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Revista Mandala Informa

revista com informações do Condomínio Mandala. Eventos, Secretaria

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Entrevista | ed.: 02 / <strong>Mandala</strong> <strong>Informa</strong><br />

Uma carreira brilhante<br />

Clovis de Athayde Bohrer, de 93 anos de idade (completa 94 em junho), é morador<br />

da Quadra das Ilhas e é oficial reformado da Aeronáutica, tendo deixado<br />

o serviço ativo em 1980. Ele ainda trabalhou por 20 anos na TAM Transportes,<br />

em São Paulo e no Rio. O condômino foi o síndico pioneiro da sua Quadra, que<br />

também foi a primeira a ser instalada no <strong>Mandala</strong>. Além disso, foi ele quem<br />

redigiu 80% da Convenção Condominial e, posteriormente, o Regimento Interno<br />

do empreendimento. Membro do Conselho Superior do Instituto Histórico<br />

e Cultural da Aeronáutica, cadeira número 4, ele adquiriu o seu imóvel na planta,<br />

em 1984. Foi casado com a saudosa Gilka Borges de Athayde Bohrer, que<br />

faleceu há seis anos, e teve quatro filhos: Fernando Antônio, Luiz Alberto, Ana<br />

Luísa e Ana Cristina. E ainda dois netos: Alexandre, pai do seu primeiro bisneto,<br />

Guilherme, nascido em janeiro; e Larissa. Na entrevista, recorda momentos da<br />

sua carreira e vivências no Condomínio.<br />

Perfil<br />

O senhor ajudou a criar a Convenção e o Regimento Interno do <strong>Mandala</strong>?<br />

Sim. Fiquei dois anos e pouco sem atividade depois que saí da Aeronáutica em<br />

1980. Foi então que o saudoso Brigadeiro Celso, que era diretor da Carteira Hipotecária<br />

Imobiliária do Clube de Aeronáutica na época, e morou aqui no <strong>Mandala</strong>, me<br />

procurou. Eu era muito amigo dele. Como eu já morava há 12 anos lá no condomínio<br />

Mirante de Copacabana, na Zona Sul, tinha razoável experiência de gestão<br />

condominial, e ele pediu que eu trocasse ideias sobre o <strong>Mandala</strong>, que estava em<br />

construção. Comprei um apartamento daqui na planta e dei uma olhada na proposta<br />

de Convenção pra ver o que poderia ser modificado. Dei uma série de palpites<br />

baseados na minha experiência em Copacabana. Ele apresentou para a construtora<br />

João Fortes, que gostou muito e perguntou se eu podia fazer uma revisão<br />

completa na minuta da Convenção. Um dos pontos, por exemplo, estabelecia que<br />

cada prédio seria autônomo, com um síndico próprio. Fiz então a revisão e cerca<br />

de 80% das sugestões foram aceitas. E aí, fizeram a Convenção. Posteriormente,<br />

o Celso solicitou-me que elaborasse o Regimento Interno, o que também foi feito.<br />

Há quanto tempo mora no <strong>Mandala</strong> e o que o fez escolher este Condomínio?<br />

O que me levou ao <strong>Mandala</strong> foi querer sair de Copacabana e ir para um lugar<br />

mais calmo. Comprei o apartamento na planta em 1984 e vim morar<br />

em 1991. Ficou fechado dois anos para reformas e construção de móveis<br />

planejados. Eu já estava na Reserva, queria um apartamento maior, onde<br />

pudesse ter um escritório e receber filhos e netos. Pensei que seria um<br />

lugar para ficar quieto, mas trabalhei por mais 20 anos. Na realidade, ainda<br />

não parei, sempre que posso, compareço aos eventos da Aeronáutica, mas<br />

agora com uma atividade altamente prazerosa, porque faço o meu horário,<br />

escrevo, leio. Resolvemos nos fixar no Rio por ser ela uma cidade geograficamente<br />

no ponto central do País, o que facilitaria a visita dos filhos e<br />

netos residentes em outras cidades.<br />

Como foi o período de primeiro síndico da Quadra das Ilhas?<br />

Nunca quis ser síndico na minha vida enquanto morei em Copacabana. Mas no<br />

dia da instalação do <strong>Mandala</strong>, fui eleito síndico por aclamação. E como era uma<br />

experiência nova, de um apartamento que eu tinha comprado, quis trabalhar e<br />

aceitei. Mas dois meses depois fui convidado pra trabalhar na TAM, em São Paulo.<br />

Ainda hesitei, fiquei um ano por aqui, porque justamente tinha comprado o imóvel<br />

no <strong>Mandala</strong> para dar uma pausa. Só faltava uma filha a se casar, outros filhos<br />

eram militares e minha outra filha já estava casada. Era a oportunidade de ter o<br />

meu espaço. Como síndico da Quadra das Ilhas, eu ainda morava em Copacabana,<br />

mas chegava aqui todos os dias antes das 8h e sem hora pra acabar. Fiquei 2<br />

meses e meio. Quando eu aceitei o emprego em SP, convoquei uma assembleia,<br />

foi eleito um novo síndico e fui embora.<br />

Que passagens foram as mais marcantes na sua carreira?<br />

Uma foi durante o meu curso ginasial, quando por influência de dois instrutores<br />

de Educação Física, que eram do exército, quis seguir a carreira militar. Essa foi<br />

a primeira passagem marcante. Pertenço a 3ª turma formada pela Escola da<br />

Aeronáutica após a criação do Ministério, entrei em 1943. Sempre gostei de falar<br />

aos jovens e tive a felicidade de lidar com os que estavam iniciando-se na vida<br />

militar. Comandei a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), onde<br />

se formam os oficiais da Aeronáutica – aviadores, intendentes e de infantaria de<br />

guarda. Foi, não só, um privilégio, como uma grande responsabilidade. Porque a<br />

AFA possuía, na época, em seu efetivo, mais de 800 cadetes. Fiquei três anos e<br />

três meses. Eram jovens que viriam a ser da nossa corporação. Anteriormente,<br />

eu tinha sido subcomandante do Centro de Formação de Pilotos Militares, uma<br />

organização intermediária que recebia os que vinham da Escola Preparatória de<br />

Cadetes do Ar (EPCAr), que durou quatro anos. Por coincidência, depois que as atividades<br />

do Centro de Formação foram incorporados na AFA, minha última turma<br />

neste Centro foi a primeira formada na AFA sob o meu comando. Outra passagem<br />

marcante foi no comando do 5º Grupo de Aviação – unidade de instrução e<br />

operacional, com aviões diferentes. Ali, o objetivo era aprimorar as habilidades do<br />

homem, mas lembrando que é preciso, além de ser um bom profissional e um militar<br />

digno, era indispensável ser também um ser humano de caráter. Hoje todo o<br />

Alto Comando da FAB é integrado por meus ex-cadetes. Sinto-me bem entre eles,<br />

que me distinguem com sua especial atenção. Continuo frequentando o âmbito<br />

da FAB também por conta disso.<br />

Que atividades exerce como membro do Conselho Superior Superior do Instituto<br />

Histórico e Cultural da Aeronáutica?<br />

É uma atividade que não é regular, mas me ocupa de forma voluntária.<br />

Faço palestras em várias organizações, escrevo artigos para a revista do

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