EMPREENDA REVISTA - ED. 29 - OUTUBRO/19 - THIAGO SODRÉ
Revista de negócios focada em conteúdo empreendedor aplicável e relevante.
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nomia colaborativa e modelos de startups. Ao retornar<br />
para terras tupiniquins, novamente a família seria uma<br />
ponte inspiradora para iniciar um novo negócio: o seu<br />
primo pedira uma mentoria para viabilizar uma ideia<br />
que conhecera na Espanha: unir locação de imóveis e<br />
varejo, criando uma plataforma para oferecer espaços<br />
para locação de curta duração, principalmente para<br />
eventos. E assim surgiria a PopSpaces.<br />
Após o sucesso da primeira empreitada, ficou claro<br />
que era preciso abrir um novo negócio no mercado de<br />
startups. “Percebemos que estávamos nos tornando<br />
uma cadeia de aceleração e que poderíamos formar e<br />
incentivar outros empreendedores”, diz Fernando. E assim,<br />
em 20<strong>19</strong>, surgiria oficialmente a Circle: um hub de<br />
inovação e negócios que atua como aceleradora e incubadora<br />
de empresas e empreendedores, principalmente<br />
que tenham sinergia com os setores de marketing,<br />
gestão e vendas promovendo o crossselling entre os<br />
participantes de seu ecossistema por meio da economia<br />
colaborativa.<br />
Segundo Fernando, o fato da Netza estar integrada à<br />
Circle e abrir um espaço colaborativo, trazendo clientes,<br />
parceiros e fornecedores,<br />
inspira o crosselling entre<br />
negócios e permite a<br />
aceleração de novas empresas.<br />
“Estamos criando<br />
uma grande rede de negócios.<br />
O Linkedin, por exemplo,<br />
é uma rede de negócios,<br />
mas tem de tudo. Aqui<br />
nós queremos formar<br />
uma rede de profissionais<br />
altamente qualificados de<br />
diferentes áreas para criar<br />
novos negócios, principalmente<br />
nas áreas de gestão, vendas e marketing”, conta.<br />
Na Circle é possível encontrar ex-CEOs de grandes empresas<br />
com ideias inovadoras para criarem novos negócios.<br />
A Circle é responsável pela intermediação desses<br />
projetos e empreendedores ao mesmo tempo que conecta<br />
investidores e conselheiros, que ainda veem uma<br />
carência de projetos bem estruturados para serem lançados<br />
no mercado.<br />
“Mais do que proporcionar a criação de novos negócios,<br />
nosso objetivo é favorecer o cliente final. Estamos nos<br />
tornando uma espécie de supermercado de opções de<br />
excelência em serviços, para que esse cliente encontre o<br />
máximo do que procura em um único lugar. Um tipo de<br />
Posto Ipiranga do setor de marketing, gestão e vendas”,<br />
brinca Fernando.<br />
Além da pluralidade de discursos e o fluxo circular e<br />
múltiplo de negócios, a Circle também possui forte infraestrutura<br />
física com espaços para eventos e um Tech<br />
Center que utiliza metodologias ágeis para desenvolvimento<br />
de soluções, como Business Intelligence, aplicativos<br />
e etc. O centro está disponível gratuitamente para<br />
todos os participantes do ecossistema que também contam<br />
com o Open Circle: agenda de palestras, workshops<br />
e talks para troca de ideias e experiências. A Circle também<br />
possibilita a aceleração com ou sem equity, de<br />
acordo com cada modelo de negócio.<br />
O investimento inicial foi de aproximadamente R$ 1,5<br />
milhão e a perspectiva é alcançar um faturamento de R$<br />
3 milhões até o final de 20<strong>19</strong> e acelerar até dez startups<br />
no primeiro ciclo. Os valores de investimento por startup<br />
podem variar de R$ 200 mil e R$ 250 mil.<br />
Para Fernando, essa<br />
gama de possibilidades<br />
em um único lugar viabiliza<br />
a economia colaborativa.<br />
“A ideia é que a economia<br />
colaborativa seja cada<br />
vez mais utilizada no setor<br />
de marketing para<br />
aproveitar mais as forças<br />
de trabalho e fomentar<br />
todo o ecossistema. Por<br />
exemplo: um diretor de<br />
arte que já finalizou uma tarefa, pode ser integrado a<br />
um outro time ou empresa do ecossistema, sendo remunerado<br />
para esse trabalho específico. É uma maneira de<br />
circular ideias, integrar pessoas e movimentar toda a cadeia”,<br />
explica. Para quem tem o sonho de empreender,<br />
Fernando ainda aponta que o Brasil é um grande celeiro<br />
de startups, mas deixa um alerta:<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
“Muitos acreditam que vão abrir um negócio,<br />
captar dinheiro e se tornar um unicórnio em 5<br />
anos. Por melhor que a ideia seja, é preciso trabalhar<br />
duro. No Brasil é ainda mais desafiador,<br />
pela economia instável, muita burocracia e impostos<br />
e insegurança para o futuro. Há muitos<br />
casos de sucesso por aqui, mas eu acredito no<br />
empreendedor que arregaça as mangas e faz<br />
de tudo para dar certo.”