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PARQ 63

Casa do Cais Paul B. Preciado Soraia Chaves UAU Project

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Soraia Chaves
UAU Project

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WALLOP<br />

CHK<br />

CHK CHK<br />

texto por Carlos Alberto Oliveira<br />

Os veteranos nova iorquinos !!!<br />

(CHK CHK CHK) estão de regresso<br />

com Wallop, aumentando a sua<br />

discografia para oito álbuns,<br />

distribuídos ao longo de duas<br />

décadas de atividade. Dançar<br />

continua a ser o seu mote,<br />

espalhando a sua energia<br />

contagiante por todos os<br />

lados, não deixando adormecer<br />

nenhuma parte do nosso<br />

corpo durante todo o disco.<br />

A faixa de abertura “Let It Change<br />

You” acelera o batimento cardíaco<br />

ao som da batida eletrónica,<br />

acompanhada pela voz arrastada<br />

e sexy de NIC OFFER. A intensidade<br />

rítmica aumenta nas faixas “Off<br />

the Grid” e em “In the Grid”, numa<br />

continua festa que pisca o olho ao<br />

house. “U R paranoid” não se afasta<br />

muito da linha mestra e garante<br />

mais tempo para libertar energia.<br />

Mas as linhas eletrónicas cruzam<br />

as guitarras tropicais e a pop<br />

no single “Serbia Drums”, num<br />

tom muito funk e próximo do<br />

registo dos TWO DOOR CINEMA<br />

CLUB, uma abordagem corajosa<br />

dada a similaridade, mas que é<br />

assumida como uma aproximação<br />

de temas mais comerciais. “This<br />

is the Door” resgata os ritmos<br />

dos sintetizadores dos anos<br />

oitenta e a métrica do ritmo<br />

do baixo remete-nos para o<br />

universo de QUINCY JONES. Ainda na<br />

senda dos anos oitenta, “Domino”<br />

aproxima‐se de artistas como PETER<br />

GABRIEL, sobretudo a flauta a fazer<br />

lembrar “Red Rain” do artista.<br />

As impressionantes batidas “Garage”<br />

e as precursões metálicas de<br />

“Rhythm of the Gravity” catapultam<br />

o ouvinte para um ritmo mais cru e<br />

frenético. Por seu turno “Slow motion”<br />

desce o tom para uma harmonia<br />

mais melancólica, encorpada numa<br />

linha mais psicadélica, como quem<br />

concede a oportunidade para o<br />

ouvinte recuperar o folego.<br />

Não sendo um disco coerente, Wallop<br />

promove momentos de pura delícia<br />

para quem gosta de ouvir e dançar<br />

música eletrónica. Manuseiam<br />

géneros tão distintos como o house,<br />

o disco, o funk, a pop dos anos<br />

oitenta e piscam o olho a referências<br />

como SLY STONE ou STIVIE WONDER, sem<br />

pudor nem pecado e apenas para<br />

seu belo prazer. Não é o disco mais<br />

arriscado da banda, no sentido de<br />

ousar e ir além-fronteiras na sua<br />

abordagem eletrónica, mas comete<br />

a proeza de cativar o ouvinte o<br />

suficiente para bons momentos<br />

de festa. E como apetece dançar<br />

como se não houvesse amanhã.<br />

14<br />

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