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RCIA - ED. OUTUBRO 2019

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ÍNDICE<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°171 - <strong>OUTUBRO</strong>/<strong>2019</strong><br />

CAPA<br />

Akabamentos Solidário<br />

HOMENAGEM<br />

Orlando Bonifácio Martins<br />

ISTO É DINHEIRO<br />

Governo Estadual mandou<br />

JUSTIÇA<br />

Usina Maringá - só drama<br />

88 18<br />

22<br />

29<br />

Empresa cria campanha para<br />

colocar pisos em moradias de<br />

pessoas carentes<br />

No Dia do Contabilista o respeito<br />

e o carinho ao profissional que é<br />

exemplo para novas gerações<br />

Araraquara já recebeu mais de<br />

R$ 137 milhões de janeiro a<br />

setembro do governo Estadual<br />

Uma história de promessas,<br />

dividas e golpes sobre os<br />

fornecedores de cana<br />

Ciesp<br />

Antonio Luís Comper<br />

Sincomercio<br />

Colecionador<br />

06|Entidade debate em outubro em<br />

Araraquara a nova legislação de<br />

produtos controlados<br />

20|Empresário Toninho Comper nos<br />

deixou em setembro levando com<br />

ele o amor pela nossa terra<br />

24|No segundo trimestre demandas<br />

por bens duráveis em Araraquara<br />

aquece o ecommerce paulista<br />

34|Moisés Lucena está de volta ao<br />

mundo colorido da infância<br />

juntando seus super-heróis<br />

Araraquara terá Festival de Pipas<br />

LGBTQIA + Negra<br />

O vereador Lucas Grecco apresentou<br />

e foi aprovado o projeto que institui<br />

e inclui no Calendário Oficial de<br />

Eventos do Município de Araraquara,<br />

o “Festival de Pipas e Papagaios<br />

de Araraquara (Pipódromo)”, a<br />

ser comemorado anualmente nos<br />

meses de julho, dezembro, janeiro e<br />

fevereiro. Embora seja um evento em<br />

que se resgata os tempos de infância e<br />

até mesmo motivou alguns vereadores<br />

a voltarem ao passado durante a<br />

sessão de aprovação, é verdade que<br />

via de regra, festival se dá em uma<br />

Toninho do Mel e sua pipa na sessão<br />

data só. Lucas Grecco optou em<br />

avançar com um pacote colocando<br />

quatro meses do ano, pois na sua<br />

conta, são períodos em que as<br />

crianças estão vivendo suas férias.<br />

A vereadora Thainara Faria (PT) vem<br />

tratando da realização do Seminário<br />

Estadual da população LGBTQIA+ negra.<br />

A proposta é criar um roteiro itinerante<br />

que passe pela Câmara Municipal,<br />

Centro de Referência LGBTQIA+ e<br />

de espaços que são pontos turísticos<br />

na cidade. “Depois de um dia de<br />

palestras sobre corpos e subjetividades,<br />

racismo institucional, dentre outros<br />

assuntos, a expectativa é finalizar o<br />

trajeto no Palacete das Rosas no dia<br />

21 de novembro, logo após o dia da<br />

Consciência Negra”, explica Thainara.<br />

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GIGANTÃO<br />

Retrato em preto e branco<br />

43<br />

Prefeito Rômulo Lupo, o mentor<br />

de uma história que vale 50 anos<br />

em nossa cidade<br />

RECONHECIMENTO<br />

O que fez a Família Agro<br />

49<br />

Em Bauru, o Sindicato Rural foi<br />

homenageado pela Faesp por<br />

contribuir com a Família Agro<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

por: Sônia Maria Marques<br />

Araraquara servida por excelentes<br />

supermercados e atacadistas<br />

Com a economia estagnada podemos dizer que o varejo em<br />

todo o país ainda vem atravessando a maior crise dos últimos<br />

15 anos. Não se trata de um momento, mas de um processo<br />

que se arrasta desde 2014, quando a desaceleração das<br />

vendas e do faturamento do setor ganhou força.<br />

Ainda recentemente, conversando com um varejista bem<br />

antigo de Araraquara, veio a fala dele até mesmo com um tom<br />

preocupante de que é assustador e sem precedentes na história<br />

do mercado nacional, o número de comerciantes que não<br />

suporta a situação baixando as portas definitivamente.<br />

Em 2015, segundo um levantamento da Confederação<br />

Nacional do Comércio (CNC), 95,4 mil lojas fecharam no<br />

país. Trata-se de um número expressivo: equivale a soma<br />

das lojas abertas entre 2011 e 2014. No fechamento de<br />

2018, o saldo de abertura de lojas ficou positivo em 4,8 mil<br />

novos estabelecimentos comerciais. Mas, ao contrário das<br />

expectativas no início do ano, no primeiro trimestre de <strong>2019</strong>,<br />

39 lojas fecharam as portas no país, segundo a CNC.<br />

Agronegócio<br />

56|Após formatura de mais uma<br />

turma, o Cecap ganha em<br />

outubro a Feira do Produtor Rural<br />

Colação de Grau na Unesp<br />

No dia 30 de agosto<br />

ocorreu a Sessão Solene<br />

para Colação de Grau<br />

das Turmas de Farmácia-<br />

Bioquímica e Engenharia<br />

de Bioprocessos e<br />

Biotecnologia, do 1º<br />

semestre de <strong>2019</strong>, no<br />

Câmpus da Unesp<br />

Araraquara. O diretor da<br />

Faculdade de Ciências<br />

Farmacêuticas, Luis<br />

Vitor do Sacramento,<br />

ressaltou a importância<br />

de defender a classe<br />

acadêmica, universitária<br />

e científica de ataques<br />

e negligências. “Hoje é<br />

um dia feliz para todos<br />

nós. A Unesp se orgulha<br />

Política<br />

60|Tenente Santana tem mostrado<br />

que é um vereador com espírito<br />

agregador.<br />

do trajeto que tiveram<br />

até aqui. Em respeito a<br />

tudo que a educação,<br />

a ciência, a tecnologia<br />

e a saúde fizeram por<br />

este país, devemos como<br />

profissionais formados por<br />

universidades e instituições<br />

públicas, defendermos<br />

esse legado, ameaçado<br />

pela ignorância e cria a<br />

banalidade, apartando<br />

a responsabilidade”,<br />

frisou. Ao todo, foram<br />

32 formandos, sendo<br />

30 bacharéis em<br />

Farmácia-Bioquímica<br />

e duas em Engenharia<br />

de Bioprocessos e<br />

Biotecnologia.<br />

Curiosamente, foi neste período de crise que o Savegnago<br />

chegou e hoje em Araraquara possui quatro lojas; o Tonin e<br />

o Atacadão se estabeleceram por aqui, juntando-se ao Extra,<br />

Palomax, Sempre Vale e outros de menor porte que<br />

consolidam nossa economia, tornando-a privilegiada pelo<br />

complexo varejista e atacadista criada no centro do Estado.<br />

A livre concorrência acaba premiando o consumidor com<br />

qualidade e preço.<br />

Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA.COM<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Editor: Suze Timpani<br />

Design: Bete Campos e Érica Menezes<br />

PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Gráfica Silkgraf - (16) 3337 8093<br />

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Atendimento: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

Juramento feito pelos formandos na Unesp<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

por: Ivan Roberto Peroni<br />

A venda do milionário DAAE estaria de fato na<br />

pauta com os chineses? Se ele é lucrativo...<br />

Bastou o prefeito Edinho Silva ser recebido em setembro na Embaixada da República Popular da<br />

China, em Brasília, pelo ministro conselheiro Qu Yuhui, boatos e especulações sobre a venda do<br />

DAAE – Departamento Autônomo de Água e Esgoto aos chineses, foram imediatamente reacesos nas<br />

redes sociais. Só que ele, Edinho, em inúmeras oportunidades disse que a venda do DAAE jamais<br />

acontecerá. Isso contudo ocorreu em meio à saída de dois superintendentes em menos de dois anos,<br />

com explicações que não tiveram tanto convencimento.<br />

É verdade que uma visita à China,<br />

atualmente presidida por Xi Jinping que<br />

tem trabalhado para a construção de<br />

um país socialista moderno, foi o ponto<br />

de partida para o estabelecimento dessa<br />

proximidade. Em 2017, Edinho integrou<br />

uma comitiva de lideranças brasileiras<br />

que visitaram a China. Desde então,<br />

a relação entre os dois lados tem se<br />

fortalecido. Ele tem falado ainda que<br />

manter uma boa relação com a China<br />

hoje, é um fator diferencial.<br />

De fato, resguardadas as proporções,<br />

ambos apresentam ideologias bem<br />

semelhantes: em outubro do ano<br />

passado, Xi Jinping foi eleito secretáriogeral<br />

do Comitê Central do Partido<br />

Comunista da China (PCC) e Edinho já<br />

foi presidente estadual do Partido dos<br />

Trabalhadores e também sua maior<br />

referência em Araraquara. Nunca é<br />

demais lembrar que o PT sempre se<br />

apresentou como um partido socialista,<br />

mas se apressava a explicar que seu<br />

socialismo era sui generis. Era um<br />

socialismo em aberto, “em construção”.<br />

Ainda que exista essa semelhança<br />

ideológica entre ambos, isso não quer<br />

dizer que o DAAE poderá ser vendido<br />

aos chineses. O que tem nos preocupado é o modo com que o DAAE tem<br />

usado seus recursos, em uma dessas ações, adquirir o campo de futebol<br />

do Estrela enquanto inúmeras prioridades se enfileiram para atendimento<br />

das necessidades da população que paga alto custo para garantir água e<br />

esgoto. Problemas com o abastecimento de água têm sido constantes por<br />

causa de equipamentos sucateados, sem contar a lamentável situação da<br />

Estação de Tratamento de Esgoto.<br />

Deixar de revitalizar serviços de abastecimento em detrimento da<br />

aquisição de espaços desnecessários quer nos parecer um erro. Ora, a<br />

transação – prefeitura precisando de dinheiro, vende ao DAAE o Estrela –<br />

mostra uma servidão sem precedentes e se a tabelinha Simioni e Edinho se<br />

repetir, não vamos ficar surpresos se o prédio da CTA também não acabar<br />

nas mãos do DAAE sob o alarde da preservação da história da cidade.<br />

Acreditamos que isso jamais ocorrerá, pois tanto um quanto o outro, são<br />

políticos e administradores de bom senso, dispostos a fazer o melhor para<br />

a cidade. Neste caso, água de qualidade, nenhum corte de abastecimento<br />

provocado por bombas quebradas e uma estação de tratamento de<br />

esgoto que não precise da interferência do Ministério Público, é o que<br />

mais desejamos.<br />

Mas, se o DAAE aplicar incorretamente o dinheiro que entra, não haverá<br />

como cumprir seu papel de autarquia bem sucedida. Aí nem fornecimento<br />

de água, nem tratamento de esgoto. Estaremos vivendo o caos. Neste<br />

ponto há grandes chances de a operação do setor recair sobre empresas<br />

estrangeiras, principalmente chinesas, que têm demonstrado interesse em<br />

adquirir ativos do setor de infraestrutura do Brasil, sobretudo nos setores<br />

de saneamento e energia elétrica. Endividadas e sem capacidade de<br />

investir, essas empresas têm adotado uma nova fórmula para amenizar as<br />

pressões da sociedade pela ampliação do abastecimento: a venda.<br />

7|


Por pelo menos 12 meses os<br />

empresários Vaine Henrique Dias,<br />

Vagner Manoel Dias e Alexandre<br />

José Dias, da Loja Akabamentos, vão<br />

conscientizar a população de que “a<br />

solidariedade é o melhor chão onde<br />

podemos pisar”, através de ação<br />

pioneira que permitirá a doação de<br />

pisos em residências<br />

de pessoas carentes.<br />

REPORTAGEM DE CAPA<br />

AKABAMENTOS<br />

Empresa cria campanha para colocar<br />

pisos em moradias de pessoas carentes<br />

Com intuito social, a loja de<br />

materiais Akabamentos lança<br />

campanha para colocar pisos<br />

nas residências de pessoas<br />

carentes. A iniciativa pioneira,<br />

reflete uma interação com<br />

entidades que atuam na<br />

assistência social e se pauta<br />

ainda pela qualidade de vida<br />

das famílias, colocando a<br />

saúde como ponto de debate<br />

nas questões de higiene.<br />

Após levantamento realizado pela<br />

Akabamentos, uma das mais conceituadas<br />

empresas que atuam na região<br />

com materiais para acabamento<br />

em construções, junto aos Centros<br />

de Referência da Assistência Social<br />

(CRAS) de Araraquara, seus diretores<br />

entenderam que muitas crianças<br />

com problemas respiratórios ou idosos<br />

acamados não dispõem de pisos<br />

em suas casas, dificultando assim a<br />

higienização. “Uma casa com piso<br />

proporciona ganho de vida a essas<br />

pessoas”, diz o sócio-proprietário Alexandre<br />

José Dias, ao lançar essa tão<br />

importante ação social.<br />

De acordo com o regulamento da<br />

campanha que deverá se estender<br />

por pelo menos 12 meses, diz Alexandre,<br />

a Akabamentos pretende contemplar<br />

mensalmente uma média de<br />

três casas; isto significa algo em torno<br />

de 200 a 300 metros quadrados de<br />

pisos, pois segundo o levantamento,<br />

existe uma infinidade de casas na cidade<br />

sem pisos.<br />

Assim, quem comprar nas lojas<br />

Akabamentos, seja na Avenida Luís<br />

Alberto, 838, na Rua Napoleão Selmi<br />

Dei, 197, ou ainda através de sua loja<br />

online, estarão ajudando a empresa<br />

na doação de pisos a quem necessita.<br />

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As lojas Akabamentos<br />

representam as mais<br />

famosas marcas do<br />

mercado brasileiro de<br />

pisos<br />

COMO SERÁ<br />

Qualquer produto vendido na loja<br />

terá um percentual revertido à campanha,<br />

sejam torneiras, metais, louça<br />

ou pisos. O engajamento e o compartilhamento<br />

da ideia da empresa pelas<br />

pessoas também prestarão inestimável<br />

ajuda social.<br />

Esta não é a primeira vez que a<br />

Akabamentos se envolve em movimentos<br />

com esta característica de<br />

solidariedade ao próximo. Todos os<br />

Campanha<br />

também envolve a<br />

comercialização de<br />

acabamentos para<br />

torneiras, metais,<br />

louças ou pisos<br />

anos a empresa doa às instituições<br />

de caridade as pontas de estoque de<br />

pisos. Este ano a instituição contemplada<br />

foi a Casa de Acolhida Sacrário<br />

do Amor, que construía um refeitório<br />

e banheiros, não tendo condições de<br />

comprar pisos. “Soubemos da luta<br />

desta instituição para manter seu<br />

projeto e doamos a ela a ponta de<br />

estoque de pisos”-<br />

comenta o diretor<br />

da empresa com<br />

certa emoção.<br />

Para ele, a solidariedade é o melhor<br />

chão onde podemos pisar, e a<br />

Akabamentos vem contribuindo para<br />

a transformação de uma sociedade<br />

mais justa e igualitária. Há na campanha<br />

também não apenas o sentimento<br />

da necessidade das pessoas,<br />

mas principalmente a oportunidade<br />

que a Akabamentos oferece, de forma<br />

ampla, para que a população possa<br />

participar, cada qual com uma parcela<br />

de colaboração. “Logo seremos<br />

muitos ajudando as pessoas com o<br />

objetivo de tornar o seu mundo menos<br />

dolorido”, conclui.<br />

O Akabamentos Solidário terá um percentual<br />

retirado até mesmo da venda de acabamentos para<br />

piscinas ou hidromassagens e será transformado no<br />

fornecimento de pisos para casas de pessoas carentes<br />

ATENDIMENTO AKABAMENTOS<br />

LOJA 1<br />

Avenida Luís Alberto, 838<br />

Vila Velosa<br />

(16) 3324.9999<br />

LOJA 2<br />

Rua Napoleão Selmi Dei, 197<br />

Vila Velosa<br />

(16) 3461.0100<br />

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COMÉRCIO<br />

Número de empresas varejistas sofre<br />

redução em Araraquara em 2018<br />

Estudo do Sincomercio revela queda de 26,5% no número de estabelecimentos no ano de<br />

2018, em relação a 2017<br />

O Núcleo de Economia do Sincomercio<br />

Araraquara, em levantamento<br />

elaborado a partir de dados do sistema<br />

cadastral da entidade, divulgou<br />

em agosto a quinta edição do<br />

mapeamento do comércio varejista. O<br />

estudo analisa as variações ocorridas<br />

nos principais corredores comerciais<br />

da cidade, além de revisar o nível de<br />

concentração do varejo pelas principais<br />

ruas e avenidas de Araraquara.<br />

Nesta edição, o universo analisado<br />

é de 4.013 empresas do varejo,<br />

sendo que em 2017 esse número<br />

atingia 5.464. Após três anos de<br />

abertura de novos empreendimentos,<br />

com crescimento de 24,2% em 2015,<br />

51,6% em 2016 e 4,5% em 2017, o<br />

ano de 2018 foi o primeiro desta série<br />

histórica a registrar redução no número<br />

total de lojas em funcionamento.<br />

A queda foi de 26,5% em relação a<br />

2017.<br />

RELATÓRIO<br />

Com a crise na economia a região central foi a que mais fechou empresas: a Rua Nove<br />

de Julho por exemplo tinha 303 em 2017; um ano depois caiu para 232 empresas<br />

Por um lado, entre os anos de<br />

2014 e 2017, a própria crise econômica<br />

foi determinante para a elevação<br />

no ritmo de novos estabelecimentos<br />

comerciais, uma vez que muitas pessoas<br />

que perderam seus empregos<br />

encontraram no empreendedorismo<br />

uma forma de assegurar sua fonte de<br />

renda. Porém, grande parte desses<br />

pequenos negócios não possuem o<br />

planejamento e conhecimento adequados<br />

para gestão do negócio, o que<br />

ajuda a explicar o fechamento de cerca<br />

de 1.450 empresas em 2018.<br />

De outra parte, o próprio orçamento<br />

reduzido desse tipo de empreendimento<br />

não permite a sua instalação<br />

na região central e acaba gerando<br />

uma migração para bairros periféricos,<br />

promovendo a expansão desses<br />

corredores comerciais mais distantes<br />

do centro. A despeito de todos os<br />

bairros terem apresentado variação<br />

negativa no período analisado, a região<br />

central fechou mais empreendimentos<br />

em relação às outras regiões.<br />

Para exemplificar, enquanto no centro<br />

houve queda de 26,2% no total de<br />

lojas em funcionamento, a redução<br />

na região da Av. Bento de Abreu e proximidades<br />

foi de apenas 2%.<br />

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Apesar da descentralização que<br />

vem sendo observada desde o início<br />

deste mapeamento, em 2014,<br />

ainda é expressiva a participação da<br />

região central no comércio varejista,<br />

responsável por aproximadamente<br />

21,5% dos 4.013 estabelecimentos<br />

ativos na cidade. Na comparação com<br />

2017, essa participação se manteve<br />

estável, entretanto, ela já foi maior,<br />

chegando a representar 35% do varejo<br />

araraquarense em 2014.<br />

A preferência pelos corredores<br />

centrais está associada, sobretudo,<br />

à ótima infraestrutura já existente<br />

na região, como também ao intenso<br />

fluxo de pessoas que circulam por<br />

esses pontos, ao aumento de exposição<br />

das lojas, ao contato com os<br />

consumidores e às possibilidades de<br />

venda. Contudo, os custos de locação<br />

desses imóveis podem desfavorecer<br />

a instalação de micro e pequenos<br />

empreendimentos. A dificuldade de<br />

estacionamento também tem representado<br />

um entrave para as lojas, já<br />

que os consumidores preferem locais<br />

de mais fácil acesso, e também cada<br />

vez mais optam pela praticidade e<br />

economia de tempo, buscando locais<br />

mais próximos de suas residências.<br />

O que ocorre em Araraquara é<br />

uma tendência que se constata em<br />

diversas cidades do Brasil. O consumidor<br />

está cada vez mais exigente e<br />

a concorrência cada vez maior, fazendo<br />

com que o comerciante precise<br />

utilizar toda sua capacidade para<br />

manter-se no mercado. Dessa forma,<br />

uma aproximação maior ao consumidor,<br />

levando os produtos a locais mais<br />

próximos dele, acaba por contemplar<br />

as necessidades práticas do dia a dia.<br />

O mais importante é lembrar que<br />

todo empreendimento necessita cada<br />

vez mais de planejamento e atenção<br />

às tendências comportamentais do<br />

seu consumidor. A alta mortalidade<br />

dos empreendimentos comerciais em<br />

Araraquara tem íntima relação com a<br />

falta desses atributos. Em busca do<br />

aprimoramento da competitividade<br />

do comércio varejista local, o Sincomercio<br />

Araraquara realizou durante<br />

o primeiro semestre de <strong>2019</strong> o projeto<br />

“Varejo Expert” com objetivo de<br />

trazer mais especialização para os<br />

empresários, gerando melhores oportunidades<br />

e foco no desenvolvimento<br />

econômico e comercial da região.<br />

ASSUSTADOR<br />

Embora o principal corredor comercial,<br />

a Rua Nove de Julho tenha<br />

perdido 23,4% num cenário de 303<br />

estabelecimentos para 232 que possuía<br />

em 2018, é verdade que o maior<br />

baque foi sentido em termos percentuais<br />

na Avenida Brasil: de 13 estabelecimentos<br />

ficou com 6 (-53,8%). O<br />

lado positivo foi a Avenida Pe. Antônio<br />

Cezarino que saltou de 16 empresas<br />

para 28, representando 75%.<br />

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Contabilistas se confraternizam no Quiosque<br />

COMEMORAÇÃO<br />

A PUJANÇA DE UMA CLASSE<br />

Os contabilistas<br />

em dia de festa<br />

Poucas são as associações<br />

de classe que se reúnem<br />

para a promoção do<br />

companheirismo, difundindo<br />

seu serviço e propagando a<br />

importância de se viver em<br />

sociedade, como fazem os<br />

contabilistas.<br />

Profissionais e empresários do setor<br />

contábil de Araraquara representados<br />

por duas entidades - Sincoar e<br />

Aescar, vinculados ainda às atividades<br />

do Sescon e da Jucesp, promoveram<br />

uma festa de confraternização<br />

em setembro para comemorar o Dia<br />

do Contabilista no Quiosque Eventos.<br />

Para o presidente do Sincoar<br />

(Sindicato dos Contabilistas de Araraquara),<br />

Eduardo Bonifácio Martins,<br />

o encontro serviu para promover a interação<br />

da classe, considerada uma<br />

das mais ativas no município e participante<br />

efetiva do processo do nosso<br />

desenvolvimento econômico: “A reunião<br />

festiva é tradição entre os contabilistas,<br />

onde a troca de informações<br />

e relações profissionais se sustentam<br />

na amizade”. Em sua mensagem de<br />

agradecimento aos colegas de classe,<br />

Eduardo ressaltou a importância<br />

deste vínculo e comentou que através<br />

da união é que se torna a instituição<br />

ainda mais forte.<br />

O Sincoar foi criado inicialmente<br />

como Associação Profissional dos<br />

Contabilistas de Araraquara, em 14<br />

de março de 1944; foi transformado<br />

em sindicato em 9 de agosto de<br />

1975, pelo contabilista Celestino Bos-<br />

Eduardo Bonifácio Martins, presidente<br />

do Sincoar em Araraquara<br />

Daniel Stoque Pecin, presidente da<br />

Aescar em nossa cidade<br />

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chiero, com a denominação de Sindicato<br />

dos Contabilistas de Araraquara,<br />

tendo adotado a atual denominação<br />

em 19 de novembro de 1993.<br />

Durante o jantar de confraternização<br />

e seguindo a mesma linha de<br />

raciocínio, o presidente Daniel Stoque<br />

Pecin ressaltou o papel que a<br />

Aescar vem realizando: “É nosso dever<br />

promover a aproximação dos empresários<br />

contábeis de Araraquara e<br />

região”. A Aescar (Associação das Empresas<br />

Contábeis de Araraquara) tem<br />

a finalidade de organizar as empresas<br />

em torno dos seus objetivos, garantindo<br />

juntamente com o Sincoar, vantagens<br />

e benefícios principalmente na<br />

realização de cursos e palestras para<br />

capacitação dos profissionais e debates<br />

sobre a legislação da atividade.<br />

SESCON<br />

O Sescon - Sindicato das Empresas<br />

de Serviços Contábeis e das Empresas<br />

de Assessoramento, Perícias,<br />

Informações e Pesquisas no Estado<br />

de São Paulo, tem laços estreitos com<br />

o setor contábil em Araraquara. Com<br />

o Sincoar e a Aescar, é formado um<br />

pilar que propaga e defende as atividades<br />

e os profissionais de Araraquara<br />

e região num único espaço - que<br />

se tornou a Morada do Contabilista.<br />

Em Araraquara, o Sescon tem<br />

como diretor Wladimir Carlos Bersanetti<br />

Rodrigues que tem alinhada com<br />

seus parceiros a meta de fortalecimento<br />

do setor no interior do Estado.<br />

A sede que congrega os profissionais<br />

- Morada do Contabilista -, oferece<br />

salas amplas, estacionamento<br />

próprio e um auditório moderno, tudo<br />

distribuído em mais de 200 metros,<br />

que visam proporcionar mais comodidade<br />

e segurança, além da ampliação<br />

de produtos e serviços.<br />

JUCESP<br />

A Junta Comercial do Estado de<br />

São Paulo fecha o cenário contábil<br />

da cidade. É a Jucesp que tem uma<br />

série de serviços, um dos quais, abertura<br />

e encerramento das atividades<br />

empresariais. Em Araraquara, está<br />

centralizada sua Regional, tendo à<br />

frente o contabilista Orlando Bonifácio<br />

Martins.<br />

AGRADECIMENTO<br />

Ronaldo Paganini de Oliveira, vicepresidente<br />

do Sincoar, durante as comemorações<br />

do Dia do Contabilista,<br />

agradeceu o apoio que a diretoria tem<br />

recebido dos associados e também<br />

enalteceu o trabalho da diretoria.<br />

“Vivemos com a contabilidade um<br />

período de transformações e é preciso<br />

que estejamos permanentemente<br />

atentos às mudanças. Fazemos<br />

parte de uma classe acima de tudo<br />

respeitada, onde a ética e a respon-<br />

sabilidade assumem uma posição representativa,<br />

nos dando forças para<br />

o enfrentamento das adversidades”,<br />

comentou.<br />

Ao evento também compareceram<br />

o vice-prefeito Damiano Neto, os vereadores<br />

Tenente Santana e Edson<br />

Hel, representantes de sindicatos e<br />

associações contábeis de outras cidades<br />

(Americana, Jaú e Bauru).<br />

Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues,<br />

diretor do Sescon Regional Araraquara<br />

Ronaldo Paganini de Oliveira, vicepresidente<br />

do Sincoar<br />

Salão de eventos do Quiosque recebendo os contabilistas<br />

Banda The Maiores animando o acontecimento<br />

17|


GENTE DA NOSSA TERRA<br />

Orlando Bonifácio Martins,<br />

exemplo para novas gerações<br />

A <strong>RCIA</strong>RARAQUARA começou<br />

em setembro mês que<br />

se comemora o Dia dos<br />

Contabilistas, uma série<br />

de reportagens que visa<br />

homenagear os profissionais<br />

que mais têm se destacado<br />

em nossa história contábil.<br />

Orlando Bonifácio Martins, considerado<br />

um dos nomes mais expressivos<br />

pelos contabilistas de Araraquara<br />

e região, está em atividade há exatos<br />

50 anos, sendo um dos sócios do Escritório<br />

Visão de Contabilidade.<br />

O contador é o profissional que<br />

cuida das questões financeiras, tributárias,<br />

econômicas e patrimoniais de<br />

uma empresa. Em seu cotidiano, lida<br />

com planilhas, demonstrativos de resultados,<br />

contas a pagar e a receber,<br />

guias de impostos e muitos números,<br />

na verdade, uma profissão que exige<br />

muita atenção e responsabilidade.<br />

Para Orlando ou Zague como é<br />

conhecido pela sua convivência com<br />

o futebol amador, formado em contabilidade<br />

em 1969, “o contabilista é<br />

como um padre, tudo que sabe deve<br />

ser guardado a sete chaves”. Tanto é<br />

que hoje é o administrador designado<br />

pelo Sindicato dos Contabilistas e da<br />

Associação das Empresas Contábeis<br />

de Araraquara para administrar a Jucesp<br />

- Junta Comercial do Estado de<br />

São Paulo, em nossa região.<br />

Primeiro, Orlando trabalhou por<br />

cerca de 5 anos visando trazer para<br />

a cidade um posto da Junta Comercial<br />

do Estado de São Paulo. Existia<br />

na época um posicionamento para<br />

formação de base regionais. “Foi um<br />

trabalho árduo, mas hoje já completamos<br />

25 anos, dez anos de posto e<br />

quinze de escritório regional”, comemora<br />

orgulhoso o profissional. Para<br />

ele, na atualidade é menos burocrático<br />

se abrir um escritório e essa é uma<br />

das razões do seu agradecimento à<br />

Prefeitura Municipal, pois ela sempre<br />

forneceu os assessores que foram<br />

pedidos através do convênio firmado<br />

com a Junta”.<br />

Orlando reconhece que a profissão<br />

de contador está avançada em todos<br />

os segmentos: a informática chegou<br />

para revolucionar. E recorda: “no<br />

passado os escritórios em formação<br />

eram chamados de guarda-livros”.<br />

Neste período de 50 anos de<br />

profissão, Orlando passou 20 deles<br />

sendo diretor da Federação dos Contabilistas<br />

do Estado de São Paulo, o<br />

que é outro motivo de orgulho em sua<br />

história. E para ele a experiência pode<br />

sinalizar um conselho para quem<br />

quer entrar no ramo: “É uma profissão<br />

digna, mas não é fácil, tem que<br />

se preparar e estudar muito, estar<br />

atualizado, pois as leis mudam quase<br />

que diariamente. Recebemos dos<br />

clientes tudo aquilo que faz parte da<br />

Orlando Bonifácio Martins, uma vida<br />

voltada para o setor contábil, tem escrito<br />

uma história de amor à profissão,<br />

homenageado pelas maiores entidades<br />

representativas do setor contábil no<br />

Estado de São Paulo: Sescon e CRCSP<br />

vida deles, às vezes até problemas familiares<br />

que deveriam ser resolvidos<br />

inicialmente entre eles, mas chegam<br />

primeiro ao contador e os conselhos<br />

são necessários. “Por isto comparo a<br />

nossa profissão a de um padre, pois<br />

os segredos são sagrados” – diz.<br />

Ele conta que no começo eram em<br />

dois sócios, Laerte Velosa e Orlando<br />

Bonifácio, mas hoje tornou-se um escritório<br />

familiar e ambos trouxeram<br />

seus filhos para trabalhar: Eduardo,<br />

filho de Orlando e João que é filho de<br />

Laerte. “Eu tenho a vivência, o tempo;<br />

os filhos estão na atualidade, às vezes<br />

até penso em parar de trabalhar,<br />

mas a Edna não me deixa ficar em<br />

casa” – dando mostras de que tem<br />

muito a ensinar a quem está chegando<br />

na profissão.<br />

Laerte de Freitas<br />

Velosa e o filho João;<br />

Orlando com o filho<br />

Eduardo, hoje um<br />

escritório bem familiar<br />

Orlando e a esposa<br />

Edna Frajacomo<br />

Bonifácio<br />

comemorando 51<br />

anos de casados<br />

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19|


Primeiro trator Valmet vendido por<br />

Comper a Waldemar Bortolozzo (volante)<br />

em 1971<br />

Homem simples, coração generoso e trabalhador, desde os tempos do Cambuy<br />

LEMBRANÇA<br />

Toninho Comper<br />

Siga em paz, amigo<br />

Antônio Luís Comper, dos anos 70 aos anos 90, tornou-se um<br />

dos mais brilhantes empresários de toda a região. Ligado ao<br />

setor de mecânica e bombas injetoras para veículos, viveu o<br />

auge da pista simples da Rodovia Washington Luís. Mas com<br />

a duplicação da estrada, Toninho Comper deixou o Cambuy<br />

em Matão e veio para Araraquara.<br />

Toninho Comper viu nascer na Avenida<br />

Presidente Vargas pela força do seu<br />

trabalho, a gigante Comper & Cia Ltda<br />

que representava inicialmente a Bosch e<br />

em seguida a Valmet. Na foto, Comper,<br />

o repórter Ivan Roberto Peroni, Luiz<br />

Fernandes (advogado em Matão) e o<br />

empresário Armando Marchesan<br />

A nossa cidade perdeu na manhã<br />

do dia 2 de agosto um dos seus<br />

mais importantes empresários,<br />

Antônio Luís Comper, que por pelo<br />

menos 50 anos liderou o ramo de<br />

serviços técnicos em bombas injetoras,<br />

venda e assistência técnica<br />

em tratores. Toninho Comper, como<br />

era chamado, além de se notabilizar<br />

como mecânico, tornou-se empresário<br />

dos mais bem sucedidos em toda<br />

a região.<br />

Com sua ascensão no mundo<br />

dos negócios, investiu na implantação<br />

de filiais dos tratores Valmet em<br />

várias cidades, como São Carlos,<br />

Jaú e Leçóis Paulistas. Além disso,<br />

focou sua visão empresarial em revendas<br />

de motos Yamaha, na época<br />

disputando o mercado com a Honda.<br />

A chegada da família Comper<br />

em Araraquara se deu em 1967,<br />

quando Toninho deixou a oficina que<br />

tinha na beira da Rodovia Washington<br />

Luís por conta da duplicação<br />

da pista. O movimento era intenso,<br />

porém a duplicação poderia lhe<br />

causar prejuízos e com uma perua<br />

DKV começou a circular pelos lados<br />

do Quitandinha, decidido a montar<br />

uma oficina para caminhões, mas<br />

também revenda de tratores.<br />

Foi na Presidente Vargas, cerca<br />

de 300 metros da Washington<br />

Antônio Luís Comper<br />

casou-se com Maria<br />

Lúcia Pinotti Comper.<br />

O casal teve os filhos:<br />

Antônio Luiz Comper<br />

Filho,<br />

Carlos Humberto,<br />

Marcos José,<br />

Paulo Roberto e Ana<br />

Lúcia. Toninho deixou<br />

13 netos e uma bisneta<br />

Comper falando em evento da Valtra<br />

|20


Luís que dava os primeiros sinais<br />

de duplicação, que ele implantou a<br />

Comper & Cia. Ltda, aproveitando a<br />

circulação de veículos nos dois sentidos<br />

da rodovia. Buscou também<br />

morar próximo da oficina, pelo menos<br />

uns 600 metros.<br />

Por gostar de futebol teve duas<br />

passagens nos meios esportivos:<br />

em 1968, dada a proximidade com<br />

a crônica esportiva, Toninho Comper<br />

foi chamado para jogar no time<br />

de futebol de salão da Rádio Cultura<br />

ao lado de Nildson Leite Amaral,<br />

Rubens Brunetti, Antonio Carlos Rodrigues<br />

dos Santos, Wagner Belline,<br />

Antonio Carlos Araujo e Ivan Roberto<br />

Peroni. Entusiasmado com a proposta<br />

que a Ferroviária lhe fez, Toninho<br />

Comper acabou aceitando ser dire-<br />

Lançamento de<br />

um dos modelos<br />

da Yamaha na<br />

revenda de<br />

propriedade da<br />

Família Comper,<br />

nos anos 80<br />

tor de Futebol Profissional do clube.<br />

Problemas de saúde já no ano<br />

2000 o afastaram da empresa, embora<br />

a convivência com os negócios<br />

fosse quase diária. Figura extremamente<br />

simples se desdobrou, desde<br />

o trabalho de mecânico diuturno no<br />

Cambuy para deixar uma importante<br />

história aos que sempre tiveram<br />

nele um grande amigo e companheiro.<br />

Os seus filhos seguiram com os<br />

negócios desde o seu afastamento<br />

da empresa.<br />

Seu corpo foi velado na noite do<br />

dia 3 no Memorial Fonteri e levado<br />

no dia seguinte, parte da manhã,<br />

para a cidade de Matão, sua terra<br />

natal, onde foi sepultado.<br />

Aos seus familiares os nossos<br />

sentimentos.<br />

O futebol fazia parte do seu lazer: em<br />

Matão atuava no esporte amador como<br />

centro avante ao lado de inesquecíveis<br />

companheiros. Em Araraquara atuou<br />

no time dos cronistas esportivos do RIA<br />

(Rádio Imprensa Araraquara) e no RC 68<br />

da Rádio Cultura<br />

Colaborador de número 21 e também<br />

diretor de futebol, Toninho dedicou parte<br />

da sua vida à Ferroviária<br />

21|


REPASSES DO GOVERNO ESTADUAL<br />

Araraquara já recebeu<br />

mais de R$ 137 milhões<br />

de janeiro a setembro<br />

Junho, de acordo com os índices apresentados<br />

pela Secretaria da Fazenda, foi o mês que<br />

Araraquara menos arrecadou neste ano:<br />

pouco mais de R$ 9 milhões em ICMS<br />

Ainda que exista o entusiasmo do varejista e a perspectiva de<br />

que a economia estará reaquecida, é preciso que a política não<br />

atrapalhe e nem arraste a crise<br />

O governo do Estado de São Paulo<br />

transferiu na terça-feira, 10 de setembro,<br />

R$ 568,81 milhões em repasses<br />

de ICMS para os 645 municípios<br />

paulistas. O depósito feito pela Secretaria<br />

da Fazenda e Planejamento<br />

é referente ao montante arrecadado<br />

no período de 2/9 a 6/9. Os valores<br />

correspondem a 25% da arrecadação<br />

do imposto, que são distribuídos às<br />

administrações municipais com base<br />

na aplicação do Índice de Participação<br />

dos Municípios (IPM) definido<br />

para cada cidade.<br />

Para setembro, a estimativa é<br />

transferir para as prefeituras do Estado<br />

o total de R$ 2,43 bilhões em<br />

repasses de ICMS. Os depósitos<br />

semanais são realizados por meio<br />

da Secretaria da Fazenda e Planejamento<br />

sempre até o segundo dia<br />

útil de cada semana, conforme prevê<br />

a Lei Complementar nº 63, de<br />

11/01/1990.<br />

Neste período de 2 a 6 de setembro<br />

foi depositado na conta do município<br />

o valor de R$ 2.572.889,14.<br />

MOVIMENTAÇÃO <strong>2019</strong><br />

Se janeiro foi o mês em que mais<br />

dinheiro entrou nos cofres da Prefeitura<br />

Municipal de Araraquara, via<br />

Governo do Estado, por conta do IPVA<br />

– R$ 33.457.243,42, podemos dizer<br />

que em junho o repasse geral ficou<br />

em menos que R$ 11 milhões, sendo<br />

o momento mais crítico da nossa<br />

economia neste ano.<br />

Os repasses são feitos com a<br />

arrecadação no município baseada<br />

no Imposto Sobre a Circulação de<br />

Mercadorias (ICMS), Imposto sobre<br />

Propriedades de Veículos Automotores<br />

(IPVA), Fundo de Exportação-IPI<br />

(Imposto sobre Produtos Industrializados)<br />

e a Compensação Financeira<br />

sobre Exploração de Gás, Energia<br />

Elétrica Óleo Bruto, Xisto Betuminoso.<br />

Janeiro e fevereiro são meses favoráveis<br />

ao movimento arrecadatório<br />

em função do IPVA. Por exemplo, em<br />

janeiro o Governo do Estado depositou<br />

nos cofres da Prefeitura Municipal<br />

cerca de R$ 22 milhões só em<br />

IPVA; em agosto não foi mais que R$<br />

1,6 milhão, segundo a Secretaria da<br />

Fazenda. Mas, de janeiro até agosto<br />

foram mais de R$ 45 milhões.<br />

Já com o ICMS tem ocorrido uma<br />

variação muito grande motivada por<br />

algumas circunstâncias, a principal<br />

delas a instabilidade econômica. Há<br />

meses, como fevereiro, maio, junho<br />

e agosto e provavelmente setembro,<br />

que os repasses do imposto sobre a<br />

circulação de mercadorias pouco passam<br />

dos R$ 9 milhões. Em contra-partida,<br />

julho foi o melhor mês do ano<br />

somando R$ mais de R$ 13 milhões.<br />

COMPARAÇÃO<br />

Os valores de ICMS arrecadados<br />

no período de janeiro a setembro de<br />

2018 são praticamente os mesmos<br />

auferidos neste ano: cerca de R$ 92<br />

milhões. Também o IPVA dos dois últimos<br />

anos deve fechar com R$ 49<br />

milhões, o que não é bom sinal. Em<br />

2018, o ICMS fechou em R$ 124 milhões;<br />

até agora os repasses foram da<br />

ordem de R$ 90 milhões, restando R$<br />

34 milhões para ser igual.<br />

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23|


ARTIGO<br />

SEGUNDO TRIMESTRE DE <strong>2019</strong><br />

Demanda por bens duráveis em Araraquara<br />

aquece o ecomerce paulista<br />

Aceleração das vendas em junho alavanca o faturamento trimestral do varejo online<br />

Texto: João Delarissa<br />

Núcleo de Economia<br />

Sincomercio Araraquara<br />

O comércio eletrônico<br />

em Araraquara encerra o<br />

segundo trimestre do ano<br />

com 274.137 transações<br />

e um dispêndio médio por<br />

transação de R$ 415,42<br />

As vendas do comércio eletrônico<br />

na região de Araraquara<br />

registraram alta de 5,3% no segundo<br />

trimestre de <strong>2019</strong> – em<br />

relação ao mesmo período do ano<br />

anterior –, atingindo faturamento<br />

real de R$ 114 milhões. Já em<br />

comparação ao primeiro trimestre<br />

do ano, houve decréscimo de 6%.<br />

Com este resultado, o faturamento<br />

real do e-commerce acumula<br />

alta de 2,2% de janeiro a junho<br />

de <strong>2019</strong>.<br />

O levantamento do Núcleo de<br />

Economia do Sincomercio Araraquara<br />

foi elaborado a partir de<br />

dados da Pesquisa Conjuntural<br />

Sapatos, sandálias, bolsas - são bens duráveis<br />

do Comércio Eletrônico (PCCE),<br />

realizada pela FecomercioSP em<br />

parceria com a Ebit/Nielsen. O<br />

estudo acompanha, de forma sistemática,<br />

o comportamento das<br />

vendas efetuadas pela internet<br />

em todas as 16 regiões do Estado<br />

de São Paulo, incluindo o município<br />

de Araraquara, e apura o faturamento<br />

do comércio eletrônico<br />

paulista.<br />

BENS DURÁVEIS AQUECEM<br />

O E-COMMERCE LOCAL<br />

Avaliando o desempenho do<br />

varejo online durante o mês de junho,<br />

Araraquara se destaca como<br />

a cidade com maior ticket médio,<br />

tanto na compra de produtos em<br />

geral, alcançando a faixa dos R$<br />

466,26 por pedido, como na segmentação<br />

por bens de consumo<br />

duráveis, com valor médio de R$<br />

915,25.<br />

O cenário se mantém positivo<br />

se observado no período que vai de<br />

abril a junho de <strong>2019</strong>, quando o município<br />

registrou acréscimo de 5,3%<br />

em seu faturamento real, no contraponto<br />

com o mesmo período de<br />

2018. Em abril foram feitos 90.985<br />

pedidos, com ticket médio de R$<br />

395,61. Já em maio, a quantidade<br />

de pedidos passou para 97.190 e<br />

um gasto médio menor por transação:<br />

R$ 388,98. Em junho, os pedidos<br />

totalizaram 85.962, com ticket<br />

médio de R$ 466,26. Com isso, o<br />

comércio eletrônico em Araraquara<br />

encerra o segundo trimestre do<br />

ano com 274.137 transações e um<br />

dispêndio médio por transação de<br />

R$ 415,42.<br />

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E-commerce - Ticket médio (2° trimestre de <strong>2019</strong>)<br />

No que se refere à comercialização<br />

de bens duráveis, Araraquara<br />

se destacou, durante o segundo<br />

trimestre de <strong>2019</strong>, registrando o<br />

maior ticket médio dentre as 16<br />

regiões analisadas: R$ 801,66.<br />

O valor é R$ 195,90 maior que<br />

a média observada para o Estado<br />

de São Paulo, que encerrou o<br />

período em R$ 605,76.<br />

Por outro lado, o número de pedidos<br />

alcançado no município durante<br />

o mesmo período é o quarto<br />

menor das 16 regiões analisadas<br />

– 274.137 –, fato que reflete a<br />

maior demanda do público araraquarense<br />

por bens de consumo<br />

duráveis, como automóveis, eletrodomésticos,<br />

eletrônicos, artigos<br />

de construção e decoração,<br />

ferramentas, entre outros, que<br />

apresentam valor final superior às<br />

categorias de bens semiduráveis<br />

e não duráveis.<br />

A proporção do faturamento<br />

real do e-commerce frente ao<br />

varejo total, em Araraquara, foi<br />

de 2,3% no segundo trimestre<br />

do ano, totalizando R$ 113,9 milhões.<br />

As vendas do varejo físico,<br />

por sua vez, totalizaram R$ 5,04<br />

bilhões.<br />

Máquina de lavar, um<br />

bem semi-durável<br />

Fonte: FecomercioSP. Elaboração: Sincomercio Araraquara<br />

CONCLUSÕES<br />

Os dados apresentados pela<br />

Pesquisa Conjuntural do Comércio<br />

Eletrônico (PCCE) retratam<br />

o desempenho mais forte do e-<br />

commerce do que o observado<br />

no varejo físico, corroborando a<br />

inegável expressividade que este<br />

segmento vem assumindo no âmbito<br />

do varejo brasileiro em geral,<br />

e paulista, em específico.<br />

Parte do impulsionamento do<br />

varejo online pode ser atribuída<br />

às plataformas de marketplaces.<br />

Com isso, os varejistas de grande<br />

porte ofertam também produtos<br />

de empresas menores, garantindo<br />

ao consumidor ampla variedade<br />

de produtos e informação sobre<br />

preços.<br />

Por outro lado, é importante<br />

ressaltar que este segundo trimestre<br />

conta com uma base de<br />

comparação fraca em relação a<br />

2018, visto que o período abrange<br />

a paralisação dos caminhoneiros,<br />

ocorrida entre maio e junho daquele<br />

ano. Com este importante<br />

segmento parado, muitos consumidores<br />

adotaram uma postura<br />

mais cautelosa em relação ao seu<br />

consumo, impactando negativamente<br />

o volume de comercialização<br />

do varejo online. O ocorrido,<br />

por sua vez, demonstra a crescente<br />

necessidade de investimento<br />

na infraestrutura do comércio<br />

eletrônico, sendo este um ponto<br />

decisivo para garantir a continuidade<br />

da expansão do e-commerce<br />

nacional.<br />

Serviço:<br />

Sindicato do Comércio Varejista de<br />

Araraquara (Sincomercio)<br />

Avenida São Paulo, 660 – Centro<br />

Contato: (16) 3334-7070<br />

economia@sincomercioararaquara.com.br<br />

www.sincomercioararaquara.com.br<br />

25|


CAMINHADA DO SERVIDOR PÚBLICO ASPA ROTA SESI DE VIDA SAUDÁVEL<br />

Em dia de festa, ASPA mais forte e<br />

mais próxima do servidor público<br />

Convênio assinado pela Associação dos Servidores Públicos<br />

de Araraquara abrangendo também a região, permite que<br />

seu associado passe a usufruir do complexo Sesi, um dos<br />

maiores do interior paulista. O acordo foi comemorado com<br />

o encontro da categoria e uma caminhada, fortalecendo<br />

ainda mais a ASPA.<br />

Mais de duas centenas de<br />

pessoas, a maior parte formada<br />

por servidores públicos em suas<br />

três categorias – federais, estaduais<br />

e municipais -, participaram<br />

de caminhada na região do Sesi<br />

em Araraquara em setembro,<br />

realizada pela ASPA e organizada<br />

através do projeto Rota Sesi<br />

de Vida Saudável. O programa foi<br />

viabilizado por um grupo de apoiadores<br />

– Unimed, Sicredi, Monobloco<br />

Auto Center, Drogaven, Classe<br />

A Viagens e Prefeitura de Araraquara<br />

-, por intermédio da sua<br />

Secretaria Municipal de Esportes.<br />

O evento serviu para que a<br />

ASPA viabilizasse com o Sesi<br />

um convênio que dá o acesso<br />

dos seus associados aos benefícios<br />

que a entidade oferece em<br />

seu complexo social, esportivo,<br />

recreativo e cultural. Para isso,<br />

pagando pequena mensalidade,<br />

os sócios da ASPA poderão<br />

frequentar as dependências do<br />

Valéria comanda o aquecimento<br />

Servidor Público, seja sócio<br />

da ASPA e frequente o Sesi,<br />

pagando pequena taxa.<br />

Informações (16) 3322 9990<br />

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Sesi, acordo muito comemorado<br />

por oferecer inesgotável fonte<br />

de lazer aos servidores públicos.<br />

ABERTO PARA TODOS<br />

Como parte do Encontro e<br />

Caminhada dos Servidores Públicos,<br />

os parceiros integrantes<br />

do projeto instalaram estandes<br />

para apresentar produtos<br />

e serviços; além disso, no encerramento<br />

das atividades foi<br />

promovido sorteio de brindes<br />

como forma de dar boas-vindas<br />

aos associados da entidade.<br />

Foi o que comentou o diretor<br />

do Sesi, Alexandre Minghin, ao<br />

saudar os servidores públicos:<br />

“Estamos de portas abertas para<br />

receber todos que fazem parte da<br />

ASPA. Sabemos das dificuldades<br />

que cada instituição encontra,<br />

mas nossa parceria é para oferecer<br />

benefícios aos associados,<br />

contribuindo no fortalecimento<br />

da entidade”. Segundo Minghin,<br />

“isso vem ao encontro do que o<br />

Sesi pretende mostrar para Araraquara,<br />

de que o Sesi não está<br />

aberto apenas para a indústria,<br />

o Sesi está aberto para toda a<br />

comunidade. Assim, completou<br />

o diretor, o Sesi está aberto para<br />

todos e seu objetivo é deixar este<br />

espaço (referindo-se às instalações)<br />

para que todos possam<br />

frequentar e participar com suas<br />

famílias das nossas atividades.<br />

INTERAÇÃO<br />

O vice-presidente da ASPA,<br />

Paulo Dimas Cézar falando em<br />

nome da diretoria, agradeceu ao<br />

Sesi pela parceria e aos apoiadores<br />

da caminhada de quase 4 km;<br />

assegurou que outras promoções<br />

deverão ocorrer pois é uma forma<br />

de integrar os servidores públicos<br />

da cidade e região: “O objetivo<br />

com o convênio é permitir que os<br />

nossos associados tenham mais<br />

lazer, mais qualidade de vida, que<br />

desfrutem de um local como este,<br />

porém para que isso acontecesse,<br />

tivemos que promover alterações<br />

nos estatutos da associação e<br />

passamos a atender não apenas<br />

os servidores públicos, mas também<br />

aqueles que atuam como comissionados<br />

ou em autarquias”.<br />

O presidente Adilson Custódio<br />

lembrou durante o evento que a<br />

ASPA tem criado uma estrutura<br />

que oferece vantagens e benefícios<br />

aos servidores. Ele ressalta<br />

que a colaboração da diretoria e<br />

o empenho da sua equipe de profissionais<br />

têm sido fundamental.<br />

Para ele, presidir uma associação<br />

com 57 anos de vida é motivo de<br />

orgulho, garantindo a representatividade<br />

da associação: “Hoje<br />

somos uma instituição admirada,<br />

respeitada e reconhecidamente<br />

forte pelo que oferece aos servidores<br />

públicos. Os benefícios envolvem<br />

vantagens que garantem<br />

qualidade de vida à categoria e<br />

este é o nosso objetivo – mostrar<br />

à categoria que estamos trabalhando<br />

para representar o servidor<br />

público federal , estadual e municipal<br />

da melhor maneira possível”.<br />

À esquerda o estande<br />

da Classe A Turismo<br />

recebendo os diretores<br />

da ASPA, Sesi e o<br />

representante do prefeito<br />

Edinho, Ari Pavan<br />

Alexandre Volpe (centro),<br />

da secretaria de Esportes;<br />

Valéria Pipoli e Alexandre<br />

José da Silva, do Sesi<br />

Estande da Unimed<br />

Estande da Drogaven<br />

Estande da Sicredi<br />

Estande Monobloco<br />

Estande da ASPA<br />

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Longe dos seus anos dourados, a Maringá se transformou em uma usina fantasma<br />

USINA MARINGÁ<br />

Uma história de promessas, dívidas e golpes<br />

sobre os fornecedores de cana<br />

Seis anos após paralisar as atividades da<br />

Usina Maringá em Araraquara, o empresário<br />

Nelson Afif Cury é obrigado a conviver com o<br />

sentimento de dor dos fornecedores que lhe<br />

entregaram a cana e não receberam.<br />

Alguns guardam como pagamento o simbolismo<br />

de cheques sem fundos; outros já morreram<br />

num longo caminho de seis ou sete anos,<br />

levando na bagagem o suor do trabalho e a<br />

perversidade da lei que sustenta os poderosos.<br />

Nesta edição, o advogado Pedro Vinha Júnior<br />

que representa cerca de 30 agricultores em<br />

um universo de R$ 15 milhões que lhes são<br />

devidos, narra o desespero desta gente simples,<br />

de quem o usineiro teria se aproveitado, até<br />

mesmo da baixa escolaridade e inocência por<br />

serem homens simples do campo, recebendo<br />

cana plantada, colhida, e sem lhes pagar,<br />

encontrando para isso brechas na justiça e<br />

se livrando de penalidades. Há casos em que<br />

famílias tiveram que mudar o rumo dos seus<br />

negócios para sobreviverem.<br />

A realidade vista nesta reportagem especial<br />

mostra, infelizmente, que ainda vemos o Brasil<br />

como um país que se destaca por inversão de<br />

valores, preconceitos e direitos que são postos<br />

em prática para sustentar privilégios de quem<br />

dispõe de recursos e encontra o amparo da<br />

lei. Os rastros do empresário de acordo com o<br />

Escavador Brasil, somam centenas de processos.<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

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O agricultor Aparecido<br />

Timpani faleceu e não<br />

recebeu cerca de R$ 200<br />

mil da cana retirada pela<br />

usina em sua propriedade.<br />

A família ainda discute na<br />

Justiça o que tem de receber<br />

do dono da usina.<br />

De propriedade de Nelson Afif<br />

Cury, a Usina Maringá por muitos<br />

anos atuou na fabricação de álcool<br />

e açúcar na região de Araraquara. A<br />

empresa, segundo o advogado dos<br />

fornecedores Pedro Vinha Filho, encontra-se<br />

com suas atividades paralisadas<br />

desde 2013 deixando débitos<br />

de toda natureza pendentes de pagamentos.<br />

Cury, além das dívidas, tem<br />

deixado um caminho de tristeza em<br />

muitas propriedades que não conseguiram<br />

sobreviver pelo não pagamento<br />

das safras de cana-de-açúcar que<br />

foram trabalhadas com dedicação por<br />

famílias de pequenos produtores, por<br />

pelo menos dois anos. Só com Pedro<br />

Vinhas, seu advogado, os fornecedores<br />

aguardam receber mais de R$ 15<br />

milhões.<br />

Os produtores no período entre<br />

2011 e 2013, firmaram contratos<br />

com a Usina Maringá, em que se<br />

comprometiam vender sua produção<br />

de cana-de-açúcar ou arrendar suas<br />

terras em troca de valores variáveis.<br />

Na época, a usina teria se aproveitado<br />

da confiança pela qual produtores,<br />

homens simples do campo,<br />

entregaram toda produção sem que<br />

ela cumprisse com suas obrigações,<br />

isto é, tudo que foi produzido pelos<br />

plantadores acabou sendo utilizado<br />

pela usina sem o devido pagamento.<br />

A dívida da Usina Maringá com todos<br />

os credores segundo<br />

estimativas, atingiria num<br />

primeiro momento um valor<br />

altamente expressivo.<br />

Só o escritório de advocacia<br />

Vinha e Vinha que<br />

representa mais de 30<br />

destes fornecedores, afirma<br />

que a dívida reconhecida de seus<br />

clientes, passaria dos R$ 15 milhões.<br />

Em 2014 uma ação movida pelo<br />

Ministério Público do Trabalho (MPT),<br />

visava pagamento de funcionários<br />

que ficaram durante meses sem receber.<br />

Segundo o órgão, a empresa<br />

além de não ter pagado os salários<br />

dos trabalhadores, entregou a eles<br />

cheques sem fundos. A usina foi condenada<br />

por essa prática em outra<br />

ação movida pelo MP. Na ocasião, o<br />

procurador Rafael de Araújo Gomes<br />

afirmou que “o esquema societário<br />

do grupo responsável pela usina e<br />

a forma como ele é conduzido cumprem<br />

com a utilidade de permitir a<br />

blindagem patrimonial da família de<br />

Valendo-se da baixa escolaridade e inocência da parte<br />

autora, homem simples do campo, a empresa requerida<br />

recebeu toda a produção dos requerentes sem que<br />

adimplisse com suas obrigações, isto é, tudo que foi<br />

produzido pelo produtor rural fora consumido pela usina<br />

sem o devido pagamento.<br />

Nelson Afif Cury, proprietária da Usina<br />

Maringá”.<br />

Na época a usina alegava em síntese<br />

passar por dificuldades financei-<br />

João Floriano, pequeno<br />

produtor, entregou sua<br />

cana a Cury e não recebeu.<br />

Diz que só não passou<br />

fome porque gastou suas<br />

economias até se recompor<br />

na lavoura<br />

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Cheque sem fundos<br />

para pagamento ao<br />

fornecedor Serafim<br />

de Freitas Caires<br />

em 2013. Seis anos<br />

depois o agricultor<br />

está acamado e com<br />

problemas de saúde,<br />

consequências de uma<br />

queda quando quebrou<br />

o fêmur. O cheque em<br />

questão foi dado pela<br />

Farm Indústria e Agro<br />

Pecuária que faz parte<br />

do Grupo Diné que<br />

pertence a Nelson Cury.<br />

ras decorrentes de políticas públicas<br />

do setor e teria se valido de um modelo<br />

de justiça no Brasil que ainda<br />

cria inúmeras brechas para devedores,<br />

em especial com a abertura de<br />

empresas de fachadas para esconder<br />

o patrimônio.<br />

Segundo apurado, Cury estaria<br />

vivendo em Ribeirão Preto, em bairro<br />

nobre, sem alterar seu padrão de<br />

vida, seguindo muito bem financeiramente,<br />

enquanto fornecedores como<br />

Romualdo Luiz Vanalli Polez espera<br />

receber cerca de R$ 2,5 milhões por<br />

duas safras entregues na Maringá<br />

(2012/2013). Romualdo diz que conseguiu<br />

sobreviver ao baque financeiro<br />

vendendo suas criações, implementos<br />

agrícolas e ainda fazendo financiamentos<br />

de crédito rural e que até<br />

hoje não conseguiu sanar suas dívidas.<br />

Ele tem consigo os cheques sem<br />

fundos dados pela usina na tentativa<br />

de ludibriá-lo.<br />

MORRE O FORNEC<strong>ED</strong>OR<br />

João Floriano é um dos pequenos<br />

produtores que afirma que só não<br />

passou fome, porque gastou todas<br />

suas reservas financeiras: “Como<br />

sobreviver se não te pagam o trabalho<br />

de um ano inteiro? Foram anos<br />

muito difíceis, onde até hoje estamos<br />

tentando nos recuperar” – afirma o<br />

fornecedor que também guarda uma<br />

série de cheques sem fundos recebidos<br />

da Maringá. Ele espera receber<br />

ainda cerca de R$ 50 mil.<br />

Segundo fontes ligadas ao setor<br />

canavieiro, um fornecedor que também<br />

não recebeu por sua safra, adoeceu<br />

diante das dívidas que batiam à<br />

sua porta e que sua esposa teve que<br />

abandonar o sítio e arrumar emprego<br />

na cidade como faxineira para assim<br />

tentar pagar algumas contas e colocar<br />

comida na mesa. Ele morreu sem<br />

receber, segundo essas fontes.<br />

Também um caso que chamou<br />

Dor e sofrimento batem<br />

à porta de Serafim que<br />

após atravessar o tempo<br />

trabalhando, se vê postado<br />

em uma cama sem que a<br />

Justiça possa lhe amparar<br />

a atenção até mesmo de outros fornecedores<br />

é o de Serafim de Freitas<br />

Caires, hoje com 93 anos e acamado.<br />

Em 2013 ele caiu e quebrou o fêmur,<br />

necessitando de cirurgia e cuidados<br />

especiais; ele também não recebeu<br />

sua safra naquele ano, tornando a<br />

sua situação ainda mais difícil. Aposentado<br />

e recebendo apenas um salário<br />

mínimo, não dava sequer para<br />

pagar o plano de saúde. Sua única<br />

filha Amélia Caires Ribeiro, 75 anos,<br />

disse à reportagem que não conseguia<br />

pagar uma cuidadora, pois o<br />

dinheiro não dava e o que recebiam<br />

eram apenas cheques sem fundos.<br />

Sem dinheiro e tendo que cuidar do<br />

pai não conseguia trabalhar e nem<br />

cuidar de seu sítio para a próxima<br />

safra. Ainda hoje ela faz tratamento<br />

para a cura de síndrome do pânico e<br />

também para a distensão nos dois<br />

braços que adquiriu devido ao peso<br />

dos cuidados com o pai.<br />

Em 2016, morreu o fornecedor<br />

Aparecido Timpani deixando para<br />

seus familiares a missão de receber<br />

cerca de R$ 200 mil referente à safra<br />

de 2013 que a Maringá teria usurpado.<br />

Sua esposa Eva Timpani conta<br />

que na época, cada vez que Aparecido<br />

ia até a usina para tentar receber,<br />

voltava com cheques que nunca<br />

foram pagos. “Tempos difíceis, fazíamos<br />

o máximo em economia, afinal<br />

ainda tínhamos que comprar mudas,<br />

fertilizantes, preparar a terra para a<br />

próxima safra, sem termos recebido<br />

nada do ano anterior”- lembra.<br />

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Argumenta também que um suposto<br />

amigo do filho de Cury procurou<br />

por sua filha afirmando que eles<br />

não receberiam porque não davam<br />

problemas, “os fornecedores não<br />

procuram a Justiça, daí ele não tem<br />

porque pagar”- afirmava. Então ofereceu<br />

seus préstimos em intermediar o<br />

recebimento dos cheques mediante<br />

pagamento a ele de 20% do total da<br />

dívida. “Achamos melhor não entregarmos<br />

os cheques a ele, mesmo depois<br />

de apurarmos que ele frequentava<br />

a casa dos Cury; confiamos que a<br />

Justiça cumprirá o seu papel de nos<br />

devolver o que eles nos tomaram”-<br />

afirmou ela.<br />

Na época da bancarrota, Luiz Eugênio<br />

Ferro Arnone (Geninho), era<br />

presidente da Canasol e disse em entrevista<br />

veiculada em 2014 no jornal<br />

O Imparcial, que fez tudo o que podia<br />

para tentar amenizar a situação dos<br />

fornecedores, mas em vão. Ele mesmo<br />

entregou sua cana para a Usina<br />

Maringá e segundo consta, até hoje<br />

também não recebeu o acordado.<br />

EGIDIO MESTIERI<br />

Egidio Antonio Mestieri, de 73<br />

anos, já não faz mais ideia de quanto<br />

tem para receber da safra de 2012<br />

que entregou e não recebeu; ele guarda<br />

um cheque referente a uma parcela<br />

no valor de R$ 10 mil que foi devolvido<br />

pelo banco por falta de fundos.<br />

Além de não receber a safra anterior,<br />

Egidio mantinha um contrato com a<br />

Usina Maringá, que deveria colher<br />

sua cana em 2013, mas como não<br />

recebia, não colhia e também não liberava<br />

para que ele entregasse para<br />

outra usina. Assim, precisou entrar<br />

na justiça para que pudesse entregar<br />

para outra usina sua safra 2013. A<br />

justiça demorou para dar o veredicto<br />

e quando saiu a safra já havia terminado.<br />

Egidio amargou mais um ano<br />

sem receber.<br />

“Em 2012 eu gastei combustível,<br />

herbicida, maquinário e não recebi<br />

nada. A esposa Luisa Mestieri diz que<br />

a família usou toda a reserva que tinha<br />

guardado durante anos, então<br />

ela e o marido fizeram uma horta para<br />

vender verduras e o que pudessem<br />

produzir. “Foi muito difícil, principalmente<br />

porque tínhamos que pagar o<br />

financiamento de um trator, que só<br />

conseguimos, porque usamos o dinheiro<br />

da aposentadoria” – diz Luisa<br />

que ainda espera ser ressarcida.<br />

NOTA DA MARINGÁ<br />

O agricultor<br />

Egidio Mestieri<br />

com a esposa<br />

Luisa passaram<br />

momentos<br />

dificeis<br />

provocados<br />

pelo empresário<br />

Nelson Afif Cury<br />

Filho e sete anos<br />

depois, tentam<br />

se reerguer<br />

financeiramente<br />

Questionados sobre as pendências<br />

financeiras com os fornecedores<br />

de cana, representados pelo advogado<br />

Pedro Vinha Filho, o empresário<br />

Nelson Afif Cury Filho e a Usina Maringá,<br />

limitaram-se a expedir uma nota<br />

dizendo:<br />

A Usina Maringá não tem deixado<br />

de cumprir com seus compromissos<br />

frente aos débitos e credores existentes.<br />

Várias demandas têm sido objeto<br />

de acordo e o pagamento vem sendo<br />

feito de forma parcelada, dentro<br />

das condições que a empresa hoje<br />

se encontra.<br />

A Usina Maringá sofreu um grande<br />

revés econômico quando foi objeto<br />

de forte e desmedida pressão<br />

de sindicatos e de mobilização do<br />

Ministério Público. Este, por meio de<br />

uma ação que julgamos muito dura,<br />

penhorou e tornou indisponíveis bens<br />

da empresa, além de cana-de-açúcar<br />

da usina e de áreas arrendadas de<br />

terceiros para o pagamento de dívidas<br />

trabalhistas.<br />

Esta atitude retirou dos responsáveis<br />

pela Usina Maringá qualquer<br />

capacidade de resolver pendências<br />

econômicas, bem como de manter<br />

ativa a própria estrutura industrial, de<br />

moagem e geração de seus produtos<br />

energéticos, culminando com o fim de<br />

tais operações no ano de 2014.<br />

Apesar de toda esta situação,<br />

a Usina Maringá vem cumprindo a<br />

contento suas obrigações – cerca de<br />

95% das demandas trabalhistas existentes<br />

foram saldadas e finalizadas.<br />

O advogado Pedro Vinha<br />

Filho vem defendendo os<br />

fornecedores de cana que<br />

se sentiram lesados pelo<br />

empresário Nelson Afif Cury.<br />

Para ele, os problemas da<br />

Usina são reconhecidos por<br />

todos, mas no entanto, não<br />

se observa prioridade aos<br />

produtores rurais, uma vez<br />

que já houve pagamento<br />

para cooperativas de créditos,<br />

bancos, etc, sem que houvesse<br />

nenhum pagamento aos<br />

fornecedores<br />

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Na sequência, conforme planejamento<br />

que é de conhecimento inclusive<br />

do Poder Público, os credores deverão<br />

começar a ser chamados para<br />

os acordos possíveis.<br />

A Usina Maringá pactua da situação<br />

dos antigos fornecedores e quer<br />

resolver todas estas questões o mais<br />

breve possível. Não gostaríamos de<br />

estar vivenciando isso. Não fugimos<br />

de nossas responsabilidades. Estamos<br />

fazendo todo o esforço possível<br />

para equacionar estas pendências,<br />

pois temos ainda o sonho de retomar<br />

a operação da Usina Maringá.<br />

CONTRAPONTO<br />

A Revista Comércio, Indústria e<br />

Agronegócio, ouviu também a Canasol,<br />

entidade que defende os interesses<br />

da classe canavieira na região<br />

de Araraquara. Seu presidente Luís<br />

Henrique Scabello de Oliveira, que<br />

também possui créditos ainda não<br />

recebidos da Usina Maringá, afirmou<br />

que além da falta de pagamento, a<br />

paralização das atividades da usina<br />

deixou muitos fornecedores de cana<br />

sem opção de entrega de suas safras.<br />

“Quando assumimos a Canasol no<br />

início de 2015, havia cerca de 150<br />

mil toneladas de cana de pequenos<br />

produtores sem usina para moer.<br />

Contudo, rapidamente, procuramos<br />

as demais usinas que se cotizaram e<br />

acabaram absorvendo o excedente.”<br />

Segundo o presidente da Canasol,<br />

o empresário Nelson Cury fez diversas<br />

ingerências para que os fornecedores<br />

formassem uma Cooperativa<br />

para assumir a usina, entretanto, à<br />

aquela altura a situação da empresa<br />

era precaríssima, o que inviabilizaria<br />

qualquer iniciativa. “Não adianta a<br />

Usina Maringá argumentar que sofreu<br />

grande revés econômico. As ações do<br />

Ministério Público e dos Sindicatos<br />

foram posteriores à entrega das canas<br />

pelos fornecedores, de qualquer<br />

forma, isso não isenta a responsabilidade<br />

de uma usina que moeu a<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira,<br />

presidente da Canasol<br />

nossa produção, transformou-a em<br />

açúcar e álcool, vendeu a produção,<br />

recebeu pela venda, mas não pagou<br />

pela cana.”<br />

Apesar disso, Luís Henrique mostra-se<br />

confiante na Justiça, pois o<br />

empresário Nelson Cury possui propriedades<br />

e direitos que poderão ser<br />

usados para garantir o pagamento<br />

das dívidas deixadas pela Usina Maringá.<br />

33|


<strong>ED</strong>IÇÃO N° 1 DO PATO DONALD - JULHO 1950<br />

O colecionador mostra uma das peças que guarda com muito carinho<br />

GENTE DE NOSSA TERRA<br />

MOISÉS LUCENA<br />

De volta ao mundo<br />

colorido da infância<br />

Araraquarense, Moisés Lucena, gerente geral da Record News<br />

de Araraquara, com 42 anos, ainda conserva um olhar de<br />

criança diante da sua coleção de gibis da Marvel, especiais<br />

da Disney e obras de Maurício de Souza sem contar os<br />

personagens em miniatura que fazem parte da decoração de<br />

sua sala na emissora.<br />

Zé Carioca é o apelido do<br />

papagaio José Carioca. É um<br />

personagem fictício desenvolvido<br />

no começo da década de 1940<br />

pelos estúdios Walt Disney. Ele é<br />

retratado como o típico malandro<br />

carioca, sempre escapando dos<br />

problemas com o “jeitinho”<br />

característico<br />

Moisés começou sua coleção aos<br />

sete anos, com gibis da Disney e no<br />

final de 1987 comprou seu primeiro<br />

gibi da Marvel; até hoje não mais parou<br />

de comprar. Ele diz também que<br />

a última vez que contou a coleção,<br />

15 anos atrás, tinha mais de cinco<br />

mil exemplares. Lembra que quando<br />

seu filho Henrique nasceu, deu muitos<br />

exemplares, pois precisava de espaço<br />

para montar o quarto do bebê.<br />

Em sua mesa de trabalho no dia<br />

da entrevista havia uma nova edição<br />

de Conan – O Bárbaro, que ele disse<br />

que sua esposa Estela Costa de Lucena<br />

o mataria quando soubesse que<br />

tinha começado outra coleção.<br />

Anteriormente tinha um quarto só<br />

para suas coleções em casa. Brincando,<br />

comenta que a esposa Estela é<br />

uma santa por aguentar suas manias<br />

de colecionador, “ela acha que é muito<br />

dinheiro jogado fora, mas sempre<br />

que está em algum lugar e vê um gibi<br />

ou um personagem em miniatura diferente,<br />

me liga para perguntar se<br />

quero que ela compre, por fim acaba<br />

me ajudando”- sorri.<br />

Em miniaturas da Marvel, Lucena<br />

tem 150 peças de ferro, outras 30 das<br />

maiores que segundo ele são as mais<br />

caras. Além do valor financeiro, essas<br />

miniaturas guardam um sentimento<br />

ainda maior para quem coleciona. A<br />

mais barata custa em torno de R$ 70<br />

reais, algumas numeradas vão de R$<br />

400 a R$ 1.000 reais. “Hoje essas<br />

peças se transformaram em obra de<br />

arte, gostaria muito de me presentear<br />

com a do Wolverine enfrentando o Fanático<br />

na escadaria, mas esta custa<br />

em torno de R$ 12 mil, por enquanto<br />

ainda não da” – afirma com olhar de<br />

quem logo comprará.<br />

No aparador de sua sala um Baby<br />

Groot tem lugar especial. Ganhou de<br />

um amigo do futebol que conhece a<br />

adoração de Moisés Lucena pelos<br />

personagens da Marvel. Em síntese<br />

quando o primeiro Guardiões da Galáxia<br />

foi lançado, os fãs se apaixona-<br />

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am pelos personagens da equipe,<br />

contudo, um deles ganhou um lugar<br />

especial no coração de todos: Groot.<br />

No final do filme, a adorável árvore<br />

gigante morre, mas um de seus galhos<br />

é plantado e eis que então nasce<br />

Baby Groot, um personagem adorável<br />

até para quem não coleciona.<br />

Henrique, filho de Moisés e Estela,<br />

aos dois anos já conhecia os personagens<br />

da coleção e hoje aos quatro<br />

anos, se interessa pela história de<br />

cada um deles. O pai conta orgulhoso<br />

que o garoto sempre quer que ele<br />

narre a história de cada um, tendo<br />

preferência pelos menos famosos.<br />

Ao certo o fruto não cai longe do<br />

pé e o garoto já começou a colecionar<br />

Ben 10, que se trata de um garoto<br />

de 10 anos de idade que descobre<br />

um dispositivo mágico que pode<br />

transformá-lo em 10 heróis alienígenas<br />

diferentes, cada um com habilidades<br />

únicas. Com esses poderes, o<br />

menino ajuda as pessoas e combate<br />

malfeitores.<br />

Diz também que sua filha Giovanna,<br />

hoje com 15 anos, nunca quis<br />

colecionar nada, muito embora ele tenha<br />

tentado, então está se divertindo<br />

com o filho menor que tem também a<br />

mesma paixão do pai.<br />

Sua imensa coleção a sete chaves<br />

Moises ressalta que o valor que<br />

tem sua coleção é inestimável, e que<br />

esta será a herança que deixará para<br />

a esposa “já vou colocar preço em<br />

tudo para deixar adiantado” brinca<br />

ele.<br />

“Tenho edições históricas de<br />

1950, a edição de número 1 do Pato<br />

Donald que encontrei em um sebo,<br />

existe um mercado muito grande para<br />

isso, penso que será uma bela herança<br />

que ela pode vender e se livrar de<br />

tudo” - ri ele.<br />

Devido a um programa de cultura<br />

pop que a Record News matém em<br />

sua programação, Moisés diz que<br />

recebe também alguns exemplares<br />

que guarda junto à sua coleção, sem<br />

contar que ele mantém assinaturas<br />

de gibis onde recebe mensalmente<br />

cerca de dez, e outros que compra<br />

nas bancas. Em uma cobertura para<br />

o programa, conseguiu uma foto com<br />

Maurício de Souza de quem é um dos<br />

maiores fãs.<br />

Os super-heróis estão por todos os cantos<br />

O “Clube Marvel Super Heróis”<br />

chegou em 1967, pela TV<br />

Bandeirantes (São Paulo), TV<br />

Globo (Guanabara-RJ), TV Gaúcha<br />

(Porto Alegre) e TV Jornal do<br />

Comércio (Recife), sob o título<br />

de “Super-Heróis Shell”, pois<br />

eram patrocinados pelos postos<br />

de gasolina. No programa eram<br />

exibidos os primeiros desenhos<br />

animados da Marvel no Brasil (ou<br />

os “desenhos desanimados” como<br />

são carinhosamente relembrados<br />

hoje devido a uma animação<br />

simples e limitada).<br />

Família reunida para<br />

a entrevista: Moisés<br />

Lucena, a esposa<br />

Estela, os filhos<br />

Giovanna e Henrique,<br />

num mundo de sonhos<br />

35|


José Carlos Pascoal<br />

Cardozo e Fernando<br />

Pacchiarotti<br />

presidente da entidade. Na posse<br />

o SinHoRes ofereceu um jantar aos<br />

seus integrantes onde estiveram presentes<br />

várias entidades de classes.<br />

A <strong>RCIA</strong> cumprimenta José Carlos<br />

Cardozo pelo trabalho e deseja ao<br />

Fernando Pacchiarotti muito sucesso.<br />

CERIMÔNIA<br />

Empossada a nova<br />

diretoria do SinHoRes<br />

José Carlos Pascoal Cardozo realizou notável trabalho no<br />

sindicato; agora assume o empresário Fernando Pacchiarotti<br />

Na noite de 23 de setembro tomou<br />

posse a nova diretoria do SinHoRes,<br />

sindicato patronal que envolve hotéis,<br />

restaurantes, bares e similares de<br />

Araraquara. Após mais de 15 anos<br />

na presidência da entidade, José<br />

Carlos Pascoal Cardozo, que cumpriu<br />

extraordinário trabalho, passou o bastão<br />

para o novo presidente, Fernando<br />

Pacchiarotti, do Posto La Bambina.<br />

Cardozo continua nesta gestão<br />

como 1º tesoureiro e diz que encontrou<br />

uma pessoa para substituí-lo.<br />

“Estou muito feliz por isso, pois nós<br />

precisamos sempre renovar e Fernando<br />

é uma pessoa do bem e tenho<br />

certeza que todo trabalho que implantei<br />

rendeu frutos e ele vai continuar<br />

colhendo; certamente continuará a<br />

plantar, para que futuramente possamos<br />

ter uma colheita ainda mais<br />

fértil” – disse o ex-presidente.<br />

Pacchiarotti, que era vice-presidente<br />

da entidade, assume agora a<br />

tarefa de prosseguir com um sindicato<br />

forte; ele diz que continuará com<br />

Cardozo ao lado, o que já vem sendo<br />

feito desde os tempos que o sindicato<br />

ainda era uma associação dirigida<br />

por Aparício Dahab, e onde José Carlos<br />

Cardozo era o vice-presidente. “É<br />

uma responsabilidade muito grande<br />

dar sequência a um trabalho que o<br />

Cardozo desenvolveu com maestria,<br />

deixando um legado bem feito e muito<br />

grande, que às vezes me chega a<br />

dar medo. Mas me tranquilizo pelo<br />

fato dele estar comigo nesta nova empreitada.<br />

Tenho a confiança do amigo<br />

Cardozo e junto à nossa diretoria,<br />

quero desenvolver um trabalho tão<br />

bom quanto ao que ele fez durante<br />

todos esses anos”, ressaltou o novo<br />

A nova diretoria<br />

do SinHoRes em<br />

um momento<br />

histórico para<br />

uma entidade<br />

que se fortaleceu<br />

com José Carlos<br />

Pascoal Cardozo.<br />

Pacchiarotti<br />

diz que vai dar<br />

continuidade ao<br />

trabalho com<br />

seus diretores<br />

DIRETORIA QUADRIÊNIO <strong>2019</strong> / 2023<br />

Fernando Pacchiarotti – Presidente<br />

Adailton Pace – 1º Vice Presidente<br />

William Jorge Molina Gil – 2º Vice Presidente<br />

Eduardo Salim Haddad – 1º Secretário<br />

Eduardo de Aguiar Faria – 2º Secretário<br />

Luis Amadeu Sadalla – 3º Secretário<br />

José Carlos Pascoal Cardozo – 1º Tesoureiro<br />

Luiz Yoshinobo Meyagusku – 2º Tesoureiro<br />

Sérgio Aparecido Truzzi - 3º Tesoureiro<br />

SUPLENTES<br />

Mario Thuyosi Hokama<br />

Alexandre Alvares Cruz<br />

Gustavo Oliveira Silva<br />

DIRETOR SOCIAL<br />

Solange Ambrozio Tanache – Diretora Social<br />

Juliano Karam Mascaro – Vice Diretor Social<br />

CONSELHO FISCAL<br />

José Aparecido da Silva<br />

Claudiomir Basso<br />

Manoel de Araújo Sobrinho<br />

SUPLENTES<br />

Diogo Barzaghi de Mattos<br />

Magnaldo de Jesus Martins<br />

Odilo Lautenschlager<br />

DELEGADOS REPRESENTANTES<br />

Fernando Pacchiarotti<br />

José Carlos P. Cardozo<br />

SUPLENTES<br />

Adailton Pace<br />

William Jorge Molina Gil<br />

|36


MERCADO IMOBILIÁRIO<br />

NR Construtora e Habitab<br />

consolidam parcerias<br />

Empresários investem na expansão do ramo<br />

imobiliário da cidade com empreendimentos<br />

que consolidam a nossa economia<br />

Fernando Horta O´Leary, da NR<br />

Construtora e Incorporadora, tem<br />

como parceiro em Araraquara desde<br />

2013 a Habitab Empreendimentos de<br />

Cristiano de Camargo, mais conhecido<br />

como Cofrinho, que ao longo do<br />

tempo vem indicando áreas, desenvolvendo<br />

projetos, trazendo sempre<br />

novos empreendimentos planejados,<br />

respeitando o meio ambiente e movimentando<br />

assim a economia local.<br />

Esta parceria tem rendido à cidade<br />

ótimos negócios dentro do mercado<br />

imobiliário, como o loteamento<br />

de alto padrão do Residencial Volpi,<br />

com 285 lotes que vão de 270m²<br />

a 440m². Também atendendo aos<br />

padrões populares lançou o Vista<br />

Cristiano de Camargo<br />

(Habitab) e Fernando<br />

Horta (NR Construtora)<br />

do Horto, com 369 lotes, medindo<br />

200m², onde os interessados poderão<br />

adquirir sua casa pronta, através<br />

de financiamento.<br />

Inovando mais uma vez, Cofrinho<br />

apresenta agora o Residencial Monte<br />

Carlo, um loteamento aberto todo<br />

planejado com lotes de vários tamanhos<br />

adaptados ao seu orçamento<br />

medindo de 200 m² a 500 m². Junto<br />

ao empreendimento, será implantado<br />

um centro comercial com 62 lojas e<br />

lotes comerciais disponíveis na continuação<br />

da Mauricio Galli. Além disso<br />

está projetado um parque verde com<br />

80.000 m², apresentando campos de<br />

futebol, quadras de vôlei de areia e<br />

arena para shows.<br />

Cristiano de Camargo conta que<br />

o trabalho efetuado mostra o interesse<br />

da empresa em participar do<br />

processo do desenvolvimento da cidade.<br />

“Morar bem e com qualidade<br />

de vida é um sonho que você pode<br />

realizar”, diz.<br />

Informações através do WhatsApp<br />

(16) 98112.0120 ou pelo e-mail contato@habitab.com.br<br />

37|


ARTIGO<br />

Law and Economics<br />

Ubiratan Reis<br />

Liberdade Econômica e as alterações da CLT<br />

A Medida Provisória nº 881 foi convertida sob a Lei<br />

nº 13.874, de 20 de setembro de <strong>2019</strong>, instituindo de<br />

maneira definitiva a Declaração de Direitos de Liberdade<br />

Econômica, as garantias de livre mercado, alterando diversas<br />

leis, dentre elas, a Consolidação das Leis do Trabalho CLT,<br />

aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.<br />

A Lei 13.874/<strong>2019</strong> preconiza que são direitos de<br />

toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o<br />

desenvolvimento e o crescimento econômicos do País,<br />

desenvolver atividade econômica em qualquer horário ou<br />

dia da semana, inclusive feriados, sem que para isso esteja<br />

sujeita a cobranças ou encargos adicionais, observada a<br />

legislação trabalhista.<br />

Discutiu-se, calorosamente é verdade, que haveria um<br />

retrocesso aos avanços sociais ao permitir que os trabalhos<br />

aos domingos fossem equiparados aos demais dias<br />

da semana, daí, a previsão de obediência à legislação<br />

trabalhista, já que esta prevê um adicional nas hipóteses de<br />

trabalho aos domingos e feriados.<br />

Outra alteração importante as micros e às pequenas<br />

empresas está no fato de que, com o advento da nova Lei,<br />

altera-se de 10 (dez) para 20 (vinte), o número mínimo de<br />

trabalhadores no estabelecimento, para se determinar a<br />

obrigatoriedade, por parte do empregador, de anotação da<br />

hora de entrada e de saída dos funcionários (controle de<br />

jornada), permitida a pré-assinalação do período de repouso<br />

(almoço/janta).<br />

Insere-se o § 4º, no artigo 74 da CLT, permitindo a utilização<br />

de registro de ponto por exceção à jornada regular de<br />

trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção<br />

coletiva ou acordo coletivo de trabalho. O “ponto por<br />

exceção” pode ser entendido como um modo alternativo<br />

de anotação da jornada de trabalho, onde o empregado<br />

anota somente as exceções ocorridas na jornada regular de<br />

trabalho, restando presumida e cumprida a jornada padrão<br />

(contratual), quando ausente qualquer anotação excepcional,<br />

tais como a hora extraordinária, os atrasos, as faltas etc.<br />

O tema já foi abordado pela Quarta Turma do Tribunal<br />

Superior do Trabalho que reconheceu a validade do cartão<br />

de ponto de exceção previsto em Convenção Coletiva de<br />

Trabalho.<br />

O controle de jornada é um dos pontos mais discutidos<br />

nas ações trabalhistas, em especial, com relação a horas<br />

extraordinárias não anotadas e pagas “por fora”. Em um<br />

primeiro momento fica difícil prever os reflexos da adoção<br />

do cartão de ponto por inúmeros fatores, seja pela eficiência<br />

da implantação do sistema de cartão ponto por exceção,<br />

seja pela valorização da prova na instrução de eventual<br />

reclamação trabalhista, que ao fim e ao cabo, ficará ao<br />

juiz da causa ponderar e valorar as provas dos autos de<br />

processo.<br />

O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,<br />

Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) será substituído, em<br />

nível federal, por sistema simplificado de escrituração digital<br />

de obrigações previdenciárias, trabalhistas e fiscais.<br />

Importante observar que, tanto a possibilidade de<br />

implementação de ponto por exceção como a substituição do<br />

eSocial, tem como plano de fundo a diminuição dos custos e<br />

despesas administrativas das empregadoras, que certamente<br />

serão bem-vindos neste momento onde o contingenciamento<br />

de gastos atinge todos os setores, públicos e privados.<br />

Se a sensação cotidiana é a de ausência de melhora na<br />

oferta de emprego, segundo dados do IBGE, a taxa de<br />

desocupação no trimestre encerrado em julho de <strong>2019</strong> teve<br />

queda, atingindo a porcentagem de 11,8 %.<br />

A Lei nº 13.874/<strong>2019</strong> promoveu alterações na Consolidação<br />

das Leis do Trabalho CLT e em outras legislações a fim de<br />

potencializar a liberdade econômica e o investimento no<br />

mercado, mas uma pergunta ainda fica no ar. O investidor/<br />

empregador tem segurança em investir na produção de bens<br />

e serviços ou precisaremos de mais alterações legislativas<br />

para aquecer a indústria e comércio?<br />

Ubiratan Reis é advogado tributarista/econômico<br />

e escreve para a Revista Comércio, Indústria e<br />

Agronegócio (ubreis@gmail.com)<br />

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39|


FATOS & FOTOS<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Cabo Magal, expulso ou não do MDB<br />

Durante 10 dias o nosso portal<br />

<strong>RCIA</strong>RARAQUARA indagou se o<br />

vereador Magal Verri, eleito pelo<br />

MDB em 2016, deve ser expulso do<br />

partido por infidelidade partidária e<br />

66% da população acha que não.<br />

O MDB sempre fez duras críticas ao<br />

atual prefeito Edinho Silva (PT). Um<br />

dos projetos que a sigla é contrária,<br />

trata-se dos lotes urbanizados,<br />

que segundo o ex-prefeito Marcelo<br />

Barbieri (MDB), pode transformar<br />

vários pontos da cidade em “favelas”.<br />

O projeto foi à votação na Câmara<br />

em julho sendo aprovado, contando<br />

também com o voto de Magal Verri.<br />

Segundo o<br />

presidente do<br />

Magal<br />

diretório local,<br />

Aluísio Brás o<br />

Boi, o partido já havia deliberado<br />

que a sigla seria contrária ao projeto<br />

enviado pela Prefeitura. Na ocasião<br />

Magal disse que votou de acordo<br />

com sua consciência e que isto seria<br />

um beneficio ao povo. O conselho<br />

de ética do partido foi acionado<br />

para julgar Magal, que em algumas<br />

ocasiões se alinhou ao prefeito, não<br />

seguindo as ideologias do MDB. Em<br />

outubro o partido deve decidir se<br />

expulsa o vereador.<br />

SUBINDO<br />

Sobe a possibilidade<br />

do Frentão, partidos<br />

de direita, ter cara<br />

e coragem para<br />

concorrer à Prefeitura<br />

em 2020 sob o<br />

lema “um por todos,<br />

todos por um”. O<br />

objetivo é tirar o PT<br />

do poder e estimular<br />

política nova na<br />

administração.<br />

Na linha de frente<br />

o médico Luís<br />

Cláudio Lapena<br />

Barreto e o Coronel<br />

Wagner Prado que<br />

representariam o<br />

centro-direita.<br />

DESCENDO<br />

Governador João<br />

Doria lançou em<br />

setembro a primeira<br />

fase do programa<br />

Nossa Casa, que<br />

começa com a<br />

construção de<br />

26.735 unidades<br />

habitacionais<br />

em mais de 120<br />

municípios do<br />

Estado. Cidade foi<br />

barrada: está fora,<br />

até mesmo por<br />

questões políticas.<br />

“Aos amigos tudo,<br />

aos inimigos o rigor<br />

da lei”, diria Flávio<br />

Ferraz de Carvalho.<br />

Quase apanha...<br />

Face à expansão dos<br />

bairros da região norte, a<br />

Unidade Básica de Saúde<br />

passou a receber cerca de<br />

30 mil pessoas/mês. Além<br />

da sobrecarga de trabalho,<br />

os agentes também<br />

enfrentam agressões de<br />

quem utiliza o serviço. “Na<br />

semana passada tivemos<br />

um problema com uma<br />

paciente. Pedi a ela para<br />

retornar no dia seguinte,<br />

para renovar uma guia<br />

e ela só não me bateu<br />

porque eu estava dentro do<br />

balcão de acolhimento”,<br />

diz a enfermeira Luciana<br />

Marques.<br />

População deseja, mas prefeito não tem interesse<br />

Governo federal lançou em setembro<br />

o Programa Nacional das Escolas<br />

Cívico-Militares (Pecim), com o<br />

objetivo de promover a melhoria na<br />

qualidade do ensino na educação<br />

básica. A meta é implementar 216<br />

escolas em todos as unidades da<br />

federação até 2023. São instituições<br />

não militarizadas, mas com uma<br />

equipe de militares da reserva<br />

no papel de tutores. Em julho, o<br />

Ministério da Educação (MEC) já<br />

havia anunciado a implementação<br />

de 108 escolas nesse modelo, no<br />

âmbito do Compromisso Nacional<br />

pela Educação Básica. Agora, a meta<br />

foi dobrada. Enquete realizada pelo<br />

<strong>RCIA</strong>RARAQUARA aponta que pelo<br />

menos 87% da população deseja<br />

escola deste tipo. Até por questões<br />

ideológicas, o prefeito Edinho Silva<br />

teria dito que não tem interesse<br />

na implementação da escola em<br />

Araraquara. Taubaté é uma das<br />

cidades interessadas.<br />

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FRASE<br />

“Já ouvi por<br />

aí que a sorte<br />

ajuda quem<br />

muito trabalha.<br />

Jorge Bedran<br />

Não tenho<br />

dúvidas que foi o que aconteceu com os<br />

petistas ganhadores da mega-sena...”<br />

Frase do advogado, Jorge Bedran,<br />

presidente do Diretório do PSDB em<br />

Araraquara, sobre o bolão de 49<br />

funcionários da liderança do Partido<br />

dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos<br />

Deputados. Eles levaram o prêmio de R$<br />

120 milhões do concurso 2.189 da Mega-<br />

Sena. Cada um vai receber R$ 2,4 milhões.<br />

O tradicional número do partido, o 13, não<br />

estava entre as seis dezenas sorteadas.<br />

Prêmio para Filipa<br />

Filipa Brunelli<br />

A assessora de Políticas LGBT de<br />

Araraquara, Filipa Brunelli, foi<br />

homenageada, dia 20 de setembro,<br />

em Ribeirão Preto, recebendo o<br />

“Troféu Diversidade”, que valoriza<br />

e incentiva a promoção do respeito<br />

à diversidade sexual. A cerimônia<br />

de entrega do troféu foi realizada<br />

na sede da Secretaria Municipal<br />

de Cultura de Ribeirão Preto e fez<br />

parte da programação da 15ª<br />

Parada LGBTQI+ de Ribeirão Preto,<br />

promovido pela ONG Arco-Íris e<br />

Rede Gay Brasil e com apoio da<br />

Administração Municipal.<br />

O Dia do Bebedouro<br />

Em setembro o Daae instalou um<br />

bebedouro na praça Santa Cruz. O<br />

projeto, de iniciativa do vereador<br />

Paulo Landim, além de oferecer<br />

comodidade à população, estimula<br />

o consumo de água, elemento<br />

fundamental para o equilíbrio do<br />

corpo, principalmente nos dias mais<br />

quentes e a diminuição da geração<br />

de lixo, uma vez que a oferta de água<br />

potável e gratuita tende a diminuir o<br />

descarte de copos e garrafas plásticas.<br />

41|


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DOCUMENTO<br />

UMA VIDA EM PRETO E BRANCO<br />

Além de ser o cartão postal da cidade, o Gigantão foi tema para os artistas plásticos, segundo Sônia Maria Marques autora desta obra<br />

GINÁSIO DE ESPORTES CASTELO BRANCO<br />

História que vale meio século<br />

Foi em outubro de 1966 que o prefeito<br />

Rômulo Lupo anunciou pela Rádio Cultura<br />

AM, a construção do Gigantão. Um ano<br />

depois a cidade pleitearia ser sede dos<br />

Jogos Abertos do Interior de 1969, durante<br />

o Congresso Técnico em São José dos<br />

Campos, mas a confirmação só veio<br />

no ano seguinte por ocasião dos jogos<br />

disputados em Jaboticabal. Cinquenta<br />

anos se passaram da inauguração e voltar<br />

naquele 11 de outubro de 1969 parece<br />

um sonho, ainda que aqui não estejam<br />

os visionários senhores que começaram a<br />

projetar o Gigantão por volta de 1958 e do<br />

qual pelo menos três prefeitos conviveram:<br />

Benedito de Oliveira, Rômulo Lupo e Rubens<br />

Cruz. O Gigantão, com a característica<br />

de um mesmo ginásio de esportes na<br />

Alemanha, teve seu projeto sugerido por<br />

Rômulo Lupo aos engenheiros Luiz Ernesto<br />

do Valle Gadelha e Jonas Faria, ambos<br />

araraquarenses, radicados em São Paulo.<br />

43|


Rubens Cruz quando<br />

assumiu a prefeitura<br />

em fevereiro de 1969,<br />

encontrou o Gigantão<br />

com mais de 80% das<br />

obras feitas por Rômulo<br />

Lupo. Ele teria pouco<br />

mais de oito meses<br />

para concluir o ginásio<br />

de esportes e sediar os<br />

Jogos Abertos de 1969<br />

empresa contratada para a construção<br />

abandonou a obra no final<br />

de 1967 e o prefeito Rubens Cruz,<br />

que acabara de assumir o município,<br />

organizou uma comissão de<br />

arquitetos e engenheiros para a continuidade<br />

dos serviços, sendo o final<br />

da obra uma luta contra o relógio. O<br />

projeto não chegou a ser concluído<br />

integralmente.<br />

A CONSTRUÇÃO<br />

O Ginásio de Esportes “Castelo<br />

Branco”, o Gigantão, teve sua construção<br />

iniciada pelo prefeito Rômulo<br />

Lupo, em agosto de 1967, para ser<br />

inagurada dois anos depois através<br />

do prefeito Rubens Cruz, na<br />

realização dos XXXIV Jogos Abertos<br />

do Interior (17 a 26 de Outubro de<br />

1969). O espaço comportaria 6 mil<br />

pessoas sentadas e 10 mil em lotação<br />

completa.<br />

O anúncio da construção do<br />

Gigantão foi feito durante o programa<br />

“Você Pergunta o Prefeito<br />

Responde”, que sempre ia ao ar<br />

as quintas-feiras, das 11h30 às<br />

12h, dentro do programa Parada de<br />

Notícias da Rádio Cultura. Seu apresentador,<br />

Nildson Leite Amaral, foi o<br />

primeiro radialista a focar o assunto<br />

em outubro de 1966. Ele era assistente<br />

administrativo da Estrada de<br />

Ferro Araraquara, trabalhava na<br />

emissora e fora comissionado na<br />

Comissão Central de Esportes (CCE),<br />

em 16 de junho de 1966, por iniciativa<br />

do Governador Laudo Natel.<br />

Nildson chegou à presidência da<br />

Ferragens utilizadas no<br />

teto do ginásio de esportes<br />

CCE logo depois dos Jogos Abertos<br />

em 1969 para substituir Laércio de<br />

Arruda Ferreira, o Pelica, em 1970,<br />

convidado por Rubens Cruz.<br />

A construção do Gigantão tem<br />

alguns episódios interessantes: a<br />

O projeto do Gigantão é dos engenheiros<br />

Luiz Ernesto do Valle Gadelha<br />

e Jonas Faria, ambos araraquarenses<br />

e que moravam em São Paulo.<br />

Eles eram proprietários da Domus<br />

Construtora, que deveria construir<br />

o Gigantão em 1967 a pedido do<br />

então prefeito Rômulo Lupo. “Hoje,<br />

a Lei de Licitações proíbe que o<br />

autor do projeto participe da concorrência<br />

para construção da obra. A<br />

Domus acabou fazendo os serviços<br />

de terraplanagem e fundações, mas<br />

abriu falência e abandonou a obra<br />

em seguida”, lembra o engenheiro<br />

Roberto Massafera, recém formado<br />

na época.<br />

Eleito em 1968, o prefeito<br />

Rubens Cruz assumiu em fevereiro<br />

Prefeito Rômulo Lupo em 1967 com os engenheiros Luiz Ernesto do Valle Gadelha<br />

e Jonas Faria, sendo entrevistado pelo repórter Ivan Roberto. Ainda na foto o<br />

antecessor de Rômulo, prefeito Benedito de Oliveira e Aldo Lupo que seria eleito<br />

deputado federal, dois anos depois<br />

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Araraquara em 1969 não possuía nenhuma quadra coberta, mas Rômulo Lupo optou<br />

em construir o maior ginásio de esportes do interior. Como engenheiro residente foi<br />

contratado Luiz Antônio Massafera<br />

de 1969 e de imediato nomeou uma<br />

Comissão Técnica com a finalidade<br />

de encontrar uma solução para finalizar<br />

o Gigantão a tempo dos Jogos<br />

Regionais de 1969, que ocorreriam<br />

em apenas nove meses (outubro).<br />

A Comissão Técnica era formada<br />

pelo arquiteto Nelson Barbieri, os<br />

engenheiros José Henrique Albiero e<br />

Roberto Massafera.<br />

Os profissionais concluíram que<br />

para finalizar a obra seria necessária<br />

a administração direta da Prefeitura,<br />

com operários trabalhando 24 horas<br />

por dia em três turnos. Para tanto,<br />

a Prefeitura Municipal contratou o<br />

engenheiro Luiz Antônio Massafera.<br />

O custo para terminar o Gigantão,<br />

sem contar a terraplanagem e fundações,<br />

foi estimado na época em 3<br />

milhões de dólares, o que em valores<br />

atualizados daria hoje cerca de<br />

10 milhões de reais.<br />

O ginásio foi inaugurado uma<br />

semana antes (11 de outubro) da<br />

abertura oficial dos Jogos Abertos do<br />

Interior, com um jogo de volei masculino<br />

entre Araraquara e alunos da<br />

Academia de Polícia Militar do Barro<br />

Branco de São Paulo. A partida de<br />

fundo foi de basquetebol masculino<br />

O prefeito Rubens Cruz foi<br />

o grande responsável pela<br />

conclusão das obras do Gigantão<br />

em 1969. Na foto Cruz está ao lado<br />

de Yussuf Samaha (Zezinho da<br />

Prodaplan), que passou a fazer<br />

parte do Conselho Municipal<br />

de Turismo juntamente com o<br />

professor Alzemiro Ianelli e o<br />

jornalista Roberto Barbieri<br />

formado por Pelica, Rudinei, Bizelli,<br />

João Batista, Paroneto e o próprio<br />

Massafera. Uma semana após seria<br />

iniciada a competição com desfile<br />

das delegações das cidades participantes<br />

da competição. A saída foi<br />

do Gigantão, descendo a Bento de<br />

Abreu e Rua São Bento, na noite de<br />

17 de outubro, sexta-feira.<br />

FINALIZAÇÃO DO PROJETO<br />

O projeto original, de acordo<br />

com Massafera que foi prefeito e<br />

deputado estadual, já previa a construção<br />

de alojamentos embaixo do<br />

Gigantão. “Ainda é possível fazer<br />

os alojamentos, já que o subsolo<br />

não foi aterrado. Na época, os alojamentos<br />

não foram construídos<br />

por uma questão logística e social.<br />

Entendia-se que os atletas deveriam<br />

desfrutar de independência tendo<br />

suas próprias casas ao final dos<br />

treinos e jogos, e não viver em alojamentos<br />

e, de certa forma, sob<br />

a tutela da Prefeitura”, recorda o<br />

engenheiro.<br />

Segundo ele, Rômulo Lupo procurou<br />

construir o melhor ginásio de<br />

esportes do interior, uma obra que<br />

fosse um marco de sua administração.<br />

Os arquitetos projetaram essa<br />

estrutura em concreto, chamada de<br />

cobertura em casca de concreto<br />

e contrataram um engenheiro da<br />

Escola Politécnica da USP de São<br />

Paulo para fazer os cálculos estruturais,<br />

o professor Pietro Canderra.<br />

“Foi ele quem deixou o Gigantão de<br />

pé”, conclui.<br />

COMISSÃO TÉCNICA<br />

Rubens Cruz formou uma<br />

Comissão Técnica no começo de<br />

1969 para concluir as obras.<br />

Eng° Nelson Barbieri<br />

Eng° José Henrique Albiero<br />

Eng° Roberto<br />

Massafera,<br />

anos depois<br />

de formado<br />

integrou a<br />

Comissão<br />

Técnica<br />

45|


Gigantão era<br />

motivo de festa<br />

Naquele ano, 1969, a cidade<br />

estava enfeitada e radiante; o clima<br />

de alegria era sentido por todos<br />

os lados. A Ferroviária se tornara<br />

tri-campeã do interior após vencer<br />

Palmeiras, Santos, São Paulo<br />

e Corinthians nos seus jogos em<br />

casa pelo Campeonato Paulista. O<br />

Gigantão estava sendo inaugurado.<br />

O esporte assumia papel preponderante<br />

para a cidade que começava<br />

a respirar o avanço da citricultura<br />

após a Cutrale comprar - dois anos<br />

antes - a falida Suconasa e verticalizar<br />

a produção do suco de laranja<br />

concentrado para todo o mundo.<br />

Tudo contribuía para que Rubens<br />

Cruz, prefeito caipira, se transformasse<br />

em verdadeiro mito dentro<br />

da política. Ele não se preocupava<br />

com isso e tentava dar às crianças o<br />

que não pôde aprender nos bancos<br />

escolares. Sua visão para melhorar o<br />

ensino da cidade o levou a ser homenageado<br />

pelo Governo do Estado<br />

como “Prefeito da Educação”. A preparação<br />

das crianças e do homem<br />

do amanhã - através do ensino -<br />

somava-se ao fato de Araraquara<br />

estar caminhando bem no esporte.<br />

E os Jogos Abertos do Interior fortaleciam<br />

as ações.<br />

Uma das preocupações na<br />

época foi eleger a Rainha<br />

dos Jogos Abertos (Liliana<br />

Filardi) e as duas princesas<br />

(Elizabeth Karan e Regina<br />

Metidieri). A beleza das<br />

nossas mulheres mostrada<br />

nos meios esportivos.<br />

17 de outubro, sexta-feira. A<br />

cidade só respirava Jogos Abertos.<br />

Naquela sexta-feira, logo cedo,<br />

os professores Alzemiro Ianelli,<br />

Lourenço Arone e Edmundo<br />

Vicentine, da Escola Industrial,<br />

davam sinal verde ao carro alegórico<br />

que levaria a Rainha dos<br />

jogos Liliana Filardi e as princesas<br />

Elizabeth Karan e Regina Metidieri.<br />

O diretor da escola, Edgard Arruda,<br />

permitiu que a Industrial também<br />

entrasse no clima de festa. Na verdade,<br />

todos os estabelecimentos de<br />

ensino se mostravam envolvidos, a<br />

maioria cedendo suas instalações<br />

para abrigar 10 mil atletas.<br />

|46


Banda do Liceu<br />

de Bauru abrindo<br />

o desfile dos<br />

Jogos Abertos<br />

no dia 17 de<br />

outubro; ao lado, o<br />

Colégio Progresso<br />

homenageando as<br />

cidades do litoral<br />

No dia 18 de outubro de 1969, sábado, as cidades que vieram<br />

para os Jogos Abertos realizaram no Estádio da Fonte totalmente<br />

lotado, o desfile de abertura da competição. Na foto, o momento do<br />

juramento do atleta no Estádio da Fonte Luminosa ainda com suas<br />

arquibancadas de madeira e um público estimado em 20 mil pessoas<br />

Uma das raras fotografias que marcam a abertura dos<br />

Jogos Abertos do Interior de 1969, no dia 18, sendo de<br />

forma oficial a primeira partida de volei feminino com a<br />

participação de Araraquara contra Matão. Vencemos por<br />

3 sets a zero<br />

47|


1975, Brasil campeão sulamericano de basquete masculino<br />

A transformação do Gigantão para vôlei de areia<br />

O Gigantão, marcado por uma<br />

arquitetura única entre os ginásios<br />

brasileiros, mostra uma curiosidade:<br />

Rubens Cruz queria de qualquer<br />

maneira, homenagear sua esposa,<br />

Maria Therezinha Castelo Branco.<br />

A atitude de colocar o nome do<br />

ginásio de “Castelo Branco” soou<br />

como homenagem ao ex-presidente<br />

militar Humberto de Alencar Castelo<br />

Branco, falecido dois anos antes.<br />

A competição, entre os dias 18 e<br />

26 de outubro, foi o primeiro grande<br />

evento realizado no ginásio que comportava<br />

6 mil pessoas sentadas e 10<br />

mil em lotação máxima. Ele foi palco<br />

não apenas de jogos marcantes<br />

para a história da cidade, mas também<br />

de eventos musicais. Um deles,<br />

um show gratuito no auge da carreira<br />

do cantor Antônio Marcos, para<br />

fechar o Concurso Miss Araraquara<br />

de 1970, com o co-patrocínio da<br />

Imperial Calçados. Consta que 12<br />

mil pessoas assistiram ao espetáculo.<br />

Outros artistas consagrados<br />

passaram pelo Gigantão: Roberto<br />

Carlos, Milton Nascimento, Legião<br />

Urbana, Banda Blitz, Raul Seixas,<br />

Roupa Nova, Titãs, Paralamas do<br />

Sucesso, Mamonas Assassinas,<br />

entre outros. Atrações internacionais,<br />

como a orquestra de Ray<br />

Conniff, marcaram presença no<br />

local. Além de shows musicais, o<br />

Gigantão recebeu eventos inusitados,<br />

como o “Periquitos em Revista”,<br />

que tratava-se de um espetáculo<br />

da equipe de patinação no gelo<br />

da Sociedade Esportiva Palmeiras,<br />

muito famosa e requisitada em todo<br />

país na década de 70. Outras atrações<br />

que tiveram passagem por<br />

ele foram Os Trapalhões, com Didi,<br />

Dedé, Mussum, Zacarias e convidados,<br />

que fizeram uma apresentação<br />

circense de futsal, causando gargalhadas<br />

nos araraquarenses, e o<br />

Circo de Pequim.<br />

O ginásio ainda chegou a receber<br />

rodeios e, mais recentemente, em<br />

2009, teve sua quadra coberta de<br />

areia para virar palco de um jogo<br />

de vôlei de praia. Um dos últimos<br />

grandes eventos no local foi um<br />

amistoso da seleção brasileira de<br />

futsal, que bateu a Venezuela por 6<br />

a 0. Outro fato curioso é que entre<br />

as décadas de 70 e 80, a grande<br />

maioria dos bailes de formatura da<br />

cidade era feita no local, devido à<br />

sua exuberância que o credenciava<br />

como um dos salões mais bonitos<br />

da cidade. Além de todos os eventos<br />

mencionados, o Gigantão era a sede<br />

das apurações das eleições, ocasiões<br />

em que se reuniam torcidas<br />

dos candidatos e representantes da<br />

população em geral.<br />

A HISTÓRIA<br />

Dois anos após sua inauguração,<br />

o Gigantão foi escolhido como<br />

uma das sedes do Campeonato<br />

Mundial Feminino de Basquete, que<br />

teve a participação de equipes da<br />

Argentina, Estados Unidos, Austrália,<br />

Canadá, Madagascar e Equador.<br />

Quatro anos depois, em 1975, aconteceria<br />

o Campeonato Sulamericano<br />

Masculino Juvenil de Basquete,<br />

ocasião em que o ginásio araraquarense<br />

recebeu a grande final em que<br />

o Brasil venceu a Argentina perante<br />

um público de 10 mil pessoas.<br />

A beleza do Gigantão<br />

em dia de espetáculo<br />

de grande porte<br />

1969, início dos Jogos<br />

Abertos. Araraquara com<br />

o técnico Bruno, Helenice,<br />

Tereza Zanin, Clara,<br />

Marilda Stevo e Inês; Araci,<br />

Vera, Marilda Matão,<br />

Maria Ivone e Marisa<br />

Pereira Lima<br />

|48


INFORMATIVO<br />

AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

Edição: Outubro/<strong>2019</strong><br />

REPRESENTAÇÃO<br />

Sindicato Rural homenageado em<br />

Bauru pela Família Nação Agro<br />

agronegócio. “Com a ampla divulgação<br />

do Canal Rural, mais de 3 milhões<br />

de pessoas já receberam significativas<br />

orientações de aprimoramento do<br />

processo produtivo”, disse.<br />

O dirigente ainda lembrou que,<br />

com o apoio do Sebrae-SP e do governo<br />

do Estado de São Paulo, foi<br />

possível levar conhecimento técnico<br />

aos produtores rurais, para que eles<br />

possam agregar valor aos produtos<br />

agropecuários, de maneira a garantir<br />

rentabilidade e se manter no campo.<br />

RECONHECIMENTO<br />

Nicolau de Souza Freitas, presidente do Sindicato Rural de Araraquara, homenageado<br />

em Bauru pelo presidente da FAESP, Fábio Meirelles<br />

O Encontro Família Nação Agro<br />

reuniu dia 28 em Bauru, mais de<br />

700 lideranças do agronegócio, para<br />

celebrar o primeiro ano da temporada<br />

inicial do projeto Família Nação Agro,<br />

uma parceria entre o Serviço Nacional<br />

de Aprendizagem Rural de São<br />

Paulo (Senar-SP) e o Canal Rural.<br />

Na programação, palestras sobre<br />

segurança no campo, Selo Arte e comercialização.<br />

O encontro também foi<br />

marcado pela divulgação da “Carta<br />

de Bauru”, elaborada junto aos produtores<br />

ao longo da temporada do<br />

Família Nação Agro, e que contém<br />

as principais reivindicações do setor.<br />

O presidente da Federação de<br />

Agricultura do Estado de São Paulo<br />

(Faesp), Fábio Meirelles, afirmou em<br />

seu discurso que o maior sucesso do<br />

projeto foi ter atingido o objetivo de<br />

levar aos trabalhadores e produtores<br />

rurais as informações que apoiem o<br />

constante esforço por mais produtividade,<br />

competitividade e sustentabilidade.<br />

De acordo com Meirelles, a parceria<br />

possibilitou ainda a criação da<br />

Caravana Família Nação Agro, que<br />

chegou a 60 municípios paulistas, envolvendo<br />

mais de 5.000 produtores,<br />

trabalhadores rurais e lideranças do<br />

Para agradecer o apoio ao projeto,<br />

o Família Nação Agro uniu-se ao Sebrae-SP<br />

e distribuiu cerca de 60 certificados<br />

para todos os presidentes de<br />

sindicatos rurais que recepcionaram<br />

as caravanas no Estado de São Paulo.<br />

Além disso, a instituição protocolou<br />

um acordo garantindo investimentos<br />

em capacitação para os pequenos e<br />

médios produtores pelos próximos<br />

seis anos.<br />

O presidente do Sindicato Rural,<br />

Nicolau de Souza Freitas, entre os homenageados,<br />

destacou a importância<br />

do evento e da homenagem: “Hoje somos<br />

um sindicato forte que caminha<br />

lado a lado com a FAESP e o SENAR<br />

SP e para isso, contamos sempre com<br />

o apoio da nossa diretoria”.<br />

CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE<br />

49|


CONTINUAÇÃO DA PÁGINA ANTERIOR<br />

A Carta de Bauru<br />

João Henrique de Souza Freitas e<br />

Marcelo Benedette, diretores do Sindicato<br />

Rural no evento em Bauru<br />

Um dos momentos mais aguardados<br />

durante a solenidade foi leitura<br />

da “Carta de Bauru”, documento<br />

idealizado pelos organizadores do<br />

projeto junto a produtores rurais para<br />

expor as principais reivindicações<br />

do setor. Agora, o documento será<br />

enviado ao governador João Doria,<br />

e ao presidente da República, Jair<br />

Bolsonaro.<br />

Entre os principais pedidos estão<br />

a expansão da infraestrutura de comunicação<br />

para acesso à internet no<br />

campo, possibilitando capacitação<br />

à distância, melhores condições de<br />

segurança na área rural e a realização<br />

de negócios. Também estão<br />

incluídos no texto, o pedido de atenção<br />

sobre a reavaliação do sistema<br />

logístico, especialmente em relação<br />

à conservação de estradas vicinais<br />

para escoamento da produção; e posicionamento<br />

referente ao futuro da<br />

rede Ceagesp/Ceasa.<br />

A “Carta de Bauru”, entre outros<br />

pontos, também sugere o fortalecimento<br />

dos instrumentos de seguro<br />

rural e de acesso ao crédito. Também<br />

cita a implementação de políticas<br />

que possam conferir acesso<br />

ao novos mercados, com incentivo<br />

à exportação de produtos de maior<br />

valor agregado; estabelecimento<br />

de planos de trabalho para melhor<br />

atuação em acordos internacionais<br />

e a desobrigatoriedade de aplicação<br />

de vacina contra febre aftosa, para<br />

valorizar os produtos pecuários.<br />

REPRESENTAÇÃO<br />

Faesp discute bases do novo dissídio dos<br />

trabalhadores em entidades sindicais<br />

Todos os anos, o Sindicato das Entidades Sindicais apresenta<br />

à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São<br />

Paulo, uma lista de reivindicações para discussão do dissídio<br />

coletivo dos trabalhadores a ela agregados. Deste encontro<br />

fez parte em agosto o nosso Sindicato Rural.<br />

Desde a implantação da Constituição<br />

Federal em 1988, a Federação<br />

da Agricultura e Pecuária do Estado<br />

de São Paulo (Faesp) mantém o reconhecimento<br />

das convenções coletivas<br />

de trabalho, acrescentando a figura<br />

dos acordos coletivos e a participação<br />

obrigatória dos sindicatos nas negociações.<br />

Por essa razão é que os representantes<br />

do Sindicato Rural de Araraquara,<br />

Nicolau de Souza Freitas (presidente)<br />

e o diretor João Henrique de<br />

Souza Freitas estiveram participando<br />

de reunião na sede da Faesp, em São<br />

Paulo, para acompanhar os estudos<br />

sobre o reajuste salarial dos empregados<br />

em entidades sindicais.<br />

Segundo a advogada Fernanda<br />

Bueno, do Sindicato Rural, a data<br />

base que reajusta os salários dos<br />

empregados em entidades sindicais é<br />

setembro e o encontro em São Paulo<br />

foi para se discutir o índice percentual<br />

que será agregado ao novo salário –<br />

já como contra-partida do que está<br />

reivindicando o sindicato da categoria.<br />

Este é o primeiro passo para o<br />

acordo, pois a própria Constituição<br />

Federal, artigo 114, atribuiu competência<br />

à Justiça do Trabalho para<br />

decidir os dissídios coletivos entre<br />

empregados e empregadores e as<br />

normas infraconstitucionais sobre a<br />

matéria são da CLT, nos artigos 856<br />

Nicolau de<br />

Souza Freitas e<br />

João Henrique,<br />

diretores do<br />

Sindicato Rural<br />

envolvidos na<br />

discussão das<br />

reivindicações<br />

propostas<br />

pelas entidades<br />

sindicais, na Faesp<br />

a 875. Estabelecendo-se o acordo,<br />

logo ocorre a homologação para implementação<br />

do aumento.<br />

Para o presidente Nicolau de<br />

Souza Freitas, a Faesp tem desempenhado<br />

ao longo de sua história importante<br />

papel no desenvolvimento<br />

da agricultura paulista e brasileira;<br />

na década de setenta fez-se pioneira<br />

iniciando negociações entre a categoria<br />

profissional dos trabalhadores<br />

rurais e a categoria econômica dos<br />

empregadores, vindo resultar na 1ª<br />

Convenção Rural do Brasil e América<br />

Latina, dando origem às Convenções<br />

Coletivas de Trabalho, atualmente setorizadas<br />

por culturas.<br />

Todos os anos, lembra Fernanda<br />

Bueno, o Sindicato das Entidades Sindicais<br />

elabora uma pauta de reivindicações<br />

que é encaminhada à Faesp,<br />

fazendo parte o reajuste salarial. A<br />

pauta é apreciada pela Faesp e os<br />

sindicatos, pois dentro da categoria<br />

há inúmeros cargos com valores diferenciados,<br />

explica a advogada. Como<br />

o dissídio tem que ser aprovado em<br />

setembro, aguarda-se o anúncio dos<br />

itens aprovados nesta pauta reivindicatória.<br />

A presença do sindicato nos encontros<br />

da Faesp, é uma demonstração<br />

de reconhecimento ao seu papel<br />

no diálogo com os sindicatos de trabalhadores,<br />

destaca Nicolau.<br />

|50


OLHANDO PARA O FUTURO<br />

O Jovem Aprendiz que descobre<br />

o caminho da sua vocação<br />

Até agosto do ano que vem, o Senar e o Sindicato Rural de<br />

Araraquara investem na formação de jovens interessados em<br />

ingressar no mercado de trabalho. São 34 participantes de<br />

um curso realizado na Usina Santa Fé.<br />

A médica veterinária Thayná e o<br />

coordenador do Senar, João Henrique<br />

Participantes do programa Jovem Aprendiz implantado na Usina Santa Fé<br />

A parceria do Sindicato Rural de<br />

Araraquara com o Senar SP está possibilitando<br />

a realização do Programa<br />

Jovem Aprendiz na Usina Santa Fé,<br />

que teve origem em 1925, na cidade<br />

de Nova Europa. “É uma satisfação<br />

atender uma empresa tão conceituada,<br />

que coloca em sua grade de<br />

atividades a capacitação do jovem<br />

aprendiz interessado em adentrar<br />

ao mercado de trabalho”, afirma o<br />

coordenador regional do Senar SP,<br />

João Henrique de Souza Freitas.<br />

O Jovem Aprendiz é um programa<br />

formado por diversos módulos; o primeiro<br />

deles foi realizado em setembro<br />

ficando sob a responsabilidade da<br />

médica veterinária Thayná Resende<br />

de Freitas. Ao nosso Caderno Agro, a<br />

instrutora comentou que o trabalho<br />

com os alunos tem sido tranquilo.<br />

“Eles se mostram muito colaborativos,<br />

interessados e dispostos em<br />

aprender”, comenta Thayná.<br />

Na verdade o programa tem por<br />

objetivo incluir, capacitar e promover<br />

o desenvolvimento profissional de jovens,<br />

oportunizando a formação profissional<br />

rural, capacitando-os para<br />

o ingresso no mercado de trabalho.<br />

Thayná desenvolve com 34 jovens<br />

- 17 em cada período (manhã e tarde)<br />

- o módulo básico, ensinando a eles<br />

normas de autoestima, criatividade,<br />

cidadania, responsabilidade, ética,<br />

Usina Santa<br />

Fé, em Nova<br />

Europa<br />

saúde e comunicação. As aulas são<br />

dadas de segunda a sexta e sendo<br />

encerrado este módulo, logo começa<br />

um outro com a participação de um<br />

novo instrutor.<br />

Podem participar do Programa de<br />

Aprendizagem do Senar, jovens com<br />

idade entre 18 anos completos e 24<br />

anos incompletos, que tenham concluído<br />

ou estejam cursando o ensino<br />

fundamental ou médio. É dada preferência<br />

aos jovens de baixa renda e de<br />

famílias de trabalhador ou produtor<br />

rural.<br />

O programa é realizado em parceria<br />

com empresas rurais - neste<br />

caso a Santa Fé - que se enquadram<br />

na legislação no que diz respeito à<br />

obrigação de contratação de aprendizes.<br />

Os resultados são gratificantes,<br />

principalmente que grande parte dos<br />

jovens está descobrindo sua vocação,<br />

que pode estar atrelada ou não à sua<br />

formação.<br />

51|


O coordenador regional do<br />

Senar, João Henrique de Souza<br />

Freitas ao lado do instrutor do<br />

Senar SP, Valmir Félix Pinto,<br />

durante a realização dos cursos<br />

no CEAT em Américo Brasiliense<br />

e na Fazenda Maringá em<br />

setembro.<br />

CAPACITAÇÃO<br />

Operação e<br />

manutenção<br />

de motosserra<br />

O Senar e o Sindicato<br />

Rural ao ensinarem os<br />

trabalhadores, realizam<br />

importante trabalho<br />

social, pois lhes oferecem<br />

treinamento completo.<br />

Pelo menos dois cursos relacionados<br />

à Operação e Manutenção<br />

de Motosserra foram realizados em<br />

setembro, através de uma parceria<br />

do Senar com o Sindicato Rural de<br />

Araraquara. Um deles aconteceu para<br />

os servidores da Prefeitura Municipal<br />

de Américo Brasiliense e o outro para<br />

trabalhadores rurais da Fazenda Maringá,<br />

pertencente à Citrosuco.<br />

De acordo com o coordenador<br />

regional do Senar, engenheiro agrônomo<br />

João Henrique de Souza Filho,<br />

os cursos seguiram uma linguagem<br />

simples, apresentando ao operador<br />

de motosserra, de forma detalhada,<br />

todas as operações necessárias para<br />

a sua utilização correta, fornecendo<br />

informações importantes sobre a<br />

preservação do meio ambiente, da<br />

segurança e saúde do operador. Além<br />

disso, buscou tratar de assuntos que<br />

interferem na operação e manutenção<br />

da motosserra.<br />

Os cursos são ministrados de forma<br />

gratuita visando dar capacitação<br />

ao trabalhador e disponibilizados a<br />

empresas e prefeituras que buscam<br />

dar garantia e segurança ao desempenho<br />

do profissional. Os interessados<br />

devem consultar a secretaria do<br />

Sindicato Rural de Araraquara.<br />

NORMAS<br />

Valmir Félix, instrutor do Senar, explica<br />

que existe uma legislação especifica<br />

quanto à aquisição e utilização,<br />

ao treinamento de operadores, aos<br />

itens de segurança e à utilização de<br />

EPIs para a realização do trabalho.<br />

O instrutor lembrou aos trabalhadores<br />

que por se tratar de uma<br />

máquina muito exigida na realização<br />

do seu trabalho (corte de madeira), é<br />

fundamental que a manutenção seja<br />

feita sistematicamente para o perfeito<br />

funcionamento, produtividade e<br />

durabilidade.<br />

Participantes do curso realizado no Ceat<br />

em Américo<br />

Todas as motosserras<br />

devem estar<br />

equipadas com itens<br />

de segurança, que<br />

são obrigatórios<br />

pela NR 31 (Norma<br />

Regulamentadora 31)<br />

ou diferenciais de cada<br />

modelo<br />

Profissionais da Fazenda Maringá,<br />

da Citrosuco em Matão<br />

|52


53|


REPRESENTAÇÃO<br />

Sindicato Rural promove<br />

palestra sobre nutrição do solo<br />

Sindicato Rural amplia sua<br />

proximidade com associados<br />

e agricultores através de<br />

palestras que orientam os<br />

plantadores de cana da<br />

região.<br />

O Sindicato Rural promoveu para<br />

os seus associados em setembro,<br />

importante palestra sob a Nutrição<br />

da Cana-de-açúcar. O palestrante Juarez<br />

Duella, que é supervisor comercial<br />

da Multitécnica em parceria com a<br />

Cimoagro, explicou a todos a importância<br />

da nutrição do solo. O evento<br />

foi coordenado pelo diretor Marcelo<br />

Benedette, do Sindicato Rural.<br />

Juarez comentou que devido ao<br />

baixo preço em que se encontra a cana-de-açúcar<br />

atualmente, o produtor<br />

tem que aumentar a produção, caso<br />

contrário não conseguirá se manter<br />

no mercado. Por essa razão é que o<br />

Sindicato Rural decidiu trazer a Multitécnica<br />

e a Cimoagro que juntas<br />

apresentam novas técnicas para os<br />

produtores da região de Araraquara,<br />

indicando a eles qual o melhor caminho<br />

a seguir, visando ganho maior na<br />

área.<br />

Os associados do Sindicato Rural<br />

entenderam as novas técnicas de<br />

nutrição, variedade de solo, adubação<br />

e tratamento de macro e micro<br />

nutrientes, e alguns fitormônios para<br />

enraizamento da cultura dentro do<br />

ciclo do plantio até a colheita.<br />

A Cimoagro é uma empresa que<br />

comercializa em parceria com várias<br />

multinacionais e empresas nacionais,<br />

todos os defensivos agrícolas e fertilizantes<br />

usados na cultura da cana,<br />

atendendo também outras culturas<br />

no país como, soja, laranja, café, com<br />

uma grande equipe de consultores<br />

para atender todo o Estado de São<br />

Paulo.<br />

A EMPRESA<br />

A Multitécnica é a maior empresa<br />

de micronutrientes no Brasil. Ela<br />

é produtora e extratora de matéria<br />

prima como zinco, manganês, ferro,<br />

cobre atendendo a demanda agrícola<br />

e pecuária.<br />

O manejo da fertilidade do solo,<br />

envolvendo correção da acidez e<br />

adubação, é um fator determinante<br />

da produtividade das culturas. Entretanto,<br />

o emprego de fertilizantes e<br />

corretivos deve ser criterioso e equilibrado,<br />

considerando que o uso do<br />

solo deve ser feito de forma a manter<br />

sua fertilidade em equilíbrio com o<br />

meio ambiente.<br />

A cana-de-açúcar apresenta sistema<br />

radicular diferenciado de outras<br />

culturas, uma vez que, não havendo<br />

impedimentos físicos ou químicos,<br />

atinge camadas profundas do solo.<br />

Para Juarez Duella, a<br />

produtividade agrícola da<br />

cana-de-açúcar apresenta<br />

acentuada variabilidade por<br />

conta de diversos fatores,<br />

como características da<br />

variedade plantada, da<br />

composição e quantidade<br />

do adubo aplicado, das<br />

propriedades físico-químicas<br />

do solo, do manejo das<br />

pragas e plantas invasoras,<br />

da disponibilidade hídrica e<br />

das técnicas de plantio, tratos<br />

culturais e colheita adotada.<br />

Entre as fases do plantio para que se<br />

tenha um canavial com bom rendimento,<br />

estão a pulverização de herbicidas<br />

adequados e quebra de sulco<br />

Palestrante Juarez Duella e os diretores<br />

João Henrique de Souza Freitas e Marcelo<br />

Xavier Benedette<br />

Facilitar o crescimento das raízes em<br />

profundidade contribui para o aumento<br />

da produtividade da cultura, já que<br />

aumenta o volume de solo explorado<br />

para a retirada de água e nutrientes.<br />

O uso de corretivos é fundamental<br />

para a melhoria da fertilidade do solo<br />

e dos ambientes de produção para a<br />

cana-de-açúcar. Considera-se como<br />

práticas corretivas o uso do calcário<br />

para corrigir a acidez, o uso do gesso<br />

para diminuir a atividade do alumínio<br />

e acrescentar cálcio em profundidade,<br />

e a fosfatagem, que adiciona fósforo<br />

em área total para aumentar o<br />

teor de fósforo em solos muito pobres<br />

deste elemento.<br />

|54


COMUNICADO<br />

Senhor Presidente do Sindicato Rural de Araraquara,<br />

De ordem do Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do<br />

Estado de São Paulo – FAESP, Dr. Fábio de Salles Meirelles, vimos por<br />

este intermédio informar Vossas Senhorias sobre a necessidade dos<br />

produtores rurais efetuarem RECADASTRAMENTO junto à CPFL, para<br />

continuidade do recebimento do desconto de ICMS nas faturas de energia<br />

de suas propriedades.<br />

Estão disponíveis no site da FAESP algumas notícias publicadas sobre<br />

esse tema que podem ser checadas nos links abaixo:<br />

Distribuidoras do Grupo CPFL alertam para necessidade de recadastramento<br />

de clientes rurais –http:/faespsenar.com.br/<br />

distribuidoras-do-grupo-cpfl-alertam-para-necessidade-de-recadastramento-de-clientes-rurais<br />

Tarifa de Energia da Classe Rural –http:/faespsenar.com.br/tarifa-de-<br />

-energia-da-classe-rural<br />

Informamos que o recadastramento, a cada 3 anos, dos consumidores<br />

rurais que é uma exigência da Resolução ANEEL n° 800, para<br />

manter atualizados os cadastros e identificar eventuais alterações de<br />

titularidade, bem como, de produtores rurais que deixaram de exercer<br />

atividades rural no estabelecimento e que, por equivoco, ainda gozam<br />

do benefício de isenção de ICMS nas contas de energia.<br />

A CPFL é responsável pelo fornecimento de eletricidade rural a 298<br />

municípios paulistas, e, até o momento, menos de 10% de seus clientes<br />

rurais procedeu o seu recadastramento.<br />

Sendo assim, a FAESP, alerta os Sindicatos Rurais associados e suas<br />

Extensões de Base para transmitir essa informação, por todos os meios<br />

disponíveis aos produtores rurais, para evitar cancelamento de suas<br />

isenções de ICMS nas contas de energia elétrica. Maiores detalhes,<br />

favor acessar o link (www.cpfl.com.br/atualizacaocadastral) e obedecer<br />

as instruções ali contidas.<br />

Sendo o que tínhamos para o momento, desde já nos colocamos à disposição<br />

para maiores esclarecimentos, pelo tel. (11) 3121-7233 Ramal:<br />

1185 (Stephannie).<br />

Atenciosamente,<br />

Da: Divisão das Comissões Especiais e Técnicas<br />

Para: Sindicato Rural de Araraquara<br />

Matheus Moreira de Araujo<br />

Divisão das Comissões Técnicas<br />

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo - FAESP<br />

<strong>OUTUBRO</strong><br />

CURSOS<br />

• OPERAÇÃO DE RETROESCAVADEIRA<br />

03 até 05/10 - Local: Américo Brasiliense<br />

• VIVEIRISTA - MANEJO DE MUDAS<br />

NATIVAS<br />

04 até 05/10 - Local: Araraquara<br />

• PROLEITE - MANEJO DE PASTAGEM<br />

(MÓDULO XIV)<br />

04 até 12/10 - Local: Araraquara<br />

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

TRATORES AGRÍCOLAS<br />

07 até 11/10 - Local: Boa Esperança do Sul<br />

• APRENDIZAGEM NA CULTURA DE CANA-<br />

DE-AÇÚCAR - USINA SANTA FÉ<br />

MANHÃ - <strong>2019</strong>-2020 - MÓDULO II<br />

07 até 25/10 - Local: Nova Europa<br />

• APRENDIZAGEM NA CULTURA DE CANA-<br />

DE-AÇÚCAR - USINA SANTA FÉ<br />

TARDE - <strong>2019</strong>-2020 - MÓDULO II<br />

07 até 25/10 - Local: Nova Europa<br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO -<br />

MÓDULO VII<br />

07 até 28/10 - Local: Araraquara<br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO -<br />

MÓDULO VII<br />

07 até 28/10 - Local: Motuca<br />

• FEIRA DO PRODUTOR RURAL - FEIRA<br />

(MÓDULO VII)<br />

09 até 31/10 - Local: Araraquara<br />

• RASTREABILIDADE NA OLERICULTURA<br />

10/10 - Local: Araraquara<br />

• RASTREABILIDADE NA OLERICULTURA<br />

11/10 - Local: Araraquara<br />

• PROLEITE - MANEJO REPRODUTIVO<br />

(MÓDULO XV)<br />

13 até 18/10 - Local: Araraquara<br />

• OLERICULTURA ORGÂNICA<br />

CUSTO DE PRODUÇÃO (MÓDULO VIII)<br />

14/10 - Local: Araraquara<br />

• AGROTÓXICOS - USO CORRETO E<br />

SEGURO - NR 31.8<br />

14 até 16/10 - Local: Américo Brasiliense<br />

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

ROÇADORA LATERAL<br />

17 até 18/10 - Local: Américo Brasiliense<br />

• OLERICULTURA ORGÂNICA -<br />

COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO (MÓDULO IX)<br />

21/10 - Local: Araraquara<br />

• MELIPONICULTURA - CRIAÇÃO DE<br />

ABELHAS SEM FERRÃO<br />

21 até 29/10 - Local: Araraquara<br />

• SEGURANÇA EM MÁQUINAS E<br />

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS - NR 31.12<br />

29 até 31/10 - Local: Américo Brasiliense<br />

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

TRATORES AGRÍCOLAS<br />

30/09 até 04/10 - Local: Boa Esperança do Sul<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

João Henrique de Souza Freitas<br />

55|


EMPREENDIMENTO<br />

Cecap ganha em outubro<br />

a Feira do Produtor Rural<br />

Sindicato Rural amplia sua<br />

proximidade com associados<br />

e agricultores através de<br />

palestras que orientam os<br />

plantadores de cana da<br />

região.<br />

Nos últimos módulos do Programa<br />

Feira do Produtor, grande parte das<br />

aulas ocorrem nas ruas próximas ao<br />

local em que haverá consolidação da<br />

feira a partir deste mês de outubro.<br />

Segundo Maria Clara Piai da Silva,<br />

da Fundação Itesp, os participantes<br />

entrevistam cidadãos do bairro e adjacências<br />

para identificarem a sua<br />

opinião sobre a feira do produtor, bem<br />

como as preferências por locais, dia<br />

da semana e horários propícios para<br />

comercialização. São dias de aproxi-<br />

mação entre os produtores e o futuro<br />

público consumidor, iniciando uma relação<br />

de confiança baseada nos desejos<br />

do público, bem como a satisfação<br />

do cliente, conta Maria Clara.<br />

Nicolau de Souza Freitas,<br />

presidente do Sindicato<br />

Rural acompanhando<br />

a implantação da Feira<br />

do Produtor Rural no<br />

Cecap, explica que “se<br />

aprofundássemos o<br />

debate sobre o trabalho<br />

do agricultor, teríamos<br />

outro olhar para o<br />

homem do campo,<br />

no agronegócio, na<br />

agricultura, na pecuária.<br />

O que seria de nós se não<br />

fosse essa gente de mãos<br />

calejadas que semeia a<br />

terra e colhe o fruto que<br />

alimenta todos nós que<br />

vivemos nas cidades”<br />

Em Américo Brasiliense, a feira ocorre as quartas-feiras<br />

Além da pesquisa com os clientes,<br />

é realizado check list para averiguar<br />

os locais sugeridos para a feira em<br />

termos de infraestrutura e comodidade<br />

aos produtores e clientes.<br />

|56


A instrutora Ângela Nigro tem<br />

feito um trabalho extraordinário,<br />

tornando-se peça importante<br />

na implantação das feiras em<br />

Araraquara e Américo Brasiliense.<br />

Há por parte dela que é do Senar<br />

e de Maria Clara, do Itesp, muito<br />

empenho e dedicação.<br />

Aula teórica no Sítio 3 Ramos<br />

É praxe a montagem de um estande<br />

para realizar propaganda e prévia<br />

do lançamento; no caso do Cecap,<br />

será no dia 9 de outubro, das 16h às<br />

20h, na praça do bairro, ocasionando<br />

desde já grande expectativa, pois os<br />

consumidores sabem que encontrarão<br />

produtos vindos diretamente do<br />

campo por preços mais acessíveis.<br />

O PROGRAMA<br />

Em busca de alternativas de comercialização<br />

para os produtores da<br />

região, mais uma etapa está sendo<br />

vencida, diz o coordenador regional<br />

do Senar SP, João Henrique de Souza<br />

Freitas. Este projeto é resultado da<br />

parceria entre produtores rurais, Senar<br />

SP, Sindicato Rural de Araraquara,<br />

Fundação Itesp, Sebrae e Prefeitura<br />

de Araraquara.<br />

Ao longo do período de implantação<br />

- envolvendo Araraquara e Américo<br />

- já foram capacitados cerca de<br />

50 produtores dos assentamentos<br />

Feirantes formados pelo Programa do Produtor Rural no estande<br />

demonstração já montado na praça do Cecap; toda capacitação foi gratuita,<br />

além da montagem dos estandes e o uniforme padronizado que os<br />

produtores usarão nos dias de feira<br />

Monte Alegre, Silvânia e Bueno de<br />

Andrada, criando condições a eles<br />

para comercialização de alimentos<br />

saudáveis e com preços justos para<br />

a população das cidades envolvidas.<br />

O coordenador lembra que as turmas<br />

consolidadas nos anos de 2017<br />

e 2018 são acompanhadas pelas Comissões<br />

Gestoras. Este processo possibilita<br />

a conquista de novos pontos<br />

de venda aos grupos de produtores,<br />

fortalecendo a geração de renda. “É<br />

um trabalho social de longo alcance<br />

pois demonstra a preocupação do Senar<br />

em manter as famílias no campo<br />

e obtendo rentabilidade no seu cotidiano”,<br />

completa João Henrique<br />

Produtos frescos a preços justos é o<br />

que a Feira do Produtor Rural oferece<br />

aos consumidores, demonstração de<br />

preocupação para que todos tenham vida<br />

saudável<br />

FEIRAS IMPLANTADAS EM ARARAQUARA E AMÉRICO BRASILIENSE<br />

Atualmente os grupos que foram capacitados através desta<br />

parceria possuem os seguintes pontos de venda:<br />

Araraquara:<br />

Segundas-feiras - Jardim Santa Clara, das 16 às 20h<br />

Terças-feiras - Valle Verde, das 16 às 20h<br />

Sextas-feiras - Estacionamento da Arena da Fonte - das 16 às 20h<br />

Américo Brasiliense:<br />

Quartas-feiras - Jardim Vista Alegre, das 15 às 19h<br />

Feira do Produtor Rural já implantada no Jardim Santa Clara<br />

57|


NOTÍCIAS<br />

CANAS<br />

L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO <strong>OUTUBRO</strong> | <strong>2019</strong><br />

CANASOL NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA<br />

Frente do Agro promove Seminário<br />

sobre Segurança no Campo<br />

A falta de segurança no<br />

campo foi tema do seminário<br />

acompanhado pelos diretores<br />

da Canasol, em São Paulo.<br />

Coordenada pelo deputado Itamar<br />

Borges, a Frente Parlamentar<br />

do Agronegócio Paulista (SP-AGRO)<br />

realizou em setembro (19), um seminário<br />

sobre Segurança no Campo,<br />

com a participação de Secretários de<br />

Estado, especialistas no assunto, empresários<br />

e representantes de toda<br />

a cadeia produtiva do agro, entre os<br />

quais os diretores da Canasol Luís<br />

Henrique Scabello de Oliveira e Nicolau<br />

de Souza Freitas.<br />

“A cada dia aumentam as queixas<br />

e as notícias sobre roubos na zona rural.<br />

Nas estradas, o crime organizado<br />

também impera. São cada vez mais<br />

frequentes os registros de roubos de<br />

cargas. Além de toda essa problemática<br />

dos roubos, ainda temos as<br />

invasões de terra e os incêndios criminosos<br />

no campo. Por isso, temos que<br />

nos unir num esforço comum. Vamos,<br />

Representantes e associados da ORPLANA foram recebidos pelo deputado Carlos<br />

Pignatari, líder do Governo na ALESP e pelos deputados Fernando Cury e Itamar Borges<br />

juntos, buscar soluções para um agro<br />

paulista mais forte, mais seguro, mais<br />

produtivo”, disse o deputado Itamar<br />

Borges, ao destacar a importância de<br />

se debater o assunto<br />

A SP-AGRO, uma das maiores frentes<br />

da Alesp, com 70 deputados, tem<br />

o apoio do Fórum Paulista do Agronegócio,<br />

que congrega 39 entidades<br />

representativas dos mais diversos<br />

setores produtivos do estado.<br />

Com a intenção de debater e<br />

promover uma reflexão sobre a problemática<br />

da segurança nas propriedades<br />

rurais, o evento resultou na<br />

formalização do Observatório da Segurança<br />

no Campo e na assinatura da<br />

Carta de São Paulo para a Segurança<br />

no Campo, além de ações integradas,<br />

iniciativas e outros projetos.<br />

WORKSHOP EM RIBEIRÃO PRETO<br />

O Etanol Mais Verde<br />

Durante três dias aconteceu<br />

em Ribeirão Preto em setembro, o<br />

workshop Recuperação de Vegetação<br />

Nativa - Etanol Mais Verde, considerada<br />

uma oportunidade importante<br />

para a aproximação do setor sucroenergético<br />

com técnicas de recuperação<br />

e exigência dos órgãos públicos.<br />

A Canasol participou do evento através<br />

de seus engenheiros agrônomos<br />

Guilherme Lui de Paula Bueno e Lautinê<br />

Antonelli.<br />

No primeiro dia aconteceu o Seminário<br />

Regional sobre etapas e técnicas<br />

de recuperação de vegetação<br />

nativa; no segundo, Dia de Campo na<br />

Estação Ecológica de Ribeirão Preto,<br />

finalizando no terceiro dia com visita<br />

e estudos sobre o Viveiro Carobinha,<br />

em São Simão.<br />

Trabalho de campo no workshop<br />

|58


BRASÍLIA<br />

UNICA inaugura<br />

sua nova sede<br />

O presidente da Canasol,<br />

Luís Henrique Scabello<br />

de Oliveira, acompanhou<br />

em setembro durante<br />

a inauguração da sede<br />

da UNICA em Brasília,<br />

o lançamento do Toyota<br />

Corolla Híbrido (flex +<br />

elétrico) que apresenta<br />

proposta de mobilidade<br />

consciente e ecológica.<br />

Lourival Bráulio Gomes, presidente da Associação de Produtores de Cana do Rio Grande<br />

do Norte, Alexandre Lima, presidente da Feplana, Ricardo Salles, ministro do Meio<br />

Ambiente e o araraquarense Luís Henrique Scabello de Oliveira, presidente da Canasol<br />

A União da Indústria de Cana-de-<br />

Açúcar (ÚNICA) inaugurou em Brasília<br />

em setembro sua nova sede. A entidade<br />

abriga usinas associadas, sendo<br />

ela responsável por mais de 50% da<br />

produção nacional de cana, 60% da<br />

produção de etanol e quase 70% da<br />

bioeletricidade ofertada para o Sistema<br />

Interligado Nacional (SIN).<br />

Do evento participaram Ricardo<br />

Salles, ministro do Meio Ambiente;<br />

Alexandre Lima, presidente da Feplana<br />

(Federação dos Plantadores<br />

de Cana do Brasil); Bráulio Gomes,<br />

presidente da Associação de Produtores<br />

de Cana do Rio Grande do Norte;<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira,<br />

presidente da Canasol e tesoureiro<br />

da Feplana, além de outros convidados,<br />

recepcionados pelo presidente<br />

da ÚNICA, Evandro Gussi.<br />

Ricardo Salles destacou a importância<br />

dessa proximidade com o setor<br />

canavieiro e considerou que há entre<br />

o governo e os plantadores de cana<br />

um respeito mútuo, de olhar voltado<br />

para o futuro. No evento, houve o<br />

lançamento do Toyota Corolla Híbrido<br />

(flex + elétrico), cujo consumo chega<br />

próximo de 19Km/litro para um veículo<br />

de 177 HP. Mas a grande vantagem<br />

é que essa tecnologia proporciona<br />

uma “pegada de carbono” próxima<br />

a zero quando se usa o etanol”, comentou<br />

o presidente da Canasol, Luís<br />

Henrique Scabello de Oliveira.<br />

Ele diz que ficou surpreso com a<br />

tecnologia inovadora do carro que<br />

apresenta características ainda pouco<br />

conhecidas pela maioria do público.<br />

“Trata-se da combinação da tecnologia<br />

do motor Flex com um sistema<br />

de propulsão auxiliar que opera com<br />

dois motores elétricos. Para movimentar<br />

esses motores, o veículo<br />

vem equipado com<br />

uma bateria especial,<br />

que é recarregada pelo<br />

próprio veículo durante<br />

o seu uso, não havendo<br />

necessidade de estações<br />

Ministro Ricardo<br />

Salles no novo Toyota<br />

Corolla Híbrido (flex<br />

+ elétrico), lançado<br />

em Brasília<br />

de recarga, como ocorre nos veículos<br />

100% elétricos”, comentou.<br />

Na prática, não há mudanças na<br />

conveniência e rapidez de abastecimento<br />

do veículo com etanol nos<br />

cerca de 41 mil postos de combustível<br />

existentes em todo o país. O novo<br />

modelo representa uma proposta de<br />

mobilidade consciente e ecológica,<br />

traduzida pela grande economia no<br />

consumo de combustível e em emissão<br />

extremamente baixa de poluentes<br />

e de gás carbônico (CO2).<br />

Como resultado da alta eficiência<br />

no uso do combustível, a emissão<br />

de gás carbônico, o principal responsável<br />

pelas mudanças climáticas, é<br />

baixíssima. Segundo a Toyota, com<br />

etanol é de apenas 29 gramas por<br />

quilômetro, considerando o ciclo de<br />

vida do combustível. Isso corresponde<br />

a 20% do valor médio estimado<br />

para os veículos à gasolina, na mesma<br />

base de cálculo.<br />

Quanto aos poluentes atmosféricos,<br />

os resultados oficiais certificados<br />

pelo Ibama confirmam que os valores<br />

medidos se encontram bastante<br />

abaixo dos limites legais. Para o<br />

presidente da UNICA, Evandro Gussi,<br />

o lançamento do novo modelo é a<br />

confirmação de que o etanol faz parte<br />

do presente e é uma ponte para um<br />

futuro ambientalmente sustentável.<br />

59|


POLÍTICA<br />

TENENTE SANTANA<br />

Vereador<br />

com espírito<br />

agregador<br />

Tenente Santana (MDB),<br />

atual presidente da Câmara<br />

Municipal de Araraquara,<br />

vem fazendo um grande<br />

mandato, com sobriedade<br />

e fluidez em seus atos como<br />

parlamentar e como dirigente<br />

da Casa de Leis.<br />

Com experiência no setor administrativo,<br />

Santana iniciou as atividades<br />

tendo como premissa o diálogo e com<br />

a intenção de implantar uma forma<br />

profissional de conduzir os atos, mesmo<br />

estando em um ambiente político.<br />

Juntamente com os demais vereadores,<br />

conseguiu implantar medidas de<br />

redução de custos nos vários setores<br />

da Câmara, otimizando os serviços e<br />

agilizando o desempenho de forma<br />

geral. Nesse curto espaço de tempo,<br />

apenas nove meses, já se observa um<br />

irrefutável aumento na credibilidade<br />

da Câmara perante a população.<br />

O parlamentar tem trabalhado<br />

para que as leis apresentadas por<br />

ele e já aprovadas sejam colocadas<br />

em prática. Entre elas, está a isenção,<br />

ao doador de sangue, do pagamento<br />

de taxa de inscrição nos concursos<br />

públicos realizados em Araraquara;<br />

a venda de produtos como maionese,<br />

catchup e mostarda, que devem ser<br />

em embalagens individuais (sachet),<br />

industrializadas e descartáveis, sendo<br />

vedada a utilização de bisnagas;<br />

a exigência de realização de exame<br />

médico e sua renovação anual, por<br />

alunos de academias de ginástica,<br />

além da lei complementar que determina<br />

que canudos de plástico deverão<br />

ser descartáveis e embalados de<br />

forma individual; a lei que versa sobre<br />

Tenente Santana, presidente da Câmara<br />

a remoção de veículos abandonados<br />

em áreas públicas, cuja fiscalização<br />

já retirou centenas deles das ruas,<br />

bastando apenas, após a denúncia,<br />

identificar a pessoa que deixou ali<br />

o veículo, haja vista que a multa de<br />

80 UFMs (R$ 4.280,00) é aplicada<br />

no CPF do infrator, sendo incluída na<br />

dívida ativa por falta de pagamento,<br />

dentre outras proposituras.<br />

Santana diz que tem procurado<br />

fazer um trabalho imparcial à frente<br />

do Legislativo, mantendo relacionamento<br />

de respeito com os vereadores,<br />

sem observar cores partidárias.<br />

Além disso, tem utilizado dos melhores<br />

meios para atender a população,<br />

quando procurado na Câmara em<br />

busca de soluções para demandas<br />

ou assuntos relacionados à Casa.<br />

Tem um carinho especial pelo Projeto<br />

Visite a Câmara, cujo objetivo é<br />

que estudantes e grupos sociais conheçam<br />

a estrutura física do Poder<br />

Legislativo através de uma visita guiada<br />

e saibam mais sobre a história e o<br />

funcionamento da Câmara por meio<br />

da exibição de vídeos institucionais,<br />

e também pelo Projeto Parlamento<br />

Jovem, iniciativa que estimula os estudantes<br />

dos nonos anos das escolas<br />

estaduais e municipais, à reflexão política<br />

sobre a importância da representatividade<br />

do parlamento, que é a<br />

síntese do modelo democrático.<br />

Tenente Santana, em consonância<br />

com a Escola do Legislativo, quer<br />

utilizar a tecnologia da linguagem digital,<br />

de fácil entendimento dos estudantes,<br />

para que eles possam replicar<br />

em casa e nos meios onde frequentam,<br />

o conteúdo absorvido com suas<br />

experiências vividas na Câmara. Ele<br />

enfatiza que a presença dos adolescentes<br />

nos corredores, no Plenário,<br />

nos gabinetes dos vereadores é, para<br />

eles, um exercício de cidadania.<br />

Um ato que considera de grande<br />

relevância e que pode ter alcance<br />

nacional foi sua sugestão, por meio<br />

de Requerimento, ao presidente da<br />

República, ao ministro da Educação e<br />

ao presidente da Câmara Federal, de<br />

incluir a disciplina “Educação e Segurança<br />

no Trânsito” na grade curricular<br />

dos ensinos fundamental e médio em<br />

todo o país. “Os alunos terão contato<br />

diário e passarão a conhecer, de fato,<br />

as normas de trânsito e tudo o que<br />

envolve segurança. Ao final do ciclo,<br />

fariam apenas as aulas práticas”,<br />

afirma Santana, lembrando que “a<br />

iniciativa vai colaborar para diminuir<br />

a evasão escolar, pois os jovens vão<br />

vislumbrar sua habilitação”. A intenção<br />

é ter um pedestre melhor, um motorista<br />

mais consciente e salvar vidas,<br />

uma vez que o trânsito no Brasil mata,<br />

em média, 47 mil pessoas por ano.<br />

Santana tem uma visão macro<br />

sobre a cidade no que tange à sua<br />

atuação. Em setembro, recomendou<br />

postura mais firme e enérgica do poder<br />

público na fiscalização de queimadas,<br />

sugerindo que a Guarda Municipal<br />

seja deslocada para fazer esse<br />

trabalho aos finais de semana, além<br />

de sugerir o aumento de mais uma<br />

equipe da Polícia Militar na ‘Atividade<br />

Delegada’ para a mesma finalidade.<br />

|60


61|


INOVAÇÃO<br />

Chamar a Chalu<br />

ficou mais fácil e prático<br />

Inovando no mercado imobiliário a Chalu lança aplicativo<br />

e o site “fale direto com o dono”<br />

C<br />

om 40 anos de tradição,<br />

a Chalu inova na era da<br />

tecnologia para melhor<br />

atender seus clientes com<br />

praticidade, rapidez e suporte<br />

jurídico.<br />

Líder no mercado durante muitos<br />

anos, a Chalu foi quem iniciou em<br />

Araraquara as vendas de grandes<br />

incorporadoras. Hoje a empresa<br />

foca nas locações onde o sucesso<br />

tem caminhado a passos largos,<br />

utilizando as novas tecnologias.<br />

À frente dos novos negócios estão<br />

Angela Maria Ferreira Branco<br />

Haddad e sua filha Juliana Branco<br />

Haddad Molina Gil, que percebendo<br />

a nova movimentação do mercado,<br />

investiram em plataformas digitais<br />

que facilitam os processos, onde<br />

a Chalu entra com todo suporte<br />

necessário para trazer agilidade<br />

na comercialização ou locação<br />

de seu imóvel.<br />

O site www.falediretocomodono.<br />

com.br, possibilita ao interessado<br />

pelo imóvel entrar em contato direto<br />

com o proprietário para negociar,<br />

podendo ser realizado com o<br />

respaldo da consultoria Chalu,<br />

através da sua assessoria. O cliente<br />

ainda pode contratar apenas os<br />

serviços que ele julgar necessários.<br />

O “fale direto com dono”, já é<br />

um sucesso e tem facilitado a<br />

aproximação de pessoas e seus<br />

interesses, possibilitando uma<br />

venda sem a obrigação de contratar<br />

o serviço de corretores. Para<br />

colocar imóveis à venda no Portal, a<br />

documentação deve estar em ordem<br />

e o proprietário arca apenas com<br />

uma taxa.<br />

“Acreditamos que, na atualidade,<br />

as pessoas preferem passar mais<br />

tempo com a família e desfrutar do<br />

lazer. Ter que ir até uma imobiliária,<br />

para entregar documentos,<br />

procurar imóveis, fazer solicitações,<br />

são situações que já ficaram no<br />

passado. O mundo moderno exige<br />

praticidade”, afirma a diretora<br />

Angela Haddad.<br />

Dinâmica e renovada, a Chalu conta<br />

agora também com o aplicativo<br />

“Chalu 24 horas”, dentro de seu site,<br />

onde todos os serviços da imobiliária<br />

estão à disposição do cliente em<br />

apenas um toque. O aplicativo torna<br />

muito mais fácil o processo para<br />

proprietários. Pelo aplicativo pode-se<br />

enviar documentação, encontrar um<br />

imóvel, receber resposta sobre sua<br />

ficha, pedido de vistoria, aprovação,<br />

contrato, tudo isto documentado<br />

pela equipe de suporte garantindo<br />

transparência e segurança ao<br />

negócio.<br />

Foi-se o tempo da burocracia, hoje<br />

|62


A diretora Angela<br />

Maria Ferreira<br />

Branco Haddad<br />

e Juliana Branco<br />

Haddad Molina Gil,<br />

que estão à frente<br />

das inovações<br />

implantadas na<br />

imobiliária<br />

o cliente só precisa mesmo pegar<br />

as chaves e visitar o imóvel, pois,<br />

um chamado à Chalu sempre será<br />

respaldado pela credibilidade de<br />

muitos anos no mercado imobiliário.<br />

Já o diretor Luiz Arnaldo Haddad,<br />

atua nos lançamentos de novos<br />

produtos do mercado, praticando a<br />

coordenação de vendas e formação<br />

de pool com empresas parceiras<br />

locais, além da comercialização de<br />

imóveis na Flórida em parceria com<br />

a B Live Real State.<br />

Seja na preservação de seu imóvel,<br />

na preservação dos princípios da<br />

ética e do profissionalismo, a Chalu<br />

quer antes de tudo preservar o<br />

relacionamento humano.<br />

Além das novas plataformas, o cliente pode contar também com a simpatia e a competência<br />

dos colaboradores da Chalu<br />

Para isso e muito mais: “Chama a Chalu”<br />

Fone: (16) 3301-4400<br />

Rua Padre Duarte, 1126<br />

Araraquara-SP<br />

63|


da, Paulão foi se afastando das atividades<br />

e sua vida, como ele mesmo<br />

contava aos amigos mais íntimos, se<br />

resumia em “conviver com a natureza<br />

em sua chácara”.<br />

AMIGO DE TODOS<br />

Em foto de Tetê Viviane, a última aparição em público de Paulo Campos, em uma<br />

reunião dos moradores da Chácara Flora<br />

PAULO DE CAMPOS<br />

O descanso<br />

do mestre<br />

Foi sepultado em setembro o<br />

professor Paulo Campos, um<br />

dos nomes mais respeitados<br />

dentro do magistério em<br />

Araraquara e muito querido<br />

nos meios esportivos.<br />

Professores, jornalistas e radialistas<br />

sentiram na segunda-feira (16),<br />

que a nossa cidade ficou mais triste<br />

e pobre dentro da sua história esportiva<br />

com o falecimento do professor<br />

Paulo Campos. “Paulão” como era carinhosamente<br />

chamado, foi um personagem<br />

dentro do nosso esporte por<br />

mais de 50 anos.<br />

Sua trajetória se resume praticamente<br />

em uma plena convivência<br />

com o magistério; nascido no início<br />

dos anos 30, Paulo Campos além de<br />

atuar como goleiro em nosso futebol<br />

amador, tomou gosto pela educação<br />

física. Formado anos mais tarde, seguiu<br />

a carreira com intenso brilhantismo.<br />

Nos colégios dava aula de educação<br />

física e se envolveu na formação<br />

e instrução de fanfarras e bandas<br />

coordenando grupos de estudantes<br />

interessados no aprendizado musical.<br />

Chegou a dirigir a Banda do Colégio<br />

São Bento entre os anos 60/70, além<br />

de estar presente na maioria dos<br />

acontecimentos esportivos. Paulo de<br />

Campos foi goleiro dos cronistas esportivos<br />

de Araraquara.<br />

Ainda neste período, passou a fazer<br />

parte de um time de futebol formado<br />

por cronistas esportivos que<br />

integravam a ACEA (Associação dos<br />

Cronistas Esportivos de Araraquara).<br />

Com o desaparecimento da ACEA por<br />

alguns anos, Paulo Campos passou<br />

a integrar o RIA – Rádio Imprensa de<br />

Araraquara, uma associação que não<br />

se restringia apenas aos cronistas.<br />

Integrado a este grupo, o professor<br />

Paulo de Campos foi convidado<br />

a ser comentarista esportivo participando<br />

da equipe da Rádio Morada do<br />

Sol, onde colaborava e ampliava cada<br />

vez mais o seu já imenso círculo de<br />

amizades. Era considerado polêmico,<br />

de análises fortes, porém justas<br />

dentro do que observava no campo<br />

esportivo pela sua experiência.<br />

Aos poucos, com idade já avança-<br />

Paulo de Campos como goleiro<br />

ao lado dos companheiros que<br />

formavam o time dos cronistas<br />

esportivos de Araraquara:<br />

Fordinho, Paraguaio, Tadeu<br />

Alves, Fábio Santiago, Jair<br />

Bala e Zé Conde Sobrinho;<br />

Ivan Roberto, Mazinho, Rubens<br />

Brunetti, Wagner Bellini e Bazani<br />

Nos anos 70, com a volta da Rádio<br />

Morada do Sol às transmissões<br />

esportivas, Paulo de Campos foi designado<br />

por Antônio Carlos Araújo,<br />

então gerente e narrador da emissora,<br />

a “acompanhar” em uma partida<br />

da Ferroviária com o Barretos, a<br />

narração de José Roberto Fernandes<br />

que trabalhava em uma emissora de<br />

Barretos.<br />

“Paulão” sempre comentava com<br />

orgulho que – teve o privilégio de<br />

ouvir o Zé Roberto e para o Araújo<br />

trouxe a informação de que era ele<br />

um excelente profissional. Alguns dias<br />

depois, José Roberto Fernandes estava<br />

de malas prontas para Araraquara<br />

e com ele veio além do talento, uma<br />

seriedade profissional que o colocava<br />

entre os melhores locutores esportivos<br />

do rádio brasileiro. Nesta manhã,<br />

ao conversar com o <strong>RCIA</strong>RARAQUARA,<br />

Zé Roberto estava profundamente<br />

entristecido com a morte do amigo.<br />

Ambos trabalharam juntos – locutor e<br />

comentarista, por muito tempo.<br />

Paulo de Campos foi velado no<br />

Velório Almeida e sepultado no Cemitério<br />

São Bento. Ao amigo “Paulão”<br />

os sentimentos de toda imprensa de<br />

Araraquara.<br />

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COOPERATIVISMO<br />

Credicentro agora com<br />

o internet banking<br />

Cooperativa de Crédito que agrega produtores rurais qualifica<br />

seus serviços dispondo da tecnologia como recurso para sua<br />

expansão. Suas operações já caminham para oferecer os<br />

mesmos serviços de uma instituição bancária convencional.<br />

Setembro foi um mês pontuado<br />

pela euforia dos diretores, colaboradores<br />

e cooperados da Credicentro,<br />

cooperativa de crédito formada em assembleia<br />

no dia 20 de maio de 1982.<br />

Estatutariamente inscrita como Cooperativa<br />

de Crédito dos Fornecedores<br />

de Cana e Demais Produtores Rurais<br />

do Centro do Estado de São Paulo, a<br />

Credicentro atua em uma grande área<br />

formada por Américo Brasiliense, Araraquara,<br />

Boa Esperança do Sul, Ibaté,<br />

Matão, Nova Europa, Ribeirão Bonito,<br />

Rincão, Santa Lúcia, São Carlos, Gavião<br />

Peixoto, Trabijú e Motuca.<br />

Trinta e sete anos se passaram;<br />

com o emprego da tecnologia e visando<br />

atingir esse movimento ascendente<br />

do cooperativismo financeiro, a<br />

Credicentro se fortalece e foca suas<br />

atividades no econômico social,<br />

aproveitando a necessidade que as<br />

pessoas têm de bom atendimento,<br />

relacionamento saudável e transparente<br />

com uma instituição financeira.<br />

Para o presidente Mário Elcio Danieli,<br />

isso em breve fará a diferença<br />

e gerará um grande momento para<br />

a cooperativa, pois ela se preocupa<br />

com seus cooperados.<br />

Mário Elcio<br />

Danieli,<br />

presidente da<br />

Credicentro<br />

“Os gestores precisam estar atentos<br />

ao crédito, aos negócios e aos<br />

associados, para que haja o atendimento<br />

das suas necessidades, sem<br />

prejuízo da atenção aos riscos. O setor<br />

é bastante regulado, o que contribui<br />

para a estabilidade, mas é importante<br />

não perder a oportunidade de<br />

estabelecer a relação da cooperativa<br />

com seu dono, que também é associado<br />

e cliente”, comenta o dirigente.<br />

AS MUDANÇAS<br />

A nossa cooperativa, diz Mário Danieli,<br />

ainda não possuía um sistema<br />

adequado de atendimento; tínhamos<br />

então pela frente duas opções - de<br />

irmos para uma central ou buscarmos<br />

um sistema mais evoluído, prático, seguindo<br />

os passos da modernidade.<br />

Dentre os sistemas procurados o que<br />

mais se adequaria ao nosso estilo seria<br />

o elaborado pela Fácil que possui<br />

a FacCred, sistema integrado de<br />

gestão empresarial ERP, desenvolvido<br />

para automatizar de forma flexível e<br />

segura os processos operacionais e<br />

gerenciais de Bancos e Cooperativas.<br />

No dia primeiro de setembro, após<br />

quase três meses de negociações, a<br />

diretoria da Credicentro finalizou os<br />

detalhes contratuais com a Facil e a<br />

cooperativa passou a oferecer aos<br />

cooperados os serviços do Internet<br />

Banking: “Toda mudança apresenta<br />

alguns transtornos até que as peças<br />

estejam adaptadas aos seus lugares,<br />

mas felizmente já está atendendo<br />

muito bem”, diz Mário Danieli.<br />

Mário Elcio Danieli e o<br />

gerente administrativo<br />

Rodrigo de Almeida<br />

Para ele, a implantação foi ótima<br />

pois a Credicentro se mantém vinculada<br />

ao Banco do Brasil. Se tivesse<br />

migrado para outro sistema, as contas<br />

dos cooperados teriam que ser<br />

encerradas e abertas em outra Central,<br />

como Sicoob por exemplo. Mantendo<br />

o sistema, as compensações<br />

seguem no Banco do Brasil.<br />

O gerente administrativo, Rodrigo<br />

Donizeti de Almeida, afirma que agora<br />

as operações da Credicentro são<br />

realizadas pelo Internet/Mobile Bank,<br />

oferecendo os serviços de um banco<br />

convencional, gerando até boletos<br />

e trabalhando com consórcios. Ele<br />

afirma ainda que com as mudanças,<br />

a Credicentro vai abrir contas para<br />

entidades sem fins lucrativos, como<br />

sindicatos, associações, empresas<br />

do setor canavieiro, buscando empresas<br />

e funcionários. As inovações<br />

vêm facilitando a vida do cooperado<br />

principalmente dos que residem em<br />

outras cidades: “A tecnologia permite<br />

o avanço, com comodidade e serviços<br />

mais ágeis; além disso, quem é<br />

cooperado da Credicentro, encontra<br />

vantagens e benefícios, finaliza Mário<br />

Danieli.<br />

65|


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HOMENAGEM<br />

IVAN ROBERTO PERONI<br />

Jornalista recebe título<br />

da Câmara Municipal<br />

Na abertura da Jornada de Propaganda e Marketing<br />

organizada pela UNIP no dia 14 de outubro, o jornalista e<br />

publicitário Ivan Roberto Peroni, diretor da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio e do Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA,<br />

receberá o Diploma de Honra ao Mérito.<br />

Ao comemorar 20 anos do seu<br />

Curso de Propaganda e Marketing, o<br />

Câmpus UNIP Araraquara convidou o<br />

jornalista e publicitário Ivan Roberto<br />

Peroni para receber o título de Honra<br />

ao Mérito, projeto de 8 de dezembro<br />

de 2017, de autoria do vereador Jéferson<br />

Yashuda. O evento às 19h, ocorrerá<br />

no anfiteatro da universidade,<br />

quando será iniciada a 19ª Jornada<br />

de Propaganda e Marketing da universidade.<br />

Yashuda, autor da honraria, lembra<br />

que conheceu Ivan Roberto por<br />

volta de 2004, quando fazia parte da<br />

diretoria da ACIA, mas que já havia ouvido<br />

muito sobre o jornalista e devido<br />

ao trabalho brilhante que desenvolve<br />

na cidade, dispensou a ele este título.<br />

“Ivan é uma pessoa brilhante e querida<br />

por todos, portanto merecedor<br />

de tal honraria” – afirma o vereador.<br />

Quem convive com o jornalista<br />

sabe que ele guarda fatos da cidade<br />

que poucos têm conhecimento, praticamente<br />

um guardião da história.<br />

Ele traz na memória acontecimentos<br />

vivenciados que faria inveja a qualquer<br />

historiador. De inteligência e<br />

educação acima da média, Ivan Roberto<br />

é uma pessoa de fácil convivência<br />

e de aprendizado diário para<br />

os que o cercam. Atualmente ainda é<br />

considerado uma das melhores vozes<br />

como mestre de cerimônia. Membro<br />

da Associação Brasileira de Imprensa<br />

(ABI), desde 1981, tem seu diploma<br />

assinado pelo mestre do jornalismo<br />

brasileiro – Barbosa Lima Sobrinho.<br />

Nascido em Araraquara em 11 de<br />

outubro de 1949, Ivan Roberto Dameto<br />

Peroni é filho de Aparecida Dameto<br />

Peroni e Domingos Peroni, irmão de<br />

João Aparecido e Olga Sueli Peroni Pedrolongo.<br />

É casado com Viviane Mancini<br />

Peroni há 17 anos com quem tem<br />

dois filhos, Enzo, 14 anos e Lara, 10.<br />

Tem também os filhos Giuliano, Giovani,<br />

Gian, Carlo Endrigo e Giordana.<br />

Conta ainda com cinco netos: João<br />

Pedro e Ana Laura, filhos de Giuliano;<br />

Valentina e Vicente, filhos de Carlo<br />

Endrigo e Maria Luiza (in memorian),<br />

filha de Giovani.<br />

Em 1951 a família Peroni se transferiu<br />

para Jales, onde o menino Ivan<br />

em 1957, fez o primeiro ano do Grupo<br />

Escolar e o segundo em uma escola<br />

rural de Tabatinga. De volta a Araraquara,<br />

terminou o ensino fundamental<br />

no Grupo Pedro José Neto. Cursou<br />

o preparatório em 1960 no EEBA e<br />

formou-se em Mecânico Torneiro e<br />

Desenhista Mecânico em 1965 pela<br />

antiga Escola Industrial.<br />

Diplomado, o jovem Ivan trabalhou<br />

como torneiro por dois meses na<br />

Fábrica Irmãos Manoel, no bairro do<br />

Carmo, e partiu então para a faculdade,<br />

onde cursou Direito por três anos<br />

na antiga FEFIARA e Faculdade de<br />

Direito de São Carlos. Decidiu no entanto,<br />

seguir a carreira de radialista e<br />

jornalista que havia iniciado em 1966<br />

na Rádio A Voz da Araraquarense,<br />

hoje Morada do Sol. Contratado na<br />

época como repórter de campo, teve<br />

como professor Adilson João Tellaroli.<br />

Ao mesmo tempo trabalhava no Diário<br />

da Araraquarense, do jornalista Roberto<br />

Barbieri, à quem Ivan sempre<br />

demonstrou sua gratidão.<br />

A partir daí consolidou sua experiência<br />

como repórter na Rádio Cultura<br />

de Araraquara; depois chefiou o<br />

jornalismo da Rádio Cultura de Ribeirão<br />

Preto, passando também pela Rádio<br />

Jauense. Foi correspondente do<br />

Diário de São Paulo, O Estado de São<br />

Paulo, Jornal da Tarde e Rádio Globo,<br />

na equipe de Osmar Santos. Atuou<br />

como repórter da Agência Folhas por<br />

três anos no litoral sul de São Paulo.<br />

Na sua volta a Araraquara, inquieto<br />

e criativo, em 1988 criou a Agência<br />

Marzo, especializada em assessoria<br />

de imprensa, propaganda e marketing,<br />

onde se mantém como diretor<br />

em uma sociedade com seu filho Carlo<br />

Endrigo Guimarães Peroni. Diante<br />

do exposto, cabe a nós expectadores<br />

da história, avalizar com honras e méritos<br />

o título conferido ao jornalista<br />

Ivan Roberto Peroni, por uma trajetória<br />

de sucesso e compromisso diante<br />

da verdade dos fatos.<br />

67|


Piloto Eduardo Luzia, em Interlagos<br />

VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS<br />

Sonhos de criança<br />

A fantasia que a gente criava quando era criança torna<br />

efetivamente o mundo mais belo e neste encantamento é que<br />

criávamos a alegria pela vida. Hoje, conseguimos lembrar<br />

deste tempo com muita saudade.<br />

Texto: Benedito<br />

Salvador Carlos,<br />

o Benê, com a<br />

colaboração de<br />

Leandro Pardine<br />

Fim de tarde de verão, perto das<br />

17 horas, e Zezé chegou defronte sua<br />

casa, com aquela ‘lambretinha’ modelo<br />

Stander, pronta para a corrida,<br />

completamente ‘pelada’ e sem as<br />

suas já poucas latarias. Tinha uma<br />

cor azul, banco de vinil preto com assento<br />

único, escapamento em forma<br />

de funil, extremamente barulhenta,<br />

produzindo muita fumaça devido à<br />

sua rica mistura de gasolina e óleo<br />

Castrol R e que ele, buscando regulagem,<br />

acelerava desmedidamente.<br />

Eu, que tinha no máximo 6 ou 7<br />

anos e em um tempo que criança ficar<br />

na rua, não representava perigo<br />

algum, na companhia de seu pai, Seu<br />

Pinante (Lindomar Braghini), que era<br />

meu padrinho de crisma, por minha<br />

única e exclusiva escolha, assistíamos<br />

a todo aquele espetáculo embasbacados.<br />

Aquele barulho me remetia ao<br />

famoso DKW nº 10, magistralmente<br />

guiado por Marinho Camargo Filho,<br />

nas corridas da ‘Avenida 36’. Evidentemente<br />

que eu não sabia o porquê,<br />

mas já era a magia do motor 2 tempos,<br />

que era o propulsor do carro e<br />

seu mesmo modelo também para a<br />

lambreta. Seu barulho ensandecido,<br />

estridente, encantador e, ao mesmo<br />

tempo, inebriante.<br />

Escutar aquele som era um balsamo<br />

para minha alma, a batida do<br />

motor, o cheiro da gasolina impregnada<br />

em meu corpo e em meus sonhos.<br />

Naquele dia eu queria ser um Zezé,<br />

um Gildo Scarpa ou Manolo.<br />

Com a chegada de minha adolescência,<br />

mais a convivência nas oficinas,<br />

fui ampliando horizontes e ganhando<br />

novos sonhos, nascendo daí<br />

então novos ídolos: Evaldo Salerno,<br />

de quem aprendi a admirar a “tocada”<br />

muito técnica e também muito agressiva.<br />

Neto era magistral, tinha a capacidade<br />

de repetir meticulosamente as<br />

curvas de forma absolutamente igual<br />

a corrida inteira, sendo técnico e, ao<br />

mesmo tempo, determinado. Se comparado<br />

a um baile, Salerno conduzia<br />

a motocicleta e Neto se apropriava do<br />

salão.<br />

Chegar em São Paulo, no Autódromo<br />

de Interlagos, foi um divisor de<br />

águas na minha vida. Tinha aqui as<br />

amizades e a convivência de ambos,<br />

acrescida de Baiano Faito (Celso Martinez),<br />

Zé Faito, Diogo Martinez, Nego<br />

(Adolpho Tedeschi), Pinho (José Manoel<br />

do Amaral Sampaio) e Edivilmo.<br />

Lá o encontro especial com Eduardo<br />

Luzia, que daqui já havia ido embora,<br />

Araraquara tinha ficado muito pe-<br />

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quena para os seus sonhos: queria<br />

mais, queria ser profissional, queria<br />

patrocínio, queria equipamentos melhores,<br />

queria novas e avançadas<br />

tecnologias, queria protagonismo.<br />

Particularmente admirava sua coragem,<br />

seu desapego com suas raízes.<br />

Seu sucesso foi imediato, primeiro<br />

ganhou o País correndo pela equipe<br />

Banaurea, da cidade de Santos, disputou<br />

com expressivos resultados o<br />

Campeonato Paulista, o Brasileiro, as<br />

Quinhentas Milhas de Interlagos por<br />

três ou quatro vezes e em dupla com<br />

Neto, as Vinte e Quatro Horas do Brasil<br />

e a Taça Centauro que ganhou com<br />

muitos méritos, conseguindo respeito<br />

e admiração de seus pares.<br />

Eduardo Luzia, diferentemente<br />

de Salerno e Victorinho Barbugli,<br />

não era um piloto agressivo, seu estilo<br />

era técnico, mais parecido com<br />

o “jeito” de Neto e Edivilmo Moraes.<br />

Fazia sua corrida em uma “tocada”<br />

só, sem erros, mantendo regularidade<br />

impressionante, também tirando<br />

todo o proveito de seu equipamento.<br />

Como todo piloto, também era sonhador<br />

e fazia verdadeiras loucuras para<br />

Lambreteiros em Araraquara<br />

Expedito Marazi e Eduardo Luzia em Araraquara<br />

competir. Uma delas, nas Quinhentas<br />

Milhas de 1972, convidou um promissor<br />

empresário aqui de Araraquara,<br />

e que era proprietário de uma Yamaha<br />

R5 350cc, dois cilindros, dois<br />

tempos, para ser seu parceiro. Sua<br />

participação, com a motocicleta emprestada,<br />

foi maravilhosa, quanto ao<br />

seu co-piloto inexperiente que era,<br />

guardamos a recordação do mesmo<br />

ter andado na contramão da pista,<br />

confundindo-se na curva da junção,<br />

que ao invés de entrar para a esquerda,<br />

entrou para a direita, provocando<br />

um caos enorme nos treinos. Noutra<br />

oportunidade, com o aval de Danilo<br />

Gregolin, seu amigo pessoal, no dia<br />

da inauguração da Loja Jumbo Eletro,<br />

aqui em Araraquara, verdadeira<br />

festa para a população, que ali se<br />

aglomerava, comprou uma Suzuki<br />

380cc, dois tempos zerinha, e, no<br />

mesmo dia autorizou José da Penha<br />

Moreira a depená-la, ficando pronta<br />

para corridas.<br />

Ao fim de sua carreira de piloto,<br />

virou um “manager”, preparador de<br />

motores espetacular, que participou<br />

ativamente das carreiras vitoriosas<br />

dos pilotos Edimar Ferreira e César<br />

Barros, ambos participantes inclusive<br />

do Campeonato Mundial de Motocicleta.<br />

Em um dos nossos derradeiros<br />

encontros, na oficina dos Faitos, rememoramos<br />

estas histórias, demos<br />

risadas, gargalhadas sem fim e choramos<br />

muito pela felicidade de uma<br />

amizade tão bonita e tão verdadeira<br />

de pilotos do Moto Clube.<br />

Velhos tempos, belos dias<br />

69|


Série<br />

Bandas e<br />

Grupos Musicais<br />

da Cidade<br />

Réveillon em Luís Antônio: Marcos, Teka, Javert, Moniki, Betinho, Naiara, Melão, Elaine e Emerson<br />

Texto<br />

Juraci Brandão<br />

de Paula<br />

BANDA PARADISE<br />

Sempre caminhou com a moda<br />

Se alguém chamá-lo de Carlos Alberto vai parecer estranho;<br />

porém, se disserem Betinho, logo poderão falar de música,<br />

paixão eterna que o criador da Banda Paradise carrega até os<br />

dias atuais. Uma linda história que ficou no tempo.<br />

Em 1974, Carlos Alberto de Oliveira,<br />

o Betinho, sonhava em tocar<br />

bateria, vendo as grandes bandas de<br />

rock da época, como Led Zeppelin,<br />

Deep Purpple e outras. Mas sonhos<br />

são para serem realizados. Em 1975<br />

o “seu” Benedito de Oliveira, seu pai,<br />

deu-lhe uma bateria Saema, toda revestida<br />

de pele de boi, que Betinho<br />

achava a coisa mais linda. Pronto.<br />

Juntou-se com Zé Henrique (José Henrique<br />

Martiniano de Oliveira - guitarra)<br />

e começaram a tocar juntos.<br />

Era uma época com poucas informações<br />

sobre música, diferente dos<br />

dias de hoje com Internet, Google,<br />

Whatsapp e outras redes sociais. O<br />

aprendizado foi na raça mesmo, ouvindo<br />

as gravações e tentando tocar<br />

igual ou pelo menos parecido.<br />

Betinho passou por várias bandas<br />

até criar coragem e montar a sua<br />

própria. No início eram seis sócios<br />

que poucos meses depois seguiram<br />

caminhos diferentes montando suas<br />

próprias bandas.<br />

A estreia oficial da Banda Paradise<br />

ocorreu no dia 3 de setembro de<br />

1989 no Clube 22 de Agosto, numa<br />

tradicional domingueira.<br />

Em 1990 a banda mudou totalmente<br />

sua formação, com os músicos:<br />

Douglas Silveira (guitarra), Emerson<br />

Silveira (baixo), Heverton Silveira<br />

(cantor), Otávio Correa (teclado), Fábio<br />

Cruzato (cantor), Daniel Paulino<br />

(sax-tenor), e o líder Carlos Alberto de<br />

Oliveira - Betinho (bateria), permanecendo<br />

assim por dois anos.<br />

Claudinho Pesse<br />

e Pedro Pollis<br />

que tiveram<br />

uma passagem<br />

marcante no<br />

elenco da<br />

Paradise<br />

Carlos Alberto de Oliveira, o Betinho, nos<br />

bares da vida<br />

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Jucka, Rene, Daniel e Claudinho<br />

A BELEZA DE UM TRABALHO<br />

Nessa época, a grande moda era<br />

a lambada, e não deixando por menos,<br />

a banda foi no ritmo, com direito<br />

a vários uniformes e bailarinos, como<br />

o Henrique e a Sheila Schiavo. Aproveitando<br />

a onda ocorreram muitos<br />

e muitos shows, dando uma alavancada<br />

logo no início da banda. Minas<br />

Gerais, Paraná e inúmeras cidades do<br />

interior de São Paulo curtiram sucessos<br />

de Kaoma, Beto Barbosa e outros<br />

intérpretes do grande sucesso que<br />

era a lambada.<br />

No final de 1991 Betinho trouxe<br />

para o grupo a primeira cantora, Cristiane<br />

Piratininga. Contratou também<br />

músicos como o saxofonista Cláudio<br />

Luiz Pesse (Claudinho), o trombonista<br />

Pedro Pollis (amigo de velha data) e<br />

em seguida o pistonista Edson Penteado,<br />

de São Carlos, completando<br />

assim o naipe de metais, o que deixou<br />

a banda ainda mais forte.<br />

Daí para a frente foram 25 anos<br />

de luta, com músicos partindo e outros<br />

chegando, sempre com raça e<br />

determinação, procurando vencer os<br />

obstáculos que apareciam.<br />

Com o passar do tempo entrou<br />

na moda o axé de Daniela Mercury,<br />

Netinho, Banda Eva e seus grandes<br />

sucessos passaram a fazer parte do<br />

repertório. Músicos como Jussara<br />

Vargas, Edson Vargas, Renê Delsin,<br />

Daniel Ordine e Teka Ferreira entre<br />

outros, contribuíram e muito para que<br />

a banda em 1995 completasse 102<br />

apresentações naquele ano e batesse<br />

o recorde em 25 anos de trabalho.<br />

O RECONHECIMENTO<br />

Grandes clubes tiveram a oportunidade<br />

de dançar ao som da Paradise,<br />

tais como: Cristovão Colombo<br />

de Piracicaba, Praia Clube de Uberlândia,<br />

Abasc de São Carlos e o Pampulha<br />

Iate Clube de Belo Horizonte.<br />

O sucesso era tanto que garantia o<br />

retorno. Nesse último, a banda abrilhantou<br />

o baile de réveillon por quatro<br />

anos seguidos.<br />

Grandes aventuras aconteceram<br />

nesses 25 anos de estrada, que em<br />

números, Betinho acredita que foram<br />

rodados cerca de 500 mil quilômetros.<br />

Segundo ele, havia sempre uma<br />

preocupação de revitalizar o trabalho<br />

do grupo que cada vez mais foi se colocando<br />

entre as melhores bandas do<br />

interior. O reconhecimento seria algo<br />

inevitável, pois o nosso empenho e<br />

comprometimento eram reais.<br />

Daniel e Rene<br />

Betinho e Érica<br />

71|


Juraci, Pedro Pollis, Teka, Betinho,<br />

Denilson, Cristiane, Douglas e<br />

Claudinho durante o encontro<br />

A Paradise procurava agradar a<br />

todos em suas apresentações e passeava<br />

pelos boleros estilo Ray Connif,<br />

sambas, chá chá chás, tudo dependendo<br />

da temática do evento. Sempre<br />

acompanhou o modismo da época,<br />

tocando também lambada, axé, sertanejo,<br />

pagode, reggae, fazendo até<br />

Feijoada comemorativa dos<br />

30 anos de criação da Banda<br />

Paradise: Juraci Brandão de<br />

Paula, Beto Filho, Pedro Pollis,<br />

Melão, Gil, Teka, Betinho e<br />

sentados Anderson e Gabriel<br />

Melão, Denilson, Fernanda, Zé Redondo, Anderson,<br />

Cristiane e Douglas se reencontram após uma<br />

grande convivência com a Paradise<br />

um cover dos Mamonas Assassinas<br />

e do “É o Tchan”.<br />

Tinha repertório adequado para<br />

a Noite Portuguesa, Baile do Hawaí,<br />

Luau, Carnaval, Réveillon, formaturas,<br />

aniversários de clubes e de cidades,<br />

sempre uniformizados a caráter. Enfim<br />

uma banda completa em todos<br />

os sentidos.<br />

A partir de 2010, os bailes começaram<br />

a perder força, com os Dj´s,<br />

noites temáticas, baladas e outros.<br />

O mercado musical para bandas de<br />

baile começou a afunilar, hoje restando<br />

apenas 10% (ou menos) do total<br />

de bandas que existiam há 20 anos.<br />

Uma pena, pois essa nova geração<br />

não teve o prazer de dançar agarradinho<br />

ou uma lambada com músicas<br />

que realmente tocavam o coração.<br />

Em 2014 a Banda Paradise, como<br />

tantas outras, resolveu fechar suas<br />

portas em razão das dificuldades de<br />

um mercado muito fraco, impossível<br />

até de sobreviver.<br />

Mas o nome Paradise ainda ecoa<br />

nos clubes em que se apresentou<br />

e jamais será esquecido. Betinho,<br />

bacharel em 2004 em Turismo pela<br />

Uniara, dedica-se a desenvolver e<br />

acompanhar projetos turísticos para<br />

várias prefeituras, inclusive a de Araraquara.<br />

Aos finais de semana ainda<br />

se apresenta na noite.<br />

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73|


UTILIDADES<br />

Scutti equipamentos e<br />

utensílios para cozinha<br />

Experiência e qualidade para<br />

atender cada vez melhor<br />

Especializada em utensílios para<br />

casa e cozinhas industriais, a Scutti<br />

vêm ao longo dos anos conquistando<br />

o mercado e os araraquarenses.<br />

Além dos melhores produtos e marcas,<br />

o cliente encontra em sua ampla<br />

loja tudo referente à gastronomia.<br />

A qualidade e a simpatia dos atendentes,<br />

já se tornaram marca registrada<br />

da Scutti e pensando na comodidade<br />

do cliente, a loja oferece também itens<br />

para a decoração de sua área gourmet,<br />

deixando seu espaço de lazer<br />

ainda mais confortável e sofisticado.<br />

Vale ressaltar que a Scutti tem uma<br />

diversidade de vestuário profissional,<br />

para que você receba os amigos como<br />

um verdadeiro chef.<br />

Panelas de<br />

ferro fundido<br />

esmaltada,<br />

utensílios para<br />

churrasco,<br />

vestuários,<br />

placas<br />

decorativas e<br />

equipamentos<br />

para cozinha<br />

industrial<br />

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Assunto MÚSICA<br />

Por Sérgio Sanchez<br />

DIONNE WARWICK:<br />

UMA VOZ BELÍSSIMA<br />

Dionne Warwick (78 anos) norteamericana<br />

natural de East Orange,<br />

Nova Jérsei ficou conhecida por interpretar<br />

grandes sucessos dos compositores<br />

Burt Bacharach e Hal David,<br />

Dionne escreveu seu nome na história<br />

da música com canções como Walk On<br />

By e This Girl’s in Love With You.<br />

Bacharach e Dionne<br />

ESPAÇO DAS AMÉRICAS<br />

Assisti seu show no Espaço das<br />

Américas, foi um dos momentos mais<br />

emocionantes de minha vida. Juntamente<br />

com meu querido amigo Beto<br />

Placco, ficamos a 10 metros do palco<br />

e a cada música uma emoção, pois<br />

estávamos diante de uma diva belíssima.<br />

Uma nobreza no cantar que nos<br />

deixou fascinados com sua voz, afinação<br />

e delicadeza em seus movimentos.<br />

Inesquecível.<br />

INFLUÊNCIAS<br />

A cantora teve influência de música<br />

gospel em sua infância, estilo que<br />

moldou a maneira como cantava. Seus<br />

primeiros sucessos são dos anos 60.<br />

Nesta fase, destaque para Don’t Make<br />

Me Over, que ajudou a alavancar sua<br />

carreira.<br />

BURT BACHARACH E HAL DAVID<br />

Chamou a atenção de David e Bacharach<br />

que estavam procurando a voz<br />

ideal para suas sentimentais baladas.<br />

Com ela, rapidamente várias músicas<br />

que a dupla escreveu se tornaram sucesso<br />

com a sua voz, como “Walk On<br />

By”, “Do You Know The Way To San<br />

Jose?”, “Alfie” e “I’ll Never Fall In Love<br />

Again”. Entretanto, outras da autoria de<br />

David/Bacharach ficaram consagradas<br />

nas vozes de outros artistas, porém,<br />

gravadas primeiramente por Dionne<br />

durante os anos 60, como “They Long<br />

To Be - Close To You”, “Raindrops Keep<br />

Fallin’ on My Head”, “What The World<br />

Needs Now”, “The Look of Love”, entre<br />

outras.<br />

GRANDES DUETOS E OS<br />

GRANDES NOMES DA MÚSICA<br />

NACIONAL E INTERNACIONAL<br />

Todos os grandes queriam cantar<br />

com Dionne. Dueto com Stevie Wonder<br />

em 1985, da trilha sonora do filme “A<br />

Dama de Vermelho” e também “Love<br />

Power”, dueto com Jeffrey Osborne<br />

em 1987. Dionne também participou<br />

de duas músicas beneficentes, ambas<br />

em 1985: We Are The World, fazendo<br />

parte dos USA For África ao lado de<br />

várias estrelas da música americana e<br />

também That’s What Friends Are For,<br />

ao lado de Stevie Wonder, Elton John<br />

e Gladys Knight, escrita pelo seu velho<br />

amigo Burt Bacharach em conjunto<br />

com Carole Bayer Sager. Em 1990, Dionne<br />

lançou um disco que reverencia um<br />

grande músico norte-americano: Cole<br />

Porter, destacando a música “Begin<br />

The Beguine”.<br />

BRASILEIRA DE CORAÇÃO<br />

Sendo ela uma brasileira de coração e que adora a<br />

nossa música, morando na Bahia e no Rio de Janeiro,<br />

cantou algumas vezes com Ivan Lins, Simone, Jorge Ben<br />

Jor, um privilégio para todo artista.<br />

UMA CARREIRA DE SUCESSOS<br />

Comemora 5 décadas de sucesso, ganhadora de 5<br />

grammy, temas de filmes, mais de 100 milhões de discos<br />

vendidos... É muita coisa... melhor parar por aqui.<br />

A DIVA DA MÚSICA: DIONNE WARWICK<br />

75|


VIP<br />

VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

E as nossas crianças?<br />

Olá, querido leitor! Inicio o meu texto com o coração<br />

“apertado”, por conta de tantos acontecimentos dolorosos,<br />

envolvendo nossas crianças. Nada mais pertinente<br />

relembrarmos a importância do Estatuto da Criança e do<br />

Adolescente (ECA). Penso que precisamos ser vigilantes em<br />

relação aos direitos das crianças. O ECA foi instituído pela Lei<br />

8.069, no dia 13 de julho de 1990, e regulamenta os direitos<br />

das crianças e dos adolescentes, inspirado pelos projetos<br />

fornecidos pela Constituição Federal de 1988, adotando uma<br />

série de regras internacionais. Não podemos ser omissos!<br />

Precisamos ter com todas as crianças, os mesmos olhos<br />

amorosos que temos com as crianças da nossa família.<br />

Não adianta constar no calendário que em 12 de outubro<br />

é comemorado o Dia da Criança, se na prática não fazemos<br />

nada. Que tal apadrinhar ou amadrinhar uma criança? A<br />

Creche do Carmo permite que você faça isso. São mais de 60<br />

crianças. Informações pelo fone: (16): 3336 5586. Doe o seu<br />

amor e faça a diferença na vida de uma criança!<br />

Clube Araraquarense<br />

Fotos: Marcela Campos<br />

Júnior Santos, Rafael Gibim e Devair Nicolau<br />

A loja Curumim Brinquedos Criativos comemorou<br />

um ano de sucesso com uma tarde gostosa para<br />

os pequenos.<br />

Nora Hanna, Solange Affonso, Raíssa<br />

Assunção e Rodrigo Laguna<br />

Regina Ferrarezi, Diogo Nogueira e<br />

Sidney Ferrarezi Junior<br />

|76


Mulheres Empreendedoras<br />

Valéria Marchetti Manunta é uma mulher<br />

empreendedora. Sua significativa experiência<br />

na área financeira foi determinante para aceitar<br />

o desafio, retornando para Araraquara como<br />

agente digital de negócios do Banco Original.<br />

Com uma proposta inovadora, tanto para<br />

pessoas físicas ou empresas, o cliente pode abrir<br />

a sua conta sem burocracia, e usar em um único<br />

aplicativo. E quando precisar de um atendimento<br />

personalizado, a Valéria oferece um atendimento<br />

presencial diferenciado aos seus clientes.<br />

(16) 99638 1092<br />

Empreendedora, comprometida, e sempre<br />

atualizada, Roberta Ferrari é uma mulher de<br />

negócios. Proprietária da Global Ferro e Aço, a<br />

empresária brindará os seus clientes com uma<br />

surpresa para lá de especial, por conta dos dez<br />

anos da empresa. Fundada em 2009, o novo<br />

prédio da Global será inaugurado no dia 11 de<br />

outubro. Um espaço moderno, de fácil acesso,<br />

amplo e com muitas facilidades para atender a<br />

todos com excelência e profissionalismo.<br />

SEU DINHEIRO DE VOLTA<br />

Obtenha benefícios<br />

enquando compra<br />

Lucas Henrique da Silva<br />

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Lucas Henrique<br />

Tiago Coelho<br />

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Vinicius Lopes Campos<br />

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Vinicius Lopes<br />

16 99730.8784<br />

Edifício Victória Business<br />

Av. Rodrigo Fernando Grillo, 207<br />

Sala 1610 - 16° Andar<br />

Jardim dos Manacas, Araraquara<br />

@globalferroeacoararaquara<br />

@globalferroeaco<br />

Tony Lunardi e Mirian Onofre<br />

Narendranath Borges e Márcia<br />

Regina do Nascimento Turin<br />

Alessandra Rodarte<br />

e Johnson Rogenski<br />

77|


Maribel Santos<br />

VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

José Felix Uchoa, Leila Garitta e Márcia Beserra<br />

Márcia Caffarelli, Marilene Ramos<br />

e Angela Bergo<br />

Márcia Gianinni e Edmilson Oliveira<br />

Jaqueline Pereira e<br />

Fábio Silva<br />

O casal Sossolote, Gilda Costa<br />

Vieira e Rodrigo Coutinho<br />

As irmãs Zenatti, Vera Lúcia<br />

e Wilma Maria<br />

|78


Aniversário surpresa!<br />

A queridíssima Ana Araujo foi surpreendida<br />

com uma festa surpresa, na CS Araraquara. A<br />

aniversariante passou o dia 12 de setembro, data<br />

do seu aniversário, na cidade do Rio de Janeiro e<br />

quando retornou foi abraçada por algumas amigas<br />

que puderam comparecer ao evento. Noite especial<br />

para quem é igualmente especial. Parabéns, querida!<br />

Jocelito<br />

Machado, Ana<br />

Araujo e seu filho<br />

Gabriel Araujo<br />

Marisa Miranda e Ana Araujo<br />

Laís Souza e a<br />

aniversariante<br />

79|


VITRINE<br />

VITRINE<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

JOÃO CARLOS<br />

Naquele dia deu tudo certo para<br />

o casal Fernanda-João Henrique<br />

de Souza Freitas e a filha Maria<br />

Clara: Foto ao lado do cantor e<br />

compositor Almir Sater<br />

ANIVERSÁRIOS<br />

NATÁLIA GUILE<br />

Desde julho, Araraquara<br />

conta com um novo<br />

serviço de beleza feminina:<br />

Natália Guile e sua equipe de profissionais<br />

o Design Express de<br />

Sobrancelhas. Agora não<br />

há necessidade de agendar<br />

horários. É só comparecer<br />

na hora que for mais<br />

conveniente e fazer o<br />

Design das sobrancelhas e<br />

o Design com Henna numa<br />

linda micropigmentação.<br />

É o único local de<br />

Araraquara com este<br />

serviço express, diz sua<br />

proprietária, Natália Guile. Sede da clínica<br />

Outubro|<strong>2019</strong><br />

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA<br />

01/10<br />

02/10<br />

03/10<br />

03/10<br />

05/10<br />

05/10<br />

05/10<br />

06/10<br />

06/10<br />

06/10<br />

06/10<br />

07/10<br />

07/10<br />

07/10<br />

08/10<br />

08/10<br />

09/10<br />

10/10<br />

10/10<br />

11/10<br />

11/10<br />

11/10<br />

12/10<br />

13/10<br />

NOME<br />

Odilon Lamoréa Lapena<br />

Elza Amaral Rodrigues<br />

Ana Cláudia dos Reis<br />

Donizete Fuzari<br />

Geraldo Rosário Beltrame<br />

Matheus Bernardo Delbon<br />

Máximo Clemente Delbon<br />

Élio Lio Santos<br />

Hermínio Falavinha Neto<br />

Luiz Carlos Penha Fiel<br />

Paulo Edison Regolão<br />

Armando Sérgio Malvesi<br />

David Machado<br />

Laura Marçola Veiga<br />

Gerson Braz<br />

Izabelle Bou Assi Dahab<br />

Jaqueline Marson<br />

Antônio José Laurindo<br />

Euranice M. R. Barrancos<br />

Carmo Zingarelli<br />

Martha Pallone Hespanholo<br />

Tatiana Piovesan Casale<br />

Maderli Marçola Veiga<br />

Marco Antônio Estrella<br />

EMPRESA<br />

Supermercado 14<br />

Turística Sonhomeu<br />

Hairtrix Cosméticos<br />

Escritório Fuzari de Contabilidade<br />

Escr. Beltrame de Contabildade<br />

Dangá<br />

Bazar Sensação<br />

World Game<br />

Auto Posto Rua 16<br />

Helibombas<br />

Móveis Estrela<br />

Escritório Global de Contabilidade<br />

Dmx Eletrodomésticos<br />

Lm Casual<br />

Arezzo<br />

Kibelanche<br />

WL Instalação e Automação<br />

Escritório Toloi de Contabilidade<br />

Francine Jóias<br />

Sapataria Rápida<br />

Font Imóveis<br />

A Sertaneja<br />

Liliantex Masculina<br />

Droga Ven<br />

DATA<br />

13/10<br />

14/10<br />

16/10<br />

16/10<br />

18/10<br />

18/10<br />

18/10<br />

18/10<br />

18/10<br />

19/10<br />

21/10<br />

22/10<br />

23/10<br />

24/10<br />

24/10<br />

26/10<br />

27/10<br />

27/10<br />

27/10<br />

28/10<br />

28/10<br />

29/10<br />

30/10<br />

31/10<br />

NOME<br />

Paulo Roberto Carpigiani<br />

Renato Aparecido Brizolari<br />

Douglas Piquera Moreno<br />

Geraldo José Cataneu<br />

Camila Cristina Claudino<br />

Eduardo Agazarian<br />

Misao Nakano<br />

Orlando Bonifácio Martins<br />

Teresa Shinzato Takatsui<br />

Aleysson M. Rodrigues<br />

Aparecida Pavanelli<br />

Luiz Fernando Cabral Bueno<br />

Orlando Inácio Rodrigues<br />

Adilson F. dos Santos Júnior<br />

José Augusto Prebil<br />

Moacir Zanatta<br />

Mateus Antoniolli Vicente<br />

Roberto Carlos de Aguiar<br />

Thatiana Domingues Dias<br />

Donisete Daniel Orlando<br />

Thiago Luís Barroti<br />

Eric Estevam Lamante<br />

Everaldo Luciano de Oliveira<br />

Maria Aparecida Pastre<br />

EMPRESA<br />

Escritório Três R<br />

Brizolari Materiais p/ Construção<br />

Vitória Com. de Areia e Pedra<br />

A. G. R. Materiais p/ Construção<br />

Galpão<br />

Via Armênia<br />

Suikan Vidros<br />

Escritório Visão de Contabilidade<br />

Foto Fuji<br />

Papel Arte<br />

Chaveiro Pavanelli<br />

Totalle BR Mania<br />

Lubrara<br />

Óticas Fabrilen<br />

Radiadores Prebil<br />

Escritório Itápolis<br />

S.R. Comercial<br />

Beto Serviços Contábeis<br />

Drogaria Saúde<br />

Tapeçaria Sol<br />

Barroti Lingerie<br />

Condomino Res. Jardim Tropical<br />

Estradão Auto Center II<br />

Esc. Lumasi de Contabilidade<br />

|80


Orlando, Edna, Eduardo, Andreia, Caetano, Camila,<br />

Deliza e Rosângela<br />

André, Sheila, Daniel, Débora, Paulo, Ana,<br />

Hwang Júnior e Elis<br />

Douglas,<br />

Edson<br />

Hel, Benê,<br />

Damiano,<br />

Renato e<br />

Juliana<br />

Da esquerda<br />

para direita:<br />

Fabrício,<br />

Marcelo,<br />

Walter, Maria<br />

Cristina,<br />

Carlos e<br />

Daniela<br />

Teresinha, Roberto, Sueli, José Antônio,<br />

Jofre, Cleonice, Márcio e Camila<br />

Marcos, Teresinha, Paulo, Elisabete, Dimas,<br />

Cristiane, Petrônio e Maria Zilda<br />

Camila, Maria Zilda,<br />

Elisabete, Orlando,<br />

Fabiana, Eduardo,<br />

Oton, Bruna, João Vítor,<br />

Andressa e Paulo<br />

Marcel, Mônica,<br />

Roberto, Márcia,<br />

Lilian, Fernando<br />

e Luci<br />

81|


Crônica familiar<br />

Luís Carlos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e cronista da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />

Natália Ginzburg nasceu em<br />

Palermo, na Sicília, em 1916 e<br />

ao ler seu livro, “Léxico familiar”,<br />

fez-me recordar minha mãe, descendente<br />

de italianos, nascida<br />

em 1912 em Jurema, hoje Jurupema,<br />

distrito de Taquaritinga.<br />

Viveram a mesma época, uma na<br />

Europa, outra no Brasil, entre as guerras<br />

mundiais e algumas coincidências<br />

de ideias houveram entre elas,<br />

guardadas as devidas proporções.<br />

Assim, o nome de minha mãe,<br />

Splende, tal como o de seu irmão,<br />

Avenir, foram extraídos dos primeiros<br />

versos do“Inno dei Lavoratori”<br />

(ou “Canto dei Lavoratori”) escrito<br />

em 1886, de autoria de FilippoTurati,<br />

fundador do Partido Socialista<br />

Italiano: “Sufratelli, sucompagne/<br />

suvenite in fittaschiera: / sulla libera<br />

bandiera /splendeil sol dell’avvenir”.<br />

Uma homenagem, anarquistas/socialistas<br />

que eram meus<br />

avós, àquele líder político que<br />

certa vez foi acolhido pela família<br />

de Natália em Turim, perseguido<br />

pelos fascistas de Mussolini.<br />

Recordo-me do que ela me disse:<br />

que seu pai enterrou o retrato<br />

do Duce. Então o admirava e seguia?<br />

Não. É que no início de sua<br />

vida política, Mussolini fazia parte<br />

do Partido Socialista Italiano;<br />

depois é que se tornou ditador.<br />

A família de Natália, de origem<br />

judia e que fazia parte da resistência,<br />

foi perseguida pelos fascistas e seu<br />

marido, Leone Ginzburg, foi torturado<br />

e morto pelos nazistas em Roma.<br />

Splende escrevia crônicas e artigos<br />

no jornal do qual seu pai era<br />

dono; depois tornou-se proprietária<br />

quando a legislação ditatorial<br />

de Getúlio Vargas obrigou os<br />

italianos (e também os alemães e<br />

japoneses) radicados no País — e<br />

que foram perseguidos —, a não<br />

possuírem bens em seus nomes.<br />

Sua formação — também foi<br />

professora no meio rural —, embora<br />

não formada, era e sempre foi<br />

democrática e se revoltava contra<br />

as injustiças de toda ordem. Recebia<br />

na redação do jornal notícias e<br />

informações sobre o andamento dos<br />

combates na Europa e também panfletos<br />

com as fotos chocantes e impressionantes<br />

sobre as atrocidades<br />

praticadas pelos nazistas nos campos<br />

de concentração na Polônia.<br />

Nas correspondências românticas<br />

que trocava com meu pai, que<br />

também na mocidade era jornalista<br />

e cronista, transmitia algumas<br />

ideias que seriam avançadas na<br />

época, sobre a participação ativa<br />

da mulher na vida política e social<br />

do País. Teria sido talvez uma espécie<br />

de feminista, “avant lalettre”.<br />

Contava-me que na fazenda<br />

onde lecionava devorava os clássicos<br />

romances do início do século<br />

sob a lamparina à querosene, a tal<br />

ponto que sua face ficava toda cheia<br />

de fuligem. Lembro-me também<br />

dos livros de Stefan Zweig, caprichosamente<br />

encadernados e guardados<br />

na estante de casa, como<br />

“Carta de uma desconhecida”e<br />

“Amok”, escritor austríaco de<br />

origem judaica que, fugindo<br />

de Hitler, suicidou-se no Brasil.<br />

Deixou de trabalhar quando se<br />

casou e mudou-se para uma cidade<br />

maior, num tempo em que a mulher<br />

deveria ficar em casa a trabalhar<br />

nos serviços rotineiros domésticos.<br />

Era o “zeitgeist”, o espírito da época.<br />

Embora pretendesse sempre<br />

“montar uma livraria”, nunca conseguiu.<br />

Teve de criar seus três filhos<br />

e educá-los dentro dos princípios<br />

socialistas em que também foi formada<br />

pelo pai italiano, o Maestro<br />

Oliviero e, claro, influenciada pelo<br />

marido, livre-pensador e democrata.<br />

Hoje seria considerada moderna<br />

pela intensa participação da<br />

mulher em todo mundo, em todos<br />

os setores de atividade: artística,<br />

social, política e econômica. Creio<br />

que também teria gostado de ler os<br />

livros da escritora Simone de Beauvoir,<br />

nascida em 1908 na França e<br />

que esteve em Araraquara há exatos<br />

50 anos, em companhia de seu<br />

companheiro Jean-Paul Sartre, filósofo<br />

existencialista que proferiu uma<br />

memorável palestra na então Faculdade<br />

de Filosofia Ciências e Letras.<br />

E que foi pioneira na emancipação<br />

da mulher, como relata em seu livro<br />

autobiográfico, “A força da idade”.<br />

Se tivesse nascido na Itália, por<br />

sua formação, talvez tivesse passado<br />

pelas agruras pelas quais<br />

Natália Girzburg passou: perseguições<br />

dos nazifascistas, fome,<br />

mortes na família. A Europa sofreu<br />

duramente nas duas grandes guerras;<br />

mesmo assim recuperou-se,<br />

coisa essa que aqui nunca ocorreu.<br />

Ainda estamos no paraíso.<br />

Quase até o fim da vida continuava<br />

ligada nos acontecimentos<br />

políticos, inconformada com as posições<br />

e atitudes de alguns líderes<br />

em fins do século passado. Gostaria<br />

até, como boa mãe que era, que me<br />

desse algum conselho, que o seguiria,<br />

como bom filho, sobre a atual<br />

situação por que passa nosso país.<br />

Porque parece que os tradicionais<br />

países considerados democráticos<br />

passam por uma fase populista,<br />

quase que como uma era<br />

pré-fascista, nos mesmos moldes<br />

dos acontecimentos que anteciparam<br />

as trágicas guerras mundiais.<br />

Mas esse é assunto para outra<br />

crônica.<br />

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