimentar (SEM DIETA!).<br />

- Não invasivo.<br />

- Fácil execução.<br />

- Sem necessidade de preparo prévio do paciente.<br />

- Apresentação: 10, 20, 40 e 80 testes.<br />

- Registro no Ministério da Saúde (nº<br />

10310030084).<br />

- Assessoria técnica e científica para todo o Brasil.<br />

#WamaDiagnostica - #ImunoDiagnostico<br />

#SangueOculto - #TesteRapido - #reagentes<br />

Relacionamento Wama Diagnóstica:<br />

Tel: +55 16 3377.9977<br />

SAC: 0800 772 9977<br />

wamadiagnostica.com.br<br />

atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />

0 108<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


INFORME DE MERCADO<br />

Novo Analizador Yumizen H550<br />

Hematologia em todos os lugares e além<br />

A HORIBA Medical apresenta o<br />

Yumizen H550, o mais novo<br />

membro da família de analalizadores<br />

hematológicos Yumizen. Baseado<br />

em tecnologias comprovadas<br />

e inovadoras, o Yumizen H550<br />

responde à necessidade de um<br />

analisador robusto e não requer<br />

manutenção do usuário.<br />

O Yumizen H550 é um sistema de<br />

hematologia compacto com carregamento<br />

automático integrado de rack<br />

de amostra. Ele fornece ao operador<br />

uma capacidade total de 40 tubos<br />

com carga contínua. Baseado em<br />

tecnologias comprovadas e inovadoras,<br />

o Yumizen H550 responde à<br />

necessidade de um analisador robusto<br />

e não requer manutenção do usuário.<br />

A fim de garantir um processo<br />

confiável, o Yumizen H550 permite a<br />

homogeneização automática de rack<br />

e Identificação positiva de tubos. As<br />

racks de 10 tubos são compatíveis<br />

com o Yumizen H1500 / 2500.<br />

Rapidez nos Resultados<br />

Software de tela touchscreen de fácil utilização.<br />

Menus abrangentes com gráficos e flags.<br />

Fácil manuseio com treinamento mínimo do operador.<br />

Sistema especialista em alarmes para o guia de interpretação.<br />

Características Exclusivas<br />

- Apenas 3 reagentes: Diluent, Cleaner e Whitediff®,<br />

- Baixo consumo e gerenciamento de regentes,<br />

- O Whitediff® é um reagente exclusivo de lise isento de cianeto para<br />

medição de HGB e contagem e diferencial WBC.<br />

- Com base na micro-amostragem de 20 µL de sangue total, o Yumizen H550 pode executar qualquer tipo de<br />

amostra de sangue, incluindo pediatria.<br />

- 27 parâmetros com WBC completo e 6 Diferencial : LYM%#, MON %#, NEU %#, BAS %#, EOS#% and LIC%#<br />

(Células grandes imaturas).<br />

- Parâmetros específicos para diagnóstico de anemias por deficiência de ferro e distúrbios por PLT: RDW-CV,<br />

RDW-SD, P-LCC, P-LCR.<br />

HORIBA Instruments Brasil Ltda.<br />

Rua Presbítero Plínio Alves de Souza, 645<br />

Loteamento Multivias - Jardim Ermida II<br />

CEP 13.212-181 - Jundiaí - SP<br />

Tel.: +55 11 2923 5400<br />

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www.horiba.com/br/medical/<br />

0 110<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


A nossa tecnologia fazendo opções<br />

mais inteligentes para o seu laboratório.<br />

Além de equipamentos cada dia mais inovadores, a tecnologia<br />

Horiba oferece muito mais valor agregado ao seu laboratório. Isso<br />

porque permite menor consumo de reagentes, além de resultados<br />

mais rápidos e precisos. É o DNA da Horiba presente na linha mais<br />

revolucionária de hematologia.<br />

Acesse e conheça: www.horiba.com/br/medical<br />

Paixão, ciência e tecnologia estão em tudo que fazemos.


INFORME DE MERCADO<br />

O Grupo Prime Cargo sempre atento e acreditando no mercado nacional<br />

e internacional realiza frequentemente massivos investimentos em suas<br />

instalações e filiais.<br />

Contando com estrutura de 7000mts² em<br />

Barueri - SP, e filiais em pontos estratégicos por<br />

todo território nacional, sendo eles totalmente<br />

adequados ao segmento médico-laboratório-<br />

-hospitalar, o Grupo Prime Cargo disponibiliza<br />

aos seus clientes um novo conceito em transporte<br />

e armazenagem, que segue em conformidade<br />

com as boas práticas exigidas pelas<br />

diretrizes.<br />

Dispondo de áreas técnicas, laboratórios para<br />

manutenção de equipamentos e espaço para<br />

treinamento de equipes, a PRIME inova mais<br />

uma vez no atendimento e velocidade nos processos.<br />

O investimento em pessoal é constante com<br />

treinamentos, atualizações de equipamentos e<br />

materiais, isso faz com que além de atender os<br />

prazos, seja feito com qualidade e segurança,<br />

contando com todas as certificações e adequações<br />

necessárias como a ISO9001 (Matriz)<br />

e ANVISA.<br />

O que é a CP 343/2017?<br />

A CP 343/2017 da Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária se refere às boas práticas de<br />

armazenagem e transporte e tem o intuito de<br />

promover maior controle da cadeia produtiva,<br />

garantindo a qualidade dos medicamentos em<br />

todas as etapas de transporte, distribuição e armazenamento.<br />

As alterações e novidades abordadas nessa<br />

Consulta Pública vieram para harmonizar os requerimentos<br />

sanitários da Anvisa com aqueles<br />

definidos nas diversas diretrizes internacionais.<br />

Portanto, agora mais do que nunca, os gestores<br />

das empresas embarcadoras, precisam realizar<br />

processo de Qualificação de Fornecedores<br />

de forma a garantir a integridade do produto<br />

farmacêutico de ponta a ponta.<br />

Em fevereiro de 2019, a Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária, inclusive, promoveu o Diálogo<br />

Setorial, justamente para apresentar as<br />

alterações na CP 343/2017, além de ouvir as<br />

considerações e preocupações dos empresários,<br />

especialistas e técnicos do setor.<br />

Foram enviadas 445 contribuições pelos participantes,<br />

que receberam a versão prévia da<br />

publicação, bem como as alterações do texto<br />

inicial com todas as sugestões e comentários<br />

recebidos.<br />

Com o texto consolidado, a norma reduziu a<br />

quantidade de artigos de 127 para 90.<br />

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Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />

0 113


ANALOGIAS EM MEDICINA<br />

Fig. 1 - Lesões bolhosas na pele. Disponível em<br />

www.saudedica.com.br/penfigo-o-que-e-causas-sintomas-e-tratamentos,<br />

acesso em 11/09/2019.<br />

Fogo Selvagem<br />

Segundo o tratado de Dermatologia de Sampaio<br />

e Rivitti, 3ª edição, São Paulo, a palavra<br />

pênfigo (do grego= bolha) foi inicialmente<br />

usada para designar doenças bolhosas. Atualmente,<br />

refere-se a um grupo de doenças<br />

com comprometimento da pele e, às vezes, de<br />

mucosa, que tem como característica comum<br />

a presença de bolhas intra-epidérmicas cheias<br />

de líquido. As formas clínicas mais comuns são<br />

o pênfigo vulgar e o foliáceo. Este último tem<br />

duas formas distintas: pênfigo foliáceo não endêmico,<br />

descrito pelo dermatologista francês<br />

Pierre Louis Cazenave, de ocorrência universal e<br />

que atinge pacientes mais idosos na quarta ou<br />

quinta idade de vida, e o pênfigo foliáceo endêmico.<br />

Este é o pênfigo brasileiro: tem ocorrência<br />

familiar, predomina em adultos jovens e crianças<br />

que vivem próximos a córregos e rios, mais<br />

em áreas rurais e em algumas tribos indígenas.<br />

É encontrado na América do Sul, principalmente<br />

no Brasil, nos estados de Goiás, Distrito Federal,<br />

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins,<br />

Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Mais recentemente<br />

há casos relatados no Amazonas, Rondônia<br />

e Acre.<br />

Com relação ao aparecimento da doença, são<br />

considerados fatores ambientais, genéticos e<br />

imunológicos. A respeito dos fatores ambientais<br />

os pacientes ou seus familiares vivem em más<br />

condições sociais, em habitações precárias junto<br />

a córregos, falta de higiene e grande quantidade<br />

de insetos. Estudos baseados em séries<br />

de muitos doentes indicaram a importância<br />

de fatores genéticos, sobretudo em casos de<br />

consanguinidade. Demonstrou-se também que<br />

os pênfigos são doenças auto-imunes. O diagnóstico<br />

é feito pelo exame clínico e confirmado<br />

através do exame citológico, histopatológico e<br />

provas imunológicas que detectam a presença<br />

de anticorpos. O tratamento, antes do advento<br />

dos corticoides, não existia. Cerca de 40% dos<br />

pacientes morriam nos dois primeiros anos.<br />

Outros 50% tinham uma evolução crônica, com<br />

períodos de acalmia e exacerbação.<br />

O pênfigo brasileiro é doença com formação de<br />

bolhas flácidas subcórneas, que se rompem com<br />

facilidade, deixando uma superfície erodida que<br />

logo se torna escamosa. A intensa descamação<br />

inspirou o termo pênfigo foliáceo. Com um comportamento<br />

diferente do pênfigo foliáceo de outros<br />

países, o brasileiro tem um caráter endêmico.<br />

Há marcada fotossensibilidade, de modo que a<br />

exposição ao sol (raios ultravioleta) agrava o quadro<br />

e provoca uma sensação de ardor ou queimação,<br />

como se a pele estivesse sob a ação do fogo,<br />

o que motivou a denominação de fogo selvagem<br />

(em inglês: wild fire). Não sabemos se essa denominação<br />

foi criada pelos pacientes penfigosos.<br />

A introdução dos corticoides no tratamento<br />

mudou completamente a evolução e o prognóstico<br />

da doença. Os pênfigos respondem<br />

rapidamente ao uso de corticoides com resultados<br />

excelentes.<br />

Texto baseado em fontes nacionais e no livro<br />

Analogias no Ensino Médico - Editora Coopmed<br />

- Belo Horizonte/MG.<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

*Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor Emérito da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

0 114<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 2019


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