EMPREENDA REVISTA - ED. 28 - MAITÊ PEDROSO - SET/19
Revista de Negócios focada no público empreendedor
Revista de Negócios focada no público empreendedor
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04
07 05
06<br />
SUMÁRIO<br />
10 <strong>EMPREENDA</strong><br />
SUMMIT BH<br />
18 COMO FAZER O TIME<br />
DE VENDAS<br />
USAR UM CRM?<br />
22 COMO A DISNEY INTER-<br />
NACIONALIZOU SEUS<br />
PARQUES<br />
38 COMO SE PREPARAR<br />
PARA INTERNACIO-<br />
NALIZAÇÃO DE NEGÓ-<br />
CIOS?<br />
44 UM OLHAR A PARTIR 50 COMO SE TORNAR<br />
DAS MUDANÇAS<br />
UM INFLUENCIADOR<br />
E VENDER MAIS PARA<br />
SEUS SEGUIDORES!<br />
<strong>28</strong>
07<br />
<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
MAIS UM PAÍS PARA DESBRAVARMOS!<br />
Setembro chegou cheio de novidades, por aqui,<br />
estamos muito felizes em te dizer que além do<br />
Japão, a Empreenda Revista, passa a contar com<br />
mais um País para desbravar, sim, começamos<br />
nosso posicionamento nos Estados Unidos. E por<br />
quê? Bom, nossa missão é entregar conteúdo relevante<br />
e aplicável aos empreendedores e onde<br />
tem brasileiro empreendendo terá Empreenda<br />
Revista. Há, nos Estados Unidos, uma ampla comunidade<br />
de empreendedores brasileiros e a<br />
partir desse mês passaremos a entregar nosso<br />
conteúdo a eles.<br />
Para iniciar com chave de ouro, nossa capa do<br />
mês é a empreendedora Maitê Pedroso, ela que<br />
é CEO da Miss Pink e acabou de receber um investimento<br />
de 10 milhões de dólares para iniciar<br />
as atividades da Miss Pink em solo americano.<br />
Em especial nessa edição, trazemos um conteúdo<br />
voltado a internacionalização, queremos te<br />
inspirar a dar passos maiores em seu negócio,<br />
sim, é possível internacionalizar, é possível ter a<br />
sua marca exposta para o mundo.<br />
Nossos colunistas entregaram suas experiências<br />
em internacionalização e tenho certeza que você<br />
vai aprender muito com todos os artigos.<br />
Em agosto, tivemos o Empreenda Summit BH,<br />
primeiro evento da Empreenda Revista fora de<br />
São Paulo, durante 8 horas de evento, entregamos<br />
muito conteúdo aos participantes, ainda<br />
esse ano teremos mais uma versão do Empreenda<br />
Summit em outra cidade pelo Brasil. Em breve<br />
divulgaremos o calendário.<br />
Venha fazer parte dessa comunidade de empreendedores,<br />
estamos nos conectando mundialmente<br />
para que cada vez mais possamos entregar<br />
um conteúdo relevante e aplicável a você<br />
que empreende e que quer ter sucesso em seus<br />
negócios. Acesse nosso portal, www.empreendarevista.com.br<br />
e faça sua assinatura da Empreenda<br />
Revista.<br />
Queremos estar próximos de você, por isso sugestões<br />
de pautas, eventos, palestras, podem<br />
ser enviadas para o nosso e-mail redacao@empreendarevista.com.br.<br />
@empreendarevista<br />
/empreendarevista<br />
@empreendarev<br />
/empreenda-revista<br />
Desejo a todos uma<br />
boa leitura e até a<br />
próxima!<br />
ELAINE JULIÃO<br />
Diretora da<br />
Empreenda Revista<br />
Errata:<br />
Na página <strong>28</strong> da Edição 27, foi informado<br />
que a Patricia chegou a pesar<br />
120kgs, na verdade foram 85kgs.<br />
EXP<strong>ED</strong>IENTE<br />
<strong>EMPREENDA</strong> <strong>REVISTA</strong><br />
ANO III | <strong>ED</strong>IÇÃO <strong>28</strong> | Setembro 20<strong>19</strong><br />
www.empreendarevista.com.br<br />
contato@empreendarevista.com.br<br />
DIRETORA RESPONSÁVEL<br />
Elaine Julião<br />
elaine@empreendarevista.com.br<br />
DEPTO. MARKETING<br />
Sidney Santos<br />
marketing@empreendarevista.com.br<br />
R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
Eliz Claro<br />
redacao@empreendarevista.com.br<br />
ASSINATURA:<br />
www.empreendarevista.com.br/assinaturas<br />
FALE CONOSCO<br />
(11) 4546-7271<br />
DEPARTAMENTO COMERCIAL<br />
comercial@empreendarevista.com.br<br />
Produção de conteúdo e desenvolvimento<br />
Grupo Empreenda - Rua Cedral, 91 - Mauá<br />
CNPJ: 10.378.146/0001-29<br />
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO<br />
Carlos Celice | Designer Gráfico<br />
carloscelice@gmail.com<br />
FOTO CAPA<br />
Arquivo Pessoal<br />
A <strong>EMPREENDA</strong> <strong>REVISTA</strong> é uma publicação<br />
mensal. A revista não se responsabiliza por<br />
conceitos e opiniões emitidas em colunas<br />
assinadas e materiais divulgados em<br />
anúncios publicitários.
08<br />
COLUNA DO LEITOR<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO DE AGOSTO DA <strong>EMPREENDA</strong><br />
É SUCESSO NAS R<strong>ED</strong>ES SOCIAIS
09 07
10<br />
EVENTO<br />
<strong>EMPREENDA</strong> SUMMIT BH<br />
Dando início aos eventos itinerantes da Empreenda Revista,<br />
o Empreenda Summit foi realizado em Belo Horizonte<br />
no Raja Valley para empreendedores locais.<br />
O Emprenda Summit, evento realizado pela Empreenda<br />
Revista, aconteceu no último dia 24 de agosto, em Belo<br />
Horizonte. Com seis palestras, um case de sucesso e um<br />
painel, o evento entregou muito conteúdo aos presentes.<br />
A primeira parte do evento contou com a palestra de<br />
Fred Rocha, que falou a todos da importância de serem<br />
vendedores e que a inovação é simples, é necessário fazer<br />
o básico.<br />
A KRURG BIER, trouxe seu case de sucesso e mostrou<br />
como através das ações de Neuromarketing está ganhando<br />
o mercado mineiro.<br />
Agenda Consulta, GUILHERME ARRUDA, CEO da Startup<br />
VG Resíduos, <strong>ED</strong>UARDO CARNEIRO, sócio da Startup<br />
Tag Plus, PRISCILA SPADINGER, advogada e JANA-<br />
ÍNA BHERINGER, Diretora do Founder Institute BH que<br />
mediou o painel.<br />
CRISTIANO LOPES, trouxe um pouco do que aprendeu<br />
na última NRF, maior evento de varejo do mundo, que<br />
acontece anualmente nos EUA. E motivou os presentes<br />
a buscarem melhores relacionamentos em seus negócios.<br />
RENNER SILVA, um dos maiores palestrantes em Ciência<br />
da Felicidade do Brasil, encerrou o Empreenda Summit<br />
BH, emocionando a todos e mostrando que é importante<br />
o empreendedor buscar os 5 pilares da felicidade,<br />
pessoas felizes rendem mais, segundo o palestrante<br />
que lançou sua hashtag #GenteFelizNaoEncheoSaco<br />
A G2 CAPITAL esteve presente no evento e informou<br />
como é possível conseguir um investimento anjo para<br />
o seu negócio. Luiza ensinou aos presentes estruturar<br />
sua proposta de investimento e as melhores fases para<br />
investimento de uma startup.<br />
Já a DRA ERIKA STANCOLOWITH, fechou a manhã com<br />
uma palestra sobre resiliência, mostrando aos participantes<br />
a importância de controlar o stress e a pressão<br />
sofrida no decorrer do seu negócio.<br />
Logo após o almoço, os participantes do Empreenda<br />
Summit tiveram acesso a muito conteúdo de vendas,<br />
como a palestra do THIAGO OLIVEIRA, do Varejo Show<br />
e empreendedor local que mostrou como é possível ter<br />
um negócio de proporção nacional, segundo Thiago, é<br />
importante pensar grande.<br />
O Painel Startup, falou sobre a internacionalizou e teve<br />
como painelistas THIAGO MENDES CEO da startup<br />
“PARA NÓS FAZER ESSE PRIMEIRO EVEN-<br />
TO FORA DE SÃO PAULO É UM GRANDE<br />
DESAFIO E AQUI NA <strong>EMPREENDA</strong> SOMOS<br />
MOVIDOS A DESAFIOS. FOI UMA HONRA<br />
PODER LEVAR UM POUCO DO CONTEÚ-<br />
DO QUE ENTREGAMOS MENSALMENTE<br />
NA <strong>REVISTA</strong> PARA MAIS DE CEM PESSO-<br />
AS AQUI EM BELO HORIZONTE, CIDADE<br />
ONDE RESPIRA EMPREEND<strong>ED</strong>ORISMO E<br />
ONDE TEMOS MUITOS ASSINANTES”<br />
afirma Elaine Julião, CEO da Empreenda Revista.<br />
O Evento contou com o patrocinio das empresas, RAJA<br />
VALLEY, DOCÊDOCÊ e KRUG BIER, que proporcionou<br />
o Happy Hour, ao final do evento, regado a muito<br />
chopp artesanal.
11<br />
EVENTO
12<br />
EMPREEND<strong>ED</strong>ORES<br />
PELO MUNDO<br />
STARTUPS BRASILEIRAS ABREM<br />
MERCADO EM PORTUGAL<br />
POR MEIO DE PROGRAMAS DE INCENTIVOS<br />
OFERECIDOS PELO GOVERNO PORTUGUÊS,<br />
AS STARTUPS BRASILEIRAS ESTÃO SE CON-<br />
SOLIDANDO EM TERRAS LUSAS.<br />
O nascimento das primeiras startups de Portugal surgiu<br />
há pouco menos de dez anos, e hoje o país desponta<br />
como um dos maiores celeiros mundiais nesse nicho.<br />
Empreendedores do mundo inteiro são atraídos pelos<br />
incentivos do governo português, que caminha para se<br />
tornar o maior hub de tecnologia, inovação e empreendedorismo<br />
da Europa.<br />
Com custo de vida bem menor do que os países vizinhos<br />
– como Alemanha e França –, além da alta qualidade de<br />
vida, Portugal deixou de ser visto apenas como um destino<br />
turístico, para ser reconhecido como o país europeu<br />
das startups, que possui um governo que desenvolve<br />
programas de fomento a competitividade da economia,<br />
criação de emprego e atração de investimentos. De<br />
acordo com o relatório da State of European Tech, a facilidade<br />
de acesso ao mercado local (desburocratização) e<br />
financiamentos com taxas baixas de juros, torna Portugal<br />
um dos favoritos para se investir. A multiplicação de<br />
centros de empreendedorismo, redes de investidores<br />
e políticas de incentivo à inovação são fatores determinantes<br />
para a ascensão do ecossistema português.<br />
Outro passo importante pensando nas startups, foi a<br />
criação do programa Startup Visa Portugal, anunciado<br />
oficialmente durante o WebSummit 2018. Trata-se de<br />
um visto que permite aos empreendedores de qualquer<br />
lugar do mundo abrirem uma empresa inovadora em<br />
Portugal e, assim, obterem a permissão de residência<br />
no país. “Portugal aposta na nova geração de empreendedores<br />
com programas atraentes de redução de<br />
impostos e desburocratização. Para se ter uma ideia,<br />
é possível abrir uma empresa em menos de 24 horas”,<br />
revela o co-founder da Atlantic Hub, Thiago Matsumoto.<br />
A Startup Portugal – associação privada sem fins lucrativos,<br />
que integra a Estratégia Nacional para o Empreendedorismo<br />
–, mostrou que as startups e empreendedores<br />
impactaram em 1,1% (cerca de 2,2 bilhões de<br />
euros) no PIB português. Na última pesquisa realizada,<br />
em 2018, a associação revelou que os empregos neste<br />
setor subiram de 15.534 para 25.084, e que as startups<br />
foram cruciais para o crescimento do volume de exportações,<br />
que subiu de 673 milhões de euros para 1,121<br />
bilhões. De olho nesse mercado, as startups brasileiras<br />
estão cada vez mais presentes em terras lusas. Conhecidas<br />
por apresentarem soluções inovadoras, esses tipos<br />
de empresas estão internacionalizando seus negócios<br />
para lá. “Ainda há muito o que explorar no Brasil, mas é<br />
importante entender que o mercado internacional não<br />
só blinda para eventuais dificuldades, mas também<br />
prepara para competir melhor aqui e lá fora. Para isso,<br />
é fundamental contar com mecanismos importantes<br />
de apoio, para ajudar no planejamento e estratégias<br />
de sucesso”, explica Guilhermo Pires de Queiroz, CEO<br />
e founder da Biosolvit, startup reconhecida como uma<br />
das 12 melhores do mundo.<br />
O cenário promissor entre os dois países pode ser medido<br />
pelos <strong>28</strong> mil novos títulos de residências a cidadãos<br />
brasileiros, de acordo com o SEF – Serviço de Estrangeiros<br />
e Fronteiras português. Com isso, o total de brasileiros<br />
residindo legalmente em terras lusitanas ultrapassou<br />
a marca dos 100 mil. Só nos primeiros quatro meses<br />
de 20<strong>19</strong> foram concedidas 17 mil autorizações de residência<br />
- média aproximada de seis por hora.<br />
Reconhecido por ser um dos maiores eventos sobre empreendedorismo,<br />
inovação e internacionalização entre<br />
Brasil e Portugal, o Atlantic Connection tem o objetivo<br />
de informar e atualizar questões que envolvem a obtenção<br />
da nacionalidade até oportunidades de investimentos<br />
e mercado de trabalho em terras portuguesas. “O<br />
Atlantic Connection apresenta o status atual de Portugal.<br />
O número de investidores e startups brasileiras<br />
no WebSummit tem triplicado nos últimos anos, graças<br />
às iniciativas como esta, que divulgam o maior e mais<br />
importante evento de Portugal da atualidade. Ouvir ao
13<br />
vivo os testemunhos reais de startups, investidores e<br />
empresários brasileiros que estão em Portugal é fundamental,<br />
pois mostra os casos de sucesso e insucesso”,<br />
explica o Presidente da Federação das Câmaras Portuguesas<br />
de Comércio no Brasil, Nuno Rebelo de Souza.<br />
A terceira edição do Atlantic Connection foi realizada<br />
neste último sábado (24), no Teatro CIEE, em São Paulo<br />
(SP), e contou com a participação de mais de 250 pessoas<br />
entre empreendedores, empresários e investidores.<br />
Organizado pela Atlantic Hub, o encontro teve a abertura<br />
do vice-consul geral de Portugal no Brasil, Hugo Andrade<br />
Gravanita, destacando a mudança na economia<br />
do país que, acima de tudo, ganhou visibilidade.<br />
ATLANTIC AWARDS<br />
Entre os painéis realizados no período da tarde, houve<br />
o Atlantic Awards – uma disputa que reuniu dez startups<br />
com potencial de internacionalização de negócios.<br />
Todas fizeram um pitch de quatro minutos, com mais<br />
quatro minutos para perguntas e respostas. Elas foram<br />
avaliadas por uma banca altamente qualificada e a vencedora<br />
participará da Missão WebSummit Lisboa 20<strong>19</strong><br />
com tudo pago pela Atlantic Hub.<br />
urinar. A empresa trabalha com uma solução biodegradável,<br />
ecologicamente correta e que atua nas características<br />
físico-químicas da urina, removendo o odor,<br />
alterando a coloração, odorizando e higienizando o banheiro,<br />
sem utilizar água. “Vencer esse prêmio foi muito<br />
importante para nós, pois estamos em uma fase na qual<br />
olhamos para o mercado externo e tentamos entender<br />
quais são as principais oportunidades lá fora que nos<br />
favorece nesta internacionalização. Vencer este prêmio<br />
muda o nosso dia-a-dia e o nosso futuro, pois nos abrirá<br />
as portas para Portugal e a Europa toda”, disse o CEO<br />
da Piipee, Ezequiel Vedana da Rosa.<br />
Organizado pela Atlantic Hub, o 3º Atlantic Connection<br />
cumpriu a missão.<br />
“LOTAMOS A CASA, APRESENTAMOS CONTEÚDO DE QUA-<br />
LIDADE E MUITAS NOVIDADES QUE SURPREENDERAM E<br />
MOTIVARAM O PÚBLICO. LUTAMOS PELO EMPREENDE-<br />
DORISMO NO BRASIL E ESTAMOS ENGAJADOS NO SU-<br />
CESSO DAS PESSOAS QUE CAMINHAM CONOSCO NESTA<br />
JORNADA”, encerrou o também CEO da Atlantic Hub,<br />
Benicio José Oliveira Filho.<br />
EMPREEND<strong>ED</strong>ORES<br />
PELO MUNDO<br />
A startup vencedora foi a Piipee, cujo propósito é o de<br />
economizar em 100% o uso da água na descarga ao
14<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
A INTERNACIONALIZAÇÃO DAS STARTUPS<br />
É comum Startups iniciarem suas operações em outros<br />
países e terem crescimentos exponenciais no Brasil,<br />
sendo que tal comparação é apenas um exemplo do<br />
que pode acontecer, assim como algumas inauguram<br />
suas operações no Brasil e partem para outros países.<br />
Temos visto nos últimos tempos que o ecossistema<br />
empreendedor brasileiro vem crescendo de maneira<br />
significativa, sendo que o mesmo tende a crescer cada<br />
vez mais rápido, uma vez que não somente a economia<br />
é global, mas também as tecnologias que nos cercam.<br />
O Brasil assumiu de vez sua posição de protagonista<br />
no mundo da inovação e das Startups. Atualmente,<br />
recebemos cerca de 70% do capital de risco para startups<br />
da América Latina, o que nos mostra claramente<br />
a capacidade de crescimento vista de fora em relação<br />
ao nosso país. Ou seja, os estrangeiros, talvez mais do<br />
que nós mesmos, acreditam sermos solo fértil para<br />
que grandes ideias se desenvolvam e alcancem patamares<br />
jamais alcançados.<br />
Cada vez mais reforço minhas convicções sobre o<br />
quanto nosso povo é criativo e propenso ao sucesso,<br />
não apenas em grandes empreitadas, mas também<br />
em iniciativas de pequenos e médios portes, empreendendo<br />
do nada e chegando a grandes escalas, com<br />
possibilidades reais de crescimento exponencial, o<br />
que deixou de ser privilégio de terras distantes.<br />
Não é por acaso que grandes Startups iniciam e solidificam<br />
suas operações em nosso país, o potencial crescimento<br />
é visto a olhos nus por investidores estrangeiros,<br />
além da habilidade de empreender.<br />
Esta potencialidade está mais do que claro ao vermos<br />
o apetite do Banco Japonês Softbank no Brasil.
15<br />
O mesmo acaba de liderar uma rodada de investimentos<br />
de US$ 100 milhões na Loggi, o mais novo unicórnio<br />
brasileiro e na Fintech Creditas. No ano passado, o<br />
banco já havia realizado um aporte de R$ 400 milhões<br />
na Loggi. Além destas, a Gympass também foi sua investida.<br />
A empresa está levantando US$ 300 milhões de um<br />
grupo de investidores liderados pelo Softbank, numa<br />
rodada que catapulta a startup brasileira ao status de<br />
unicórnio.<br />
Já a Rappi, recebeu US$ 1 bilhão do Softbank e US$ 200<br />
milhões de seus investidores atuais, que incluem DST<br />
Global, Delivery Hero, Sequoia Capital, Andreessen<br />
Horowitz e Y Combinator. O presidente e co-fundador,<br />
Sebastian Mejia, disse que a empresa vai usar a maior<br />
parte do investimento que recebeu do Softbank e de<br />
investidores atuais para elevar o número de cidades<br />
brasileiras onde opera de 20 para 70.<br />
Embora concorde plenamente com a globalização e<br />
atue em prol da mesma, acredito ser extremamente<br />
importante que investidores brasileiros apoiem e invistam<br />
em iniciativas que nascem em nosso território<br />
com a mesma sagacidade e rapidez que nossos amigos<br />
estrangeiros.<br />
Passou da hora de compreendermos as virtudes que<br />
o Brasil possui, terra fértil de pessoas corajosas que<br />
não deixam a “peteca” cair, pessoas que têm o empreendedorismo<br />
como missão e propósito de vida, que<br />
buscam em suas ações beneficiar aos demais, curando<br />
dores com ideias inovadoras.<br />
Existem alguns detalhes que devem ser considerados<br />
na internacionalização das Startups. Para que aconteça<br />
de maneira significativa e eficaz, devemos estar<br />
atentos em relação ao mercado, fazer um bom planejamento,<br />
buscar investimentos e parceiros no país<br />
onde pretende realizar a ampliação. E talvez, seja necessário<br />
desenvolver uma nova cultura no mercado<br />
em que irá entrar.<br />
Pergunte-se primeiro se onde você pretende iniciar<br />
suas operações possui a mesma dor que existe em<br />
seu país de origem, não seria muito propício vender<br />
biquínis na Suíça por exemplo, ou até mesmo cadeiras<br />
de praia no Alasca.<br />
Conheça o mercado e comece a planejar, questione se<br />
é possível iniciar tais operações, compreendendo passo<br />
a passo o planejamento que deve ser feito. E nada<br />
melhor que um morador do país para conhecer parceiros<br />
ou mesmo buscar investimentos, até pelo fato<br />
de que só entenderá o projeto, aquele que já teve a<br />
mesma preocupação.<br />
Internacionalizar amplia de maneira significativa o<br />
desenvolvimento delas, independente de se tratar de<br />
um produto ou serviço, tal ação coopera para que um<br />
maior público seja alcançado.<br />
Segundo o site Santander Negócios e Empresas, a PSafe,<br />
desenvolvedora de aplicações de segurança que<br />
expandiu suas operações para os EUA, é a primeira<br />
empresa brasileira de aplicativos a ultrapassar R$ 1 bilhão<br />
em valor de mercado. E a Movile, dona do iFoods<br />
e de outras soluções, já alcançou mais de 100 milhões<br />
de usuários em seus apps e conta com 15 escritórios<br />
em 7 países.<br />
As oportunidades internacionais envolvem também a<br />
captação de recursos. Isso ocorreu com o Netshoes,<br />
e-commerce de artigos esportivos, que abriu capital<br />
na Bolsa de Nova Iorque em 2017.<br />
Acompanhei inúmeros cases de sucesso que receberam<br />
investimento estrangeiro, sendo nítido o quanto<br />
se tornaram exponenciais após ampliarem suas atuações<br />
para fora do país, considerando que adentrar<br />
outros ecossistemas faz com que a visão do negócio<br />
tenha maior alcance. E encontro cada vez mais pessoas<br />
que possam contribuir com a ideia ou projeto.<br />
QUE A NÓS BRASILEIROS, NUNCA FALTE ÂNI-<br />
MO E INCENTIVO PARA EMPREENDER, SEJA<br />
EM NOSSO SOLO OU EM TERRAS LONGÍN-<br />
QUAS. O QUE IMPORTA É NÃO PERDER A DE-<br />
TERMINAÇÃO E, MUDAR A VIDA DE OUTRAS<br />
PESSOAS.<br />
Ouso dizer que o céu não é mais o limite como muitos<br />
dizem, tanto que já lancei inúmeros foguetes além do<br />
que podemos ver e pretendo lançar ainda muitos outros,<br />
sempre contribuindo para que mais e mais pessoas<br />
sejam alcançadas.<br />
E se você acredita no que desenvolve, não existem limites<br />
geográficos para que dores sejam curadas e soluções<br />
apresentadas.<br />
#BORAFAZER<br />
FERNANDO SEABRA,<br />
especialista em negócios, inovação<br />
e startups; é Líder do GRI - Grupo de<br />
Relacionamento com Investidores do<br />
DEMPI e Acelera FIESP, hoje o maior<br />
projeto de incentivo ao investimento<br />
anjo em Startups da América Latina<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS
16<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
EMPRESA CIDADÃ<br />
ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation<br />
Empresa Cidadã é um programa de investimento à AB-<br />
TRF, que atesta a responsabilidade social da empresa,<br />
tornando-a parceira do Rotary ao financiar projetos sociais<br />
no Brasil. Para o reconhecimento como Empresa<br />
Cidadã, a empresa deve investir à ABTRF mil dólares<br />
(convertidos pela taxa do dólar rotário vigente no ato do<br />
investimento) ao longo de um ano, o que pode ser feito<br />
de maneira única ou através de parcelas mensais. No<br />
caso do investimento mensal, o valor mínimo por mês<br />
para participar do programa é de 300 reais.<br />
Ao aderir ao programa, a empresa recebe um selo eletrônico,<br />
que pode ser incluído em seus e-mails e website<br />
como chancela de responsabilidade social. Completado<br />
o investimento de mil dólares, a Empresa Cidadã recebe<br />
um certificado da ABTRF.<br />
Todo valor investido à ABTRF é gerenciado pela Fundação<br />
Rotária – organização centenária internacionalmente<br />
reconhecida por fazer o bem no mundo. A agência<br />
CharityNavigator (EUA), por exemplo, classificou a<br />
Fundação por 10 anos consecutivos com nota máxima, o<br />
que mostra sua confiabilidade quanto ao uso dos investimentos<br />
que recebe, administração de seus programas<br />
e comprometimento com a governança responsável.<br />
Ao longo destes anos de história, a ABTRF conta com<br />
cerca de 3 mil empresas, parceiras e já investiu mais de<br />
16,5 milhões de reais em projetos humanitários desenvolvidos<br />
por Rotarianos Brasil afora.<br />
TORNAR-SE UMA<br />
EMPRESA CIDADÃ<br />
É UM EXCELENTE<br />
INVESTIMENTO SOCIAL<br />
PARA A EMPRESA,<br />
O ROTARY IRÁ USAR<br />
EM PROJETOS NA<br />
COMUNIDADE E<br />
NO MUNDO.<br />
A ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation<br />
é uma entidade civil sem fins lucrativos, estabelecida<br />
em 2004 com fim de oferecer um novo caminho<br />
para receber investimentos de empresa à Fundação<br />
Rotária do Rotary no Brasil. Todos os investimentos feitos<br />
à ABTRF são aplicados em fundos gerenciados pela<br />
Fundação Rotária e financiam projetos sociais sustentáveis<br />
realizados pelos Rotary Clubs atuantes no território<br />
nacional, com foco nas seguintes áreas:<br />
Maiores informações:<br />
Maria Angélica G. V. F. Rampin<br />
Gestora de Processo da ABTRF<br />
empresacidada@rotary4420.org.br<br />
+5511 95785-3774
17<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS
18<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
COMO FAZER O TIME DE VENDAS<br />
USAR UM CRM?<br />
Quem já implantou uma nova tecnologia, metodologia<br />
ou uma mudança de processo em uma equipe sabe que<br />
esta não é uma tarefa fácil.<br />
É comum as pessoas serem resistentes a mudanças,<br />
porque estão acostumadas a fazerem o trabalho delas<br />
de determinada maneira.<br />
Nosso cérebro foi feito para duas coisas: economizar<br />
energia criando e reconhecendo padrões e, para entrar<br />
no modo de sobrevivência, a tal da zona de conforto.<br />
Portanto, toda mudança impactará na zona de conforto<br />
e praticamente ninguém quer isso no ambiente de trabalho,<br />
ou até mesmo em sua vida pessoal.<br />
Se você, gestor de vendas, está batalhando todo dia<br />
para que a sua equipe use o sistema de CRM (Customer<br />
Relationship Management ou Gestão de Relacionamento<br />
com o Cliente), sabe muito bem do que<br />
estou falando.<br />
Mas, não se preocupe, o seu time não é o único a agir<br />
dessa maneira, aqui no Funil de Vendas temos muita experiência<br />
com essa situação, veja a seguir dicas de como<br />
ter sucesso nessa tarefa.<br />
Seja exemplo<br />
Pode parecer clichê, mas é a mais pura verdade: o time é<br />
reflexo do comportamento do líder. Se você se mostrar<br />
aberto a novas ideias e curioso para testar as novidades<br />
do mercado, a sua equipe também será.<br />
Use todos os dias o sistema de CRM e ensine adequadamente<br />
a sua equipe como utilizá-lo para tirar o máximo<br />
de resultados.<br />
Não somente com a sua equipe, mas mostre os números<br />
da área de vendas na reunião de diretoria pelo<br />
dashboard da ferramenta, faça com que outras pessoas<br />
também conheçam a tecnologia para que elas te ajudem<br />
no convencimento da equipe. Você deve mostrar para o<br />
time que está usando continuamente os números para<br />
as estratégias.<br />
E certamente eles vendo você usar, também farão o<br />
mesmo. Lembre-se o papel do líder é fazer o time bater<br />
a meta, você é quem dita as regras do jogo. Infelizmente<br />
sempre terão pessoas que contaminam outras, corte<br />
pela raiz respostas como:<br />
“Você quer que eu venda ou que fique preenchendo<br />
estes relatórios?”
<strong>19</strong><br />
Mesmo que os números gerados pelas informações te<br />
assustem, sem eles, você não conseguirá evoluir.<br />
Mostre e cobre os resultados<br />
Ao fazer reunião de equipe ou mesmo individual, apresente<br />
as metas e resultados alcançados pela ferramenta.<br />
Mostre como é fácil mensurar a performance de cada<br />
um por ali, para incentivá-los a sempre alimentarem o<br />
sistema.<br />
A tecnologia deve lhe favorecer a todo instante, descartar<br />
ela, principalmente no momento de crescimento que<br />
estamos, é pilotar sua empresa às cegas.<br />
Com a tecnologia de CRM com foco no funil de vendas,<br />
é fácil identificar em qual etapa da venda está as principais<br />
dificuldades de cada colaborador e, assim, oferecer<br />
treinamentos mais assertivos.<br />
Aproveite os early adopters<br />
No mercado de tecnologia, existe o conceito de “ciclo de<br />
adoção tecnológica”, uma teoria criada pelos professores<br />
Beal, Rogers e Bohlen no qual aponta que um novo<br />
produto é adotado aos poucos pelo público, não são todos<br />
que aderem à novidade de uma vez.<br />
Podemos pensar neste contexto para o microuniverso<br />
da sua equipe, onde o inovador seria você por trazer o<br />
sistema de CRM e os early adopters são aqueles colaboradores<br />
mais curiosos, que normalmente gostam mais<br />
de tecnologia e ainda são formadores de opinião.<br />
Aproveite muito bem essas pessoas para que elas sejam<br />
propagadoras da ideia, parabenize aqueles mais engajados<br />
e busque também casos de sucesso de outras<br />
empresas que adotaram o mesmo sistema para utilizar<br />
como exemplo.<br />
Esteja preparado para os momentos<br />
baixos<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
Mesmo quando toda a equipe utilizar quase que diariamente<br />
a nova ferramenta, é comum que após<br />
um tempo esse novo hábito seja deixado de<br />
lado. No livro “O poder do hábito”, de Charles<br />
Duhigg, o autor nos conta que mesmo<br />
depois de adotarmos uma nova rotina,<br />
como comer lanches saudáveis entre<br />
as refeições, quando a situação aperta<br />
pela correria do dia a dia ou por<br />
fortes gatilhos emocionais, nós voltamos<br />
aos nossos hábitos antigos,<br />
porque era o que fazíamos sem<br />
pensar e sem precisar de esforço.<br />
Dessa maneira, entenda que é possível<br />
que os colaboradores esqueçam<br />
da ferramenta quando estiverem<br />
muito atarefados, assim, é a sua<br />
função de persistir no exemplo e na<br />
demonstração de resultados. Ou seja,<br />
mesmo depois que todos adotarem,<br />
continue parabenizando o time pelo engajamento,<br />
pela produtividade ganha, pelo<br />
bom relacionamento com o cliente e mostre<br />
a evolução das taxas de conversão após a<br />
adesão da tecnologia.<br />
VOCÊ, COMO GESTOR, É O ÚNICO<br />
QUE NÃO PODE DESISTIR AO ADOTAR<br />
UMA NOVA FERRAMENTA, SEJA<br />
SEMPRE O EXEMPLO E A SUA<br />
EQUIPE IRÁ SEGUI-LO.<br />
THIAGO PIRINELLI<br />
Sócio Fundador<br />
do Funil de Vendas
20<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
6 TIPOS DE EMPREEND<strong>ED</strong>ORISMO<br />
DIGITAL PARA INSPIRAR<br />
Conheça alguns tipos de empreendedorismo<br />
digital para se inspirar e motivar!<br />
Desde que a Internet surgiu, o empreendedorismo digital<br />
conquistou muitas pessoas pela possibilidade de<br />
abrir um negócio com maior facilidade, diretamente da<br />
sua casa ou de qualquer outro lugar do mundo. Quando<br />
se pensa neste tema, é comum vir à mente as lojas virtuais.<br />
No entanto, o empreendedorismo digital não se<br />
limita a e-commerce. Nesse texto que preparei vou falar<br />
de 6 tipos de empreendedorismo digital para inspirar.<br />
QUEM SABE VOCÊ NÃO TERMINA ESSA LEITU-<br />
RA COM UMA IDEIA DE NEGÓCIO NA CABEÇA?
21<br />
1. E-COMMERCE<br />
Um dos tipos de empreendedorismo<br />
digital mais comuns é o e-commerce.<br />
Nada mais é do que uma<br />
loja que funciona de forma online.<br />
Geralmente, funciona em tempo<br />
integral — 24 horas por dia e sete<br />
dias por semana — e não há espaço<br />
físico para fazer a comercialização.<br />
Logo, pode-se atender o cliente a<br />
qualquer hora, de qualquer lugar.<br />
Para o consumidor, fica a comodidade<br />
de realizar uma compra e receber<br />
o produto sem precisar sair<br />
de casa.<br />
O modelo de e-commerce funciona<br />
para produtos de diversos tipos e<br />
lojas de vários tamanhos. Pode-se<br />
vender desde artesanatos feitos por<br />
alguém em seu tempo livre até produtos<br />
industriais em grande escala<br />
e o melhor, com a possibilidade de<br />
levar o seu negócio para o mundo.<br />
Ti.<br />
2. BLOG OU CANAL<br />
NO YOUTUBE<br />
Outra opção de negócio online é<br />
escrever um blog ou criar um canal<br />
no YouTube. Com conteúdo especializado<br />
sobre um tema que atinja<br />
um nicho específico, é possível ter<br />
um bom volume de visitas e comunicar<br />
a sua mensagem para muitas<br />
pessoas.<br />
Geralmente, são pessoas com alguma<br />
causa específica — por exemplo,<br />
feminismo, sustentabilidade ou gordofobia<br />
— que desejam mobilizar e<br />
gerar discussões; artistas que fazem<br />
séries ou esquetes; educadores ou<br />
profissionais que promovem cursos<br />
e tutoriais; entre outros.<br />
Para começar um blog ou um canal<br />
no YouTube, você só precisa de um<br />
computador, Internet, uma câmera<br />
(no caso do canal) e uma ideia na<br />
cabeça. Muitos se perguntam como<br />
monetizar um produto assim.<br />
A resposta está em parceria com<br />
marcas. Ou seja, produzir um conteúdo<br />
em parceria com uma marca,<br />
testar e/ou apresentar um produto<br />
deles e assim por diante.<br />
Outra opção é ser parceiro do Google<br />
e permitir que ele apresente<br />
anúncios no seu site ou nos seus ví-<br />
deos. Dessa forma, sempre que um<br />
visitante seu clicar no banner de um<br />
anunciante, você recebe.<br />
3. PROGRAMA DE<br />
AFILIADOS<br />
Este é um dos tipos de empreendedorismo<br />
digital pouco conhecido,<br />
mas que pode trazer bons frutos.<br />
Trata-se de promover um produto<br />
ou serviço no seu site e, toda vez<br />
que uma compra for realizada por<br />
meio da sua indicação — ou seja,<br />
por meio do link disponibilizado por<br />
você —, você recebe uma porcentagem.<br />
4. DROP SHIPPING<br />
Um dos tipos de empreendedorismo<br />
digital que se assemelha ao<br />
programa de afiliados é o drop shipping.<br />
Nele, o seu site promove um produto<br />
e toda vez que uma compra é<br />
realizada graças a ele, o fabricante<br />
envia o produto diretamente para o<br />
cliente e você paga para o fabricante<br />
um preço menor do que foi comercializado<br />
para o consumidor. Essa<br />
diferença de valores é o seu lucro<br />
na transação.<br />
Alfredo Soares<br />
Head Global SMB da VTEX. É fundador da<br />
Xtech Commerce, plataforma que em<br />
três anos criou mais de 40 mil lojas tuais e transacionou mais de 500 mi-<br />
virlhões<br />
de reais.<br />
5. INFOPRODUTOS<br />
Os infoprodutos são infográficos,<br />
e-books, vídeos, PDF e qualquer tipo<br />
de material que é disponibilizado<br />
para transmitir algum to.<br />
conhecimen-<br />
Como a Internet se tornou uma potente<br />
fonte de pesquisa e muitas<br />
pessoas passaram consumir conteúdo<br />
online, ficou possível distribuir<br />
vídeos e até mesmo livros ou apostilas<br />
pela Internet. Sem a necessidade<br />
de estoque e impressão, o empreendedor<br />
pode distribuir o seu conhecimento<br />
com mais facilidade, cobrando<br />
pelo download e/ou acesso.<br />
6. CURSOS<br />
ONLINE<br />
Seguindo a mesma lógica dos infoprodutos,<br />
realizar cursos online<br />
passou a ser uma opção interessante<br />
para aqueles que têm pouco<br />
tempo disponível ou precisam de<br />
flexibilidade.<br />
Há plataformas especializadas em<br />
oferecer aulas virtuais — cursos livres,<br />
profissionalizantes, de graduação<br />
etc. Assim, o consumidor pode<br />
aprender algo novo facilmente e o<br />
educador pode dar sua aula uma<br />
vez, gravar e multiplicá-la para várias<br />
pessoas. Ele economiza tempo<br />
e tem a possibilidade de atingir ainda<br />
mais alunos, lucrando mais.<br />
GOSTOU DO TEXTO DE HOJE?<br />
SAIBA QUE VOCÊ NÃO PRECISA NECESSARIAMEN-<br />
TE ESCOLHER UM DESTES TIPOS DE EMPREENDE-<br />
DORISMO DIGITAL.<br />
É POSSÍVEL INVESTIR EM MAIS DE UMA ÁREA.<br />
PARA TIRAR O SEU NEGÓCIO DO PAPEL, ME SIGA<br />
NO INSTAGRAM @ALFR<strong>ED</strong>OCBS QUE TEM MAIS<br />
DICAS PARA EMPREENDER PENSANDO FORA DA<br />
CAIXINHA.<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS
22<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
COMO A DISNEY INTERNACIONALIZOU<br />
SEUS PARQUES<br />
Levar a sua empresa para outro país é uma decisão difícil<br />
de ser tomada e pode carregar um grande nível de<br />
ansiedade. Mas como devemos enxergar a oportunidade<br />
que bate a porta, de oferecer ao mundo nossos produtos<br />
e serviços? Será que essa oportunidade é sempre<br />
um bom negócio?<br />
Como me dedico a estudar a metodologia Disney, é meu<br />
dever analisar essa circunstância sob o ponto de vista<br />
do Mickey, o verdadeiro CEO da Disney. Sendo assim,<br />
vamos entender como a Disney deu seus primeiros passos<br />
para fora dos EUA e como ela encarou e, ainda encara,<br />
seus negócios além de suas fronteiras. As animações<br />
criadas por Walt Disney sempre foram aclamadas pelo<br />
mundo todo. No entanto, ao serem exibidas em outros<br />
países, a Disney tinha pouca ou nenhuma participação<br />
no processo. Pois o Disney Brothers Studios (antigo<br />
nome da empresa), era apenas a produtora desses<br />
conteúdos e, precisava de empresas distribuidoras para<br />
que esse produto chegasse nos 4 cantos dos EUA, em<br />
alguns casos para outros países. Por esse motivo, o primeiro<br />
processo de internacionalização que a Disney sofreu<br />
foi de suma importância para a empresa, mas não<br />
se tornou lucrativo neste momento.<br />
O resultado? Sucesso absoluto. A Tokio Disneyland foi<br />
um protótipo de sucesso, predecessor dos parques de<br />
Paris, Hong Kong e Shanghai, e é até hoje um dos parques<br />
mais visitados da franquia Disney. Além disso foi<br />
expandido em 2001 com a construção do “Tokio Disney<br />
Sea”, um parque diferente de todos os outros ao<br />
redor do mundo. Essa experiência foi a base de como<br />
a Disney encara seus projetos internacionais. Com cautela,<br />
por meio de muito estudo e, acima de tudo mantendo<br />
o padrão de excelência da empresa. Aprendemos,<br />
portanto, que paciência é vital para saber a hora certa<br />
de tomar esse passo importante na vida do nosso negócio.<br />
Além disso, o equilíbrio entre ceder e ser firme<br />
com os seus processos também é parte vital. Perceba<br />
que a Disney abriu mão de certo controle, mas não do<br />
que está estabelecido em sua cultura, como a excelência<br />
e a experiência de seu cliente.<br />
Lembre-se das sábias palavras do explorador espacial<br />
Buzz Lightyear sempre que decidir expandir seus negócios:<br />
“Ao infinito e além”<br />
Quando falamos da divisão de Parks & Resorts, a Disney<br />
decidiu construir seu primeiro parque fora dos EUA no<br />
fim da década de 70, e este projeto se concretizou no<br />
início da década de 80. Este processo foi interessante,<br />
pois a Disney, uma empresa com as garras fincadas no<br />
legado de seu fundador, teve que abrir exceções importantes<br />
para se adequar ao mercado japonês, que tanto<br />
a interessava e também serviria de protótipo para futuros<br />
projetos. A Disney, sempre tão possessiva com suas<br />
marcas e personagens, teve de abrir mão da administração<br />
do parque para a “The Oriental Land Company”,<br />
dona do terreno e das licenças do governo japonês para<br />
a construção. No entanto, não abriu mão de liderar o<br />
projeto e de impor os seus padrões de qualidade, atendimento<br />
e excelência.<br />
Lembre-se sempre:<br />
“AO INFINITO E ALÉM”<br />
BRUNO GONÇALVES<br />
Especialista em metodologia<br />
Disney @uau.business
23<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS
24<br />
GESTÃO E NEGÓCIOS<br />
OPORTUNIDADE PARA INTERNACIONALI-<br />
ZAR A SUA EMPRESA<br />
Eu como empreendedora tenho uma visão muito ampla<br />
em relação às oportunidades que o mercado nos oferece.<br />
A internacionalização de uma empresa é um assunto<br />
que vem ganhando espaço pela possibilidade de<br />
expandir os vínculos comerciais. É um processo com várias<br />
etapas, desde a simples exportação até a produção<br />
no mercado internacional. Uma das oportunidades é o<br />
ajuste nas datas sazonais, que podem ser alinhadas de<br />
acordo com o segmento em que atua. Precisa ser muito<br />
bem planejado para que não ocorram falhas na execução.<br />
É interessante que vocês vejam como um ciclo de<br />
oportunidade e de mudanças para empreendimentos<br />
obsoletas. E para os novos, é a chance de inovar e colocar<br />
em prática as suas ideias, sendo uma alternativa<br />
para o momento de instabilidade financeira. Antes de<br />
você fazer essa expansão é importante estudar a cultura<br />
e as leis dos países, para saber os riscos e o melhor<br />
modelo de adequação.<br />
APROVEITO PARA FALAR UM POUCO SOBRE O<br />
EMPREEND<strong>ED</strong>ORISMO EM ALGUNS PAÍSES.<br />
Nos Estados Unidos eles possuem peculiaridades interessantes,<br />
as crianças desde muito novas já são incentivadas<br />
a empreender, além disso, o que faz parte da<br />
cultura deles é a inovação, criar algo novo e se arriscar<br />
no ciclo mercadológico são primordiais, inclusive, sabemos<br />
que são de lá as maiores companhias de sucesso<br />
como: Mc Donalds, Apple, Walmart entre outras. Na<br />
Alemanha são conhecidos pela ética e suas diferenças<br />
culturais. Priorizam os trabalhos em grandes empresas<br />
e até mesmo no governo. Desta forma os imigrantes<br />
têm oportunidades para prosperar novos empreendimentos.<br />
Os alemães são requisitados no âmbito de criar<br />
parcerias com seus pares em outros países. São conhecidos<br />
pela competência de conquistarem a confiança no<br />
mundo dos negócios e estimularem a criação de novas<br />
iniciativas.<br />
país é riquíssima, estamos falando de uma das maiores<br />
economias mundiais. O governo chinês enxerga na<br />
criação de novas empresas uma saída para aquecer a<br />
economia.<br />
Você sabia que liberaram isenção tributária para empresas<br />
que desenvolvem novas tecnologias ou novos<br />
produtos? Isso nada mais é que o empreendedorismo<br />
em massa. Falando um pouco sobre nosso país, a entrada<br />
de empresas multinacionais aqui no Brasil começou<br />
a ganhar importância durante o governo de Juscelino<br />
Kubitschek em meados de <strong>19</strong>56. Temos empresas com<br />
instalações em grandes países, como Petrobras, Sadia,<br />
Alpargatas e outras, contribuíram para a geração de empregos<br />
e desenvolvimento industrial.<br />
Somos muito burocráticos em relação à abertura de novos<br />
negócios, esse processo pode levar até 100 dias, isso<br />
acontece por diversos fatores e, um deles é a reestruturação<br />
econômica. Mas vamos pensar sempre no lado<br />
bom das coisas. Eu gosto de dizer que empreender está<br />
mais ligado a postura, a forma de encarar os problemas<br />
como oportunidades e novos desafios.<br />
As condições dos países onde o seu negócio está instalado<br />
influenciará muito no seu resultado lucrativo. É<br />
essencial que tenham todos os seus planos de ação já<br />
traçados para a comercialização.<br />
Para conhecer melhor o meu trabalho, acesse:<br />
http://grupoprojeto.com/contato/<br />
Acompanhe as minhas redes sociais e fique por dentro<br />
das novidades;<br />
@tatyaneluncah<br />
Na China o mercado de tecnologia está em um momento<br />
de crescimento e o foco deles é estimular empreendedores<br />
para as Startups, que inclusive são as que mais<br />
crescem no mundo. A cultura empreendedora desse<br />
Tatyane Luncah<br />
Fundadora e CEO da<br />
Agência Grupo Projeto.
25<br />
MARKETING
26<br />
FINANÇAS<br />
MUDE DE VIDA, INTERNACIONALIZE-SE<br />
NO MERCADO FINANCEIRO!<br />
O mercado financeiro está cheio de pessoas com histórias<br />
de mudanças de vida. Com dedicação, é possível iniciar<br />
uma nova carreira até mesmo internacional, dentro<br />
desse mercado e ganhar dinheiro.<br />
Os traders entendem essa mudança. Acreditam que não<br />
há motivos para encabeçar a lista dos que trabalham em<br />
horário comercial, e vivem em um ritmo frenético. No<br />
mercado financeiro é possível criar a própria rotina de<br />
horários, geralmente pela manhã quando abre o pregão.<br />
E depois de operar por algumas horas, fechar a tela<br />
do computador e ir aproveitar o momento presente.<br />
Trabalhar com investimentos pode proporcionar um<br />
novo estilo de vida que muitos brasileiros ainda desconhecem.<br />
Hoje no Brasil, a parcela da população que<br />
procura investir na Bolsa de Valores é baixa, cerca de<br />
0,3% da população. Já nos Estados Unidos, um número<br />
surpreendente de pessoas buscam informações sobre<br />
investimentos, e tem maior abertura nesse mercado.<br />
VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR COMO<br />
E POR QUE OS AMERICANOS INVES-<br />
TEM?<br />
Realmente, a população americana é bem diferente da<br />
brasileira quando o assunto é mercado financeiro. Por<br />
lá, investir na NYSE ou a Bolsa de Valores de Nova York,<br />
é cultural. Tanto que a parcela da população investidora<br />
gira em torno de 54%, ou seja, são milhares de americanos<br />
que dominam o assunto e, se ainda não dominam,<br />
conhecem alguém que não tem medo de investir.<br />
embora esses dois últimos venha perdendo força nos<br />
últimos anos. Mesmo que suas aplicações rendam pouco,<br />
na cabeça dos yankees isso faz parte do jogo. Em<br />
contrapartida, justamente pela taxa básica de juros menor,<br />
eles buscam negócios que possam render mais e<br />
abraçam o risco.<br />
O importante é continuar a investir. Aos brasileiros que<br />
ainda temem a Bolsa, falta apenas descobrir que investir<br />
não é um bicho de sete cabeças. Mesmo com juros mais<br />
altos por aqui, os traders ganham dinheiro no mercado<br />
financeiro, inclusive, passam a internacionalizar-se, passando<br />
a investir no exterior. Nesse quesito uma coisa é<br />
certa: para correr mais risco investindo em uma moeda<br />
forte como o dólar, é preciso remodelar o pensamento,<br />
adaptando-se ao modelo americano de investir.<br />
O MERCADO AMERICANO TAMBÉM<br />
ESTÁ NA CABEÇA DO TRADER<br />
Uma vez que o mercado financeiro global é amplamente<br />
influenciado pela NYSE, traders do mundo todo sofrem<br />
essa influência, inclusive os brasileiros. Abrir a mente<br />
para novas experiências a partir do modus operandis<br />
do mercado estrangeiro, significa absorver a influência<br />
americana de forma positiva.<br />
COMO FAZER ISSO? NA PRÁTICA<br />
A internacionalização depende de estudo e mudança de<br />
mindset que possibilita investimentos maiores, mas em<br />
contrapartida, retornos cada vez melhores.<br />
Mas o que o povo da América do Norte tem de diferente<br />
dos da América do Sul no quesito investimentos? Em<br />
primeiro lugar, a ampla procura se dá porque os juros<br />
nos EUA é muito menor que no Brasil, isso faz uma enorme<br />
diferença na hora de investir.<br />
Por causa dos juros mais baixos, os americanos estão<br />
aptos a tomarem mais riscos. Compram e vendem<br />
ações por conta própria, mas uma parcela utiliza fundos<br />
de investimentos e apostam em títulos de renda fixa,<br />
CAROL PAIFFER<br />
Sócia fundadora ATOM -<br />
Especialista em Mercado<br />
Financeiro
27<br />
MARKETING
<strong>28</strong><br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
“A MISS PINK É MUITO MAIS DO<br />
QUE UMA EMPRESA DE COSMÉTI-<br />
COS. NOS CONSIDERAMOS UMA<br />
STARTUP DE INOVAÇÃO, CRIANDO<br />
PRODUTOS QUE BUSCAM RESOL-<br />
VER PROBLEMAS E A UM CUSTO<br />
QUE A MINHA CLIENTE POSSA<br />
PAGAR. A COMPETITIVIDADE NA<br />
ÁREA DE COSMÉTICOS É MUITO<br />
GRANDE, MAS SE VOCÊ TIVER A<br />
MENTALIDADE INOVADORA CON-<br />
SEGUE SE SOBRESSAIR”
29<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Apostando em inovação, ex-estudante de medicina<br />
Maitê Pedroso fez da Miss Pink a “startup dos cosméticos”.<br />
Com linha de maquiagem para os olhos, conquistou<br />
investidores e agora desembarca nos Estados<br />
Unidos<br />
“É impossível inovar e crescer em mercados saturados”.<br />
Aos 34 anos, a CEO da Miss Pink, Maitê Pedroso<br />
perdeu as contas de quantas vezes ouviu essa frase ao<br />
longo da última década, mas nunca se conformou com<br />
ela. Ao resolver empreender, dez anos atrás, decidiu<br />
entrar no ramo de maquiagem e cosméticos mesmo<br />
disposta a disputar com gigantes do setor muito mais<br />
capitalizadas. Seu trunfo? Mirar sua linha de maquiagem<br />
e cosméticos para as lacunas do mercado, com<br />
funcionalidades orientadas para resolver problemas<br />
das consumidoras e dos parceiros de negócios e com<br />
preço acessível, tal como uma startup.<br />
E foi justamente com essa abordagem que a Miss Pink,<br />
criada em Londrina, norte do Paraná, atingiu mais de<br />
R$ 40 milhões em valuation, passando a operar em<br />
todo o território nacional. De quebra, conquistou 13<br />
patentes, que vão desde a loja móvel de cosméticos<br />
- que a tornou ícone em microfranquias no Brasil - a<br />
itens funcionais de maquiagem, de embalagem a produtos<br />
em si. Agora, a passos mais largos, dá um novo<br />
salto, iniciando as operações nos Estados Unidos, conforme<br />
conta Maitê em primeira mão para a Empreenda<br />
Revista.<br />
Com capital de US$ 10 milhõ es a ser aportado pelo<br />
investidor Enrico Leonardo Daniele, o plano de negó -<br />
cios liderado por Maitê e seu só cio Guilherme Tavares,<br />
també m empreendedor brasileiro, prevê uma estraté<br />
gia ambiciosa de expansã o com cinco lojas já neste<br />
ano na Fló rida, seguindo para outras 20 já nos pró ximos<br />
12 meses. “A expectativa é , em seguida, escalar as<br />
operaç õ es via modelo de franquias e venda online em<br />
territó rio americano, gerando um negó cio de US$ 100<br />
milhõ es em cinco anos”, revela.<br />
O produto carro-chefe que levou a Miss Pink a desembarcar<br />
em solo americano é a “caneta-gatinho”,<br />
delineador que permite às mulheres fazer o contorno<br />
do canto dos olhos com um carimbo. A ideia permite<br />
simetria ao traçado para os dois lados dos olhos, uma<br />
dificuldade que Maitê percebia entre as clientes ainda<br />
no início da concepção das linhas de produto. A caneta,<br />
testada, validada pela CEO e patenteada pela Miss<br />
Pink, é vendida no Brasil há dois anos e também<br />
teve registro pedido nos Estados Unidos. Em<br />
apenas três dias à venda no Florida Mall,<br />
em Orlando, esgotou do estoque. Também estarão<br />
à venda nos Estados Unidos inicialmente os lápis de<br />
olhos veganos, mousses corporais com fragrâncias tipicamente<br />
tropicais, além de acessórios complementares.<br />
Indo além dos produtos de maquiagem e cosméticos,<br />
a loja-móvel da Miss Pink será outra das inovações patenteadas<br />
a desembarcar nos Estados Unidos. O conceito<br />
foi criado a partir de uma dificuldade vivenciada<br />
pela própria Maitê, quando abriu uma loja própria da<br />
Miss Pink há alguns anos no shopping e se deparou<br />
com as dificuldades de chegar a uma operação lucrativa<br />
em virtude dos custos de aluguel e condomínio.<br />
A jovem empreendedora começou então a estudar<br />
um modelo itinerante em que pudesse transportar<br />
sua loja completa, fosse para vender os produtos em<br />
centros comerciais sem ter um ponto fixo ou mesmo<br />
lucrar em eventos e festas. Nasceu aí a micro-franquia<br />
dos cosméticos: um box de 80 centímetros capaz de<br />
se transformar em uma loja completa de mais de 2<br />
metros de altura, com iluminação de led, espaço para<br />
expôr maquiagens, produtos para o corpo e até estocar<br />
os produtos.<br />
“Executei o projeto de ponta a ponta, desde desenhar<br />
o que imaginava para essa espécie de quiosque, até<br />
prospectar fornecedores e opinar o layout e montagem.<br />
Registramos a patente e, mais do que lucrar com<br />
a venda de franquias, me sinto muito feliz em ajudar<br />
o pequeno empreendedor a iniciar seu negócio. Vamos<br />
repetir o modelo nos Estados Unidos” , diz Maitê.<br />
O conceito de microfranquia fez a Miss Pink acelerar<br />
suas operações - hoje também composta de loja online<br />
e cerca de 10 mil consultoras cadastradas. Mesmo<br />
na época em que o setor de higiene e beleza viveu o<br />
auge da crise no Brasil, chegando a encolher 9% em<br />
2015, segundo a Abihpec, a empresa liderada por Maitê<br />
Pedroso crescia cerca de 35%.<br />
Com preço de R$ 45 mil, a franquia itinerante passou<br />
a ser para muitos profissionais que perdiam o emprego,<br />
a porta de entrada para o empreendedorismo.<br />
“Víamos muitas pessoas desligadas de seus empregos<br />
utilizarem parte do valor de sua rescisão trabalhista<br />
para investir na microfranquia e realizar seu desejo<br />
de empreender em um negócio capaz de<br />
trazer ótima<br />
margem”, afirma. Com essa filosofia,<br />
a Miss Pink passou de 0 a 137<br />
franquias em quatro anos.
30<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
NA FACULDADE, QUANDO VENDEU TUDO,<br />
CHEGOU A COZINHA NO CHÃO<br />
DO ZERO AO MILHÃO<br />
“Aprendi que o investidor busca, além de<br />
um bom produto, empreendedores que<br />
sejam capazes de executar. Sair do escritório,<br />
pesquisar as oportunidades na rua,<br />
junto aos consumidores, ouvir parceiros<br />
e botar o protótipo para rodar”, diz quando<br />
questionada como conseguiu o aporte mesmo sem ter<br />
nenhum dólar de faturamento nos Estados Unidos.<br />
CANETA<br />
GATINHO<br />
A operação da Miss Pink nos Estados Unidos nasceu do<br />
espírito tipicamente inquieto da CEO. Em viagem de férias<br />
ao país no ano passado, começou a observar em<br />
lojas de cosméticos e supermercados que, embora farto,<br />
o mercado americano não tinha alguns dos produtos<br />
funcionais que a rede mais vendia na América Latina.<br />
Entre eles estavam, além da<br />
caneta-carimbo, a paleta de<br />
sombras com limpador instantâneo<br />
de pincéis de silicone por<br />
estática, ou cremes corporais<br />
funcionais com ingredientes<br />
naturais, desenvolvidos pela<br />
própria Maitê - que além de<br />
CEO acumula funções como líder<br />
de criação de produtos. A<br />
partir daí, ela suspendeu as férias,<br />
passou a fazer benchmark<br />
e pesquisas de campo em dezenas<br />
de cidades da Flórida.<br />
Vinte dias depois, voltou ao Brasil já com a empresa legalmente<br />
aberta e trâmites burocráticos encaminhados.<br />
Desde o início de 20<strong>19</strong>, quando os rumores da expansão<br />
internacional começaram a correr, investidores passaram<br />
a procurar a Miss Pink. Em maio, Maitê recebeu<br />
o sinal verde do aporte do fundo americano. Levantou<br />
US$ 1 milhão imediatamente e está com os outros US$<br />
10 milhões já alocados para investimentos.<br />
COM O SÓCIO BRASILEIRO, P<strong>ED</strong>RO CESAR<br />
“EMPREEND<strong>ED</strong>ORISMO<br />
‘DE ESCRITÓRIO’ DIFICIL-<br />
MENTE LEVA A NEGÓCIOS<br />
DE SUCESSO. É PRECISO<br />
ENTENDER NA PRÁ-<br />
TICA ONDE PODEM<br />
ESTAR OS BONS<br />
NEGÓCIOS, ESTAR<br />
SEMPRE ALERTA,<br />
FAREJANDO OPOR-<br />
TUNIDADES E CRIAR<br />
UMA ESTRUTURA<br />
LEVE, COM PERS-<br />
PECTIVA RENTÁVEL<br />
E ESCALÁVEL”<br />
QUIOSQUE FLORIDA MALL E VEND<strong>ED</strong>ORAS<br />
LOJA MOVEL
31<br />
O CÉU É O LIMITE<br />
Nascida em Arapongas, interior do Paraná, e a mais<br />
velha entre três irmãos, Maitê Pedroso nunca aceitou<br />
caminhos pré-delimitados. Desde de criança, acostumou-se<br />
a comandar e ditar o ritmo das brincadeiras,<br />
desenvolvendo, mesmo sem saber, uma de suas características<br />
mais marcantes: a liderança.<br />
Também não gostava nem um pouco de ser comparada<br />
à média, desde cedo mergulhou nos estudos<br />
para se sobressair nas disciplinas da escola e mostrar<br />
a todos os que estavam por perto que não era uma<br />
adolescente comum. “Eu queria mais. Queria mostrar<br />
para todo mundo que tinha algo especial em mim que<br />
me empurrava adiante, e que eu tinha uma força bem<br />
grande capaz de alcançar praticamente tudo o que quisesse”.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Ao contrário do que boa parte de seus colegas de classe<br />
ou familiares planejavam, também não se conformava<br />
em seguir o caminho característico à maioria<br />
dos moradores da região: estudar, iniciar a faculdade,<br />
ingressar no mercado de trabalho e construir família<br />
ali mesmo na terra natal. Queria correr atrás de oportunidades<br />
em cidades maiores, onde sentia que teria<br />
mais oxigênio para criar, aprender e crescer.<br />
Não à toa, logo aos 15 anos foi morar sozinha na vizinha<br />
Londrina para cursar o Ensino Médio mais completo,<br />
em busca de preparação sólida para a faculdade<br />
de Medicina. E nem mesmo a gravidez inesperada às<br />
vésperas do vestibular tirou o foco da jovem estudante.<br />
“Foi um baque receber a notícia, mas uma vez que me<br />
vi grávida, decidi manter todos os planos para não desviar<br />
do meu objetivo. E mesmo com minha filha pequena,<br />
continuei seguindo os estudos e ingressei na universidade,<br />
em Santa Catarina. Foi uma grande lição de<br />
como lidar com adversidades, contornar as situações<br />
imprevistas e continuar seguindo em frente”, relembra.
32<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
OBSERVANDO OPORTUNIDADES<br />
Quem ouve a jovem CEO falando sobre todos esses<br />
anos de experiência em negócios, não imagina que empreender<br />
não foi escolha, mas uma necessidade. Logo<br />
nos primeiros anos da faculdade de Medicina, com a<br />
separação dos pais, passou a enfrentar sérias dificuldades<br />
financeiras e, para se manter estudando, começou<br />
a vender um pouco de tudo.<br />
“Era realmente uma vida de sacoleira, e não tenho<br />
nenhum pouco de vergonha de dizer que comecei<br />
assim. Saía de Lages, em Santa Catarina, onde estudava,<br />
ía para São Paulo, comprava produtos de<br />
vários tipos, desde roupas e cosméticos até itens<br />
eróticos para revender”, recorda.<br />
A ideia deu certo e, ao lado de Pedro César, estudante<br />
de Direito e colega de faculdade, desenvolveu o primeiro<br />
modelo de venda porta a porta de itens de sex shop<br />
da cidade. “Descobri o primeiro filão, criei um catálogo<br />
de produtos eróticos, justamente para quem<br />
tinha vergonha de ir às lojas. Foi um sucesso, vendia<br />
todo o estoque”.<br />
A descoberta fez Maitê e Pedro César, que viria a se tornar<br />
depois o sócio da Miss Pink no Brasil, pensarem em<br />
expandir a rede, buscando no Orkut, rede social em alta<br />
na época no Brasil, os contatos das vendedoras. “Mandamos<br />
10 mil mensagens para revendedoras de<br />
produtos de outras marcas. Tivemos 100 respostas<br />
positivas e começamos nosso catálogo e nossa<br />
mini-rede de consultoras”.<br />
No ano seguinte, já no quarto ano de medicina, Maitê<br />
decidiu combinar os conhecimentos da faculdade com<br />
a oportunidade de criar um produto cosmético que<br />
complementasse o catálogo dos itens eróticos. Nasceu<br />
a primeira versão do sabonete íntimo, com fórmula diferente<br />
dos itens de prateleira disponíveis na época, e<br />
com fabricação terceirizada. Em complemento às habilidades<br />
da sócia desenvolvedora de produtos, Pedro<br />
César herdou o braço comercial. Com os primeiros lotes<br />
de produtos prontos, viajava do sul até São Paulo e os<br />
vendia na tradicional rua de comércio Vinte e Cinco de<br />
Março.<br />
O salto znas operações veio com a primeira encomenda<br />
internacional do sabonete líquido. No tímido box na Beauty<br />
Fair de São Paulo em 2011, um atacadista libanês<br />
encomendou nada menos do que US$ 250 mil à nascente<br />
Miss Pink. Foi o momento decisivo em que a estudante-empreendedora<br />
decidiu trocar definitivamente<br />
o posto de saúde em que clinicava como assistente em<br />
Lages, para um escritório no centro da cidade, que foi o<br />
ponto de partida para as operações atuais.<br />
“QUEM OUVE A HISTÓRIA<br />
RESUMIDA TALVEZ NÃO<br />
ABSORVA O TANTO<br />
QUE ERRAMOS,<br />
APRENDEMOS E<br />
CORRIGIMOS RÁPI-<br />
DO PARA FAZER O<br />
NEGÓCIO DECOLAR.<br />
FOI SOFRIDO, MAS<br />
ACR<strong>ED</strong>ITO QUE RESI-<br />
LIÊNCIA, CURIOSIDA-<br />
DE E ATÉ UMA BOA<br />
DOSE DE OUSADIA FOI<br />
FUNDAMENTAL PARA<br />
CRESCERMOS”.
33<br />
FOCO EM PESSOAS<br />
E foi nessa busca inquieta pelo “o que vem depois” e de<br />
“como melhorar”, que Maitê Pedroso desembarcou no<br />
Japão ainda em 2018, em uma missão com empreendedores<br />
liderada pelos tubarões Robinson Shiba e Camila<br />
Farani, do programa Shark Tank Brasil. O maior objetivo,<br />
segundo a empresária, era absorver conhecimentos de<br />
gestão e conhecer melhor as características do mercado<br />
japonês de cosméticos. Dos 25 dias de imersão, além<br />
de conhecimento, Maitê também conquistou amigos<br />
e sócios para o negócio desenvolvido posteriormente<br />
nos Estados Unidos. O empresário Guilherme Tavares,<br />
CEO da empresa de software Tagplus, tem a missão de<br />
ajudar a desenvolver a gestão estratégica, assim como<br />
potencializar a tração do negócio por meio da aplicação<br />
de tecnologia e inovação. A jornalista Camila Fusco,<br />
também parte do time fundador, será responsável pela<br />
estratégia de marketing e comunicação.<br />
MENTORIA COM CAMILA FARANI NO JAPAO<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
“Desde quando eu conheci a Maitê, percebi nela um potencial<br />
de execução e entrega que vi em poucas poucas pessoas na<br />
minha vida. Eu acredito muito no potencial empreendedor da<br />
Maitê e no futuro da Miss Pink Estados Unidos”, diz Tavares.<br />
Hoje, além das operações da Miss Pink no Brasil e nos Estados<br />
Unidos, Maitê também integra um fundo de investimento<br />
G2 Capital, da investidora-anjo Camila Farani, e a holding<br />
358 Dreams, voltada a negócios de tecnologia que atendem<br />
mais de 10 mil clientes e que movimenta mais de R$ 300 milhões<br />
todos os meses.<br />
Questionada se chegou onde planejava, a resposta<br />
é enfática. “Me sinto feliz neste momento,<br />
mas o que estamos construindo por aqui não<br />
é o objetivo final, é só um primeiro passo. Estou<br />
trabalhando para construir uma empresa<br />
de US$ 1 bilhão. Até pelo meu DNA empreendedor,<br />
pela minha inquietude, preciso primeiro<br />
conquistar isso aqui e depois, vou seguir<br />
para desbravar outros mercados”.
34<br />
COMPORTAMENTO<br />
PALESTRANTE MARCOS SOUSA GANHA O<br />
MUNDO E DÁ DICAS DE COMO É POSSIVEL<br />
INTERNACIONALIZAR O SEU NEGÓCIO<br />
Marcos Sousa é o décimo primeiro filho do motorista<br />
de ônibus Seu Antonio e da dona de casa Dona Tereza.<br />
Nasceu no interior do Piauí, em Picos. Depois mudou<br />
para Campina Grande, onde viveu dos 2 aos 21 anos.<br />
Após concluir a graduação em engenharia elétrica na<br />
UFPB em Campina Grande, mudou para São Paulo e ingressou<br />
no mercado de tecnologia, especificamente, na<br />
área de segurança.<br />
O emprego era numa distribuidora de equipamentos<br />
eletrônicos. No início o foco era vender projetos, mas<br />
acabou se apaixonando por vendas e virou um vendedor.<br />
Depois de dois anos foi convidado para assumir a<br />
filial de Recife, e daí para gerente regional Norte/Nordeste<br />
foi um pulo. Não satisfeito com o que já havia conquistado,<br />
foi fazer uma pós graduação em Marketing<br />
pela FGV. Fez diversos cursos na área de vendas, não<br />
só no Brasil como fora. Se tornou Trainer e Master em<br />
Programação NeuroLinguística.<br />
Depois de tantas mudanças na vida, Marcos nem imaginava<br />
que todo esse percurso tinha um propósito lá na<br />
frente. Já tinha ido muito mais longe do que imaginava.<br />
Mas deixa bem claro que batalhou muito para conquistar<br />
tudo que tem hoje. E não esquece de sua origem<br />
simples, aproveitou a criação dada pelos seus pais, que<br />
ralaram muito para lhe dar uma boa educação; do incentivo<br />
do irmão mais velho Izidro; dos livros; dos estudos.<br />
Sousa já fez mais de 35 palestras em 14 países e passou<br />
por 4 continentes. Dentre eles: Estados Unidos, México,<br />
Espanha, Inglaterra, Costa Rica, Colômbia, Argentina e<br />
Uruguai. E recentemente recebeu o convite para ir a sua<br />
primeira cidade da Ásia, Dubai. Marcos é um dos poucos<br />
autores e palestrantes brasileiros que teve um livro<br />
(Vendendo segurança com segurança) traduzido em<br />
espanhol em 8 países, e em breve em inglês. Escreveu<br />
também: 52 Sacadas Para Vender Mais, Gigantes das<br />
Vendas e Coleção Premium - Coletânea de Artigos sobre<br />
Vendas e Motivação. Tornou-se uma referência em<br />
vendas na América Latina no segmento de segurança e<br />
também em Neurovendas no Brasil, ministrando muitas<br />
palestras para indústrias, varejo e agronegócio.<br />
Ele já tinha realizado mais de 1000 palestras e treinado<br />
mais de 50 mil pessoas nos últi-mos 15 anos, e achava<br />
que os resultados já eram extraordinários. Mas decidiu<br />
se colocar em teste para ver até onde poderia ir. Em<br />
Janeiro de 2015 ficou 3 horas na frente do espelho, e<br />
só saiu de lá com uma meta extraordinária: ministrar<br />
palestras em espanhol e inglês em 6 países. Por que ex-<br />
traordinária? Porque ele não se via um palestrante internacional,<br />
não falava bem Espanhol ou Inglês, e achava<br />
realmente, impossível, um garoto pobre se transformar
33<br />
num palestrante internacional. E na verdade, não sabia<br />
sequer como e por onde começar. No final do primeiro<br />
ano, conseguiu fazer palestras no México, Estados Unidos<br />
e Argentina. Era o que precisava para romper essa<br />
crença limitante. “Descobri que metade de uma meta<br />
extraordinária é melhor do que alcançar o dobro de<br />
uma meta que você sempre fez (ordinária)” comenta<br />
Marcos. No ano seguinte fez 12 palestras internacionais.<br />
Depois disso, passou a fazer uma a duas por mês.<br />
Hoje, o conferencista passa metade do mês pelo mundo,<br />
ministrando palestras e cursos. “Minha missão é<br />
ajudar as pessoas a serem ainda mais EXTRA-<br />
ORDINÁRIAS do que já são. E não meço esforços<br />
nessa missão e propósito.”<br />
O que é uma dor, já que tem que deixar no Paraná sua<br />
esposa e seu filho de 7 anos.<br />
Mas quem pensa que a vida tá fácil para o palestrante,<br />
se engana. Existem vários desafios de conciliar uma<br />
agenda internacional com outra no Brasil, além de toda<br />
a logística. Marcos lembra de um caso e nos conta:<br />
“Lembro uma vez que postei uma foto à noite de uma<br />
palestra na Guatemala. O cliente me ligou super nervoso,<br />
pois na noite seguinte eu faria outra palestra em<br />
Santa Cruz do Capiberibe, sertão de Pernambuco. Ele<br />
me falou que eu não conseguiria. Saí após a palestra<br />
pro aeroporto correndo, decolei e, na manhã seguinte<br />
já estava no Rio. Depois subi pra Recife, e ao pousar<br />
lá, foram mais 3 horas de carro. E finalmente cheguei<br />
duas horas antes do evento. Somando o tempo de ida<br />
pra Guatemala, foram no total 30 horas de viagem num<br />
intervalo de 60 horas”.<br />
O segundo desafio é a cultura, pois tem que entender<br />
rapidamente os costumes de cada cidade. Tem que saber<br />
quais brincadeiras pode fazer, quais temas debater<br />
e gafes que não pode cometer. Outro cuidado é a comida<br />
e adaptação a diferentes temperaturas.<br />
O risco de passar mal é grande.O<br />
último desafio é a palestra em outro<br />
idioma. “É muito difícil, pois<br />
não conseguimos traduzir as piadas,<br />
e nem todos cases aqui do<br />
Brasil funcionam em outros países”<br />
relata Sousa.<br />
Marcos nos deixa alguns desafios<br />
para internacionalizar uma marca<br />
ou levar produtos e serviços para<br />
outros países:<br />
quão bom você seja no Brasil, você terá que desaprender<br />
rápido e reaprender ainda mais rápido sobre o idioma,<br />
cultura e o povo de cada país, para saber produzir,<br />
traduzir e entregar algo tão bom quanto faz aqui no Brasil.<br />
- RESPEITO - Você tem que chegar com humildade,<br />
respeitando e valorizando a cultura local, pois nenhum<br />
povo tem uma cultura, história ou importância maior<br />
que outro povo. No final, negócios são feitos de pessoas<br />
para pessoas.<br />
- RESILIÊNCIA - Serão inúmeros os desafios, e você<br />
terá que ser muito flexível para se adaptar rapidamente<br />
e, superar as dificuldades e exigências legais.<br />
- CONSISTÊNCIA - Continue produzindo e entregando<br />
sempre o seu melhor. Não basta apenas criar uma<br />
versão internacional de sua empresa ou de si mesmo.<br />
Você tem que ser uma versão melhor, maior e inédita<br />
de si a cada dia.<br />
Ser EXTRAORDINÁRIO é fazer algo EXTRA que<br />
os ordinários não fazem. É ser alguém fora<br />
da curva e acima da média (mediano ou medíocre).<br />
Ser EXTRAORDINÁRIO é ter um produto,<br />
serviço e oferta, pessoa que excede as<br />
opções, ou seja, ser excepcional. Ser EXTRA-<br />
ORDINÁRIO é pensar de modo ilimitado e<br />
incomparável. Ser EXTRAORDINÁRIO é sentir<br />
que tem um propósito maior do que ganhar<br />
dinheiro, e ajudar muitas pessoas a também<br />
alcançarem seus sonhos. Ser EXTRAORDINÁ-<br />
RIO é modelar a excelência e buscá-la em<br />
tudo que faz, entregando sempre mais do<br />
que outros esperam. SER EXTRAORDINÁRIO<br />
é viver uma VIDA EXTRAORDINÁRIA em toda<br />
sua plenitude.<br />
#SEJAEXTRAORDINÁRIO<br />
COMPORTAMENTO<br />
- CRENÇA - Você tem que ter uma<br />
crença inabalável em si mesmo,<br />
no seu produto, na sua equipe e<br />
principalmente de que seu sonho<br />
é sim possível e realizável. Os desafios<br />
e dificuldades serão muitas;<br />
- COMPETÊNCIA - Não importa
36<br />
COMPORTAMENTO<br />
Até que enfim,<br />
HOJE É SEXTA<br />
FEIRA!<br />
Tá aí uma das frases mais comentadas<br />
e postadas da internet. Porém,<br />
a sexta-feira, infelizmente é<br />
considerada um dos dias mais<br />
improdutivos no mercado de<br />
trabalho, pois as pessoas já<br />
começam a entrar no clima de<br />
felicidade do final de semana.<br />
Bem, avaliando que o final de<br />
semana que começa, em tese, na<br />
sexta às 18 horas, e corresponde a 1/3<br />
da semana. Matematicamente falando,<br />
se você tem tentado ser feliz em apenas<br />
1/3 da sua vida, algo está errado.<br />
Vivemos numa era onde praticamente<br />
moramos no trabalho e visitamos nossas<br />
casas, então definitivamente: Não<br />
dá pra esperar a sexta-feira para ser feliz!<br />
E sim, você precisa ser feliz no seu<br />
trabalho para ser feliz de verdade!<br />
Qual o seu grande objetivo de vida?<br />
Uma resposta é unânime: ser feliz. E<br />
quando falamos de felicidade, normalmente,<br />
pensamos em nossas relações<br />
familiares e amorosas. Já reparou como<br />
pouco associamos felicidade com o nosso<br />
ambiente de trabalho? Para alguns,<br />
isso soa como utopia, como se nosso<br />
serviço fosse uma mera questão de sobrevivência.<br />
A verdade é que o mercado de trabalho<br />
se transformou completamente, a economia<br />
está instável e cada vez mais difícil<br />
conseguir emprego na própria área.<br />
Diante deste cenário, é possível alcançar<br />
a tão sonhada felicidade no trabalho?<br />
Quais são os fatores determinantes<br />
para que esta “utopia”<br />
se transforme em realidade? É<br />
o que você vai entender na sequência<br />
do artigo.<br />
Onde está o prazer?<br />
O fato de passarmos mais tempo<br />
na empresa do que na própria<br />
casa é a realidade de muitos<br />
brasileiros. Em linhas gerais, estamos<br />
vivendo cada vez mais em função dos<br />
fins de semana. Cinco dias de estresse<br />
precisam ser suportados, para que dois<br />
sejam desfrutados com alívio e satisfação<br />
pessoal.
37<br />
MAS SERÁ QUE ISSO PRECISA SER UMA REGRA?<br />
É bem verdade que, a falta de prazer no trabalho está<br />
ligada a diversos motivos. Em primeiro lugar, como já<br />
disse, está cada vez mais difícil encontrar empregos na<br />
própria área. Ainda mais encontrar um que proporcione<br />
estabilidade, sobretudo, na questão financeira.<br />
E não é apenas a questão do dinheiro que torna o serviço<br />
algo pesado e sobrecarregado durante sua semana.<br />
Abaixo, listo os principais motivos dessa infeliz ocorrência:<br />
1 – PROPÓSITO<br />
Quando você não consegue ver no seu emprego um<br />
propósito definido, sua mente tende a ficar perdido,<br />
sem saber ao certo o porquê levanta cedo todos os dias<br />
para trabalhar. Isso geralmente se descobre ao longo do<br />
tempo, quando percebe que tal esforço tem perdido o<br />
sentido.<br />
2 – PERCEPÇÃO DE VALOR<br />
Muitas pessoas não sentem que seu serviço é importante<br />
para os outros. Uma pesquisa feita em um hospital<br />
mostrou que a equipe da limpeza, tinha claramente a<br />
consciência da importância do seu trabalho por manter<br />
o local limpo, e assim, cuidar para que os pacientes ficassem<br />
longe de uma possível infecção, garantindo sua<br />
recuperação e a volta mais rápida para casa. Isso nos<br />
mostra que essa consciência não está diretamente ligada<br />
a cargos ou hierarquias. Certamente essas pessoas<br />
da limpeza têm mais prazer no seu trabalho do que alguns<br />
médicos, que vão apenas cumprir seu papel.<br />
3 - BEM ESTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO<br />
Trabalhar em um lugar onde se tem bons relacionamentos,<br />
tanto com colegas de trabalho quanto com seus superiores<br />
diretos, sem dúvida evita transtornos, que afetam<br />
diretamente na sua vontade de ir para empresa e<br />
se sentir produtivo.<br />
4 - TRABALHAR COM AQUILO QUE VOCÊ É BOM<br />
Esse aspecto é um dos que mais atingem homens e mulheres<br />
em todos os segmentos. É mais ou menos como,<br />
em um time de futebol, colocar um centroavante para<br />
jogar de goleiro - o goleiro de lateral e o lateral de meio-<br />
-campo. Isso tende a não dar certo. Grandes empresas<br />
que se preocupam com a qualidade do ambiente de trabalho<br />
e bem estar dos seus colaboradores fazem testes<br />
de força e virtudes até mesmo no momento de sua<br />
contratação, porque sabem da importância de cada um<br />
trabalhar com aquilo que realmente gosta, pois tendem<br />
a produzir mais e melhor.<br />
As pesquisas mostram que salário é o quinto critério de<br />
escolha de um profissional na hora de selecionar onde<br />
vai trabalhar, pois cada vez mais, profissionais têm se<br />
alertado para os males que a infelicidade e a sobrecarga<br />
podem gerar.<br />
Essa sobrecarga está cada vez mais em evidência. De<br />
acordo com um estudo da Organização Mundial da<br />
Saúde (OMS), mais de 30% dos trabalhadores em uma<br />
escala global sofrem de depressão, o “mal do século”,<br />
transtornos de ansiedade ou estresse.<br />
VIA DE MÃO DUPLA<br />
Não pense que a preocupação com a felicidade no trabalho<br />
é unicamente do empregado. Os empregadores<br />
estão cada vez mais atentos a essa questão, afinal, sabe-<br />
-se que um trabalhador infeliz é um trabalhador improdutivo.<br />
Mais do que isso, este fator também contribui<br />
diretamente para o aumento da rotatividade, absenteísmo<br />
e afastamento por acidentes e doenças.<br />
As medidas para contribuir com a saúde mental desses<br />
indivíduos variam de acordo com a dinâmica de cada organização,<br />
desde recompensas financeiras até atividades<br />
mais leves, que aproximam o máximo o ambiente<br />
de trabalho do seu lar.<br />
DÁ PARA SER FELIZ NO TRABALHO?<br />
Acredite, trabalho e felicidade não são incompatíveis.<br />
Não somente dá quanto precisa!<br />
Mas para que exista felicidade, muitos fatores devem<br />
convergir. Claro, como disse acima, fazer o que ama é<br />
algo que pode impulsionar esse sentimento. Mas isso<br />
não é tudo. Ser feliz no trabalho também exige autoconhecimento.<br />
Quais são minhas competências e habilidades?<br />
Como alinhar minhas expectativas com a missão<br />
e os valores da empresa para a qual eu trabalho?<br />
A felicidade no trabalho também dependerá estritamente<br />
da sua vida pessoal. E ser feliz, tanto no trabalho<br />
quanto no pessoal, exige resiliência, inteligência emocional<br />
e outros aspectos. Logo, antes de sentir felicidade,<br />
é preciso aprender a ser feliz.<br />
E O EMPREEND<strong>ED</strong>OR?<br />
O empreendedor já começa um passo à frente,<br />
pois ele escolheu o ramo de atividade, o que tende<br />
aproximá-lo de algo que realmente goste de<br />
fazer e estar dentro de suas aptidões. Assim fica<br />
mais prazeroso, tanto buscar o conhecimento na<br />
área, bem como se submeter a erros e acertos,<br />
a fim de gerar aprendizado prático. Por esse e<br />
outros motivos, a maioria dos empreendedores<br />
bem sucedidos, trabalham mais horas do que se<br />
estivessem em uma empresa convencional. E<br />
se, além disso, ele encontra propósito, percebe<br />
valor no resultado do seu trabalho, em especial<br />
na vida das pessoas, e consegue uma<br />
boa gestão no seu negócio. Certamente<br />
os resultados tendem a aparecer com<br />
mais evidência. E talvez agora,<br />
entendamos porque muitos<br />
desses empreendedores<br />
têm como frase preferida<br />
para seus posts na<br />
internet:<br />
Uhuuu hoje<br />
é segunda feira!<br />
Consultor, Mestre em Ciência<br />
da Educação e Professor<br />
da PUC MINAS: Ciência da<br />
Felicidade e Bem-Estar<br />
COMPORTAMENTO
38<br />
MARKETING DIGITAL<br />
COMO SE PREPARAR PARA<br />
INTERNACIONALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS?<br />
ENTENDENDO O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO<br />
Se você tem algum negócio digital, físico, franqueado ou<br />
qualquer negócio que seja, já deve ter parado para pensar<br />
na possibilidade de torná-lo internacional.<br />
Afinal, com a nossa situação econômica atual, é normal<br />
e recorrente pensar em começar a receber em dólares,<br />
ou outros tipos de moeda. Mas o processo de internacionalização<br />
de qualquer negócio não é tão simples assim.<br />
tas de negócios guiarem esse tipo de ação.<br />
MAS ANTES DE NOS APROFUNDARMOS, O QUE É<br />
UM PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO?<br />
O processo de internacionalização se dá em qualquer<br />
organização, que queira atuar em diferentes nacionalidades.<br />
E esse tipo de processo envolve todas as pontas<br />
de um negócio, desde a comunicação, colaboradores,<br />
remodelagem do negócio até a moeda de câmbio.<br />
Detalhes como cultura, compreensão de funcionalidades,<br />
uso dos produtos ou serviços, sempre vão ser assimilados<br />
de maneiras diferentes, e cabe aos estrategis-<br />
Isso significa que a empresa se adapta a cultura e exigência<br />
legal imposta pela nação com quem vai trabalhar.<br />
Então, entrar em processo ou executar um processo de<br />
internacionalização, não é nada mais do que abrir um<br />
espaço em um mercado ou localidade para a empresa<br />
começar a trabalhar.<br />
Os processos de internacionalização, se executados de<br />
maneira assertiva e funcional, trazem diferentes benefícios<br />
para a empresa. São eles:
39<br />
EXPANSÃO DO MERCADO DE ATUAÇÃO<br />
A partir do momento que a empresa entende que<br />
pode atuar em outras localizações, isso significa um<br />
aproach em um mercado diferente do que se está<br />
acostumado. Se o negócio for na área do varejo por<br />
exemplo, entra todo um processo de logística para entregar<br />
os produtos comprados, nas diferentes regiões.<br />
A expansão do negócio nunca é simples, há diferentes<br />
variantes para validar esse processo.<br />
OPORTUNIDADES DE CAPITAL<br />
Ao expandir para outros lugares, podem acontecer diferentes<br />
ações com relação à sua empresa, o processo<br />
de aceitação e compreensão do público perante o negócio<br />
pode demorar, levar um tempo para se tornar<br />
lucrativo de forma autônoma, e também pode ser rápido<br />
e muito bem recebido.<br />
Em qualquer uma das possibilidades, as oportunidades<br />
de aumentar o capital vão junto, ninguém quer<br />
expandir o negócio se não for para ser algo que seja<br />
lucrativo e que tenha sentido.<br />
INCENTIVO A INTERCULTURALIDADE DENTRO<br />
DA EMPRESA<br />
O mundo já está entrando na fase de maturação da<br />
globalização, isso quer dizer que a cada dia que passa,<br />
nos tornamos mais globais, mais dinâmicos e ao<br />
que tudo indica, mais democráticos na troca de informações.<br />
Essa globalização e democratização vai exigir<br />
um posicionamento de colaboradores mais plural<br />
e compreensivo. Entender os diferentes lados<br />
de uma cultura não é simples, e ter ferramentas<br />
para trabalhar a interculturalidade, é algo<br />
que a internacionalização vai exigir.<br />
COMPETITIVIDADE DO NEGÓCIO<br />
Quer entender até onde pode chegar e<br />
sair na frente de seus concorrentes locais?<br />
A internacionalização te leva a<br />
esse patamar.<br />
FORTALECIMENTO<br />
DE MARCA NO ÂMBI-<br />
TO INTERNACIONAL<br />
E LOCAL<br />
Passar a atuar em<br />
mercado internacional<br />
sempre traz um peso<br />
e validação da marca.<br />
A partir do momento<br />
que existe uma demanda<br />
pelo seu negócio no<br />
exterior, o público local<br />
entende que sim, seus<br />
serviços são valiosos e<br />
relevantes até os níveis<br />
internacionais.<br />
Como identificar se a internacionalização é<br />
pra minha empresa?<br />
A chave para entender se seu negócio pode ser internacionalizado<br />
ou não é, compreender a demanda e se<br />
sua empresa possui capacidade para expandir. A demanda<br />
pode ser uma demanda latente, ou uma demanda<br />
que já está sendo exigida, só falta seu produto<br />
na área. E a capacidade envolve diferentes variantes, o<br />
primeiro é se você possui capital para realizar a expansão,<br />
possuem fornecedores ou pessoas que conheçam<br />
da cultura para te orientar, um plano de negócios específico<br />
para aquela localização, entre outras.<br />
QUALQUER EMPRESA, QUE PASSE PELO PROCES-<br />
SO DE INTERNACIONALIZAÇÃO PRECISA ENTEN-<br />
DER SE HÁ ESPAÇO NOS MERCADOS ESTRANGEI-<br />
ROS QUE QUER ATINGIR, SE ISSO É UMA AÇÃO<br />
ESTRATÉGICA, SE HAVERÁ DE FATO RETORNO SO-<br />
BRE OS ESFORÇOS DISPONIBILIZADOS...<br />
Vamos imaginar que seu negócio é um restaurante<br />
que possui várias franquias no Brasil, e você quer<br />
expandir para outras regiões do país e exterior. Percebeu<br />
que pessoas que provam e frequentam o restaurante<br />
que são de fora, quando estão lá possuem<br />
uma surpresa e querem voltar sempre. No caso de um<br />
restaurante, se você for expandir precisa ser de forma<br />
que os pontos de vendas se sustentam após um determinado<br />
período de tempo, então o local precisa ser<br />
mapeado, identificando fornecedores em um raio de<br />
X quilômetros, público do local, faixa etária, renda per<br />
capita… diversas variantes.<br />
E é entender a demanda local que dificulta o processo.<br />
Mas qualquer ação dentro do âmbito de internacionalização<br />
será complexa. Por isso estude a fundo todas<br />
as estratégias, e valide as possibilidades e variantes<br />
antes de se jogar em terreno desconhecido.<br />
Boas vendas!<br />
Diego Carmona<br />
Fundador da Leadlovers<br />
MARKETING DIGITAL
40<br />
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
SE O NEGÓCIO<br />
NÃO FOR GLOBAL,<br />
VOLTE PARA A<br />
PRANCHETA<br />
O mundo digital eliminou as barreiras<br />
nacionais e os empreendedores precisam<br />
competir internacionalmente.<br />
Antes da internet, o mundo era menor e mais<br />
estático. Os negócios que quisessem estar em<br />
outros países precisavam enviar representantes<br />
para o exterior, inaugurar novas fábricas ou escritórios<br />
e contratar equipes locais. Com tudo isso,<br />
criar um produto para expandir internacionalmente<br />
era muito caro.<br />
Mas o Instagram, por exemplo, nasceu global<br />
desde seu primeiro dia de vida, em 2010. A rede<br />
social está presente no mundo inteiro e pode ser<br />
utilizada por qualquer pessoa que possua um<br />
smartphone – seja o aparelho Samsung, iPhone<br />
ou Huawei, não importa a marca. Se o Instagram<br />
fosse restrito apenas aos Estados Unidos, não teria<br />
a escala que tem hoje e, provavelmente, um<br />
outro app teria sido criado para atender à população<br />
mundial.<br />
O mundo digital acelerou e padronizou a geração<br />
de negócios. Os produtos digitais têm uma tendência<br />
a escalar rapidamente se caírem no gosto<br />
dos usuários. Todo aplicativo ou site pode ser desenvolvido<br />
para rodar em qualquer celular e acessado<br />
por qualquer pessoa no planeta.<br />
Acontece que essa mentalidade está sendo transferida<br />
para todos os tipos de transações. Para ser<br />
escalável, é preciso ser global. E se não for global,<br />
o negócio morre. O mundo está convergindo<br />
cada vez mais para o digital e os empreendedores<br />
precisam se adequar a essa mentalidade se quiserem<br />
sobreviver. A competição não se dá apenas<br />
dentro de uma cidade, um estado, ou mesmo um<br />
país. Agora ela é no mundo todo. Um empreendedor<br />
no Japão pode ser o concorrente direto de um<br />
empresário na Argentina.
Um bom exemplo é o banco digital alemão<br />
N26, que desembarcou no Brasil este ano.<br />
É o mesmo serviço oferecido na Europa,<br />
adaptado às regulamentações locais.<br />
Há ainda mais uma vantagem para a internacionalização:<br />
se está presente em<br />
vários países e é escalável, possui mais recursos<br />
para investir em tecnologia e melhorar<br />
seu serviço.<br />
Podemos ver como essa mentalidade já<br />
influencia o marketing. Para fazer publicidade<br />
em outros países antes da internet, era<br />
preciso contratar uma agência local para conseguir<br />
negociar com as mídias regionais. Hoje,<br />
é possível anunciar no Google ou no Facebook e<br />
atingir milhares de pessoas sem muitas barreiras.<br />
Pode ser que o empreendedor queira fazer uma<br />
campanha para a Europa toda por um mês e, em seguida,<br />
restringir para apenas alguns países do continente.<br />
Com apenas alguns toques na tela do celular,<br />
a empresa muda essa configuração.<br />
Essa mentalidade não se aplica apenas para produtos<br />
digitais. Tanto uma consultoria quanto uma padaria<br />
ou uma varejista podem nascer globais. Veja<br />
o Starbucks, que oferece o mesmo café e o mesmo<br />
atendimento em todo o mundo. Ou então a Zara,<br />
que identifica tendências da moda e as distribui<br />
para os vários países onde está presente. Para que<br />
isso aconteça, é preciso criar processos replicáveis,<br />
um produto rápido de fazer e um modelo de negócio<br />
escalável.<br />
“Software is eating the world”<br />
Um aliado importante para os modelos de negócios<br />
escaláveis são os softwares, que permitem um controle<br />
e uma organização das empresas. Não foi à toa<br />
que Marc Andreessen, cofundador e sócio da empresa<br />
de venture capital Andreessen Horowitz, disse<br />
que o software está engolindo o mundo.<br />
Um exemplo de negócio<br />
controlado por softwares<br />
é a Ritual Gym, academia<br />
que ajudei a trazer para o<br />
Brasil. Original de Cingapura,<br />
possui seus processos e<br />
padrões bem estruturados,<br />
que são passados aos franqueados<br />
que desejam abrir<br />
uma unidade. Um manual<br />
informa o tamanho que o<br />
imóvel precisa ter, qual piso<br />
deve ser colocado e até mesmo<br />
o design logo para que<br />
seja impresso em camisetas<br />
e materiais.<br />
Além disso, um software permite que os empreendedores<br />
da Ritual Gym acessem um sistema com<br />
todos os dados relevantes para o negócio. Informa,<br />
por exemplo, o número de clientes, o desempenho<br />
financeiro da academia, quais são as próximas séries<br />
de exercícios que cada pessoa deve realizar na<br />
próxima visita e permite até mesmo que o empresário<br />
pague a taxa de franquia. Hoje, a Ritual Gym<br />
está presente em seis países. Até a academia pode<br />
ser global.<br />
PARA ALÉM DO LOCAL<br />
Quando falamos de Brasil, criar negócios que ultrapassam<br />
as fronteiras nacionais se torna um pouco<br />
mais complicado. Essa mentalidade não está tão<br />
disseminada entre os empreendedores brasileiros.<br />
Ao contrário de países como Israel e Argentina, que<br />
possuem mercados internos pequenos e dependem<br />
da exportação de produtos, temos um mercado gigantesco.<br />
Por muitos anos, o protecionismo regeu<br />
a economia nacional, o que prevenia a exportação<br />
de negócios. Além disso, a internacionalização não<br />
é uma cultura passada nas escolas e faculdades,<br />
o que agrava nossas dificuldades para fazer essa<br />
adaptação. No entanto, não é mais possível seguir<br />
com esse modelo. O digital está unificando o mundo<br />
inteiro e, com isso, a concorrência não é mais o<br />
vizinho, mas qualquer pessoa ou empresa ao redor<br />
do globo. Todo empreendedor precisa construir sua<br />
empresa com essa mentalidade. Se o seu negócio<br />
não é escalável e não nasceu para ganhar o mundo,<br />
volte para a prancheta e comece tudo de novo.<br />
Guga Stocco<br />
CEO da GR1D, cofundador da Domo<br />
Invest, embaixador do Stanford<br />
Research Institute (SRI) no Brasil e<br />
membro dos conselhos consultivos<br />
da TOTVS, B3, Carrefour e Hapvida.<br />
41<br />
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
42<br />
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
INTERNACIONALIZAÇÃO SOCIAL SELLING:<br />
O CUSTO DA PERCEPÇÃO<br />
Várias empresas até pensam como seria abrir<br />
novos mercados, aumentar o faturamento,<br />
vender em sazonalidades diferentes do globo,<br />
mas esbarram no que chamo de dificuldade de<br />
internacionalizar o próprio Brasil.<br />
Com 209 milhões de habitantes – e um mercado de<br />
consumo interno em que a classe média representa<br />
mais de 50% da população – o país possui um alto<br />
potencial, no entanto, pela discrepância entre as regiões,<br />
a maioria dos empresários reflete muito antes de<br />
apostar no exterior porque, se já existem dificuldades<br />
internas, poderia imaginar como seria fazer isso em<br />
outra língua?<br />
Além disso, esbarramos<br />
em outra questão: a falta<br />
de interesse pela internacionalização<br />
também<br />
dá-se pela baixa fluência<br />
da língua inglesa do brasileiro.<br />
De acordo com a<br />
organização internacional<br />
British Council, 95%<br />
da população não fala<br />
inglês e apenas 1% tem<br />
grau de fluência.<br />
O Nordeste, por exemplo, tem uma estratégia de<br />
vendas e de aceitação de produto totalmente<br />
diferente do Sul, assim como o<br />
engajamento de uma equipe do<br />
Norte seria completamente<br />
distinta da do Centro-<br />
-oeste.
43<br />
Outro ponto que desestimula os empreendedores é<br />
o IDP - Índice de distância do poder: por mais que o<br />
brasileiro seja um dos povos mais criativos, a distância<br />
do poder no Brasil é uma das mais altas, fazendo<br />
que a crença e empoderamento do indivíduo seja menor.<br />
Acredito que o índice tenha influência em nosso<br />
comportamento internacional, e, principalmente, na<br />
alta valorização que damos para serviços ou produtos<br />
importados. Isso sem falar na insegurança de investir<br />
externamente em cenários de instabilidade política.<br />
Porém, onde se tem uma grande dor, oportunidades<br />
aparecem. Com a percepção de que o consumidor<br />
brasileiro valoriza empresas com comportamento internacional,<br />
começou a surgir um novo nicho de mercado,<br />
um produto que está muito mais relacionado ao<br />
marketing: a INTERNACIONALIZAÇÃO SOCIAL SELLING.<br />
Muito tem se falado sobre o poder que o marketing<br />
de percepção gera para a empresa quando ela começa<br />
a construir uma jornada fora do país. Mas, veja, não<br />
estou falando de estabelecer uma operação de expansão,<br />
construir um time ou, até mesmo, validar um<br />
produto em diferente mercado. O que interessa nessa<br />
estratégia é o quanto isso pode fazer a marca se fortalecer<br />
internamente.<br />
Então, como abrir uma filial lá fora pode ajudar a vender<br />
mais aqui no Brasil? Bom, aí que está a grande jogada:<br />
quem tiver a maior autoridade e agregar mais<br />
valor nos primeiros segundos ganha atenção plena do<br />
público-alvo e, com isso, tem mais força para contar<br />
sua história e vender seu produto ou serviço.<br />
Aplicar estratégias como essa cria mais argumentos<br />
com os prospects locais e mostra o quanto o produto é<br />
“desejável” até em outros países – ainda que não seja!<br />
Percebendo que o Brasil é um dos países que mais tem<br />
burocracias para abrir uma empresa e todas as outras<br />
dificuldades citadas anteriormente, conseguir ser uma<br />
multinacional brasileira traz muita relevância, mesmo<br />
que isso só seja uma estratégia de “SOCIAL SELLING”,<br />
buscando contar algo que ajuda na construção de<br />
uma nova percepção de imagem por meio das redes<br />
sociais, páginas web ou, até mesmo, palestras.<br />
Em função disso, diversas empresas têm estabelecido<br />
seus contratos sociais ou buscado parcerias internacionais<br />
para terem essa percepção de que estão com<br />
operação lá fora, principalmente quando o produto é<br />
serviço e se caracteriza como um infoproduto. Com a<br />
diversidade de co-workings que aceitam apenas o aluguel<br />
de endereço fiscal, isso tem aumentando muito<br />
nos cartões de visitas e gerado retorno positivo.<br />
No entanto, vale a dica: o que não contam<br />
é que, ao mesmo tempo que essa pode ser<br />
uma eficaz estratégia, ela também pode<br />
destruir uma reputação – principalmente<br />
com esse movimento forte que temos<br />
hoje de transparência nas redes. Ou seja,<br />
quando não há sustentação e o consumidor,<br />
ao interagir com a marca, nota que<br />
é apenas uma jogada de marketing, tudo<br />
vai por água abaixo.<br />
Com o acesso à informação disponível hoje, pensar<br />
GLOCAL – ou seja pensar global, agir local –<br />
torna-se cada vez necessário. Em uma mentoria<br />
que fiz com o empreendedor de sucesso<br />
Tallis Gomes, por exemplo, ele teve como<br />
assunto principal o Product Marketing Fit e,<br />
em diversos cases, citou a importância de<br />
estar onde o seu cliente está.<br />
Onde quero chegar? Se você<br />
fizer um movimento de internacionalização,<br />
faça sem<br />
medo e de verdade. Busque<br />
mentores que o ajudem a<br />
construir um projeto duradouro,<br />
não apenas uma<br />
jogada em curto prazo.<br />
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
THIAGO SODRÉ,<br />
Publicitário e empreendedor, é idealizador do<br />
Club&Casa Design, uma plataforma de relacionamento<br />
entre profissionais e lojistas do<br />
segmento de arquitetura e interiores. Com<br />
mais de R$ 300 milhões de negócios já intermediados<br />
e uma rede de 170 empresas, o Club<br />
proporciona um grande relacionamento por<br />
meio de estratégias eficazes e experiências de<br />
alto impacto, engajando mais clientes e fidelizando-os.
44<br />
DESIGN E INOVAÇÃO<br />
UM OLHAR A PARTIR DAS MUDANÇAS<br />
Como nos posicionar frente às grandes<br />
e rápidas transformações de um mundo<br />
VUCA: Vulnerável, Imprevisível, Complexo<br />
e Ambíguo?<br />
Vivemos uma mudança de era e de paradigma, do modelo<br />
industrial para um novo, exponencial e baseado no<br />
conhecimento, informação, criatividade e nossa existência.<br />
Nos meus artigos, sempre abordo com intensidade<br />
o que é fundamental e indispensável para que a INOVA-<br />
ÇÃO aconteça de fato, e quais os novos caminhos para<br />
as organizações, gestores e empreendedores perceberem<br />
logo a mudança em curso e, adaptarem seu raciocínio<br />
linear aprendido e executado na era industrial com<br />
as conexões do modelo de pensamento exponencial da<br />
digital.<br />
Devemos refletir e promover uma leitura contemporânea<br />
- sobre o que está em transformação; o que está<br />
em ruptura; quais seriam as novas perspectivas de trabalhos;<br />
produtos; serviços e consumo. Diante da minha<br />
jornada pelo mundo e experiências vividas em diversos<br />
setores, observo com mais velocidade as novas demandas<br />
da sociedade e a criação de novos postos de trabalho,<br />
sendo que nem todos estão diretamente ligados à<br />
tecnologia.<br />
As empresas precisam ajustar seu radar para essas novas<br />
demandas, absorver novos conhecimentos, capacitar<br />
e provocar em seus colaboradores a busca por novas<br />
habilidades e competências, que a partir da evolução da<br />
tecnologia proporciona novos hábitos e comportamentos.<br />
Obvio que, não será necessário que todos saibam<br />
como tudo isso funciona, mas será um pré-requisito<br />
primordial adquirir a mentalidade de querer ser amigo<br />
dessas mudanças e aprender de maneira contínua.<br />
Cito aqui algumas características indispensáveis para<br />
nossa adaptação num ambiente de negócios volátil, incerto,<br />
complexo e ambíguo, como uma organização se<br />
posiciona para atender as novas demandas de produtos<br />
e serviços com relevância e, principalmente, a entrega<br />
de valores que sejam percebidos pelo consumidor.<br />
MIND<strong>SET</strong> EMPREEND<strong>ED</strong>OR:<br />
ADOTE TECNOLOGIAS EXPONENCIAIS: Todos os dias o<br />
mercado de trabalho e os modelos de negócios passam<br />
por processos de transformações. Assim como a sociedade<br />
de modo geral, o meio corporativo e as tarefas do<br />
dia a dia são impactadoss pelo alto e rápido desenvolvimento<br />
da tecnologia. Compreender e adotar as inovações<br />
exponenciais, como Inteligência Artificial, Internet<br />
das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, Big Data,<br />
Impressão 3D entre outras, conseguimos proporcionar<br />
velocidade, ganhamos efeito escala e novo mercado.<br />
Conseguir aliar a Inteligência Artificial com a inteligência<br />
humana, e definir que descobrir o COMO otimizar é<br />
um problema das Ciências da Computação e descobrir<br />
O QUE e POR QUE otimizar não é, eis aí o grande passo<br />
para uma empresa inovadora.<br />
PROPÓSITO EMPREEND<strong>ED</strong>OR: Se não há respostas precisas<br />
e específicas para essa dinâmica, e tomar decisões<br />
num contexto VUCA é um ato de coragem - por que não<br />
falar de fé? o caminho é criar um ambiente favorável<br />
ao compartilhamento para a geração de novos conhecimentos,<br />
ou seja, o aprendizado coletivo. Ter um propósito<br />
e um posicionamento claro sobre a causa e qual<br />
problema você resolve, é essencial para engajar seus<br />
colaboradores e usuários. Além disso, é primordial a
45<br />
transparência e autenticidade com um desenvolvimento<br />
contínuo de processos integrados, que possibilitem ao<br />
máximo a formação de uma cultura organizacional que<br />
tenha convergência com o propósito da empresa. Sua<br />
visão, missão e valores devem engajar as pessoas em<br />
torno do seu futuro e, principalmente, gerando resultados<br />
com base em ativos intangíveis.<br />
NOVAS HABILIDADES: Multidisciplinariedade para lidar<br />
com a complexidade. Todas essas mudanças proporcionam<br />
novos problemas, que na maioria das vezes<br />
são mal definidos. E quanto mais ampla a visão maior a<br />
probabilidade de encontrar soluções desejáveis, possíveis,<br />
viáveis e relevantes. Nesse sentido, é fundamental<br />
ter frio na barriga e obter desafios que gerem a curiosidade<br />
de estudar diferentes assuntos de áreas distintas.<br />
Com equipes multidisciplinares os estímulos gerados<br />
colidem com vários pontos de vista e geram conexões,<br />
que tendem a obter mais resultados relevantes perante<br />
o mundo VUCA. O desafio é aprender a lidar com as<br />
diferenças.<br />
EXPERIÊNCIA ÚNICA: Devemos propor para as organizações:<br />
pensarem primeiro na diferença que os novos<br />
produtos e serviços farão na vida das pessoas, ao invés<br />
de fazer mais um lançamento. Consumidores começam<br />
a dar preferências a mercadorias mais simples e serviços<br />
mais convenientes. Nos últimos anos, presenciamos<br />
um crescimento de pessoas que buscam experiências<br />
autênticas, diferentes e que representem sua individualidade,<br />
por meio de produtos artesanais, locais e básicos.<br />
CONSUMIDOR CONSCIENTE: Muitas pessoas já não<br />
compram mais o que você faz, elas compram o porquê<br />
você faz. E o que produz serve apenas como prova do<br />
que acredita, ou seja, seu propósito e valores antes do<br />
lucro. Diante dessa evolução da consciência do ser humano,<br />
relativo ao consumo, potencializam-se as preocupações<br />
com o planeta, saúde, animais e problemas<br />
sociais, por isso, a expressão “negócio responsável” mudou<br />
drasticamente na última década – ser responsável<br />
não é mais um diferencial, mas item obrigatório de qualquer<br />
empresa que deseje se manter no mercado.<br />
DESIGN E INOVAÇÃO<br />
RESILIÊNCIA E FLEXIBILIDADE: Se as mudanças são<br />
inevitáveis, voláteis e cheio de incertezas, é preciso resiliência<br />
para lidar com essa situação. A capacidade de<br />
manter-se em pé diante desse tsunami de mudanças e,<br />
ainda ter forças para se adaptar ao novo cenário, não é<br />
uma habilidade natural para todos que empreendem.<br />
Resiliência não é uma opção num mundo volátil e incerto,<br />
é preciso reforçar a sua autoestima e colocar amor<br />
acima de tudo, fazer o seu melhor diante dos acontecimentos.<br />
O futuro é líquido “as relações escorrem pelo<br />
vão dos dedos”, assim são as nossas certezas, ser flexível<br />
perante esse futuro é uma competência essencial<br />
para o aprendizado e adaptação. Devemos abrir nossa<br />
cabeça, aceitar e compreender que, existem inúmeras<br />
formas de resolver o mesmo problema.<br />
FRACASSO COMO AMIGO E PROFESSOR: O aprendizado<br />
vem da ação e, por isso, é importante estar aberto<br />
a cometer erros. Há uma expectativa nas organizações<br />
de que devemos nos esforçar ao máximo para alcançar<br />
a perfeição e a meta desejada, não podemos cometer<br />
equívocos e devemos ser modelos perfeitos. Esse tipo<br />
de expectativa dificulta assumir riscos e limita as possibilidades<br />
de criar mudanças mais radicais. Utilizar os<br />
conceitos do Design Thinking como exemplo permite<br />
aprender fazendo, Decidindo rápido, Errando rápido<br />
e Aprendendo rápido. A diferença agora é que, mais<br />
prudente que planejar cenários em longo prazo, é ter<br />
agilidade na capacidade de experimentar respostas às<br />
perguntas geradas pelas demandas do ambiente.<br />
MIND<strong>SET</strong> CONSUMIDOR:<br />
EU QUERO JÁ: O consumidor quer a velocidade, a economia<br />
do tempo e a garantia de prazer imediato. O<br />
avanço tecnológico por meio do 5G, Big Data, Inteligência<br />
Artificial, entre outras tecnologias, proporcionaram<br />
essa agilidade. E à medida que os consumidores passem<br />
a contar com essa eficiência e velocidade de informação<br />
a tomada de decisão, começam a cobrar o mesmo nível<br />
de excelência para todas as empresas e setores, independentemente<br />
de seu tamanho. Essa é uma tendência<br />
que pode representar problemas para muitas empresas<br />
de pequeno porte, ou então, uma oportunidade fantástica<br />
para sonharem grande e crescer.<br />
SOMOS EXPERT: O consumo se tornou tema de discussões<br />
públicas e coletivas. E como clientes nunca tivemos<br />
tanta razão nesse mundo digital e de mídias sociais, exigimos<br />
bom custo-benefício nas compras, e usamos as<br />
redes e grupos de interesse como movimentos de ódio.<br />
E se possível muito barulho, sempre que nos sentirmos<br />
vítimas de experiências negativas de consumo, assim<br />
como contamos com a experiência de outros usuários<br />
para garantir mais segurança diante de tantas opções.<br />
Consumidores se sentem mais empoderados. Para as<br />
empresas este é um cenário muito delicado. Cliente satisfeito<br />
se torna um embaixador ambulante de boas indicações.<br />
Porém, se ele vivenciou problemas é crise nas<br />
redes sociais.<br />
MOVIDOS PELO BEM DO PLANETA: As novas gerações<br />
têm aversão e não querem nem ouvir falar de plástico.<br />
Essa intolerância só piora a cada vídeo e depoimentos<br />
de ambientalistas postados nas redes sociais sobre sacos<br />
de lixo, canudinhos e embalagens jogadas no mar<br />
- principal vilão e causador da morte dos animais marinhos<br />
e da poluição no planeta. Partindo desse princípio,<br />
vamos presenciar cada vez mais a ação reversa, e partirá<br />
das empresas, a substituição do plástico por produtos<br />
biodegradáveis. A cada dia, marcas do mundo inteiro se<br />
engajam na missão de tornar suas embalagens reutilizáveis,<br />
recicláveis e recicladas, adotando o conceito da<br />
economia circular e, se possível 100% livre de resíduos<br />
plásticos.<br />
“O que faz bem ao planeta faz<br />
bem a sua empresa também”<br />
Marcos Batista Apresentador<br />
Inova360 da News, Palestrante, Professor,<br />
Consultor e Empreendedor<br />
Inovação | Design | Empreendedorismo<br />
| Startup
46<br />
DIREITO<br />
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM FASHION LAW?<br />
Quando falamos em Fashion Law muitos erroneamente<br />
imaginam se tratar do dress code (forma de se vestir)<br />
dos advogados no tribunal, outros ainda imaginam que<br />
se trata do mundo das modelos internacionais e dos<br />
desfiles de grifes famosas.<br />
Contudo, o Fashion Law é a área jurídica que se encarrega<br />
de proteger a indústria da moda, que engloba<br />
desde o produtor têxtil, criação de designs, confecção<br />
de peças , as lojas varejistas e seus empregados, até o<br />
produto ser entregue na casa do consumidor, inclusive<br />
através das vendas online. Ressalta-se que o fashion law<br />
abrange não somente a indústria têxtil, mas também<br />
a de cosméticos e de joias, e ele engloba várias especialidades<br />
jurídicas concomitantemente: os direitos de<br />
propriedade intelectual, contratual, do consumidor, ambiental,<br />
do trabalho, digital, tributário, aduaneiro, empresarial<br />
entre outros.<br />
Não é nenhuma novidade que ao abrir um negócio ou<br />
criar um novo produto nessa área, é necessário estar<br />
atento às leis, registrar seu nome e marca (que em<br />
muitos casos considerado o ativo mais valioso de uma<br />
empresa), contudo muitas empresas deixam de se respaldar<br />
legalmente em relação a esses fatores. Os empresários<br />
também precisam ter muito cuidado ao fazer<br />
parcerias com outras empresas, seja no âmbito nacional<br />
ou internacional, para ter certeza que seus parceiros<br />
não estão envolvidos com questões de trabalhos análogos<br />
ao escravo.<br />
Nesse caso, além de mancharem sua reputação, ainda<br />
correm o risco de no Brasil, caírem na “lista suja” do Ministério<br />
Público do Trabalho, acarretando diversas restrições,<br />
como por exemplo, o acesso às linhas de crédito<br />
dos bancos estatais e privados. Um assunto de extrema<br />
relevância e que precisamos dar atenção é o abuso sexual,<br />
a discriminação e a violência contra mulheres na<br />
indústria da moda, estima-se que as mulheres representam<br />
por volta de 80% da força de trabalho nesse setor.<br />
Um relatório emitido pelo Global Slavery Index, constatou<br />
que 71% de pessoas em situação de escravidão moderna<br />
em 2016 são mulheres.<br />
Mas os principais assuntos relacionados ao Fashion<br />
Law são: direito autoral, marcas, desenho industrial e<br />
patentes, concorrência desleal, questão da pirataria e<br />
apropriação cultural.No quesito apropriação cultural,<br />
sabemos que muitas marcas de moda costumam inspirar<br />
suas tendências e coleções em outras culturas, e<br />
esse ato de “tomar” para si outras culturas, pode ser<br />
considerado um enorme desrespeito do ponto de vista<br />
de moralidade e ético.<br />
A exemplo do grafismo indígena, a própria gigante Nike<br />
precisou cancelar o lançamento de um tênis edição limitada<br />
após protestos de indígenas panamenhos. Em<br />
relação a plágio, um caso que ficou famoso no Brasil foi<br />
o da artesã Solange Ferrini, que vendia seus biquínis feitos<br />
de crochê em Trancoso na Bahia, e teve seus modelos<br />
copiados por uma turista que havia passado férias<br />
no Brasil e conheceu o trabalho da artesã, assim surgiu<br />
a marca de biquínis Kiini que é reconhecida mundialmente,<br />
o caso está na justiça dos Estados Unidos.A<br />
questão de sustentabilidade também está diretamente<br />
relacionada com a indústria da moda e é urgente.<br />
De acordo com a organização WWF, 29 de julho desse<br />
ano foi considerado o dia da sobrecarga da terra (Earth<br />
Overshoot Day) , ou seja, o dia que mais consumimos<br />
recursos naturais do que o planeta pode regenerar<br />
em um período de 12 meses, portanto a indústria da<br />
moda tem um grande desafio para diminuir o impacto<br />
ambiental, pois é a segunda mais poluente, atrás apenas<br />
do petróleo. Levando em consideração a cultura do<br />
consumo em que estamos inseridos, significa que nós<br />
precisamos também repensar nossa forma de compra,<br />
a fim de contribuir com o futuro do planeta.<br />
O Fashion Law, portanto, tem como objetivo fazer a<br />
integração entre as diversas especialidades do Direito<br />
que afetam o mercado da moda. Dialogar com outros<br />
campos do conhecimento para que as empresas busquem<br />
sair da informalidade, e possam<br />
avaliar as consequências sobre os direitos<br />
humanos, criando oportunidades de<br />
melhoria nas condições de trabalho e<br />
para meio ambiente, tomando ações<br />
necessárias para reduzir qualquer<br />
impacto negativo e revisar todas<br />
as etapas de seus processos,<br />
desde a produção até o guarda<br />
roupa do cliente.<br />
CAMILA M<strong>ED</strong>EIROS<br />
Advogada da Mulher<br />
Especialista em Empoderamento<br />
Feminino
47<br />
DIREITO<br />
SEGURANÇA JURÍDICA NA<br />
INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS<br />
A internacionalização de empresas ou globalização permite<br />
a diversificação de novos mercados para maior<br />
estabilidade e segurança, através do crescimento exponencial<br />
de faturamento, por negociação de produtos de<br />
exportação, tanto quanto a própria produção em escala<br />
internacional.<br />
O Brasil vem apostando no cenário internacional, onde<br />
de acordo com a Forbes, há mais de 400 empresas com<br />
atuação em 56 países, sendo líderes mundiais com várias<br />
cadeias produtivas. Vale ressaltar o exemplo da<br />
Uber, startup que nasceu há pouco mais de dez anos e,<br />
hoje, tornou-se uma organização com o valor estimado<br />
em US$ 120 bilhões. A partir de ações de benchmarking,<br />
ao contar com informações de experiências de empresas<br />
parceiras ou concorrentes, é possível desenhar um<br />
planejamento fiscal estratégico e específico para cada<br />
país de investimento, como forma de reduzir custos de<br />
tributação, condizente com todos os aspectos que envolvem<br />
os negócios no cenário internacional, incluindo<br />
particularidades de cada território.<br />
Os países de destino das mercadorias, por muitas vezes,<br />
como troca de bons acordos comerciais, reduzem a<br />
carga tributária dos produtos exportados, estimulando<br />
maiores lucros, bem como, o benefício fiscal pode vir do<br />
governo brasileiro, que diminui e isenta, em alguns casos,<br />
a cobrança de impostos como: ICMS, CONFINS, IPI,<br />
IOF, entre outros.<br />
Para um maior resguardo da internacionalização das<br />
organizações existem diversos contratos, dentre eles citaremos<br />
os principais - como o de Produção, que ocorre<br />
quando a empresa delega a confecção dos seus bens a<br />
uma empresa independente, podendo assim desenvolver<br />
o marketing do produto que foi fabricado por um estabelecimento<br />
da região. Já o contrato de Licenciamento,<br />
serve para produtores locais que cedem os direitos<br />
de produzir, vendendo os produtos do exportador, que<br />
poderá incluir a utilização de uma marca registrada, patentes,<br />
técnicas de fabricação e de marketing.<br />
O contrato de Franchising, ou franquia, modelo em que<br />
um franqueador cede ao franqueado o direito ao uso da<br />
marca, patente, com distribuição exclusiva ou semi-exclusiva<br />
de produtos ou serviços, podendo haver o direito<br />
ao uso da tecnologia para implementação do negócio,<br />
diretrizes administrativas em troca de determinado valor<br />
inicial, além de um pagamento mensal a título de<br />
royalties.<br />
Há também o de Transferência de Tecnologia, que consiste<br />
no fornecimento de conhecimentos tecnológicos<br />
não patenteados, total ou parcialmente secretos e na<br />
autorização de exploração de direitos de propriedade<br />
industrial. O de Consórcio, aborda o acordo entre empresas<br />
concorrentes ou complementares, com o objetivo<br />
das partes integrantes terem autonomia jurídica, estratégia<br />
e tempo previamente definidos. O contrato de<br />
Joint-venture, é um modelo de contratação, que pode<br />
ser realizado a nível nacional e internacional, em que<br />
duas ou mais pessoas jurídicas já existentes criam uma<br />
nova, definindo estratégias de internacionalização comum.<br />
É um modelo utilizado por grandes corporações,<br />
que combinam suas tecnologias e know-how para criar<br />
algo diferente do que já produzem, por um determinado<br />
período de tempo, com o viés financeiro objetivando<br />
o lucro.<br />
Por fim, a mais complexa de todas as estratégias de internacionalização<br />
de empresas, o Investimento Direto,<br />
que consiste em materializar a aquisição de uma fábrica<br />
ou unidade comercial em um país, ou criando por conta<br />
própria uma filial já existente. Entretanto, a empresa<br />
se estabelece como pessoa jurídica licenciada e possui<br />
controle total das atividades realizadas. A vantagem é a<br />
autonomia, além de possibilidades ilimitadas de crescimento.<br />
No rol das desvantagens, estão os investimentos<br />
em maiores montas e as burocracias enfrentadas.<br />
Nesse contexto, percebe-se que a internacionalização<br />
de empresas é uma ótima alternativa para aumentar<br />
as possibilidades de lucratividade, de buscar novos horizontes,<br />
explorar outras perspectivas para expandir a<br />
empresa, ou grupo empresarial e até iniciar outra.<br />
Porém, há grandes desafios e burocracias a serem superadas,<br />
pois as leis e normas que regulamentam as<br />
diferentes atividades empresariais não são as mesmas<br />
em todos os países.<br />
É preciso planejamento, pesquisa de mercado visando<br />
verificar a viabilidade do negócio, além de buscar entender<br />
a cultura local, e compreender o cenário para conquistar<br />
o público consumidor. Contudo, se o produto for<br />
uma grande inovação, terá menos concorrência,<br />
ao passo que não sendo renovador, haverá<br />
disputa com as marcas locais. É necessário<br />
buscar desenvolver um diferencial, que aliado<br />
a uma boa estratégia de expansão, planejamento<br />
e pesquisa de mercado, possibilitarão<br />
maiores chances de sucesso.<br />
GABRIELA BARRETO, Advogada,<br />
Palestrante e Coautora do Livro<br />
“Mulheres que Empreendem e<br />
Transformam” .<br />
gabriela.lima.barreto@hotmail.com<br />
@gabrielabarretoadv
48<br />
CONTABILIDADE<br />
MOTORISTAS DE APLICATIVOS AGORA PODEM SER MEI’S<br />
Foi publicada, no Diário Oficial da União, uma nota onde<br />
informa que os motoristas de aplicativos como Uber,<br />
Cabify e 99, poderão aderir ao MEI e aproveitar os benefícios<br />
que a formalização oferece. Segundo o Portal do<br />
Empreendedor, mais de 8 milhões de pessoas aderiram<br />
ao MEI no ano de 2018. Nos últimos 5 anos, o número<br />
de MEI’s cresceu mais de 120%.<br />
Esta modalidade foi criada em 2009 pelo então presidente<br />
Luís Inácio Lula da Silva e tem como intuito ajudar<br />
o profissional autônomo, sair da informalidade e com<br />
isso possam obter novas oportunidades de trabalho<br />
ao emitirem notas fiscais, recolham tributos menores<br />
atrelados ao CNPJ e ganhem acesso a benefícios como<br />
suporte do SEBRAE, empréstimos a juros mais baixos e<br />
aposentadoria. O MEI é costumeiramente utilizado por<br />
cabeleireiros, açougueiros, entregadores, mototaxistas,<br />
os chamados “bike boys”, consultores empresariais de<br />
diversos setores, e agora, também, pode ser utilizada<br />
por motoristas de aplicativos.<br />
O QUE SERÁ DIFERENTE?<br />
Quem optar por se formalizar, deve saber que precisará<br />
pagar o valor de R$ 54,90 por se tratar de prestação de<br />
serviços. Além disso, também é preciso entregar, anualmente,<br />
a Declaração Anual do Simples Nacional – Microempreendedor<br />
Individual (DASN SIMEI). É necessário,<br />
também, manter um controle financeiro do seu negócio<br />
e emitir notas fiscais.<br />
BENEFÍCIOS<br />
Pagando essa taxa mensal, o empreendedor está automaticamente<br />
contribuindo com o INSS e dessa forma<br />
passa a ter direito à auxílio doença (com pelo menos 12<br />
meses de contribuição), salário maternidade (com pelo<br />
menos 10 meses de contribuição), benefícios à familiares<br />
e aposentadoria por idade, auxílio-reclusão e pensão<br />
por morte para seus dependentes. Além disso, é<br />
possível gerar notas fiscais, utilizar máquinas de cartão<br />
e acesso à empréstimos.<br />
Quer se formalizar? Verifique se o seu negócio está dentro<br />
das medidas requisitadas, basta fazer o seu cadastro<br />
através do Portal do Empreendedor. Para isso, serão<br />
necessários os seguintes documentos: RG, CPF, comprovante<br />
de endereço, título de Eleitor e última DIRPF.
49<br />
<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />
EAD É O FUTURO DA <strong>ED</strong>UCAÇÃO SUPERIOR<br />
Se antes, em um passado recente, fazer um curso superior<br />
era algo quase inacessível – seja pelos altos valores<br />
das faculdades particulares, seja pela dificuldade de<br />
conseguir uma vaga nas instituições públicas –, o cenário<br />
atual da Educação Superior é muito mais promissor<br />
e democrático.<br />
Parte desse progresso é reflexo da expansão da educação<br />
a distância (EAD), que vem crescendo a passos largos<br />
nos últimos anos.<br />
Segundo pesquisa realizada em 2018 pela Associação<br />
Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (AB-<br />
MES), naquele ano, o número de matrículas no ensino<br />
a distância nas universidades particulares aumentou de<br />
818 mil para quase 950 mil.<br />
Nesse ritmo, a entidade prevê que o EAD supere o ensino<br />
presencial em 2023. Razões para esse crescimento<br />
não faltam.<br />
Os cursos EAD são mais acessíveis à população em vários<br />
pontos: é possível estudar onde, como e quando<br />
puder, permitindo que o aluno adeque seu tempo de<br />
estudo à sua rotina diária; os custos são, em geral, mais<br />
baixos do que o ensino presencial; e os diplomas têm a<br />
mesma validade dos da modalidade tradicional.<br />
Enquanto o ensino presencial vive um momento de<br />
instabilidade, o EAD só cresce. O número de matrículas<br />
em cursos de graduação presencial diminuiu 0,4% entre<br />
2016 e 2017; na modalidade a distância, no entanto,<br />
houve aumento de 17,6% no mesmo período, maior<br />
percentual registrado desde 2008.<br />
Os números mostram que o EAD é uma realidade e tem<br />
sua força. Ainda que existam pessoas que tenham receio<br />
de aderir a esse tipo de ensino, por gosto ou insegurança,<br />
fato é que as grandes marcas da educação<br />
superior privada no Brasil já voltam seus olhos para o<br />
que deve se tornar o futuro do setor. A oferta cresce<br />
cada vez mais.<br />
Por vezes, se questiona sobre as limitações didáticas ou<br />
pedagógicas do EAD, ou mesmo da falta de oportunidades<br />
para networking, mas esses pontos vêm sendo observados<br />
pelas instituições que oferecem a modalidade.<br />
Para promover o networking, por exemplo, é possível<br />
colocar pessoas de locais diferentes, o que gera possibilidades<br />
até mais abrangentes de comunicação e troca<br />
de conhecimentos.<br />
Também, as ferramentas utilizadas para o ensino a distância<br />
estão se modernizando para promover melhores<br />
estratégias e didáticas. Tudo para que o aluno tenha<br />
uma experiência igual à presencial.<br />
O EAD é uma realidade e vem para somar no desenvolvimento<br />
da educação brasileira. Com ele, é possível expandir<br />
ainda mais o alcance do conhecimento acadêmico,<br />
alcançando milhares de vidas antes distantes desse<br />
mundo, impossibilitadas por limitações geográficas ou<br />
econômicas.<br />
O Brasil é um país continental e, como tal, tem suas dificuldades<br />
de levar educação superior a todos os locais.<br />
O EAD se torna, então, também uma potente forma de<br />
inclusão social.<br />
Janguiê Diniz<br />
Mestre e Doutor em Direito<br />
Fundador e Presidente do Conselho<br />
de Administração do Grupo Ser<br />
Educacional.
50<br />
<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />
COMO SE TORNAR UM INFLUENCIADOR<br />
E VENDER MAIS PARA SEUS SEGUIDORES!<br />
Não importa quantos seguidores você tem! E SIM,<br />
QUANTOS DELES SÃO OU SERÃO SEUS CLIENTES<br />
Depois que o Instagram inibiu os números de curtidas<br />
dos posts para o público, muito se fala sobre ansiedade<br />
e depressão gerados pelas métricas da vaidade. E aqui<br />
entre nós, tenho um forte palpite sobre o próximo número<br />
que será inibido, o número de seguidores. Pois<br />
há uma grande tendência no mundo para julgar o “livro<br />
pela capa”, ou de julgar um influenciador “bom de venda”<br />
pelo número que vem antes do K ou do M na parte<br />
superior de suas biografias na página principal de seus<br />
perfis.<br />
Costumo dizer que não importa quantos seguidores<br />
você tem, o que importa mesmo é quantos te compram,<br />
ou quantos respondem ao que você pergunta em suas<br />
enquetes, ou quantos interagem com você no direct.<br />
O importante mesmo é entender quem é você de verdade<br />
e qual o propósito de jogar esse jogo. Esse meio<br />
pode ser cruel se você não tiver muita clareza de que<br />
ele é apenas um veículo de propagação da sua mensagem.<br />
Esta mensagem precisa ser clara e estar embasada<br />
em pilares muito fortes para ajudar pessoas a superar<br />
limites, solucionar dores, realizar sonhos, proporcionar<br />
prazer...TRANSFORMAR VIDAS.<br />
Aqui vou te mostrar como vender de forma leal e num<br />
volume cada vez maior para os seguidores que você já<br />
tem e os que ainda irá conquistar.<br />
Mas antes você precisa entender os 3 tipos de seguidores<br />
que compõe sua audiência.<br />
PROPAGADOR: Já essa parte da sua audiência te trará<br />
“capital social”, com eles seu negócio ganhará reputação<br />
e viralização.<br />
SEJA UM INFLUENCIADOR<br />
DA SUA MARCA/NEGÓCIO<br />
O que te tornará um BUSINESS INFLUENCER será o nível<br />
de autoridade que você conquista com sua audiência.<br />
Então entenda agora o passo a passo para se tornar o<br />
Influenciador do seu Negócio com todos os detalhes do<br />
que você precisa incluir em seus textos e imagens para<br />
propagar seu negócio.<br />
1 - POSICIONAMENTO: Existem muitas formas de se diferenciar<br />
da concorrência, a seguir trago as 3 principais:<br />
Menor Preço: é sempre muito atrativo para os clientes,<br />
mas se você não tem robustez e volume absurdo de<br />
compra, seu concorrente só precisa de 60 dias para te<br />
alcançar.<br />
Personalização: é uma tendência mundial a individualidade.<br />
Então aposte no exclusivo, quase que “feito sob<br />
medida”. Esse é um mercado de alta margem de lucro,<br />
pois quanto mais raro, maior seu valor. Se você é pequeno<br />
e não tem potencial para escala de produção invista<br />
nesse posicionamento.<br />
Resultados: se o seu negócio gerar algum tipo de transformação<br />
na vida do cliente, seja um colecionador de<br />
“OBRIGADOS”. Colete depoimentos e use-os para convencer<br />
outros seguidores a comprar de você.<br />
LEADS: São os seguidores que tem interesse em seu<br />
conteúdo e consequentemente em seu trabalho. Aquecê-lo<br />
com cada vez mais conteúdo relevante será seu<br />
trabalho, até que ele se torne um cliente.<br />
CLIENTE: Esse é o tipo de seguidor que te traz “capital financeiro”,<br />
gera receita e lucratividade para seu negócio.<br />
2 - NICHO: não caia na armadilha da abrangência. Pare<br />
de tentar vender para todo mundo na esperança de<br />
vender para alguém. É CILADA! Comunique-se apenas<br />
com as pessoas que tenham as mesmas necessidades, e<br />
que possam ser atendidas de uma maneira muito mais<br />
qualificada por você.
51<br />
3 - ESTRATÉGIA: não é trabalhando mais horas por dia<br />
que seu negócio vai se consolidar, e sim de maneira mais<br />
inteligente. Quanto maior o nível de subjetividade das<br />
suas decisões, mais maduro está o seu posicionamento.<br />
Não é entre coisas que você tem que decidir, você precisa<br />
focar em possibilidades. Não pode ter ações soltas,<br />
que não estejam amarradas a uma estratégia que irá levar<br />
sua audiência aonde você deseja.<br />
4 - BRANDING: você e sua empresa precisam de uma<br />
imagem sólida, com constância no discurso e com uma<br />
identidade visual muito bem arquitetada para comunicar,<br />
o que de fato quer que seus atuais e futuros clientes<br />
enxerguem em suas comunicações. Lembre-se que no<br />
ambiente virtual NÃO BASTA SER, TEM QUE PARECER.<br />
5 - PLANO DE AÇÃO: nos passos anteriores você preparou<br />
a casa, agora é hora do “valendo”. Monte um plano<br />
de ação descrevendo de forma detalhada todas as tarefas<br />
que precisam ser executadas. Como por exemplo,<br />
desenhar o cliente ideal e suas preferencias, como um<br />
plano de conteúdo com estudo de horários de maior audiência<br />
em suas redes.<br />
NÃO ESQUECE DE ESTABELECER PRAZOS<br />
PARA CADA TAREFA E QUAIS RECURSOS<br />
IRÁ PRECISAR. AGORA É SÓ COMEÇAR.<br />
Para isso vou te mostra 4 DICAS sobre como aquecer e<br />
engajar seu púbico (seja ele de que tamanho for) despertando<br />
a necessidade de seu produto ou serviço fazendo<br />
com que eles se tornem fãs da sua marca. Isso<br />
fará com que você,<br />
“PARE DE OFERECER PARA<br />
VENDER, E COMECE A<br />
INFLUENCIAR PESSOAS<br />
A CONSUMIR DO<br />
SEU NEGÓCIO”<br />
DICA 2 – QUAL O SEU TÓPICO?<br />
Deixe claro para o seu público do que você fala!<br />
Não pode haver dúvida sobre qual assunto a audiência<br />
vai encontrar em seu perfil. Só será pos-<br />
sível se tornar uma grande AUTORIDADE em seu<br />
assunto, quando o seu público lhe atribuir este<br />
título.<br />
LEMBRE-SE: Não existe um “Especialista” em dezenas<br />
de coisas seja bom em UM TÓPICO!<br />
DICA 3 – CONTEÚDO É REI<br />
Existem 3 tipos de conteúdo que prendem a atenção<br />
da sua audiência.<br />
Inspiracional: Nada envolve mais do que uma<br />
boa história, elas te aproximam dos seus seguidores.<br />
Técnico: Explicação racional sobre seu produto<br />
ou serviço, não engajam tanto, mas te dão autoridade<br />
diante da sua audiência.<br />
Persuasivo: Conteúdos que respondam a pergun-<br />
tas e objeções frequentes de seus clientes usando<br />
gatilhos mentais. Importante é ter um objetivo claro<br />
como, por exemplo: venda.<br />
DICA 4 – CONVERSE E<br />
PROMOVA CONVERSAS<br />
Seus postes não precisam de comentários, seus<br />
postes precisam de fóruns de debate. Responda<br />
a todos os comentários com mais de 4 palavras e<br />
de preferência fazendo perguntas. Isso fará com<br />
que o algoritmo que faz o Instagram funcionar<br />
entenda que seu conteúdo e muito bom e mos-<br />
trará para mais pessoas com o mesmo perfil de<br />
interesses.<br />
<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />
DICA 1 – CLIENTE IDEAL<br />
Quanto mais homogênea for sua audiência mais<br />
fácil de acertar no conteúdo e mais rápido fará<br />
seu negócio cresce. Assim você garante que tudo<br />
que publicar será relevante para toda a audiência,<br />
logo muito mais propagado.<br />
Lembre-se: Audiência Homogênea gera maior Relevância<br />
do conteúdo, que gera mais Engajamento<br />
da audiência, que gera mais VENDAS.<br />
Uliana Ferreira<br />
@ulianaferreira<br />
Criadora do Método Foguete<br />
Mentora de Alavancagem de<br />
Pequenos Negócios
52<br />
CASE DE SUCESSO<br />
EMPREEND<strong>ED</strong>ORISMO<br />
CRIATIVO E<br />
SUSTENTÁVEL<br />
De jardineiro à empreendedor, a história de<br />
Sidnei Santos passa pelo sucesso construído<br />
com aprendizado, superação e resiliência.<br />
A alma de empreendedor e a capacidade de gestão, aliada<br />
à qualidade de conectar pessoas, fizeram com que<br />
Sidnei Santos começasse a empreender muito cedo,<br />
logo após o falecimento de seu pai, aos 13 anos de idade.<br />
Na época, para auxiliar nas despesas da casa, ele<br />
foi trabalhar como jardineiro num condomínio de luxo<br />
em Taubaté, sua cidade natal, e enquanto desenvolvia<br />
esta atividade permaneceu aberto a novas oportunidades.<br />
Uma vez, quando questionado se também pintava<br />
e fazia pequenos reparos, viu nesta solicitação uma possiblidade<br />
de ganho extra conectando os profissionais do<br />
seu bairro, conhecidos que faziam este serviço, com os<br />
interessados e foi assim que nasceu sua primeira empresa<br />
a Empreiteira SS.<br />
Trabalhando duro, colocando a mão na massa,<br />
dormindo no local do trabalho, motivando a<br />
equipe, fazendo hora extra Sidnei fez o negócio<br />
crescer e se estruturar. Ao mesmo tempo<br />
que seu negócio prosperava foi estudar e se<br />
formou em Administração de empresas e Engenharia<br />
Civil. Com pós-graduação em Gestão<br />
de Negócios, curso realizado em Orlando |<br />
USA, entendeu que sua maior virtude, além da<br />
resiliência, era conectar pessoas percebendo<br />
as novas necessidades de mercado e montando<br />
equipes para resolvê-las. Assim se consolidava<br />
seu jeito de fazer negócio, o qual reflete<br />
sua lógica de atendimento ao cliente:<br />
“SE EU NÃO SEI FAZER,<br />
SEI QUEM SABE.”
53<br />
Como a vida é feita de desafios Sidnei Santos resolveu<br />
empreender mais uma vez e criou a Total Oficina, que<br />
começou como uma oficina auto elétrica e atualmente<br />
faz mais de 40 serviços atendendo carros, máquinas, caminhões<br />
e mais de 50 frotas.<br />
E como a vida faz mais sentido se podemos compartilhar<br />
nossas experiências, hoje Sidnei Santos se dedica à<br />
sua mais nova empresa a Total Design Art trabalhando<br />
firme no proposito de mudar a vida das pessoas, investir<br />
em um projeto social, capacitar os que necessitam de<br />
uma atividade e trazer mais beleza ao mundo integrando<br />
ideias conceituais de sustentabilidade por meio da<br />
arte.<br />
CASE DE SUCESSO<br />
e adquiriram peças de arte consagrando e divulgando<br />
ainda mais o conceito de UPcycling – a base do trabalho<br />
da Total Design Art.<br />
No desenvolvimento do seu trabalho a Total Design<br />
Art também registra todo o processo de produção das<br />
obras de arte por meio de vídeos posteriormente transformados<br />
em episódios de um reality. Desta forma,<br />
além da peça produzida o trabalho do reality permite<br />
uma interação maior com os artistas e o processo de<br />
reutilização criativa.<br />
A Total Design Art é uma oficina de artes inovadora que<br />
transforma em obras de arte materiais que seriam descartados,<br />
no meio ambiente, por indústrias e empresas<br />
em geral, desenvolvendo o conceito de reutilização criativa-<br />
UPcycling.<br />
Trata-se de uma produção de peças exclusivas e funcionais,<br />
altamente sustentável que contribui com a recuperação<br />
do planeta retirando materiais em desuso do<br />
meio ambiente transformando-os e praticando a Economia<br />
Circular. Assim, a Total Desing Art em parceria<br />
com decoradores, arquitetos e comerciantes não vende<br />
apenas uma peça de decoração, mas verdadeiras obras<br />
de arte.<br />
Além disso, na parte social a Total Design<br />
Art utiliza a expertise de seus artistas em<br />
ações sociais capacitando jovens da ONG<br />
- Hampet, despertando vocações. A Total<br />
Design Art também realiza palestras e<br />
oficinas educativas para várias entidades<br />
públicas e privadas. (Sebrae/Industria/Universidade).<br />
Assim, Sidnei Santos vem empreendendo dando sua<br />
contribuição para criar um futuro no qual todos gostaríamos<br />
de viver.<br />
No desenvolvimento do seu processo criativo,<br />
a Total Design Art vem trabalhando<br />
com peças em desuso da indústria da aviação,<br />
náutica, automotiva entre outros.<br />
Com o destaque do trabalho da Total Design<br />
Art nas mídias sociais a empresa foi<br />
contatada por várias celebridades que se<br />
identificaram com o trabalho realizado
54<br />
DICA <strong>EMPREENDA</strong>
55
56<br />
EVENTO<br />
O Talk Empreenda de Agosto aconteceu em São Caetano,<br />
São Paulo, no dia 13 de agosto e contou com a presença<br />
de Fernando Seabra e Rafa Prado, dois grandes<br />
empreendedores que compartilharam suas experiências<br />
com nosso público.<br />
Com o apoio do Club&Casa, o Talk Empreenda trouxe<br />
a discussão do “EU Empreendedor”, o que falta<br />
para você realmente tomar a atitude certa para o crescimento<br />
do seu negócio, a plateia fez perguntas aos<br />
nossos convidados que deram uma verdadeira aula de<br />
como ser protagonista de sua trajetória.<br />
“Fico muito feliz em poder trazer ao ABC Paulista<br />
pessoas de renome como o Fernando Seabra<br />
e Rafa Prado, eventos gratuitos como esse,<br />
proporcionam aos nossos leitores, uma conexão<br />
com o conteúdo que trazemos na revista e sua<br />
vida real”. Elaine Julião, CEO da Empreenda Revista.<br />
Faça parte da comunidade de Empreendedores da Empreenda<br />
Revista e tenha acesso a esse e muitos outros<br />
eventos, acesse www.empreendarevista.com.br/<br />
assinaturas.
57<br />
EVENTO<br />
UAU BUSINESS CONFERECE ACONTECEU<br />
EM SÃO PAULO<br />
O primeiro Uau Business Conference aconteceu em São<br />
Paulo no dia 15 de Agosto, com o tema “A revolução<br />
da excelência.” Trouxe para os profissionais inscritos<br />
palestrantes internacionais, executivos de grandes empresas<br />
e outros especialistas para discutir como a excelência<br />
Disney pode revolucionar o mercado.<br />
Paula Bellizia, primeira mulher a ser CEO da Microsoft no<br />
Brasil e atual VP de Marketing e Operações da Microsoft<br />
América Latina, discursou sobre a importância de estarmos<br />
atentos as mudanças que a tecnologia trouxe para<br />
o mercado, em nossas vidas e o mundo. Ela destacou<br />
ainda como a transformação digital já está impactando<br />
as empresas hoje, e como continuará a revolucionar a<br />
forma como vemos o mundo.<br />
com seu consumidor. A criação de um ambiente positivo<br />
e de relações pessoais relevantes, também foi destacado<br />
como vital para se ter o cliente a favor das marcas,<br />
falando sobre ela e principalmente comprando de maneira<br />
recorrente.<br />
Por fim, Alexandre Slivnik, abrilhantou o evento com sua<br />
apresentação que fechou o dia com histórias marcantes<br />
e relatos emocionantes de como criar a magia na prática.<br />
Alexandre trouxe sua experiência de mais de 20 anos<br />
no mercado de desenvolvimento de pessoas, para auxiliar<br />
o público a entender como transformar haters em<br />
clientes e clientes em fãs. A palestra recheada de fotos,<br />
vídeos e interações com a plateia deixou todos com lágrimas<br />
nos olhos e sorrisos de satisfação nos lábios.<br />
Claudemir Oliveira, atual CEO do Seeds of Dreams Institute<br />
e ex-professor da Disney University e Disney Institute,<br />
nos agraciou com toda a sua sinceridade e amor pela<br />
Disney ao nos apresentar a guestologia, ou o estudo de<br />
como servir melhor ao cliente. Além disso, nos trouxe<br />
aos bastidores de como a Disney faz a magia acontecer,<br />
destacando os pilares do sucesso da empresa e como a<br />
metodologia criada por Walt Disney impacta nos resultados<br />
da empresa até hoje.<br />
Como se a emoção não tivesse sido o suficiente, o evento<br />
foi encerrado com um lindo coral afro, cantando ao<br />
vivo diversos sucessos que marcaram nossa infância.<br />
Na parte da tarde, Bruno Gonçalves trouxe para o palco<br />
a especialista em liderança e carreira, a professora e<br />
coordenadora da ESPM de São Paulo, Adriana Gomes,<br />
para um bate papo informal sobre liderança. Entre outros<br />
assuntos abordados, foi levantada a necessidade<br />
dos líderes atuais serem mais humanos ao entenderem<br />
que cada profissional de sua equipe também tem sentimentos,<br />
angustias e necessidades únicas. A plateia levantou<br />
perguntas ao final da conversa, e a professora<br />
Adriana foi extremamente assertiva ao responder os<br />
mais diferentes questionamentos.<br />
Em seguida, Bruno Gonçalves, diretor e fundador do<br />
Uau Business Institute, falou sobre como os sentimentos<br />
podem revolucionar os resultados da empresa. Dentre<br />
outros dados apresentados, Bruno apontou como os<br />
seres humanos em geral são guiados por suas emoções<br />
e não pela razão, e como toda e qualquer empresa pode<br />
se aproveitar disso para gerar engajamento emocional
58