Newslab 156
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Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/ Nov 2019
De mãos dadas com o presente<br />
e com os olhos no futuro<br />
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Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />
Editorial<br />
Chegamos à <strong>156</strong>ª edição da Revista <strong>Newslab</strong>, cuidadosamente preparada trazendo a maior gama de assuntos<br />
referentes ao setor de diagnóstico laboratorial. A nossa revista traz um material abrangente e especial. Contamos,<br />
desta vez, com três artigos que abordam diferentes temas: o primeiro trazendo o primeiro estudo do continente<br />
americano a avaliar um teste Rapidez ELISA para e detecção precisão de sIgA específica no controle<br />
para Pseudomonas Aeruginosa em saliva;<br />
o segundo artigo aborda a<br />
microbiológico<br />
necessidade da utilização de<br />
da<br />
técnicas<br />
Água.<br />
de biossegurança na rotina de imagenologia; e o<br />
terceiro sobre a etiopatogenia e diagnóstico laboratorial do Vírus do Oeste do Nilo.<br />
Além dos artigos científicos supracitados, seguimos com a seção de Gestão Laboratorial e Profissional que<br />
discorre sobre o papel dos laboratórios de apoio e reforçando a importância da gestão profissional nos laboratórios<br />
clínicos. Na seção Minuto Laboratório falamos sobre a coleta de sangue do braço onde foi feito cateterismo. Na<br />
seção de Radar Científico, abordamos a avaliação de desempenho do ensaio de hemoglobina A1c enzimática<br />
(A1c_E). Somado a isso, seguimos com a seção Direito a Saúde, expondo sobre os desafios da nova era da saúde<br />
no contexto da transformação digital. Seguimos, então, para a seção Lady News trazendo uma entrevista com a<br />
presidente da Labtest Diagnóstica S.A., Doutora Eliane Lustosa, e ainda contamos com a seção de Diagnóstico Por<br />
Imagem, com um belíssimo artigo sobre o câncer de mama e as novas tecnologias diagnósticas, e com a seção<br />
de Boas práticas de laboratório com dois artigos, o primeiro deles sobre a citopatologia na era do diagnóstico<br />
molecular, e o segundo sobre o acolhimento humanizado em saúde. Por fim, nossa despojada e divertida coluna<br />
Analogias em Medicina, discorre sobre o pênfigo, uma patologia comumente encontrada no Brasil.<br />
Todo esse conteúdo, associado à uma importante agenda de eventos e as melhores inovações e soluções do<br />
mercado de análises clínicas, FINALIDADE<br />
reunindo as maiores empresas do ramo. Agradecemos a todos que colaboraram com<br />
essa edição, e a todos os leitores. Kit para controle microbiológico da água (testes de<br />
Boa leitura a todos! presença/ausência de coliformes totais de fecais).<br />
JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA A detecção dos coliformes totais é baseada na hidrólise de<br />
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vez que mais de 98% das cepas de coliformes totais<br />
possuem a enzima galactosidade, que degrada aquele<br />
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Realização: DEN DABENJ EDITORA NEWS<br />
Conselho Editorial: Sylvian Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />
Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Vox | Periodiciade: Bimestral<br />
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/revistanewslab<br />
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@revista_newslab<br />
Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov<br />
DEN DABENJ EDITORA NEWS - Revista NewsLab<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />
Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 23.057.401/0001-83 - Insc. Est.: 140.252.109.119 - ISSN 0104 - 8384<br />
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evento da 46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC 2019)), entrem em contato com<br />
a editora DEN DABENJ para receber as erratas da obra.<br />
Mande e-mail ou ligue para DEN DABENJ EDITORA NEWS aos cuidados de Daniela:<br />
assinatura@newslab.com.br ou (11) 3900-2390.<br />
Pedimos desculpas por eventuais inconvenientes.<br />
Sylvain, diretor do Conselho Editorial.
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Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />
precise de informações adicionais, entre em contato com<br />
a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a Revista NewsLab publica editoriais, artigos<br />
originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />
etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />
revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />
natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />
artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />
Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />
na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />
resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />
e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />
foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />
constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />
referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />
do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência citadas<br />
no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />
Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />
inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />
contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
Revista NewsLab<br />
A/C: João Gabriel – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />
CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />
Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />
Contato<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
TELEFONE: (11) 3900-2390<br />
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Acesse nossa homepage: www.newslab.com.br<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e<br />
informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />
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CELLAVISION 11<br />
DB DIAGNÓSTICA 118<br />
DIAGNO 94 - 95<br />
ERBA DIAGNOSTICS 05 | 67<br />
FIRSTLAB 49<br />
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IDS IMMUNO 21 | 58<br />
J.R. EHLKE&CIA 12 - 13<br />
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LUMIRADX 09 | 69<br />
MAYO CLINIC 87<br />
MOBIUS LIFESCIENCE 73<br />
NEOLAB IMPORT 07<br />
NEWPROV 03<br />
NIHON KODHEN 17 | 50 - 51<br />
PNCQ 105<br />
PRIME CARGO 116<br />
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SNIBE 53<br />
STRAMEDICAL 31<br />
SYSMEX 81<br />
TBS BINDINGSITE 45<br />
VEOLIA 97<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 83<br />
WAMA PRODUTOS 85<br />
Conselho Editorial<br />
Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Prof. Dr. Carlos A. C. Sannazzaro – Professor<br />
Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de<br />
Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de<br />
Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio<br />
Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas | Dra. Suely Aparecida Corrêa Antonialli – Farmacêutica-Bioquímica-Sanitarista,<br />
Mestre em Saúde Coletiva.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
José de Souza Andrade-Filho, Tainá Cardoso dos Santos Pires, Rosalina Guedes, Ana Clara da Silva, Karla Valéria Santos de Campos, Izalina Carla Oliveira do Nascimento, José Eduardo Batista Filho, Vanessa Danille<br />
Diniz da Silva, Gerusinete Bastos Santos, José Eduardo Batista, Guilherme Ribeiro Juliano, Aline Cristina Souza da Silva, Mariana Silva Oliveira, Lourimar José de Morais, Camila Lourencini Cavellani, Vicente de Paula<br />
Antunes da Teixeira, Mara Lúcia da Fonseca Ferraz, Kairo Silveira, Patricia Fukuma , Ana Hasegawa, Marilene Scodeler, Mauren Isfer Anghebem, Amanda Navarro D’Oliveira<br />
0 6<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 26 - Edição <strong>156</strong> - Out/Nov 2019<br />
ARTIGO 1<br />
RESPOSTA IMUNE MEDIADA POR IGA SECRETORA EM<br />
SALIVA E DETECÇÃO PRECOCE DE PSEUDOMONAS<br />
AERUGINOSA NAS VIAS AÉREAS INFERIORES DE<br />
PACIENTES PEDIÁTRICOS COM FIBROSE CÍSTICA<br />
14<br />
40<br />
Autores:<br />
Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu<br />
Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro,<br />
Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
BINDING SITE NO BRASIL<br />
ARTIGO 2<br />
TÉCNICAS DE BIOSSEGURANÇA EM RESSONÂNCIA<br />
MAGNÉTICA PARA PROFISSIONAIS BIOMÉDICOS<br />
HABILITADOS NA ÁREA<br />
Autores:<br />
Natália Martins de Souza; Claudia Peres da Silva;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira.<br />
22<br />
02<br />
10<br />
- Editorial<br />
- Agenda<br />
ARTIGO 3<br />
VÍRUS DO OESTE DO NILO: ETIOPATOGENIA E<br />
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />
Autores:<br />
Aracaty Silva Sobrinho; Ana Rubia Pinto do Nascimento;<br />
Dennis Hollander Silva.<br />
34<br />
58<br />
60<br />
70<br />
- Minuto Laboratório<br />
- Radar Ciêntifico<br />
- Direito a Saúde<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
LABORATÓRIO DE APOIO:<br />
LEVIATÃ OU PARTE DA SOLUÇÃO?<br />
52<br />
78<br />
- Diagnóstico Por Imagem<br />
80<br />
90<br />
114<br />
- Boas Práticas<br />
- Informe de Mercado<br />
- Analogias em Medicina<br />
LADY NEWS<br />
BONS EXEMPLOS<br />
74<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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AGENDA<br />
58º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia<br />
Data: 13/11/2019 a 16/11/2019<br />
Local: Centro de eventos da FIERGS – Porto Alegre/RS<br />
Informações: http://www.cbgo2019.com.br/<br />
66º Congresso Brasileiro de Anestesiologia<br />
Data: 13/11/2019 a 16/11/2019<br />
Local: Centro de Cultura e Convenções de Goiânia – Goiânia/GO<br />
Informações: https://www.congressoanestesia.com.br/<br />
Fórum de Cadeia Fria - ANFARLOG<br />
Data: 19/11/2019<br />
Local: Cinesystem Morumbi Town, São Paulo/SP<br />
Informações: http://www.anfarlog.org.br/course/forum-de-cadeia-fria-3/<br />
18º Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia<br />
Data: 20/11/2019 a 23/11/2019<br />
Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo/SP<br />
Informações: http://congressosppt.com.br/<br />
XXVIII Congresso Latino-Americano de Endocrinologia Pediátrica<br />
Data: 20/11/2019 a 23/11/2019<br />
Local: Açores Espaços de Eventos – Florianópolis/SC<br />
Informações: https://slep2019.websiteseguro.com/index.php<br />
II Encontro de Oncologia e Hematologia<br />
Data: 22/11/2019 a 23/11/2019<br />
Local: Hotel Estância Barra Bonita – Barra Bonita/SP<br />
Informações: https://sistemacenacon.com.br/site/oncologia2019<br />
X Simpósio Internacional de Alergia Alimentar<br />
Data: 22/11/2019 a 23/11/2019<br />
Local: Maksoud Plaza Hotel – São Paulo/SP<br />
Informações: http://www.asbai.org.br/scc/cursos/eventos_detalhes.asp?cod=49<br />
I Jornada Amazonense de Imunização - SBIm<br />
Data: 26/11/2019<br />
Local: Teatro Manauara – Manaus/AM<br />
Informações: https://sistemaparaevento.com.br/evento/jornadaamazona2019/home<br />
Congresso Brasileiro do Sono<br />
Data: 04/12/2019 a 07/12/2019<br />
Local: Hotel Bourbon Cataratas – Foz do Iguaçu/PR<br />
Informações: http://www.sono2019.com.br/<br />
XV Congresso da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual<br />
Data: 05/12/2019 a 08/12/2019<br />
Local: Tivoli Mofarrej São Paulo Hotel – São Paulo/SP<br />
Informações: https://www.slams2019.org/pt/<br />
III Simpósio de Câncer de Pulmão<br />
Data: 06/12/2019 a 07/12/2019<br />
Local: Hotel Pullman – São Paulo/SP<br />
Informações: http://www.simposiocancerdepulmao.com.br/<br />
Congresso Brasileiro de Produção Científica<br />
Data: 11/12/2019 a 13/12/2019<br />
Local: Campus São Cristóvão - Universidade Federal do Sergipe - São Cristóvão/SE<br />
Informações: https://www.even3.com.br/cbpc/<br />
0 10<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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ARTIGO 01<br />
Autores: Renan Marrichi Mauch,<br />
Claudio Lucio Rossi,<br />
Marcos Tadeu Nolasco da Silva,<br />
Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro,<br />
Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby,<br />
Carlos Emilio Levy.<br />
Resposta imune mediada por IgA<br />
secretora em saliva e detecção precoce de<br />
Pseudomonas aeruginosa nas vias aéreas inferiores<br />
de pacientes pediátricos com fibrose cística<br />
INTRODUÇÃO<br />
O diagnóstico precoce da infecção pulmonar crônica por Pseudomonas<br />
aeruginosa é um dos principais desafios na rotina clínica da<br />
fibrose cística (FC), uma doença hereditária que afeta vários órgãos.<br />
A cultura microbiológica de material respiratório é o método diagnóstico<br />
de referência, mas possui limitações, já que apenas 35 a<br />
40% dos pacientes são capazes de expectorar amostras de escarro<br />
espontaneamente [1,2] e a utilidade da cultura de swab de orofaringe<br />
como uma alternativa para a detecção da bactéria é controversa,<br />
já que esse método pode subestimar a presença bacteriana<br />
nos pulmões [3].<br />
O uso de métodos sorológicos para detecção de IgG como uma<br />
alternativa, nesse cenário, tem sido discutido há muito tempo, e<br />
esse método se mostrou útil para a triagem de pacientes com infecção<br />
pulmonar crônica e daqueles em risco de desenvolvimento<br />
dessa condição [4,5]. No entanto, o potencial dos testes sorológicos<br />
para a detecção precoce da infecção por P. aeruginosa ainda é<br />
debatido [6], e a resposta de anticorpos pode surgir quando uma<br />
cepa mucoide de P. aeruginosa, produtora de biofilme, já está bem<br />
estabelecida nos pulmões de pacientes com FC [7].<br />
Recentemente, a hipótese das “vias aéreas unificadas” sugeriu que<br />
as vias aéreas superiores (VAS), mais precisamente os seios paranasais,<br />
é o primeiro nicho e o principal reservatório de cepas de P.<br />
aeruginosa que causam colonização pulmonar intermitente, mesmo<br />
após certo período de terapia de erradicação com antibióticos.<br />
Dessa forma, a detecção e o tratamento da bactéria nas VAS podem<br />
evitar ou, pelo menos, adiar sua aspiração para as vias aéreas inferiores<br />
(VAI), onde ela causa a infecção pulmonar crônica [8-10].<br />
Porém, a coleta de espécime dos seios paranasais com aspirado<br />
nasal (método de referência) é um procedimento muito invasivo,<br />
demorado, doloroso e de alto custo [9], sendo, portanto, inviável na<br />
rotina clínica da maioria dos centros de referência em FC. Métodos<br />
baseados em Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (ELISA) para<br />
dosagem da resposta mediada por IgA secretora (sIgA) em lavado<br />
nasal e saliva já foram testada para propósitos diagnósticos, já que<br />
isso pode refletir uma resposta imune local na mucosa dos seios<br />
paranasais, e mostraram potencial para a diferenciação entre infecção<br />
pulmonar crônica, colonização pulmonar intermitente e ausência<br />
de colonização/infecção pulmonar por P. aeruginosa [11], bem<br />
como para descartar a presença da infecção pulmonar crônica [12].<br />
Neste estudo, avaliamos, em um seguimento de três anos, a utilidade<br />
de um teste ELISA para dosagem de sIgA anti-P. aeruginosa<br />
em saliva, o qual padronizamos anteriormente [12], para detecção<br />
precoce de mudanças no perfil de colonização/infecção pulmonar<br />
por P. aeruginosa, as quais, por sua vez, foram indicadas por mudanças<br />
em resultados de cultura microbiológica e IgG sérica.<br />
0 14<br />
Revista NewsLab Revista NewsLab | Out/Nov | Out/Nov 2019 2019
MÉTODOS<br />
Classificação dos pacientes<br />
O estudo foi realizado no Centro de Referência<br />
em FC do Hospital de Clínicas da Universidade<br />
Estadual de Campinas (CERFC). Inicialmente,<br />
70 pacientes com diagnóstico confirmado de<br />
FC [13], e sem infecção pulmonar crônica por P.<br />
aeruginosa, foram incluídos, dos quais dois pacientes<br />
foram transferidos para outros centros,<br />
dois solicitaram exclusão do estudo, e um perdeu<br />
o seguimento. A amostra final foi de 65 pacientes.<br />
A definição dos perfis de colonização/infecção<br />
pulmonar por P. aeruginosa foi baseada em<br />
critérios de Leeds modificados [12,14], levando-se<br />
em conta resultados de cultura microbiológica<br />
de material respiratório (escarro ou swab<br />
de orofaringe) e de sorologia para detecção de<br />
IgG específica para P. aeruginosa, assim: nunca<br />
colonizados (pacientes sem histórico de P.<br />
aeruginosa em cultura microbiológica de material<br />
respiratório e com resultado negativo na<br />
triagem sorológica); livres de infecção (histórico<br />
de P. aeruginosa em cultura microbiológica,<br />
mas não nos últimos 12 meses anteriores ao<br />
estudo, com resultado sorológico negativo na<br />
triagem); colonização intermitente (isolamento<br />
de P. aeruginosa em menos de 50% das culturas<br />
nos últimos 12 meses, com resultado sorológico<br />
negativo, ou ausência do isolamento de P.<br />
aeruginosa com resultado sorológico positivo);<br />
infecção crônica (isolamento de P. aeruginosa<br />
em menos de 50% das culturas nos últimos 12<br />
meses, com resultado sorológico positivo, ou<br />
isolamento de P. aeruginosa em 50% ou mais<br />
das culturas nos últimos 12 meses, independente<br />
do resultado sorológico).<br />
Avaliação microbiológica das VAI<br />
Pelo menos quatro culturas microbiológicas de<br />
espécime de VAI foram realizadas por paciente/<br />
ano. As amostras foram enviadas ao Laboratório<br />
de Microbiologia do Hospital de Clínicas da Universidade<br />
Estadual de Campinas e cultivadas em<br />
ágar MacConkey por 24 horas a 37ºC. A identificação<br />
foi baseada nas características morfológicas<br />
e bioquímicas das colônias – ausência de<br />
fermentação de lactose, aspecto metálico, odor<br />
semelhante a uva, reação da oxidase positiva e<br />
crescimento a 42ºC [15]. A identificação bioquímica<br />
foi confirmada por métodos automatizados,<br />
usando o sistema BD Phoenix (Becton-Dickinson),<br />
de acordo com as instruções do fabricante.<br />
Dosagem de IgG sérica e sIgA salivar<br />
anti-P. aeruginosa<br />
Os níveis de IgG sérica e sIgA salivar foram<br />
dosados usando testes ELISA padronizados<br />
anteriormente [12,16]. Para o teste sorológico,<br />
amostras de sangue foram coletadas em tubos<br />
de 4,0 mL sem anticoagulante e centrifugadas<br />
a 2500 rpm por 15 minutos, para obtenção<br />
dos soros. Amostras de saliva foram coletadas<br />
usando swabs de algodão Salivette® (Sarstedt).<br />
Basicamente, o swab é colocado na boca do<br />
paciente por três minutos e transferido para um<br />
tubo apropriado, para centrifugação (3000 rpm<br />
por 10 minutos) e obtenção de saliva pura.<br />
Placas de ELISA de 96 poços foram sensibilizadas<br />
overnight com um pool de antígenos<br />
de P. aeruginosa comercializado – St-Ag (Statens<br />
Seruminstitut), diluído em uma proporção<br />
1:2000 em tampão carbonato-bicarbonato<br />
(Na2CO3 10 nmol/L + NaHCO3 28 nmol/L; pH<br />
9,5). Esse antígeno é formado por 64 antígenos<br />
hidrossolúveis dos 17 principais grupos-O de P.<br />
aeruginosa, os quais são obtidos por sonicação<br />
[5]. As placas foram lavadas três vezes com<br />
tampão de lavagem, composto por solução salina-fosfato<br />
tamponada adicionada de Tween 20<br />
a 0,1% (PBS-T). Após essa lavagem, sítios não<br />
específicos na placa foram bloqueados com uma<br />
solução de albumina bovina sérica a 0,1% (diluída<br />
em PBS-T) por uma hora, e a placa foi lavada<br />
duas vezes com PBS-T. Amostras de soro (diluídas<br />
a 1:800) e saliva (diluídas a 1:8) foram adicionadas<br />
por uma hora, seguido por três lavagens<br />
com PBS-T e adição de IgG policlonal anti-humana<br />
conjugada - horseradish peroxidase (HRP)<br />
(P0214, Dako) - diluída a 1:4000 (em placas com<br />
amostras de soro) ou IgA policlonal anti-humana<br />
– HRP, P0216 (Dako) - diluída a 1:2000 (em placas<br />
com amostras de saliva). Tetrametilbenzidina<br />
(TMB; Sigma-Aldrich) foi adicionada como substrato<br />
por 10 e 20 minutos, em placas contendo<br />
soro e saliva, respectivamente. As reações foram<br />
paradas após adição de ácido sulfúrico (H2SO4)<br />
1,0 mol/L. As absorbâncias das amostras foram<br />
medidas em um comprimento de onda de 450<br />
nm em um espectrofotômetro para microplacas<br />
(Labsystems), e os valores de absorbância foram<br />
convertidos em unidades arbitrárias por mL (U/<br />
mL). Valores de corte de 28,2 U/mL e 47,2 U/mL<br />
determinaram resultados positivos para o teste<br />
sorológico e para dosagem de sIgA em saliva,<br />
respectivamente.<br />
Após a triagem, os pacientes foram seguidos<br />
trimestralmente por três anos e monitorados para<br />
mudanças no perfil de colonização/infecção de VAI<br />
por P. aeruginosa e nos níveis de sIgA em saliva, os<br />
quais foram medidos pelo menos uma vez por ano.<br />
Uma mudança no perfil de colonização/infecção<br />
foi considerada quando da conversão de resultados<br />
microbiológicos ou sorológicos. Mudanças<br />
nos níveis de sIgA em saliva foram analisadas em<br />
diferentes cenários de investigação, de acordo com<br />
o perfil de colonização/infecção de VAI ao final do<br />
seguimento. Primeiro, os pacientes foram divididos<br />
em três grupos: pacientes que permaneceram negativos<br />
para P. aeruginosa (Pa(neg)), isto é, nunca<br />
colonizados ou livres de infecção nas VAI; pacientes<br />
que eram positivos para P. aeruginosa (colonização<br />
intermitente nas VAI) no início do seguimento,<br />
mas se tornaram negativos ao final do seguimento<br />
(Pa(pos-neg)), e pacientes que se mantiveram ou<br />
se tornaram positivos para P. aeruginosa (colonização<br />
intermitente ou infecção crônica nas VAI) ao<br />
final do seguimento (Pa(pos)). Em um segundo cenário,<br />
pacientes que se mantiveram ou se tornaram<br />
negativos para P. aeruginosa foram avaliados em<br />
relação a mudanças nos níveis de sIgA em saliva de<br />
acordo com episódios isolados de colonização de<br />
VAI por P. aeruginosa durante o estudo, e divididos<br />
em dois grupos: pacientes que tiveram pelo menos<br />
um resultado positivo de cultura ou IgG sérica durante<br />
o seguimento (os quais indicam colonização<br />
nova ou recorrente), e pacientes que não tiveram<br />
nenhum resultado de cultura ou IgG sérica positivo.<br />
Em um terceiro cenário, os pacientes foram agrupados<br />
de acordo com seu histórico de exposição à<br />
P. aeruginosa nas VAI. Nesse caso, pacientes que<br />
eram livres de infecção e aqueles que tinham colonização<br />
intermitente foram colocados no mesmo<br />
grupo, e pacientes sem histórico microbiológico de<br />
P. aeruginosa foram classificados como não tendo<br />
histórico de exposição à P. aeruginosa. Esse perfil<br />
foi mudado de não-exposto para exposto quando<br />
da conversão de pelo menos um resultado de cultura<br />
ou sorologia durante o seguimento.<br />
ARTIGO 01<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 15
Autores: Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />
ARTIGO 01<br />
Análise estatística<br />
Níveis de sIgA foram comparados entre pacientes<br />
com diferentes perfis de colonização<br />
de VAI por P. aeruginosa (nunca colonizado,<br />
livre de infecção e colonização intermitente)<br />
no início e no final do estudo, nos diferentes<br />
cenários citados anteriormente, usando os testes<br />
não paramétricos de Mann-Whitney (para<br />
duas amostras independentes) e Kruskal-Wallis<br />
(para mais de duas amostras independentes).<br />
As variações dos níveis de sIgA entre cada grupo<br />
foram avaliadas usando os testes não paramétricos<br />
de Wilcoxon (para dois períodos diferentes)<br />
e Friedman (para mais de dois períodos<br />
diferentes). As diferenças entre porcentagens<br />
foram avaliadas usando o teste qui-quadrado.<br />
Análises de risco foram realizadas por meio do<br />
cálculo de odds-ratio (OR) e seus intervalos de<br />
confiança (IC) de 95%. Para todos os testes, um<br />
valor de p menor que 0,05 foi considerado estatisticamente<br />
significativo.<br />
Aspectos éticos<br />
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da<br />
Universidade Estadual de Campinas (Parecer nº<br />
931.170). Todo(a)s o(a)s pacientes que concordaram<br />
em participar do estudo assinaram um<br />
termo de consentimento informado. No caso de<br />
pacientes menores de 18 anos, o termo foi assinado<br />
por seu(sua) pessoa responsável legal e<br />
o(a) paciente (quando alfabetizado[a]) assinou<br />
um termo de assentimento.<br />
RESULTADOS<br />
De 65 pacientes incluídos, 31 eram do sexo masculino<br />
e 34 do sexo feminino, com mediana de idade<br />
de 4,5 anos (0,4 – 18,7). Amostras de escarro<br />
foram coletadas de 12 pacientes, e, em 53 pacientes,<br />
o espécime respiratório foi coletado com swab<br />
de orofaringe. Vinte e oito pacientes tinham colonização<br />
intermitente, 20 eram livres de infecção e 17<br />
nunca haviam sido colonizados por P. aeruginosa<br />
(Tabela 1). Tanto os níveis medianos basais de sIgA<br />
em saliva quanto a taxa de positividade para o teste<br />
de sIgA foram significativamente mais altos em pacientes<br />
livres de infecção e com colonização intermitente,<br />
quando comparados aos pacientes nunca<br />
colonizados, que não mostraram positividade para<br />
o teste (Tabela 1).<br />
Durante o estudo, cinco pacientes que eram livres<br />
de infecção no início mudaram o perfil para<br />
colonização intermitente por P. aeruginosa nas<br />
VAI; dois se tornaram infectados crônicos e 13<br />
permaneceram livres de infecção. Episódios de<br />
colonização recorrente foram vistos em 54%<br />
desses últimos. A taxa de positividade para<br />
sIgA nesse grupo de pacientes, ao final do seguimento,<br />
foi de 60%, e todos os pacientes que<br />
eram sIgA-positivos no início do estudo mantiveram-se<br />
positivos até o final do seguimento.<br />
Oito pacientes que nunca haviam sido colonizados<br />
desenvolveram a colonização de VAI por P.<br />
aeruginosa durante o seguimento, e três deles<br />
apresentaram colonização intermitente ao final<br />
do seguimento, com taxa de positividade para<br />
sIgA de 41,2%. Sete pacientes do grupo com<br />
colonização intermitente mantiveram esse perfil,<br />
dois desenvolveram infecção crônica e 19 se<br />
tornaram livres de infecção por P. aeruginosa<br />
nas VAI. A taxa de positividade para sIgA ao final<br />
do seguimento foi de 64,3% (Figura 1).<br />
De 12 pacientes que foram capazes de expectorar<br />
amostra de escarro, sete (58%) tinham colonização<br />
intermitente nas VAI no início do estudo.<br />
Dois deles se tornaram livres de infecção, dois<br />
desenvolveram infecção crônica, e três se mantiveram<br />
com colonização intermitente ao final do<br />
seguimento. Dois pacientes nunca haviam sido<br />
colonizados no início do estudo e mantiveram-se<br />
assim durante o estudo, e três pacientes eram<br />
livres de infecção, dois dos quais desenvolveram<br />
colonização intermitente ao final do seguimento.<br />
Em geral, pacientes que expectoraram escarro tiveram<br />
níveis medianos de sIgA em saliva significativamente<br />
mais altos, no início do estudo (46,7<br />
vs. 19,2 U/mL; p = 0,014), bem como no primeiro<br />
(69,4 vs. 39,5 U/mL; p = 0,042) e segundo<br />
(131,3 vs. 45,4; p = 0,031) anos de seguimento,<br />
mas não no último ano de seguimento (108,9 vs.<br />
51,8 U/mL; p = 0,068), comparado a pacientes<br />
cujos espécimes respiratórios foram coletados<br />
com swab de orofaringe.<br />
Primeiro cenário: níveis de sIgA em saliva<br />
de acordo com mudanças no perfil de colonização/infecção<br />
por P. aeruginosa nas VAI<br />
Após três anos de seguimento, resultados microbiológicos<br />
e sorológicos (IgG sérica) indicaram<br />
Figura 1. Pacientes com FC incluídos no estudo, classificados de acordo<br />
com seus perfis iniciais de colonização por P. aeruginosa nas VAI. Desfechos<br />
e positividade para o teste de sIgA ao final do seguimento. *54% dos<br />
paciente nesse grupo tiveram recorrência de colonização por P. aeruginosa<br />
durante o seguimento.<br />
Figura 2. Distribuição dos níveis de sIgA em saliva no início do estudo<br />
e nos três anos de seguimento, de acordo com mudanças no perfil de<br />
colonização por P. aeruginosa nas VAI (indicadas por mudanças em<br />
resultados microbiológicos e sorológicos). Pa(neg): pacientes que eram<br />
P. aeruginosa-negativos no início do estudo e mantiveram esse perfil ao<br />
final do seguimento; Pa(pos-neg): pacientes que eram P. aeruginosa-positivos<br />
no início do estudo e se tornaram P. aeruginosa-negativos ao final<br />
do seguimento; Pa(pos): pacientes que eram P. aeruginosa-positivos no<br />
início do estudo e permaneceram positivos ao final do seguimento. A linha<br />
pontilhada corresponde ao ponto de corte positivo do teste de ELISA para<br />
detecção de sIgA em saliva (47.2 U/mL).<br />
Figura 3. Distribuição dos níveis de sIgA em saliva no início do estudo e<br />
em três anos de seguimento, de acordo com o histórico de exposição à P.<br />
aeruginosa dos pacientes (nas VAI) durante o estudo. A linha pontilhada<br />
corresponde ao ponto de corte positivo do teste de ELISA para detecção de<br />
sIgA em saliva (47.2 U/mL).<br />
27 pacientes Pa(neg), 19 pacientes Pa(pos-neg) e<br />
19 pacientes Pa(pos). Os níveis medianos de sIgA<br />
em saliva foram 19,2 U/mL (2,8 – 155,1), 25,4<br />
U/mL (3,2 – 424,5) e 39,6 U/mL (3,7 – 233,1),<br />
respectivamente. Foi encontrada diferença estatística<br />
entre os grupos Pa(pos) e Pa(neg) (p =<br />
0,02). Os níveis de sIgA aumentaram significati-<br />
0 16<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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Revista NewsLab | Jun/Jul 2019<br />
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0 17
Autores: Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />
ARTIGO 01<br />
vamente dentro dos grupos Pa(pos) e Pa(neg),<br />
no último ano de seguimento, comparados a seus<br />
níveis basais. Os valores medianos (faixa; valor de<br />
p) foram 25,2 U/mL (10,1 – 420,8; p = 0,003),<br />
51,3 U/mL (16,7 – 285,1; p = 0,07) e 119,4 U/<br />
mL (15,6 – 655,8; p = 0,01) nos grupos Pa(neg),<br />
Pa(pos−neg) and Pa(pos), respectivamente, no<br />
último ano de seguimento, sendo que os níveis<br />
do grupo Pa(pos) foram significativamente mais<br />
altos (p = 0,005; Figura 2).<br />
Segundo cenário: mudança nos níveis de<br />
sIgA de acordo com colonização nova ou recorrente<br />
por P. aeruginosa nas VAI<br />
Entre pacientes dos grupos Pa(neg) e<br />
Pa(pos−neg) (n = 46), 22 tiveram pelo menos<br />
um episódio de colonização nova ou recorrente<br />
nas VAI durante o seguimento. Os níveis medianos<br />
de sIgA nesses pacientes estavam acima do<br />
ponto de corte em todos os períodos do estudo,<br />
quando comparados a pacientes sem essas condições;<br />
entretanto, apenas no primeiro ano de<br />
seguimento houve diferença estatística. Dentro<br />
de ambos os grupos, os níveis medianos de sIgA<br />
foram significativamente mais altos no último<br />
ano de seguimento, em comparação com<br />
os níveis basais (Tabela 2). Dentro do grupo<br />
Pa(pos−neg), 9/19 (47%) dos pacientes não<br />
tiveram colonização recorrente durante o seguimento,<br />
mas seus níveis de sIgA foram significativamente<br />
mais altos no último ano, em relação<br />
aos níveis basais. Entre 24 pacientes que não<br />
tiveram colonização nova ou recorrente, um paciente<br />
no grupo Pa(pos) tinha colonização persistente<br />
por Stenotrophomonas maltophilia nas<br />
Tabela 1. Pacientes incluídos no estudo. Sexo, idade, perfil de colonização por P. aeruginosa nas VAI, níveis basais medianos de<br />
sIgA em saliva e porcentagem de positividade para sIgA.<br />
Perfil (VAI) Colonização intermitente Livre de infecção Nunca colonizados p-valor²<br />
Perfil N (VAI) Colonização 28 intermitente Livre 20 de infecção Nunca 17 colonizados p-valor² -<br />
Sexo (M/F) N 12/1628 10/1020 9/8 17 - -<br />
MED idade Sexo (Faixa) (M/F) 3.2 (0.412/16 - 14.1) 6.6 (0.710/10 - 18.7) 4.3 (0.4 - 9/8 16.3) - -<br />
Perfil (VAI) Colonização intermitente Livre de infecção Nunca colonizados p-valor²<br />
MED MED [IgG idade sérica]¹ (Faixa) 11.03.2 (1.7(0.4 - 145.0) - 14.1) 7.26.6 (2.5(0.7 - 22.9) - 18.7) 6.24.3 (3.3(0.4 - 17.1) - 16.3) 0.284 -<br />
N 28 20 17 -<br />
MED [sIgA]¹ [IgG sérica]¹ 27.11.0 (3.2(1.7 - 424.5) - 145.0) 37.17.2 (3.1(2.5 - 223.1) - 22.9) 15.06.2 (2.8 (3.3 - 44.2) - 17.1) 0.037 0.284<br />
Sexo (M/F) 12/16 10/10 9/8 -<br />
% sIgA MED positiva [sIgA]¹ 27.146.0 (3.2 - 424.5) 37.135.0 (3.1 - 223.1) 15.0.0 (2.8 - 44.2) 0.004 0.037<br />
MED idade (Faixa) 3.2 (0.4 - 14.1) 6.6 (0.7 - 18.7) 4.3 (0.4 - 16.3) -<br />
% 1. sIgA Dado positiva em unidades por mL 46.0 (U/mL); 2. Teste H de 35.0 Kruskal-Wallis (bicaudal). 0.0 0.004<br />
MED [IgG sérica]¹ 11.0 (1.7 - 145.0) 7.2 (2.5 - 22.9) 6.2 (3.3 - 17.1) 0.284<br />
Abreviações: 1. Dado em M (Masculino), unidades por F (Feminino), mL (U/mL); MED 2. Teste (Mediana) H de Kruskal-Wallis (bicaudal).<br />
MED [sIgA]¹ 27.1 (3.2 - 424.5) 37.1 (3.1 - 223.1) 15.0 (2.8 - 44.2) 0.037<br />
Abreviações: M (Masculino), F (Feminino), MED (Mediana)<br />
% sIgA positiva 46.0 35.0 0.0 0.004<br />
1. Dado em unidades por mL (U/mL); 2. Teste H de Kruskal-Wallis (bicaudal).<br />
Tabela<br />
Abreviações:<br />
2. Mudança nos<br />
M<br />
níveis<br />
(Masculino),<br />
de sIgA em saliva<br />
F (Feminino),<br />
de acordo com<br />
MED<br />
o desenvolvimento<br />
(Mediana)<br />
de colonização nova ou recorrente por P.<br />
aeruginosa nas VAI durante o seguimento (indicado por mudanças em resultados microbiológicos e/ou sorológicos).<br />
Colonização nova/recorrente Sim Não p-valor² p-valor²*<br />
Colonização MED [sIgA] nova/recorrente basal 24.2 (2.8 - Sim 223.1) 21.3 (3.1 - Não 424.5) 0.260 p-valor² 0.164 p-valor²*<br />
MED MED [sIgA] [sIgA] ano basal 1 55.024.2 (6.9(2.8 - 337.8) - 223.1) 21.9 21.3 (6.6 (3.1 - 277) - 424.5) 0.011 0.260 0.020 0.164<br />
MED MED [sIgA] [sIgA] ano ano 2 1 96.755.0 (11.0 (6.9 - 708.0) - 337.8) 40.8 21.9 (14.0(6.6 - 607.0) - 277) 0.269 0.011 0.043 0.020<br />
Colonização nova/recorrente Sim Não p-valor² p-valor²*<br />
MED MED [sIgA] [sIgA] ano ano 3 2 73.096.7 (10.1 (11.0 - 655.8) - 708.0) 28.140.8 (11.0 (14.0 - 285.0) - 607.0) 0.116 0.269 0.138 0.043<br />
MED [sIgA] basal 24.2 (2.8 - 223.1) 21.3 (3.1 - 424.5) 0.260 0.164<br />
MED p-valor¹ [sIgA] ano 3 73.0.002 (10.1 - 655.8) 28.1 < 0.001 (11.0 - 285.0) 0.116 0.138<br />
MED [sIgA] ano 1 55.0 (6.9 - 337.8) 21.9 (6.6 - 277) 0.011 0.020<br />
1. Teste p-valor¹ de Friedman (bicaudal); 2. 0.002 Teste U de Mann-Whitney < 0.001 (bicaudal); *Após exclusão<br />
MED<br />
de pacientes 1. [sIgA] Teste ano de com Friedman 2<br />
colonização<br />
96.7 (bicaudal); (11.0<br />
recorrente<br />
- 708.0) 2. Teste ou persistente U 40.8 de Mann-Whitney (14.0<br />
com<br />
- 607.0)<br />
outras bactérias (bicaudal); 0.269<br />
gram-negativas.<br />
*Após exclusão 0.043<br />
MED Abreviações: de [sIgA] pacientes ano MED 3 com (Mediana). colonização 73.0 (10.1 recorrente - 655.8) ou 28.1 persistente (11.0 - com 285.0) outras bactérias 0.116 gram-negativas. 0.138<br />
p-valor¹ Abreviações: MED (Mediana). 0.002 < 0.001<br />
1. Teste de Friedman (bicaudal); 2. Teste U de Mann-Whitney (bicaudal); *Após exclusão<br />
de pacientes com colonização recorrente ou persistente com outras bactérias gram-negativas.<br />
Histórico de exposição à P. aeruginosa Expostos Não expostos p-valor*<br />
Abreviações: MED (Mediana).<br />
Tabela 3. Histórico Mudanças de nos exposição níveis de sIgA à N em P. saliva aeruginosa e na porcentagem de positividade Expostos 48 para sIgA de acordo Não com 17 expostos o histórico de p-valor* -<br />
exposição Baseline à P. aeruginosa % nas Positividade VAI durante o N seguimento. para sIgA 41.748 0 17 < 0. 001 -<br />
Baseline MED % Positividade [sIgA] (U/mL) para sIgA 31.1 (3.1 - 41.7 424.5) 15.0 (2.8 - 044.2) 0.005 < 001<br />
Histórico de exposição MED à P. [sIgA] N aeruginosa (U/mL) 31.1 Expostos 49 (3.1 - 424.5) Não 15.0 expostos 16 (2.8 - 44.2) p-valor* - 0.005<br />
Ano 1 % Positividade N N pra sIgA 59.2 48 49 12.5 17 16 0.001 - -<br />
Baseline Ano 1 % MED Positividade % Positividade [sIgA] (U/mL) para pra sIgA sIgA 59.1 (6.6 41.7 - 59.2 337.8) 20.7 (7.5 0 12.5 - 92.2) < 0.002<br />
0.001 001<br />
MED MED [sIgA] [sIgA] N (U/mL) (U/mL) 31.159.1 (3.1 54 (6.6 - 424.5) - 337.8) 15.020.7 (2.8 11 (7.5 - 44.2) - 92.2) 0.005 - 0.002<br />
Ano 2 % Positividade N N para sIgA 55.6 49 54 45.5 16 11 0.54 - -<br />
Ano Ano 1 2 % MED % Positividade [sIgA] (U/mL) pra para sIgA sIgA 68.0 (10.8 59.255.6 - 707.6) 41.4 (18.3 12.545.5 - 306.2) 0.374 0.001 0.54<br />
MED MED [sIgA] [sIgA] N (U/mL) (U/mL) 59.1 68.0 (6.6 56 (10.8 - 337.8) - 707.6) 20.7 41.4 (7.5 (18.3 9 - 92.2) - 306.2) 0.002 - 0.374<br />
Ano 3 % Positividade N N pra sIgA 60.7 54 56 33.3 11 9 0.124 - -<br />
Ano Ano 2 3 % MED Positividade % Positividade [sIgA] (U/mL) para pra sIgA sIgA 66.7 (10.1 55.60.7 - 655.8) 24.4 (16.0 45.533.3 - 110.4) 0.041 0.54 0.124<br />
* Teste U de Mann-Whitney MED MED (unicaudal). [sIgA] [sIgA] (U/mL) Abreviações: (U/mL) MED 68.066.7 (10.8 (Mediana). (10.1 - 707.6) - 655.8) 41.424.4 (18.3 (16.0 - 306.2) - 110.4) 0.374 0.041<br />
* Teste U de Mann-Whitney (unicaudal). N Abreviações: MED 56 (Mediana).<br />
9 -<br />
Ano 3 % Positividade pra sIgA 60.7 33.3 0.124<br />
MED [sIgA] (U/mL) 66.7 (10.1 - 655.8) 24.4 (16.0 - 110.4) 0.041<br />
* Teste U de Mann-Whitney (unicaudal). Abreviações: MED (Mediana).<br />
VAI, e quatro pacientes (três no grupo Pa(neg) e<br />
um no grupo Pa(pos−neg)) tiveram, pelo menos,<br />
três isolados de outras bactérias gram-negativas<br />
(S. maltophilia, Haemophilus influenzae<br />
e Complexo Burkholderia cepacia) em cultura<br />
microbiológica de VAI, durante o seguimento.<br />
Quando esses cinco pacientes foram excluídos,<br />
os níveis medianos de sIgA em saliva no segundo<br />
ano de seguimento se tornaram significativamente<br />
mais altos no grupo Pa(pos−neg); no<br />
entanto, não foram observadas outras diferenças<br />
estatísticas além dessa (Tabela 2).<br />
Dos pacientes que eram P. aeruginosa-negativos<br />
nas VAI no início do estudo, 20 converteram<br />
seus níveis de sIgA e os mantiveram positivos<br />
até o final do seguimento, 15 dos quais tiveram<br />
colonização nova ou recorrente nas VAI ou terminaram<br />
o estudo como P. aeruginosa-positivos.<br />
Em 10 desses, o teste de sIgA foi capaz de<br />
detectar anticorpos anti-P. aeruginosa em saliva<br />
antes de (n = 8) ou simultaneamente (n = 2) a<br />
mudanças em resultados de cultura ou sorologia,<br />
com um intervalo médio de 9,5 meses (0 – 22,1).<br />
Em cinco pacientes, a resposta de sIgA em saliva<br />
apareceu depois da detecção por cultura/sorologia,<br />
com intervalo médio de 6,4 meses (3 – 14)<br />
Outros cinco pacientes mantiveram níveis positivos<br />
de sIgA em saliva sem converter os resultados<br />
de cultura ou sorologia até o final do seguimento.<br />
Terceiro cenário: mudanças nos níveis de<br />
sIgA em saliva de acordo com o histórico de<br />
exposição à P. aeruginosa nas VAI<br />
Nesse cenário, 48 e 17 pacientes foram classificados<br />
como tendo e não tendo histórico de exposição<br />
à P. aeruginosa nas VAI, respectivamente<br />
(no início do estudo). Durante o seguimento, oito<br />
pacientes foram expostos à P. aeruginosa, independente<br />
de seu desfecho ao final do estudo. Tanto<br />
os níveis de sIgA quanto a taxa de positividade<br />
para o teste se mostraram significativamente<br />
mais altos em pacientes que tiveram exposição à<br />
P. aeruginosa em todos os períodos do estudo,<br />
exceto no segundo ano (Tabela 3, Figura 3). Um<br />
valor mediano positivo (em U/mL) no primeiro<br />
ano de seguimento implicou em riscos significativamente<br />
aumentados de exposição à P. aeruginosa<br />
nas VAI, tanto no segundo ano (OR =<br />
12,5, IC: 1,5 – 104,6), quanto no terceiro ano de<br />
seguimento (OR = 9,2; IC: 1,1 – 78,8).<br />
0 18<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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Autores: Renan Marrichi Mauch, Claudio Lucio Rossi, Marcos Tadeu Nolasco da Silva, Talita Bianchi Aiello, José Dirceu Ribeiro, Antônio Fernando Ribeiro, Niels Høiby, Carlos Emilio Levy.<br />
ARTIGO 01<br />
DISCUSSÃO<br />
A sinusite bacteriana crônica afeta a maioria dos<br />
pacientes com FC, e a P. aeruginosa é comumente<br />
isolada em culturas de secreções sinusais [17-<br />
19]. No entanto, o impacto na qualidade de vida<br />
parece ser baixo e sintomas de sinusite tendem<br />
a ser pouco relatados por pacientes com FC [20-<br />
22]. A alta razão sIgA/IgG nos seios paranasais,<br />
provavelmente, é a principal razão para isso, dada<br />
a resposta pouco inflamatória desencadeada<br />
pela sIgA quando do encontro com o patógeno<br />
na mucosa sinusal [9,23]. A sIgA específica para<br />
P. aeruginosa é detectável em saliva [11,12] e<br />
testes baseados em ELISA podem ser úteis para<br />
identificar focos de P. aeruginosa nos seios paranasais<br />
da FC e o risco de aspiração dessa bactéria<br />
para os pulmões, já que secreções dos seios da<br />
face são aspiradas para os pulmões [24]. Assim,<br />
nosso objetivo foi avaliar a habilidade de nosso<br />
teste ELISA para sIgA de detectar precocemente<br />
o aparecimento da P. aeruginosa nas VAI. Para<br />
melhor separar os pacientes de acordo com seus<br />
perfis de colonização/infecção por P. aeruginosa<br />
nas VAI, dado o número limitado de culturas microbiológicas<br />
feitas anualmente em nosso centro<br />
(em média, quatro por paciente), nossos critérios<br />
de classificação se basearam tanto em resultados<br />
microbiológicos quanto em resultados sorológicos<br />
(dosagem de IgG sérica anti-P. aeruginosa),<br />
onde um teste complementa o outro.<br />
Os níveis de sIgA elevados em saliva de pacientes<br />
livres de infecção (Tabela 1) não são surpreendentes,<br />
já que esses pacientes tiveram, pelo menos,<br />
uma exposição anterior à P. aeruginosa, e, mesmo<br />
após erradicação bacteriana nas VAI, a resposta de<br />
sIgA em saliva pode indicar memória imunológica<br />
[25,26], ou, mais provavelmente, foco persistente<br />
de colonização nos seios paranasais. O último<br />
fica mais evidente com a manutenção dos níveis<br />
positivos de sIgA nesse grupo, juntamente com a<br />
taxa considerável de colonização recorrente por P.<br />
aeruginosa nas VAI durante o estudo. Inicialmente,<br />
o teste também se mostrou capaz de descartar a<br />
presença de qualquer exposição atual ou anterior<br />
à P. aeruginosa nas VAI, já que não foi observada<br />
positividade para o teste no grupo nunca colonizado,<br />
corroborando nossa primeira avaliação do teste,<br />
que encontrou um valor preditivo negativo de 92%<br />
para descartar a infecção pulmonar crônica [12].<br />
Entretanto, ao final do seguimento, um terço dos<br />
pacientes que se mantiveram nunca colonizados<br />
nas VAI tinham níveis positivos de sIgA em saliva<br />
(Figura 1, Tabela 3).<br />
Com relação a desfechos clínicos, o uso de diferentes<br />
cenários de investigação nos permitiu<br />
uma avaliação mais clara da utilidade do teste.<br />
Primeiro, tivemos a hipótese de que pacientes do<br />
grupo Pa(pos) teriam níveis significativamente<br />
mais altos de sIgA em saliva do que pacientes do<br />
grupo Pa(neg), tanto no início quanto no final do<br />
seguimento, o que foi confirmado (Figura 2). A<br />
ausência de diferença estatística entre os grupos<br />
Pa(pos) e Pa(pos-neg) não foi considerada uma<br />
surpresa e está de acordo com achados microbiológicos<br />
recentes de pacientes com FC que passaram<br />
por transplante pulmonar, os quais mostraram<br />
uma correlação significativa entre culturas<br />
de espécimes sinusais pré-transplante e culturas<br />
de lavado broncoalveolar (BAL) pós-transplante,<br />
onde 19/21 pacientes com P. aeruginosa nos<br />
seios paranasais tiveram cultura de BAL positiva<br />
[27]. Outro estudo [28] demonstrou que 42%<br />
dos pacientes tinham os mesmos patógenos de<br />
culturas de material de VAI pré-transplante isolados<br />
em culturas de lavado nasal após o transplante.<br />
Os benefícios clínicos da abordagem de seios<br />
paranasais para pacientes com FC foram relatados<br />
pelo grupo de estudo em FC de Copenhague,<br />
Dinamarca. Pacientes que passaram por cirurgia<br />
sinusal combinada com tratamento antibiótico<br />
tópico e sistêmico no pós-operatório mostraram<br />
melhora da função pulmonar e frequência significativamente<br />
reduzida de colonização por P. aeruginosa<br />
e outras bactérias gram-negativas, em<br />
um a três anos após a cirurgia [10,29].<br />
Nossos resultados apoiam o potencial papel dos<br />
seios paranasais como nicho de colonização descendente<br />
ou recolonização das VAI. É interessante<br />
o fato de não ter havido diferença significativa nos<br />
níveis de sIgA em saliva entre os grupos Pa(neg)<br />
e Pa(pos-neg) ao final do seguimento. Tivemos a<br />
hipótese de que isso seria explicado por episódios<br />
isolados de colonização nova ou recorrente nas<br />
VAI durante o estudo, o que nos levou ao segundo<br />
cenário de investigação. Entretanto, apesar dos níveis<br />
medianos de sIgA significativamente elevados<br />
no primeiro ano de seguimento, em pacientes<br />
que tiveram colonização recorrente, não foram<br />
observadas associações significativas entre essas<br />
variáveis, devido à porcentagem considerável de<br />
pacientes do grupo Pa(neg) com sIgA positiva ao<br />
final do seguimento (Tabela 2). Corroborando o<br />
que foi especulado em nossa análise transversal<br />
anterior [12], esses resultados sugerem fortemente<br />
que pacientes do grupo Pa(neg) compõem<br />
um grupo de risco para desenvolvimento<br />
de colonização/infecção das VAI. Tal hipótese foi<br />
confirmada em nosso terceiro cenário de investigação,<br />
no qual um valor mediano positivo do<br />
teste no primeiro ano de seguimento levou a riscos<br />
12,5 e nove vezes aumentados, de exposição<br />
à P. aeruginosa nas VAI, um e dois anos depois,<br />
respectivamente. Vale mencionar que, apesar da<br />
ausência de resultados positivos de cultura e/ou<br />
IgG sérica, pacientes que são livres de infecção de<br />
VAI não são livres de exposição à P. aeruginosa<br />
e, por isso, foram colocados juntos com pacientes<br />
com colonização intermitente, no mesmo grupo,<br />
nesse cenário específico. Além disso, o aumento<br />
significativo dos níveis de sIgA em pacientes<br />
Pa(neg) que não tiveram colonização recorrente<br />
nas VAI evita que nosso teste seja considerado um<br />
marcador de erradicação da colonização/infecção<br />
nesse compartimento.<br />
Embora o St-Ag contenha antígenos que reagem<br />
de forma cruzada com outras bactérias<br />
negativas, como relatado em estudos anteriores<br />
[30-32], isso não pareceu ser um grande<br />
problema em nosso estudo, já que, na grande<br />
maioria das vezes, não foi observada diferença<br />
estatística nos níveis de sIgA entre pacientes<br />
com e sem colonização recorrente por P. aeruginosa<br />
durante o seguimento, mesmo após a<br />
exclusão de pacientes que tinham colonização<br />
recorrente ou persistente com outras bactérias<br />
gram-negativas. Na maioria dos pacientes que<br />
desenvolveram colonização por P. aeruginosa<br />
nas VAI, ou tiveram episódios isolados de colonização<br />
durante o estudo, a resposta de sIgA<br />
foi detectada em saliva antes ou simultaneamente<br />
às conversões em resultados de cultura<br />
ou IgG sérica. Entretanto, houve casos em que<br />
o patógeno foi detectado primeiro nas VAI, e<br />
mais de 25% dos pacientes terminaram o seguimento<br />
como P. aeruginosa-positivo nas VAI<br />
sem converter os resultados de sIgA. Nesses<br />
pacientes, a fonte de recolonização pode ser as<br />
0 20<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
vias aéreas condutoras dos pulmões, onde a P.<br />
aeruginosa não é erradicada por antibioticoterapia,<br />
cresce lentamente em agregados de biofilmes,<br />
ou como microcolônias, devido à baixa<br />
concentração de oxigênio, seguido por resposta<br />
inflamatória ativada em menor grau [33-35].<br />
Tais discrepâncias também foram encontradas<br />
em estudos baseados em microbiologia, e o<br />
método de amostragem das vias aéreas parece<br />
ter um papel, já que métodos menos invasivos,<br />
tais como o lavado nasal, podem não representar<br />
todos os seios paranasais [36]. De fato, a<br />
concordância entre a presença da P. aeruginosa<br />
nas VAS e VAI parece variar de 19 a 55%, dependendo<br />
do método de amostragem [18,37,38].<br />
Além disso, a amostragem de um único seio específico<br />
pode não capturar as bactérias localizadas<br />
em outros seios paranasais [39]. Da mesma<br />
forma, não é possível afirmar categoricamente<br />
que a presença da P. aeruginosa em um dado<br />
seio paranasal pode despertar uma resposta<br />
mediada por sIgA detectável em saliva. Por<br />
outro lado, as taxas de compatibilidade genotípica<br />
de amostras recuperadas das VAS e VAI são<br />
altas [18,19,40]. Basicamente, isso sugere que<br />
os seios paranasais realmente agem como reservatórios<br />
bacterianos, mas não são os únicos.<br />
Conclusão<br />
Este é o primeiro estudo no continente Americano<br />
a avaliar a utilidade de um teste de ELISA<br />
para detecção de sIgA específica para P. aeruginosa<br />
em saliva. Naturalmente, há limitações.<br />
Primeiro, foi um estudo realizado em um único<br />
centro, com baixo número de pacientes e amostras,<br />
limitando análises estatísticas mais robustas.<br />
Segundo, o estudo carece de comparação entre a<br />
resposta de sIgA e a abordagem microbiológica<br />
dos seios paranasais, a qual não é feita de rotina<br />
em nosso centro, e é necessária para confirmar o<br />
verdadeiro potencial de nosso teste como marcador<br />
de colonização sinusal persistente. Terceiro, o<br />
baixo número de pacientes que desenvolveram<br />
colonização pulmonar crônica por P. aeruginosa<br />
impediu que avaliássemos a habilidade do teste<br />
de detectar precocemente o estabelecimento<br />
dessa infecção, o que prentendemos avaliar em<br />
um seguimento mais longo. Em geral, os resultados<br />
apresentam um teste fácil, rápido e exequível,<br />
que, em um curto tempo, detectou mudanças no<br />
perfil de colonização por P. aeruginosa nas VAI de<br />
pacientes com FC, e risco de exposição à P. aeruginosa<br />
nas VAI com dois anos de antecedência,<br />
corroborando, assim, a hipótese das “vias aéreas<br />
unificadas”. Embora sua utilidade diagnóstica<br />
deva ser mais bem avaliada, nosso teste surge<br />
como uma potencial alternativa para identificar<br />
pacientes com necessidade de investigação de<br />
colonização por P. aeruginosa nos seios paranasais,<br />
o que, por sua vez, pode abrir uma janela<br />
de oportunidade para erradicar a bactéria nesse<br />
compartimento antes que ela seja aspirada para<br />
os pulmões, evitando, ou pelo menos adiando, o<br />
estabelecimento da infecção pulmonar crônica.<br />
Financiamento<br />
Este estudo foi financiado pela Fundação de Amparo<br />
à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP;<br />
processo nº 2014/00007-8) e pelo Fundo de<br />
Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade<br />
Estadual de Campinas (FAEPEX; processo nº<br />
0112/17).<br />
Conflitos de interesse: Nenhum.<br />
ARTIGO 01<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 21
ARTIGO 02<br />
Autores:Natália Martins de Souza1;<br />
Claudia Peres da Silva2;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />
Técnicas de Biossegurança<br />
Em Ressonância Magnética para Profissionais<br />
Biomédicos Habilitados na Área<br />
1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />
Tecsoma- Paracatu/MG.<br />
2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />
de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />
3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />
Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />
Paracatu/MG.<br />
Resumo<br />
Vista como uma prática médica de alta sensibilidade e alta especificidade,<br />
o fenômeno da ressonância magnética foi descoberto<br />
em 1946 por Felix Bloch e Edward Purcel na Universidade de Stanford<br />
(EUA), onde é capaz de obter imagens em alta resolução e em<br />
diversos planos sem a utilização de radiação ionizante. Fixou-se<br />
como o método imagenológico mais importante e menos invasivo<br />
já descrito, adquirindo um papel fundamental no diagnóstico das<br />
mais variadas patologias. Mediante a constante evolução que esses<br />
equipamentos sofrem, viu-se a necessidade da criação de protocolos<br />
que confiassem a execução do procedimento de uma forma<br />
segura, sendo descritos na norma IEC 60601-2- 33:2002. Este<br />
trabalho tem como finalidade primordial identificar e analisar as<br />
atuais normas de segurança direcionadas ao ambiente de RM, garantindo<br />
mais segurança aos profissionais Biomédicos habilitados<br />
na área e aos pacientes direcionados ao exame, diminuindo risco<br />
de possíveis acidentes.<br />
Palavras-Chave: Ressonância magnética; biossegurança; biomédicos.<br />
Abstract<br />
This is a high practice and magnetic resonance was detected<br />
in 1946 by Felix Bloch and Edward Purcel at Stanford University<br />
(USA) use of ionizing radiation. The imaging method is more<br />
important and less invasive already described, acquiring a fundamental<br />
role without the diagnosis of the most varied pathologies.<br />
Through the reissuing of the burns suffered, the creation<br />
of reports on the existence of a process verification in a safe way<br />
was seen, being a norm in the IEC 60601-2-33: 2002 standard.<br />
This is a first program of analysis of data and statistics related to<br />
risk statistics on the basis of the likelihood that they will be risk-<br />
-free. Magnetic resonance imaging. Biosafety. Biomedical.<br />
Keywords: Magnetic resonance imaging; biosafety; biomedical.<br />
Introdução<br />
A espectroscopia por ressonância magnética é uma das técnicas<br />
mais utilizadas atualmente devido a sua alta especificidade<br />
e sensibilidade, que possibilita a obtenção de imagens em vários<br />
planos e em alta definição, atuando de forma não invasiva e sem a<br />
utilização de radiação ionizante. (SILVA, 2011).<br />
O fenômeno da ressonância magnética foi descrito em 1946 por<br />
Felix Bloch e Edward Purcel na Universidade de Stanford (EUA),<br />
porém a obtenção de imagens do corpo humano só se tornaram<br />
possíveis 30 anos após através de estudos de diversos outros cientistas.<br />
(MAZZOLA, 2012).<br />
No Brasil não existem protocolos divulgados pela Associação<br />
0 22<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) nem<br />
mesmo pelo Instituto Nacional de Metrologia,<br />
Normalização e Qualidade Industrial (INME-<br />
TRO) que garantem qualidade na formação das<br />
imagens e medidas que promovem segurança<br />
na realização do procedimento e ao ambiente<br />
dotado pelo equipamento, utilizando assim, os<br />
protocolos estabelecidos pelo American College<br />
of Radiology (ACR) criados no ano de 2001 e revisados<br />
no ano de 2007 mediante a incidentes<br />
adversos notificados. (FERREIRA; NACIF, 2011).<br />
Devido a grande exposição de riscos no ambiente<br />
de ressonância magnética aos pacientes,<br />
acompanhantes e funcionários é necessário<br />
fazer constantes atualizações sobre o funcionamento<br />
do equipamento, evitando exposição<br />
excessiva a energia dos campos, que podem<br />
alterar sua frequência, pois ainda não se sabe<br />
ao certo os efeitos nocivos desta deposição no<br />
corpo humano. (SILVA, 2011).<br />
De acordo com a resolução nº 234, de 05 de dezembro<br />
de 2013 estabelecida pelo Conselho Federal<br />
de Biomedicina (CFBM) o profissional Biomédico se<br />
torna apto a manusear, estabelecer e criar protocolos<br />
relacionados a ressonância magnética funcional<br />
e espectroscópica, podendo fornecer informações<br />
que auxiliam no laudo, executar anamnese dos<br />
pacientes, administrar meios de contraste, atuar<br />
na função administrativa, promover pesquisas que<br />
utilizam da ressonância magnética, dentre diversas<br />
outras atribuições. (CONSELHO FEDERAL DE BIO-<br />
MEDICINA, 2013).<br />
Mediante os relatos do Instituto para Educação<br />
e Pesquisa em Segurança de Ressonância<br />
Magnética (IMRSER) os incidentes registrados<br />
dentro do ambiente de ressonância magnética,<br />
estão relacionados a falhas no procedimento de<br />
triagem e a falhas no controle da entrada de<br />
pacientes submetidos ao exame, que adentram<br />
com objetos inapropriados e aos pacientes portadores<br />
de dispositivos e implantes potencialmente<br />
perigosos. (INSTITUTO PARA EDUCAÇÃO<br />
E PESQUISA EM SEGURANÇA DE RESSONÂNCIA<br />
MAGNÉTICA, 2014).<br />
Dessa forma, a International Electrotechnical<br />
Commission (IEC) disponibilizou em 1995 a<br />
primeira edição da norma 60601-2-33, que<br />
estabelece medidas de segurança quanto aos<br />
equipamentos de ressonância. Em 2002 foi<br />
publicada a segunda edição da norma, 60601-<br />
2-33:2002 denominada como “Prescrições<br />
Particulares para a Segurança de Equipamentos<br />
de Ressonância Magnética para Diagnose Médica”,<br />
que recomenda que a área de acesso ao<br />
ambiente de ressonância deve ser controlada,<br />
estabelecendo limites para os ruídos acústicos e<br />
garantia de qualidade aos equipamentos, dentre<br />
diversos outros. (MORAES, 2003).<br />
Por fim, cuidados básicos pré-operatórios são<br />
fundamentais e conferem a realização de um<br />
procedimento seguro, como não levar objetos<br />
ferromagnéticos, pacientes grávidas ou amamentando,<br />
pacientes portadores de marca-passo<br />
cardíaco, dentre outros, mesmo que estes<br />
não sejam estabelecidos e exigidos por meio de<br />
protocolos brasileiros. (RAMOS, 2016).<br />
Materiais e Métodos<br />
Foi realizado através de extensas pesquisas<br />
bibliográficas relacionadas aos princípios básicos<br />
da imagem por ressonância magnética,<br />
levando em consideração os protocolos de segurança<br />
estabelecidos pela norma 60601-33-2<br />
de 1995, este projeto visa analisar e revisar as<br />
técnicas atuais de biossegurança na prática de<br />
ressonância para os profissionais biomédicos<br />
habilitados na área, e com a sistematização do<br />
problema, realizar através de entrevista ao centro<br />
de imaginologia da cidade de Paracatu-MG,<br />
verificar os métodos de segurança empregados<br />
pelo estabelecimento.<br />
Critérios Éticos: Mediante a resolução nº<br />
234, de 05 de dezembro de 2013 do Conselho<br />
Federal de Biomedicina – CFBM (CFBM, 2013),<br />
o profissional Biomédico está apto a atuar no<br />
setor de imaginologia que compõe o diagnóstico<br />
por imagem. (CONSELHO FEDERAL DE BIO-<br />
MEDICINA, 2013).<br />
O presente estudo atenderá devidamente as normas<br />
e diretrizes estabelecidas pela Associação Brasileira<br />
de Normas Técnicas (ABNT) e as normas estabelecidas<br />
pelo Conselho Nacional de Metrologia,<br />
Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO<br />
(CONMETRO, 1992), presente na resolução nº 07,<br />
de 24 de agosto de 1992. (ASSOCIAÇÃO BRASILEI-<br />
RA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992).<br />
Caracterização do Estudo: De acordo<br />
com Marconi e Lakatos (2006, p.189) o estudo<br />
exploratório consiste na elaboração de questões<br />
ou problemas com intuito de formular hipóteses<br />
que clarificam os conceitos de biossegurança já<br />
existentes, com o propósito de sugerir novos<br />
métodos que possam ser dotados em procedimentos<br />
subsequentes diminuindo índices de<br />
acidentes. (MARCONI; LAKATOS, 2006).<br />
Amostra: Com base nestas informações,<br />
este trabalho revisou os conceitos existentes<br />
de biossegurança no setor de ressonância<br />
magnética, analisando os protocolos estabelecidos<br />
na norma 60601-33-2 de 1995 do<br />
IEC, listando os principais efeitos biológicos ao<br />
profissional biomédico habilitado em imaginologia<br />
frente aos diversos aparelhos manipulados<br />
na área, revisando possíveis medidas de<br />
prevenção para estes.<br />
Critérios de Inclusão: A importância de<br />
estabelecer e executar as medidas de biossegurança<br />
no setor de ressonância magnética, com a<br />
finalidade de garantir segurança aos profissionais<br />
biomédicos e diminuir os riscos de acidentes<br />
relacionados.<br />
Procedimentos do estudo: Foi realizada<br />
uma revisão bibliográfica mediante os protocolos<br />
existentes e quanto ao método empregado<br />
na realização dos procedimentos de ressonância<br />
magnética, fazendo uma comparação com<br />
os atuais métodos empregados no centro de<br />
imaginologia do município de Paracatu-MG,<br />
questionando a forma de como é realizado a<br />
anamnese e o preparo tanto do paciente quanto<br />
do ambiente de imaginologia e quais são as<br />
medidas e protocolos dotados pelo estabelecimento<br />
que garantem segurança ao profissional<br />
e ao paciente na realização do procedimento.<br />
Instrumentos: Este trabalho foi desenvolvido<br />
através de fichamentos construídos<br />
por meio de artigos, fazendo um comparativo<br />
entre o número de acidentes registrados e dos<br />
ARTIGO 02<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 23
Autores:Natália Martins de Souza1;<br />
Claudia Peres da Silva2;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />
ARTIGO 02<br />
principais protocolos estabelecidos pelo Conselho<br />
Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por<br />
Imagem (CBN), American College of Radiology<br />
(ACR) e da International Electrotechnical Commission<br />
(IEC), em relação ao atual índice de<br />
acidentes notificados juntamente das medidas<br />
dotadas pelo centro de imaginologia de Paracatu-MG,<br />
verificando a eficácia das mesmas.<br />
Retorno aos Avaliados: Através do desenvolvimento<br />
desse trabalho, espera-se que os<br />
objetivos gerais e específicos sejam alcançados<br />
de forma a melhorar as condições de biossegurança<br />
aos profissionais biomédicos e aos<br />
pacientes submetidos ao exame de ressonância<br />
magnética, estabelecendo novos métodos que<br />
possam garantir maior segurança com intenção<br />
de evitar acidentes no setor de imaginologia.<br />
Revisão literária<br />
As melhorias nos processamentos de dados e<br />
os importantes avanços desta modalidade fizeram<br />
com que fosse possível a obtenção de imagens<br />
de todo o corpo através de um único exame,<br />
que juntamente da utilização de bobinas<br />
superficiais tornou mais rápido a liberação das<br />
imagens geradas. (MADUREIRA, et. al. 2010).<br />
O diagnóstico por imagem da ressonância<br />
magnética equivale ao desenvolvimento de um<br />
campo magnético juntamente da emissão de<br />
onda de radiofrequência que transpõe o torso<br />
do paciente, sendo que através do alcance dessas<br />
ondas, tornam-se possíveis adquirir diagnósticos<br />
a cerca de tecidos intrínsecos e órgãos.<br />
(PARENTE, 2017).<br />
Esse fenômeno da RM é especialmente aplicado<br />
a tecidos moles, sendo que no corpo humano,<br />
cada átomo possui determinado campo<br />
magnético, o que faz com que cada um deles,<br />
atue como uma espécie de ímã. Nesse contexto,<br />
no momento em que o corpo humano é posicionado<br />
no interior de um tubo gerador de um<br />
campo magnético, os núcleos dos átomos se<br />
alinham ao redor deste campo, brandindo-se<br />
1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />
Tecsoma- Paracatu/MG.<br />
2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />
de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />
3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />
Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />
Paracatu/MG.<br />
em torno de si próprio com frequência relacionada<br />
ao tipo de núcleo, possibilitando a distinção<br />
dos diversos tipos de tecidos. (MADUREIRA,<br />
et. al. 2010).<br />
A ressonância magnética é definida como um<br />
sistema eletromédico que pode ser programado<br />
e como um sistema de ressonância magnética,<br />
englobando todo o conjunto que forma<br />
o equipamento de imagem por ressonância<br />
magnética, dentre eles os acessórios e o acesso<br />
controlado a área que abriga o equipamento.<br />
(MORAES, 2003).<br />
A capacidade que a ressonância magnética<br />
possui em analisar qualquer parte do corpo humano<br />
de forma não invasiva e sem a utilização<br />
de radiação ionizante coloca essa prática médica<br />
a frente de diversos outros métodos convencionais<br />
de imagem, possibilitando a aplicação<br />
de diversas transformações geométricas que facilitam<br />
a análise e a interpretação das imagens<br />
geradas. (VENTURA, 2012).<br />
A imagem por RM é obtida através de três<br />
etapas essenciais: o alinhamento, a excitação e<br />
a detecção de radiofrequência. O momento do<br />
alinhamento, diz-se a respeito da capacidade<br />
magnética de alguns átomos de se organizar<br />
lado a lado de um campo magnético. Na excitação,<br />
cada átomo de hidrogênio brande-se<br />
em frequência paralela pela qual está sendo<br />
submetido, expedindo uma onda eletromagnética<br />
em frequência similar, caracterizando<br />
o fenômeno da ressonância. Na última etapa,<br />
os átomos de hidrogênio tornam-se instáveis<br />
mediante a captação da energia da onda eletromagnética,<br />
retornando a fase de pré-excitação.<br />
(MADUREIRA, et. al. 2010).<br />
Sendo assim, para que as imagens por RM<br />
sejam geradas com qualificação necessária para<br />
análise e compreensão de possíveis diagnósticos<br />
médicos, cuidados básicos e essências devem<br />
ser dotados no momento de realização do<br />
exame, dentre eles, a movimentação do paciente,<br />
que quando realizada com grande intensidade<br />
no interior do equipamento pode sensibilizar<br />
o processo de geração de imagens, nulificando<br />
o exame. (FEDERIZZI; SOUZA, 2013).<br />
Resultados e discussão<br />
Mediante a escassez do equipamento imagenológico<br />
de RM na região do noroeste mineiro,<br />
foi analisada apenas uma clínica que possui atualmente<br />
em seu estabelecimento o equipamento<br />
em questão, sendo localizada no município de<br />
Paracatu, MG. Em questão de que o equipamento<br />
estudado ainda é visto como uma tecnologia<br />
nova, onde métodos que utilizam de raios x e<br />
ultrassons são os métodos mais empregados na<br />
prática médica atual, garantindo mais segurança<br />
ao fenômeno da ressonância magnética por ter<br />
caráter não invasivo e a não utilização de radiação<br />
ionizante. (CARVALHO, 2007).<br />
Com base na demanda de execução do exame<br />
e as medidas de segurança dotadas pelo<br />
estabelecimento, levando em consideração os<br />
acidentes registrados e as normas estabelecidas<br />
pelos conselhos internacionais ECRI, FDA e pela<br />
norma IEC 60601-2-33:2002, foi elaborado um<br />
questionário, dotado de perguntas abertas e fechadas,<br />
totalizando 09 questões, questionando<br />
sobre as medidas de segurança dotadas pelo<br />
estabelecimento. A presente norma promove<br />
um balanceamento quanto os riscos e benefícios<br />
na execução do exame, elaborando um<br />
corpo clínico para os pacientes, direcionando-se<br />
exclusivamente para medidas técnicas baseadas<br />
quanto à segurança de funcionários e pacientes<br />
expostos ao equipamento. (MORAES, 2003).<br />
Nota-se que o equipamento de RM foi recentemente<br />
implantado no estabelecimento, que<br />
0 24<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Autores:Natália Martins de Souza1;<br />
Claudia Peres da Silva2;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />
ARTIGO 02<br />
foi no ano de 2016, intitulado com as necessidades<br />
da população, fornecendo suporte aos<br />
mesmos, aos médicos e hospitais da região.<br />
A empresa possui 02 profissionais habilitados<br />
voltados para o manuseio do equipamento, sendo<br />
ambos biomédicos devidamente capacitados<br />
para operar o equipamento. Os profissionais em<br />
questão se tornam aptos no manejo do equipamento<br />
mediante ao Conselho Federal de Biomedicina<br />
(resolução nº 234, de 05 de dezembro de<br />
2013), que traz o profissional em questão com<br />
um vasto conhecimento quanto às necessidades<br />
de manutenção do equipamento e questões de<br />
execução do exame imagenológico. (CONSELHO<br />
FEDERAL DE BIOMEDICINA, 2013).<br />
É mencionado que o estabelecimento faz<br />
uso de todas as normas de segurança estabelecidas,<br />
desde o fornecimento de EPIs e EPCs<br />
para pacientes e funcionários, cumprindo com<br />
o PCMSO e PPRA elaborado pelo profissional<br />
especializado na área, realizando também exames<br />
periódicos dos profissionais que trabalham<br />
na empresa. Nesse contexto, Luciano de Moraes<br />
(2003), traz em sua dissertação, que em alguns<br />
países, caso julguem necessário, podem dotar-<br />
-se de legislações que delimitam quantidades<br />
de exposição dos funcionários ao campo magnético,<br />
zelando pela segurança dos profissionais,<br />
mediante ao pouco conhecimento que se<br />
tem do equipamento. Ressalvo que até o presente<br />
momento, o Brasil não dota dessa delimitação<br />
de exposição da equipe responsável pelo<br />
manuseio do equipamento. (MORAES, 2003).<br />
São realizados mais de 6 exames diariamente,<br />
e desde o início do funcionamento do equipamento<br />
no estabelecimento não foi constatado<br />
nenhum acidente quanto a realização do procedimento.<br />
Com base em dados assistenciais<br />
divulgados pela Agência Nacional de Saúde<br />
Suplementar (ANS) nos anos de 2014 e 2015,<br />
variou entre 119 a 132 exames a cada 1.000 beneficiários,<br />
sendo estes divulgados por operadoras<br />
de planos privados de assistência à saúde<br />
através do Sistema de Informações de Produtos<br />
(SIP). (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLE-<br />
MENTAR, 2015).<br />
A empresa realiza manutenção bimestral do<br />
equipamento, sendo esta fornecida pelo fabricante<br />
do equipamento utilizado, que a realiza de<br />
modo preventivo e corretivo. A norma empregada<br />
neste estudo menciona que a rotina de manutenção<br />
do equipamento deve seguir uma agenda,<br />
que identifica quais partes do equipamento deverão<br />
ser avaliadas pela equipe, sendo realizada<br />
em períodos regulares. (MORAES, 2003).<br />
O meio de contraste utilizado no procedimento<br />
de RM é o gadolínio, injetado de forma<br />
endovenosa. Ele possui grande atividade paramagnética<br />
do íon de gadolínio, provocando<br />
o aumento do campo magnético, acarretando<br />
a redução dos tempos de relaxamento T1 e T2.<br />
(MAZZOLA, 2012).<br />
O gadolínio está disponível em quatro formas<br />
diferentes: gadopentetato, gadodiamida, gadoteridol<br />
e gadoterato meglumina, sendo diferenciados<br />
pela sua estrutura molecular e pelos seus<br />
efeitos colaterais, onde cada um deles possui<br />
um grau de liberação do seu íon no organismo.<br />
(MORAES, 2003).<br />
São divididos em duas categorias principais:<br />
extracelular inespecífico e intracelular específico,<br />
onde a principal diferença entre eles é a<br />
partícula quelante responsável pelo transporte<br />
do gadolínio. Dessa forma, considera-se que os<br />
agentes à base de gadolínio são mais seguros<br />
que o contraste de iodo, porém, ainda existem<br />
possíveis agravos nos quais devem ser reconhecidos<br />
para melhor execução do tratamento e<br />
para orientações antes e depois da execução do<br />
exame. (RESCA; HAYASHI; CHEN, 2014).<br />
Efeitos adversos associados ao uso de contraste<br />
à base gadolínio (náuseas, cefalalgia ou<br />
mudanças no paladar) quase nunca aparecem,<br />
não apresentando também hepatotoxicidade<br />
e nefrotoxicidade quando administrado<br />
em quantidades clinicamente recomendadas.<br />
1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />
Tecsoma- Paracatu/MG.<br />
2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />
de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />
3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />
Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />
Paracatu/MG.<br />
(SCHVARTZMAN; SILVEIRA; BERTASO, 2012).<br />
Na RM nota-se algumas vantagens valiosas perante<br />
as outras modalidades médicas imagenológicas,<br />
dentre elas sua função multiplanar, alta<br />
resolução espacial, a não utilização de radiação<br />
ionizante e a capacidade de executar exames com<br />
contraste. (RESCA; HAYASHI; CHEN, 2014).<br />
Riscos associados ao ambiente de RM são<br />
ocasionados pela vulnerabilidade que existe<br />
na atração de objetos ferromagnéticos, que em<br />
contato com o campo, podem ser vigorosamente<br />
atraídos. (PARENTE, 2017).<br />
O FDA (Food and Drug Administration) aborda<br />
uma série de riscos e benefícios que se atribuem<br />
em um exame de RM. Destaca-se nos benefícios<br />
a não utilização de radiação ionizante, a<br />
obtenção de imagens de qualquer parte do<br />
corpo humano, em qualquer plano e em alto<br />
contraste. Ressaltando a excelente capacidade<br />
que o equipamento tem em diferenciar água,<br />
gordura, músculos e tecidos moles do que outros<br />
métodos imagenológicos convencionais.<br />
Dentre os riscos, destaca-se a forte atração de<br />
objetos ferromagnéticos pelo campo magnético<br />
e os fortes ruídos que o equipamento emite,<br />
ressaltando a sensação de claustrofobia que alguns<br />
pacientes podem sentir. (FOOD AND DRUG<br />
ADMINISTRATION, 2017).<br />
As imagens geradas pelo método da RM<br />
possuem maior capacidade em demonstrar as<br />
diferentes estruturas do cérebro, o que torna<br />
mais fácil a detecção de mínimas alterações em<br />
diversas condições patológicas, principalmente<br />
em condições dismielinizantes e em processos<br />
infiltrativos. (JÚNIOR; YAMASHITA, 2001).<br />
Em alguns pacientes submetidos ao exame<br />
0 26<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Sistema imunoensaio Point of Care<br />
Especificações<br />
Tipo de Amostra<br />
Reconhecimento de Marcadores<br />
Modos de teste<br />
Memória<br />
Dimensões e peso<br />
Entrada de energia<br />
Temperatura Operacional<br />
Temperatura de Armazenamento<br />
Umidade<br />
ID do Paciente e Operador<br />
Dispositivo Opcional<br />
Sangue Venoso (EDTA)<br />
RFID<br />
Modo Paciente Teste : 10 minutos/teste<br />
Modo Múltiplus Testes: Acima de 100 hora/teste<br />
1000 resultados<br />
Analisador : 16.8 X 19 X9.5 (cm), 0.8kg<br />
Tira: 3 X 9.8 X 0.6 (cm) , 8.7g<br />
DC 9V/3A<br />
18 ~ 32°C (64 ~90°F)<br />
Analisador:2~35°C (36~95°F)<br />
Tira: 2 ~ 30°C (36 ~86°F)<br />
10 ~ 85%<br />
Teclado Touch ou Leitor de Código de Barras<br />
Impressora Térmica,Leitor de Código de Barras,<br />
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Patologias
Autores:Natália Martins de Souza1;<br />
Claudia Peres da Silva2;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />
ARTIGO 02<br />
nota-se o grande sofrimento psicológico que<br />
o procedimento causa, destacando-se a ansiedade<br />
e os ataques de pânico, sendo caracterizada<br />
por náuseas, palpitações, desmaio, dores<br />
no peito, dispneia, tremores, sudoreses, dentre<br />
outros. (SILVA, 2011).<br />
De acordo com Mazilli e outros (2002), citado<br />
por Welderlany Carvalho Parente (2017,<br />
p. 16), o termo segurança em ressonância magnética<br />
é visto como uma série de atitudes e recursos<br />
empregados na proteção da radiação não<br />
ionizante, sendo utilizado para diminuir riscos, e,<br />
dessa forma, obter segurança no setor. (PARENTE,<br />
2017, p. 16 apud Mazilli, et. al. 2002).<br />
O desenvolvimento de equipamentos superiores<br />
a 10T faz com que haja uma necessidade<br />
muito maior em se estudar a interação dos<br />
campos magnéticos com o corpo humano, sendo<br />
que até o presente momento tem-se que os<br />
equipamentos de até 8T não trazem malefícios<br />
para pacientes adultos, mostrando a importância<br />
em rever as atuais diretrizes de segurança<br />
existentes, a fim de que se tornem adequadas<br />
a atender os futuros aparelhos imagenológicos,<br />
evitando possíveis acidentes. (SILVA, 2011).<br />
O termo biossegurança é constituído de um<br />
conjunto de normas que verifica, principalmente,<br />
a prevenção, minimização e a erradicação<br />
de riscos, baseando-se em decisões técnicas e<br />
administrativas com o intuito de propor adaptações<br />
ou mudanças mediante a situações que<br />
podem afetar a saúde em âmbito social e ambiental.<br />
(PARENTE, 2017).<br />
Quando tratado os quesitos de segurança em<br />
um ambiente imagenológico de RM, envolve-<br />
-se uma série de aspectos que merecem atenção<br />
especial, como por exemplo, a ansiedade,<br />
gravidez, pacientes portadores de dispositivos<br />
médicos, ruído acústico, implantes, claustrofobia,<br />
dentre outros. (MORAES, 2003).<br />
A maioria dos acidentes registrados em um<br />
ambiente de RM estão correlacionados com<br />
o campo magnético estático, o gradiente de<br />
campo magnético e com o campo eletromagnético<br />
de radiofrequência, porém, os meios de<br />
contraste também podem oferecer risco potencial<br />
aos pacientes e com isso, merecem atenção<br />
especial dentro do ambiente imagenológico.<br />
(MAZZOLA, 2012).<br />
Atualmente, não existem normas federais<br />
ou estaduais de controle de qualidade para os<br />
equipamentos de RM estabelecidos no Brasil,<br />
utilizando-se assim as normas internacionais<br />
estabelecidas pela ACR (American College of<br />
Radiology), NEMA (National Electrical Manufacturers<br />
Association) dentre outras. (CAPAVER-<br />
DE; MOURA; SILVA, 2012).<br />
Existem diversos relatos de incidentes registrados<br />
em um ambiente de ressonância magnética,<br />
incluindo desde falhas na anamnese<br />
a falhas na execução do procedimento, e com<br />
isso, a norma IEC 60601-2-33:2002, designada<br />
em “Prescrições Particulares para a Segurança<br />
de Equipamentos de Ressonância Magnética<br />
para Diagnose Médica”, atualizada no ano de<br />
2002, foi criada a fim de estabelecer critérios<br />
de segurança para os funcionários e pacientes<br />
submetidos ao procedimento, e dessa forma, ao<br />
ambiente imagenológico. (MORAES, 2003).<br />
A norma aborda medidas técnicas quanto à<br />
segurança dos pacientes e do pessoal envolvido<br />
Pacientes indicados para realização do exame<br />
Pacientes portadores de parafusos e hastes em ossos;<br />
Portadores de valvas artificiais;<br />
Pacientes portadores de próteses de aorta;<br />
Pacientes com dispositivos intrauterinos e contraceptivos;<br />
Pacientes com diafragma;<br />
Pacientes com cosméticos permanentes e tatuagens;<br />
Pacientes com suturas;<br />
Pacientes com stents coronarianos;<br />
Pacientes grávidas.<br />
Quadro 1: Indicações x contraindicações<br />
1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />
Tecsoma- Paracatu/MG.<br />
2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />
de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />
3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />
Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />
Paracatu/MG.<br />
no ambiente, incluindo treinamento aos manuseadores<br />
do equipamento, regras relacionadas<br />
quanto ao acesso ao equipamento de ressonância<br />
magnética, equipe qualificada e capacitada<br />
para a tomada de decisões quanto à segurança<br />
do ambiente e dos pacientes e a importância<br />
de se ter responsabilidade médica no momento<br />
em que o paciente está no interior ou perto<br />
do equipamento de imagem. (INTERNATIONAL<br />
ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2002).<br />
A norma deixa bastante claro que todas as<br />
medidas organizacionais tanto do controle<br />
quanto da operação do equipamento são de<br />
total responsabilidade do usuário, englobando<br />
qualificação e treinamento adequado a equipe<br />
responsável pelo equipamento, tornando-os<br />
altamente capacitados a tomada de decisões<br />
relacionadas à segurança. (MORAES, 2003).<br />
No processo de execução do exame por RM existem<br />
alguns critérios de indicações e contraindicações<br />
quanto à exposição dos pacientes ao campo<br />
Pacientes contraindicados à realização do exame<br />
Pacientes portadores de marca-passo cardíaco;<br />
Pacientes com clips vasculares ferrosos;<br />
Pacientes com implantes cocleares;<br />
Pacientes com projeteis de arma de fogo;<br />
Pacientes portadores de implantes penianos e esfíncteres<br />
artificiais;<br />
Pacientes com aparelhos e materiais dentários;<br />
Pacientes com piercings corporais (devendo ser removidos<br />
antes do exame);<br />
Pacientes com cateteres e acessórios cardiovasculares;<br />
Pacientes com fragmentos metálicos nos olhos.<br />
0 28<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Autores:Natália Martins de Souza1;<br />
Claudia Peres da Silva2;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />
ARTIGO 02<br />
magnético correlacionado. (PARENTE, 2017).<br />
Isso se deve em decorrência de que alguns<br />
objetos possam ser desalojados ou movidos,<br />
e dessa forma, induzirem correntes elétricas,<br />
provocando aquecimento e interpretações incorretas<br />
quanto aos resultados dos exames por<br />
produzirem artefatos indicando anormalidades,<br />
além de possíveis acidentes. (MORAES, 2003).<br />
É necessário estabelecer medidas de segurança<br />
juntamente com os pacientes, realizando<br />
uma triagem que antecede a entrada e a realização<br />
do procedimento, indicando as indicações<br />
e contraindicações absolutas quanto ao contato<br />
com o equipamento imagenológico, quanto<br />
pacientes portadores de aparelhos médicos<br />
(marca-passo, clips, projeteis, etc.), claustrofobia,<br />
gravidez, presença de quaisquer objetos<br />
pessoais ferromagnéticos, dentre outros. (FER-<br />
REIRA, 2008).<br />
Com base nas informações obtidas dos artigos<br />
analisados e aos dados do ECRI e FDA, segue-<br />
-se abaixo um quadro (Quadro 1: Indicações x<br />
contraindicações), com possíveis indicações e<br />
contraindicações relacionadas à pacientes portadores<br />
de objetos médicos ferromagnéticos e<br />
pacientes grávidas.<br />
A imagenologia é definida como um agregado<br />
de métodos que utilizam as imagens como<br />
uma forma de prevenção e diagnóstico, que<br />
possibilita o estudo de órgãos e sistemas do<br />
organismo humano, que vem sendo uma das<br />
maiores áreas de ascensão no mercado de trabalho<br />
biomédico, sendo uma área legalmente<br />
habilitada pelo CFBM. (TEODORO, 2016).<br />
O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) habilitou<br />
no ano de 2013 na resolução nº 234, de 05<br />
de dezembro de 2013 os profissionais Biomédicos<br />
na área imaginológica, com o intuito de acompanhar<br />
as inovações tecnológicas na área da saúde,<br />
mediante a capacidade que este profissional tem<br />
em compreender, analisar e reconhecer possíveis<br />
alterações nas imagens geradas. (CONSELHO FE-<br />
DERAL DE BIOMEDICINA, 2013).<br />
O profissional biomédico ganhou espaço nesse<br />
mercado de trabalho em decorrência de conhecer<br />
muito bem a área da saúde e também por dedicar<br />
seu vasto aprendizado em prol da diagnose por<br />
imagem e terapias. (CAPARBO, 2012).<br />
O manual do biomédico traz uma série de<br />
atribuições que o profissional biomédico pode<br />
executar em um ambiente de ressonância<br />
magnética, dentre elas destacam-se a atuação<br />
na definição dos protocolos de exame, administração<br />
dos meios de contraste, a realização<br />
da anamnese dos pacientes, atuação nos pós-<br />
-processamentos das imagens, atuação nas<br />
mais diversas tecnologias quanto à ressonância<br />
magnética, realização de pesquisas utilizando o<br />
equipamento, dentre diversas outras. (CONSE-<br />
LHO REGIONAL DE BIOMEDICINA, 2017).<br />
1 Aluna de graduação do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/<br />
Tecsoma- Paracatu/MG.<br />
2 Biomédica, Mestre em Ciências da Saúde, Professora Orientadora do Curso<br />
de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma– Paracatu/MG.<br />
3 Historiador, Especialista em História Moderna e Contemporânea, Professor<br />
Co-orientador do Curso de Biomedicina da Faculdade Finom/Tecsoma–<br />
Paracatu/MG.<br />
Conclusão:<br />
O uso do método de diagnóstico por imagem<br />
se torna cada vez mais essencial, promovendo<br />
diagnósticos precisos e perceptíveis, mas que<br />
infelizmente podem acarretar danos nocivos à<br />
saúde humana quando executado de maneira<br />
inadequada, fazendo-se necessário a adoção de<br />
medidas preventivas e corretivas, a fim de diminuir<br />
índices potenciais de acidentes no ambiente<br />
imagenológico, tanto para os pacientes quanto<br />
para os funcionários. (CARVALHO, 2007).<br />
Com isso, se torna nítida a importância que<br />
existe na certificação de equipamentos eletromédicos<br />
a título de evitar possíveis acidentes, e a<br />
norma IEC 60601 exprime a preocupação do comitê<br />
eletrotécnico exterior em certificar o maior<br />
nível viável de segurança existente aos indivíduos<br />
que necessitam do equipamento, sejam eles<br />
pacientes ou manuseadores. (INTERNATIONAL<br />
ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2010).<br />
Para que haja qualquer tipo de prevenção,<br />
é necessário que se tenha um conhecimento<br />
prévio dos efeitos maléficos que os campos<br />
eletromagnéticos podem acarretar, bem como<br />
os que envolvem pacientes portadores de dispositivos<br />
metálicos, quanto pacientes grávidas,<br />
sendo de suma importância a elaboração<br />
de um questionário a cerca das indicações e<br />
contraindicações do exame, tornando obrigatório<br />
o cumprimento de todas as normas<br />
estabelecidas. (GUERRA et al. 2012).<br />
Dessa forma, o gerenciamento de risco é um<br />
aspecto essencial atribuído à norma estudada, por<br />
promover um caráter obrigatório aos fabricantes de<br />
equipamentos médicos a realizarem um estudo<br />
mais afundo para determinar possíveis perigos na<br />
utilização desses equipamentos. (INTERNATIONAL<br />
ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2010).<br />
A adoção de medidas de segurança, tais como<br />
triagem, uso de EPI’s e EPC’S adequados, revestimento<br />
correto do ambiente de exame, são<br />
indispensáveis, visando à erradicação e minimização<br />
de riscos relacionados ao procedimento<br />
imagenológico. (PARENTE, 2017).<br />
Por fim, vale ressaltar as grandes dificuldades<br />
encontradas no decorrer da edificação deste<br />
trabalho, como a carência do equipamento no<br />
Noroeste Mineiro, que mesmo sendo o método<br />
de caráter menos invasivo e de melhor resolução,<br />
ainda existe uma escassez muito grande<br />
mediante ao alto custo do exame e ao alto custo<br />
da instalação do mesmo ao ambiente imagenológico,<br />
e no mais, a grande dificuldade encontrada<br />
ao acesso à norma internacional.<br />
A dificuldade apresentada abre campo para uma<br />
pesquisa futura, visando à análise da demanda do<br />
exame juntamente de atualizações quanto a novos<br />
protocolos de segurança, atualizando números de<br />
acidentes acometidos. Promovendo dessa forma<br />
um levantamento de dados que visam rever as<br />
constantes atualizações sobre o equipamento, e<br />
dessa forma, medidas de segurança.<br />
0 30<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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Autores:Natália Martins de Souza1;<br />
Claudia Peres da Silva2;<br />
Geraldo Benedito Batista Oliveira3.<br />
ARTIGO 02<br />
Agradecimentos:<br />
Agradeço primeiramente a Deus, que é minha<br />
força e fortaleza, que me permitiu chegar até<br />
aqui com garra e saúde. A minha família minha<br />
base, em especial a minha mãe Solângela, por<br />
toda paciência e incentivo para que meus estudos<br />
se concretizassem.<br />
Ao meu namorado Ernane, e aos meus amigos,<br />
por todo o apoio, paciência e carinho prestado,<br />
e a todos aqueles que direta ou indiretamente<br />
contribuíram para a conclusão de mais<br />
esta etapa na minha vida.<br />
As minhas colegas de sala, que foram fundamentais<br />
no desenvolvimento deste projeto, que<br />
me apoiaram e que me ajudaram sempre que<br />
necessário, fazendo parte da minha formação.<br />
A todo campo docente, em especial minha<br />
orientadora MsC. Cláudia Peres da Silva que<br />
me cedeu parte do seu tempo e da sua atenção<br />
que com muito carinho e empenho fez com<br />
que meu trabalho ganhasse outro significado e<br />
tendo maior valor científico, tirando minhas dúvidas<br />
e fazendo todas as correções necessárias.<br />
Ao meu orientador metodológico Geraldo B.<br />
B. Oliveira que me acolheu com muito carinho e a<br />
instituição Tecsoma pela oportunidade oferecida e<br />
pelo ensino de qualidade prestado, que serviram de<br />
grande conhecimento profissional e pessoal.<br />
A clínica de Imaginologia da cidade de Paracatu-MG,<br />
em especial o Alexandre Rosa Macedo<br />
e ao Dr. Humberto Rabelo, que me ajudou a<br />
obter os dados da minha pesquisa, contribuindo<br />
grandemente com meu conhecimento.<br />
Referências:<br />
BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Mapa assistencial<br />
da saúde suplementar 2015. p.1-23. maio. Rio de Janeiro, 2016.<br />
Disponível em: < www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_<br />
pesquisa/Materiais_por_assunto/mapa_assistencial_2016007.<br />
pdf>. Acesso em: 08 de out. de 2018. BRASIL. Lei federal nº. 6.684/79<br />
de 05 de dezembro de 2013. Regulamenta o art. 1, inciso 1º do<br />
Conselho Federal de Biomedicina. Conselho Federal de Biomedicina,<br />
Brasília, 05 dez. 2013. Disponível em: .<br />
Acesso em: 25 de set.<br />
de 2017. BRASIL. Conselho Regional de Biomedicina 1ª Região. Manual<br />
do biomédico 1º semestre 2017. Disponível em: www.crbm1.gov.br/<br />
site/wp-content/uploads/2016/04/Manual-do-Biomedico-Edicaodigital-2017.pdf.<br />
Acesso em: 19 de fev. de 2018. CAPARBO, Marcos. Os<br />
direitos e responsabilidades do biomédico. Jornal da imagem. ago. São<br />
Paulo, 2012. Disponível em: .<br />
Acesso em: 27 de out. de 2018. CAPAVERDE, Alexandre S.; MOURA,<br />
Cássio S.; MARIA, Ana Maria M. Desenvolvimento de um programa de<br />
controle de qualidade em ressonância magnética baseado nas<br />
recomendações do Colégio Americano de Radiologia. Revista brasileira<br />
de física médica: Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 79-85. 2012. Disponível em:<br />
www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/191/179. Acesso em: 25 de fev.<br />
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2007. 181 f. Mestrado (Dissertação). – Universidade do Porto faculdade<br />
de engenharia, Porto, 2007. Disponível em: .<br />
Acesso em: 08 de out. de 2018. CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA,<br />
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2018. FERREIRA, Carlos. Imagem por ressonância magnética – do<br />
principio à actualidade. p. 20-26. TDT online magazine. Disponível em:<br />
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Acesso em: 25 de maio de 2018. RAMOS, Maria Manuela de Andrade e<br />
Silva. Plano de segurança do paciente para pacientes com sistemas de<br />
estimulação encefálica profunda submetidos a exames de imagem por<br />
ressonância magnética no hospital Marcelino Champagnat. 2016. 121<br />
f. Dissertação (Pós-Graduação) - Universidade Tecnológica Federal do<br />
Paraná Programa de Pós- Graduação em Engenharia Biomédica.<br />
RESCA, Ana Luiza Brancaglione; HAYASHI, Monique Noriko; CHEN, Yi<br />
Han. Processos patológicos relacionados ao uso de gadolínio em<br />
técnicas de ressonância magnética. 2014. 9 f. Trabalho Acadêmico<br />
(Revisão de Literatura) - Centro Universitário das Faculdades<br />
Metropolitanas Unidas. 14º Congresso Nacional de Iniciação Científica,<br />
CONIC/SEMESP. São Paulo, 2014. Disponível em: . Acesso<br />
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Disponível em: . Acesso em: 28 de fev. de 2018. SAVIONE, Herick. O essencial<br />
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Rumo. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: www.pt.scribd.com/<br />
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R; SILVEIRA, Jorge Guilherme Moojen da; BERTASO, Angela Gallina.<br />
Avaliação de doença coronária em assintomáticos: o papel da<br />
ressonância magnética. Revista da sociedade de cardiologia do estado<br />
do Rio Grande do Sul. n. 24 jan./fev./mar./abr. Rio Grande do Sul, 2012.<br />
Disponível em: .Acesso em: 04 de maio de 2018. SILVA,<br />
Mayara Pereira da. Efeitos biológicos e biossegurança em ressonância<br />
magnética: uma revisão de literatura. 2011. 143 f. Dissertação<br />
(Graduação) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências<br />
Biológicas, Faculdade de Biomedicina. Belém, 2011. Disponível em:<br />
. Acesso em: 5 de set.<br />
de 2017. TEODORO, Thassia Mariane. A biomedicina e o diagnóstico por<br />
imagem. Biomedicina em ação. jul. 2016. Disponível em: .<br />
Acesso em: 07 de out. de 2018. VENTURA, Sandra Moreira Rua. A<br />
utilização da ressonância magnética na caracterização funcional da fala.<br />
2012. 208 f. Dissertação (Doutorado) – Departamento de Engenharia<br />
Electrotécnica e de Computadores para satisfação parcial dos requisitos<br />
do Programa Doutoral em Engenharia Biomédica. Faculdade de<br />
engenharia da universidade do Porto. Portugal, 2012. Disponível em:<br />
. Acesso em: 7 de set. de 2017. QUEIRÓS, Gabriela de Pinho.<br />
Análise computacional de imagens de ressonância magnética<br />
funcional. 2011. 42 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Porto.<br />
Faculdade de engenharia biomédica. Porto, 2011. Disponível em:<br />
. Acesso em 27 de out. de 2018<br />
0 32<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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ARTIGO 03<br />
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Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />
Dennis Hollander Silva 3.<br />
1 Diretor Científico do Weller Works Laboratories.<br />
2 Supervisora do Weller Works Laboratories.<br />
3 Diretor Executivo da GPS Medicina e Segurança do Trabalho.<br />
Vírus do Oeste do Nilo:<br />
Etiopatogenia e Diagnóstico Laboratorial<br />
RESUMO<br />
Os autores mostram a importância do Vírus do Nilo Ocidental, do inglês<br />
West Nile Virus (WNV) como patógeno emergente amplamente distribuído<br />
na América do Norte, Central e sua introdução na América do Sul.<br />
O WNV faz parte da família Flaviviridae, com genoma de RNA de fita simples,<br />
apresen-tando simetria icosaédrica. O vírus pode infectar humanos,<br />
aves e cavalos, transmitido por mosquito infectado. Das espécies infectadas,<br />
o Culex pipiens parece ser o mais importante nos Estados Unidos e<br />
no Brasil é o Culex quinquefasciatus. Apresenta um período de incubação<br />
de 3 a 14 dias. A doença pode conferir imunidade duradoura. Na sua<br />
patologia é importante a realização de diagnóstico diferen-cial. Em casos<br />
de encefalites de etiologia desconhecido se faz necessário a programação<br />
de um siste-ma de vigilância. O diagnóstico do vírus inclui o isolamento<br />
e a identificação. A resposta imune inicia-se logo após a infecção pelo<br />
WNV. O método sorológico mais eficiente no soro coletado no tempo de<br />
8 a 14 dias após o início da doença é ELISA utilizando anticorpos monoclonais,<br />
hibridização in-situ e testes moleculares. Muitas tecnologias<br />
têm sido desenvolvidas na preparação de vacinas contra o WNV. Qua-tro<br />
formas foram testadas. Apenas as formas WNV/YF 17D e WNV/DENV4<br />
30 apresentaram resul-tados promissores.<br />
Palavras-chave: West Nile Virus, WNV, Vírus do Nilo Ocidental, epidemiologia,<br />
patologia, diagnóstico laboratorial, vacinas.<br />
ABSTRACT<br />
The authors report the importance of the West Nile Virus (WNV)<br />
as an emerging pathogen widely dis-tributed in North and Central<br />
America and its introduction in South America. The WNV is part of<br />
the Fla-viviridae family with the RNA genome of simple tape, presenting<br />
icosahedral symmetry. The virus can infect humans, birds<br />
and horses, transmitted by infected mosquitoes. Of the infected<br />
species, Culex pipiens seems to be the most important in the United<br />
States and in Brazil it is Culex quinquefasciatus. It has an incubation<br />
period of 3 to 14 days. The disease can confer lasting immunity. In<br />
its pathology, it is important to perform a differential diagnosis. In<br />
cases of encephalitis of unknown etiology, it is necessary to program<br />
a surveillance system. Diagnosis of the virus includes isolation<br />
and identification. The im-mune response begins shortly after WNV<br />
infection. The most efficient serological method in the serum collected<br />
from 8 to 14 days after disease onset is ELISA using monoclonal<br />
antibodies, in-situ hybridiza-tion and molecular tests. Many technologies<br />
have been developed in the preparation of vaccines against<br />
WNV. Four ways were tested. Only the WNV / YF 17D and WNV /<br />
DENV4 30 forms presented promis-ing results.<br />
Key words: West Nile Virus, WNV, West Nile virus, epidemiology, pathology,<br />
laboratory diagnosis, vaccines.<br />
Introdução<br />
O Vírus do Oeste do Nilo ou West Nile Virus (WNV), é um arbovírus<br />
pertencente ao gênero Flavivírus, da família Flaviviridae. Foi isolado<br />
pela primeira vez em 1937, na Província de West Nile, em Uganda,<br />
à partir do sangue de uma mulher febril de 37 anos que residia em<br />
6, 8, 9<br />
Omongo (distrito de West Nile).<br />
Na década de 1950 estimou-se que 40% da população do delta do<br />
Nilo era soro positivo para o vírus. 19 Em 1974 ocorreu a maior epidemia<br />
0 34<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
ARTIGO 03<br />
que se teve notícia na Província do Cabo, África do<br />
Sul, quando aproximadamente 3.000 casos desta<br />
virose foram diagnosticadas. 19<br />
Em 1999, um surto em Nova York, Estados<br />
Unidos, causou a morte de um grande número de<br />
aves, e em humanos foi relacionado a vários casos<br />
de encefalite. 6<br />
Esse vírus é transmitido por mosquitos, e foi<br />
relacionado em Nova York com o mosquito<br />
urbano Culex pipiens. Desde sua introdução<br />
na América do Norte em 1999 mais de 27.500<br />
casos humanos da infecção pelo WNV foram<br />
documentados nos Estados Unidos da América,<br />
resultando em mais de 100 casos fatais. 5,11,19<br />
O vírus pode infectar aves, humanos, cavalos<br />
e outros mamíferos. ¹³ Seu principal reservatório<br />
e hospedeiro amplificador do vírus são algumas<br />
espécies de aves silvestres, pois a disseminação<br />
do vírus vem ocorrendo devido ao processo de<br />
migração característico de algumas espécies de<br />
aves que se deslocam de várias regiões do mundo<br />
levando consigo o vírus. As aves, como são<br />
hospedeiros naturais podem ou não apresentar<br />
quadro clínico da doença. ¹³<br />
Humanos e cavalos são considerados hospedeiros<br />
acidentais, que não participam na trans-missão<br />
subsequente da doença, pois o vírus não consegue<br />
desenvolver uma viremia suficiente alta para<br />
transmitir o vírus ao vetor.²<br />
Figura 3. Estrutura do Vírus do Oeste do Nilo (WNV)<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
No Brasil o mosquito que mais se assemelha ao Culex<br />
pipiens e o Culex quinquefasciatus. Figura 1 e 2.<br />
Características do Agente Etiológico<br />
O Vírus do Oeste do Nilo (WNV) faz parte da<br />
família Flaviviridae, com genoma de RNA de<br />
fita simples e sentido positivo, com 10,7 Kb de<br />
tamanho e simetria icosaédrica. Figura 3.<br />
O vírus da febre amarela e o vírus da dengue<br />
são exemplos importantes de agentes etiológicos<br />
desta família. 24<br />
Os vírus da família Flaviviridae possuem núcleo<br />
formado por uma ribonucleoproteína esférica,<br />
envolvido por um envelope lipoproteico com<br />
pequenas projeções na superfície. Este envelope<br />
protege o genoma das nucleases celulares. ²³<br />
A poliproteína codificadora é processada para<br />
produzir três proteínas estruturais (capsídeo, prémembrana<br />
e envelope) e sete proteínas nãoestruturais<br />
(NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B<br />
e NS5).16,19 As proteínas não-estruturais são<br />
codificadas logo após as estruturais e participam<br />
de proces-sos de replicação viral e modulação na<br />
permeabilidade de membrana, dentre outros. As<br />
proteínas NS1, NS3 e NS5 são grandes e altamente<br />
conservadas. Já as proteínas NS2A, NS2B,<br />
NS4A e NS4B são menores e de característica<br />
hidrofóbica. 16,19,21 As regiões não-codificadoras<br />
(NCR) 3’ e 5’ do genoma do WNV possuem<br />
94 a 580 nucleotídeos respectivamente16,<br />
demonstrado pela figura 4. 15,19,21<br />
Figura 1. Mosquito Culex pipiens<br />
Figura 2. Mosquito Culex quinquefasciatus<br />
Epidemiologia<br />
Em decorrência do Vírus do Oeste do Nilo<br />
apresentar uma ampla gama de hospedeiros e<br />
por se multi-plicar nas aves, répteis, mamíferos<br />
e mosquitos, e por se propagar rapidamente,<br />
é uma zoonose que requer uma atenção<br />
redobrada em nosso país. 2,13<br />
A infecção cerebral provocada pelo Vírus do<br />
Oeste do Nilo foi identificada pela primeira vez<br />
em Uganda, no ano de 1937. Na década de 50,<br />
foi verificado a primeira epidemia em Israel,<br />
sendo reco-nhecido o VWN, como o causador<br />
de uma meningoencefalite severa. De forma<br />
subsequente, sua pre-sença foi novamente<br />
detectada em Israel, Índia, Egito e em outros<br />
países da África. Em 1974, ocorreu na África do<br />
Sul, a maior epidemia conhecida causada por<br />
esse agente. Na década de 90, ocorreram sur-tos<br />
nos seguintes países: Argélia (1994), Romênia<br />
(1996-1997), República Checa (1997), República<br />
Democrática do Congo (1998), Rússia (1999) e<br />
Israel (2000). Nos EUA, a doença vem ocorrendo<br />
desde 1999; em 2002, foram registrados 4.<strong>156</strong><br />
casos, com 284 óbitos; em 2003, ocorreram<br />
9.862 casos, com 264 óbitos; em 2004, ocorreram<br />
2.539 casos, com 100 óbitos; e, em 2008 foram<br />
notificados 1.338 casos e 43 óbitos, provenientes<br />
de 43 estados daquele país. No Canadá, em 2008,<br />
ocorreram 36 casos 1,17 .<br />
0 35
Autor: Aracaty Silva Sobrinho ¹ ;<br />
Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />
Dennis Hollander Silva 3.<br />
ARTIGO 03<br />
No Brasil, o primeiro caso da doença foi<br />
registrado no Piauí em 2014. O paciente era um<br />
vaqueiro do município de Aroeiras do Itaim que<br />
fez tratamento por cerca de 4 meses, mas ficou<br />
com quadro de para-lisia. Em 2017, de acordo<br />
com dados da Secretaria de Estudo da Saúde de<br />
Piauí (Sesapi), foram notifi-cados 10 casos e uma<br />
morte que pode ter sido causada pelo vírus 10.<br />
• Reservatório: o vírus pode infectar humanos,<br />
aves, cavalos e outros mamíferos. Seu principal<br />
reser-vatório e amplificador são algumas espécies<br />
de aves. Somente elas estão em condições de<br />
atuar como reservatório, já que tem uma viremia<br />
alta e prolongada, servindo dessa forma, como<br />
fonte de infeção para os vetores. 3,13<br />
• Modo de Transmissão: o Vírus do Oeste do<br />
Nilo pode ser transmitido quando um mosquito<br />
infectado pica um humano ou animal para se<br />
alimentar. Figura 5 Os mosquitos se infectam<br />
quando fazem o re-pasto em aves infectadas, as<br />
quais podem circular o vírus em seu sangue por<br />
alguns dias. O vírus se replica no intestino dos<br />
insetos, sendo armazenado em suas glândulas<br />
salivares. Mais raramente, a transmissão pode<br />
ocorrer, através da transfusão sanguínea ou<br />
transplante de órgãos e aleitamento materno.<br />
Transmissão interpessoal não ocorre. 1,2<br />
O principal gênero de mosquito identificado como<br />
vetor do Vírus do Oeste do Nilo é o Culex. Entretanto,<br />
outras espécies de mosquitos já se infectaram com<br />
o vírus. Das espécies infectadas, o Culex pipiens<br />
parece ser o mais importante nos Estados Unidos.<br />
No Brasil, a espécie que mais se assemelha ao Culex<br />
pipiens é o Culex quinquefasciatus. 6<br />
• Período de Incubação: o período de incubação<br />
varia de 3 a 14 dias, podendo ser maior em pacientes<br />
com neoplasias avançadas e em pessoas que<br />
estão sendo submetidas a tratamentos imunossupressores.<br />
2,24<br />
• Período de Transmissibilidade: nas aves pode<br />
variar de 3 a 7 dias, dependendo da espécie.<br />
Não existe confirmação de que outras espécies<br />
animais tenham capacidade de transmissão do<br />
vírus, devido o curto e baixo período de viremia.¹<br />
• Suscetibilidade e Imunidade: a suscetibilidade<br />
varia entre as espécies. As espécies mais acometidas<br />
pela doença são as aves, os humanos e os<br />
equídeos. No ser humano, indivíduos com idade<br />
supe-rior a 50 anos tem maior frequência de<br />
manifestações graves da doença. A doença pode<br />
conferir imunidade duradoura ¹.<br />
• Vigilância Epidemiológica: em situações onde<br />
se desconhece a atividade do VWN, deve-se<br />
progra-mar um sistema de vigilância para casos<br />
de encefalites de etiologia desconhecida, tanto<br />
em humanos, como em aves e mamíferos. A<br />
vigilância deve ser realizada de forma a detectar,<br />
o mais precocemente possível, a circulação viral na<br />
área, evitar a ocorrência da infecção em áreas livres<br />
e prevenir a circula-ção em humanos. Assim, os<br />
seguintes tipos de vigilância devem ser seguidos:<br />
a) vigilância em aves; b) vigilância entomológica;<br />
c) vigilância em cavalos; d) vigilância em humanos<br />
e; e) vigilância sentinela. 1,19<br />
Patologia<br />
Os seres humanos e outros animais são<br />
hospedeiros terminais, pois não desenvolvem a<br />
vire-mia necessária para infectar os mosquitos.<br />
A taxa de mortalidade em humanos com<br />
infecções diagnos-ticadas é muito significativa,<br />
correspondendo a aproximadamente 4% (4.269<br />
casos, com 177 mortos, em 2007) e a taxa de<br />
Figura 5. Ciclo de Transmissão do Vírus do Oeste do Nilo (WNV)<br />
1 Diretor Científico do Weller Works Laboratories.<br />
2 Supervisora do Weller Works Laboratories.<br />
3 Diretor Executivo da GPS Medicina e Segurança do Trabalho.<br />
Figura 4. Estrutura Genômica do Flavivirus<br />
mortalidade em cavalos atinge até 40%. As<br />
infecções em humanos são assinto-máticas ou<br />
muito branda. Após um período de incubação<br />
de 3 a 14 dias, cerca de 20% dos indivíduos<br />
infectados desenvolvem a febre do Oeste do Nilo,<br />
uma enfermidade branda, que perdura por 3 a 6<br />
dias. A febre pode ser acompanhada por cefaleia,<br />
náusea, mialgia, erupções, linfadenopatia (edema<br />
de nódulos linfáticos) e mal-estar geral. Menos<br />
de 1% dos indivíduos infectados desenvolvem<br />
doenças neurológicas graves, como encefalite<br />
ou meningite do Oeste do Nilo 7,12 . Os casos<br />
diagnosticados exibem taxa muito mais elevada<br />
de complicações neurológicas e os adultos com<br />
mais de 50 anos parecem ser mais susceptíveis a<br />
essas complicações 17 .<br />
0 36<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Autor: Aracaty Silva Sobrinho ¹ ;<br />
Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />
Dennis Hollander Silva 3.<br />
ARTIGO 03<br />
Diagnóstico Diferencial: meningoencefalite<br />
sem causa conhecida, encefalites ou meningites<br />
de provável etiologia viral, além de outras<br />
doenças do SNC. Considerar também para o<br />
diagnóstico dife-rencial, casos de doenças febris<br />
agudas, suspeitos de dengue, leptospirose, febre<br />
muculosa, entre ou-tros.¹<br />
Diagnóstico Laboratorial<br />
Segundo Dauphin e Zientara, as principais<br />
dificuldades para o diagnóstico do WNV são a necessidade<br />
de laboratórios preferencialmente de<br />
nível de biossegurança 3 (NB3) e a necessidade<br />
de um teste multi-espécies para diagnóstico<br />
específico que possa superar a reatividade<br />
cruzada com outros Flavivirus. 4<br />
O diagnóstico do vírus inclui o isolamento e a<br />
identificação. De forma geral, os isolamentos<br />
dos vírus são obtidos com maior facilidade<br />
das espécies aviárias. Os seguintes sistemas de<br />
cultura são utilizados para o isolamento do vírus:<br />
células de rim de coelho (RK-13), células de<br />
rim de macaco verde africano (VERO) e ovos de<br />
galinha embrionados. Para se observar o efeito<br />
citopático é necessário mais de uma passagem<br />
da cultura celular 19. Na identificação deste<br />
vírus são utilizados testes sorológicos clássicos,<br />
como a inibição da hemaglutinação (HI) e a<br />
soroneutralização; e testes sorológicos rápidos<br />
como ELISA utilizando anticorpos monoclonais,<br />
hibridação in-situ e testes moleculares. 14,18,19<br />
A resposta imune inicia-se logo após a infecção<br />
pelo WNV. No estágio inicial da infecção, o vírus<br />
replica-se e a viremia desenvolve-se. O método<br />
mais eficiente para o diagnóstico é a detecção de<br />
IgM contra WNV em soro coletado de pacientes, 8<br />
a 14 dias após o início da doença ou em liquor, 8<br />
dias após o início da doença, utilizando o método<br />
de captura de IgM por ELISA. Existe a possibilidade<br />
de ocorrer reação cruzada com outros Flavivirus<br />
(p.ex. vírus da encefalite japonesa, vírus da<br />
encefalite St. Louis, vírus da febre amarela e vírus<br />
da dengue). A IgM não ultrapassa a barreira<br />
hematoencefálica, e portanto, a presença de IgM<br />
no liquor é forte indício de infecção. 6<br />
Ainda se faz necessário o estudo adicional de<br />
ensaios sensíveis e específicos para o rápido<br />
diagnóstico diferencial de infecções pelo WNV.<br />
Vacinas<br />
Segundo Teixeira ²², muitas tecnologias têm sido<br />
desenvolvidas na preparação de vacinas contra o<br />
WNV. Quatro vacinas já foram tesadas para o perfil de<br />
segurança e imunogenicidade em tria-gens clínicas:<br />
1-Vacina WNV/YF 17D: quimera composta do<br />
vírus vivo atenuado e da cepa vacinal contra febre<br />
ama-rela 17D;<br />
2-Vacina WNV/DENV4 30: quimera composta<br />
do vírus vivo atenuado e do dengue 4 com<br />
deleção na posição 30;<br />
3-Vacina de DNA WNV prM-E: composta por<br />
um plasmídeo simples que codifica glicoproteínas<br />
de pré-membrana e envelope do vírus e;<br />
4-Vacina composta de um polipeptídeo<br />
recombinante da proteína do envelope viral.<br />
Até o momento, apenas a pré-vacina WNV/YF<br />
17D teve realizado ensaios clínicos de fase II em<br />
humanos. Apesar de resultados promissores, o<br />
desenvolvimento da vacina foi paralisado devido<br />
a in-certezas de mercado.²²<br />
Desempenho promissor foi verificado em estudos<br />
prévios com a vacina quimérica WNV/DENV4 30,<br />
sendo altamente imunogênica em camundongos e<br />
macacos com bom perfil de segurança.²²<br />
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de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação<br />
Interunidades em Biotecnologia USP/Instituto Butanta/IPT,<br />
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Rev. Bras. Hemat. e Hemoterap. v. 26, n. 2, p. 114-21, 2004.<br />
0 38<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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Binding Site no Brasil<br />
Desde 2013 a Binding Site tem buscado<br />
entender melhor a dinâmica do mercado<br />
de diagnóstico in vitro brasileiro e optou por<br />
estabelecer uma relação comercial direta com<br />
os principais grupos de medicina diagnóstica,<br />
visando acelerar o acesso desses clientes às atuais<br />
e futuras tecnologias desenvolvida pela empresa.<br />
Os serviços da empresa já comemoram<br />
6 anos de presença no Brasil, sendo que<br />
em 2017 a Binding Site começou a atender<br />
diretamente o mercado através de sua filial<br />
brasileira, Diamédica Importação e Exportação<br />
de Produtos para Laboratórios Ltda, situada na<br />
cidade de São Carlos, interior de São Paulo.<br />
Fruto do plano de expansão internacional com<br />
foco em mercados emergentes, a Diamédica<br />
conta com corpo diretor, administrativo, técnico<br />
e científico próprios. “Nosso foco no Brasil para<br />
os próximos anos é intensificar a disseminação<br />
de conhecimento aplicado à utlização e aos<br />
benefícios clínicos de nossos produtos, além<br />
de aumentar o acesso da sociedade as nossas<br />
tecnologias. Estamos presentes nos maiores<br />
grupos de medicina diagnóstica do país, temos<br />
trabalhado em sinergia com as principais<br />
sociedades médicas e associações de pacientes.<br />
O desafio de integrar esses diferentes atores<br />
e efetivamente levar o benefício de nossa<br />
tecnologia aos pacientes é o que nos move<br />
diariamente”, salienta Fúlvio Facco, Diretor Geral.<br />
0 40<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Como parte do nosso comprometimento com<br />
os pacientes e comunidade médica, foi criado<br />
um website onde informações educacionais e<br />
a lista de clientes foram disponibilizadas. Tudo<br />
isso e muito mais pode ser encontrado visitando<br />
os websites www.freelite.com.br e www.<br />
bindingsite.com.br/pt-br.<br />
Em outubro de 2018 passamos a atender<br />
diretamente também os clientes sediados<br />
na capital paulista. “Ao longo de 2019<br />
consolidamos nossa presença no mercado com<br />
a abertura de novas contas e a instalação de<br />
vários Optilites”, destaca Fúlvio Facco.<br />
Os planos para 2020 contemplam a expansão<br />
da presença direta em outras regiões do país e a<br />
mudança para uma nova e ampla sede com uma<br />
área últil quatro vezes maior que a atual. “A nova<br />
estrutura física nos permitirá continuar atendendo<br />
nossos clientes com a mais alta qualidade e<br />
segurança, além de criar um Centro de Serviços para<br />
toda a América Latina. Tanto nossos Distribuidores<br />
nacionais quanto os Internacionais receberão<br />
capacitação aqui no Brasil”, destaca Rodrigo Biondo,<br />
“Coordenador da Assistência Técnica”.<br />
Clientes<br />
Dentre os clientes que atualmente fazem uso<br />
de nossas tecnologias, destacamos:<br />
1) Laboratórios de Apoio:<br />
• Alvaro Apoio<br />
• a+ Medicina Diagnóstica<br />
• Diagnósticos do Brasil (DB)<br />
• Grupo Fleury Medicina e Saúde<br />
• Delboni Auriemo (DASA)<br />
2) Hospitais<br />
• Hospital AC Camargo<br />
• Hospital Universitário Clementino Fraga Filho<br />
• Hospital das Clínicas de São Paulo<br />
• Hospital de Amor de Barretos<br />
• Hospital Israelita Albert Einstein<br />
• Hospital Sírio Libanês<br />
• Rede Sarah<br />
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de 30 anos a Binding Site continua se fortalecendo e aplicando sua<br />
vocação científica no desenvolvimento de novos produtos com base nas<br />
necessidades dos médicos e pacientes.<br />
Com mais de 90% dos produtos vendidos no exterior, a Binding Site é<br />
uma empresa verdadeiramente internacional marcando presença em<br />
mais de 100 países.<br />
Oferece produtos especializados para diagnósticos in vitro aos profissionais<br />
de hospitais e laboratórios clínicos. A equipe é dedicada ao aprimoramento<br />
do diagnóstico, proporcionando condutas médicas inovadoras que<br />
melhoram a vida dos pacientes, especialmente aqueles que sofrem<br />
de alguma enfermidade relacionada à Gamopatias Monoclonais e<br />
Imunodeficiências.<br />
Sempre comprometida em trabalhar colaborando com seus parceiros e<br />
clientes, a empresa busca ser líder em diagnósticos médicos especializados.<br />
Sua história de sucesso sempre teve na capacitação de sua equipe um pilar<br />
fundamental. Investe-se continuamente em capital humano para que as<br />
competências necessárias ao negócio da empresa sejam desenvolvidas e<br />
alinhadas à Missão, Visão e Valores da empresa.<br />
Missão<br />
A Binding Site tem o compromisso de melhorar a vida dos pacientes do mundo<br />
todo, atráves da educação, colaboração e inovação.<br />
Visão<br />
Ser a líder em diagnósticos médicos especilizados.<br />
Valores<br />
Dedicação, entusiasmo e integridade... Fazendo juntos a diferença.<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019 0 41
MATÉRIA DE CAPA<br />
Comprometida com a inovação a Binding Site aposta<br />
na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e plataformas<br />
de automação para quantificação de proteínas plasmáticas.<br />
Nova plataforma<br />
automatizada - Optilite<br />
Optilite® é a mais moderna plataforma de<br />
quantificações de proteínas da Binding Site.<br />
Lançada em 2015 na Europa e Estados Unidos e<br />
já com cerca de 700 unidades instaladas em todo<br />
mundo, o Optilite teve seu pré-lançamento no<br />
Brasil em Setembro de 2017 no 51° Congresso<br />
Brasileiro de Patologia Clínica. Trata-se de um<br />
turbidímetro de bancada, com produtividade<br />
de 120 testes por hora, carregamento<br />
contínuo de amostras e reagentes, oferecendo<br />
flexibilidade na execução da rotina. As cubetas<br />
de reação são descartáveis e assim diminuem<br />
o risco de contaminação. Seus três métodos de<br />
verificação de excesso de antígeno minimizam<br />
a ocorrência de resultados falsos-negativos e,<br />
consequentemente, conferem maior segurança<br />
aos resultados. Possui sistema automático para<br />
diluição das amostras mais concentradas, o que<br />
elimina em 100% a necessidade de diluições<br />
manuais, frequentemente necessárias em outras<br />
plataformas que dosam proteínas plasmáticas,<br />
como os nefelômetros.<br />
A interface bidirecional, a utilização de tubos<br />
com códigos de barras e o carregamento<br />
automática dos valores de calibradores e controles<br />
através de código de barras automatizam<br />
completamente o fluxo operacional.<br />
“Com o chegada do Optilite no Brasil, nossos<br />
clientes já evidenciam benefícios marcantes, como:<br />
economia de reagentes, aumento da produtividade<br />
e a segurança dos resultados liberados. Além disso,<br />
foi possível consolidar todos ensaios de proteínas<br />
plasmáticas em uma única plataforma totalmente<br />
automatizada”, comenta Marlos Fonseca,<br />
Especialista de Produtos da Binding Site.<br />
“O Optilite chegou para mudar o paradigma<br />
que ainda existe com relação à necessidade<br />
de se ter um nefelômetro para as dosagens de<br />
proteínas plasmáticas. Nossos clientes brasileiros<br />
tem demonstrado a mesma alta satisfação que<br />
temos visto em outro países onde a substituição<br />
dos nefelômetros pelo Optilite é uma realidade<br />
desde 2015. É uma evolução tecnológica natural”,<br />
ressalta Fúlvio Facco, Diretor Geral da Binding Site<br />
– América Latina. Já são aproximadamente 700<br />
Optilites instalados em todo o mundo.<br />
Praticamente todos os grandes grupos que<br />
atuam na medicina laboratorial optaram por ter<br />
nossa plataforma em suas rotinas, dentre eles<br />
podemos citar:<br />
• Clínica Mayo<br />
• Quest<br />
• LabCorp<br />
• ARUP<br />
• Synlab<br />
• Covance, entre outros.<br />
Muitos hospitais de renome mundial também<br />
realizam suas rotinas de proteínas plasmáticas<br />
em nossa plataforma Optilite, tais como:<br />
• Abington Memorial Hospital<br />
• Allegheny General Hospital<br />
• Arkansas Childrens Hospital<br />
• Ascension - St. John’s Hospital<br />
• Boston Medical Center<br />
• Cedars Sinai<br />
• Florida Hospital<br />
• Johns Hopkins Hospital<br />
• Massachusetts General Hospital<br />
• Memorial Sloan Kettering Center<br />
• Mount Sinai School of Medicine<br />
• National Institute of Health<br />
• New York Presbiterian Hospital<br />
• St Mary´s Hospital<br />
• Stanford Medical Center<br />
• Tampa General Hospital<br />
• University of Michigan<br />
• Yale New Haven<br />
0 42<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Optilite® versus nefelômetro<br />
Sabendo-se da importância de utilizar um<br />
sistema fácil, preciso, rápido e que atenda<br />
as necessidades de laboratórios e hospitais<br />
para a quantificação das proteínas especiais,<br />
a Argent Global, consultoria especializada em<br />
engenharia de processos, conduziu um estudo<br />
independente comparando dois analisadores<br />
que dosam proteínas plasmáticas. Um foi o<br />
Optilite®. A outra plataforma se trata de um<br />
nefelômetro mundialmente conhecido. Esse<br />
estudo foi desenvolvido no Laboratório Health<br />
Network em Alletown, Pensilvânia, para<br />
avaliação da performance e do fluxo operacional<br />
inerentes à utilização destes dois analisadores.<br />
Metodologia<br />
O estudo comparativo foi realizado no<br />
laboratório Health Network (LHN). A<br />
empresa Argent observou todas as atividades<br />
relacionadas à operação dos dois analisadores<br />
realizada pela equipe do LHN. O Optilite e o<br />
nefelômetro foram colocados num mesmo<br />
local, com mesmo layout, processos, volumes,<br />
cronogramas e operadores. Ambos tiveramos as<br />
respectivas performances avaliadas por 4 dias<br />
seguidos. Os menus de testes foram os mesmos<br />
e a média diária de volume de exames foram<br />
muito similares. Os resultados apresentados a<br />
seguir são da média da rotina diária.<br />
Resultados<br />
O estudo demonstrou que o Optilite gasta<br />
muito menos tempo para realizar os ensaios,<br />
liberar os resultados e finalizar a rotina diária. As<br />
etapas de Iniciar e Processar as amostras foram<br />
significativamente mais curtas quando paradas<br />
ao que apresentou o nefelômetro.<br />
Em média o Optilite® também foi mais rápido<br />
para liberar o primeiro resultado, levando somente<br />
12 minutos. Além disso, seu ciclo de medição lhe<br />
confere praticamente o dobro de produtividade.<br />
Por fim, a Argent também considerou a<br />
manutenção diária e semanal que deve ser<br />
realizada pelos operadores. O tempo total em<br />
horas gasto com as manutenções do Optilite® foi<br />
menor quando comparado ao outro analisador.<br />
Tempo total do ciclo de testes<br />
Binding Site Optilite®<br />
5.92 min 6.9 min 74.4 min 8.1 min<br />
Plataforma comparativa (nefelômetro)<br />
95.3 mins<br />
98 resultados<br />
17.1 min 3.74 min 113.5 min 14.3 min<br />
Início Caregamento Processamento<br />
148.7 mins<br />
91.7 resultados<br />
Em média o Optilite® também foi mais rápido para liberar o primeiro resultado, levando somente<br />
12 minutos. Além disso, seu ciclo de medição lhe confere praticamente o dobro de produtividade.<br />
Tempo de liberação do primeiro resultado & tempo<br />
para testes adicionais<br />
Optilite®<br />
Plataforma comparativa (nefelômetro)<br />
Manutenção total por mês (horas)<br />
16.0<br />
14.0<br />
12.0<br />
10.0<br />
8.0<br />
6.0<br />
4.0<br />
2.0<br />
0.0<br />
6.9<br />
Tempo de trabalho<br />
7.1<br />
OPTILITE®<br />
12.4 min 38.5 min<br />
Tempo de Ciclo<br />
15.1 min 65.1 min<br />
12.2<br />
13.6<br />
Plataforma comparativa<br />
Como conclusão o método de estudo demonstrou uma<br />
comparação real entre as duas plataformas e os especialistas<br />
concluiram que o Optilite® tem melhor produtividade e<br />
manutenção reduzida, fazendo com que os custos operacionais<br />
caiam, o fluxo de trabalho melhore e a eficiência aumente.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Assim, o estudo apresentado deixa evidente que a Binding Site está<br />
sempre buscando oferecer o que há de melhor para que seus clientes,<br />
visando a segurança dos resultados e otimização dos recursos.<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 43
MATÉRIA DE CAPA<br />
Menu de Produtos<br />
Clínicos<br />
A Binding Site possui um amplo menu de<br />
ensaios pelos métodos de turbidimetria, ELISA e<br />
Imunodifusão radial que a colocam na vanguarda<br />
do diagnóstico médico relacionado a:<br />
• Gamopatias Monoclonais: Freelite (quantificação<br />
de cadeias kappa-lambda leves e livres) e Hevylite<br />
(quantificação de cadeias leves/pesadas)<br />
• Sistema Imune:<br />
- Imunodeficiências: Imunoglobulinas (IgA,<br />
IgM, IgG, IgD e IgE), Suclasses IgG e IgA,<br />
Sistema Complemento (CH50, C1 inativador,<br />
C1q, C2, C3c, C4)<br />
- Respostas a Vacinas (Influenza, Polissacarídeo<br />
Capsular Pneumocóccico, Toxóide tetânico,<br />
Toxóide diftérico)<br />
• Sistema nervoso central: Albumina,<br />
Freelite e Imunoglobulinas no líquor.<br />
• Nefrologia: Cistatina, Freelite, Microalbumina,<br />
Beta-2 Microglobulina etc.<br />
• Proteínas Específicas: Proteína<br />
C Reativa, Anti-Estreptolisina O, Fator<br />
Reumatóide, Ferritina, Transferrina,<br />
Prealbumina, Ceruloplasmina, Haptoglobina,<br />
Alfa-1-Antitripisina, Alfa-1-Glicoproteína<br />
Ácida, Lipoproteína(a) Apolipoproteína A-1,<br />
Apoliproteína B. Beta-2 microglobulina, Fator<br />
Reumatóide.<br />
Optilite® Day<br />
Com a intenção de estar ainda mais presente e<br />
entender cada vez mais as necessidades de nossos<br />
clientes, no último mês de setembro a Binding<br />
Site realizou o “Optilite Day”, um evento planejado<br />
para que todos os clientes que possuem o Optilite<br />
em seus laboratórios, pudessem compartilhar<br />
suas experiências, além de receber atualizações<br />
sobre a plataforma, conhecer melhor o menu de<br />
exames e se interarem a respeito dos produtos em<br />
desenvolvimento.<br />
“Nosso primeiro Optilite Day foi um sucesso!<br />
Tivemos a participação ativa de nossos clientes e<br />
ficamos muito contentes com a avaliação positiva<br />
recebida, tanto no que se refere aos nossos<br />
produtos quanto aos nossos serviços. Somos uma<br />
equipe muito comprometida com os resultados<br />
de nossos clientes e eles percebem e valorizam<br />
isso”, comemora Fúlvio Facco.<br />
0 44<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
MATÉRIA DE CAPA<br />
Freelite ® e Hevylite ®<br />
A importância do Freelite no panorama atual da Onco-Hematologia e as<br />
novas drogas para tratamento do Mieloma Múltiplo<br />
Como já sabido, a Binding Site sempre foi<br />
referência no que diz respeito ao diagnóstico,<br />
prognóstico e monitoramento de Gamopatias<br />
Monoclonais. O produto Freelite ainda é o<br />
único kit comercial recomendado pelas Diretrizes<br />
Internacionais e Brasileiras para a dosagem de<br />
Cadeias Leves Livres (CLLs) Kappa (κ) e Lambda<br />
(λ) em soro. O teste, considerado biomarcador para<br />
diagnóstico e monitoramento desses pacientes,<br />
foi incorporado ao ROL de procedimentos e<br />
eventos em saúde da Agência Nacional<br />
de Saúde (ANS), que entrou em vigor no mês<br />
de janeiro de 2018. Desde então, os planos de<br />
saúde passaram obrigatoriamente a cobrir os custos<br />
laboratóriais envolvidos na realização desse exame<br />
(código CBHPM 4.03.24.26-5).<br />
Especificamente sobre o reagente do Freelite®,<br />
os anticorpos policlonais do teste, reagem<br />
apenas com as formas livres das cadeias leves<br />
proporcionando uma medição quantitativa de<br />
κ e λ livres no soro (Figura 1), que podem ser<br />
utilizados para o diagnóstico, monitoramento e<br />
prognóstico de pacientes com Mieloma Múltiplo<br />
(MM) e outras Gamopatias Monoclonais.<br />
A quantificação das CLLs em soro é<br />
recomendada pelas diretrizes do Grupo<br />
Internacional de Trabalho sobre Mieloma<br />
(International Myeloma Working Group - IMWG)<br />
para o diagnóstico de MM. As recomendações<br />
atualizadas definem que a relação entre a cadeia<br />
envolvida e não envolvida deve ser ≥ 100, e que<br />
a mesma é um biomarcador para mieloma. Isto<br />
significa que se um paciente apresenta células<br />
clonais na medula óssea ≥10%, a cadeia leve livre<br />
produzida pelo tumor é ≥ 100 mg/L e a relação<br />
entre kappa/lambda é ≥ 100, trata-se de uma<br />
caso de mieloma múltiplo (Rajkumar et al 2014).<br />
Além das diretrizes internacionais, a quantificação<br />
das cadeias kappa/lambda leves livres pelo ensaio<br />
de anticorpos policlonais também está incluídas<br />
nas nacionais (Hungria et al 2013) e na Portaria<br />
número 708 para diagnóstico de Mieloma<br />
Múltiplo do Ministério da Saúde, publicada em 06<br />
de agosto de 2015.<br />
A alta concentração de CLL monoclonal no<br />
soro está associada à proliferação maligna<br />
de células plasmáticas na maioria dos<br />
gamopatias monoclonais. A proporção de<br />
CLL no soro (κ/λ) é um indicador sólido de<br />
monoclonalidade. A associação do teste de<br />
cadeia kappa/lambda leve livre no soro (CLL,<br />
Freelite®) aos testes laboratoriais tradicionais<br />
como a eletroforese de proteínas (EFPs) e a<br />
imunofixação no soro (IFs), resulta na diminuição<br />
do número de resultados falso-negativos.<br />
Para complementar o quadro de ensaios<br />
inovadores, também já está disponível<br />
comercialmente o kit Hevylite® para dosagem<br />
de imunoglobulinas intactas IgA Kappa, IgA<br />
Lambda, IgG Kappa, IgG Lambda, IgM Kappa e<br />
IgM Lambda (Figura 2). Todos esses produtos<br />
são usados em conjunto e apresentam evidências<br />
científicas comprovadas pelas mais de 3 mil<br />
publicações relacionadas (Figura 3). O teste tem<br />
como alvo um epítopo único presente na região<br />
constante das imunoglobulinas entre as cadeias<br />
Figura 1. Ensaio Freelite para quantificação das formas livres das cadeias leves kappa e lambda através<br />
do reconhecimento dos epítopos pelos anticorpos policlonais.<br />
Figura 2. O ensaio de Hevylite permite a quantificação dos diferentes tipos de cadeias pesadas/leves<br />
separadamente: IgA Kappa, IgA Lambda, IgG Kappa, IgG Lambda, IgM Kappa e IgM Lambda.<br />
Figura 3. Freelite ou Hevylite com resultados anormais, indicam doença residual e o paciente continuará<br />
sendo monitorando. O médico pode considerar os métodos de avaliação celular quando os resultados de ambos Freelite e<br />
Hevylite estiverem normalizados. A detecção da doença residual mínima (DRM) pode ser mais rápida através dessa dosagens em<br />
soro, além de eliminar a solicitação de biópsias desnecessárias.<br />
0 46<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
pesadas e leves. A especificidade do antisoro do<br />
Hevylite, permite que IgAκ possa ser quantificada<br />
independentemente de IgAλ, IgGκ de IgGλ etc.<br />
As vantagens da utilização do Hevylite se<br />
sobressaem sobre os métodos tradicionais<br />
como a eletroforese de proteínas do soro (EFPs),<br />
imunofixação sérica (IFs) e a eletroforese capilar<br />
(EZC) quando utilizados para avaliação dos<br />
pacientes com Mieloma. A associação do Hevylite<br />
com o Freelite no monitoramento dos pacientes<br />
com MM garante a maior precisão e fornecem<br />
informações relevantes para a conduta médica.<br />
“A incorporação do Hevylite nas diretrizes<br />
internacionais nos deixa muito motivados para<br />
continuarmos difundindo nosso conhecimento<br />
aplicado ao diagnóstico médico especializado.<br />
Em conjunto com o Freelite® (dosagem de<br />
cadeias kappa/lambda leves livres), o Hevylite<br />
mantém a Binding Site na vanguarda tecnológica<br />
e abre novas perspectivas no campo da medicina<br />
personalizada. Seguramente o maior beneficiado<br />
será o paciente”, segundo Dra. Elyara Maria Soares,<br />
Diretora Científica da Binding Site Brasil.<br />
Novas drogas para tratamento e<br />
importância da utilização do Freelite®<br />
Sabemos que o MM é responsável por<br />
aproximadamente 10% das neoplasias hematológicas<br />
e para a confirmação do diagnóstico, devem ser<br />
observadas 10% de células plasmáticas clonais da<br />
medula óssea ou um plasmocitoma comprovado por<br />
biópsia, além de evidências de um ou mais eventos<br />
definidores do MM, que pode ser um dos critérios de<br />
“CRAB” (hipercalcemia, insuficiência renal, anemia ou<br />
lesões ósseas líticas) ou ainda alterações das células<br />
plasmáticas clonais na medula óssea, acima de<br />
60%, relação das cadeias kappa-lambda leves livres<br />
envolvida/pela cadeia leve livre não envolvida (CLL)<br />
igual ou maior que 100 (desde que a CLL envolvida<br />
seja 100 mg/L- valores validados e utilizados pelo<br />
IMWG são referentes ao exame Freelite®) ou> 1 lesão<br />
focal na ressonância magnética.<br />
considerado um dos testes mais específicos para<br />
tal. A figura 4 a seguir, traz a comparação para<br />
detecção de cadeias leves e livres pelos diferentes<br />
métodos laboratoriais disponíveis comparados<br />
com o Freelite®.<br />
Em relação ao tratamento, muito tem sido<br />
estudado e muitos avanços foram atingidos<br />
em relação às drogas para tratamento do MM<br />
na última década, com a introdução de várias<br />
classes de novos medicamentos eficazes. Os<br />
diversos estudos mostram como elas melhoraram<br />
substancialmente as taxas de sobrevida e<br />
intensidade de resposta nos diferentes pacientes.<br />
Especificamente no Brasil, um dos últimos<br />
trabalhos publicados pelo Grupo Brasileiro<br />
de Mieloma Múltiplo (GBRAM), estudou<br />
os efeitos da combinação tripla de das drogas<br />
bortezomibe, ciclofosfamida e dexametasona<br />
versus ciclofosfamida, talidomida e dexametasona<br />
em pacientes com diagnóstico recente de mieloma<br />
múltiplo, e que são elegíveis para o transplante<br />
(Crusoé E et al 2019). Outros trabalhos do mesmo<br />
grupo, liderados pela Hematologista Dra Vânia T. de<br />
Moraes Hungria, mostram o papel dos inibidores de<br />
proteasoma (carfilzomibe, bortezomibe, ixazomibe,<br />
oprozomibe, marizomibe) e também dos muito<br />
utilizados anticorpos anti CD38 (Daratumumabe)<br />
no tratamento do MM.<br />
Neste contexto, o Freelite® tem tido um aumento<br />
de demanda significativo, já que os médicos<br />
passaram a utilizá-lo também no monitoramento<br />
de seus pacientes. Por meio do resultados de<br />
Freelite os médicos são capazes de verificar mais<br />
rapidamente a eficácia das drogas, e se necessário<br />
alterar o tipo de tratamento, proporcionando<br />
melhor qualidade de vida aos pacientes. A<br />
resposta mais precoce do Freelite acontece devido<br />
ao fato de que a meia vida das cadeias leves livres<br />
é de poucas horas, enquanto as imunoglobulinas<br />
apresentam meia vida de semanas. Sendo assim,<br />
as alterações no Freelite® monitoram melhor às<br />
respostas aos tratamentos (Figura 5).<br />
Os resultados do Freelite apresentam alterações<br />
em função da resposta à terapia muito antes do<br />
exame de eletroforese de proteínas no soro (EFPs).<br />
Como demonstrado na figura 6 a seguir, o Freelite<br />
kappa é o primeiro ao qual observamos uma<br />
redução após primeiro ciclo de tratamento.<br />
Figura 4. Sensibilidade analítica do Freelite é superior aos outros testes tradicionais, e pode detectar<br />
CLLs dentro e algumas vezes abaixo do intervalo de referência normal no soro.<br />
Figura 5. A meia vida das cadeias leves livres varia de 2 a 6 horas, pois devido ao seu pequeno tamanho,<br />
são rapidamente eliminadas pelos rins.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Dada a importância do Freelite®, destaca-se<br />
que a sua utilização em conjunto com os exames<br />
tradicionais para MM e outras gamopatias<br />
assegura a confirmação do diagnóstico, já que<br />
ele é aproximadamente 10 vezes mais sensível<br />
do que a imunofixação na urina, anteriormente<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019 0 47
MATÉRIA DE CAPA<br />
Desenvolvimento de novos produtos<br />
Em agosto deste ano, a Binding Site foi<br />
premiada pelo Scientist's Choice Award pelo<br />
lançamento do Melhor Novo Produto Clínico no<br />
ano de 2018 ao lançar o kit para quantificação<br />
do Complemento C2 por turbidimetria.<br />
Administrado pela Select Science, o prêmio<br />
seleciona os produtos e fabricantes, os quais<br />
a comunidade científica considera fazer uma<br />
grande diferença para a indústria.<br />
Sempre com foco em fornecer a solução<br />
completa e para melhor atender seus clientes, a<br />
Binding Site está trabalhando também em outros<br />
produtos para agregar ao menu já existente.<br />
Dentre os novos produtos que estarão disponíveis<br />
nos próximos anos destacam-se: C1q, Fator I,<br />
Amilóide A, Fibrinogênio, dentre outros.<br />
Espectrometria de Massa - Vanguarda<br />
tecnológica<br />
Trabalhando sempre com tecnologias de<br />
ponta, há alguns anos a Binding Site iniciou<br />
o desenvolvimento de uma tecnologia que<br />
irá revolucionar a quantificação de proteínas<br />
especiais para grandes rotinas.<br />
A nova tecnologia, que é baseada em<br />
interações antígeno-anticorpo e espectrometria<br />
de massa, pela primeira vez, será capaz de<br />
identificar e quantificar simultâneamente todas<br />
as proteínas de interesse clínico presente em<br />
pacientes com mieloma múltiplo. Ela eliminará<br />
a interpretação subjetiva inerente aos métodos<br />
(imunofixação) atualmente disponíveis,<br />
melhorando a segurança dos resultados, além<br />
de optilizar o fluxo de trabalho do laboratório.<br />
Em Janeiro deste ano de 2019, concluíu-se a<br />
valildação interna do material desenvolvido pela<br />
Binding Site e de acordo com o cronograma, os<br />
próximos passos incluem sua validação por<br />
pesquisadores e/ou laboratórios O lançamento<br />
no Brasil está previsto para meados de 2022,<br />
“As raízes da Binding Site estão fundamentadas<br />
numa ciência clinicamente relevante e<br />
uma de nossas principais competências é a<br />
capacidade de desenvolver e produzir soluções<br />
de diagnóstico in vitro aplicáveis à doenças<br />
de difícil identificação e monitoramento”, diz<br />
Charles de Rohan, CEO da Binding Site Group.<br />
“Este projeto demonstra ainda mais o nosso<br />
compromisso de melhorar a qualidade de vida<br />
dos pacientes, fornecendo técnicas novas aos<br />
laboratórios em todo o mundo.”<br />
“Quando comparada às metodologias atuais,<br />
como a eletroforese de proteínas, nossa solução<br />
trará maior sensibilidade/especificidade, sendo<br />
capaz de identificar as proteínas mononoclonais<br />
abaixo do valor estabelecido como normal. A atual<br />
subjetividade no momento da interpretação dos<br />
dados também será eliminada. Dessa maneira os<br />
laboratórios terão maior rapidez na execução da<br />
rotina e total seguranças nos resultados. Quem ganha<br />
com isso é a classe médica e os pacientes, comenta<br />
“Dra. Elyara Maria Soares”, Diretora Científica.<br />
Programa de Educação Continuada<br />
Como um dos pilares de nossa missão,<br />
desenvolvemos o programa de Educação<br />
Continuada. Através da parceria com a Associação<br />
Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH),<br />
estamos patrocinando mais um curso aplicado,<br />
disponibilizado no HEMO EDUCA (www.<br />
hemoeduca.com.br). “O objetivo do Hemo<br />
Educa é fazer com que a informação chegue<br />
aos médicos de forma rápida e precisa. Como<br />
o programa é online, os participantes podem<br />
adaptar-se facilmente ao melhor horário e data<br />
para participar do curso”, comenta a Diretora<br />
Científica, Dra Elyara Maria Soares.<br />
Com o sucesso do primeiro Hemo Educa,<br />
neste ano de 2019, lançamos mais uma etapa<br />
do programa, também em parceira com<br />
a ABHH e coordenação da Profa Dra Vânia<br />
T. de Moraes Hungria. As inscrições estão<br />
abertas e mais detalhes podem ser vistos<br />
no site: https://www.hemoeduca.com.br/<br />
curso/interpretacao-do-freelite-e-utilizacaodo-teste-na-pratica-clinica.<br />
O tema atual é<br />
“Interpretação do Freelite e Utilização do Teste<br />
na Prática Clínica” e o período do curso é de<br />
outubro a dezembro, incluindo três módulos<br />
sobre: Gamopatia Monoclonal de Significado<br />
Indeterminado; Mieloma Múltiplo e Aplicação<br />
do Freelite e interpretação de casos clínicos e<br />
Mieloma Múltiplo/Amiloidose e Aplicação do<br />
Freelite e interpretação casos clínicos.<br />
Além do Hemo Educa, este ano fizemos<br />
também uma parceria com a Sociedade<br />
Brasileira de Patologia Clínica/Medicina<br />
Laboratorial (SBPC/ML), patrocinando o livro das<br />
recomendações da sociedade, e contribuindo<br />
com material científico e de marketing. O livro<br />
que também contou com outros colaboradores<br />
foi distribuido gratuitamente para todos os<br />
participantes do congresso.<br />
Por fim, este ano em parceria com a Fundação<br />
Internacional do Mieloma (IMF da<br />
América Latina) e a Dra Vânia T. de<br />
Moraes Hungria, foi desenvolvido um vídeo<br />
educativo para os pacientes, cujo foi: principais<br />
características do Freelite®, importância de sua<br />
associação com outros testes laboratoriais e como<br />
entender melhor os resultados. Nossa parceria<br />
com a IMF é de extrema importância para que<br />
os pacientes estejam sempre atualizados. Os<br />
interessados poderão acessar o vídeo do Freelite®,<br />
os vídeos do Hemo Educa já realizado no<br />
endereço: www.freelite.com.br.<br />
0 48<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
LABORATÓRIO DE APOIO:<br />
Leviatã ou parte da solução?<br />
No artigo anterior apresentamos o Programa<br />
Nacional para Profissionalização da Gestão Laboratorial<br />
– PROGELAB. Combinamos que os<br />
seguintes iriam mostrar de forma individual,<br />
sintética, todos os sete produtos (softwares)<br />
componentes do Programa. Contudo, devido<br />
à permanente presença do assunto do papel<br />
desempenhado pelos laboratórios de apoio<br />
no cluster das análises clínicas, em todos os<br />
congressos, grupos e “rodas de bate-papo” que<br />
participo, onde sempre sou solicitado a opinar<br />
sobre o tema, percebi que esta questão se<br />
tornou extremamente polêmica, exacerbada,<br />
diria até que predominando a passionalidade<br />
sobre a racionalidade. Então decidi escrever o<br />
artigo desta edição sobre isto, interrompendo<br />
momentaneamente a sequência do PROGELAB.<br />
Depois retornaremos sobre este assunto.<br />
Como nos contos de fada tudo começou<br />
assim:<br />
Era uma vez, nos tempos distantes, um reino<br />
onde os laboratórios eram muito felizes. Neles,<br />
pequeninos, trabalhavam pessoas alegres,<br />
competentes e apaixonadas pelo que lá faziam.<br />
Havia muito mais pessoas necessitadas de<br />
exames do que a capacidade destes laboratórios<br />
produzirem, pois todos os processos eram<br />
absolutamente, manuais. Os cidadãos do reino<br />
pagavam em “dinheiros” à vista, ninguém conhecia<br />
a palavra “inadimplência”, achamos até<br />
que esta palavra nem existia naquela época.<br />
Os valores dos exames quem os determinavam<br />
eram os donos dos laboratórios. A concorrência<br />
era branda, bastava se formar e abrir o<br />
seu negócio, o sucesso vinha ao natural. Todos<br />
eram muito felizes! Mas neste conto de fadas,<br />
a felicidade não dura para sempre. Os tempos<br />
mudaram, surgiram nuvens ameaçadoras,<br />
prenúncio da tormenta que virou os tormentos<br />
característicos da primeira disrupção. Agora, os<br />
processos produtivos são automatizados, poucas<br />
pessoas podem fazer muito, na verdade, milhares<br />
de exames, caracterizando a produção<br />
industrial de informações, gerando excedente<br />
em relação à necessidade da sociedade,<br />
causando o desequilíbrio entre oferta e<br />
demanda.<br />
Concomitantemente, a carteira de clientes<br />
deixou de ser dos laboratórios e passou aos seguros<br />
e planos de saúde, que organizados em<br />
grupos passaram a deter o poder da negociação<br />
coletiva. Ainda, a verticalização tomou conta do<br />
mercado, catalisando a força dos já poderosos,<br />
caracterizando uma socialização da medicina.<br />
Isto, basicamente causou a precipitação<br />
dos valores pagos pelos exames, gerando<br />
uma crise de sub-financiamento para os<br />
pequenos e médios empreendimentos<br />
na área das análises clínicas. Este fato, aliado à<br />
gestão empírica dos laboratórios, definiu<br />
o verdadeiro problema do setor: aumento<br />
do risco de insolvência decorrente da<br />
queda na competitividade empresarial.<br />
Teve início, então, o caos no mercado, derivado de<br />
uma concorrência aguerrida, muitas vezes predatória.<br />
Muito bem, aqui termina o conto de fadas e<br />
começam os tempos atuais.<br />
A ciência progrediu e a tecnologia mudou<br />
ocasionando um aumento considerável no<br />
elenco de exames disponibilizados à população.<br />
Concomitantemente, os equipamentos são caros,<br />
de manutenção complexa e elevados custos,<br />
sendo necessária a substituição periódica<br />
em função da imperiosa atualização, exigindo<br />
elevados investimentos dos pequenos e médios<br />
laboratórios que não têm capacidade para operar<br />
com comodatos, visto a inexistência de escala.<br />
Contudo, se você não faz, o concorrente faz!<br />
A consequência todos sabemos: é simplesmente<br />
impossível para os pequenos e<br />
médios laboratórios gerarem caixa suficiente<br />
para produzirem todos os exames<br />
localmente (in house), acompanhando<br />
as necessidades da população em receber uma<br />
atenção de qualidade para a saúde.<br />
Qual a consequência disto? A terceirização<br />
de exames para os laboratórios de<br />
apoio, nascidos pela necessidade imperiosa<br />
de atender uma demanda de exames especializados,<br />
exóticos (esotéricos), que somente juntando<br />
uma grande quantidade podem ser feitos<br />
de maneira viável economicamente, devido ao<br />
ganho de escala. Para isto não existe alternativa<br />
técnica e econômica viável, a não ser, centrais de<br />
produção regionais. Mas neste momento existe<br />
o confronto com algo praticamente impossível:<br />
vencer o egoísmo, a soberba dos proprietários<br />
de laboratórios que vêm os concorrentes como<br />
inimigos, jamais como parte da solução! Esta<br />
dificuldade somente será transposta com HU-<br />
MILDADE, o que torna a tarefa gigantesca numa<br />
sociedade em que predomina o orgulho, a crença<br />
na superioridade do indivíduo.<br />
A racionalidade do ser humano identifica<br />
isto facilmente, todavia, a vaidade impede de<br />
fazer o óbvio. Digo até o ecologicamente correto,<br />
pois como pode uma cidade com 200.000<br />
habitantes ter 20 ou mais centrais de produção<br />
de exames operando, de forma ineficiente, desperdiçando<br />
os recursos finitos do planeta? É um<br />
modus operandi insano dos pequenos e médios<br />
laboratórios do País! E, de uma forma geral,<br />
quase todos defendem acirradamente o “seu<br />
direito de fazer os exames”. Pessoalmente vejo e<br />
certamente posso estar errado, que os profissionais<br />
da área das análises clínicas devem<br />
procurar se atualizar no modo de<br />
exercerem a profissão. O mundo mudou!<br />
Não podem continuar a fazer de forma obstinada,<br />
o que faziam antes, na época dos exames<br />
manuais. Devemos respeitar, apreender com o<br />
passado. Ouso até dizer, honrar o passado, como<br />
honramos os nossos próprios antepassados, porém,<br />
no tocante aos processos profissionais, se<br />
não nos atualizarmos, seremos simplesmente<br />
0 52<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
GESTÃO LABORATORIAL<br />
eliminados do mercado de trabalho. Os sais, os<br />
ácidos e bases, as reações químicas, a cinética,<br />
o ajuste dos coeficientes das equações, hoje<br />
deixaram de ser o desafio dos profissionais, pois<br />
tudo isto e muito mais, já constam do pacote<br />
da produção industrial de exames, nivelando a<br />
qualidade da produção.<br />
O diferencial vem dos controles dos resultados,<br />
da interpretação crítica destes resultados<br />
perante o histórico clínico dos pacientes, a<br />
anamnese, ao diálogo com o médico assistente.<br />
Ainda, a busca da essência científica dos novos<br />
produtos e tecnologias lançados no mercado,<br />
sua disseminação junto aos clientes médicos,<br />
sendo para eles uma fonte dos novos conhecimentos<br />
que trazem benefícios, mas junto,<br />
novas limitações analíticas e novos referenciais.<br />
Ou seja, o profissional das análises clínicas deve<br />
estar capacitado, nivelado tecnicamente com os<br />
médicos, cada um na sua profissão, não existe<br />
subordinação de conhecimento, tão somente,<br />
diversificação de áreas. Também, cabe aos profissionais<br />
das análises clínicas, a assistência aos<br />
clientes nas dúvidas tão frequentes e aqui não<br />
me refiro ao diagnóstico das doenças. Enfim,<br />
a razão científica e humana da profissão derivou<br />
da essência do ato em si de fazer exame,<br />
para uma atividade mais complexa, muito mais<br />
ampla, exigindo a expertise da qualificação nas<br />
relações humanas, na atenção às necessidades<br />
específicas inerentes à prestação de serviços, à<br />
experiência vivida pelos clientes na recepção, na<br />
coleta, em honrar prazos, locais e modos de entrega<br />
dos resultados, em entender de marketing<br />
digital, de logística, de finanças e economia. De<br />
entender um mínimo, pelo menos, de direito<br />
civil, trabalhista, de relações humanas, de métodos<br />
de controle de processos administrativos.<br />
Em síntese, dos profissionais das análises clínicas,<br />
exige-se hoje, que sejam administradores<br />
capazes, que saiam do antigo e quase único<br />
locus de trabalho (bancada, microscópio),<br />
para o mundo globalizado, digital e altamente<br />
competitivo. Não há mais espaço para o profissional<br />
à moda antiga, que “só faz exame”, isto<br />
é o nível mínimo necessário de aptidão, não é<br />
mais diferencial competitivo. Mal comparando<br />
é como entrar em um avião que consegue<br />
taxiar, decolar, entrar em voo de cruzeiro e<br />
aterrissar com segurança. Ora, isto é o mínimo<br />
que se espera de um avião. Qualquer cliente de<br />
laboratório parte da premissa que os exames<br />
são feitos com qualidade. Na mente dele não<br />
existe alternativa, senão ninguém entraria neste<br />
“avião”! E, vejam o interessante, quase sempre<br />
que um resultado está supostamente errado, é<br />
o seu, nunca é o do concorrente, mesmo que<br />
tenhamos todas as certificações e acreditações.<br />
Então, atualmente o profissional das<br />
análises clínicas para sobreviver como<br />
empreendedor ou empregado, tem<br />
que estar capacitado de forma multifuncional,<br />
com várias competências e<br />
habilidades, todas necessárias e honrosas,<br />
então pergunto: porque lutar tão bravamente<br />
em ficar fazendo exames a maior parte do tempo,<br />
principalmente se for ou quiser ser dono de<br />
laboratório? Vejam, caros leitores, mesmo dentro,<br />
por exemplo, da profissão de farmacêutico,<br />
muitos defendem a realização de exames em<br />
locais diversos do laboratório, por exemplo em<br />
farmácias e clínicas, ou até em residências.<br />
São os interesses particulares, é a evolução<br />
planetária, não há retorno, o único caminho é<br />
a eterna mudança, mesmo que muitos queiram<br />
manter o status quo. A SAÍDA É A CAPACIDADE<br />
RÁPIDA DA ADEQUADA ADAPTAÇÃO ÀS PER-<br />
MANENTES MUDANÇAS! Não existe alternativa<br />
viável, não é uma questão de justiça, é uma<br />
questão fática. Trata-se do mundo real, racional,<br />
a paixão pelo “fazer exames” deve ser louvada.<br />
Os profissionais desta área são pessoas, de uma<br />
forma geral, que amam a profissão. Isto é admirável,<br />
contudo, os tempos atuais exigem nova<br />
abordagem na forma de “ver a profissão”. Não<br />
há retorno, os preços praticados pelo mercado<br />
não voltarão a ser o que eram e, o que é pior, a<br />
inflação dos custos continuará comprimindo<br />
as margens de lucro, exigindo ganho de escala!<br />
Mas como os pequenos e médios laboratórios<br />
podem ter “ganho de escala”? Este conceito é<br />
antagônico aos pequenos negócios. Ou você é<br />
grande, ou apresenta habilidades específicas.<br />
Do contrário, não sobreviverá!<br />
Não é uma questão de justiça, não há para quem<br />
reclamar, contudo, quem disse que o mundo é<br />
justo? É simplesmente a realidade objetiva dos<br />
fatos! Traduzindo: ou você se torna um grande<br />
laboratório, seja por crescimento orgânico ou por<br />
fusões e aquisições, ou se torna um laboratório<br />
“diferente”, específico, especializado em alguma<br />
coisa que sabe fazer como ninguém, algo diverso<br />
do comum. Talvez até uma maneira de ser, uma<br />
postura ímpar frente ao mercado, seja de usuários<br />
finais ou de médicos.<br />
Fazer exames com qualidade é exigência<br />
mandatória, não é diferencial competitivo, pois,<br />
quem entra num avião cogitando que possa não<br />
voar bem, com segurança? Faça coisas diferentes,<br />
afinal, exames todos fazem e os laboratórios<br />
de apoio fazem muito mais baratos e, no mínimo,<br />
com a mesma qualidade, pelos motivos já<br />
analisados (ganho de escala, produção programada,<br />
logística versus recepção e coleta etc.).<br />
Ainda, faça coisas diferentes e de forma diferente,<br />
única. Seja criativo em todos os processos,<br />
principalmente nos de atendimento ao cliente.<br />
Seja empático, se coloque no lugar dele: que<br />
dificuldades existem para saber que você existe?<br />
Como os clientes chegam até o laboratório?<br />
Como estacionam e acessam às instalações?<br />
Como são atendidos? Como recebem o que lá<br />
foram fazer? Como podem reclamar daquilo<br />
que frustrou suas expectativas? Seja diferente<br />
nas causas que levaram os clientes até o seu<br />
laboratório e não ao do concorrente! Veja com<br />
outros olhos o mercado, tire um pouco da atenção<br />
aos processos produtivos, é claro que mantendo-os<br />
sob controle, volte-a para a origem do<br />
desejável lucro, ou seja, repito, para o mercado.<br />
Os laboratórios são alternativas de investimento<br />
e devem gerar lucros para os seus proprietários,<br />
sócios ou acionistas. Não é somente paixão<br />
profissional por fazer exames! É um<br />
modo de ganhar honestamente a vida!<br />
De ser feliz com aquilo que mais se faz, ou seja,<br />
trabalhar. De ter sucesso financeiro derivado de<br />
justos ganhos e lucros. É muito bom fazer o que<br />
se gosta, desde que lhe dê como retorno uma<br />
vida digna, fruto desse trabalho.<br />
Laboratórios são empresas, não somente fonte<br />
de felicidade. Devem ser lucrativos! Os laboratórios<br />
de apoio são parte essencial do cluster das<br />
análises clínicas. Nem os ditos “laboratórios de<br />
apoio” vivem sem apoio! Tudo, simplesmente<br />
tudo no mundo, está inserido numa cadeia imensa<br />
de dependência. O simples ato de tomar<br />
0 54<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
GESTÃO LABORATORIAL<br />
um banho, se vestir, tomar um café da manhã, de<br />
acender uma luz ou abrir uma torneira, implica<br />
na ajuda, na cooperação, na necessidade do<br />
apoio, de centenas, quiçá de milhares de pessoas,<br />
de organizações! Sozinhos não somos ninguém,<br />
sem os outros, qualquer um de nós, pessoa<br />
física ou jurídica, não pode sobreviver muito<br />
tempo. Somos seres frágeis, dependentes de toda<br />
e qualquer ajuda, não passamos de filhotes indefesos,<br />
ainda que fortes fisicamente.<br />
Nossa fortaleza está diretamente correlacionada<br />
à nossa capacidade de aproveitarmos de<br />
forma diferente, inteligente (mas honesta), as<br />
oportunidades da imensa cadeia produtiva (e<br />
de consumo) que são as relações globais inerentes<br />
à todas as relações humanas. Ao invés de<br />
nos sentirmos vítimas do gigantismo dos laboratórios<br />
de apoio, de reclamarmos sem cessar da<br />
concorrência destes ou de outros, de vivermos<br />
no passado, da lembrança do conto de fadas,<br />
vamos deixar do “coitadismo”, vamos levantar<br />
a cabeça, olhar para frente, descobrir e inventar<br />
oportunidades não só de sobreviver, mas de<br />
lucrar com os nossos pequenos e médios laboratórios.<br />
Nas minhas atividades tomo conhecimento<br />
diário do pensamento e posicionamento,<br />
de uma forma geral, dos gestores laboratoriais,<br />
principalmente daqueles que operam os pequenos<br />
e médios laboratórios clínicos no Brasil.<br />
As manifestações normalmente convergem e,<br />
sobretudo, se repetem, exaustivamente para os<br />
seguintes tópicos:<br />
1.- Situação econômica e financeira ruim, fato<br />
que aumenta o risco de insolvência destas organizações.<br />
Isto atualmente delimita o problema<br />
comum dos gestores laboratoriais.<br />
2.- Culpados que invariavelmente são citados<br />
como responsáveis:<br />
2.1- Compradores dos produtos (Convênios etc.).<br />
2.2- Médicos assistentes que demandam os<br />
produtos (Serviços e exames laboratoriais).<br />
2.3- Laboratórios de apoio.<br />
2.4- Governos (Federal, estadual e municipal).<br />
2.5- Fornecedores de insumos.<br />
2.6- Colegas de profissão (Empresários aéticos<br />
na área das análises clínicas).<br />
2.7- Capital externo (Investidores estrangeiros).<br />
Ao invés de buscar as causas somente no<br />
ambiente externo, colocar a culpa do problema<br />
nos outros, bem como esperar que terceiros<br />
apresentem soluções, vamos voltar nossa<br />
atenção para dentro dos nossos laboratórios,<br />
para as nossas atitudes gerenciais, o que de fato<br />
estamos fazendo além de protestar? Que ações<br />
gerenciais estamos adotando para aumentar<br />
a produtividade, reduzir riscos, incrementar<br />
competitividade e lucros? Você está avaliando<br />
a competitividade do seu laboratório? Quantificando<br />
os custos de produção? Metrificando<br />
a rentabilidade de exames, clientes, equipamentos<br />
e setores da produção? Calculando o<br />
momento certo para a terceirização mais rentável?<br />
Você está se comparando (processo de<br />
benchmarking) com os seus concorrentes para<br />
saber onde está pior e deve melhorar? E como<br />
melhorar? E quanto esperar de retorno? E ainda,<br />
o laboratório é um negócio viável considerando<br />
as características da região onde opera? Caso<br />
tenha uma única resposta negativa, poderá não<br />
estar controlando adequadamente os processos<br />
da sua organização, ainda que hoje esteja lucrando<br />
bem! A solução para todas estas questões,<br />
virá somente com gestão profissional.<br />
Voltando ao cerne da questão, repito que o<br />
foco do nosso olhar não deve ser quase que<br />
exclusivamente para a produção de exames, ao<br />
contrário, deve ser holístico, abranger todos os<br />
aspectos que envolvem os processos e ambiente<br />
de negócios de um laboratório. Conclamo,<br />
vamos deixar um pouco de lado o discurso, de<br />
certa forma, até arrogante, de que “eu faço exames<br />
com qualidade”, como se fossemos só nós<br />
que assim procedemos. Certamente, muitos de<br />
nós fizemos exames com qualidade. E daí? Isto<br />
é o mínimo para simplesmente, atendermos<br />
o marco regulatório legal, afinal, trabalhamos<br />
com a saúde dos outros! Se o fruto do nosso<br />
trabalho for ruim, vidas podem ser prejudicadas<br />
e, até perdidas. Repito: isto é o mínimo<br />
necessário. É como o avião taxiar, decolar, voar<br />
e aterrissar. É o que esperamos que aconteça.<br />
Nada tem excepcional, afinal foi feito para isto!<br />
Hoje os gestores laboratoriais têm que<br />
ser muito mais do que apaixonados<br />
por fazer exames. Devem ser GESTORES<br />
PROFISSIONAIS. Quem insistir em ser exclusivamente<br />
técnico de bancada, em continuar<br />
somente a fazer bons exames, não sobreviverá<br />
como empreendedor. Quem não souber avaliar<br />
a competitividade, risco de insolvência, calcular<br />
os custos de produção, enfim, responder as perguntas<br />
enumeradas anteriormente e perseverar<br />
em buscar culpados no ambiente externo à organização,<br />
ou seja, em fatores conjunturais, não<br />
olhando de forma introspectiva o seu laboratório,<br />
não saberá se o negócio é viável na região<br />
onde atua, permanecendo por desconhecimento,<br />
num empreendimento sem futuro. E, sempre<br />
culpando os outros, adotando obstinadamente<br />
a postura de vítima. Posso não saber quando,<br />
mas certamente irá entrar em insolvência. NÃO<br />
HÁ ALTERNATIVA PARA UM FUTURO INTELIGEN-<br />
TE, A NÃO SER GESTÃO POFISSIONAL PARA OS<br />
LABORATÓRIOS CLÍNICOS, SEJAM ELES PEQUE-<br />
NOS, MÉDIOS OU GRANDES. Se ela não resolver,<br />
saia o mais rapidamente possível do negócio.<br />
Senão, a estória certamente pode não ter um<br />
final feliz, como nos contos de fada. Concluo<br />
dizendo que percebo os laboratórios de apoio<br />
como parte da solução do grave problema que<br />
assola o mercado das análises clínicas. Não os<br />
vejo como uma das causas deste problema. Ao<br />
contrário, são imprescindíveis para o sistema.<br />
Esperando termos contribuído para os negócios<br />
na área das análises clínicas, nos despedimos até<br />
a próxima edição da revista NewsLab, onde iremos<br />
apresentar os produtos do PROGELAB.<br />
*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises<br />
Clínicas (CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC)<br />
e professor do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo<br />
(IESA), curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
0 56<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
MINUTO LABORATÓRIO<br />
Coleta de sangue do braço onde<br />
foi feito Cateterismo. Pode?<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Fábia Bezerra *<br />
Biomédica, com mais de 20 anos na área<br />
Laboratorial; Auditora e Consultora na Suzimara<br />
& Sarahyba Consultoria.<br />
E-mail: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />
“Cateterismo é um exame que serve para<br />
confirmar a presença de obstruções das artérias<br />
coronárias ou avaliar o funcionamento das<br />
valvas e do músculo cardíaco.<br />
É muito importante também em situações<br />
de emergência, possibilitando determinar a<br />
localização da obstrução que está causando<br />
um infarto agudo do miocárdio e com isso,<br />
estudar a melhor estratégia de intervenção. ¹”<br />
Como o cateterismo é realizado nas artérias,<br />
nada interfere na coleta de sangue venoso.<br />
Portanto, desmistificamos aqui, a dúvida do<br />
tempo permitido para punção venosa após o<br />
procedimento de cateterismo.<br />
Deixando claro que, a orientação médica<br />
sempre será acatada por parte do Laboratório,<br />
então, o ideal é que os pacientes já venham<br />
com esta orientação para o serviço de atendimento<br />
laboratorial.<br />
Caso contrário, os coletadores devem estar<br />
cientes que não há impedimento para a realização<br />
da coleta venosa.<br />
E tão importante quanto à técnica de coleta,<br />
é respeitar a sugestão do paciente.<br />
Afinal, o braço é dele e já deve ter tido diversas<br />
experiências com punção, então, saibam<br />
ouvir! Quando ele falar: “acho que este braço<br />
é melhor” – tenha a sensibilidade de verificar,<br />
esta atitude otimiza seu tempo e muitas vezes,<br />
evita uma tão desagradável segunda punção.<br />
E, caso não sinta a veia no braço indicado, com<br />
todo respeito, você poderá dizer:<br />
“Hoje, esta veia não está ideal, me permite<br />
verificar o outro braço?”<br />
Se for o braço em que foi realizado cateterismo<br />
e o médico não tenha restringido, assegure ao seu<br />
paciente que coleta venosa, não o prejudicará.<br />
Se houver alguma restrição, peça para outro<br />
colega verificar o braço permitido. Isso não<br />
significa que você não é capaz, indica que sua<br />
humildade como profissional o faz ser consciente,<br />
responsável e empático.<br />
Posturas como essa, além de facilitar o trabalho<br />
de quem atende, deixa o cliente mais confortável.<br />
E são ações nesta linha de excelência<br />
em atendimento que, algumas empresas estão<br />
se destacando na arte de Atender bem e<br />
Fidelizar o cliente em Laboratório clínico.<br />
Bibliografia:<br />
¹https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/exames-tratamento/cateterismo-cardiaco
RADAR CIENTÍFICO<br />
Avaliação de Desempenho<br />
do Ensaio de Hemoglobina A1c<br />
Enzimática (A1c_E)<br />
Jones J, Gisiora J, Robinson C, Dai J. , Siemens Healthcare Diagnostics Inc., Newark, DE, E.U.A<br />
Introdução<br />
Nos últimos anos, a Organização Mundial da<br />
Saúde e a Federação Internacional de Diabetes<br />
estimaram, independentemente, que mais de<br />
420 milhões (>8,4%) de adultos possuem diabetes<br />
mellitus no mundo todo. 1,2<br />
Em 2017, os custos mundiais no cuidado com<br />
a saúde associado ao diabetes foram estimados<br />
em 727 bilhões de dólares. 2<br />
O diabetes é caracterizado por altos níveis de<br />
glicose no sangue e, mantendo-se elevada por<br />
longo período, pode apresentar complicações<br />
oculares, nos nervos e nos rins. Portanto, o<br />
diagnóstico precoce é crítico para o gerencia-<br />
mento da doença. O estado glicêmico pode ser<br />
medido por meio da glicemia de jejum, frutosamina<br />
sérica ou hemoglobina glicada (HbA1c). 4<br />
A HbA1c é formada nas células vermelhas do<br />
sangue através de uma reação não enzimática<br />
entre a glicose sanguínea e a valina N-terminal<br />
da cadeia beta da HbA. 4<br />
A HbA1c é um bom marcador glicêmico para<br />
o diagnóstico e monitoramento de diabetes,<br />
pois é estável durante a vida útil de um eritrócito,<br />
que dura de 2 a 3 meses e, portanto, reflete<br />
as concentrações de glicose a longo termo(6-8<br />
semanas). Diferentemente, as dosagens de glicose<br />
refletem as concentrações do momento<br />
da coleta de sangue, enquanto as medidas de<br />
frutosamina representam os níveis de glicose no<br />
sangue das últimas 2-3semanas. 5<br />
As concentrações sanguíneas de HbA1c se<br />
correlacionam com o risco a longo prazo de<br />
complicações do diabetes nos pacientes. 3<br />
A HbA1c é um indicador de risco progressivo<br />
para a mortalidade e doenças cardiovasculares<br />
na população diabética e não diabética. 6-8<br />
Estudos demonstraram que o controle glicêmico<br />
intenso e o monitoramento da HbA1c<br />
foram associados com menores taxas de desenvolvimento<br />
e de progressão das complicações<br />
microvasculares. 9-11<br />
0 60<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
RADAR CIENTÍFICO<br />
A taxa das concentrações de HbA1cobservadas<br />
em indivíduos normais saudáveis é de aproximadamente<br />
48 mmol/mol). 12<br />
A prevalência de complicações relacionadas<br />
ao diabetes chega a valores de HbA1c de<br />
6–7%(42–53 mmol/mol). 13<br />
Um novo ensaio enzimático de HbA1c<br />
(A1c_E) foi desenvolvido para a medida quantitativa<br />
da HbA1c no sangue total (humano)<br />
venoso anticoagulado e hemolisado no Sistema<br />
de Bioquímica automatizado ADVIA® Chemistry<br />
(1800, 2400, and XPT). 12<br />
O novo ensaio A1c_E é indicado para auxílio<br />
no diagnóstico, assim como no monitoramento<br />
a longo prazo do controle da glicose sanguínea<br />
em pacientes com risco de desenvolvimento<br />
do diabetes mellitus. Além disso, a maioria das<br />
variantes A1c não interfere com o novo ensaio<br />
A1c devido à arquitetura do ensaio melhorado.<br />
Resumo<br />
O National Glycohemoglobin Standardization<br />
Program (NGSP) e a International Federation of<br />
Clinical Chemistry (IFCC) formaram um grupo<br />
de trabalho para desenvolver métodos de referência.<br />
Foi avaliada a relação entre os resultados<br />
da HbA1c da rede da NGSP e da IFCC e uma<br />
equação master foi desenvolvida. 14<br />
Os parâmetros de proporção fornecidos como<br />
parte do novo método A1c_E permitem que os<br />
resultados sejam relatados em unidades NGSP<br />
equivalentes (%) ou unidades IFCC equivalentes<br />
(mmol/mol). Ensaios comerciais de HbA1c<br />
devem ser padronizados e rastreáveis, de acordo<br />
com o ensaio de referência do Estudo Prospectivo<br />
de Diabetes da DCCT/Reino Unido (UKPDS). 3,15<br />
A Associação Americana de Diabetes recomenda<br />
que “o teste de A1c deve ser realizado utilizando<br />
um método que seja certificado pela NGSP.” 16<br />
Portanto, o objetivo do NGSP é padronizar os<br />
resultados do teste de HbA1c àqueles do DCCT/<br />
UKPDS, que estabeleceram as relações diretas<br />
entre os níveis de HbA1c e o prognóstico dos<br />
pacientes com diabetes. O NGSP fornece certificação<br />
e rastreabilidade à referência da DCCT<br />
por meio de comparações de amostras com os<br />
colaboradores da rede NGSP e monitora a eficácia<br />
do programa por meio da pesquisa de proficiência<br />
em sangue total do College of American<br />
Pathologists (CAP) GH-5 para HbA1c. 17<br />
Em 19 de março de 2018, a Siemens Healthineers<br />
concluiu com sucesso a Certificação<br />
do NGSP para o novo ensaio A1c_E em ambos<br />
os métodos de pré-tratamento automático<br />
e manual de amostras, nos sistemas ADVIA<br />
Chemistry 1800, 2400 e XPT. Os critérios para a<br />
Certificação no NGSP são que, 37/40 dos resultados<br />
individuais de HbA1c devem estar dentro<br />
de ±6% da média do Laboratório de Referência<br />
Secundário (SRL) do NGSP. Além disso, os resultados<br />
da certificação atual atendem aos critérios<br />
mais rigorosos, a partir de Janeiro de 2019, em<br />
que 36/40 dos resultados devem estar dentro<br />
de ±5% do valor do SRL. 18<br />
A Siemens Healthineers está comprometida<br />
em obter a certificação anual para garantir a<br />
qualidade do produto, a confiança do cliente e<br />
melhores resultados para o paciente. O objetivo<br />
desse estudo foi avaliar o desempenho do nosso<br />
ensaio A1c_E nos Sistemas ADVIA Chemistry.<br />
Materiais e Métodos<br />
O ensaio A1c_E do ADVIA Chemistry possui um<br />
método enzimático que mede especificadamente<br />
o N-terminal dos dipeptídeos frutosil da cadeia<br />
beta da HbA1c. A concentração de hemoglobina<br />
glicada (A1c_E) e hemoglobina total (tHb_E)<br />
são medidas separadamente; essas dosagens são<br />
utilizadas para determinar a %HbA1c (unidades<br />
NGSP) ou a razão da hemoglobina A1c_E/tHb_E<br />
em mmol/mol (unidades IFCC).<br />
Confira a figura 1 sobre a metologia do ensaio<br />
A1c_E. A avaliação de desempenho do ensaio<br />
A1c_E nesse estudo incluiu avaliação de precisão,<br />
linearidade, correlação e erro total. As correlações<br />
foram realizadas com o ensaio A1c_E<br />
do ADVIA Chemistry e o SRL NGSP. Dados foram<br />
coletados nos Sistemas ADVIA Chemistry (1800,<br />
2400 e XPT), que utilizam os mesmos packs de<br />
reagente, calibradores e controles comerciais.<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Resultados<br />
Precisão<br />
As estimativas de precisão foram determinadas<br />
usando dois controles comerciais (QC) e quatro<br />
painéis de decisão clínica (Medical decision<br />
pools, MDP) abrangendo o intervalo do ensaio<br />
(de 4,50 a 12,00% HbA1c). Cada amostra foi<br />
dosada duas vezes por corrida, duas corridas por<br />
dia, durante 20 dias em três sistemas e três lotes<br />
de reagentes (total = 720 réplicas/ amostra).<br />
As estimativas de precisão foram calculadas<br />
de acordo com o CLSI EP05-A3, Avaliação<br />
do Desempenho de Precisão dos Métodos<br />
de Medição Quantitativa. Os resultados são<br />
apresentados nas tabelas 1-3.<br />
Linearidade<br />
A linearidade e a faixa analítica do novo<br />
ensaio foram avaliadas testando nove níveis<br />
com diluições espaçadas (adicionados mais dois<br />
níveis, igualmente espaçados, entre os dois níveis<br />
mais baixos) de um pool elevado de sangue<br />
total nos Sistemas ADVIA Chemistry. Os valores<br />
observados de % HbA1c foram comparados com<br />
os valores esperados; a equação de regressão<br />
linear, r (coeficiente de correlação) e o intervalo<br />
são apresentados nas Figuras 2–4. A linha de<br />
identidade aparece como uma linha sólida em<br />
cada figura. Os dados foram analisados de acordo<br />
com o CLSI EP06-A, Avaliação da Linearidade<br />
de Procedimentos de Medida Quantitativa: Uma<br />
Abordagem Estatística.<br />
Tabelas de Resultados<br />
Tabela 1.<br />
Dados de Precisão do Sistema de Bioquímica ADVIA 1800.<br />
Tabela 2.<br />
Dados de Precisão do Sistema de Bioquímica ADVIA 2400.<br />
Tabela 3.<br />
Dados de Precisão do Sistema de Bioquímica ADVIA XPT Chemistry.<br />
RADAR CIENTÍFICO<br />
Figura 2. Linearidade do Ensaio A1c_E no Sistema de<br />
Bioquímica ADVIA 1800.<br />
Figura 3. Linearidade do Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />
ADVIA 2400.<br />
Figura 4. Linearidade do Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />
ADVIA Chemistry XPT.<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 65
Figura 5. Gráfico de Correlação: Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />
ADVIA 1800 versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />
Figura 6. Gráfico de Diferença: Ensaio A1c_E no Sistema de Bioquímica<br />
ADVIA 1800 versus o Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />
Figura 7. Gráfico de Correlação: Ensaio A1c_E do Sistema de Bioquímica<br />
ADVIA 2400 Chemistry versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />
Figura 8. Gráfico de Diferença: Ensaio A1c_E do Sistema de Bioquímica<br />
ADVIA 2400 Chemistry versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />
Figura 9. Gráfico de Correlação: Ensaio A1c_E no Sistema ADVIA<br />
Chemistry XPT versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />
Figura 10. Gráfico de Diferença: Ensaio A1c_E no Sistema ADVIA<br />
Chemistry XPT versus Laboratório Secundário de Referência NGSP.<br />
Comparação de Métodos<br />
O ensaio A1c_E nos Sistemas ADVIA Chemistry<br />
foram comparados com o Laboratório de Referência<br />
Secundário NGSP (Tosoh G8) por meio da<br />
avaliação de até 163 amostras utilizando a análise<br />
de regressão PassingBablock (Figuras 5–10); foi<br />
utilizada a regressão linear com os resultados da<br />
primeira replicata. A linha de identidade aparece<br />
como uma linha sólida nas figuras. O novo ensaio<br />
apresentou boa correlação com SRL NGSP.<br />
Os dados foram analisados de acordo com CLSI<br />
EP09-A3, Comparação de Procedimentos de Medida<br />
e Estimativa de Bias Utilizando Amostras de<br />
Pacientes. 95,96 e 98% das amostras testadas na<br />
comparação de metodos estão de acordo com o<br />
bias de ±5,00% para os Sistemas ADVIA Chemistry<br />
1800, 2400 e XPT, respectivamente.<br />
Tabela 4. Resumo dos dados de Erro Total do ADVIA 1800.<br />
Tabela 5. Resumo dos dados de Erro Total do ADVIA 2400.<br />
Erro Total<br />
Os resultados da estimativa do bias (%bias)<br />
foram utilizados no estudo de comparação de<br />
métodos e a estimativa de precisão no estudo de<br />
reprodutibilidade, abrangendo toda a variabilidade<br />
associada do ensaio A1c_E dos Sistemas ADVIA<br />
Chemistry. O erro total dos níveis listados nas tabelas<br />
4-6 foi calculado utilizando a seguinte equação:<br />
Tabela 6. Resumo dos dados de Erro Total do ADVIA Chemistry XPT.<br />
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Conclusões<br />
O ensaio A1c_E nos Sistemas ADVIA Chemistry<br />
demonstrou boa precisão nos resultados<br />
dentro do intervalo do ensaio:<br />
repetibilidade de 0,3 a 0,8% CV e precisão<br />
intra-laboratorial de até 2% CV.<br />
O ensaio A1c_E dos Sistemas ADVIA Chemistry<br />
demonstrou linearidade de 2,69 a 14,60%<br />
de HbA1c. O ensaio A1c_E demonstrou boa<br />
correlação; 97% das amostras testadas na comparação<br />
de métodos estão com um bias dentro<br />
de ±5.00%.<br />
O ensaio A1c_E dos Sistemas ADVIA Chemistry<br />
possui um erro total durante todo o intervalo<br />
do ensaio menor que 5% ET.<br />
O objetivo da Siemens Healthineers é permitir<br />
que os fornecedores de serviços no cuidado com<br />
a saúde aumentem o seu valor, capacitando-os<br />
em sua jornada para expandir a medicina de<br />
precisão, transformando a prestação de cuidados<br />
e melhorando a experiência do paciente,<br />
todos habilitados pela digitalização dos cuidados<br />
com a saúde. Estima-se que 5 milhões de<br />
pacientes beneficiam-se globalmente, todos os<br />
dias, de nossas tecnologias e serviços inovadores<br />
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Referências:<br />
1. World Health Organization. Global report<br />
on diabetes. 2016.<br />
2. The International Diabetes Federation. IDF<br />
DIABETES ATLAS Eighth edition 2017. https://<br />
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Research Group. The effect of intensive treatment<br />
of diabetes on the development and progression<br />
of long-term complications in insulin-dependent<br />
diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993;329:977-86.<br />
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update: implications of recent studies, including<br />
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relationship between dysglycaemia and cardiovascular<br />
and renal risk in diabetic and non-<br />
-diabetic participants in the HOPE study: a prospective<br />
epidemiological analysis. Diabetologia.<br />
2005;48:1749-55.<br />
7. Khaw KT, Wareham N, Bingham S, et al.<br />
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disease and mortality in adults: the<br />
European prospective investigation into cancer<br />
in Norfolk. Ann Intern Med. 2004;141:413-20.<br />
8. Selvin E, Coresh J, Golden SH, et al. Glycemic<br />
control and coronary heart disease risk in<br />
persons with and without diabetes: The atherosclerosis<br />
risk in communities study. Arch Intern<br />
Med. 2005;165:1910-6.<br />
9. Duckworth W, Abraira C, Moritz T, et al.<br />
Glucose control and vascular complications in<br />
veterans with type 2 diabetes. N Engl J Med.<br />
2009;360:129-39.<br />
10. Ismail-Beigi F, Craven T, Banerji MA, et al.<br />
Effect of intensive treatment of hyperglycaemia<br />
on microvascular outcomes in type 2 diabetes:<br />
an analysis of the ACCORD randomised trial.<br />
Lancet. 2010;376:419-30.<br />
11. Patel A, MacMahon S, Chalmers J, et al.<br />
Intensive blood glucose control and vascular<br />
outcomes in patients with type 2 diabetes. N<br />
Engl J Med. 2008;358:2560-72.<br />
12. Siemens Healthcare Diagnostics. ADVIA<br />
1800/2400 Chemistry A1c_E assay instructions<br />
for use. PN 11275439_EN, rev. A.Tarrytown<br />
(NY): Siemens; 2018<br />
13. International Expert Committee report on<br />
the role of the A1C assay in the diagnosis of diabetes.<br />
Diabetes Care. 2009;32:1327-34.<br />
14. Hoelzel W, Weykamp C, Jeppsson JO, et al.<br />
IFCC reference system for measurement of hemoglobin<br />
A1c in human blood and the national<br />
standardization schemes in the United States,<br />
Japan, and Sweden: a method-comparison study.<br />
Clin Chem. 2004;50:166-74.<br />
15. UK Prospective Diabetes Study (UKPDS)<br />
Group. Intensive bloodglucose control with<br />
sulphonylureas or insulin compared with conventional<br />
treatment and risk of complications<br />
in patients with type 2 diabetes (UKPDS 33).<br />
Lancet. 1998;352:837-53.<br />
16. American Diabetes Association. Classification<br />
and diagnosis of diabetes. Sec. 2. In<br />
Standards of Medical Care in Diabetes-20017.<br />
Diabetes Care. 2017;40 (Suppl. 1):S11–S24.<br />
17. Rohlfing CL, Parvin CA, Sacks DB, et<br />
al. Comparing analytic performance criteria:<br />
evaluation of HbA1c certification criteria as an<br />
example. Clin Chim Acta. 2014;433:259-63.<br />
18. The National Glycohemoglobin Standardization<br />
Program (NGSP). Harmonizing Hemoglobin<br />
A1c Testing. Certified Methods and Laboratories.<br />
http://www.ngsp.org/certified.asp.<br />
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DIREITO E SAÚDE<br />
Medicina Digital - A Nova Era da<br />
Saúde e Seus Desafios<br />
A saúde na era da transformação digital já é<br />
uma realidade no Brasil, e o debate já não é mais<br />
sobre quando ocorrerão as mudanças tecnológicas<br />
na medicina, mas sobre como as empresas,<br />
médicos, profissionais da saúde, pacientes e a regulamentação<br />
se adaptarão e anteciparão a elas.<br />
A cada dia nos deparamos com uma novidade<br />
tecnológica, um novo aplicativo, uma nova ideia<br />
sendo lançada por pequenas e inovadoras start<br />
ups. Da mesma forma, temos nos deparado<br />
com grandes investimentos em tecnologia para<br />
a área da saúde por grandes empresas como<br />
Google, Apple, Amazon que, até pouco tempo<br />
atrás, sequer imaginaríamos estarem atuando<br />
nesta área. O que há de comum entre as pequenas<br />
start ups e as grandes empresas de tecnologia<br />
é a visão de inovação em um segmento que<br />
requer convergência de informação e que precisa<br />
ser cada vez mais rápido, preciso e acessível à<br />
população diante de sua constante atualização.<br />
Um exemplo de tecnologia que transformará<br />
a saúde é a nova versão do Apple Watch, relógio<br />
digital que é capaz de submeter o usuário a um<br />
exame de eletrocardiograma, além de ser capaz<br />
de detectar batimentos cardíacos irregulares,<br />
transferir os dados para análise médica e enviar<br />
notificação caso o dono do relógio necessite de<br />
assistência. Cada vez mais, a inovação médica<br />
estará no cotidiano das pessoas e o nível de<br />
acompanhamento de informações de saúde<br />
do paciente se tornará maior e mais relevante,<br />
o que consequentemente afetará a relação médico-paciente.<br />
Atualmente, o segmento médico brasileiro<br />
está voltado para importantes discussões<br />
em relação às inovações tecnológicas, como a<br />
prática da telemedicina, a aplicação da inteligência<br />
artificial no diagnóstico, a digitalização<br />
do histórico de saúde do paciente e a regularização<br />
de software médico perante a Anvisa. Tais<br />
discussões são de extrema importância para o<br />
futuro da saúde no Brasil, visto que as pessoas,<br />
os produtos e os serviços estão cada vez mais<br />
“digitalizados” e este é um caminho sem volta.<br />
Telemedicina<br />
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou<br />
em fevereiro deste ano a resolução que<br />
regulamenta a telemedicina, contemplando<br />
atividades como teleconsulta, telediagnóstico,<br />
telecirurgia, telemonitoramento e teletriagem.<br />
Porém, precisou recuar, já que o tema é disruptivo<br />
e o setor médico requisitou discussões mais<br />
amplas antes da efetiva regulamentação.<br />
A título de exemplo, com o telediagnóstico os<br />
exames podem ser realizados virtualmente e os<br />
dados são transmitidos pelo computador; no<br />
caso de um eletrocardiograma, com a ajuda da<br />
tecnologia o paciente poderá estar num lugar,<br />
com sensores instalados no corpo, e o médico<br />
executará e acompanhará o exame a distância.<br />
Com o telemonitoramento, o especialista poderá<br />
avaliar os exames e o estado de saúde dos<br />
pacientes remotamente, situação que pode ser<br />
muito importante para pacientes em áreas de<br />
difícil acesso, com doenças crônicas em home<br />
care ou idosos em casa de repouso, por exemplo.<br />
A vertente a favor da telemedicina acredita no<br />
aumento da praticidade, redução de custos e<br />
ampliação de acesso dos pacientes às consultas<br />
e diagnósticos, por exemplo. No entanto, a linha<br />
contrária questiona se com os recursos promovidos<br />
pela inteligência artificial e com a distância<br />
física proporcionada pela tecnologia, haveria<br />
ainda espaço para uma comunicação completa<br />
entre médico e paciente, entendida como uma<br />
variável fundamental para a adequada conduta<br />
médica e melhora na condição do paciente.<br />
Inteligência Artificial no diagnóstico<br />
Segundo informações da Câmara Brasileira de<br />
Diagnóstico Laboratorial, cerca de 75% a 80%<br />
das decisões médicas baseiam-se em exames<br />
de diagnóstico, sendo incostestável a importância<br />
destes para a conduta médica a ser adotada.<br />
A inteligênia artificial (IA) na medicina diagnóstica,<br />
vem com o intuito de acelar e tornar<br />
mais preciso o diagnóstico de pacientes, antecipar<br />
desfechos e indicar tratamentos e ações<br />
médicas por meio da criação de “algoritmos<br />
inteligentes”. Além disso, a inteligênia artificial<br />
será capaz de melhorar processos internos dos<br />
serviços de saúde, como laboratórios, consultórios<br />
e hospitais, permitindo ganho de eficiência<br />
na investigação diagnóstica e redução de disperdício<br />
de recursos.<br />
Para se ter idéia sobre como funciona a inteligênia<br />
artificial, os especialistas alimentam o<br />
sistema com uma quantidade grande de dados<br />
e o computador “aprende” algoritmos, encontrando<br />
rapidamente padrões e fazendo associações<br />
para analisar os casos e auxiliar o médico<br />
a realizar o diagnóstico e tomar decisões mais<br />
acertadas e confiáveis. Para uma análise completa<br />
e confiável é necessária a verificação de<br />
um grande volume de informações que, quando<br />
feita por meio da inteligênia artificial, é realizada<br />
numa velocidade que um ser humano<br />
demoraria muito tempo para concluir ou jamais<br />
poderia fazer.<br />
A inteligência artificial já vem sendo estudada<br />
e implementada em diversas áreas da medicina,<br />
como por exmplo, nos exames radiológicos e<br />
identificação da retinopatia diabética. No futuro<br />
próximo, é provável que cada vez mais especialistas<br />
façam uso do diagnóstico sugerido por<br />
programas de inteligência artificial como apoio<br />
a decisões e condutas a serem tomadas.<br />
0 70<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
DIREITO E SAÚDE<br />
Digitalização do histórico de saúde<br />
do paciente<br />
O objetivo da digitalização do histórico do<br />
paciente é reunir em um só sistema todas as<br />
informações da trajetória médica de um indivíduo,<br />
como por exemplo, resultados de exames,<br />
consultas médicas, cirurgias, internações, medicamentos<br />
utilizados e outras atividades médicas<br />
durante a vida do paciente.<br />
O benefício de ter as informações da “história da<br />
saúde do paciente em um só lugar” implica diretamente<br />
na maior produtividade, na otimização<br />
de recursos e no melhor atendimento ao paciente,<br />
uma vez que as informações relevantes não<br />
estariam mais fragmentadas em diferentes serviços<br />
de saúde e atividades médicas desnecessárias<br />
ou repetitivas poderiam ser evitadas.<br />
Ainda que a vantagem de concentrar os dados<br />
do paciente em um único sistema seja clara,<br />
assim como na inteligência articifical ainda<br />
há muita preocupação quanto à proteção dos<br />
dados disponibilizados sobre o paciente e sua<br />
saúde, ou seja, sobre quem pode acessá-lo e<br />
em que condições. A lei geral de proteção de<br />
dados que entrará em vigor em 2020 prevê que<br />
o compartilhamento das informações de saúde<br />
dependa do consentimento do paciente.<br />
Regularização de software como dispositivo<br />
médico perante a Anvisa<br />
Atualmente, a Anvisa regulamenta os dispositivos<br />
médicos no pré-mercado por meio da Resolução<br />
RDC nº 185, de 22 de janeiro de 2001,<br />
que trata do registro, alteração, revalidação e<br />
cancelamento do registro de produtos médicos.<br />
No entanto, esta norma foi elaborada de acordo<br />
com o contexto do ano de 2001, quando os<br />
equipamentos eram basicamente hardwares<br />
específicos com softwares embarcados.<br />
Diante das novas necessidades e a tendência<br />
de “virtualização” dos equipamentos e procedimentos<br />
médicos, os dispositivos médicos<br />
passararam a se “virtualizar” a passos exponenciais,<br />
fato este que fez com que a referida regulamentação<br />
tenha se tornado obsoleta para os<br />
softwares como dispositivos médicos, tais como<br />
os softwares de processamento de imagens<br />
para diagnósticos, softwares de diagnóstico em<br />
saúde, software de planejamento de radioterapia<br />
e, até mesmo, certos aplicativos para celular<br />
e tablet que podem ser considerados softwares<br />
como dispositivos médicos.<br />
Com o objetivo de solucionar essa lacuna regulatória,<br />
o tema “Regularização de softwares médicos”<br />
foi incluído na Agenda Regulatória da Anvisa<br />
para o quadriênio 2017-2020 (Tema 8.5), tendo<br />
como principal motivador, a elaboração de uma<br />
regulamentação específica contendo requisitos<br />
aplicáveis aos software como dispositivos médicos<br />
ou SaMD – Software as Medical Device, como<br />
são internacionalmente conhecidos.<br />
O software como dispositivo médico tem sido<br />
tema de discussões no âmbito do International<br />
Medical Device Regulators Forum (IMDRF), do<br />
qual a Anvisa faz parte em busca da harmonização<br />
de seus regulamentos. Recentemente, a<br />
agência fez parte de uma reunião junto ao IM-<br />
DRF sobre inteligência artificial, software como<br />
dispositivo médico e os diversos modos de aplicação<br />
das novas tecnologias, além de aspectos<br />
como segurança de dados e qualidade, demonstrando<br />
alinhamento em relação ao tema.<br />
O tema é desafiador e está em debate entre a<br />
Anvisa e o setor regulado, uma vez que que se faz<br />
necessário definir escopo e classificação de risco,<br />
estabelecer mecanismos para ações sanitárias,<br />
tratamento de diferentes sistemas e riscos cibernéticos<br />
de softwares como dispositivos médicos.<br />
Após a realização do Diálogo Setorial sobre o<br />
tema, ocorrido em 18 de setembro de 2019 no<br />
auditorio da Anvisa, os próximos passos serão a<br />
proposição junto ao grupo da ABNT (CB/26 –<br />
Subgrupo de Software Médico) de possível termo<br />
redacional para a norma e, posteriormente,<br />
publicação de Consulta Pública para a regulamentação<br />
e guia orientativo. A versão final da<br />
norma está prevista para o primeiro trimestre de<br />
2020 e treinamentos para profissionais da área<br />
e alertas sobre a necessidade de notificação de<br />
eventos adversos e denúncias, devem acontecer<br />
ao longo de 2020.<br />
Para finalizar, é visível que as necessidades médicas<br />
e dos pacientes mudam constantemente no<br />
passo da evolução tecnológica. Os temas acima<br />
citados são de suma relevância para o aumento<br />
da produtividade, otimização de recursos e sustentabiliade<br />
do setor de saúde, e acima de tudo,<br />
para melhorar o atendimento e condição dos pacientes.<br />
Regulamentações que sejam capazes de<br />
acompanhar a tendência do mercado são fundamentais<br />
para a garanta de implementação rápida<br />
e segura de novas tecnologias e práticas médicas,<br />
priorizando-se sempre a saúde e segurança do<br />
paciente. Estamos ansiosos para contribuir e<br />
acompanhar os próximos capítulos destes assuntos<br />
que mudarão definitivamente, para melhor, a<br />
saúde no Brasil.<br />
*Patrícia Fukuma<br />
É sócia e fundadora do escritório Fukuma Advogados, escritório altamente<br />
especializado na área regulatória-sanitária.<br />
Com agradecimento à colaboração de Ana Hasegawa e Camila Tavares.<br />
0 72<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
TROMBOFILIA<br />
DETECÇÃO DAS PRINCIPAIS<br />
MUTAÇÕES GENÉTICAS<br />
Mais de 60% da predisposição à trombose são<br />
atribuídos a fatores genéticos. Para prevenir<br />
episódios trombóticos e abortos recorrentes,<br />
é possível estruturar um programa de<br />
aconselhamento genético e orientação familiar<br />
com métodos moleculares.<br />
Por meio da PCR em tempo real é possível identificar<br />
os genes com possíveis mutações para:<br />
Protrombina (Fator II)<br />
Fator V de Leiden<br />
Enzima MTHFR C677T e MTHFR A1298C<br />
Plasminogênio tipo 1 (PAI-1)<br />
Através de kits específicos que realizam a identificação desses fatores genéticos, é possível ter em<br />
mãos informações precisas que auxiliam o médico no direcionamento do tratamento ideal.<br />
Converse com nossos consultores para saber mais<br />
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Características referentes aos kits com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. KIT XGEN MASTER Fator II sob n° 80502070031. KIT XGEN MASTER Fator V DE LEIDEN sob n° 80502070032.<br />
KIT XGEN MASTER MTHFR C677T sob n° 80502070026. KIT XGEN MASTER MTHFR A1298C sob n° 80502070028. KIT XGEN MASTER PAI-1 sob n° 80502070055.
LADY NEWS<br />
Bons Exemplos<br />
Dra. Eliane Lustosa médica Patologista Clínica, Presidente da Labtest Diagnóstica S.A<br />
Uma mulher a frente do seu tempo, desde<br />
muito nova começou a perceber a grandeza da<br />
vida e principalmente a importância da família,<br />
sempre, através do olhar sensível e curioso, sentindo<br />
a vontade de acontecer.<br />
E assim a Dra. Eliane Lustosa, com os bons<br />
exemplos que sempre a acompanhou, através<br />
de seus pais, resolveu então seguir um caminho<br />
repleto de valores até então desconhecidos.<br />
Mulher corajosa e atuante foi galgando os<br />
degraus do conhecimento e cada vez mais sentindo<br />
a necessidade de se empoderar, fortalecer<br />
e sentir a força da mulher.<br />
Buscou no fundo dos seus melhores sentimentos<br />
os puros momentos, onde com seu pai<br />
visionário, aprendeu que na vida o mais importante<br />
é seguir o caminho da perseverança, do<br />
trabalho árduo, profícuo e verdadeiro.<br />
Geraldo Lustosa, além de um grande pai, homem<br />
de visão e grande empreendedor, sempre<br />
cultivou valores essências a vida e a formação de<br />
um caráter, integro e essencialmente honesto. A<br />
base ideal para a formação de qualquer cidadão,<br />
o maior e melhor exemplo que podemos ter.<br />
Para um nome tão forte com grande importância<br />
no mercado a Labtest é um trunfo, uma verdadeira<br />
dádiva ter uma historia tão forte e real para<br />
ser compartilhada e conhecida, servindo como<br />
tema para ilustrar a mente dos novos profissionais<br />
que chegam sempre ávidos de conseguirem<br />
um lugar ao sol e sempre sentindo a necessidade<br />
e a certeza de ter bons exemplos na vida.<br />
Dra. Eliane ocupa hoje um lugar e um espaço<br />
de muita importância, sendo referência para os<br />
profissionais do setor e principalmente nos mulheres.<br />
Conversei com ela, onde ela pode compartilhar<br />
um pouco de sua experiência comigo.<br />
1 - Dr Eliane, gostaríamos de saber um<br />
pouco de sua experiência até chegar<br />
aqui?<br />
A primeira coisa que eu acho que aprendi na<br />
minha vida é você não desistir e não achar que<br />
uma coisa que não saiu do jeito que você quer<br />
significa que não vai dá certo, ela vai dá certo.<br />
Quando eu vejo que o pessoal do startup fala<br />
assim: "Faça rápido pra você falhar rápido e você<br />
recomeçar rápido".<br />
Acho que é isso ai na vida, você não deve ter<br />
medo. Você tem que ter cuidado, cuidado com<br />
as pessoas, cuidado com impacto daquilo na<br />
vida de outras pessoas. Mas você com você<br />
não pode ter medo de fracassar, não ter medo<br />
de tentar. Você não pode ser irresponsável, mas<br />
você tem que ter coragem.<br />
2 - Sabendo da dificuldades da mulher<br />
se ingressar no mercado de trabalho,<br />
apesar de muitos avanços. Como foi pra<br />
você isso?<br />
Ser mulher também tem muito a ver com ter coragem,<br />
porque você tem que romper né... muitas vezes.<br />
Eu não vou dizer que não sofri nenhum problema<br />
por ser mulher, mas por outro lado eu<br />
acho que sou de uma geração em que a mulher<br />
tinha uma posição muito bem... acho que ...<br />
como é que vou dizer, assim... Mais bem colocada<br />
em um certo lugar. Talvez soubesse lidar melhor<br />
com isso, isso nunca me significou, nunca<br />
me nomeou, nunca foi um problema pra mim.<br />
A única coisa que eu acho que quando era<br />
muito jovem, eu achava que tinha que ter uma<br />
atitude masculina pra poder romper nessa, né...<br />
ai nesse mercado de trabalho.<br />
Depois eu descobrir que não, que a nossa<br />
feminilidade, o ser mulher, a gente acrescenta<br />
muitas coisas boas, é trazer um novo olhar, uma<br />
nova visão pra tudo que a gente ta fazendo e<br />
dentro do mercado.<br />
E as visões distintas elas são muito importantes,<br />
inclusive está questão, que tem visões de<br />
pessoas diferentes, crenças diferentes, umas séries<br />
de coisas, você tem também visões diferentes<br />
dentro da nossa cultura, homem e mulher e<br />
hoje ela está até ficando mais fluída, não tem<br />
mais essa separação como tinha. Mas na minha<br />
época "não tinha" era diferente (risos).<br />
Mas assim, eu também tive muito privilégios<br />
de ser filha de meu pai, acho que maior<br />
privilégio ser filha de meus pais, minha mãe<br />
e profissionalmente do meu pai. Sempre me<br />
orgulhei, nunca achei que ele fez sombra, no<br />
sentido de me obscuresser, ele fez sombra<br />
para eu ter uma caminhada refrescante menos<br />
dura, menos árdua, sempre meu melhor amigo,<br />
meu melhor mestre.<br />
0 74<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
LADY NEWS<br />
Isso eu acho que me ajudou muito, porque<br />
eu sei que muitas vezes é difícil você, independente<br />
de homem ou mulher, romper profissionalmente.<br />
Mas eu agarrei todas as oportunidades<br />
que apareceram, eu fui lá e busquei,<br />
peguei pelo chifre e fiz e aconteci, e assim<br />
enfrentei muitos desafios, muitas batalhas<br />
que muitas vezes as pessoas não me conhecia<br />
e achavam que eu estava ali por ser filha do<br />
meu pai, e de repente elas descobriram que eu<br />
estava ali com o poder de mudar as coisas, de<br />
trazer coisas novas e elas conseguiram entender<br />
e eu tive a felicidade de conseguir agregar<br />
muitas vezes pessoas aos meus sonhos, nas<br />
minhas visões porque sozinho você só não<br />
chega a lugar nenhum, você só vai acompanhando,<br />
para você poder ir mais longe e para<br />
você ir melhor.<br />
3 - A Labtest conta com um quadro enorme<br />
de mulheres. É um novo conceito da<br />
empresa?<br />
Então! Eu vejo que a Labtest hoje não é uma coisa<br />
pensada porque sou mulher, mas eu acho que<br />
o mercado de trabalho hoje a mulher esta cada<br />
vez mais dentro do mercado, mais participante e<br />
muitos cursos hoje as mulheres são maioria.<br />
Então a tendência é que no mercado de<br />
trabalho a participação da mulher aumente<br />
para frente.<br />
Na labtes não existe políticas diversas para homens<br />
e mulheres, em termos salariais em termo<br />
de possibilidades, não existe, a maternidade<br />
não é um empecilho, (visto que um empecilho<br />
para você trabalhar na labtes e sob minha responsabilidade<br />
ao qual ao meu cargo,).<br />
Naturalmente hoje a labtest tem uma liderança<br />
feminina muito grande, mas que não foi<br />
nada assim: "Agora nós vamos pegar a labtest<br />
e transformar numa"...De jeito nenhum, ela é<br />
uma empresa de pessoas, mas por coincidência<br />
hoje nós temos.<br />
Se olhar já teve época que tinha muito pouca<br />
gente do sexo feminino em cargo de liderança<br />
e hoje acho que talvez se não tiver equilibrado<br />
pode ser que tenha mais lideres femininas do<br />
que masculinos.<br />
E é assim, porque as mulheres estão ai, botando<br />
para quebrar vamos dizer assim, com toda<br />
a sua competência, capacidade e trazendo este<br />
novo olhar para que só a mulher tem, como tem<br />
o olhar que só o homem tem e quando eles se<br />
juntam eles são capazes de fazer coisas muito<br />
maiores e melhores.<br />
Então quando temos pessoas diversas numa<br />
equipe de trabalho elas também são capazes<br />
de propor coisas que vão ser maiores, mais bem<br />
sucedidas.<br />
A mulher ela sendo mulher ela pode atuar,<br />
ela pode ser bem sucedida, ela pode ser respeitada,<br />
ela pode fazer diferença em qualquer<br />
área da atividade humana que ela deseje atuar<br />
e esse lado dela feminino traz um tanto de<br />
valor porque é uma visão única que agrega<br />
com as outras, muitas vezes a mulher acha<br />
o seguinte: ou você vai ser feliz profissionalmente<br />
ou você vai ser feliz pessoalmente, isto<br />
não existe, a gente simplesmente é feliz, e o<br />
mesmo jeito que você tem que conciliar jornada<br />
de trabalho, um encontro com cliente, com<br />
fornecedor e com fazer alguma coisa isso também<br />
vai ter que conciliar a sua vida pessoal,<br />
seus filhos, amigos com trabalho, eu acho que<br />
ninguém tem que fazer esta escolha, a vida<br />
pessoal ou a profissional, igualmente homem<br />
e mulher eles são responsáveis pela criação de<br />
seus filhos. A gente tem todo o direito, toda<br />
condição e possibilidade de ter uma vida plena<br />
em todos os aspectos dela.<br />
Laiara Lemos<br />
Bacharel em Ciências Biológicas - USS Universidade Severino Sombra - RJ<br />
Pós Graduada em Análises Clinicas - UFMG Universidade Federal de Minas Gerais - MG<br />
Membra Efetiva Da Sociedade Brasileira de Analises Clinicas<br />
Proprietária e Responsável Técnica do Laboratório de Análises Clinicas e Clinica Medica<br />
Pró Vida - Minas Novas MG<br />
0 76<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
Rastreamento do câncer de mama<br />
por imagem<br />
Dra. Giselle Mello, radiologista e coordenadora do Grupo de Mama do Fleury Medicina e Saúde<br />
O câncer de mama é a segunda neoplasia<br />
mais comum nas mulheres, após o de pele não<br />
melanoma, e, de acordo com as estimativas do<br />
Instituto Nacional do Câncer, somará 59.700<br />
casos novos a cada ano do biênio 2018-2019, o<br />
que corresponde a 29,5% das neoplasias no sexo<br />
feminino. A taxa de mortalidade é, ainda, elevada<br />
– em 2015, foram 15.403 óbitos decorrentes da<br />
doença. Para reduzir esses números, a estratégia<br />
permanece sendo o diagnóstico precoce.<br />
A estratégia de rastreamento visa detectar pequenos<br />
tumores em mulheres assintomáticas<br />
com o objetivo primário de reduzir a mortalidade<br />
pela doença. A mamografia é o único método de<br />
rastreio associado com diminuição da mortalidade<br />
pelo câncer e sua indicação para a avaliação<br />
da população geral está bem documentada. A<br />
ultrassonografia e a ressonância magnética são<br />
capazes de detectar pequenas lesões de mama<br />
assintomáticas, muitas vezes ocultas na mamografia.<br />
Contudo, por não haver estudos que mostram<br />
que esses métodos se associam com a redução<br />
da mortalidade pelo câncer de mama, tais<br />
exames são especialmente indicados aos subgrupos<br />
de mulheres consideradas de alto risco.<br />
O fato é que a imagem tornou-se essencial não<br />
só para o rastreamento, mas em todas as etapas<br />
da abordagem da neoplasia mamária, incluindo<br />
a avaliação da resposta e a vigilância pós-trata-<br />
Fatores de risco para câncer de mama:<br />
• História familiar e genética<br />
• Idade acima de 50 anos<br />
• Menarca precoce (antes dos 12 anos)<br />
• Menopausa tardia (após os 55 anos)<br />
• Nuliparidade<br />
• Primiparidade tardia<br />
• Alcoolismo (o consumo diário de 25 g de bebida destilada aumenta o risco em 40%)<br />
• Obesidade<br />
• Sedentarismo<br />
• Terapia de reposição hormonal<br />
• Mamas densas<br />
mento. Progressos tecnológicos recentes e contínuos<br />
dos diferentes métodos oferecem novas gráfico não está indicado devido à baixa preva-<br />
• Abaixo de 40 anos: o rastreamento mamo-<br />
oportunidades para melhorar ainda mais o atendimento<br />
clínico.<br />
sobretudo, a ausência de estudos que demonslência<br />
de câncer de mama nessa faixa etária e,<br />
trem redução da mortalidade associada a rastreio<br />
Recomendação para mulheres sem fatores<br />
de alto risco<br />
nesse grupo.<br />
A Comissão Nacional de Mamografia (CNM), • Idade entre 40 e 74 anos: fazer rastreamento<br />
anual com mamografia, de preferên-<br />
composta pelo Colégio Brasileiro de Radiologia,<br />
pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia<br />
e Obstetrícia (Febrasgo) e pela Socie-<br />
ressonância magnética para o rastreamento<br />
cia mamografia digital. Não há indicação de<br />
dade Brasileira de Mastologia, orienta a seguinte da população geral. A ultrassonografia pode<br />
recomendação:<br />
ser considerada como estudo complementar,<br />
0 78<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
ou seja, depois da mamografia, especialmente<br />
em mulheres com tecido mamário denso na<br />
mamografia ou fator de risco para desenvolvimento<br />
de câncer de mama.<br />
• Acima de 70 anos: a continuidade do rastreamento<br />
deve ser decidida individualmente e<br />
em conjunto com a paciente e a família, considerando-se<br />
a saúde global e a longevidade<br />
estimada da paciente, bem como sua condição<br />
cognitiva, importante para ajudar a compreender<br />
os riscos e benefícios da realização periódica<br />
da mamografia.<br />
Nova tecnologia - Tomossíntese mamária<br />
Também conhecida como mamografia 3D, a<br />
tomossíntese mamária foi desenvolvida para<br />
mitigar os efeitos da sobreposição de tecido<br />
mamário denso na mamografia convencional<br />
2D, responsável pela redução de sensibilidade<br />
do método e por uma porcentagem significativa<br />
das reconvocações durante o rastreamento, seja<br />
por não demonstrar uma lesão devido a essa<br />
sobreposição de tecidos, seja por criar imagens<br />
falsas que simulam lesões.<br />
A técnica permite maior nitidez da estrutura<br />
mamária, melhor caracterização das lesões e<br />
maior segurança do radiologista ao interpretar<br />
o exame, aumentando a acurácia diagnóstica<br />
e, por conseguinte, a detecção do câncer de<br />
mama. Já existem evidências suficientes, a partir<br />
de estudos prospectivos e retrospectivos, de<br />
que a tomossíntese combinada à mamografia<br />
2D (convencional ou sintetizada) aumenta a<br />
detecção do câncer de mama, principalmente<br />
de carcinomas invasivos, quando comparada à<br />
mamografia digital isolada.<br />
As indicações da tomossíntese são as mesmas<br />
da mamografia. Deve ser utilizada no rastreamento,<br />
em mulheres assintomáticas, para<br />
detecção precoce do câncer da mama. Nesses<br />
casos, o exame pode ser indicado em todos<br />
os padrões mamográficos, porém tem maior<br />
valor no padrão “B” (densidades fibroglandulares<br />
esparsas), “C” (mamas heterogeneamente<br />
densas) e “D” (mamas extremamente densas)<br />
do BI-RADS. Nos casos diagnósticos, incluindo<br />
mulheres submetidas a tratamento conservador<br />
para câncer de mama, a tomossíntese caracteriza<br />
melhor os achados radiográficos e, em muitos<br />
deles, substitui incidências adicionais, principalmente<br />
compressões seletivas. É possível,<br />
também, realizar compressão seletiva de uma<br />
área com a tomossíntese, quando necessário,<br />
para elucidação diagnóstica.<br />
Vale lembrar que, na maioria dos casos de<br />
calcificações agrupadas, a tomossíntese não<br />
exclui a realização das incidências com ampliação<br />
seletiva. Em tais pacientes, os cortes podem<br />
ser decisivos ao provar que as calcificações são<br />
cutâneas ou corroborar associação de calcificações<br />
suspeitas com distorção ou assimetrias,<br />
sugerindo componente invasivo.<br />
Dose de radiação<br />
A aprovação da tomossíntese pelo Food and<br />
Drug Adminstration (FDA), órgão de fiscalização<br />
americano, em 2011, foi condicionada a<br />
uma análise simultânea dos cortes de tomossíntese<br />
e da mamografia 2D correspondente.<br />
Essa combinação (Combo) eleva a dose de<br />
radiação para aproximadamente o dobro da<br />
dose do exame mamográfico digital, porém<br />
se mantém abaixo do máximo permitido pela<br />
Mammography Quality Standards Act, que é<br />
de 5.8 mGy por mama.<br />
A mamografia 2D sintetizada, que consiste<br />
na reconstrução dos dados significativos<br />
observados nos cortes da tomossíntese, em<br />
uma imagem bidimensional, já vem substituindo<br />
em alguns centros a mamografia 2D<br />
verdadeira, com eficácia demonstrada e sem o<br />
adicional da dose do estudo combinado. Vale<br />
ressaltar que a avaliação sintetizada não substitui<br />
a mamografia 2D como estudo isolado,<br />
devendo ser analisada somente em conjunto<br />
com a tomossíntese.<br />
Dra. Giselle Mello,<br />
Radiologista e Coordenadora do Grupo de<br />
Mama do Fleury Medicina e Saúde<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 79
BOAS PRÁTICAS<br />
A Citomorfologia na era da<br />
patologia molecular<br />
A melhoria da prevenção secundária do câncer do colo do útero deve continuar a ser uma<br />
prioridade fundamental para a saúde da mulher em todo o mundo nas próximas décadas.<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Nos últimos anos, a prática da citopatologia<br />
testemunhou uma grande mudança. A “necessidade<br />
de fazer mais com menos” na era da<br />
terapia direcionada/medicina personalizada<br />
resultou em uma preferência crescente pela biópsia<br />
realizada pelo método de avaliação rápida<br />
no local. Além disso, ocorreu um incremento na<br />
gama de testes moleculares diagnósticos no<br />
campo da medicina laboratorial, como o teste<br />
para o Papilomavirus Humano (HPV), que ao<br />
mesmo tempo em que detecta a presença do<br />
vírus, já fornece um prognóstico para a paciente.<br />
É pertinente que os citopatologistas, como<br />
grupo, reconheçam essas mudanças e se preparem,<br />
não apenas para se adaptarem a essa<br />
nova realidade, mas também vejam como uma<br />
oportunidade para descobrir o mundo ainda<br />
inexplorado da citologia.<br />
A triagem pela citopatologia cervical (conhecida<br />
como exame de Papanicolau), foi introduzida<br />
nos anos 1940 como um método eficaz,<br />
simples e econômico para rastreio das lesões<br />
pré-cancerosas do colo uterino. Ao detectar<br />
essas lesões por meio da identificação das alterações<br />
celulares e, em seguida, tratá-las com<br />
métodos ablativos ou excisionais, o desenvolvimento<br />
de câncer invasivo do colo do útero pode<br />
ser evitado.<br />
Os programas de triagem baseados em citologia<br />
resultaram em uma redução significativa<br />
da incidência de câncer do colo do útero em<br />
áreas onde eles foram ampla e propriamente<br />
implementados, embora existam limitações<br />
desse teste. Apesar da especificidade da citologia<br />
para neoplasia intra-epitelial cervical/lesão<br />
intra-epitelial escamosa (NIC/SIL) ser superior a<br />
95%, a sensibilidade está em torno de 53% -<br />
considerada suficiente para um teste de rastreio<br />
do câncer. Contudo, embora essa ferramenta de<br />
diagnóstico esteja amplamente disponível, a<br />
incidência de câncer do colo do útero ainda permanece<br />
alta em todo o mundo, especialmente<br />
em países em desenvolvimento. É atribuída em<br />
grande parte, a sensibilidades sub-ótimas do<br />
exame e a indisponibilidade do teste em alguns<br />
países em desenvolvimento.<br />
Com a identificação do HPV como um fator<br />
necessário no desenvolvimento de canceres<br />
invasivos do trato genital inferior, dos quais o<br />
câncer do colo do útero é o mais prevalente,<br />
ampliou-se a compreensão molecular da transformação<br />
maligna, o que levou ao desenvolvimento<br />
de estratégias para detecção e intervenção<br />
precoce da doença.<br />
Além dos testes de rastreamento pelo método<br />
citopatológico, atualmente, a prevenção do carcinoma<br />
escamoso depende da vacinação contra<br />
o HPV. A imunização proporciona uma prevenção<br />
primária contra os tipos oncogênicos mais<br />
prevalentes do vírus (atualmente o Sistema<br />
Único de Saúde – SUS - disponibiliza a vacina<br />
quadrivalente, contra os vírus 6, 11, 16 e 18).<br />
Já, o raciocínio da triagem cervical é reduzir a<br />
incidência de câncer pela detecção e tratamento<br />
das lesões precursoras diagnosticadas em pacientes<br />
assintomáticas. Um objetivo secundário<br />
é a detecção precoce de doença invasiva, que<br />
pode melhorar o prognóstico, reduzindo também<br />
a mortalidade pela doença.<br />
Com a recente aprovação da vacina nonavalente<br />
contra o HPV, nos aproximamos da eliminação<br />
do câncer cervical. No entanto, a eliminação<br />
do vírus só será possível com altas taxas<br />
de absorção da vacina para meninas em todo o<br />
mundo, em todas as regiões e países. Até o momento,<br />
abordar as barreiras à absorção de vacina,<br />
como aceitabilidade, custo e infraestrutura<br />
do programa, continua a ser um desafio significativo<br />
para a maioria dos países, especialmente<br />
nos de baixa e média renda. Com o tempo, mais<br />
mulheres na faixa etária apropriada para o rastreamento<br />
do câncer do colo uterino terão sido<br />
vacinadas contra o HPV, portanto as políticas de<br />
rastreamento terão que ser revistas.<br />
Com o entendimento de que infecções persistentes<br />
com tipos de HPV de alto risco são necessárias<br />
para o desenvolvimento do câncer do colo<br />
do útero, e com conhecimento das limitações da<br />
citologia como teste de triagem, surgiram novas<br />
oportunidades para o uso de testes moleculares<br />
para os próprios vírus. Esses avanços tecnológicos<br />
permitiram o alongamento dos intervalos<br />
de rastreamento e o início da triagem em uma<br />
0 80<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
BOAS PRÁTICAS<br />
idade mais avançada, em comparação com a<br />
prática da citologia. Além disso, os testes para<br />
os subtipos oncogênicos do HPV tornaram possível<br />
prever o risco de desenvolvimento futuro<br />
do câncer do colo do útero.<br />
Dados provenientes de grandes ensaios clínicos<br />
estabeleceram que o rastreio de mulheres<br />
para o HPV conduz a taxas diminuídas de câncer<br />
cervical. Com base nesses dados, agências<br />
de saúde e grupos de especialistas - incluindo a<br />
Organização mundial da Saúde (OMS), a Sociedade<br />
Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a<br />
Sociedade Americana de Colposcopia e Patologia<br />
Cervical - recomendaram o HPV teste como<br />
o principal método de triagem para programas<br />
de rastreamento do câncer do colo do útero em<br />
locais com recursos suficientes.<br />
Todavia, embora esses testes ofereçam sensibilidade<br />
superior à citologia para a detecção de lesões<br />
pré-cancerosas, sua menor especificidade indica<br />
que pode haver um número maior de procedimentos<br />
diagnósticos ou de tratamentos desnecessários.<br />
Testes adicionais poderiam triar os resultados HPV<br />
positivos para melhorar a especificidade do teste,<br />
delineando quais mulheres positivas para os subtipos<br />
oncogênicos do HPV necessitam de acompanhamento.<br />
Estudos sugerem que os testes de<br />
triagem poderiam incluir a citologia, e outros testes<br />
moleculares (como testes para genótipos específicos<br />
de HPV, testes de RNAm, ensaios para metilação<br />
do DNA e testes para outros biomarcadores).<br />
Um estudo publicado na prestigiada revista<br />
BMJ avaliou 1230 mulheres com câncer, e as<br />
acompanhou prospectivamente por 8,5 anos. A<br />
conclusão do estudo é que detecção de câncer<br />
invasivo pela triagem cervical implica em um<br />
prognóstico favorável quando comparado ao<br />
câncer detectado com base nos sintomas das<br />
pacientes. Os melhores índices de cura foram<br />
atribuídos aos casos de canceres detectados<br />
pela triagem, sendo geralmente encontrados<br />
em estádios clínicos anteriores aos canceres sintomáticos.<br />
O estudo sugere que o efeito sobre<br />
a cura do câncer cervical deve ser incluído ao<br />
avaliar os programas de rastreamento cervical.<br />
Outro estudo publicado recentemente na<br />
conceituada revista Diagnostic Citopathology<br />
avaliou 230 pacientes com HSIL que realizaram<br />
testes de HPV. A maioria (210/230, 91,3%) foi<br />
positiva para HPV de alto risco enquanto 20<br />
(8,7%) foram negativas. Os casos de HSIL negativos<br />
para HPV de alto risco foram significativamente<br />
mais comuns em mulheres mais velhas<br />
(idade média de 49,3 anos) em comparação<br />
com HSIL com HPV de alto risco positivo (idade<br />
média de 40,7 anos). O genótipo mais freqüentemente<br />
detectado foi o HPV16 (40%), consistente<br />
com outros estudos. Os autores concluíram<br />
que embora o risco de NIC 2/3 e carcinoma<br />
fosse maior em pacientes positivas para HPV de<br />
alto risco, a possibilidade de lesões displásicas<br />
nas pacientes negativas deve ser considerada,<br />
especialmente em mulheres mais velhas. Dentre<br />
essas mulheres, 6 de 16 (37,5%) com NIC<br />
2/3 e/ou carcinoma não teriam diagnósticos<br />
se a leitura da lâmina, baseada na morfologia<br />
celular, não tivesse sido realizada.<br />
Por essas razões, a triagem continuará a desempenhar<br />
um papel fundamental, e em constante<br />
evolução, de modo a permanecer útil como atividade<br />
clínica e também de saúde pública. Apesar<br />
dos esforços se concentrarem em melhorias nas<br />
técnicas moleculares para detecção do HPV, o<br />
rastreamento das lesões celulares pelo método<br />
citopatológico ainda desempenhará um papel<br />
relevante. Nas próximas décadas, a melhoria da<br />
prevenção secundária do câncer do colo do útero,<br />
por meio da realização do exame citopatológico<br />
deve continuar a ser fundamental para a saúde da<br />
mulher em todo o mundo.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:<br />
Andrae Bengt, Andersson Therese M-L, Lambert<br />
Paul C, Kemetli Levent, Silfverdal Lena,<br />
Strander Björn et al. Screening and cervical<br />
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2012; 344 :e900<br />
Goodman, Annekathryn. HPV testing as a<br />
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Ogilvie, G. , Nakisige, C. , Huh, W. K., Mehrotra,<br />
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on high‐risk HPV negative patients: Why we<br />
still need the Pap test. Diagnostic Cytopathology.<br />
2018; 46: 908– 913.<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Citologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Análises<br />
Clínicas – SBAC-RS. Mestre em Patologia geral e Experimental e Doutora em Patologia – Biomarcadores<br />
pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Atualmente é Pós-Doutoranda<br />
da Faculdade de Farmácia da UFRGS, docente do curso de Especialização em Citopatologia<br />
Diagnóstica da Universidade Feevale e Responsável pelo setor de Citopatologia da Policlínica<br />
Militar de Porto Alegre e do Laboratório Bios.<br />
0 82<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
BOAS PRÁTICAS<br />
Acolhimento Humanizado<br />
em Saúde<br />
Caroline de Cássia Ramos de Souza<br />
Silvana Nezir da Silva<br />
Resumo<br />
Pode-se afirmar que o processo de acolhimento<br />
ainda não está totalmente sistematizado<br />
nos modelos de atenção ao atendimento<br />
ao cliente, podendo ser esta uma justificativa<br />
para as dificuldades apresentadas tanto por<br />
profissionais quanto por clientes. O acolhimento<br />
significa uma mudança na organização do<br />
processo de trabalho e uma nova diretriz para a<br />
organização, além de uma postura diferenciada<br />
do profissional de saúde frente ao cliente. Este<br />
estudo descritivo foi realizado em um serviço de<br />
atendimento ambulatorial de uma empresa de<br />
média complexidade, com o objetivo de identificar<br />
as falhas que ocorreram no acolhimento<br />
para se alcançar à integralidade da assistência<br />
como um dos princípios da organização. A coleta<br />
de dados foi realizada por meio da observação<br />
das estratégias utilizadas no acolhimento<br />
do cliente. A análise dos dados deu-se por meio<br />
do relato da realidade vivenciada no atendimento<br />
da organização onde o estudo foi realizado,<br />
após a implantação do acolhimento com<br />
avaliação e classificação das falhas, segundo a<br />
percepção do autor. A implantação dessa estratégia<br />
de acolhimento foi um avanço para a organização<br />
no reconhecimento do atendimento<br />
como direito determinando a redução das filas<br />
de espera dos clientes, melhoria no atendimento<br />
e satisfação do cliente e de colaboradores da<br />
organização, tornando o atendimento resolutivo,<br />
ético, integral e humanizado para os clientes<br />
que procuram o serviço.<br />
Palavras-chaves: Acolhimento, Humanização<br />
no atendimento, Cliente.<br />
Introdução<br />
Durante o processo de atendimento no laboratório,<br />
a atenção da equipe de profissionais da<br />
saúde deve dirigir-se essencialmente para os<br />
pacientes, os quais possuem necessidades individualizadas<br />
e atendimento humanizado e, não<br />
para o procedimento em si.<br />
A palavra humanizar está ligada a vários aspectos:<br />
acolhimento, afabilidade, dignidade,<br />
respeito, civilidade pelo outros e tratamento<br />
igual para todos. Muitos são os desafios que<br />
aceitamos enfrentar quando estamos em defesa<br />
da vida e o direito à saúde. O padrão de acolhimento<br />
aos clientes nos serviços de saúde é um<br />
desses desafios, onde a postura e a prática nas<br />
ações de atenção e gestão nas organizações favorece<br />
a construção de uma relação de confiança<br />
e compromisso dos clientes com as equipes<br />
e os serviços, contribuindo para a promoção da<br />
cultura de solidariedade e para a legitimação do<br />
processo de saúde<br />
Humanizar significa acolher o paciente em sua<br />
essência, a partir de uma ação efetiva traduzida<br />
na solidariedade, na compreensão do indivíduo<br />
em sua singularidade e na apreciação da vida.<br />
Compreendendo realidade social do<br />
acolhimento organizacional<br />
Através da pesquisa bibliográfica, em relação<br />
ao nível de atenção à saúde tratada, verificou-se<br />
o quanto a prática do acolhimento mantêm-se<br />
vinculada à atenção primária, embora as organizações<br />
recomendam a implantação do acolhimento<br />
nos todos os níveis de atenção à saúde.<br />
Baseada em vivências das autoras, constata-se<br />
a necessidade de aprender a trabalhar de forma<br />
individualizada e humanizada, uma vez que as<br />
modernidades e facilidades atuais formam uma<br />
barreira no relacionamento personificado com<br />
as pessoas. Neste contexto, a humanização e o<br />
investimento no bem-estar do cliente são objeto<br />
de intenso debate no mercado de saúde, uma<br />
vez que, os avanços tecnológicos do setor podem<br />
propiciar descompasso com o aprimoramento na<br />
qualidade do relacionamento humano.<br />
Um atendimento humanizado pressupõe a<br />
união de um comportamento ético com conhecimento<br />
técnico e com a oferta de cuidados<br />
dirigidos às necessidades dos clientes, estabelecendo<br />
um canal de relacionamento e fidelização<br />
com os clientes e a manutenção da organização<br />
no mercado.<br />
Metodologia<br />
Este estudo, inicialmente teve como base um<br />
levantamento de referencial bibliográfico, constituindo-se<br />
de uma pesquisa qualitativa para se<br />
compreender a construção da realidade social<br />
do acolhimento organizacional, e, ainda, com<br />
vistas a entender como a realidade é apresentada<br />
e produzida pelos diversos autores envolvidos<br />
nas organizações de saúde privada.<br />
A realização de pesquisas com clientes e colaboradores<br />
do atendimento ambulatorial ganha<br />
mais relevância quando pensamos no acolhimento<br />
como uma micropolítica que deve ser<br />
construída levando-se em conta as particularidades<br />
de cada atendimento. Dessa forma, entrevistar<br />
também aquele que está na "ponta" do<br />
serviço, ou seja, em contato direto com o cliente,<br />
é primordial para possibilitar a reflexão da práxis<br />
desenvolvida e vislumbrar melhorias.<br />
0 84<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
BOAS PRÁTICAS<br />
Este estudo descritivo foi realizado em um<br />
serviço de atendimento ambulatorial de uma<br />
empresa de média complexidade, com o objetivo<br />
de identificar as falhas que ocorreram no<br />
acolhimento para se alcançar à integralidade da<br />
assistência como um dos princípios da organização.<br />
A coleta de dados foi realizada por meio<br />
da observação das estratégias utilizadas no acolhimento<br />
do cliente. A análise dos dados deu-se<br />
por meio do relato da realidade vivenciada no<br />
atendimento da organização onde o estudo foi<br />
realizado, após a implantação do acolhimento<br />
com avaliação e classificação das falhas, segundo<br />
a percepção do autor.<br />
Evidenciou-se que 200 participantes do grupo<br />
pesquisado atuam no mercado de trabalho com<br />
atendimento ao público, destes 160 relatam<br />
que são conhecedores do significado de acolhimento<br />
humanizado, contudo, somente 140<br />
atuam com acolhimento humanizado.<br />
A produção de pesquisa com esses atores torna-se<br />
fundamental para se pensar a avaliação de<br />
uma diretriz que propõe a mudança do paradigma<br />
de atendimento centrado na figura do atendente<br />
para o atendimento centrado no usuário.<br />
Desenvolvimento<br />
Atender é servir!<br />
Para que atendimento e cuidado seja efetivo e<br />
traga resultados, é necessário: ouvir, conversar,<br />
entender os hábitos e as necessidades dos clientes.<br />
Como nenhum ser humano vem com um<br />
manual de instruções, é preciso buscar outras<br />
formas de conseguir as informações necessárias<br />
para realizar o melhor atendimento.<br />
A ética está totalmente relacionada ao uso de<br />
recursos que estão de acordo com a situação e a<br />
necessidade de cada indivíduo.<br />
Como implementar um atendimento<br />
humanizado?<br />
O acolhimento funciona como uma das bases<br />
para a humanização da assistência nas instituições,<br />
a fim de possibilitar resolutividade, vínculo<br />
e responsabilização entre trabalhadores de saúde<br />
e clientes, contribuindo na democratização e na<br />
melhoria da qualidade da assistência prestada.<br />
A busca para um atendimento humanizado<br />
deve estar centralizada em: capacitação do<br />
colaborador, ambiente adequado, tecnologia e<br />
pesquisa de qualidade.<br />
Capacitação do colaborador<br />
É importante que a organização realize recrutamento<br />
de pessoas que sintam prazer em servir<br />
e motivadas pelo desafio constante de solucionar<br />
as necessidades dos clientes. A equipe de<br />
atendimento ao cliente deve ser uma unidade<br />
transformadora dentro da organização, onde as<br />
necessidades e dúvidas são transformados em<br />
satisfação e fidelização.<br />
• Treinamento Comportamental<br />
Capacita os colaboradores observando aspectos<br />
como experiências, sentimentos e motivação<br />
pessoal. Esse treinamento deve ser realizado<br />
a partir de observações e acompanhamento do<br />
colaborador (feedback), sinalizando-o sobre<br />
seu comportamento e fazendo-o perceber onde<br />
pode melhorar.<br />
Esse é um dos tipos de treinamento e desenvolvimento<br />
que motiva os colaboradores,<br />
desenvolvem possíveis líderes e melhora o ambiente<br />
corporativo.<br />
O principal objetivo é treinar habilidades interpessoais,<br />
comunicativas e de empatia, facilitando<br />
o trabalho em equipe e melhorando o<br />
clima organizacional.<br />
• Treinamento prático<br />
Para realizar capacitação continua dos colaboradores<br />
é essencial traçar um plano de treinamento<br />
com objetivos definidos e foco nos processos e<br />
pessoas, esses devem ser acompanhados continuamente,<br />
através de avaliações e checklists, a<br />
periodicidade pode ser definida conforme necessidade<br />
de aplicabilidade de cada processo, envolvendo<br />
e motivando o colaborador para que este<br />
tenha uma boa cultura organizacional voltada ao<br />
acolhimento do paciente.<br />
Ambiente adequado<br />
Deve ser inovador, motivador com implementação<br />
de um processo de melhoria continua. O local<br />
de trabalho deve estar adaptado para colaboradores,<br />
de forma que se sintam confortáveis e motivados<br />
para realização de suas tarefas com respeito,<br />
cortesia, gentilezas interna e externamente.<br />
Tecnologia<br />
Investir em tecnologia favorecendo o colaborador<br />
para busca de melhorias na comunicação e que<br />
possibilitem a resolutividade junto ao paciente.<br />
Pesquisa de qualidade<br />
Atender a demanda dos clientes com qualidade<br />
é parte essencial dos objetivos estratégicos de uma<br />
empresa, mas para se certificar que o fluxo do atendimento<br />
ao cliente ocorre como planejado, ou seja<br />
que o cliente esta satisfeito, as empresas devem implantar<br />
um serviço de pesquisa de satisfação onde<br />
possa captar e mensurar dados de pensamento,<br />
sentimentos e ações do cliente e os quais, reflete o<br />
grau de satisfação do cliente. Este indicador traz um<br />
universo de informações relevantes para a empresa,<br />
além de demonstrar aos clientes que a empresa<br />
busca a melhoria contínua de seus processos.<br />
Conclusão<br />
Pode-se afirmar que o processo de acolhimento<br />
ainda não está totalmente sistematizado<br />
nos modelos de atenção ao atendimento ao<br />
cliente, podendo ser esta uma justificativa para<br />
as dificuldades apresentadas tanto por profissionais<br />
quanto por clientes. São necessários<br />
estudos com novas abordagens ou estratégias<br />
para a sistematização do acolhimento nas organizações<br />
e verificar se estas têm realmente<br />
impacto na qualidade dos serviços e na satisfação<br />
dos clientes. Acesso e acolhimento são<br />
elementos essenciais do atendimento, para que<br />
se possa atuar efetivamente sobre o estado de<br />
saúde do indivíduo. O acolhimento significa<br />
uma mudança na organização do processo de<br />
trabalho e uma nova diretriz para a organização,<br />
além de uma postura diferenciada do profissional<br />
de saúde frente ao cliente.<br />
Com o passar dos anos, o acolhimento, como<br />
diretriz da Política Nacional de Humanização, vem<br />
ganhando força em sua prática e conhecimento<br />
por parte dos profissionais e gestores em saúde,<br />
porém, há muito a ser discutido sobre a operacionalização<br />
desse processo para atingir a desejada<br />
ampliação do acesso e qualificação dos serviços<br />
de saúde privada. E, esse movimento é de suma<br />
importância para a existência de uma reflexão sobre<br />
a prática dos processos de atenção em saúde.<br />
0 86<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Exames complexos.<br />
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BOAS PRÁTICAS<br />
Desse modo, o debate ganhará força na medida<br />
em que pudermos nos debruçar sobre<br />
as questões ligadas à melhoria da entrada do<br />
cliente no sistema de saúde, independentemente<br />
do nível de atenção do serviço.<br />
Além da ampliação do debate sobre o acolhimento<br />
nos serviços das organizações em geral<br />
de atenção à saúde, chama atenção o baixo número<br />
de pesquisas realizadas com os gestores<br />
de saúde e com familiares de clientes. Esta falta<br />
impossibilita a avaliação crítica efetiva entre os<br />
objetivos dos gestores e as práticas vividas no<br />
cotidiano dos trabalhadores de saúde que estão<br />
em contato direto com o cliente. Por outro<br />
lado, o incentivo à produção de pesquisas com<br />
familiares torna-se relevante, tendo em vista<br />
que, em muitos casos, é ele quem acompanha o<br />
cliente ao serviço de saúde e quem dará suporte<br />
na continuidade do tratamento fora da instituição<br />
de atendimento.<br />
É necessário que a discussão sobre o acolhimento<br />
não se interrompa. Ela deve continuar de<br />
forma mais categórica nas organizações, durante<br />
a formação dos novos profissionais de saúde,<br />
nos encontros científicos e, principalmente,<br />
dentro dos serviços de saúde.<br />
Temos consciência de que esse trabalho possui<br />
limitações e não pretende esgotar o assunto.<br />
Para maior compreensão dos dados apresentados,<br />
ainda serão necessários outros estudos,<br />
bem como, a inclusão de teses, dissertações e<br />
documentos oficiais sobre o tema, visando uma<br />
análise mais ampla do acolhimento.<br />
Por fim, é necessário reconhecer que o acolhimento<br />
não deve ser visto como a ferramenta<br />
salvadora do serviço saúde, pois não é possível<br />
resolver todos os problemas apenas com a implementação<br />
do acolhimento e nenhuma tecnologia<br />
ou política que seja capaz de dar conta<br />
desse problema de forma isolada. Para a esperada<br />
melhoria dos serviços de saúde será preciso<br />
que haja uma fala com as outras diretrizes e<br />
princípios da organização.<br />
É necessário acompanhar constantemente os<br />
trabalhos desenvolvidos pela equipe de atendimento,<br />
monitorando suas falhas e corrigindo-as<br />
internamente, para que não mais ocorram, alcançando<br />
excelências nos serviços prestados. A<br />
equipe de atendimento ao cliente deve ser uma<br />
unidade transformadora dentro da organização,<br />
onde as necessidades e dúvidas são transformados<br />
em satisfação e fidelização<br />
REFERÊNCIAS<br />
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como conceito estruturante na luta pela integralidade<br />
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Ephraim Ferreira Alves. 9ª ed. Petrópolis RIO de<br />
JANEIRO, Vozes, 2003. 352p.<br />
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coletiva: estudo sobre racionalidades médicas e<br />
atividades corporais. São Paulo, Hucitec, 2003.<br />
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Hidalgo, V. C. (2002). Acolhimento: Uma Postura,<br />
uma Estratégia. Revista de Terapia Ocupacional da<br />
Universidade de São Paulo, 13(1), 15-21.<br />
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Atenção e no Cuidado à Saúde (pg. 43 - 68). Rio de<br />
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Saúde: Um Desafio para o Público. São Paulo, SP:<br />
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10. Oliveira, S. A. V. T. Valor pré-analítico para<br />
amostras de sangue/ Suzimara Aparecida Vicente<br />
Tertulizano de Oliveira. SILVA, L. C. S. São Paulo><br />
SARVIER, 2015. (coleção coleta de sangue)<br />
11. Pasche, D. F. (2010). Humanizar a formação<br />
para humanizar o SUS. In Ministério da Saúde,<br />
Cadernos HumanizaSUS (PP. 64-71). Brasília, DF:<br />
Ministério da Saúde.<br />
12. Silveira, M. F. A., Felix, L. G., Araújo, D. V., &<br />
Silva, I. C. (2004). Acolhimento no Programa de<br />
Saúde da Família: Um caminho para Humanização<br />
da Atenção à Saúde. Cogitare Enfermagem, 9(1),<br />
71-78.<br />
12.Trad, L. A. B., & Esperidião, M. A. (2010).<br />
Sentidos e Práticas da Humanização na Estratégia<br />
de Saúde da Família: a Visão de Usuários em seis<br />
Municípios do Nordeste. Physis: Revista de Saúde<br />
Coletiva, 20(4), 1099-117.<br />
Silvana Nezir da Silva<br />
Coordenadora de Atendimento.<br />
Graduação em Administração de Recursos Humanos UNIVALI.<br />
Caroline de Cássia Ramos de Souza<br />
Coordenadora de Atendimento.<br />
Graduação em Administração de Recursos Humanos UNIVALI.<br />
0 88<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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www.bioadvancediag.com.br<br />
0 90<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
INFORME DE MERCADO<br />
FirstLab Apresenta Linha de Equipamentos<br />
A FirstLab inova em seu portfólio mais uma vez e<br />
traz ao mercado sua linha de equipamentos voltados<br />
para a área de análises clínicas. Nesse primeiro<br />
momento, os produtos oferecidos serão centrífugas.<br />
“Estamos entrando no mercado de equipamentos<br />
com produtos que visam o custo - benefício e qualidade<br />
para o nosso cliente.” Complementa Francielle<br />
Rudiniki do departamento de desenvolvimento de<br />
produtos da FirstLab.<br />
A primeira novidade é a Centrífuga de Bancada<br />
5000rpm (swing-out). Seu grande diferencial é a<br />
múltipla combinação de rotores* de ângulo fixo ou<br />
variável (swing-out), e a diversidade na capacidade,<br />
desde tubos de 5ml até 100 mL, atendendo as diversas<br />
rotinas laboratoriais. É um equipamento de médio<br />
porte com operação fácil, prática e segura. Além<br />
de apresentar nível de ruído extremamente baixo.<br />
A Centrífuga 8 x 15 mL também compõe o portfólio.<br />
Amplamente utilizadas para o diagnóstico<br />
in vitro, é um equipamento prático, estável e de<br />
fácil manuseio. Display em LCD, permite a troca<br />
de velocidade entre RPM e RCF, rotor fixo e botão<br />
para centrifugações curtas e rápidas.<br />
Temos o compromisso de proporcionar um<br />
atendimento ágil, transparente e personalizado.<br />
Por isso todos os clientes FirstLab podem contar<br />
com a equipe da Assessoria Científica e do<br />
Departamento Técnico para esclarecimentos e<br />
auxílio na busca da melhor solução para a rotina<br />
do seu laboratório ficar ainda mais fácil e rápida.<br />
* Rotores vendidos separadamente<br />
Saiba mais sobre os<br />
produtos FirstLab :: www.firstlab.ind.br<br />
atendimento@firstlab.ind.br | 0800 710 0888<br />
Transplante renal: portaria faz recomendação importante antes de<br />
diminuição de imunossupressores<br />
Atualmente em vigor, a Portaria SASMS nº<br />
172/2014 recomenda “pesquisar outras causas<br />
à diarreia antes de atribuí-la ao Micofenolato”.<br />
Para que este manejo seja possível há a necessidade<br />
de um diagnóstico rápido e preciso na<br />
identificação ou mesmo exclusão dos patógenos<br />
envolvidos nestes quadros diarreicos.<br />
Os quadros de diarreia são comuns em pacientes<br />
transplantados tendo sua origem como<br />
efeito colateral ao uso de imunossupressores<br />
ou estar relacionado com alguma etiologia por<br />
microrganismos.<br />
A diminuição da dose diária de imunossupressores<br />
é uma prática comum e eficaz, porém,<br />
quando não direcionada adequadamente pode<br />
colocar em risco a sobrevida do enxerto bem<br />
como a vida do paciente, uma vez que baixas<br />
doses de imunossupressores, mesmo que por<br />
poucos dias estão relacionadas com o surgimento<br />
de anticorpos anti-HLA denovo (DSA pós<br />
transplante).<br />
A Mobius Life Science oferece soluções para<br />
diagnóstico de gastroenterites por PCR em tempo<br />
real. O kit XGEN Multiplex Gastroenterite Viral<br />
e o kit XGEN Multiplex Gastroenterite Bacteriana<br />
realizam a detecção dos principais vírus e bactérias<br />
causadores de quadros diarreicos. A tecnologia<br />
multiplex permite que vários agentes<br />
sejam identificados em um único exame, com<br />
uma única amostra.<br />
Mobius Life Science<br />
0800 710 1850<br />
comercial@mobiuslife.com.br<br />
0 92<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Dosagem de Zinco - Estudo comparativo entre método colorimétrico<br />
Dosagem de Zinco - Estudo comparativo entre método colorimétrico e<br />
e espectrofotometria de absorção atômica por chama<br />
espectrofotometria de absorção atômica por chama<br />
O Lab Rede incluiu em seu menu de exames a mensuração do zinco colorimétrico que demonstrou<br />
O Lab Rede incluiu em seu menu de exames a mensuração do zinco colorimétrico que demonstrou excelente<br />
comparabilidade com método excelente de referência. comparabilidade com método de referência.<br />
Introdução<br />
O Introdução<br />
zinco é um micronutriente essencial à<br />
homeostase O zinco é humana. micronutriente Participa essencial na divisão à homeostase<br />
crescimento humana. Participa e desenvolvimento,<br />
na divisão celular,<br />
celular,<br />
na crescimento transcrição e desenvolvimento, genética, estabilizador na transcrição de<br />
estruturas genética, de estabilizador membranas de estruturas e componentes de membranas<br />
e componentes<br />
celulares, além da<br />
celulares,<br />
função<br />
além<br />
imune<br />
da função<br />
imune e desenvolvimento cognitivo. Sabe-<br />
e<br />
desenvolvimento cognitivo. Sabe-se que o<br />
zinco exerce diversas outras funções<br />
orgânicas, -se que o zinco principalmente exerce diversas outras por funções ser<br />
constituinte orgânicas, principalmente de mais por ser de constituinte 300<br />
metaloenzimas. de mais de 300 metaloenzimas.<br />
Assim, sua ação é<br />
amplamente Assim, sua ação distribuída é amplamente em distribuída todos os em<br />
sistemas todos os do sistemas organismo, do organismo, desde a desde fase a de fase<br />
embriogênese de embriogênese até até a a senescência. Seu Seu papel<br />
papel antioxidante também é reconhecido,<br />
antioxidante também é reconhecido, como<br />
como componente estrutural da enzima<br />
superoxidodismutase.<br />
componente estrutural da<br />
Sua<br />
enzima<br />
deficiência<br />
superoxidodismutase.<br />
causar Sua alterações deficiência fisiológicas pode causar como, altera-<br />
pode<br />
hipogonadismo, ções fisiológicas como, danos hipogonadismo, oxidativos, danos<br />
alterações oxidativos, alterações do sistema do sistema imune, imune, danos danos<br />
neuropsicológicos e dermatites.<br />
A dosagem A dosagem do zinco zinco no no sangue sangue é o indicador é o<br />
indicador bioquímico recomendado pela<br />
bioquímico recomendado pela Organização<br />
Organização Mundial da Saúde para<br />
Mundial da Saúde para avaliar o status de zinco<br />
avaliar o status de zinco nas populações.<br />
Tem nas se populações. observado crescimento da procura<br />
pela Tem mensuração se observado laboratorial crescimento do da zinco procura<br />
para pela avaliação mensuração do laboratorial estado do nutricional zinco para avaliação<br />
do estado deste nutricional micronutriente. e deficiência deste<br />
e<br />
deficiência<br />
micronutriente.<br />
Objetivos<br />
Seguindo Objetivos critérios da qualidade, para a<br />
inclusão Seguindo da critérios dosagem da qualidade, de zinco para em a seu inclusão<br />
da dosagem de zinco em seu menu de exa-<br />
menu de exames, a equipe Lab Rede<br />
desenvolveu trabalho interno para<br />
validação mes, a equipe de Lab método Rede desenvolveu colorimétrico. trabalho O<br />
objetivo interno para desta validação publicação de método é relatar colorimétrico. os<br />
resultados O objetivo do desta estudo publicação comparativo é relatar os entre resultados<br />
estudo colorimétrico comparativo entre o e método a co-<br />
o<br />
método<br />
espectrofotometria lorimétrico e a espectrofotometria de absorção de atômica absorção<br />
por atômica chama, por chama, considerado considerado referência de referência<br />
para a análise.<br />
para a análise.<br />
Material<br />
Material<br />
e métodos<br />
e métodos<br />
O zinco foi dosado em 20 amostras de<br />
O zinco foi dosado em 20 amostras de soro,<br />
soro, conservadas entre 2-8°C em tubo<br />
desmineralizado, conservadas entre 2-8°C pelos em tubo desmineralizado,<br />
pelos métodos, 5-Br-PAPS colorimétrico da Kovalent® 5-Br-PAPS e<br />
métodos,<br />
colorimétrico<br />
por da Kovalent® Espectrofotometria e por Espectrofotometria de Absorção de<br />
Atômica por Chama – in house. Os dados<br />
foram Absorção Atômica submetidos por Chama à – análise in house. de Os<br />
comparação dados foram submetidos quantitativa à análise e qualitativa de comparação<br />
quantitativa pelo software e qualitativa EP de Evaluator® métodos pelo v<br />
de<br />
métodos<br />
12.0.0.11, software EP tendo Evaluator® sido v usado 12.0.0.11, Estatística tendo sido de<br />
Regressão usado Estatística de Deming, de Regressão considerando Deming, considerando<br />
erro<br />
total permitido<br />
erro total permitido<br />
13,5%<br />
13,5%<br />
conforme<br />
especificação desejável da qualidade, e<br />
especificação desejável da qualidade, e Kappa.<br />
Kappa.<br />
Resultados<br />
Resultados<br />
Os<br />
Os resultados<br />
resultados<br />
obtidos<br />
obtidos<br />
pelo método<br />
pelo<br />
colorimé-<br />
método<br />
colorimétrico mostraram mostraram boa correlação boa quantitativa<br />
correlação<br />
quantitativa com os resultados com da os espectrofotometria resultados da de<br />
espectrofotometria absorção atômica por chama. de absorção atômica<br />
por A chama. análise de todas as amostras apresentou<br />
A coeficiente análise de correlação de todas R=0,95, as com amostras 100%<br />
apresentou coeficiente de correlação<br />
das amostras dentro da variação de erro total<br />
R=0,95, com 100% das amostras dentro<br />
permitido, mostrando resultados algo superior<br />
no método resultados colorimétrico. algo O índice superior de erro no<br />
da variação de erro total permitido,<br />
mostrando<br />
método médio (Y-X) colorimétrico. / TEa foi de 0,14, O índice com intervalo de erro de<br />
médio -0,56 a 0,96. (Y-X) / TEa foi de 0,14, com<br />
intervalo de -0,56 a 0,96.<br />
ESTATÍSTICA DE REGRESSÃO DE DEMING<br />
ESTATÍSTICA Y = INCLINAÇÃO DE REGRESSÃO * X + INTERCESSÃO DE DEMING<br />
Y = COEF INCLINAÇÃO DE CORRELAÇÃO * X + INTERCESSÃO 0,95<br />
COEF INCLINAÇÃO DE CORRELAÇÃO 0,95 1,00 (0,83 a 1,16)<br />
INTERCESSÃO 1,30 (-11,67 a 14,28)<br />
INCLINAÇÃO 1,00 (0,83 a 1,16)<br />
ERRO PADRÃO 3,99<br />
INTERCESSÃO N 1,30 20 (-11,67 a 14,28)<br />
ERRO PADRÃO 3,99<br />
N Descrição do experimento 20<br />
MÉTODO X MÉTODO Y<br />
Descrição RANGE do experimento 57,3 – 106,7 64,7 - 108,7<br />
MÉDIA + SD MÉTODO 78,6 – 11,8 X MÉTODO 79,9 – 11,8 Y<br />
RANGE SD: Desvio padrão 57,3 – 106,7 64,7 - 108,7<br />
MÉDIA + SD 78,6 – 11,8 79,9 – 11,8<br />
Na comparação qualitativa, observou-se<br />
SD: Desvio padrão<br />
concordância de 90% (69,9 a 97,2%) entre<br />
os métodos, com coeficiente Kappa 60,8%<br />
Na (9,2 comparação a 112,3%). qualitativa, Foram considerados<br />
observou-se<br />
concordância positivos os de resultados 90% (69,9 inferiores a 97,2%) à entre faixa os de<br />
métodos, referência com de coeficiente cada método, Kappa para 60,8% avaliação (9,2 a<br />
112,3%). deficiência Foram do considerados micronutriente positivos zinco. os resultados<br />
inferiores à faixa de referência de cada<br />
Referência Referência Total<br />
método, para avaliação<br />
Negativo<br />
deficiência<br />
Positivo<br />
do micronutriente<br />
Teste zinco. 16 1 17<br />
Negativo Referência Referência<br />
Total<br />
Teste Negativo 1 Positivo 2 3<br />
Teste Positivo<br />
Negativo Total 16 17 1 3 1720<br />
Teste<br />
Positivo Conclusão 1 2 3<br />
Total No presente 17 estudo, 3 o método 20<br />
colorimétrico mostrou-se comparável à<br />
espectrofotometria de absorção atômica<br />
Conclusão por chama e adequado para a dosagem do<br />
No zinco presente na rotina estudo, laboratorial. o método colorimétrico<br />
mostrou-se comparável à espectrofotometria<br />
de absorção Assessoria atômica por Científica chama e adequado Lab Rede<br />
para a dosagem do zinco na rotina laboratorial.<br />
Referências<br />
1. Nutr. clin. diet. hosp. 2018; 38(2):133-138<br />
Referências<br />
2. Nutrire. 2015; 40(3):397-408<br />
1. Nutr. clin. diet. hosp. 2018; 38(2):133-138<br />
460<br />
2. Nutrire. 2015; 40(3):397-408<br />
4. Nutrients. 2015, 7:3252-32<br />
3. Food and Nutrition Bulletin. 2016; 37(4) 443-460<br />
4. Nutrients. 2015, 7:3252-32<br />
3. Food and Nutrition Bulletin. 2016; 37(4) 443-<br />
Assessoria Científica Lab Rede<br />
31 25149-7500<br />
www.labrede.com.br<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 93
INFORME DE MERCADO<br />
NEOLAB apresenta linha completa de Placas de Petri<br />
homenagem feita ao bacteriologista alemão<br />
Julius Richard Petri (1852 – 1921).<br />
Possuímos uma linha completa de Placas de<br />
Petri, confira:<br />
• 60x15mm<br />
• 60x15mm RODAC<br />
• 90x15 mm<br />
• 90x15mmcom 2 compartimentos<br />
• 90x15mm com 3 compartimentos<br />
• 150x15mm<br />
A placa de Petri é uma peça de vidro ou plástico,<br />
de formato idêntico a um pequeno prato<br />
de bordas verticais (ver figura). São utilizadas<br />
em laboratórios de microbiologia e rotinas de<br />
bacteriologia para cultura e identificação de<br />
microrganismos.<br />
As placas de Petri amplamente usadas em laboratório<br />
de microbiologia são de plástico (poliestireno)<br />
descartáveis, o que facilita o trabalho<br />
e diminui risco de contaminação uma vez que<br />
são descartadas logo após o uso.<br />
As placas de Petri devem o seu nome a uma<br />
Tamanhos disponíveis da linha NEOPLAST<br />
(todas vendidas em pacotes com 10 unidades<br />
ESTÉREIS).<br />
Conheça também a linha de<br />
descartáveis NEOPLAST acessando<br />
www.neolabimport.com.br ou<br />
entre em contato através do email<br />
neolabimport@neolabimport.com.br.<br />
0 94<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
INFORME DE MERCADO<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 95
INFORME DE MERCADO<br />
Manutenção da Integridade Microbiana na Água Pura<br />
Apesar da água muito pura ser um ambiente<br />
extremamente difícil, com um conteúdo mínimo<br />
de nutrientes - após a remoção das impurezas<br />
químicas orgânicas e inorgânicas da água -,<br />
ainda pode ocorrer crescimento bacteriano. Os<br />
vestígios residuais de impurezas ou detritos de<br />
bactérias mortas podem funcionar como fonte<br />
de alimento e biofilmes. As bactérias em si não<br />
são o único problema: elas também produzem<br />
endotoxinas e nucleases.<br />
Várias tecnologias de purificação removem<br />
ou degradam as bactérias e os respectivos<br />
produtos secundários. A resina de troca aniônica<br />
inativa as bactérias e, assim como a retenção<br />
de uma membrana osmose reversa, ambas<br />
podem reduzir o total viável em mais de 95. As<br />
moléculas com carga, tais como endotoxinas,<br />
são efetivamente atraídas por ânions e resinas<br />
de leito misto durante a maior parte do<br />
tempo de vida útil da resina. Os microfiltros e<br />
ultramicrofiltros, com cortes de 0,2 e 0,05 μm<br />
respectivamente, são excelentes para remover<br />
microrganismos, mas menos eficazes para<br />
remover endotoxinas.<br />
A exposição à luz ultravioleta é também<br />
muito eficaz na destruição de microrganismos.<br />
Já a combinação da fotoxidação com 185 nm de<br />
luz UV, seguida de um ultrafiltro, remove bem<br />
as bactérias, bem como endotoxinas e enzimas,<br />
como nucleases.<br />
Para mais informações: (11) 3888-8800<br />
Watertech.marcom.lata@veolia.com<br />
www.veoliawatertech.com/latam<br />
Leucemia Linfocítica Crónica<br />
Teste de prognóstico e estratificação de risco<br />
Com o surgimento de tecnologias moleculares<br />
e os avanços contínuos nas opções de tratamento,<br />
é fundamental que sejam realizados<br />
os testes corretos nos pacientes com Leucemia<br />
Linfocítica Crónica (LLC) antes do tratamento.<br />
No mundo de hoje, isto significa que a citometria<br />
de fluxo pode ser aplicada a propósitos<br />
mais clínicos fora do diagnóstico padrão, e os<br />
médicos precisam garantir que eles solicitam<br />
os testes de prognóstico corretos. Diretrizes<br />
recentes e ensaios clínicos destacam o valor<br />
da avaliação de mutações em IGHV e TP53 antes<br />
do tratamento de pacientes com LLC, para<br />
além dos testes FISH.<br />
Os testes à LLC na Mayo Clinic fornecem<br />
uma importante determinação prognóstica e<br />
auxiliam os médicos na atribuição da estratificação<br />
de risco apropriada para que possam<br />
tomar decisões de tratamento informadas<br />
para cada paciente. A nossa oferta abrangente<br />
de testes também respeita todos os requisitos<br />
das recomendações da National Comprehensive<br />
Cancer Network (NCCN) e do LLC-Índice de<br />
Prognóstico Internacional (LLC-IPI) relativas à<br />
estratificação de risco apropriada.<br />
Testes em destaque<br />
Molecular<br />
• IGH Somatic Hypermutation Analysis,<br />
B-Cell Chronic Lymphocytic Leukemia (B-CLL)<br />
(Mayo ID: BCLL)<br />
• Hematologic Neoplasms, TP53 Somatic<br />
Mutation, DNA Sequencing Exons 4-9 (Mayo<br />
ID: P53CA)<br />
FISH<br />
• Chronic Lymphocytic Leukemia (CLL), FISH<br />
(Mayo ID: CLLF)<br />
• Small Lymphocytic Lymphoma, FISH<br />
(Mayo ID: SLL)<br />
Citometria de fluxo<br />
• CLL Monitoring Minimal Residual Disease<br />
(MRD) Detection (Mayo ID: CLLMV)<br />
Para obter mais informações<br />
Site: mayocliniclabs.com<br />
E-mail: mclglobal@mayo.edu<br />
Tel.: +1-855-379-3115<br />
0 96<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
INFORME DE MERCADO<br />
Um Mês para Falar Sobre a Saúde do Homem<br />
A importância da campanha Novembro Azul e os exames disponíveis<br />
para detecção de doenças na próstata<br />
Seguindo a campanha do Outubro Rosa, o<br />
Novembro Azul surge com a ideia de trazer mais<br />
informação e conscientização para a saúde do<br />
homem, principalmente em relação às doenças<br />
causadas na próstata, a glândula do sistema<br />
reprodutor masculino. Há três doenças que<br />
podem ocorrer no órgão: prostatite, hiperplasia<br />
prostática benigna (HPB) e o câncer de próstata.<br />
A prostatite é uma inflamação na próstata<br />
e, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia<br />
(SBU), pode atingir até 30% dos homens. Embora<br />
não apresente muitos sintomas, é importante<br />
prestar atenção no aumento da vontade<br />
de urinar, em alterações na cor do sêmen e em<br />
desconfortos ou ardor na ejaculação. A hiperplasia<br />
prostática benigna é um tumor frequente<br />
e benigno e acontece por conta do aumento da<br />
próstata. Em geral, em homens de idade mais<br />
avançada, além do aumento de vontade de urinar,<br />
ocorre uma demora para iniciar a micção e<br />
uma falta de força do jato urinário.<br />
O câncer de próstata, a doença mais conhecida,<br />
é um tumor maligno que, segundo<br />
dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA),<br />
causou cerca de 15 mil mortes só em 2017.<br />
Além disso, estima-se que em 2018 foram<br />
mais de 68 mil novos casos registrados. A<br />
maioria dos pacientes não relata sintomas específicos,<br />
e grande parte deles são parecidos<br />
com os da HPB; por isso é importante manter<br />
uma rotina de exames, principalmente acima<br />
dos 60 anos – ou a partir dos 55, para aqueles<br />
que possuem fatores de risco.<br />
FATORES DE RISCO DO CANCER DE PROSTATA.<br />
HiSTÓRICO FAMILIAR COR DA PELE OBESIDADE<br />
CONSUMO DE<br />
ÁLCOOL E CIGARRO<br />
EXAMES<br />
Os exames mais comuns para a detecção de<br />
doenças prostáticas são os rastreadores do índice<br />
de antígeno prostático específico (PSA).<br />
Segundo Deivis Junior Paludo, gerente de<br />
relacionamento do Diagnósticos do Brasil, a<br />
oncologia junto com a genética consegue criar<br />
uma ferramenta que possibilita mapear casos<br />
hereditários do câncer. Com isso, fica mais fácil<br />
diagnosticá-lo precocemente ou identificar<br />
alterações genéticas específicas associadas a<br />
um maior risco de desenvolvimento de certos<br />
tumores. O especialista explica que, por ser um<br />
tipo de câncer muito comum entre os homens,<br />
a realização do exame PSA é obrigatória para<br />
maiores de 60 anos. “No início a doença não<br />
costuma apresentar sintomas, mas, na fase<br />
avançada, pode evoluir para dor óssea, complicações<br />
no sistema urinário, insuficiência renal e<br />
até óbito”, explica Deivis.<br />
O PSA é uma glicoproteína produzida pelo<br />
tecido da próstata e secreta no plasma seminal<br />
em níveis elevados. “É um importante marcador<br />
de alterações prostáticas e seu aumento é<br />
intimamente ligado a hiperplasia prostática<br />
benigna, neoplasias prostáticas e prostatites”,<br />
complementa Deivis. Além dos exames de PSA<br />
Total (PSAT) e PSA Livre (PSAL), o Diagnósticos<br />
do Brasil também oferece o PHI-PRO-PSA, que<br />
determina o índice de saúde da próstata. Refere-se<br />
a uma série de percursos inativos de PSA,<br />
sendo específico para tumores de próstata comparado<br />
a tecidos benignos.<br />
O valor do PRO-PSA é determinado juntamente<br />
com as concentrações de PSA livre e PSA total, o<br />
que permite calcular o índice de saúde prostático<br />
(PHI). Essa medida detecta com mais precisão o<br />
câncer de próstata em comparação com o PSA<br />
Total e o PSA Livre. Deste modo, evita-se a realização<br />
de biópsias desnecessárias ao paciente.<br />
Da mesma forma as instruções de preparo<br />
(pré-analítico) do paciente devem ser seguidas<br />
corretamente para evitarmos a ocorrência de<br />
falsos positivos e podem gerar interpretações<br />
equivocadas do resultado.<br />
Deivis dá ênfase na importância do exame:<br />
“Assim como qualquer outro tipo de câncer, o<br />
diagnóstico precoce é essencial. Manter os exames<br />
em dia e em equilíbrio com alimentação<br />
saudável e atividade físicas colabora para que<br />
os homens fiquem longe do risco de contrair o<br />
câncer de próstata”.<br />
Diagnósticos do Brasil<br />
Rua Manoel Ribas, 245. São José dos<br />
Pinhais . PR . 83010-030<br />
www.diagnosticosdobrasil.com.br<br />
0 98<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Lançamento do HistoPot 40 ml, para biopsias pequenas<br />
A biópsia é parte importante do processo<br />
de investigação de uma doença, pois fornece<br />
informações que contribuem para um diagnóstico<br />
preciso. Por isso, é muito importante que seja ágil<br />
e que não apresente dúvidas e erros no resultado.<br />
Pensando nisso, o HistoPot – importação<br />
exclusiva da Stra Medical - lançou no mercado<br />
um novo tamanho para biopsias pequenas, de<br />
40 ml, sendo o menor da linha. Isso garante<br />
ainda mais qualidade e segurança no transporte<br />
e armazenamento, além de otimizar as atividades<br />
laboratoriais, trazendo maior produtividade e<br />
redução de custos.<br />
Equipe seu laboratório com a melhor tecnologia<br />
em diagnóstico. HistoPot são frascos plásticos<br />
rígidos de excelente qualidade, antivazamento,<br />
pré-rotulados de diversos tamanhos, que contém<br />
Formol Tamponado 10%. Foram desenvolvidos<br />
para coleta, armazenamento e transporte de<br />
biópsias. Além de oferecer mais segurança aos<br />
profissionais envolvidos, pois não terão contato<br />
direto com o formol.<br />
Fabricado na Irlanda pela Serosep Ltd<br />
empresa certificada ISO:9001 e ISO:13485,<br />
detentora de quase 100% do mercado irlandês<br />
e com exportações para mais de 25 países, é<br />
considerada líder mundial no fornecimento<br />
deste tipo de produto.<br />
Stra Medical<br />
Gabriela Melo<br />
Tel: 47 3183-8211 - Cel: 47 9 9934 -0054<br />
Vendas7@stramedical.com.br<br />
www.histopot.stramedical.com.br<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Detecção e identificação de 28 genótipos de HPV<br />
com rapidez, permitindo um tratamento mais eficiente.<br />
uma redução expressiva no tempo de entrega<br />
de resultados, permitindo um diagnóstico rápido<br />
e preciso, gerando um aumento na eficiência<br />
laboratorial.<br />
Com tecnologia própria e soluções personalizáveis,<br />
a Seegene Brazil oferece uma ampla<br />
gama de produtos inovadores licenciados pela<br />
ANVISA, como os ensaios Anyplex II HPV28<br />
Detection e Anyplex II HPV HR Detection.<br />
Baseados na tecnologia MuDT de propriedade<br />
da Seegene, esses ensaios detectam, dife-<br />
renciam e quantificam simultaneamente 28 genótipos<br />
de HPV de alto e baixo risco, incluindo<br />
HPV 16 e HPV 18, apontados como os maiores<br />
fatores de risco para o câncer de colo do útero e/<br />
ou infecções sexualmente transmissíveis.<br />
Utilizados em conjunto com a exclusiva plataforma<br />
automatizada All in One, proporcionam<br />
Focada no mercado da América Latina, a<br />
subsidiária Seegene Brazil tem como objetivo<br />
se posicionar como líder no segmento de diagnóstico<br />
molecular, apresentando tecnologias e<br />
soluções que atendem às necessidades do mercado<br />
local.<br />
Saiba mais sobre a Seegene, conheça a<br />
plataforma All in One e toda a gama de<br />
produtos licenciados pela ANVISA:<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 99
INFORME DE MERCADO<br />
Pré-lançamento da Plataforma LumiraDx<br />
A LumiraDx Brasil, participou do 53º<br />
Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/<br />
Medicina Laboratorial - SBPC realizado no<br />
Centro de Convenções Sul América na cidade do<br />
Rio Janeiro no período de 24 a 27 de setembro<br />
de 2019, realizando o pré-lançamento da<br />
Plataforma LumiraDx.<br />
O 53º Congresso SBPC contou com a audiência<br />
de mais de 4000 visitantes, participando os<br />
principais líderes de opinião, profissionais<br />
médicos, diretores de laboratórios, farmacêuticos,<br />
biomédicos, biólogos, entre outros.<br />
Um dos temas mais abordados foi a utilização<br />
de testes Point of Care Testing – POCT como<br />
tendência mundial abrindo novas fronteiras no<br />
Diagnóstico Remoto.<br />
Apresentamos a nossa plataforma LumiraDx,<br />
com um destaque especial, realizando a<br />
demonstração dos testes simulados, gerando<br />
muito interesse principalmente pela simplicidade<br />
de manuseio, agilidade e o promissor portfólio de<br />
testes que virão a seguir.<br />
A partir de março de 2020, serão realizados<br />
workshops nas principais cidades do Brasil,<br />
como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,<br />
Salvador, Manaus e Porto Alegre. Nestes<br />
eventos buscaremos agregar os clientes alvo<br />
e referências neste segmento, os quais irão<br />
discutir a importância da realização do teste INR<br />
e D-Dímero em plataforma POCT e estudos de<br />
correlação com equipamentos core labs.<br />
Para maiores informações ,<br />
entre em contato através do e-mail:<br />
faleconosco@lumiradx.com ou<br />
(11) 5181-8181<br />
Máxima precisão para manipulação de líquidos<br />
Qualidade com as Pipetas sorológicas da Greiner Bio-One<br />
Referência na fabricação de produtos para a<br />
realização de análises em laboratórios, a divisão<br />
de BioScience da Greiner Bio-One oferece um<br />
portfólio completo de produtos e consumíveis<br />
plásticos para as mais diversas finalidades.<br />
Entre as soluções estão as Pipetas Sorológicas,<br />
que carregam a qualidade da marca CELLSTAR®.<br />
Utilizadas na manipulação de líquidos em laboratórios<br />
químicos e biológicos, as Pipetas Sorológicas,<br />
são fabricadas em poliestireno com<br />
máxima transparência, utilizam código de cores<br />
de acordo com as normas internacionais e possuem<br />
indicação do volume em graduação negativa.<br />
Todas as pipetas sorológicas do portfólio<br />
são estéreis e produzidas sob rigorosos padrões<br />
de qualidade conferindo um certificado de ausência<br />
de RNase, DNase e DNA humano, além<br />
de não serem pirogênicas e citotóxicas.<br />
Outro destaque está no design drop-free, que<br />
evita a retenção da última gota no momento da<br />
dispensa e também possui filtro que protege<br />
contra sucção do líquido para dentro do dispositivo<br />
de pipetagem. A validade e lote também<br />
são impressos na embalagem.<br />
Versátil para diversas aplicações, estão disponíveis<br />
nos volumes de 1, 2, 5, 10, 25 e 50 mL.<br />
Para saber mais sobre este e outros<br />
produtos, acesse: www.gbo.com.br<br />
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0 100<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
your power for health<br />
Pipetas Sorológicas<br />
Máxima precisão no manuseio de líquidos<br />
Fabricadas em poliestireno com alto grau de<br />
trasnparência<br />
Design drop-free: evita a retenção da última<br />
gota no momento da dispensa<br />
Com filtro para proteção contra sucção do<br />
líquido para dentro do dispositivo de<br />
pipetagem<br />
Indicação dos volumes em graduações<br />
negativas<br />
Código de cores de acordo com as normas<br />
internacionais<br />
Estéril<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
Celltac Es MEK-7300 Sensibilidade mínima de<br />
detecção de Flag para Grandes Células Imaturas<br />
As Grandes células imaturas (Blastos)<br />
normalmente não são encontradas no sangue<br />
periférico de indivíduos saudáveis, a não ser<br />
que haja metástases de câncer de medula ou<br />
a possibilidade de leucêmia estar presente.<br />
Para um diagnóstico clínico mais rápido e<br />
preciso, é importante notificar com precisão<br />
o médico da possibilidade de “Blastos” através<br />
do hemograma utilizando um analisador<br />
hematológico. O Celltac ES MEK-7300 da Nihon<br />
Kohden fornece um Flag “Blasts”, se possível, a<br />
presença e detecção de Grandes Células Imaturas<br />
na análise do hemograma. Para confirmar a<br />
sua sensibilidade, foi utilizada uma amostra<br />
de leucemia mielóide aguda (AML-M5a) que<br />
possui células Imaturas (Blastos) de 1.202 ×<br />
102 / μL (Figura 1). Então, essas células foram<br />
adicionadas a amostra de individuos saudáveis<br />
e processadas no Celltac ES MEK-7300.<br />
Resultados:<br />
Ao usar células imaturas adicionadas a amostras<br />
normais, foram confirmados a sensibilidade<br />
mínima detectável do Flag “Blasts” como mostra<br />
o gráfico de dispersão de um analisador de<br />
hematologia Celltac ES MEK-7300.<br />
À medida que o número de células imaturas<br />
(Blastos) nas amostras de indivíduos saudáveis<br />
aumentou, foi refletido no gráfico de dispersão do<br />
Celltac Es MEK-7300 gerando alarmes e Flag “Blasts”.<br />
Conclusão:<br />
Ao medir as amostras com células imaturas,<br />
adicionando-se 4,8 x 102 / μL de “Blastos” o<br />
Celltac Es MEK-7300 pode fornecer diagnóstico<br />
clínico mais rápido e preciso porque ele<br />
efetivamente detecta presença de células<br />
Imaturas em sangue periférico.<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />
Bairro Mauá – São Caetano do sul/SP<br />
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Contato: +55 11 3044-1700<br />
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Sonhos não são apenas para a infância. Sohos<br />
significativos permanecem conosco toda a nossa<br />
vida e guiam nossas ações. Na Nihon Kohden,<br />
acreditamos em sonhadores pessoas que trabalham<br />
incansavelmente para fazer a diferença<br />
todos os dias e têm orgulho pessoal para garantir<br />
que cada paciente e profissional de saúde<br />
receba o cuidado que merece.<br />
Só não os chamamos de sonhadores.<br />
Nós os chamamos de heróis.<br />
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em todo o Brasil e América Latina para<br />
garantir o melhor atendimento.<br />
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0 102<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />
Telepatologia acessível a todos<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Muitos profissionais de laboratório que<br />
trabalham na área da hematologia já<br />
conhecem ou trabalham com a tecnologia<br />
CellaVision para a realização da contagem<br />
diferencial automatizada de leucócitos. O<br />
equipamento faz a leitura das lâminas e<br />
fornece ao analista uma pré-classificação dos<br />
leucócitos, bem como a pré-caracterização<br />
dos eritrócitos através da análise morfológica<br />
conduzida por inteligência artificial.<br />
Nos últimos quinze anos a morfologia celular<br />
digital tem se tornado uma realidade na maioria<br />
dos laboratórios de grande volume de amostras.<br />
Nestas instituições, é muito comum o acesso<br />
remoto aos analisadores CellaVision, onde um<br />
ou mais analistas acessam de forma remota as<br />
imagens das células dos pacientes que tiveram<br />
suas amostras selecionadas para a contagem<br />
diferencial. Este acesso remoto permite que<br />
colaboradores trabalhem remotamente,<br />
analisando amostras processadas em outro<br />
local, por exemplo, em um laboratório satélite,<br />
um hospital afastado dos grandes centros ou<br />
outro laboratório afiliado.<br />
Os benefícios da tecnologia CellaVision, antes<br />
disponível apenas para laboratórios de grande<br />
volume de amostras, agora estará disponível<br />
para laboratórios de todos os portes. Durante<br />
a edição deste ano do AACC, maior evento<br />
de análises clínicas do mundo, a CellaVision<br />
apresentou um novo equipamento de pequeno<br />
porte, o DC-1 - ideal para laboratórios com<br />
pequeno volume de amostras. O novo<br />
modelo processa uma lâmina por vez e possui<br />
todas as funcionalidades dos equipamentos<br />
CellaVision maiores. Desta forma, laboratórios<br />
pequenos também poderão contar com os<br />
recursos CellaVision, o que inclui o acesso<br />
remoto, permitindo a colaboração de analistas<br />
localizados em outros centros diagnósticos.<br />
Especialistas em morfologia poderão opinar<br />
ou até mesmo assinar casos processados<br />
em laboratórios afastados. A telepatologia<br />
aumenta a precisão dos exames e a atuação dos<br />
especialistas em morfologia celular. É notável<br />
a redução do tempo de entrega dos resultados<br />
(TAT), o incremento da acurácia diagnóstica e<br />
da produtividade e, sobretudo, da consistência,<br />
uma vez que o processo de contagem diferencial<br />
se torna padronizado.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com<br />
Contato: Wagner Miyaura - Market<br />
Support Manager, South America<br />
wagner.miyaura@cellavision.com<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 103
INFORME DE MERCADO<br />
Analise sua Avaliação Mensal do Pro-Ex Direto na Tela<br />
do Computador e Use o Gráfico de Tendência – DRM. É Grátis!<br />
O PNCQ disponibiliza GRATUITAMENTE o<br />
Gráfico de Tendência para análise do Desvio<br />
Relativo à Média – DRM para os mais de 5.600<br />
Laboratórios Participantes.<br />
Nas Avaliações Mensais do Ensaio de<br />
Proficiência PRO-EX, além dos valores de<br />
Média, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação,<br />
cada analito recebe um conceito: B (Bom), A<br />
(Aceitável) ou I (Inaceitável) de acordo com o<br />
desvio relativo à sua média, comparada à média<br />
dos demais laboratórios que utilizam o mesmo<br />
método. O ideal é que este desvio (DRM) seja<br />
igual ou muito próximo de 0 (zero).<br />
Para um resultado de até 1 DP incidirá o<br />
conceito B; até 2 DP, receberá o conceito A;<br />
acima de 2DP, receberá o conceito I. Um DRM<br />
positivo significa que o DP está do lado superior<br />
do gráfico e, um DRM negativo, que o DP está<br />
do lado inferior do gráfico.<br />
Para acessar o Gráfico de Tendência, basta clicar<br />
no ícone ao lado do nome do analito e o gráfico<br />
aparecerá automaticamente! E posicionando o<br />
cursor do mouse sob o ponto do lote no gráfico,<br />
são exibidos o DRM e o Conceito (B, A ou I). Permite<br />
também salvar o arquivo em pdf e imprimir os<br />
relatórios de cada analito com todos os dados dos<br />
últimos 10 Lotes do PRO-EX. Também é possível<br />
acessar outros períodos e escolher centenas de<br />
constituintes de várias especialidades.<br />
Desta maneira, é possível acompanhar o<br />
desempenho do laboratório em cada analito,<br />
possíveis tendências, perda de precisão ou de<br />
exatidão. Os resultados inadequados, a investigação<br />
das causas e as ações tomadas para os resultados<br />
nos quais a proficiência não foi obtida, também<br />
devem ser registrados. A eficácia destas ações deve<br />
ser verificada na avaliação seguinte.<br />
Para mais informações, entre em<br />
contato com pncq@pncq.org.br.<br />
A J.R.EHLKE aposta em Nova linha de análise celular<br />
hematológica - Mindray - CAL 6000<br />
O CAL 6000 faz parte de uma nova geração em<br />
análise celular de hematologia, para bancada. A<br />
combinação de duas unidades de analisadores<br />
hematológicos BC-6000 ou BC-6200 (amostras<br />
de sangue total ou fluidos biológicos) e uma<br />
unidade de SC-120 (automação em distensão<br />
e corador de lâminas) perfaz a velocidade<br />
de 220 hemogramas/hora e 120 lâminas/<br />
hora. O CAL 6000 é um equipamento com<br />
três plataformas de carregamento e três<br />
plataformas de descarregamento contínuos<br />
com alta capacidade de amostras. As esteiras de<br />
carregamento dos analisadores hematológicos<br />
são bidirecionais, sendo uma patente Mindray.<br />
O primeiro analisador de hematologia permite<br />
a distribuição rápida de amostras, melhorando<br />
a eficiência e produtividade. Caso os resultados<br />
da amostra acionem os critérios, o carregador<br />
automático de cada analisador retornará os<br />
racks de amostra para verificação automática ou<br />
repetição de reflexo. Amostras de emergência<br />
são permitidas com resultados em tempo<br />
reduzido. Utilizando adaptador com patente<br />
própria, vários tipos de tubos são permitidos.<br />
Simplesmente seguindo 3 etapas de “load<br />
and go”, os usuários do SC-120 podem obter<br />
lâminas finalizadas que estão prontas para<br />
a revisão microscópica. As racks de tubos<br />
podem ser personalizadas em cores diferentes<br />
determinando os modos de teste específicos.<br />
As amostras STAT podem ser carregadas<br />
em modo aberto para diminuir o tempo de<br />
execução do teste ou em racks com prioridade.<br />
Ao mudar o status on-line para o off-line, os<br />
usuários podem desconectar cada analisador<br />
de hematologia da estação de trabalho e operar<br />
como uma unidade apenas.<br />
J.R.EHLKE<br />
Av. João Gualberto, 1.661 Juvevê -<br />
Curitiba-PR Cep: 8003-001<br />
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0 104<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
INFORME DE MERCADO<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 105
INFORME DE MERCADO<br />
GTgroup - Tecnologia, Inovação, Segurança & Confiança<br />
Após dez anos de atuação no mercado de<br />
diagnóstico, é tempo de nos reinventarmos.<br />
Apresentamos a nova marca, o novo slogan;<br />
mas algo que não mudou é a nossa veia<br />
inovadora e a busca por oferecer ao mercado<br />
novas soluções e recursos, com tecnologia de<br />
ponta, para mantermos o lugar de referência no<br />
segmento laboratorial.<br />
E apesar de estarmos caminhando para<br />
o fim do ano, ainda temos novidades para<br />
contar. Nos próximos meses lançaremos uma<br />
nova linha de equipamentos de Bioquímica e<br />
Hematologia; são aparelhos mais modernos,<br />
com recursos e funcionalidades para trazer<br />
ainda mais eficiência e agilidade à rotina dos<br />
laboratórios de nossos clientes e parceiros.<br />
Além dos equipamentos pré-analíticos, e semiautomação<br />
para Coagulação e Urianálise que já<br />
se tornaram sucesso em vendas e recordistas<br />
em satisfação de nossos clientes.<br />
Se ainda não é um cliente, salientamos<br />
que estamos constantemente abertos à<br />
novas parcerias e oportunidades de negócio,<br />
e deixamos o convite para que venha nos<br />
conhecer mais de perto.<br />
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com sede na Alemanha, na cidade de Nümbrecht<br />
e possui 15 unidades de produções<br />
em diferentes continentes: Europa, Américas<br />
e Oceania.<br />
Com presença no Brasil há mais de 20 anos,<br />
nossas unidades de negócios abrangem as<br />
mais importantes e inovadoras soluções e<br />
serviços aos mercados de Medicina e Ciência,<br />
destacando-se seus projetos de alta performance<br />
para Diagnósticos, Automações Laboratoriais,<br />
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as fases pré e pós-analítica para laboratórios<br />
clínicos, unidades hospitalares, pesquisas e<br />
indústrias através de seus produtos de altíssima<br />
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aliados ao seu inovador sistema<br />
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e melhora os índices e indicadores<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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INFORME DE MERCADO<br />
Teste Rápido Sangue Oculto Fecal<br />
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de anticorpos monoclonais anti-hemoglobina<br />
humana. Por ser um teste que utiliza anticorpos<br />
monoclonais anti-hemoglobina humana, não<br />
existe a necessidade de dieta do paciente para<br />
coleta da amostra.<br />
A presença de sangue nas fezes pode ser uma<br />
manifestação precoce de câncer no trato gastrointestinal<br />
e é frequentemente investigada<br />
em pacientes portadores de anemia por deficiência<br />
de ferro. Portanto, a detecção de sangue<br />
nas fezes é uma importante ferramenta para<br />
o diagnóstico e acompanhamento de certas<br />
doenças como essas. Sangramentos anormais<br />
podem ocorrer de qualquer local, desde o estômago<br />
até o reto. O câncer colorretal é o terceiro<br />
tipo de câncer mais comum e a quarta causa de<br />
morte por câncer no mundo, com 1,2 milhões<br />
de novos casos e 600.000 mortes estimadas<br />
por ano. No Brasil, estima-se o aparecimento de<br />
35.000 novos casos e 15.000 mortes por ano. A<br />
maioria dos casos se desenvolve a partir de um<br />
pólipo adenomatoso benigno cujo crescimento<br />
lento pode ultrapassar 10 anos. Esse longo<br />
período permite que muitas das lesões sejam<br />
detectadas e removidas em um estágio precoce.<br />
Somente 5% dos pólipos tornam-se malignos.<br />
O teste para sangue oculto auxilia na detecção<br />
do câncer gastrointestinal e pólipos adenomatosos<br />
sangrantes através da identificação<br />
do sangue oculto nas fezes para posterior investigação<br />
por colonoscopia. Diversos são os<br />
métodos utilizados para detectar a presença de<br />
sangue oculto nas fezes.<br />
O kit Imuno-Rápido SANGUE OCULTO FECAL<br />
da WAMA Diagnóstica é um teste imunocromatográfico<br />
de fase sólida de ótima sensibilidade<br />
e especificidade que utiliza uma combinação<br />
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purificados.<br />
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- Não invasivo.<br />
- Fácil execução.<br />
- Sem necessidade de preparo prévio do paciente.<br />
- Apresentação: 10, 20, 40 e 80 testes.<br />
- Registro no Ministério da Saúde (nº<br />
10310030084).<br />
- Assessoria técnica e científica para todo o Brasil.<br />
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#SangueOculto - #TesteRapido - #reagentes<br />
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0 108<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
INFORME DE MERCADO<br />
Novo Analizador Yumizen H550<br />
Hematologia em todos os lugares e além<br />
A HORIBA Medical apresenta o<br />
Yumizen H550, o mais novo<br />
membro da família de analalizadores<br />
hematológicos Yumizen. Baseado<br />
em tecnologias comprovadas<br />
e inovadoras, o Yumizen H550<br />
responde à necessidade de um<br />
analisador robusto e não requer<br />
manutenção do usuário.<br />
O Yumizen H550 é um sistema de<br />
hematologia compacto com carregamento<br />
automático integrado de rack<br />
de amostra. Ele fornece ao operador<br />
uma capacidade total de 40 tubos<br />
com carga contínua. Baseado em<br />
tecnologias comprovadas e inovadoras,<br />
o Yumizen H550 responde à<br />
necessidade de um analisador robusto<br />
e não requer manutenção do usuário.<br />
A fim de garantir um processo<br />
confiável, o Yumizen H550 permite a<br />
homogeneização automática de rack<br />
e Identificação positiva de tubos. As<br />
racks de 10 tubos são compatíveis<br />
com o Yumizen H1500 / 2500.<br />
Rapidez nos Resultados<br />
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Menus abrangentes com gráficos e flags.<br />
Fácil manuseio com treinamento mínimo do operador.<br />
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- Baixo consumo e gerenciamento de regentes,<br />
- O Whitediff® é um reagente exclusivo de lise isento de cianeto para<br />
medição de HGB e contagem e diferencial WBC.<br />
- Com base na micro-amostragem de 20 µL de sangue total, o Yumizen H550 pode executar qualquer tipo de<br />
amostra de sangue, incluindo pediatria.<br />
- 27 parâmetros com WBC completo e 6 Diferencial : LYM%#, MON %#, NEU %#, BAS %#, EOS#% and LIC%#<br />
(Células grandes imaturas).<br />
- Parâmetros específicos para diagnóstico de anemias por deficiência de ferro e distúrbios por PLT: RDW-CV,<br />
RDW-SD, P-LCC, P-LCR.<br />
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0 110<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019
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Horiba oferece muito mais valor agregado ao seu laboratório. Isso<br />
porque permite menor consumo de reagentes, além de resultados<br />
mais rápidos e precisos. É o DNA da Horiba presente na linha mais<br />
revolucionária de hematologia.<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
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e internacional realiza frequentemente massivos investimentos em suas<br />
instalações e filiais.<br />
Contando com estrutura de 7000mts² em<br />
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todo território nacional, sendo eles totalmente<br />
adequados ao segmento médico-laboratório-<br />
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aos seus clientes um novo conceito em transporte<br />
e armazenagem, que segue em conformidade<br />
com as boas práticas exigidas pelas<br />
diretrizes.<br />
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manutenção de equipamentos e espaço para<br />
treinamento de equipes, a PRIME inova mais<br />
uma vez no atendimento e velocidade nos processos.<br />
O investimento em pessoal é constante com<br />
treinamentos, atualizações de equipamentos e<br />
materiais, isso faz com que além de atender os<br />
prazos, seja feito com qualidade e segurança,<br />
contando com todas as certificações e adequações<br />
necessárias como a ISO9001 (Matriz)<br />
e ANVISA.<br />
O que é a CP 343/2017?<br />
A CP 343/2017 da Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária se refere às boas práticas de<br />
armazenagem e transporte e tem o intuito de<br />
promover maior controle da cadeia produtiva,<br />
garantindo a qualidade dos medicamentos em<br />
todas as etapas de transporte, distribuição e armazenamento.<br />
As alterações e novidades abordadas nessa<br />
Consulta Pública vieram para harmonizar os requerimentos<br />
sanitários da Anvisa com aqueles<br />
definidos nas diversas diretrizes internacionais.<br />
Portanto, agora mais do que nunca, os gestores<br />
das empresas embarcadoras, precisam realizar<br />
processo de Qualificação de Fornecedores<br />
de forma a garantir a integridade do produto<br />
farmacêutico de ponta a ponta.<br />
Em fevereiro de 2019, a Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária, inclusive, promoveu o Diálogo<br />
Setorial, justamente para apresentar as<br />
alterações na CP 343/2017, além de ouvir as<br />
considerações e preocupações dos empresários,<br />
especialistas e técnicos do setor.<br />
Foram enviadas 445 contribuições pelos participantes,<br />
que receberam a versão prévia da<br />
publicação, bem como as alterações do texto<br />
inicial com todas as sugestões e comentários<br />
recebidos.<br />
Com o texto consolidado, a norma reduziu a<br />
quantidade de artigos de 127 para 90.<br />
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0 112<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 2019<br />
0 113
ANALOGIAS EM MEDICINA<br />
Fig. 1 - Lesões bolhosas na pele. Disponível em<br />
www.saudedica.com.br/penfigo-o-que-e-causas-sintomas-e-tratamentos,<br />
acesso em 11/09/2019.<br />
Fogo Selvagem<br />
Segundo o tratado de Dermatologia de Sampaio<br />
e Rivitti, 3ª edição, São Paulo, a palavra<br />
pênfigo (do grego= bolha) foi inicialmente<br />
usada para designar doenças bolhosas. Atualmente,<br />
refere-se a um grupo de doenças<br />
com comprometimento da pele e, às vezes, de<br />
mucosa, que tem como característica comum<br />
a presença de bolhas intra-epidérmicas cheias<br />
de líquido. As formas clínicas mais comuns são<br />
o pênfigo vulgar e o foliáceo. Este último tem<br />
duas formas distintas: pênfigo foliáceo não endêmico,<br />
descrito pelo dermatologista francês<br />
Pierre Louis Cazenave, de ocorrência universal e<br />
que atinge pacientes mais idosos na quarta ou<br />
quinta idade de vida, e o pênfigo foliáceo endêmico.<br />
Este é o pênfigo brasileiro: tem ocorrência<br />
familiar, predomina em adultos jovens e crianças<br />
que vivem próximos a córregos e rios, mais<br />
em áreas rurais e em algumas tribos indígenas.<br />
É encontrado na América do Sul, principalmente<br />
no Brasil, nos estados de Goiás, Distrito Federal,<br />
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins,<br />
Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Mais recentemente<br />
há casos relatados no Amazonas, Rondônia<br />
e Acre.<br />
Com relação ao aparecimento da doença, são<br />
considerados fatores ambientais, genéticos e<br />
imunológicos. A respeito dos fatores ambientais<br />
os pacientes ou seus familiares vivem em más<br />
condições sociais, em habitações precárias junto<br />
a córregos, falta de higiene e grande quantidade<br />
de insetos. Estudos baseados em séries<br />
de muitos doentes indicaram a importância<br />
de fatores genéticos, sobretudo em casos de<br />
consanguinidade. Demonstrou-se também que<br />
os pênfigos são doenças auto-imunes. O diagnóstico<br />
é feito pelo exame clínico e confirmado<br />
através do exame citológico, histopatológico e<br />
provas imunológicas que detectam a presença<br />
de anticorpos. O tratamento, antes do advento<br />
dos corticoides, não existia. Cerca de 40% dos<br />
pacientes morriam nos dois primeiros anos.<br />
Outros 50% tinham uma evolução crônica, com<br />
períodos de acalmia e exacerbação.<br />
O pênfigo brasileiro é doença com formação de<br />
bolhas flácidas subcórneas, que se rompem com<br />
facilidade, deixando uma superfície erodida que<br />
logo se torna escamosa. A intensa descamação<br />
inspirou o termo pênfigo foliáceo. Com um comportamento<br />
diferente do pênfigo foliáceo de outros<br />
países, o brasileiro tem um caráter endêmico.<br />
Há marcada fotossensibilidade, de modo que a<br />
exposição ao sol (raios ultravioleta) agrava o quadro<br />
e provoca uma sensação de ardor ou queimação,<br />
como se a pele estivesse sob a ação do fogo,<br />
o que motivou a denominação de fogo selvagem<br />
(em inglês: wild fire). Não sabemos se essa denominação<br />
foi criada pelos pacientes penfigosos.<br />
A introdução dos corticoides no tratamento<br />
mudou completamente a evolução e o prognóstico<br />
da doença. Os pênfigos respondem<br />
rapidamente ao uso de corticoides com resultados<br />
excelentes.<br />
Texto baseado em fontes nacionais e no livro<br />
Analogias no Ensino Médico - Editora Coopmed<br />
- Belo Horizonte/MG.<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
*Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />
Academia Mineira de Medicina e Professor Emérito da<br />
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
0 114<br />
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