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Revista dos Pneus 56

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MICHELIN UPTIS O pneu que dispensa ar<br />

REPORTAGEM Em pista com a Triangle Tyres<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>56</strong><br />

Setembro 2019<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Trimestral<br />

Entrevista MIKE RIGNALL<br />

Senior marketing manager da Toyo Tires<br />

Europe explica a importância do Velho<br />

Continente para a estratégia da marca<br />

fedima<br />

50 anos de história<br />

Viagem às raízes da<br />

Recauchutagem 31 pela voz<br />

de um <strong>dos</strong> seus fundadores<br />

JAntes<br />

Processo de Produção<br />

Mercado disponibiliza um vasto<br />

leque de opções que cumprem os<br />

exigentes requisitos <strong>dos</strong> OEM<br />

DIGITALIZAÇÃO<br />

tecnologia<br />

sobre rodas<br />

Investimento seguro | Rentabilizar negócio | Exemplos <strong>dos</strong> fabricantes


O pneu de Altas Prestações<br />

que junta o desportivismo e a<br />

sustentabilidade<br />

O equilíbrio perfeito entre<br />

o rendimento, o conforto<br />

e a segurança<br />

A escolha mais inteligente e<br />

ecológica para o condutor atual<br />

SINTA A CONEXÃO<br />

O que o separa da estrada é o que o une a ela<br />

www.hankooktire.com/es<br />

02 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

joana.calado@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Trimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A. -<br />

Estrada Consiglieri Pedroso 90<br />

2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />

TIRAGEM<br />

10.000 exemplares<br />

PROPRIETÁRIO/EDITOR:<br />

JOÃO VIEIRA - PUBLICAÇÕES UNIPESSOAL,<br />

LDA.<br />

CONTRIBUINTE:<br />

510447953<br />

SEDE:<br />

BELA VISTA OFFICE, SALA 2-29<br />

ESTRADA DE PAÇO DE ARCOS, 66 - 66A<br />

2735 - 336 CACÉM - PORTUGAL<br />

TEL.: +351 219 288 052/4<br />

FAX: +351 219 288 053<br />

EMAIL: GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL<br />

NO SITE WWW.REVISTADOSPNEUS.COM<br />

Urgente repensar<br />

estratégia<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

Nunca o negócio do comércio de<br />

pneus foi tão exigente a nível<br />

de conhecimento técnico, de<br />

gestão e de criatividade. Num<br />

mercado cada vez mais competitivo,<br />

as empresas têm de fazer mais com<br />

menos e saber responder às novas necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes. É cada vez mais importante<br />

os empresários do setor analisarem o que se<br />

está a passar no mercado e tirarem as suas<br />

conclusões.<br />

Factos recentes deixam antever uma redução<br />

significativa na venda de pneus. Referimo-nos<br />

às declarações do Ministro do Ambiente e da<br />

Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes,<br />

sobre a questão <strong>dos</strong> veículos Diesel<br />

e, também, da entrada em vigor <strong>dos</strong> novos<br />

passes sociais. Relativamente às declarações<br />

do membro do Governo liderado por António<br />

Costa, muitos condutores começam a optar por<br />

veículos a gasolina e elétricos, supostamente<br />

mais amigos do ambiente. Preocupa<strong>dos</strong> com<br />

a autonomia, conduzem mais devagar, desgastando<br />

menos os pneus. Por outro lado, os<br />

novos passes retiraram já imensos automóveis<br />

de circulação.<br />

Com a diminuição prevista da venda de pneus,<br />

os problemas vão agravar-se para distribuidores<br />

e retalhistas, num setor que já se encontra<br />

em contração pelo enorme “esmagamento” de<br />

preços com a inevitável redução de margens.<br />

Apesar deste cenário pouco animador, as estruturas<br />

teimam em manter-se iguais. E enquanto<br />

noutros setores, nomeadamente no aftermarket,<br />

a concentração é um fenómeno cada vez<br />

mais recorrente, os pneus continuam de fora,<br />

apesar das empresas estarem a ganhar cada<br />

vez menos. Consideramos as fusões no setor<br />

<strong>dos</strong> pneus um processo também inevitável,<br />

pois um mercado pequeno como o nosso não<br />

suporta tantos players sem capacidade financeira<br />

de cumprir com os seus compromissos,<br />

elevando, assim, os riscos da operação. Enquanto<br />

a concentração não acontecer, iremos<br />

continuar a assistir a uma enorme pressão entre<br />

to<strong>dos</strong> os operadores, com clara destruição de<br />

valor sem benefício para ninguém, dado que<br />

os benefícios estão a passar para o consumidor<br />

final sem este ter nenhuma perceção do real<br />

valor do serviço que está a usufruir e sem um<br />

aumento da qualidade do mesmo.<br />

Para completar este quadro, temos a concorrência<br />

<strong>dos</strong> operadores espanhóis, que, fruto da<br />

sua dimensão e da sua capacidade de negociação<br />

com os mesmos fabricantes que existem<br />

em Portugal, assumem a verticalização do<br />

canal de distribuição, permitindo-lhes, assim,<br />

ter uma postura comercial muito agressiva e<br />

uma concorrência que, se não for desleal, pelo<br />

menos é muito pouco recomendável. Neste<br />

quadro macroeconómico difícil de entender<br />

e perspetivar com alguma segurança e estabilidade,<br />

é urgente que as empresas repensem<br />

a sua estratégia comercial e assumam uma<br />

gestão eficaz, através de novas abordagens<br />

na comercialização de pneus e na relação de<br />

proximidade com os clientes e merca<strong>dos</strong> onde<br />

está presente, assente na experiência, na ética<br />

e na motivação <strong>dos</strong> seus colaboradores,<br />

com dedicação e coragem para responder às<br />

constantes exigências que o mercado coloca.<br />

Os retalhistas de pneus, tal como a maioria<br />

<strong>dos</strong> negócios, deve diversificar a sua atividade,<br />

para não correr o risco da dependência total<br />

por parte de um produto ou segmento. Hoje,<br />

é difícil uma oficina ser rentável e sustentável<br />

apostando apenas em serviços de pneus. É<br />

necessário oferecer um serviço integrado,<br />

procurando colmatar todas as necessidades<br />

inerentes ao setor automóvel, de forma a aumentar,<br />

não só, a rotatividade das visitas à<br />

oficina, mas, também, alternando segmentos<br />

de produtos com rentabilidades diferentes,<br />

evitando, desta forma, eventuais perdas de<br />

sustentabilidade provocadas por oscilações<br />

num único produto. A par da diversificação do<br />

negócio, as casas de pneus têm de trabalhar,<br />

não só, na atração de clientes, mas, também,<br />

na sua retenção, sendo essencial que cada vez<br />

mais transformem o negócio na prestação de<br />

um serviço que o cliente valorize, serviço esse<br />

que pode incluir a venda de pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Goodyear Eagle F1 SuperSport RS<br />

Genes de<br />

competição<br />

Com a nova gama Eagle F1 SuperSport, composta pelos SuperSport, SuperSport R e<br />

SuperSport RS, a Goodyear regressa ao segmento UUHP (Ultra Ultra High Performance),<br />

transferindo para os seus novos produtos a tecnologia desenvolvida após anos de<br />

experiência na competição<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

O<br />

Eagle F1 SuperSport RS trata-se<br />

de uma versão que, apesar de<br />

muito exclusiva e homologada<br />

para estrada, está orientada,<br />

principalmente, para utilização em circuito.<br />

O composto de borracha da banda de rolamento<br />

é feito com uma mistura derivada da<br />

competição (RacePro Compound), de modo<br />

a responder às mais elevadas exigências em<br />

circuito. Sobre piso seco, a Goodyear afirma<br />

que a aderência deste novo pneu é, simplesmente,<br />

sensacional. Mais: que a performance<br />

alcança o mais alto nível. Tudo porque o novo<br />

Eagle F1 SuperSport RS beneficia das tecnologias<br />

Bridge Assist e Powerline Cover, também<br />

desenvolvidas para condições extremas.<br />

Mas, afinal, em que consiste a tecnologia<br />

Bridge Assist? Recorre a pontos de borracha<br />

integra<strong>dos</strong> no primeiro sulco da banda<br />

de rolamento do pneu, que proporcionam<br />

maior resistência à flexão em curva. Deste<br />

modo, aumenta o nível de estabilidade,<br />

permitindo um melhor grau de direção e<br />

trajetórias mais fiéis, independentemente<br />

da temperatura do pneu.<br />

Compound também fazem parte do ADN<br />

do novo Eagle F1 SuperSport RS. Quanto à<br />

primeira, trata-se de um sistema que inclui<br />

uma estrutura interna construída em aramida<br />

e nylon, que tem como tarefa evitar a<br />

deformação da banda de rolamento. Deste<br />

modo, mantém-se sempre o contacto do<br />

pneu com o solo, o que proporciona uma<br />

estabilidade constante, mesmo a altas velocidades.<br />

Já o RacePro Compound, como o próprio<br />

nome indica, consiste num composto de<br />

competição que maximiza a aderência em<br />

piso seco, ao combinar elementos da banda<br />

de rolamento muito rígi<strong>dos</strong> com uma reduzida<br />

profundidade da mesma. A vantagem<br />

combinada ajuda a maximizar as forças g, ao<br />

mesmo tempo que minimiza o movimento<br />

da escultura da banda de rolamento em condições<br />

extremas em curva, o que proporciona<br />

ao condutor tanto um nível máximo<br />

de aderência como um comportamento da<br />

direção extremamente preciso.<br />

Disponível, desde o passado mês de junho,<br />

em duas medidas, para jantes de 20” e 21”, o<br />

Eagle F1 SuperSport RS oferece, de acordo<br />

com a Goodyear, uma capacidade direcional<br />

absolutamente excecional e um elevadíssimo<br />

nível de performance em asfalto seco. Prova<br />

disso, é que este novo pneu foi selecionado<br />

pela Porsche para equipar, de origem, os<br />

superdesportivos 911 GT2 RS e GT3 RS. ♦<br />

EFICÁCIA EXTREMA<br />

As tecnologias Powerline Cover e RacePro<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Equipamento do mês<br />

Sicam SBM Wave 5<br />

Equilibrar<br />

com arte<br />

Comercializada pela Leirilis, a Sicam SBM Wave 5 é uma equilibradora eletrónica de<br />

rodas que dispõe de ecrã tátil de 22”. Exibindo um design renovado, integra a nova GUI<br />

(Graphic User Interface), oferecendo elevada performance e enorme precisão para rodas<br />

de to<strong>dos</strong> os tipos de automóveis, motos e veículos comerciais ligeiros<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

Sicam é, atualmente, a única<br />

marca de equipamentos de<br />

roda comercializada pela Leirilis.<br />

A sua inclusão no portefólio da<br />

empresa de Leiria vem fortalecer a imagem<br />

desta no mercado, reforçando a sua posição<br />

enquanto fornecedora global para a oficina,<br />

quer a nível de produtos e equipamentos,<br />

quer a nível de serviços. Inserida, hoje, no<br />

Grupo BASE, a Sicam dispõe de uma ampla<br />

oferta de produto. A equilibradora eletrónica<br />

de rodas SBM Wave 5, que pode ser requisitada<br />

em duas versões (aperto manual com<br />

e sem laser; pneumática com e sem laser),<br />

demonstra como equilibrar com arte, oferecendo<br />

elevada performance e enorme<br />

precisão para rodas de to<strong>dos</strong> os tipos de<br />

automóveis, motos e comerciais ligeiros.<br />

CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADORAS<br />

A Sicam SBM Wave 5 é uma equilibradora de<br />

rodas de nova geração. Segundo a Leirilis,<br />

este equipamento faz-se valer de um ecrã<br />

tátil de qualidade industrial e dispõe de um<br />

novo sistema de comunicação com o utilizador.<br />

Tudo para oferecer grande precisão e<br />

qualidade de trabalho. Como características<br />

diferenciadoras, a SBM Wave 5 anuncia as<br />

seguintes: introdução automática do programa<br />

durante o processo de inserção das<br />

medidas; novo algoritmo de cálculo de massa<br />

que relaciona os desequilíbrios estáticos e<br />

dinâmicos captura<strong>dos</strong> na roda para, então,<br />

aplicar menos contrapesos possíveis, proporcionando<br />

um equilíbrio perfeito e duradouro;<br />

braço para tirar, automaticamente, a largura<br />

do pneu; programas dinâmicos e estáticos,<br />

peso oculto, adesivos em várias combinações;<br />

possibilidade de imprimir relatório detalhado;<br />

duas marcações a laser internas com a posição<br />

exata do centro do contrapeso adesivo<br />

a ser colocado; posicionamento automático<br />

da roda no ponto de desequilíbrio; travão<br />

eletromagnético.<br />

Disponível com uma panóplia de acessórios,<br />

as inovações introduzidas na SBM<br />

Wave 5 incluem: uma bandeja com maior<br />

superfície, que oferece mais espaço para<br />

ferramentas; uma proteção automática da<br />

roda, que incorpora os sistemas de medição<br />

da largura da roda e posicionamento do<br />

contrapeso; um laser interno para posicionamento<br />

preciso de contrapesos adesivos<br />

e de mola; uma função de stop na parte superior<br />

para colocar a roda na posição correta.<br />

Já a interface do utilizador, incorpora um<br />

fluxo de trabalho que reduz, significativamente,<br />

os tempos de seleção de programas.<br />

A versão touchscreen, além de um sistema<br />

de diagnóstico inteligente, também integra<br />

conectividade plug&play.<br />

Com a saída da Bosch, a Leirilis encontrou outro<br />

fornecedor de equipamentos de roda que<br />

garante qualidade e variedade de produto.<br />

Sendo a Sicam um <strong>dos</strong> principais fabricantes<br />

de equipamentos para oficinas de pneus e<br />

passando a sua estratégia pela inovação e<br />

qualidade <strong>dos</strong> serviços e produtos, bem como<br />

por uma forte aposta em I&D (investigação e<br />

desenvolvimento), a Leirilis chegou à conclusão<br />

que a marca italiana seria o fornecedor<br />

ideal para colmatar a lacuna existente. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


C<br />

Anúncio Falken 200x285 A.pdf 1 13/12/2018 15:05<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

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CY<br />

CMY<br />

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Mercado<br />

Queda livre<br />

Em julho de 2019, o<br />

mercado de pneus novos de<br />

substituição, em Portugal, no<br />

segmento Consumer, caiu 3,4%<br />

face a igual mês de 2018. Já no<br />

acumulado <strong>dos</strong> primeiros sete<br />

meses deste ano, verificou-se,<br />

também, uma queda, ainda<br />

que menos acentuada: 1,8%<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo da<strong>dos</strong> do Europool a que<br />

tivemos acesso, em julho de 2019,<br />

no que ao mercado de pneus novos<br />

de substituição disse respeito,<br />

venderam-se, em Portugal, no segmento<br />

Consumer (ligeiros de passageiros, comerciais<br />

ligeiros e 4x4), 262.482 unidades, ou seja,<br />

menos 9.130 comparativamente ao período<br />

homólogo do ano anterior. O que, na prática,<br />

traduziu-se numa descida de 3,4%. Quanto ao<br />

acumulado <strong>dos</strong> primeiros sete meses deste<br />

ano, registou-se, também, uma queda, ainda<br />

menos acentuada, 1,8% (1.778.289 unidades<br />

contra 1.810.339 transacionadas entre janeiro<br />

e julho de 2018).<br />

Na divisão por categorias, no sétimo mês de<br />

2019, o mercado nacional “absorveu” 226.257<br />

pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(-4% do que em julho de 2018), 21.077<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(+0,4%) e 15.148 pneus 4x4 (+3%). No<br />

acumulado de janeiro a julho de 2019, por<br />

comparação com os primeiros sete meses<br />

de 2018, o Europool revela que foram vendi<strong>dos</strong><br />

no nosso país 1.529.558 pneus radiais<br />

para veículos de passageiros (-2,7%), 144.827<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(+4,2%) e 103.904 pneus 4x4 (+4,8%).<br />

Analisando os segmentos, em julho de 2019,<br />

a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />

com 130.340 (+6,4%), seguindo-se os budget,<br />

com 82.542 (+0,9%), e os mid, com 49.622<br />

(-26,3%). No acumulado de janeiro a julho de<br />

2019, os números alteram-se para 833.035<br />

pneus premium (-2,9%), 516.480 pneus budget<br />

(+1,1%) e 421.319 pneus mid (-2%) comparativamente<br />

aos sete primeiros meses de 2018.<br />

Quanto à tipologia, em julho de 2019, foram<br />

comercializa<strong>dos</strong> 78.635 pneus HRD,<br />

ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para<br />

cima (+21,7%), 15.148 pneus SUV/4x4<br />

(+3%), 11.769 pneus RFT (+38,4%) e 2.351<br />

pneus All Season (+106,2%). Números<br />

que, no acumulado de janeiro a julho de<br />

2019, alteram-se para 501.798 pneus HRD<br />

(+9,5%), 103.904 pneus SUV/4x4 (+4,8%),<br />

85.793 pneus RFT (+22,8%) e 11.757 pneus<br />

All Season (+52,3%). ♦<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Europool<br />

UNIDADES JULHO 2018 JULHO 2019 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 235.746 226.257 -4%<br />

Comerciais 21.153 21.077 +0,4%<br />

4x4 14.713 15.148 +3%<br />

TOTAL 271.612 262.482 -3,4%<br />

All Season 1.140 2.351 +106,2%<br />

HRD 64.638 78.635 +21,7%<br />

RFT 8.506 11.769 +38,4%<br />

SUV/4x4 14.713 15.148 +3%<br />

Budget 81.806 82.542 +0,9%<br />

Mid 67.360 49.622 -26,3%<br />

Premium 122.458 130.340 +6,4%<br />

12” 62 4 -93,5%<br />

13” 10.179 8.652 -15%<br />

14” 37.117 29.900 -19,4%<br />

15” 73.670 69.955 -5%<br />

16” 85.872 75.341 -12,3%<br />

17” 40.214 48.265 +20%<br />

18” 16.3<strong>56</strong> 20.646 +26,2%<br />

19” 6.227 6.130 -1,6%<br />

20” 1.090 2.618 +140,2%<br />

21” 504 758 +50,4%<br />

22” 247 200 -19%<br />

23” 0 18 -<br />

UNIDADES JAN./JUL. 2018 JAN./JUL. 2019 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 1.572.237 1.529.558 -2,7%<br />

Comerciais 138.925 144.827 +4,2%<br />

4x4 99.177 103.904 +4,8%<br />

Total 1.810.339 1.778.289 -1,8%<br />

All Season 7.721 11.757 +52,3%<br />

HRD 458.262 501.798 +9,5%<br />

RFT 69.868 85.793 +22,8%<br />

SUV/4x4 99.177 103.904 +4,8%<br />

Budget 510.978 516.480 +1,1%<br />

Mid 429.949 421.319 -2%<br />

Premium 858.179 833.035 -2,9%<br />

12” 301 182 -39,5%<br />

13” 71.604 67.691 -5,5%<br />

14” 242.586 227.493 -6,2s%<br />

15” 503.631 478.957 -4,9%<br />

16” 522.524 494.652 -5,3%<br />

17” 279.034 305.189 +9,4%<br />

18” 116.783 128.655 +10,2%<br />

19” 41.084 41.462 +0,9%<br />

20” 13.924 17.714 +27,2%<br />

21” 6.434 7.167 +11,4%<br />

22” 1.007 1.525 +51,4%<br />

23” -4 86 -2.150%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque


Digitalização das empresas<br />

Tecnologia<br />

sobre rodas<br />

Num mundo cada vez mais tecnológico, as empresas estão obrigadas a adaptar-se aos<br />

inevitáveis processos de digitalização. O setor <strong>dos</strong> pneus, <strong>dos</strong> fabricantes às casas de<br />

pneus, passando por distribuidores e retalhistas, está a render-se a esta revolução. Para<br />

que o negócio continue a correr sobre rodas<br />

Por: Jorge Flores<br />

Digitalização. A palavra é, hoje,<br />

incontornável. Amanhã, sê-lo-<br />

-á ainda mais. Sem margem para<br />

dúvidas. Não haverá nenhuma<br />

empresa que tenha os olhos postos no<br />

futuro (e no presente) que possa ignorar,<br />

atualmente, a evolução tecnológica e os<br />

benefícios que dela poderá extrair.<br />

O setor <strong>dos</strong> pneus, na sua globalidade, <strong>dos</strong><br />

fabricantes às casas de pneus, passando<br />

por distribuidores e retalhistas, tem vindo<br />

a adaptar-se aos novos tempos. E a otimizar<br />

o seu negócio por intermédio desta revolução<br />

digital, a mesma que tem transformado<br />

produtos, serviços e comunicações com os<br />

clientes, to<strong>dos</strong> eles, paralelamente, cada<br />

vez mais exigentes em matéria de rapidez,<br />

mobilidade, flexibilidade, personalização e<br />

disponibilidade. Isto porque, também eles,<br />

vivem neste mundo digitalizado e dele querem<br />

obter vantagens. A grande missão será<br />

satisfazer ambas as partes.<br />

Não se trata, sequer, de uma opção, mas,<br />

antes, de uma obrigação, para se poder ser<br />

competitivo e sobreviver. A resposta está<br />

na tecnologia. Mais concretamente, na utilização<br />

de ferramentas tecnológicas que<br />

elevem os níveis de eficiência em todas as<br />

atividades e processos de trabalho. Posto<br />

isto, antes de mais, é necessário que o responsável<br />

máximo da empresa tenha isso<br />

bem presente. Ou seja, terá de interiorizar<br />

que o investimento em soluções tecnológicas<br />

permitirá otimizar a sua atividade.<br />

CONCEITO DIGITAL<br />

Estamos perante um conceito centrado<br />

na integração e no aproveitamento da<br />

tecnologia digital, transformando processos<br />

e modelos de negócio para se obterem<br />

vantagens. A saber: maior eficiência<br />

e rentabilidade, maiores oportunidades<br />

de negócio, experiências do cliente mais<br />

satisfatórias. Estas são as noções mais amplas<br />

do conceito. Mas existem várias facetas<br />

na digitalização do negócio. Começando,<br />

desde logo, pela componente externa, relacionada<br />

com o marketing e com a relação<br />

direta com o cliente.<br />

Os processos internos são, igualmente,<br />

cruciais. De duas formas muito claras: no<br />

conhecimento e na devida utilização das


Destaque<br />

não haverá nenhuma empresa que tenha os olhos no<br />

futuro (e no presente) que possa ignorar a evolução<br />

tecnológica e os benefícios que dela poderá extrair<br />

ferramentas necessárias para trabalhar com<br />

as novas tecnologias da indústria automóvel<br />

e <strong>dos</strong> pneus, em particular. E no que respeita<br />

à digitalização <strong>dos</strong> processos de organização<br />

do trabalho interno. Um exemplo básico?<br />

Tudo o que se relacionar com o reduzir a zero<br />

a utilização do papel dentro da empresa.<br />

INVESTIMENTO SEGURO<br />

Já entendemos que o investimento no processo<br />

digital é isso mesmo, um investimento.<br />

Não um custo. Mas como poderá este ser feito<br />

pela empresa? Por um lado, esta pode tirar<br />

partido de soluções que ajudem a melhorar<br />

a eficiência de diferentes partes do processo<br />

de gestão de atividade. Por outro, tem de<br />

trabalhar, também, a parte mais externa, a de<br />

conseguir que cheguem clientes ao negócio,<br />

mediante, por exemplo, um CRM adequado<br />

às suas necessidades e o investimento em<br />

marketing online com uma página web esclarecedora<br />

e uma eficaz e estruturada atividade<br />

nas redes sociais. Em ambos os casos,<br />

existem vias não muito dispendiosas para<br />

cumprir esta necessidade digital. Por vezes,<br />

de forma gratuita.<br />

TORNAR EFICIENTE<br />

De forma resumida, digitalizar um negócio<br />

consiste em torná-lo mais eficiente. E, isso,<br />

significa otimizar cada euro que se investe,<br />

tirar o máximo partido disso. Para tal, implica,<br />

em primeiro lugar, uma mudança de mentalidades.<br />

Algo difícil de conseguir em certos<br />

líderes de empresas do setor, ainda apega<strong>dos</strong><br />

a tempos i<strong>dos</strong>. No entanto, a realidade e a<br />

atualidade têm vindo, de forma ostensiva, a<br />

reclamar esta mudança. Até porque as exigências<br />

<strong>dos</strong> clientes têm vindo a acelerar<br />

este processo.<br />

Os empresários que investem em novas tecnologias<br />

para gerir os seus negócios, para<br />

melhorar os seus processos e para atrair e<br />

fidelizar clientes, não têm dúvidas: a digitalização<br />

é conveniente. A diferença entre<br />

investir ou não, entre utilizar bem ou mal as<br />

ferramentas tecnológicas é o que separa o<br />

investimento <strong>dos</strong> gastos.<br />

EXEMPLO DA BRIDGESTONE<br />

Os principais fabricantes de pneus estão<br />

atentos particularmente à evolução da tecnologia.<br />

E têm dado passos nesse sentido. A<br />

Bridgestone, por exemplo, anunciou, recentemente,<br />

um forte investimento, na ordem<br />

<strong>dos</strong> 36 milhões de euros, na digitalização das<br />

suas operações de fabrico e na criação das<br />

fábricas inteligentes do futuro. O processo<br />

está em marcha. E os benefícios visíveis, com<br />

a Bridgestone a conseguir responder, de maneira<br />

mais rápida e flexível, às necessidades<br />

cada vez maiores <strong>dos</strong> clientes, permitindo, ao<br />

mesmo tempo, que a produção utilize menos<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Digitalização das empresas<br />

A digitalização das fábricas garante ainda<br />

que os da<strong>dos</strong> da produção de pneus sejam<br />

armazena<strong>dos</strong>, analisa<strong>dos</strong> e utiliza<strong>dos</strong> pelos<br />

engenheiros da Bridgestone, em Roma e Tóquio,<br />

para ajudar a projetar novos e melhores<br />

modelos de pneus. Estes novos modelos de<br />

pneus serão devolvi<strong>dos</strong> à fábrica em formato<br />

digital, o que reduzirá o tempo de produção<br />

da primeira série <strong>dos</strong> novos pneus pela<br />

metade.<br />

CONTINENTAL MODERNIZA-SE<br />

Simultaneamente, a digitalização terá um<br />

papel importante na melhoria da eficiência<br />

de produção da Bridgestone, permitindo a<br />

manutenção inteligente das instalações das<br />

fábricas. A inteligência artificial será utilizada<br />

para analisar da<strong>dos</strong> e prever possíveis falhas<br />

em máquinas. O sistema mede e analisa os<br />

principais parâmetros da maquinaria com<br />

a ajuda de sensores e, automaticamente,<br />

sugere manutenção para evitar problemas<br />

de funcionamento que podem ser caros.<br />

Este novo processo também poderá ajudar<br />

a otimizar o planeamento <strong>dos</strong> ciclos de manutenção.<br />

Mas não só.<br />

Com esta aposta, os resíduos produzi<strong>dos</strong><br />

pela Bridgestone EMEA em toda a Europa<br />

serão reduzi<strong>dos</strong>. Um fluxo de da<strong>dos</strong> sobre o<br />

desempenho da produção será enviado para<br />

um banco de da<strong>dos</strong> baseado numa “nuvem”,<br />

onde um algoritmo específico procurará conexões<br />

entre os parâmetros de produção e os<br />

recursos <strong>dos</strong> pneus fabrica<strong>dos</strong>. A introdução<br />

da tecnologia de materiais inteligentes significa<br />

que os especialistas das fábricas podem<br />

pesquisar e gerir digitalmente o caminho de<br />

materiais prepara<strong>dos</strong> e produtos semi-acaba<strong>dos</strong><br />

dentro da fábrica. Isso poderá simplificar<br />

drasticamente o planeamento da produção e<br />

os processos administrativos, desde a mistura<br />

de materiais até ao armazenamento.<br />

A Continental é outro <strong>dos</strong> fabricantes a investir<br />

neste processo de digitalização, ciente<br />

da sua importância. O fabricante alemão tem<br />

recorrido a um número cada vez maior de<br />

possibilidades oferecido pela digitalização<br />

para ajudar os fabricantes de veículos, indústrias<br />

e novos participantes no mercado, de<br />

modo a tornar a mobilidade tão agradável<br />

quanto possível, por intermédio de tecnologias<br />

que melhoram o conforto e a comodidade<br />

durante a condução, em combinação<br />

com aspetos como segurança <strong>dos</strong> veículos<br />

e sustentabilidade.<br />

Para a Continental, a digitalização oferece um<br />

vasto campo de desenvolvimento. Desde sistemas<br />

de transporte inteligente, até software<br />

e eletrónica no veículo. Tudo intimamente<br />

interligado, oferece a oportunidade para novas<br />

funções e mais eficiência, além de tornar<br />

os automóveis do futuro mais apelativos em<br />

termos de mobilidade. No processo de desenvolvimento<br />

especializado em soluções<br />

de software na indústria automóvel, a Continental<br />

conta com subsidiária Elektrobit. ♦<br />

energia e produza menos resíduos. Por outras<br />

palavras, o ambiente também agradece que<br />

a pegada seja... digital.<br />

Este investimento do fabricante japonês permitirá<br />

ainda que os próprios funcionários da<br />

Bridgestone tenham uma qualificação melhor<br />

para trabalhar com tecnologias digitais líderes<br />

do setor, o que ajudará a melhorar a eficiência<br />

<strong>dos</strong> recursos e a satisfação no trabalho.<br />

O projeto da fábrica inteligente verá o seu<br />

processo de produção completo – cobre os<br />

produtos semi-acaba<strong>dos</strong>, o fornecimento<br />

de energia, a manutenção, a monitorização<br />

de produção e planeamento de produção -<br />

quando transformado em oito fábricas europeias,<br />

distribuídas por cinco países: Polónia,<br />

Hungria, Espanha, Itália e França.<br />

Todas elas beneficiadas pela economia de<br />

energia, maior eficiência, redução de desperdícios<br />

e processos simplifica<strong>dos</strong>. O primeiro<br />

<strong>dos</strong> projetos de “Energia Inteligente”, otimiza<br />

o consumo de energia e os custos das usinas,<br />

possibilitando uma economia de energia de<br />

cerca de 10%. Além disso, cria uma ligação<br />

entre os planos de produção e o consumo<br />

de energia. E a modelagem destes otimizará<br />

a necessidade de energia da produção de<br />

pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Atualidade<br />

Pneu sem ar<br />

A Michelin e a General Motors apresentaram, na Cimeira da Mobilidade Sustentável,<br />

que se realizou em Montreal, no Canadá, uma nova geração de pneus sem ar<br />

desenvolvida para veículos de passageiros. O protótipo UPTIS (Unique Puncture proof<br />

Tire System) já anda em testes no Chevrolet Bolt EV<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

De 4 a 6 de junho, em Montreal, no<br />

Canadá, na Movin’On, Cimeira da<br />

Mobilidade Sustentável, a Michelin<br />

e a General Motors apresentaram<br />

uma nova geração de pneus sem ar<br />

desenvolvida para veículos de passageiros:<br />

UTPIS (Unique Puncture proof Tire System).<br />

Os dois fabricantes (o francês de pneus e<br />

o norte-americano de automóveis), anunciaram,<br />

também, um acordo de investigação<br />

conjunta, ao abrigo do qual ambas as<br />

empresas pretendem validar o protótipo<br />

UPTIS para utilização em veículos de turismo<br />

a partir de 2024.<br />

A Michelin e a GM encontram-se a efetuar<br />

testes ao protótipo UPTIS em veículos como<br />

o Chevrolet Bolt EV (100% elétrico). No final<br />

deste ano, terão início os ensaios em condições<br />

reais de utilização numa frota de Chevrolet<br />

Bolt EV, no estado norte-americano<br />

do Michigan.<br />

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL<br />

Uma vez que o UPTIS não necessita de ar,<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Michelin UPTIS<br />

fornecer soluções de mobilidade mais seguras e<br />

sustentáveis é o compromisso da michelin e da gm<br />

esta revolucionária inovação elimina o risco<br />

da ocorrência de um furo. Por isso, permite<br />

que os automobilistas viagem com maior segurança<br />

quando se desloquem de automóvel;<br />

reduz o tempo de inatividade relacionado com<br />

os furos para profissionais e proprietários de<br />

frotas, otimizando, assim, a produtividade<br />

ao eliminar as operações de<br />

manutenção; apresenta poupanças consideráveis<br />

para o meio ambiente, ao utilizar<br />

menos matéria-prima para fabricar<br />

pneus de substituição ou sobressalentes.<br />

O protótipo UPTIS representa um passo decisivo<br />

para a implementação do conceito<br />

Vision da Michelin, apresentado na cimeira<br />

Movin’On de 2017, para ilustrar a estratégia<br />

de investigação e desenvolvimento do fabricante<br />

francês em termos de mobilidade<br />

sustentável. O conceito Vision baseia-se em<br />

quatro pilares de inovação: “Sem ar”; “Conectado”;<br />

“Imprimível em 3D“; “100% sustentável”<br />

(realizado com materiais totalmente renováveis<br />

ou de origem biológica).<br />

Florent Menegaux, presidente do Grupo Michelin,<br />

afirmou que “o UPTIS demonstra que a<br />

visão de mobilidade sustentável da Michelin<br />

é um sonho realizável. A nossa colaboração<br />

com parceiros estratégicos, como a GM, que<br />

partilham as nossas ambições de transformar<br />

a mobilidade, permite-nos olhar para o futuro<br />

já a partir hoje”.<br />

Por seu turno, Steve Kiefer, diretor-geral de<br />

compras da General Motors, acrescentou que,<br />

“na General Motors, estamos entusiasma<strong>dos</strong><br />

com as oportunidades que oferecem o<br />

UPTIS e a colaboração com a Michelin nesta<br />

inovadora tecnologia. O UPTIS é a solução<br />

ideal para impulsionar a indústria automóvel<br />

rumo ao futuro e ilustra, na perfeição, como os<br />

clientes beneficiam das inovações desenvolvidas<br />

com os nossos parceiros fornecedores”.<br />

AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO<br />

O protótipo UPTIS, repensado para os atuais<br />

veículos de passageiros, adapta-se especialmente<br />

bem às novas formas de mobilidade.<br />

Os veículos e as frotas do amanhã<br />

– automóveis autónomos, partilha<strong>dos</strong> ou<br />

de outro género – equipa<strong>dos</strong> com o UPTIS<br />

não necessitarão de qualquer manutenção<br />

relacionada com os pneus, o que otimizará<br />

a sua produtividade. “O protótipo UPTIS<br />

demonstra a capacidade de inovação da<br />

Michelin, tanto no domínio <strong>dos</strong> materiais<br />

de alta tecnologia, como na abordagem do<br />

desenvolvimento, em estreita colaboração<br />

com a GM. Esta parceria reforça ainda mais<br />

o nosso plano de rota em matéria de inovação,<br />

baseado no nosso conceito Vision”,<br />

declarou Eric Vinesse, diretor de Investigação<br />

e Desenvolvimento do Grupo Michelin, que<br />

ficou encarregue de apresentar o UPTIS na<br />

cimeira Movin’On.<br />

“O UPTIS concretiza uma etapa significativa<br />

da ambição da Michelin no que respeita à<br />

mobilidade do amanhã. Encarna, igualmente,<br />

o nosso compromisso para com mobilidade<br />

melhor e mais sustentável para to<strong>dos</strong>”, acrescentou.<br />

O UPTIS introduz melhorias revolucionárias<br />

em termos de arquitetura e <strong>dos</strong><br />

materiais compósitos, que lhe permitem suportar<br />

tanto o peso como a velocidade de um<br />

veículo. Estas inovações combinam-se para<br />

eliminar o ar comprimido e suportar a carga<br />

do veículo. Além do mais, representam uma<br />

importante poupança para o meio ambiente:<br />

to<strong>dos</strong> os anos são elimina<strong>dos</strong>, prematuramente,<br />

cerca de 200 milhões de pneus em<br />

todo o mundo devido a furos, danos causa<strong>dos</strong><br />

por riscos da estrada ou desgaste irregular<br />

derivado de pressão desadequada.<br />

Este progresso, alcançado graças ao protótipo<br />

UPTIS, demonstra o compromisso conjunto<br />

da Michelin e da General Motors para fornecer<br />

soluções de mobilidade mais seguras e<br />

sustentáveis. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Atualidade<br />

Objetivo:<br />

máxima<br />

rentabilidade<br />

No passado mês de julho, a Nex Portugal e a Avon Tyres realizaram a sua primeira<br />

convenção CarExpert, rede criada para desenvolver a marca de pneus no nosso país,<br />

cujo objetivo máximo é aumentar a rentabilidade das oficinas associadas<br />

Por: João Vieira<br />

Esta primeira convenção serviu para<br />

reunir os membros fundadores da<br />

rede e divulgar as inúmeras iniciativas<br />

que a mesma pretende implementar,<br />

tendo como objetivo principal<br />

a divulgação do binómio Oficina CarExpert/Avon,<br />

o alargamento da sua base de<br />

clientes e o aumento da sua rentabilidade,<br />

conjugado com uma vertente tecnológica<br />

e imagem vanguardista, respeitando, assim,<br />

a tradição da marca. sCom o lançamento do<br />

projeto CarExpert, a Nex Portugal pretende<br />

consolidar a sua presença no segmento quality,<br />

tornando-se no único distribuidor a nível<br />

nacional com duas marcas europeias nesta<br />

classe, algo que é diferenciador no mercado<br />

e acrescenta valor ao portefólio da empresa.<br />

O segmento quality tem crescido nos últimos<br />

cinco anos em Portugal. E a tendência<br />

é para continuar a ganhar expressão. A<br />

rede CarExpert insere-se neste segmento<br />

de mercado em crescimento e as expectativas<br />

são as melhores, conforme refere<br />

Aldo Machado, country manager da Nex<br />

Portugal: “Com a Avon, a oficina consegue<br />

diferenciar-se da concorrência, pois não é<br />

uma marca massificada, ao mesmo tempo<br />

que permite fidelizar o cliente, associando a<br />

marca à oficina. A rede CarExpert dispõe de<br />

condições realmente distintas e vai ajudar<br />

as oficinas a aproveitar a oportunidade de<br />

negócio que o mercado de pneus quality<br />

atualmente oferece”. De acordo com o res-<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Convenção CarExpert<br />

ponsável, “o objetivo é convertermo-nos na<br />

referência do segmento intermédio, oferecendo<br />

ao cliente produto e serviço de qualidade,<br />

com um preço razoável, permitindo<br />

à oficina ser rentável e obter uma posição<br />

mais competitiva”.<br />

PLANOS DE FIDELIZAÇÃO<br />

Para os associa<strong>dos</strong>, foram cria<strong>dos</strong> três planos<br />

de fidelização: Platinium, Gold e Silver,<br />

que garantem preços exclusivos, garantia<br />

extra care e acesso a campanhas e artigos<br />

A rede carexpert<br />

vai ajudar os<br />

associa<strong>dos</strong> a<br />

aproveitar a<br />

oportunidade<br />

de negócio que<br />

o mercado de<br />

pneus quality<br />

atualmente<br />

oferece<br />

Novos produtos em exibição<br />

O novíssimo pneu off-road Avon AX7 foi uma das principais atrações da convenção, estando exposta<br />

a restante gama de pneus ligeiros, comerciais e SUV, assim como a extensa gama de pneus<br />

de moto, onde o destaque recaiu sobre o novo Avon Cobra Chrome, que irá equipar, de série, a<br />

recém-divulgada Triumph Rocket III, cuja nova série dispõe de motor de 2.500 cc com binário de<br />

221 Nm, os maiores valores a nível mundial. Um pneu que fará as delícias <strong>dos</strong> amantes das duas<br />

rodas <strong>dos</strong> segmentos touring, cruiser e custom, nos quais a marca é mundialmente reconhecida.<br />

Avon é o segundo fabricante<br />

mais antigo do mundo<br />

de merchandising. Existe ainda um pack<br />

para divulgação e promoção da marca,<br />

que consiste na cedência de um arco Avon<br />

insuflável para a realização de campanhas,<br />

placas de identificação da rede CarExpert,<br />

logótipos da marca na fachada e um mupi<br />

interior digital, onde o cliente pode visualizar<br />

e consultar as características de to<strong>dos</strong> os<br />

pneus da gama. Os associa<strong>dos</strong> têm ainda<br />

acesso a roupa de trabalho identificada com<br />

a imagem CarExpert.<br />

Na convenção, foi ainda anunciada a oferta<br />

de uma viagem a Inglaterra para um evento<br />

de track day para os três melhores clientes<br />

do mês de julho. Uma experiência exclusiva<br />

aos coman<strong>dos</strong> de veículos desportivos<br />

equipa<strong>dos</strong> com pneus Avon, no circuito de<br />

Castle Combe, localizado em Whiltshire, no<br />

Reino Unido. ♦<br />

A Avon, que ostenta o título de segundo fabricante mais antigo do mundo, disponibiliza uma gama<br />

de produtos de qualidade altamente reconhecida, quer no segmento de quatro como de duas<br />

rodas. Com produção integral em território europeu (Inglaterra e Sérvia), a Avon nasceu em 1885<br />

no Reino Unido, tendo sido adquirida na década de 90 pela norte-americana Cooper. A qualidade<br />

e inovação <strong>dos</strong> seus produtos permitem que seja uma referência no mundo e na competição automóvel,<br />

tendo inclusive, na década de 80, sido fornecedora de pneus para a Fórmula 1.<br />

A nível tecnológico a Avon dispõe de enorme know-how, destacando-se a excelente etiquetagem<br />

energética de quase toda a gama de pneus ligeiros (onde a letra “A” na travagem em piso<br />

molhado abrange toda a gama de pneus de turismo e SUV acima de jantes de 16” e até 21”) e o<br />

equipamento de origem em viaturas de ultraelevadas prestações, como é o caso do exclusivo TVR<br />

Griffith de 507 cv, desvendado há cerca de um ano e equipado com pneus Avon ZZ5. Esta parceria<br />

da Nex Portugal com a Avon insere-se na dinâmica imposta pela Nex sob a insígnia “Ano Novo…<br />

Marca Nova”, onde a empresa revelará novas apostas em diversas gamas de produto de forma a<br />

completar a sua presença em to<strong>dos</strong> os nichos de mercado.


Reportagem<br />

Piloto por<br />

um dia<br />

A Triangle Tyre está a investir no mercado europeu e Portugal não é exceção. Nos dias 13<br />

e 14 de junho, a marca chinesa levou ao Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em<br />

Portimão, uma equipa de 17 jornalistas. Entre eles, apenas um era português. Ou melhor,<br />

portuguesa: eu mesma, Joana Calado, em representação da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

Por: Joana Calado


Triangle Tyre<br />

A<br />

Triangle Tyre é uma empresa<br />

de origem chinesa ainda pouco<br />

conhecida na Europa, mas que<br />

conta com 8.000 colaboradores,<br />

estando já presente em 165 países. Dispõe<br />

de cinco fábricas, quatro na China e uma<br />

nos EUA, além de dois centros técnicos nas<br />

mesmas localizações. O primeiro dia do<br />

evento organizado pela Triangle Tyre serviu<br />

para relaxar antes da grande apresentação<br />

de produto. Durante a mesma, ficámos a<br />

conhecer grande parte da gama da marca,<br />

através <strong>dos</strong> modelos AdvanteX, AdvanteX<br />

SUV, SporteX, SeasonX e GripX, à qual se<br />

seguiu um fantástico jantar.<br />

Mas era o dia seguinte que suscitava maiores<br />

expectativa e causava ansiedade entre<br />

os convida<strong>dos</strong>. Apesar das poucas horas<br />

de sono, o grupo de jornalistas presentes<br />

no evento (eu incluída) acordou cheio de<br />

energia para uma manhã fresca, mas que<br />

prometia momentos quentes. Dividi<strong>dos</strong> por<br />

equipas, às quais a gama de pneus dava<br />

nome, AdvanteX, AdvanteX SUV, GripX, Sea-


Reportagem<br />

há eventos que ficarão para sempre grava<strong>dos</strong> na memória<br />

de quem os vivenciou. o da triangle tyres é um deles<br />

sonX e SporteX, foi proposto a cada equipa<br />

realizar uma série de testes, onde eram<br />

postas à prova todas as características <strong>dos</strong><br />

pneus Triangle Tyres. O nervoso miudinho<br />

começava a apoderar-se de mim.<br />

TESTES, EMOÇÃO E RISOS<br />

Apesar de nunca nos termos visto, a equipa<br />

da Triangle Tyres, responsável pela organização<br />

do evento, foi exímia na forma como<br />

criou boas relações entre os participantes e<br />

os próprios instrutores, que não deixavam<br />

de parecer surpreendi<strong>dos</strong> quando, depois<br />

de vários bons dias em inglês, ouviam um<br />

jornalista a falar português. E logo uma<br />

mulher: eu. Equipas escolhidas e lá fui<br />

rumo à pista de karting, onde iria testar a<br />

gama AdvanteX em piso seco e molhado<br />

ao volante de um BMW Série 1. Graças ao<br />

sistema de rega da pista, consegui experimentar<br />

as diversas variações do traçado.<br />

E percebi qual o comportamento do pneu<br />

em piso seco e molhado, bem como nas<br />

transições de um para o outro. Tudo eficaz<br />

e sem sobressaltos.<br />

Regressada ao ponto de partida, integrei<br />

a equipa escolhida para o teste off-road.<br />

Desfeita das desfeitas, não tive hipótese<br />

de conduzir. Mas estando eu nas “mãos”<br />

de dois condutores altamente qualifica<strong>dos</strong>,<br />

pude confirmar a fantástica performance<br />

<strong>dos</strong> pneus GripX, fosse em terra batida,<br />

fosse em alcatrão. Prova disso, foi uma<br />

das descidas, com a pick-up Mercedes-Benz<br />

Classe X em que circulava ter ficado apoiada<br />

em apenas três rodas, sem que nenhuma<br />

resvalasse no terreno. Tudo controlado.<br />

Depois, regressei novamente ao volante<br />

do BMW Série 1, desta vez equipado com<br />

pneus SeasonX, acaba<strong>dos</strong> de lançar nesse<br />

mês em exclusivo para a Europa. “Passeei”<br />

durante cerca de 10 km em redor do circuito,<br />

o que serviu para demonstrar que,<br />

até mesmo em estradas portuguesas, onde,<br />

como sabemos, os buracos são muitos, os<br />

pneus Triangle conseguem manter o nível<br />

de ruído extremamente baixo e o conforto<br />

lá para cima. Por isso, consegui desfrutar a<br />

100% da viagem por paisagens algarvias.<br />

Finalmente, chegou a prova que arrancou<br />

mais risos entre os elementos da equipa<br />

à qual pertencia: o teste de travagem em<br />

piso molhado com os pneus AdvanteX SUV.<br />

Ao volante de um Mercedes-Benz GLE, fiz a<br />

travagem com pneus Triangle, tendo sido,<br />

posteriormente, colocado um cone a sinalizar<br />

o local de paragem, que deveria atingir<br />

no segundo teste com pneus concorrentes.<br />

Sendo que este teste estava condicionado<br />

por uma forte premissa: apenas deveria travar<br />

quando entrasse em piso molhado a uma<br />

velocidade constante de 50 km/h. Muitos<br />

jornalistas foram “apanha<strong>dos</strong> a fazer batota”,<br />

pois acabavam por, inconscientemente, travar<br />

ligeiramente antes de ter início o piso<br />

molhado, o que acabava por arrancar alguns<br />

risos entre os elementos da equipa. Eu não.<br />

Fiz a coisa como mandavam as “regras”.<br />

ADRENALINA A 200 KM/H<br />

O momento mais aguardado chegou ao<br />

final da manhã. Depois de to<strong>dos</strong> os testes<br />

realiza<strong>dos</strong>, era o momento de testar os robustos<br />

SporteX equipa<strong>dos</strong> em cinco veículos<br />

prepara<strong>dos</strong> para a pista do Autódromo<br />

Internacional do Algarve. E tinha ao meu<br />

dispor nada mais nada menos do que...<br />

Mercedes-AMG E 43 Cabrio e E 53 Coupé,<br />

Porsche 718 Cayman e Honda Civic Type<br />

R. Parecia o Jardim do Éden. Só que com<br />

automóveis. E que automóveis. Para quem,<br />

como eu, nunca tinha estado ao volante de<br />

um desportivo de corrida, para mais em<br />

circuito, devo confessar que os meus nervos<br />

estavam à flor da pele. Mas, após a volta<br />

de reconhecimento da pista, onde estive<br />

apenas “à pendura” para aprender que trajetórias<br />

devia seguir e quais as relações de<br />

caixa mais adequadas e pontos de travagem<br />

a adotar, a adrenalina levou a melhor sobre<br />

os nervos. E diverti-me como uma criança<br />

quando recebe o seu primeiro presente.<br />

A sensação de estar ao volante do Honda<br />

Civic Type R é incrível e os pneus SporteX<br />

da Triangle oferecem uma estabilidade inacreditável<br />

a este desportivo compacto de<br />

eleição, sendo que a pista do Autódromo Internacional<br />

do Algarve é constituída por 16<br />

curvas e alguns altos e baixos, onde, muitas<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


vezes, deixava de ver a pista à minha frente.<br />

Parecia um jogo de PlayStation. Quando<br />

me sentei no lugar do condutor, tinha a<br />

adrenalina ao rubro. Só queria acelerar<br />

pela pista fora. Mas, rapidamente, percebi<br />

que utilizar o travão foi fundamental para<br />

conseguir concluir o percurso com sucesso.<br />

Sem ir à gravilha e de modo a entregar o<br />

carro no final do round com as peças todas.<br />

Até porque, se não seguisse as indicações<br />

dadas pelos instrutores, facilmente passaria<br />

a ser conhecida pelas piores razões. Mas, no<br />

fundo, o que fiz foi acelerar pista fora, aproveitando<br />

a estabilidade e segurança que os<br />

pneus da Triangle me ofereciam. Concluído<br />

o teste, acho que passei com nota positiva.<br />

Mas soube a pouco. Por mim, teria ficado o<br />

dia inteiro no circuito a “queimar borracha”.<br />

Em jeito de conclusão, estou em condições<br />

de partilhar com o leitor que esta foi uma<br />

das mais entusiasmantes reportagens que<br />

fiz. Não que foi a oportunidade de uma vida,<br />

pois ainda sou muito nova e cheia de ambição,<br />

mas esta ação foi, sem dúvida um<br />

<strong>dos</strong> momentos mais marcantes da minha<br />

carreira profissional. Missão cumprida. Venha<br />

outra de seguida. ♦<br />

Gama, especificações, medidas<br />

Testa<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os pneus, concluímos que nenhum falhou nos testes. A Triangle tem feito uma<br />

grande aposta na qualidade <strong>dos</strong> seus produtos e, isso, refletiu-se ao longo da manhã de testes.<br />

Curiosos em relação ao que testámos? A gama AdvanteX caracteriza-se por ser um pneu de<br />

alta performance, que oferece uma excelente aderência em piso molhado, estabilidade acima<br />

da média e uma eficiente dispersão da água. Está disponível para jantes entre 15” e 17”.<br />

Para medidas maiores, conhecemos o seu “irmão mais velho”, o AdvanteX SUV. Ainda que<br />

esteja preparado para ser aplicado em jantes de 15” a 19”. A gama AdvanteX SUV contempla<br />

medidas que vão de 235/70R15 a 255/50R19. E oferece elevada estabilidade,<br />

quer em piso seco, quer em piso molhado, além de um excelente conforto acústico.<br />

A pensar, exclusivamente, no mercado europeu, a Triangle lançou, no passado mês<br />

de junho, a sua gama SeasonX, disponível para jantes de 14” a 19”. Este pneu é indicado<br />

para todas as estações, fazendo com que não seja necessário, nomeadamente<br />

em países mais frios onde tal não é obrigatório, trocar de pneus de verão para inverno.<br />

Este pneu tem um padrão particular, com uma parte central sólida e uma geometria<br />

lateral rígida, o que garante um desempenho superior na condução, enquanto<br />

as ranhuras direcionais em “V” ajudam ao deslocamento da água e da lama.<br />

Para os fãs do todo-o-terreno, a Triangle lançou a gama GripX, adaptada para circular em<br />

estrada e fora dela, oferecendo exatamente a mesma estabilidade. Graças ao seu design reforçado,<br />

com ranhuras oblíquas, os GripX estão prepara<strong>dos</strong> para oferecer elevada aderência<br />

até em areia solta e lama. Finalmente, o pneu que mais entusiasmou os jornalistas: SporteX.<br />

Trata-se de um pneu desportivo, tal como o nome indicada, preparado para satisfazer as necessidades<br />

de condutores de veículos de alta performance. Mesmo a velocidades elevadas,<br />

o pneu continua a oferecer estabilidade sem derrapar ou “fugir” da direção pretendida, tanto<br />

em piso seco como em piso molhado. Os pneus da gama SporteX vão até jantes de 24”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Entrevista<br />

O papel <strong>dos</strong><br />

distribuidores<br />

é essencial<br />

no combate<br />

ao dumping<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Leandro Rigon, Diretor de Negócios Internacionais da Vipal Borrachas<br />

Leandro Rigon, diretor de Negócios Internacionais da Vipal Borrachas, falou à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> sobre a lei anti-dumping. A empresa brasileira foi uma das impulsionadoras<br />

da tomada de posição por parte da Comissão Europeia sobre esta matéria e, por isso,<br />

fez parte do comité de investigação<br />

Por: Joana Calado<br />

A<br />

Comissão Europeia criou, em<br />

2016, um grupo de trabalho<br />

composto por diversas empresas<br />

de todo o mundo, das<br />

quais a Vipal fazia parte, para encontrar<br />

uma solução para a questão do dumping<br />

de pneus chineses. Após diversas reuniões<br />

foi aprovado um documento a partir do qual<br />

vigora a lei anti-dumping. Leandro Rigon,<br />

diretor de Negócios Internacionais da Vipal<br />

Borrachas, concedeu à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

uma entrevista, onde aborda esta e outras<br />

temáticas.<br />

Pode fazer-nos uma descrição histórica<br />

da Vipal Borrachas?<br />

A Vipal Borrachas iniciou a sua atividade em<br />

1973, numa pequena fábrica de remen<strong>dos</strong><br />

na cidade de Nova Prata, no estado do Rio<br />

Grande do Sul, região sul do Brasil, cidade<br />

onde ainda mantém duas das suas quatro<br />

fábricas. Ao constatar que havia uma<br />

oportunidade de mercado, a família Paludo<br />

começou, então, a produzir remen<strong>dos</strong> e,<br />

gradualmente, passou a ganhar cada vez<br />

mais destaque na região, expandindo-se,<br />

nas décadas seguintes, para outras zonas<br />

do Brasil e para o exterior. Atualmente, a<br />

Vipal Borrachas está presente em cinco<br />

continentes, sendo um <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes globais do segmento e cuja<br />

trajetória assenta na procura incessante<br />

pela inovação e proximidade com parceiros,<br />

fornecedores, clientes e colaboradores. A<br />

Vipal Borrachas foi o primeiro fabricante<br />

brasileiro de produtos para reparação de<br />

pneus e câmaras de ar. Ao longo <strong>dos</strong> anos,<br />

ampliou a sua atuação para o segmento da<br />

recauchutagem, no qual é uma das maiores<br />

empresas do mundo. Com 13 centros de<br />

distribuição espalha<strong>dos</strong> por diversos pontos<br />

estratégicos do globo, está presente<br />

em mais de 90 países. A Vipal Borrachas é<br />

líder na América Latina, com mais de 300<br />

centros de reciclagem autoriza<strong>dos</strong>, sendo<br />

a única empresa com uma linha completa<br />

de produtos para recauchutagem e reparação<br />

de to<strong>dos</strong> os tipos de pneus. Ainda<br />

oferece compostos de borracha, pisos e<br />

lençóis, produtos para indústria e fabrica<br />

máquinas para recauchutagem de pneus<br />

de carga e agrícolas. Para abastecer o mercado<br />

mundial, a Vipal Borrachas conta com<br />

quatro fábricas na América do Sul, com uma<br />

capacidade instalada superior a 19 mil toneladas<br />

por mês e três mil funcionários,<br />

que usufruem de uma estrutura física de<br />

183 mil m². Ao longo <strong>dos</strong> seus 46 anos, a<br />

Vipal Borrachas tem aliado experiência a<br />

conhecimento técnico, sempre somado à<br />

valorização das pessoas. Dispõe de uma<br />

Universidade Corporativa e um <strong>dos</strong> mais<br />

robustos Centros de Pesquisa e Tecnologia<br />

do mundo no segmento, onde se incluem<br />

13 laboratórios. Toda esta estrutura reflete-<br />

-se em produtos de excelência, que são<br />

referência de qualidade em todo o mundo.<br />

O que entende por lei anti-dumping?<br />

Trata-se de uma lei aprovada pela União<br />

Europeia que regula as práticas comerciais<br />

de importação de pneus radiais de camião<br />

e autocarro provenientes da República Popular<br />

da China para a Europa. Em 2016, após<br />

uma mobilização do setor, em que a Vipal<br />

Borrachas foi parte ativa desde o início, foi<br />

formado pela Comissão Europeia um comité<br />

de investigação, que teve como finalidade<br />

descobrir as possíveis irregularidades comerciais<br />

praticadas na importação de produtos<br />

provenientes da Ásia. A comissão aprovou<br />

um documento que confirmou a irregularidade<br />

em relação à importação de pneus da<br />

China para a Europa, o qual foi publicado<br />

no Official Journal of the European Union,<br />

em outubro de 2018.<br />

De que forma a Vipal Borrachas teve<br />

influência na criação de uma lei anti-<br />

-dumping?<br />

Durante todo o período de investigação e<br />

formatação <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, além de participar<br />

ativamente no movimento para a lei anti-<br />

-dumping, estivemos em reuniões e mantivemos<br />

diálogo constante com os players do<br />

setor. Além disso, ajudámos com o fornecimento<br />

de informações de mercado essenciais<br />

para compilar o documento aprovado<br />

pela comissão e publicado no final do ano<br />

passado. A Vipal Borrachas foi mencionada<br />

várias vezes neste relatório, juntamente com<br />

associações do setor, devido ao seu papel<br />

fundamental na construção e na aprovação<br />

da nova lei.<br />

De que forma o dumping estava a prejudicar<br />

o negócio <strong>dos</strong> principais fabricantes<br />

de pneus?<br />

Os valores comerciais destes pneus importa<strong>dos</strong><br />

estavam basea<strong>dos</strong> em patamares pouco<br />

competitivos, desequilibrando os preços<br />

junto <strong>dos</strong> compradores. Por consequência,<br />

os recauchutadores perderam espaço junto<br />

<strong>dos</strong> seus clientes e empresas de transporte,<br />

enfraquecendo o mercado europeu de recauchutagem<br />

de pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Entrevista<br />

Leandro Rigon<br />

“participámos, ativamente, no movimento para a criação<br />

da lei anti-dumping e fizemos reuniões com os players”<br />

Será possível os fabricantes chineses contornarem<br />

esta lei? Se sim, de que forma?<br />

Legalmente, a lei anti-dumping pode ser<br />

extinta se os fabricantes chineses demonstrarem<br />

que as evidências levantadas<br />

suportando o anti-dumping e anti-subsídio<br />

já não existem.<br />

Poderá ser necessário encontrar medidas<br />

mais fortes para combater o dumping?<br />

Anti-dumping e anti-subsídio já foram implementa<strong>dos</strong><br />

nos produtos oriun<strong>dos</strong> da China.<br />

Estamos atentos para que o mesmo não<br />

ocorra em pneus fabrica<strong>dos</strong> noutros países<br />

onde não existe estas medidas. A posição da<br />

Vipal Borrachas sobre esta matéria defende<br />

que o mercado deve ser aberto para to<strong>dos</strong>,<br />

desde que não exista concorrência desleal.<br />

Acreditamos na liberdade de comércio, pois<br />

tal fortalece a economia, aprimorando o<br />

mercado e trazendo novas soluções.<br />

Poderão os distribuidores de pneus ter um<br />

papel mais ativo no combate ao dumping?<br />

O papel <strong>dos</strong> distribuidores é muito importante<br />

no combate ao dumping, uma vez que<br />

recebem informações sobre o mercado antes<br />

de to<strong>dos</strong> os outros intervenientes. Possíveis<br />

violações das leis de comércio e importação<br />

devem ser reportadas às associações<br />

nacionais, que podem informar a Comissão<br />

Europeia para averiguar se as irregularidades<br />

existem ou não.<br />

Alguns fabricantes e distribuidores foram<br />

obriga<strong>dos</strong> a mudar de estratégia. De que<br />

forma a lei anti-dumping afetou a Vipal<br />

Borrachas?<br />

Falando mais especificamente da indústria<br />

de pneus recauchuta<strong>dos</strong>, em 2011 o volume<br />

anual europeu era de cerca de sete milhões<br />

de pneus. Já em 2018, estima-se que estivesse<br />

abaixo <strong>dos</strong> quatro milhões e em queda.<br />

Esta redução está diretamente relacionada<br />

com a importação de pneus chineses, comprovando<br />

as práticas de dumping e subsídios.<br />

Devido a esta diminuição, várias empresas<br />

tiveram de ajustar o seu quadro funcional e<br />

muitas fecharam, o que gerou forte desemprego<br />

no setor. Com a adoção das medidas<br />

anti-dumping e anti-subsídio, primeiro notámos<br />

uma estabilidade no volume de pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong>. A procura por estes produtos<br />

começou a aumentar de forma subtil, mas<br />

constante. Atualmente, um tema de bastante<br />

relevância é a Economia Circular. No que se<br />

refere a pneus, a essência da indústria da<br />

recauchutagem está baseada na extensão<br />

da vida útil do mesmo, de forma segura e<br />

economicamente viável. Felizmente, os governos<br />

perceberam que não é necessário<br />

criar um conceito ou uma nova indústria,<br />

pois já existe. O que é necessário é a conscientização<br />

e a estimulação da utilização<br />

deste produto, orientando o consumidor<br />

para os seus benefícios e, principalmente,<br />

esclarecendo os mitos negativos que condicionam<br />

a sua imagem.<br />

Caso os fabricantes chineses melhorem<br />

a qualidade <strong>dos</strong> seus produtos, seria<br />

previsível que a Europa retirasse a lei<br />

anti-dumping?<br />

A implementação do anti-dumping não<br />

está baseada na qualidade do pneu, mas<br />

sim em medidas de dumping e subsídio.<br />

Muitas marcas chinesas tem aprimorado<br />

os seus produtos e, como consequência,<br />

a sua qualidade. Atualmente, é possível<br />

encontrar marcas chinesas com rendimento<br />

e qualidade aceitáveis, o que é essencial<br />

para ter o melhor retorno económico ao<br />

prolongar a vida útil do pneu. É importante<br />

realçar que o mercado europeu está aberto<br />

aos produtos chineses. O que o anti-dumping<br />

permite é que esses produtos entrem no<br />

mercado de forma adequada. ♦<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Entrevista<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Mike Rignall, Senior Marketing Manager da Toyo Tires Europe<br />

O mercado europeu<br />

é muito importante<br />

para nós<br />

Durante a 28.ª edição da Autopromotec, que se realizou,<br />

em Bolonha, de 22 a 26 de maio, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve a<br />

oportunidade de entrevistar Mike Rignall, senior marketing<br />

manager da Toyo Tires Europe<br />

Por: Joana Calado<br />

A<br />

marca japonesa Toyo Tires entrou<br />

em Portugal pela mão de Luís Filipe<br />

Vieira, hoje conhecido por<br />

razões mais ligadas ao futebol do<br />

que aos pneus, à data Presidente do Conselho<br />

de Administração da Hiperpneus, para, posteriormente,<br />

ser comercializada pela Império<br />

<strong>Pneus</strong>. Só em 2010 passou a ser conduzida<br />

pela Dispnal <strong>Pneus</strong>. É pelas mãos da empresa<br />

de Rui Chorado que a Toyo Tires começa a<br />

reforçar a imagem de produto de qualidade,<br />

nomeadamente através do envolvimento <strong>dos</strong><br />

seus pneus nas mais diversas categorias do<br />

desporto automóvel em Portugal.<br />

Mike Rignall, senior marketing manager da<br />

Toyo Tires Europe, aproveitou o encontro<br />

com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> na Autopromotec<br />

2019 para falar sobre a marca japonesa, que<br />

ambiciona ganhar força no mercado europeu,<br />

apostando sempre na qualidade do produto<br />

e do serviço prestado, quer aos distribuidores,<br />

quer ao cliente final.<br />

Pode fazer-nos uma breve descrição da<br />

presença da Toyo Tires na Europa?<br />

A Toyo Tires está presente na Europa há cerca<br />

de 40 anos. Tem tudo a ver com a forma<br />

como pensamos no desenvolvimento do<br />

nosso negócio a uma escala global. Dispomos<br />

de clientes muito “leais”, como é o caso<br />

da Dispnal, em Portugal, mas necessitamos<br />

de desenvolver o nosso negócio adotando<br />

uma visão mais à frente. Em 2016, a Toyo Tires<br />

Europe passou a ter um novo presidente,<br />

que veio revolucionar o negócio. Colocou<br />

vários experts em diversas áreas e estamos<br />

mais do que prepara<strong>dos</strong> para o crescimento<br />

que pretendemos atingir na Europa.<br />

Como descreve a Toyo Tires? Em que<br />

segmento se posiciona?<br />

Descrevemo-nos com uma marca que se posiciona<br />

no topo do segmento quality. Não<br />

competimos com marcas premium, antes com<br />

segundas marcas. Mas temos uma ambição,<br />

que passa por estar perto das marcas premium.<br />

Parte das mudanças que estamos a<br />

efetuar estão relacionadas com o aumento<br />

da nossa capacidade, introdução de novas<br />

tecnologias, expansão da nossa área de negócio<br />

e aumento da perceção <strong>dos</strong> clientes<br />

europeus em relação à nossa marca.<br />

Qual será a estratégia da Toyo Tires para<br />

o futuro, tendo em conta os diferentes<br />

produtos de que dispõem?<br />

A nossa estratégia passa por tentar ter os<br />

produtos certos nos segmentos que entendemos<br />

serem os mais importantes para<br />

nós, que são, neste momento os UHP e SUV,<br />

que estão em franco crescimento. Depois, os<br />

pneus All Season, que estão a ganhar maior<br />

protagonismo, merecem especial atenção, tal<br />

como os pneus UHP. Estes, a par com os pneus<br />

SUV, são duas categorias muito importantes<br />

na nossa estratégia de produto. Dispomos de<br />

uma gama completa de pneus PCR e para<br />

vans, mas, dentro da nossa oferta, os pneus<br />

UHP e para SUV são, sem dúvida, os mais<br />

importantes, precisamente pelo crescimento<br />

que têm registado.<br />

Que tipos de pneus está a Toyo a produzir<br />

atualmente?<br />

A Toyo Tires produz, predominantemente,<br />

pneus para automóveis e vans, embora,<br />

noutros merca<strong>dos</strong>, tenhamos, também,<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> e para movimentação de<br />

terras. Mas, na Europa, vendemos, sobre-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Entrevista<br />

Mike Rignall<br />

“PRETENDEMOS TER OS PRODUTOS CERTOS NOS SEGMENTOS<br />

QUE ENTENDEMOS SEREM OS MAIS IMPORTANTES”<br />

tudo, pneus para automóveis e comerciais<br />

ligeiros, embora tenhamos alguma expressão<br />

na venda de equipamentos regionais.<br />

Temos ambição de crescer no futuro. Muitos<br />

<strong>dos</strong> veículos que são vendi<strong>dos</strong> noutros<br />

merca<strong>dos</strong> já trazem pneus Toyo como<br />

equipamento de origem e gostaríamos de<br />

expandir a nossa marca neste segmento na<br />

Europa. Neste momento, estamos foca<strong>dos</strong><br />

no mercado de substituição. Anunciámos<br />

um aumento da nossa capacidade em três<br />

milhões de pneus, que provêm da nossa<br />

fábrica na Malásia, por exemplo. Quando<br />

tivermos capacidade para dar resposta às<br />

necessidades <strong>dos</strong> fabricantes de automóveis,<br />

iremos expandir o nosso negócio. Já temos<br />

vindo a falar nisso, ou seja, no aumento da<br />

nossa capacidade.<br />

Como vê a Toyo Tires o mercado de pneus<br />

na Europa?<br />

O mercado europeu é muito importante para<br />

nós. É o último mercado onde sentimos que<br />

não atingimos ainda a nossa posição natural.<br />

Estamos muito forte no Japão e na Ásia,<br />

estamos extremamente fortes na América,<br />

mas ainda não estamos nesse patamar na<br />

Europa. Mas queremos estar. A nossa ambição<br />

é estar ao mesmo nível em to<strong>dos</strong> os<br />

merca<strong>dos</strong> do mundo. Temos mais trabalho<br />

aqui na Europa, mas temos uma grande ambição<br />

e muitos planos a curto, médio e longo<br />

prazos para atingir esse objetivo, de modo<br />

a que o mercado europeu se torne tão forte<br />

para nós como os outros merca<strong>dos</strong>.<br />

De que forma está a Toyo Tires a apostar<br />

nas novas tecnologias?<br />

Esta pergunta é bastante interessante. Existem<br />

tantos canais que as formas “convencionais”<br />

já não funcionam. Houve uma altura<br />

em que, se estivéssemos na televisão, to<strong>dos</strong><br />

nos conheciam e podíamos subir muito o<br />

volume de vendas. Atualmente, isto já não<br />

acontece e temos de ter muito cuidado com<br />

os canais que utilizamos. Temos de ter objetivos<br />

muito bem defini<strong>dos</strong> e estratégias diferentes<br />

para cada um deles. A Toyo Tires tem<br />

uma estratégia para as redes sociais e outra,<br />

diferente, para o website, que temos vindo<br />

a renovar nos últimos meses. Renovámos<br />

a interface para os nossos distribuidores e<br />

para os nossos consumidores que procuram<br />

informação no website e nas redes sociais.<br />

Quais são os serviços que a Toyo Tires<br />

oferece aos distribuidores e consumidores?<br />

Os serviços para nós, independentemente<br />

se são para distribuidores ou consumidores,<br />

tem a ver com satisfação. Antigamente,<br />

tivemos alguns distribuidores insatisfeitos,<br />

mas, desde a chegada do nosso novo presidente,<br />

há dois anos, temos estado a trabalhar<br />

arduamente para que, quando fazemos os<br />

nossos inquéritos anuais, a satisfação <strong>dos</strong><br />

nossos distribuidores aumente. E isto está<br />

a acontecer, apesar de a nossa capacidade<br />

de fornecimento não ter sofrido alterações.<br />

O que mudou foi a nossa atitude perante o<br />

mercado e a nossa capacidade de resolver<br />

os problemas <strong>dos</strong> consumidores. No que<br />

diz respeito aos consumidores, tentamos<br />

ter uma linha de comunicação mais direta<br />

com eles, mais verdadeiros e mais honestos,<br />

dotando-os de to<strong>dos</strong> os factos para que eles<br />

possam decidir em consciência em relação<br />

aos pneus que fabricamos. Tentamos dar-<br />

-lhes informações claras e concisas, mas<br />

com uma componente de entretenimento.<br />

Dedicámos algum tempo a perceber como<br />

deveríamos comunicar com o cliente final,<br />

pois, apesar de publicarmos vídeos com<br />

muitos detalhes técnicos, o número de<br />

visualizações mostrava que não estavam<br />

a ser bem recebi<strong>dos</strong>. Agora, conseguimos<br />

que estes números aumentem, ao definir,<br />

claramente, qual o publico que queremos<br />

atingir e de que forma. Acreditamos que,<br />

agora, estamos a prestar um bom serviço de<br />

informação ao cliente final e o nosso círculo<br />

de distribuidores também contribui para<br />

passar a informação mais completa aos<br />

consumidores. Neste momento, a qualidade<br />

do nosso serviço está a crescer. Mas ainda<br />

há um longo caminho pela frente e temos<br />

muitos passos a dar.<br />

O desporto motorizado é importante<br />

para a Toyo Tires?<br />

É uma área interessante para nós. Não somos<br />

<strong>dos</strong> maiores fornecedores para desporto,<br />

mas existem cerca de 50 campeonatos em<br />

todo o mundo que nós apoiamos, alguns de<br />

forma direta, outros através da nossa equipa<br />

de distribuidores. Atualmente, patrocinamos<br />

a modalidade de Rally Cross no Reino Unido,<br />

Portugal, Itália e Alemanha. Esta é uma área<br />

onde vemos grande sucesso, mesmo que<br />

as equipas não estejam a utilizar os nossos<br />

pneus. No futuro, esperamos que, à medida<br />

que os novos produtos estejam disponíveis,<br />

as equipas reconheçam o nosso valor e queiram<br />

começar a utilizar os nossos pneus. Esta<br />

é uma área que, apesar de não ter grande<br />

representatividade para a Toyo, não deixa<br />

de ser muito importante. ♦<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


70<br />

O inovador desenho do piso do Proxes TR1,<br />

combina performances de excelência com a<br />

exclusividade de um design único.<br />

Os exclusivos indicadores de desgaste do piso,<br />

auxiliam os condutores mais entusiastas da<br />

condução desportiva a tirar o máximo rendimento<br />

da excepcional tração e do superior<br />

comportamento em curva do Proxes TR1.<br />

VERÃO<br />

Uma forte redução do impacto ambiental é<br />

assegurada pelo maior aproveitamento da vida<br />

útil do pneu.<br />

Índices de velocidade V, W e Y.<br />

Jantes 14 - 20 polegadas.<br />

255 617 480


Em Foco<br />

Licenciei os meus<br />

filhos, mas<br />

ensinei-os a sujar<br />

as mãos de óleo<br />

Aos 64 anos, Francisco José Ribeiro Miguel conta 53 de profissão.<br />

Uma vida inteira dedicada aos pneus. O fundador da Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã,<br />

casa prestes a cumprir 30 anos, tem um mundo de histórias do setor<br />

e partilhou-as com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

Por: Jorge Flores<br />

Há momentos que mudam uma carreira. Uma vida<br />

inteira, na verdade. Para Francisco José Ribeiro<br />

Miguel, de 64 anos, 53 <strong>dos</strong> quais dedica<strong>dos</strong> ao<br />

ramo <strong>dos</strong> pneus, o momento aconteceu há cerca<br />

de três décadas, quando percebeu, de forma inabalável, que<br />

a criação do seu próprio negócio seria o próximo passo a dar.<br />

Foi um episódio relativamente simples que o fez avançar,<br />

finalmente. “Certo dia, montei quatro pneus a um médico, por<br />

sinal, ortopedista. Passado algum tempo, ele rebentou um<br />

pneu numa pedra. E eu disse-lhe: senhor Dr., eu reparo-lho.<br />

Não! Respondeu-me ele. Queria um novo. E eu expliquei-lhe.<br />

Se eu partir um braço, o senhor Dr. coloca-me um braço<br />

novo? Não. Tem de o reparar para ele continuar funcional.<br />

Pois é isso mesmo que eu vou fazer ao seu pneu. Reparo-o<br />

de forma a ele ficar perfeitamente funcional como antes!<br />

Como se não tivesse tido nada. Assim foi. Reparei-lhe o pneu.<br />

Passado um ano, veio dar-me os parabéns, porque nunca<br />

notou nada no automóvel nem no pneu, que cumpriu a sua<br />

vida útil sem problemas”.<br />

Para Francisco José Ribeiro Miguel, foi determinante. “Deu-<br />

-me muita confiança sobre os meus conhecimentos e profissionalismo.<br />

Foi quando percebi que acreditavam no meu<br />

trabalho e nos meus conselhos para rentabilizar a vida <strong>dos</strong><br />

pneus, para que estes fizessem mais quilómetros”, conta à<br />

nossa revista. Com este episódio em mente, fundou a Auto<br />

<strong>Pneus</strong> da Covilhã, ainda na sua primeira expressão (casa<br />

que ainda continua aberta), a escassos cinco quilómetros<br />

de onde se encontra a empresa, atualmente, na Zona Industrial<br />

de Tortosendo. Em 2020, a empresa celebrará 30<br />

anos de atividade.<br />

BOTA ROTA, MÃO FIRME<br />

Para contar toda a história da Francisco José Ribeiro Miguel,<br />

porém, teremos de recuar até à sua infância. Onde e quando<br />

tudo começou, como se pode ver, numa fotografia, a preto<br />

e branco, de bota rota, sim, mas mão firme, a montar um<br />

pneu. “Comecei aos 11 anos e aos 12 já desmontava pneus.<br />

Nasci em 1955, comecei a trabalhar em 1966 e, em 1967, já<br />

descontava. Reformei-me com 51 anos de trabalho”, confidencia.<br />

A paixão pelo ramo nasceu nessa época. Ganhou corpo,<br />

experiência. E nunca parou de aprender, de aperfeiçoar a sua<br />

arte na reparação de pneus. “Os tempos eram diferentes. As<br />

pessoas não tinham dinheiro para estar sempre a comprar<br />

pneus, como agora. Recorria-se muito a pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Em Foco<br />

Francisco José Ribeiro Miguel, ladeado pelos<br />

filhos, junto da sua equipa, nas amplas instalações<br />

da Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã. Em cima,<br />

foto <strong>dos</strong> tempos em que o fundador da Auto<br />

<strong>Pneus</strong> da Covilhã trabalhava na Covipneus<br />

e repara<strong>dos</strong>. Quanto sofriam um golpe, eram<br />

repara<strong>dos</strong>. Daí ter optado por aperfeiçoar-me<br />

nesta área”, sublinha. Trabalhou com casas de<br />

renome, na época, com profissionais muito<br />

conhecedores, caso de Abel Serra Proença (já<br />

falecido). Na RioMar, ainda hoje importadora<br />

das borrachas Tip Top, em1987, tirou um curso<br />

de vulcanização de pneus. O patrão não sabia.<br />

“Disse-lhe que estava doente e tinha de ir ao<br />

médico, mas ia a Lisboa às aulas”, conta. Um<br />

ano mais tarde, em 1988, tirou outro curso.<br />

Desta vez, na reparação de telas nas britadeiras.<br />

“Foi uma mais-valia para o meu futuro na<br />

profissão. Aprendi mesmo muito”, reconhece.<br />

O último patrão para quem trabalhou foi<br />

João Almeida, já protagonista da rubrica<br />

Máquina do Tempo da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

“Na altura, comprou a Electro Vulcanizadora<br />

da Covilhã, onde eu trabalhava e passou<br />

a designar-se Covipneus. Ainda existe no<br />

Fundão, mas não na Covilhã”. Quando decidiu<br />

estabelecer-se por conta própria, João<br />

Almeida ainda procurou aumentar-lhe o<br />

ordenado. Em vão. “Estava convicto. Devia<br />

tê-lo feito muito antes. Tinha os conhecimentos,<br />

a experiência e os clientes também.<br />

Muitos deles vieram comigo”, recorda<br />

à nossa revista.<br />

DIA DA INDEPENDÊNCIA<br />

Para a Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã, os primeiros<br />

tempos não foram fáceis. Nunca são. Mas, a<br />

pouco e pouco, foi conquistando o mercado<br />

da região. Até que, em 2004, há 15 anos,<br />

mudou-se para as amplas e bem equipadas<br />

instalações que ainda hoje ocupa. “Mudámos<br />

por uma questão de espaço. Para podermos<br />

alargar o nosso leque de clientes, porque<br />

estávamos num local onde os camiões<br />

não conseguiam fazer as suas manobras”,<br />

conta. Mal a câmara local abriu o terreno à<br />

construção do parque industrial, Francisco<br />

José Ribeiro Miguel não hesitou. Arriscou.<br />

Investiu. Desbravou mato, até porque nunca<br />

teve medo de meter as mãos ao trabalho<br />

duro. “Foi complicado, na altura, porque não<br />

tínhamos capitais próprios e recorremos à<br />

banca. Mas os nossos clientes apoiaram-nos<br />

imenso. Deram-nos muita força para investir<br />

em máquinas novas. E conseguimos criar<br />

condições para, inclusivamente, receber dois<br />

camiões, dentro do pavilhão. E trabalhá-los,<br />

em simultâneo. Criámos as boxes de montagem<br />

e desmontagem”, revela o fundador.<br />

“Estabelecer-me por conta própria foi a melhor das<br />

decisões. Devia tê-lo feito antes. tinha o conhecimento”<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã<br />

Com o tempo, a Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã<br />

foi crescendo. De forma sustentável. Hoje,<br />

Francisco José Ribeiro Miguel orgulha-se de<br />

já não precisar de créditos bancários. “Sei<br />

que a banca está lá para qualquer eventualidade,<br />

mas não precisamos”, garante.<br />

Orgulho é, também, o facto de continuarem<br />

a contar com alguns clientes há mais<br />

de duas décadas. Casos da LeasePlan e de<br />

outras gestoras de frotas.<br />

A empresa dispõe, atualmente, em permanência,<br />

de um stock de 250 a 300 mil euros,<br />

com pneus de todas as marcas e segmentos.<br />

“Desde o mais simples, para um carrinho<br />

de mão, até pneus para uma dumper, para<br />

serviços de terraplanagem. De €5 a €5.000<br />

ou €10.000, temos de tudo em armazém”,<br />

diz Francisco José Ribeiro Miguel. Quando<br />

não tem um determinado pneu para entrega<br />

imediata, ou no dia seguinte ao pedido, a<br />

empresa tenta sempre “emprestar um pneu<br />

válido para trabalhar. Para que a máquina<br />

não fique parada até vir o pneu”, afirma.<br />

Fundamental é a satisfação <strong>dos</strong> clientes.<br />

“Entregam-nos um camião e, em duas horas,<br />

montamos seis pneus. Chegámos a fazê-lo<br />

em apenas 30 minutos”, acrescenta.<br />

Montagem, reparação, calibragem, ou seja,<br />

to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus<br />

são assegura<strong>dos</strong> pela casa, que não deixa de<br />

realizar serviços de mecânica rápida, como,<br />

por exemplo, mudanças de pastilhas e calços<br />

de travão, ou de óleo, quando necessário.<br />

Embora muito distinto do passado,<br />

o mercado, hoje, também apresenta as<br />

suas (enormes) dificuldades. “Existe muita<br />

concorrência. Temos de ter sempre em<br />

consideração os preços e a qualidade do<br />

serviço”, refere.<br />

SUCESSÃO ASSEGURADA<br />

Embora reformado, Francisco José Ribeiro<br />

Miguel continua presente na empresa. “Sei<br />

que ainda sou um jovem e que posso ensinar<br />

muito aos meus filhos e aos meus colaboradores”,<br />

admite. A sucessão, de resto, está<br />

assegurada. A seu lado, tem o filho, Rodrigo<br />

Miguel, a tomar conta <strong>dos</strong> serviços de pneus,<br />

e a filha, Catarina Miguel, psicóloga clínica<br />

de profissão, mas que apoia a Auto <strong>Pneus</strong><br />

da Covilhã em matérias que envolvam documentos<br />

e todo o tipo de “papelada”.<br />

O fundador não tem dúvidas: “Vai ficar bem<br />

entregue. Vou acompanhar, no que for preciso,<br />

quer nas compras quer nas vendas<br />

e na relação com os clientes. Mas estou<br />

absolutamente seguro de que eles darão<br />

continuidade ao negócio que o pai criou”.<br />

E acrescenta, categórico: “Licenciei os meus<br />

filhos, mas digo-lhes sempre que, quando<br />

é preciso, temos de sujar as mãos de óleo.<br />

Trabalhar nunca será uma vergonha”. Uma<br />

noção de humildade que procura colocar em<br />

tudo na vida. E que terá sido já assimilada<br />

pelos sucessores. Em género de confissão,<br />

Rodrigo Pereira garante à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

que não se recorda de quando começou a<br />

montar pneus. Como se tal já fizesse parte<br />

do seu código genético... ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


MáquinadoTempo<br />

A recriar<br />

desde 1969<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Fedima<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou as instalações da Fedima no mês em que a marca celebrou<br />

o seu 50.° aniversário. Carlos Feliciano Marques e Maria da Conceição Marques, foram os<br />

anfitriões que nos guiaram pelas cinco décadas de história da empresa de Alcobaça<br />

Por: João Vieira<br />

Localizada à entrada de Alcobaça, a<br />

Recauchutagem 31 (R31), que tem<br />

no seu portefólio a Fedima, marca<br />

com a “produção mais variada do<br />

mundo”, é uma empresa de referência no<br />

concelho, onde sempre exerceu a sua atividade.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> foi conhecer, por<br />

dentro, esta carismática empresa de pneus<br />

ao longo <strong>dos</strong> 15.000 m 2 das instalações, repartidas<br />

por várias áreas e setores, nos quais<br />

trabalham, atualmente, cerca de 90 pessoas.<br />

Equipada com a mais moderna tecnologia<br />

para recauchutagem de pneus, a R31 tem<br />

uma capacidade de produção diária instalada<br />

superior a 1.000 pneus. Mas, no início, tudo<br />

foi diferente, conforme nos contou Carlos<br />

Marques, administrador da empresa. “A R31<br />

abriu a sua atividade em 1969 no setor da<br />

reconstrução de pneus usa<strong>dos</strong> e comercialização<br />

de pneus novos. No início, esta sociedade,<br />

de cariz familiar, constituída pelo<br />

meu pai, por mim, por um cunhado e por<br />

um primo, desenvolvia a sua atividade com<br />

o apoio de cinco colaboradores, numa área<br />

de 400 m 2 . A fundação da empresa coincidiu<br />

com a minha entrada no serviço militar, onde<br />

estive 38 meses, 25 <strong>dos</strong> quais em Angola, de<br />

onde regressei em 1972”, começa por revelar.<br />

NEGÓCIO EM CRESCIMENTO<br />

A 23 de fevereiro de 1974, Carlos Marques<br />

casou-se e, poucos meses depois, aconteceu<br />

a revolução do 25 de Abril. “As empresas onde<br />

eu e a minha esposa trabalhávamos, entraram<br />

em autogestão e os tempos eram de indecisão.<br />

Consegui acabar o curso de engenharia<br />

e, em 1975, eu e a minha esposa, grávida da<br />

nossa filha, Rita, entrámos na empresa. Até<br />

1981, foram seis anos excecionais e um período<br />

interessante de venda de pneus novos<br />

e recauchuta<strong>dos</strong>”, dá conta o administrador.<br />

Em 1981, houve uma separação da empresa.<br />

“Eu e a minha esposa ficámos com o setor<br />

industrial. Nesse ano, a empresa virou a sua<br />

estratégia, exclusivamente, para o processo<br />

de reconstrução de pneus, procurando know-<br />

-how sobretudo em merca<strong>dos</strong> estrangeiros”,<br />

acrescenta. Em 1986, a empresa lançou os<br />

pisos pré-molda<strong>dos</strong>, graças à parceria com<br />

o grupo italiano Ital-Rubber, que alavancou<br />

todo o processo de crescimento da empresa.<br />

A aquisição do primeiro autoclave veio revolucionar<br />

o sistema de recauchutagem pela<br />

simplicidade e a produção aumentou consideravelmente.<br />

“Nesse período, cheguei a<br />

receber quatro camiões de borracha e pisos<br />

pré molda<strong>dos</strong> por mês, equivalentes a 100<br />

toneladas de material que revendia. Fomos<br />

pioneiros na recauchutagem a frio em Portugal<br />

com pisos pré molda<strong>dos</strong>”, frisa Carlos<br />

Marques.<br />

Em 1991, a empresa arrancou com a recauchutagem<br />

integral para pneus de turismo, comerciais<br />

e 4x4. Na altura, fazia muita confusão<br />

aos clientes não utilizar as carcaças que estes<br />

enviavam. Mas, com o tempo, essa preocupação<br />

desapareceu, porque a empresa garantia<br />

a qualidade do pneu independente da carcaça<br />

utilizada. “Ainda no ano 1991”, recorda<br />

o nosso interlocutor, “criámos duas marcas<br />

próprias: Fedima para as gamas de turismo,<br />

comercial e 4x4; Cafema para o mercado agrícola.<br />

Esta aposta aumentou a produção diária<br />

em muitas centenas de unidades. Em 1993,<br />

adquirimos uma autoclave de três metros<br />

de diâmetro para pneus industriais e OTR”,<br />

explica o administrador.<br />

Para acompanhar as exigências crescentes<br />

<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, a empresa avançou com a<br />

melhoria das instalações, criando setores de<br />

produção específicos em espaços distintos,<br />

com uma área total de 15.000 m2. “A 26 de<br />

fevereiro de 1998, coincidindo com o meu<br />

50.° aniversário, inaugurámos as novas instalações<br />

e foi também neste ano que realizámos<br />

uma exposição de pneus 4x4 em Santa Maria<br />

da Feira, que se revelou um marco importante<br />

na história da empresa. Verificámos a grande<br />

necessidade que o mercado tinha de pneus<br />

4x4 recauchuta<strong>dos</strong> de piso agressivo, para<br />

fora de estrada, e iniciámos a produção de<br />

uma linha completa deste tipo de pneus”,<br />

refere Carlos Marques.<br />

PRESENÇA ASSÍDUA NA MOTORTEC<br />

Em 1999, também foi importante a parceria<br />

com um fornecedor do Peru, que permitiu<br />

à companhia lançar os pisos pré molda<strong>dos</strong><br />

industriais com um único “pegamento”, que<br />

era um sistema totalmente diferente do que<br />

havia. “No ano 2000, certificámos a empresa<br />

com a norma NP EN ISO9001:2000. Uma<br />

decisão importante e, também, necessária,<br />

pois a exportação a tal obrigava. Iniciámos o<br />

processo de exportação no início da década<br />

de 2000, para países de proximidade física e<br />

cultural, como Espanha e, mais tarde, França,<br />

Fernando Dias Marques, fundador da<br />

Recauchutagem 31, iniciou a atividade com a<br />

reconstrução de pneus usa<strong>dos</strong> e a comercialização<br />

de pneus novos<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


MáquinadoTempo<br />

Fedima<br />

1990<br />

Registo de duas marcas:<br />

Fedima e Cafema<br />

1969<br />

Fundação da<br />

Recauchutagem 31<br />

1980<br />

Início da parceria<br />

com o grupo italiano<br />

Ital-Rubber<br />

onde criámos a Fedima France, uma filial que,<br />

atualmente, é 100% nossa”, dá conta o administrador.<br />

Em França, graças ao trabalho do<br />

gerente que lá estava, muito dinâmico na<br />

competição 4x4, a marca conseguiu entrar<br />

no campeonato europeu de super camiões,<br />

fornecendo, em exclusivo, pneus Fedima para<br />

to<strong>dos</strong> os veículos. “Fizemos as 10 provas do<br />

campeonato e tudo correu bem, tendo a<br />

primeira prova decorrido no Autódromo do<br />

Estoril. O mercado francês foi o motor impulsionador<br />

e determinante para o crescimento<br />

atual da marca Fedima, não só em França, mas<br />

no mundo. Atualmente, exportamos para<br />

mais de 20 países, num processo produtivo<br />

contínuo”, salienta Carlos Marques.<br />

Em 2001 e 2003, a marca ganhou o prémio<br />

de melhor pneu em exposição no Salão ITRA,<br />

realizado nos EUA. A presença no Salão Motortec,<br />

em 2003, foi outro marco importante<br />

para a Fedima, pois foi neste certame que a<br />

marca foi lançada no mercado espanhol. “A<br />

partir daí, estivemos sempre presentes em<br />

todas as edições da Motortec. Ainda hoje,<br />

enviamos dois camiões TIR todas as semanas<br />

para Espanha”, frisa o responsável. Em<br />

2006, a empresa adquiriu um equipamento<br />

de xerografia para detetar inconformidades<br />

na estrutura interna <strong>dos</strong> pneus. “Tira 24 fotos<br />

1981<br />

Importação da<br />

primeira autoclave<br />

1986<br />

Lançamento <strong>dos</strong><br />

pisos pré-molda<strong>dos</strong><br />

ao pneu, oito na lateral direita, oito na lateral<br />

esquerda e mais oito no piso. O técnico<br />

verifica se há separação ou não da carcaça<br />

e falhas no talão, que é onde o pneu sofre<br />

maior esforço”, revela o administrador.<br />

Em 2012, a empresa iniciou a produção <strong>dos</strong><br />

pneus semi-maciços, que são, atualmente,<br />

uma das suas especialidades. “São pneus<br />

utiliza<strong>dos</strong> em siderurgias, fábricas de vidros<br />

e sucatas, atividades onde o pneu está sujeito<br />

a perfurações. Os anos mais recentes têm sido<br />

de constantes investimentos, quer a nível<br />

de aquisição de novos equipamentos para<br />

a fábrica, quer da melhoria das condições<br />

de trabalho para to<strong>dos</strong> os colaboradores”,<br />

acrescenta Carlos Marques.<br />

RESPONSABILIDADE SOCIAL<br />

A parte social sempre foi muito importante<br />

para a Fedima, conforme refere Carlos Marques:<br />

“Sempre demos grande enfoque ao<br />

compromisso social da empresa. Apoiamos<br />

diversas coletividades com fins formativos,<br />

pois consideramos a formação uma prioridade<br />

da sociedade e das organizações.<br />

Já oferecemos diversas carrinhas a várias<br />

coletividades e apoiamos eventos e meios<br />

de comunicação locais. Este ano, integrado<br />

nas comemorações <strong>dos</strong> 50 anos da empresa,<br />

1991<br />

Início da recauchutagem<br />

integral para pneus de<br />

turismo, comerciais e 4x4<br />

1993<br />

Aquisição da autoclave de<br />

três metros de diâmetro para<br />

pneus industriais e OTR<br />

1998<br />

Aumento da área fabril<br />

para 12.000 m 2<br />

1999<br />

Parceria com fornecedor do<br />

Peru e lançamento de pisos<br />

pré molda<strong>dos</strong> industriais<br />

2000<br />

Certificação da empresa<br />

2003<br />

Prémio de melhor pneu em exposição<br />

no Salão ITRA, realizado nos EUA<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


“ACREDITO QUE TEMOS TODAS AS CONDIÇÕES PARA CRESCER<br />

E SER UMA INDÚSTRIA DE FUTURO”, refere Carlos Marques<br />

oferecemos aos Bombeiros Voluntários de<br />

Alcobaça um camião-contentor, com 60 m 3 ,<br />

para ser utilizado nos grandes incêndios ou<br />

acidentes, podendo funcionar como posto<br />

de comando”.<br />

APOSTA NA COMPETIÇÃO<br />

Desde 1998 que a empresa iniciou uma estratégia<br />

para o desenvolvimento no segmento<br />

4x4. O crescimento da quota de mercado de<br />

veículos 4x4 e a generalização <strong>dos</strong> vários tipos<br />

de provas de desporto motorizado ligado<br />

a este segmento, lançaram a Fedima no<br />

mundo da competição. A marca aumentou<br />

a sua projeção apostando neste mercado,<br />

onde encontrou condições reais de teste e<br />

resistência para pôr à prova o seu trabalho e<br />

desenvolvimento de produto. “Para termos<br />

bons pneus de competição, precisamos de<br />

boas carcaças, ou seja, de pneus usa<strong>dos</strong> de<br />

marcas premium, que são apenas essas as<br />

que consideramos na nossa produção para<br />

os pneus Fedima de competição”, explica<br />

Carlos Marques.<br />

Na competição automóvel, a Fedima tinha,<br />

até 2006, apenas disponíveis pneus para ralicross<br />

e autocross. Desde então, tem desenvolvido<br />

um trabalho criterioso, estabelecendo<br />

sinergias entre pilotos e parceiros, quer em<br />

Portugal, quer em França e na Alemanha,<br />

com o objetivo de abrir caminho para um<br />

novo desafio no mercado motorsport, lançando<br />

as gamas F/N e F/T para rali. Em 2009,<br />

a marca atingiu as 12.000 unidades de pneus<br />

para competição automóvel, cujas principais<br />

características são resistência e valor significativamente<br />

inferior às marcas habituais<br />

envolvidas na competição. São inúmeros os<br />

troféus conquista<strong>dos</strong> em diversas provas,<br />

quer em Portugal, quer no estrangeiro, onde<br />

se destacam as 24 Horas TT de Fronteira e o<br />

Rali da Grécia. “Vamos continuar a apoiar o<br />

desporto motorizado. É a área mais exigente<br />

dentro do setor automóvel. Fomos gradualmente<br />

diversificando estes apoios consoante<br />

os novos produtos que desenvolvemos. O<br />

retorno em termos de desafio, experiência<br />

e imagem de marca, é muito positivo. Temos<br />

orgulho que o nosso melhor cliente neste<br />

setor seja a Fedima Alemanha, nosso parceiro<br />

há muitos anos”, salienta o responsável.<br />

FUTURO COM POTENCIAL, MAS...<br />

O futuro não assusta Carlos Marques, pois<br />

considera o pneu recauchutado um produto<br />

totalmente integrado na denominada Eco-<br />

nomia Circular, que combate o desperdício e<br />

promove a reutilização <strong>dos</strong> produtos. “A utilização<br />

de pneus recauchuta<strong>dos</strong> significa criar<br />

novos valores, permitindo uma substancial<br />

redução de custos e utilização de recursos<br />

relativamente a um pneu novo. O processo<br />

de recauchutagem é amigo do ambiente e é<br />

considerado uma boa prática em termos de<br />

reaproveitamento de pneus, que, de outro<br />

modo, seriam resíduo poluente. Acredito,<br />

por isso, que temos todas as condições para<br />

crescer e ser uma indústria de futuro. Mas<br />

tem de haver uma política de proteção às<br />

empresas europeias, de forma a controlar<br />

a entrada de pneus asiáticos com valores,<br />

muitas vezes, mais abaixo <strong>dos</strong> nossos custos<br />

de produção, porque, embora já exista a taxa<br />

anti-dumping para os pneus pesa<strong>dos</strong> com<br />

origem na China, para os pneus ligeiros não<br />

existe”, alerta o responsável.<br />

De acordo com Carlos Marques, “a Europa não<br />

se tem protegido e não se vislumbram grandes<br />

alterações. Vamos continuar a aproveitar<br />

a nossa política de variedade. A aposta nos<br />

merca<strong>dos</strong> de nicho que consumam produtos<br />

muito específicos faz parte do nosso ADN<br />

e vamos manter esta estratégia”, assegura<br />

Carlos Marques, em jeito de conclusão. ♦<br />

2006<br />

Aquisição <strong>dos</strong><br />

equipamentos<br />

de xerografia<br />

2008<br />

Aquisição de<br />

equipamento MGT<br />

para pneus OTR<br />

2010<br />

Atribuição do estatuto<br />

de PME Líder<br />

2011<br />

Aquisição de extrusora<br />

100% automática<br />

para camião<br />

2012<br />

Início da produção de<br />

pneus semi-maciços<br />

2019<br />

Celebração do<br />

50.° aniversário


Empresa<br />

União ibérica<br />

É a primeira vez que dois <strong>dos</strong> maiores clientes da Vulco em Portugal unem esforços<br />

para desenvolver um projeto comum. Inaugurada, oficialmente, no dia 14 de maio, a<br />

Alcaide & Salco, localizada em Leça da Palmeira, é fruto de uma parceria estabelecida<br />

entre a <strong>Pneus</strong> do Alcaide e o Grupo Salco. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou a nova casa<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Alcaide & Salco<br />

Salco, tivesse sido a 14 de maio, a casa abriu<br />

as suas portas no início de março. No momento<br />

solene da inauguração, estiveram<br />

presentes Alberto Granadino, diretor-geral<br />

da Goodyear Dunlop Iberia, Mario Recio,<br />

diretor de retail da Goodyear Dunlop Iberia,<br />

Agustín Salinas, do Grupo Salco, e David<br />

Laureano, da <strong>Pneus</strong> do Alcaide. O que demonstra<br />

bem a importância deste projeto.<br />

AMPLAS INSTALAÇÕES<br />

Localizada em Leça da Palmeira, mais concretamente<br />

na Rua Veloso Salgado, 1104, as exuberantes<br />

cores que caracterizam a imagem da<br />

Vulco (azul e amarelo) permitem identificar<br />

a nova casa à distância. Os 1.100 m 2 de área<br />

são, a par da imagem, uma das mais-valias<br />

da 40.ª oficina da rede apoiada pela Goodyear<br />

Dunlop. Lá dentro, David Laureano,<br />

administrador da <strong>Pneus</strong> do Alcaide e sóciogerente<br />

da Alcaide & Salco, função que divide<br />

com Agustín Salinas, do Grupo Salco,<br />

estava à nossa espera. A conversa começara,<br />

invariavelmente, pela intenção que presidiu<br />

à criação deste projeto. “A ideia já tinha três,<br />

quatro anos. A <strong>Pneus</strong> do Alcaide conheceu o<br />

Grupo Salco há meia dúzia de anos, quando<br />

este mudou a sua fábrica de recauchutagem,<br />

uma vez que o auxiliámos durante esse processo”,<br />

recorda David Laureano. Acrescentando<br />

de seguida: “A abertura da Alcaide &<br />

Salco resulta de uma aproximação entre as<br />

duas organizações. Sendo nós <strong>dos</strong> maiores<br />

grupos em Portugal e eles <strong>dos</strong> maiores em<br />

Espanha, estavam reunidas as condições para<br />

uma união de esforços. Como o Grupo Salco<br />

pretendia estar em Portugal com um posto e<br />

como a <strong>Pneus</strong> do Alcaide estava no Porto há<br />

muitos anos com uma situação mais precária,<br />

decidimos juntar sinergias e criar este projeto”.<br />

E não há dúvida de que, nos negócios, como<br />

na vida privada, a união faz a força. Ainda<br />

para mais, sendo ibérica. Disso mesma dá<br />

conta o responsável: “Creio que fazia mais<br />

sentido virmos para Leça da Palmeira juntos<br />

do que separa<strong>dos</strong>, uma vez que, mais cedo<br />

ou mais tarde, o Grupo Salco teria um espaço<br />

físico no mercado português, visto que era<br />

esse um <strong>dos</strong> seus objetivos”. Mas atenção:<br />

esta nova casa não representa a primeira<br />

incursão do Grupo Salco em Portugal, visto<br />

que este já tem uma empresa comercial no<br />

nosso país (Galusal). “Um <strong>dos</strong> objetivos do<br />

Grupo Salco era abrir um posto em Portugal,<br />

nomeadamente no norte, uma vez que<br />

achava o mercado da região interessante. E<br />

como esse mercado necessitava de um trabalho<br />

mais efetivo com frotas e pressupunha<br />

outra abordagem... Foi assim que a ideia<br />

passou à prática”, explica David Laureano.<br />

SINERGIAS DE GRUPO<br />

Ainda que o nome fiscal seja Alcaide & Galusal,<br />

a nova casa é conhecida pela designação<br />

comercial Alcaide & Salco. A <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

dispõe de três lojas (Leça da Palmeira;<br />

Porto de Mós; Benedita), uma fábrica de<br />

recauchutagem e um serviço de assistência<br />

de pneus 24h. “Já pertencíamos à rede Vulco<br />

há cerca de 10 anos, com a loja da Benedita,<br />

mas esta é a nossa segunda casa que integra<br />

o conceito da rede apoiada pela Goodyear<br />

Dunlop, ainda que a primeira da parceria com<br />

o Grupo Salco. O conceito Vulco é igual nas<br />

nossas duas lojas. Apenas a propriedade destas<br />

casas é diferente”, frisa David Laureano.<br />

Porquê a aposta na Vulco? “Sendo nós, tal<br />

como o Grupo Salco (que dispõe de 17 postos<br />

em Espanha), membros desta rede há muitos<br />

anos, só fazia sentido abrir a nova casa com<br />

a imagem Vulco. Para mais, sendo ambos os<br />

grupos <strong>dos</strong> principais clientes da Goodyear”,<br />

dá conta o responsável. “Já trabalhávamos<br />

com o Grupo Salco na parte da recauchutagem,<br />

há cerca de seis anos. Foi nessa altura<br />

que nasceu o relacionamento que temos hoje.<br />

A<br />

Vulco, rede de oficinas apoiada<br />

pela Goodyear Dunlop, especializada<br />

em pneus e mecânica<br />

rápida, continua a crescer. Presente<br />

em dois continentes, é formada por<br />

290 pontos de venda em Portugal e Espanha<br />

(mais de 2.000 na Europa). Um rápido<br />

desenvolvimento que está cimentado na<br />

gestão moderna, na qualidade do serviço e<br />

no compromisso para com o cliente.<br />

Embora a inauguração oficial da Alcaide &<br />

Salco (a 40.ª oficina da rede Vulco em Portugal),<br />

que resulta de uma parceria estabelecida<br />

entre a <strong>Pneus</strong> do Alcaide e o Grupo<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Empresa<br />

Alcaide & Salco<br />

a abertura da alcaide & salco resulta de uma<br />

aproximação entre os dois grupos, que saem<br />

fortaleci<strong>dos</strong> com esta nova casa da rede vulco<br />

Mais tarde, pensámos no projeto de ter uma<br />

casa em conjunto, o que, estrategicamente,<br />

é muito importante”, acrescenta.<br />

As sinergias, hoje, desde que salvaguarda<strong>dos</strong><br />

os devi<strong>dos</strong> interesses e na proporção certa,<br />

fazem todo o sentido. David Laureano partilha,<br />

de resto, desta opinião: “Da maneira<br />

como está o mercado, foi mais fácil juntarmos<br />

sinergias para estarmos mais fortes no<br />

setor, em vez de estarmos a dividi-lo. Como<br />

o objetivo do Grupo Salco era ter um espaço<br />

físico em Portugal e nós já cá estávamos,<br />

em vez de os termos como concorrentes,<br />

temo-los como parceiros, o que acaba por<br />

ser benéfico para ambas as partes”, explica.<br />

“Juntámos vontades e know-how e tornámo-<br />

-nos num operador mais forte. A to<strong>dos</strong> os<br />

níveis. Partimos para um projeto novo e totalmente<br />

inovador no mercado, que vem<br />

fortalecer os dois grupos. A <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

ficou com uma presença mais forte na zona<br />

do Porto e o Grupo Salco passou a ter uma<br />

presença física em Portugal. O que nos tem<br />

aberto, também, algumas portas no setor<br />

da recauchutagem no país vizinho, visto<br />

que isto nos permite produzir pneus para<br />

Espanha”, revela.<br />

VARIEDADE DE SERVIÇOS<br />

Para além de prestar to<strong>dos</strong> os serviços para<br />

pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong> (a oficina dispõe,<br />

aliás, de duas áreas de alinhamento distintas<br />

para servir esses segmentos), a Alcaide &<br />

Salco trabalha com equipamentos de topo<br />

e faz mecânica rápida, embora esteja habilitada<br />

para intervenções mais profundas,<br />

onde conta com dois elevadores e pessoal<br />

qualificado. “Temos tudo o que é necessário<br />

para dar ao mercado a resposta que se impõe.<br />

Fazemos to<strong>dos</strong> os serviços de pneus ligeiros,<br />

pesa<strong>dos</strong>, agrícolas e industriais. Temos espaço<br />

e meios para isso”, salienta David Laureano.<br />

“O mercado de pneus pesa<strong>dos</strong>, onde nos<br />

movimentamos mais à-vontade (assegura<br />

um volume muito maior face aos ligeiros),<br />

está estagnado e está a trabalhar muito para<br />

o preço. É um mercado que tem muitos operadores<br />

e onde as pessoas procuram muito o<br />

preço. A nossa estratégia é fazer ver ao cliente<br />

que o pneu não é só preço e atravessa muitas<br />

fases, implicando muitas tarefas. Temos<br />

quatro unidades de assistência móvel para<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> e uma específica para pneus<br />

industriais”, explica o responsável.<br />

Com uma equipa constituída por quatro<br />

pessoas efetivas e um comercial, que faz a<br />

parte das vendas, a Alcaide & Salco tem nos<br />

pneus o seu core business. “O nosso principal<br />

know-how são os pneus. A mecânica rápida,<br />

que representa cerca de 20% da nossa faturação,<br />

surge como um complemento ao<br />

negócio. Os pneus pesa<strong>dos</strong> assumem maior<br />

expressão na nova casa do que os pneus ligeiros.<br />

Mas queremos equilibrar os segmentos.<br />

Contudo, margem de progressão existe no<br />

mercado todo”, esclarece David Laureano.<br />

O arranque da nova casa correu bem. Até<br />

está acima das previsões. “Tentamos trazer<br />

ao mercado qualidade de serviço e acompanhamento<br />

às frotas. Dispomos de acor<strong>dos</strong><br />

com empresas de renting e ALD. Não estamos<br />

preocupa<strong>dos</strong> em vender apenas o pneu,<br />

mas em oferecer um pouco de tudo e dar<br />

acompanhamento. Tentamos que as frotas<br />

olhem para o pneu como um investimento<br />

e não como um custo. Há muita coisa que<br />

se pode fazer com o pneu. E, nesse sentido,<br />

tentamos sensibilizar as frotas, de modo a<br />

tirar mais partido do pneu e a aumentar a<br />

rentabilidade. <strong>Pneus</strong>, qualquer um vende.<br />

Prestar os serviços que nós prestamos, é que<br />

já não está ao alcance de to<strong>dos</strong>. Existe todo<br />

um trabalho que pode ser feito para além da<br />

venda do pneu”, alerta o responsável.<br />

E no que diz respeito à recauchutagem? “Embora<br />

se tenha ressentido com a entrada, há<br />

uns anos, <strong>dos</strong> pneus económicos, a verdade<br />

é que, em 2018, crescemos face a 2017. A lei<br />

anti-dumping veio ajudar a recauchutagem,<br />

que é um setor onde impera a qualidade e<br />

que tem fábricas muito evoluídas. Em 2018,<br />

recauchutámos (a frio) cerca de 8.000 pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> (jantes de 17,5” a 22,5”). A perspetiva<br />

para este ano é crescer, até pela abertura<br />

desta nova casa com o Grupo Salco”, afirma<br />

David Laureano. Que, a concluir, não vira às<br />

costas à abertura de um novo espaço ao<br />

abrigo desta parceria, embora com muita<br />

prudência: “Para já, vamos cimentar a nova<br />

casa de Leça da Palmeira. Fazê-la crescer de<br />

forma sustentada. No futuro, logo se vê. Um<br />

passo de cada vez”. ♦<br />

Alcaide & Salco<br />

Sócios-gerentes David Laureano e Agustín Salinas | Sede Rua Veloso Salgado, 1104, 4450 – 337 Leça da Palmeira<br />

Telefone 229 961 024 | Email geral@alcaidesalco.com | Sites www.pneusalcaide.com; www.gruposalco.com<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Empresa<br />

70 anos a<br />

reconstruir<br />

Quase a cumprir 70 anos de vida, a Seiça <strong>Pneus</strong> é a mais antiga empresa dedicada à<br />

reconstrução de pneus. O segredo do sucesso da fábrica, situada, desde sempre, na<br />

Marinha Grande, é a sua capacidade de evolução<br />

Por: Jorge Flores<br />

Na Seiça <strong>Pneus</strong>, os aniversários<br />

contam-se pelas décadas. São já<br />

quase sete. Prestes a completar 70<br />

anos de existência (data a cumprir<br />

em dezembro), a mais antiga empresa dedicada<br />

à recauchutagem de pneus, fundada<br />

sob o nome comercial de J. Roldão Seiça &<br />

Tavares, nomes <strong>dos</strong> dois sócios fundadores,<br />

continua a evidenciar uma enorme vivacidade.<br />

Socorrendo-se do lema “Confiança para<br />

avançar”, a empresa aproveitou a época festiva<br />

para refrescar a sua imagem, como conta<br />

Joaquim Manuel Seiça, administrador (e neto<br />

do fundador) da empresa situada, desde a<br />

sua origem, na Marinha Grande.<br />

Para o desenrolar da atividade, a empresa<br />

conta com uma (muito bem) equipada fábrica,<br />

com 12.000 m 2 e com 40 funcionários,<br />

produzindo, diariamente, pneus reconstruí<strong>dos</strong><br />

para vários segmentos: veículos ligeiros,<br />

comerciais, 4x4, pesa<strong>dos</strong>, agrícolas e industriais.<br />

Entre estes, destaque para os pneus de<br />

camião, que representam cerca de 50% da<br />

atividade da Seiça <strong>Pneus</strong>, cuja área engloba<br />

Portugal continental, de norte a sul.<br />

Em conversa com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Joaquim<br />

Manuel Seiça garante que a chave do<br />

sucesso e da longevidade da empresa reside<br />

na sua “capacidade de evolução”. Ou seja, na<br />

forma como esta tem sabido “acompanhar,<br />

desde sempre, as mudanças estruturais do<br />

mercado e as tecnologias do próprio pneu.<br />

É estar atento e adaptar-nos às necessidades<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Seiça <strong>Pneus</strong><br />

<strong>dos</strong> nossos clientes, mantendo o foco sempre<br />

no futuro”, sustenta o responsável.<br />

GESTÃO DE FROTAS<br />

Para Joaquim Manuel Seiça, o principal obstáculo<br />

do setor da reconstrução de pneus, nos<br />

últimos tempos, é inequívoco: “A presença<br />

de pneus chineses, baratos, condicionou<br />

um pouco o setor da recauchutagem. Foi a<br />

principal dificuldade que sentimos ultimamente.<br />

Uma grande mudança de paradigma<br />

no setor”, admite. As leis anti-dumping, na sua<br />

perspetiva, “já começaram a fazer alguma<br />

diferença, mas estas coisas demoram”, afirma.<br />

O leque de clientes da empresa é vasto, perto<br />

de 300 ativos, e bastante variado. Neste contexto,<br />

“as casas de pneus são os clientes mais<br />

tradicionais”, explica Joaquim Manuel Seiça.<br />

Mas existem muitos outros de diversos nichos,<br />

nomeadamente das empresas transportadoras.<br />

Atualmente, a Seiça <strong>Pneus</strong> dispõe,<br />

também, de um serviço de gestão de frotas<br />

com assistência rápida disponível 24 horas e<br />

com uma cobertura a nível europeu, fruto de<br />

parcerias estabelecidas com várias empresas.<br />

Como forma “complementar” do negócio, a<br />

Seiça <strong>Pneus</strong> dedica-se ainda à comercialização<br />

de pneus novos multimarca. “Uma forma<br />

de não deixar de disponibilizar esse serviço<br />

aos nossos clientes”, explica o responsável.<br />

Rui Vieira, junto a um pneu industrial, é<br />

funcionário da empresa há 45 anos...<br />

FUTURO EM EVOLUÇÃO<br />

A receita para o futuro? Parecida com a do<br />

passado. “Analisar o mercado, sempre. Procurar<br />

melhorar continuamente os processos<br />

de produção. Nunca estarmos conforma<strong>dos</strong><br />

com o sistema produtivo, mas tentar sempre<br />

fazer melhor”, refere o administrador.<br />

Temas como a conectividade, a telemática,<br />

os veículos elétricos e autónomos, não preocupam,<br />

de forma alguma, o responsável da<br />

Seiça <strong>Pneus</strong>. Antes pelo contrário. Desde logo,<br />

porque, tudo indica que os automóveis do<br />

futuro continuarão a ter pneus. “E os próprios<br />

aviões têm pneus”, acrescenta Joaquim Manuel<br />

Seiça. Depois, porque, preconiza, “são,<br />

to<strong>dos</strong> eles, equipamentos que aumentam o<br />

nível de segurança <strong>dos</strong> veículos e <strong>dos</strong> pneus.<br />

Essa evolução deixa-nos satisfeitos”, reforça. E<br />

explica porque, no seu entender, a recauchutagem<br />

terá lugar seguro no futuro: “Fala-se<br />

muito, agora, nos sistemas de controlo da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus. Para mim, é uma excelente<br />

evolução. E espero que to<strong>dos</strong> os modelos<br />

usem este sistema daqui a uns anos, porque<br />

aumenta a rentabilidade de um pneu e diminui<br />

o número de rebentamentos. A principal<br />

causa de rebentamentos de pneus é a falta<br />

de pressão. A partir do momento em que isso<br />

seja eliminado, conseguiremos chegar a um<br />

número de rebentamentos muito inferior. O<br />

condutor é avisado que está a perder pressão<br />

e que o pneu vai rebentar. A tempo de parar<br />

antes de causar estragos”.<br />

O responsável recorre ainda à sua experiência<br />

como diretor da Associação Nacional <strong>dos</strong> Industriais<br />

da Recauchutagem de <strong>Pneus</strong> (ANIRP)<br />

e a um estudo apelidado de “caça ao crocodilo”,<br />

que consistiu em recolher os destroços<br />

de pneus rebenta<strong>dos</strong> nas autoestradas. “Concluímos<br />

que 55% deles eram recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

mas 55% eram pneus novos. Muitas vezes,<br />

pensa-se que estes boca<strong>dos</strong> de pneus que<br />

vemos nas autoestradas são sempre de recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

mas não é necessariamente<br />

verdade. Grande parte são de pneus novos”,<br />

diz. E remata, convicto: “Os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

têm testes de qualidade e homologações<br />

idênticos aos pneus novos”. ♦<br />

A Seiça <strong>Pneus</strong> foi uma das primeiras empresas<br />

certificadas no segmento, oferecendo segurança,<br />

economia e sustentabilidade ambiental<br />

Seiça <strong>Pneus</strong><br />

Administrador Joaquim Manuel Seiça | Sede Av.ª Dr. José H. Varanda, 120, Apart. 49, 2431 - 901 Marinha Grande | Telefone<br />

244 545 370 | Email joaquimseica@seicapneus.com | Site www.jlpneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Destaque<br />

SN <strong>Pneus</strong><br />

DA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

AOS PNEUS<br />

Os pneus e a construção civil andam de braço dado na vida<br />

de Nelson Cagarrinho, gerente e fundador da SN <strong>Pneus</strong>. A completar<br />

um ano de existência, este parceiro Falken veio colmatar a necessidade<br />

de executar determina<strong>dos</strong> serviços em veículos da empresa de construção<br />

que o responsável também detém<br />

A<br />

experiência de Nelson Cagarrinho<br />

no mundo <strong>dos</strong> pneus é muito<br />

superior ao tempo de vida da<br />

empresa, fruto de um projeto já<br />

antigo, a Pneurepa, focada, única e exclusivamente,<br />

nos pneus. A SN <strong>Pneus</strong> surge da<br />

necessidade de manutenção <strong>dos</strong> próprios<br />

veículos da companhia ligada à construção<br />

civil e de outras empresas parceiras. No entanto,<br />

atualmente, a manutenção de veículos<br />

representa apenas 40% do volume de negócios<br />

da SN <strong>Pneus</strong>, ficando 60% a cargo <strong>dos</strong><br />

pneus. “Quisemos que, no mesmo espaço,<br />

o cliente pudesse encontrar a solução para<br />

todas as suas necessidades. O mercado está a<br />

mudar e, se antigamente o cliente procurava<br />

mudar os pneus e aproveitava para fazer a<br />

revisão, hoje, se possível, é o contrário”, explica<br />

Nelson Cagarrinho.<br />

A empresa, sediada na Amadora, oferece<br />

aos clientes uma gama completa de pneus<br />

para qualquer tipo de veículo ligeiro, desde o<br />

segmento premium até ao low cost, contando<br />

com um stock de 940 pneus prontos a serem<br />

instala<strong>dos</strong>. O facto de trabalhar, maioritariamente,<br />

com clientes profissionais, faz com que<br />

a necessidade de reparação rápida seja maior.<br />

FALKEN É APOSTA FORTE<br />

Apesar de considerar estar aquém das expectativas<br />

para o ano de 2019, Nelson Cagarrinho<br />

mantém a aposta forte na marca Falken. “Estamos<br />

com alguma dificuldade, no momento,<br />

pois as obras estão a condicionar um pouco<br />

a circulação na rua, mas rapidamente iremos<br />

ultrapassar”, lamenta. A prova da aposta forte<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Publireportagem<br />

AB TYRES<br />

PERSISTÊNCIA<br />

E MOTIVAÇÃO<br />

Publireportagem<br />

A relação da AB Tyres com a SN<br />

<strong>Pneus</strong> é muito anterior à criação da<br />

casa de Nelson Cagarrinho. “João<br />

Coelho, comercial da AB Tyres e<br />

amigo de longa data, foi um <strong>dos</strong><br />

impulsionadores iniciais deste projeto<br />

AB/Falken, contando, também, com<br />

o apoio de Paulo Santos e da equipa<br />

de marketing”, afirma o gerente.<br />

Por isso, desde o primeiro minuto<br />

da SN <strong>Pneus</strong> que a Falken e a AB<br />

Tyres estiveram sempre presentes.<br />

A satisfação está bem patente, de<br />

resto, no rosto de Nelson Cagarrinho<br />

sempre que fala sobre a parceria que<br />

tem com a AB Tyres. O responsável<br />

considera que a disponibilidade da<br />

equipa comercial e técnica que os<br />

acompanha é fundamental para que<br />

consiga satisfazer completamente o<br />

cliente final. A rapidez de entrega<br />

é, também, um <strong>dos</strong> pontos mais<br />

valoriza<strong>dos</strong> pelo gerente. “Se, por<br />

acaso, não tiver os pneus que o cliente<br />

necessita, basta um telefonema. Caso<br />

peça os pneus de manhã, à tarde<br />

já posso executar o trabalho. Caso<br />

os peça à tarde, posso executar o<br />

trabalho na manhã seguinte”, diz.<br />

A ajuda da AB Tyres foi, também,<br />

fundamental para a composição do<br />

stock existente na oficina. “O stock<br />

elaborado inicialmente foi adaptado à<br />

necessidade da zona empresarial, onde<br />

nos localizamos, tendo sido, numa<br />

primeira fase, previsto um tipo de<br />

mercado que, depois, se revelou bem<br />

diferente. A AB Tyres foi, também,<br />

essencial nessa adaptação, bem como<br />

na diversidade de produtos de que<br />

dispomos”, conclui Nelson Cagarrinho.<br />

da SN <strong>Pneus</strong> na Falken é a grande quantidade<br />

de referências disponíveis. “Temos, no nosso<br />

leque de clientes, pessoas que já conhecem<br />

a Falken”, explica o gerente. No entanto, o<br />

responsável alerta para a necessidade de<br />

continuar a colocar a Falken nas “bocas do<br />

mundo”.<br />

Deixar de trabalhar com a marca de pneus<br />

da Sumitomo Rubber Company está fora de<br />

questão para Nelson Cagarrinho (que “empresta”<br />

o seu primeiro nome, juntamente com<br />

Sónia, sua esposa, à casa). O feedback <strong>dos</strong><br />

SN PNEUS<br />

Gerente Nelson Cagarrinho<br />

Morada Rua Henrique Paiva<br />

Couceiro, 8E, Venda Nova,<br />

2700 - 453 Amadora<br />

Telefone 215 890 <strong>56</strong>5<br />

Email snpneus2018@gmail.com<br />

clientes tem sido 100% positivo. “Até mesmo<br />

da parte de alguns clientes que não conheciam<br />

a marca. Quando regressam, dizem que<br />

querem os mesmos pneus”, revela. A relação<br />

que a Falken tem vindo a criar, juntamente<br />

com a AB Tyres, entre os seus parceiros, ficou<br />

gravada na memória do gerente. “Este ano, na<br />

Convenção AB Partner, foi possível perceber<br />

que não somos concorrentes. Somos quase<br />

como uma família. E, nisso, a AB Tyres tem<br />

muita responsabilidade”, destaca o responsável<br />

da SN <strong>Pneus</strong>. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Notícias<br />

Empresas<br />

BKT à conquista<br />

do futebol espanhol<br />

A BKT e a LaLiga (Liga Espanhola de Futebol Profissional),<br />

assinaram um acordo que torna a BKT “Parceira Oficial Global da<br />

LaLiga”. O período de duração é de três anos e ficará concluído<br />

no final da temporada de 2021/2022. “LaLiga é sinónimo de<br />

excelência, de Futebol com ‘F’ maiúsculo,” declarou Rajiv Poddar,<br />

diretor-geral adjunto da BKT. “A partir de hoje, damos início a uma<br />

nova iniciativa de marketing no âmago do universo do futebol<br />

espanhol e estou realmente muito feliz e orgulhoso. LaLiga é uma<br />

marca de valor indiscutível e, para nós, é uma honra poder estar ao<br />

lado de um nome de tamanha relevância. Estou realmente radiante<br />

de poder estreitar os laços entre a BKT e o mundo do desporto,<br />

sobretudo do futebol, com as suas regras e a sua dinâmica, nas<br />

quais encontrei uma perfeita harmonia com os nossos valores,<br />

soma<strong>dos</strong> à garra e ao desejo de vencer”, referiu o responsável.<br />

Yokohama junta-se à<br />

8.000vueltas no Circuito de Ascari<br />

A Yokohama Iberia anunciou a sua participação através, do prestigiado pneu Advan<br />

Fleva V701, no evento trackday de 24 horas organizado pela 8.000vueltas, a realizar<br />

nos dias 21 e 22 de setembro, no Circuito de Ascari. A experiência de 24h é um ponto<br />

de encontro para aficiona<strong>dos</strong> que desejam desfrutar do seu próprio veículo na segurança<br />

de um circuito. É um evento diferente, não competitivo, que conta com os mais<br />

eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade. Sendo um desafio de resistência, desde o mundo <strong>dos</strong><br />

motores até ao aficionado por automobilismo, to<strong>dos</strong> podem participar com veículos<br />

desportivos, versões desportivas de veículos e clássicos seleciona<strong>dos</strong> pelos organizadores.<br />

A Yokohama une-se a esta grande experiência fornecendo um único pneu para<br />

to<strong>dos</strong> os participantes, o Advan Fleva V701. Este pneu conta com um desenho do piso<br />

direcional e um perfil adaptado do lendário Advan Sport V105, o pneu referência da<br />

marca, que otimiza a estabilidade através do contacto com a superfície em altas velocidades.<br />

Dispnal nomeada<br />

distribuidora oficial<br />

ibérica da Roadmarch<br />

No seguimento do seu ambicioso plano de otimização do portefólio<br />

de marcas e produtos, a Dispnal vai passar a distribuir, em regime<br />

de exclusividade para Portugal e Espanha, toda a novíssima gama<br />

da Roadmarch. A renovada marca Roadmarch ganhou uma nova<br />

dinâmica industrial e de engenharia de produto, após ter sido<br />

incluída no Grupo Haohua, que detêm um conjunto de empresas<br />

modernas, focadas, todas elas, num conceito “Eco-Friendly”<br />

(empresas amigas do ambiente). Fabrica<strong>dos</strong> num complexo<br />

industrial com mais de 1.066.672 m 2 , onde foram investi<strong>dos</strong><br />

mais de 500 milhões de dólares, a companhia dispõe do mais<br />

avançado centro de investigação e desenvolvimento de produtos,<br />

equipamentos de fabrico de última geração e uma equipa de<br />

gestão formada por profissionais com longa experiência na<br />

indústria.<br />

ALTARODA recebeu a visita<br />

da TECH Europe<br />

O diretor de vendas da TECH Europe, Jon Bartholomew, e o VP de Vendas e Formação,<br />

Walter van Loon, visitaram, recentemente, o seu distribuidor ALTARODA, que se<br />

encontra sediado em Paredes. A ALTARODA tem sido um participante chave na indústria<br />

de reparação de pneus há mais de 12 anos e construiu uma base de clientes<br />

impressionante, graças ao seu compromisso<br />

com o serviço ao cliente e desenvolvimento<br />

de produtos. Jon e Walter ficaram<br />

encanta<strong>dos</strong> ao conversar com o CEO da<br />

ALTARODA, Vítor Rocha, dedicando tempo<br />

para discutir os mais recentes desenvolvimentos<br />

do setor em todo o país e em<br />

toda a região EMEA. Tendo demonstrado<br />

uma dedicação excecional à marca TECH,<br />

a ALTARODA não mostrou sinais de desaceleração<br />

ao desenvolver, continuamente,<br />

iniciativas para promover práticas seguras<br />

de reparação de pneus nos seus merca<strong>dos</strong>,<br />

não apenas com os principais materiais de<br />

reparação da TECH mas, também, através<br />

da utilização de marcas adicionais dentro<br />

da família TRC, incluindo equipamentos de<br />

recauchutagem Salvadori.<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Falken garante lugar<br />

nas principais ligas europeias<br />

A Falken aposta no futebol de elite europeu durante a temporada de 2019/2020 e estará<br />

a apoiar 18 clubes na Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Polónia, Espanha e, pela<br />

primeira vez, na Bélgica. Já em 2017, a marca de pneus, representada em Portugal pela<br />

AB Tyres, garantiu o título de “Global Official Tyre Collaborator” com o atual campeão<br />

da Champions League, o Liverpool FC, continuando a colaboração acordada no ano<br />

passado com o Club Atlético de Madrid. A partir da temporada de 2019/2020, Falken<br />

é o “Global Official Tyre Collaborator” do Borussia Mönchengladbach, a equipa de futebol<br />

da Renânia do Norte-Vestfália, que alcançou o quinto lugar na Bundesliga na<br />

última temporada. Desta forma, a marca de pneus garante uma ampla presença nos<br />

estádios <strong>dos</strong> seus principais merca<strong>dos</strong> (Alemanha, Inglaterra e Espanha) por meio de<br />

diversas ações em diferentes canais, entre os quais está, por exemplo, a colocação do<br />

logótipo no photocall da sala de imprensa, tal como em entrevistas e telas.<br />

fedima.pdf 1 03/09/19 10:01<br />

fedima.pdf 1 02/09/19 17:03<br />

fedima.pdf 1 02/09/19 16:47<br />

Tiresur é distribuidor<br />

oficial da Triangle Tyre em<br />

Portugal<br />

A marca Triangle, na sua linha de pneus consumer, passou a ser<br />

distribuída no nosso país, em exclusivo pela empresa Tiresur<br />

Portugal, que faz parte do Grupo AM, liderado por António Mañas.<br />

A Tiresur durante os últimos meses já nomeou 75 membros<br />

“Triangle Club”, uma rede de oficinas com um programa específico<br />

de marketing, criada em Espanha e Portugal para ser o principal<br />

motor das vendas da marca. Com este novo passo, a Triangle vem<br />

reforçar a confiança depositada na Tiresur para desenvolver a<br />

correta abordagem ao mercado para a marca, um ano depois de ter<br />

sido anunciado o acordo de exclusividade em Espanha, para a linha<br />

de PCR e com a inclusão também da gama OTR no final de 2018.<br />

Em Espanha, atualmente, a linha de pneus ligeiros PCR já está a<br />

ser comercializada em mais de 2.000 pontos de venda, tornando<br />

a marca já numa referência no segmento económico. O diretor<br />

de vendas da Triangle para a Europa do Sul, Roberto Pizzamiglio,<br />

declarou que “a extensão da exclusividade para a nossa gama<br />

PCR também em Portugal, reforça a visão estratégica comum<br />

partilhada com a Tiresur. Por isso, estamos muito confiantes no<br />

êxito da implementação de uma abordagem idêntica à que já está<br />

a ser implementada em Espanha”.<br />

PUB<br />

OBRIGADO<br />

a to<strong>dos</strong> os que nos acompanharam ao longo destes 50 anos.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Notícias<br />

Empresas<br />

Q&F, Lda. apresentou<br />

novas jantes BBS<br />

A jante CC-R é a mais recente novidade da marca alemã BBS. Destaca-se, essencialmente,<br />

pelo seu baixo peso, dinamismo e visual característico da marca. Este<br />

modelo, com uma aparência distinta, é elaborado por cinco raios sobrepostos por<br />

outros cinco raios em “Y” com corte de diamante, conferindo, assim, uma maior<br />

profundidade. Dispõe de um protetor de aro em aço inoxidável e detalhes como<br />

o logótipo BBS gravado a laser, enquadrando-se, deste modo, num segmento de<br />

jantes para viaturas de estrada. Está disponível em várias medidas, desde 8x19”<br />

até 10,5x20” e uma furação de cinco furos. A sua aparência distingue-se, também,<br />

pelas cores, estando disponível em três tonalidades: Grafite Diamond Cut, Platina<br />

acetinado e preto acetinado.<br />

Pirelli Portugal lançou nova<br />

página no Facebook<br />

A Pirelli Portugal lançou a sua própria página de Facebook, um novo<br />

canal de comunicação destinado aos seguidores da marca no país. A<br />

estreia da filial lusa no mundo das redes sociais abre uma nova via de<br />

contacto para os consumidores portugueses, que poderão conhecer as<br />

últimas informações sobre os produtos da marca do “P Longo”, novos<br />

lançamentos, concursos e desafios. Este novo canal está alinhado com<br />

a crescente aposta digital da Pirelli na Península Ibérica, potenciada,<br />

em 2017, com a abertura <strong>dos</strong> canais sociais em Espanha e que contou<br />

com uma profunda renovação da web em ambos países, levada a cabo<br />

em 2018. “Após a renovação da web, chega um novo passo obrigatório<br />

à progressiva digitalização da marca”, afirmou Sérgio Sá, country<br />

manager da Pirelli em Portugal. “Dispor de um novo canal de Facebook<br />

vai aproximar-nos <strong>dos</strong> consumidores, um passo imprescindível no nosso<br />

tempo. E é uma oportunidade de comunicar os nossos produtos de alto<br />

valor e elevadas prestações”, concluiu o responsável.<br />

Rede Driver Center<br />

tem novo sócio em Portugal<br />

A Driver Center escreve um importante capítulo na sua história na Península<br />

Ibérica com a abertura do seu primeiro ponto de venda em Portugal, a N Líder<br />

- Nac Amaro. Este centro é uma referência nacional em pneus para camião e procura<br />

crescer em pneus para turismo pela mão da Pirelli. Terá direito a todas as<br />

vantagens da rede, como as suas inovadoras e eficientes ferramentas digitais de<br />

gestão, bem como com a sua base de fornecedores. Depois de Itália, Alemanha,<br />

Finlândia, Grécia, Suíça, Polónia e Espanha, Portugal será o oitavo país da rede<br />

Driver Center na Europa, que, em 2020, celebra o seu 25.º aniversário. Esta nova<br />

oficina, a N Líder - Nac Amaro, situa-se em Turquel, Alcobaça, e foi fundada em<br />

2010 por Nuno Amaro, profissional com mais de duas décadas de experiência no<br />

setor. Atualmente, a oficina emprega 14 pessoas e sobressai pelo seu importante<br />

volume de vendas de pneus para camião, setor no qual foi líder de vendas em<br />

2017 e que fechou o ano de 2018 com a comercialização de 5.000 pneus.<br />

E-CUBE comemora um ano<br />

desde o seu lançamento<br />

Não há dúvida de que, nos últimos anos, o conceito flexível de<br />

manutenção de pneus móveis evoluiu para uma oportunidade de<br />

negócio cada vez maior para vendedores de pneus empreendedores e<br />

fornecedores de serviços oficinais. Por isso, surgiu o 48 Volt E-CUBE, um<br />

novo tipo revolucionário de unidade móvel de manutenção de pneus<br />

habilmente projetado e fabricado pela TechnoMarketing Group (TMG),<br />

na Holanda, e distruído em Portugal pela ALTARODA. Desde o seu<br />

lançamento, o E-CUBE sofreu várias melhorias e adaptações inovadoras,<br />

seguindo as recomendações <strong>dos</strong> clientes. O que provou ser de particular<br />

interesse para especialistas em montagem móvel de pneus é que o<br />

E-CUBE não é apenas a unidade compacta perfeita que permite que os<br />

técnicos de pneus trabalhem com segurança dentro e fora do veículo.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Dispnal cresce a dois dígitos<br />

nos pneus OTR da Triangle<br />

No primeiro semestre do ano em curso, a Dispnal, distribuidor<br />

histórico da marca Triangle em Portugal, registou um crescimento de<br />

dois dígitos no volume de vendas do segmento OTR (Engenharia Civil<br />

e Obras Públicas). Este resulta<strong>dos</strong> demonstram o excelente trabalho<br />

que a empresa liderada por Rui Chorado tem realizado na promoção<br />

e comercialização da marca Triangle neste segmento de produto<br />

tão sensível, especializado, técnico e profissional. Para este facto,<br />

tem contribuído sobremaneira o profissionalismo de toda a equipa<br />

da Dispnal, além, claro, da qualidade do seu serviço pós-venda.<br />

Roberto Pizzamiglio, diretor de vendas do sul da Europa da Triangle,<br />

afirmou: “Estamos plenamente satisfeitos com o magnífico trabalho<br />

desenvolvido ao longo <strong>dos</strong> anos pela Dispnal e é com muita satisfação<br />

que continuaremos a trabalhar e a contar com a Dispnal para ser<br />

distribuidora exclusiva <strong>dos</strong> pneus OTR da Triangle em Portugal”.<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

nomeia novo diretor de marketing<br />

Nuno Rebelo, que já conta com mais de 10 anos de experiência na Continental, é<br />

o novo diretor de marketing da marca em Portugal. Licenciado em Gestão de Empresas,<br />

com especialização em Marketing e com um Master em Liderança e Gestão<br />

de Grupos pela Universidade de Barcelona, Nuno Rebelo tem 40 anos e integra os<br />

quadros da Continental desde 2006. Ingressou na Continental como responsável de<br />

marketing da Divisão de <strong>Pneus</strong> Ligeiros. Em 2011, foi nomeado responsável técnico<br />

e comercial e, em 2018, key account manager da Divisão de CST. Na qualidade de<br />

diretor de marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, Nuno Rebelo é responsável pelo<br />

desenvolvimento e implementação de toda a estratégia de marketing no mercado<br />

nacional, pela coordenação das atividades entre os diferentes departamentos e pelo<br />

fluxo de comunicação entre as diretivas enviadas pela sede e o mercado português.<br />

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50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


ON ROAD. ON TRACK. ON AVONS<br />

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COBRA<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Driver Center e Autia<br />

unem forças para reforçar projetos<br />

A Autia e a Driver Center celebraram um acordo de colaboração que, sem alterar a<br />

independência de ambas as redes, oferecerá sinergias positivas e melhorará a cobertura<br />

e o serviço ao consumidor final. Este acordo, que tem vindo a ser discutido há<br />

alguns meses com a aprovação <strong>dos</strong> respetivos conselhos de administração e a aprovação<br />

<strong>dos</strong> parceiros independentes de ambas as redes, gera o grupo mais importante<br />

de oficinas autónomas e independentes do setor <strong>dos</strong> pneus, com quase 300 pontos<br />

em toda a Espanha (inclui ilhas), Andorra e Portugal. A procura de novas formas para<br />

melhorar os projetos Driver Center e Autia é um <strong>dos</strong> motivos que tem impulsionado<br />

estas referências do setor. A Autia, que já comemorou 25 anos de história, e a Driver,<br />

que fará o mesmo em 2020, são projetos que rolam em paralelo ao longo da história<br />

e partilham muitos valores.<br />

Bridgestone lançou<br />

relatório de sustentabilidade<br />

O Grupo Bridgestone publicou o seu Relatório de Sustentabilidade 2018/2019, destacando<br />

o forte progresso em direção ao seu compromisso global de ajudar a alcançar<br />

uma sociedade mais sustentável. Dois anos antes do previsto, o grupo superou a sua<br />

meta de 2020, de reduzir a captação global de água em 35%. Também introduziu,<br />

com sucesso, a sua Política Global de Compras Sustentáveis para 98% <strong>dos</strong> seus principais<br />

fornecedores de Nível 1, com a maioria <strong>dos</strong> fornecedores no processo de conclusão<br />

de avaliações de terceiros. Além disso, o grupo lançou a Plataforma Global para<br />

a Borracha Natural Sustentável, em colaboração com outros fabricantes de pneus e<br />

partes interessadas do setor, para liderar as melhorias no desempenho socio-económico<br />

e ambiental da cadeia de valor da borracha natural.<br />

Circuito de Portugal<br />

Valorpneu chega às ilhas<br />

Depois de percorrer Portugal Continental de norte a sul, entre<br />

janeiro e junho deste ano, com 3.653 visitas realizadas aos<br />

detentores portugueses de pneus usa<strong>dos</strong>, foi a vez de Açores<br />

e Madeira receberem o Circuito de Portugal Valorpneu, que<br />

é uma ação no local que tem como objetivo recordar as boas<br />

práticas do Sistema Integrado de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong><br />

(SGPU), fortalecendo a ligação com to<strong>dos</strong> os agentes envolvi<strong>dos</strong><br />

e reforçando o seu compromisso para com a sustentabilidade do<br />

setor. O calendário de visitas prevê a passagem por um total de<br />

147 pontos distribuí<strong>dos</strong> pelos Açores e Madeira. O envolvimento<br />

de uma equipa de trabalho multidisciplinar tem permitido fazer<br />

um levantamento das principais necessidades <strong>dos</strong> detentores de<br />

pneus usa<strong>dos</strong>, assim como dar a conhecer, de forma detalhada, os<br />

limites do sistema, o contributo essencial que cada um pode dar<br />

para assegurar o bom funcionamento do mesmo e os níveis de<br />

ação e atuação da Valorpneu.<br />

CEMB anunciou aquisição da<br />

M&B Engineering<br />

No dia 2 de julho, a CEMB anunciou a aquisição da M&B<br />

Engineering, importante player na produção de equipamentos<br />

oficinais. Desde sua fundação, em 1946, pelo engenheiro<br />

Luigi Buzzi, a CEMB incorporou todas as aplicações industriais<br />

inerentes à análise de vibrações, inicialmente produzindo<br />

balanças industriais e, seis anos depois, passando a atuar no setor<br />

automóvel com a produção de sistemas de calibração para veículos<br />

motoriza<strong>dos</strong>. Graças aos contínuos investimentos em pesquisa<br />

e desenvolvimento e ao crescimento de uma equipa técnica<br />

experiente e altamente profissional, a CEMB é, hoje, reconhecida<br />

como líder no projeto e fabrico de máquinas de calibração<br />

para cada tipo de aplicação. A M&B Engineering, com sede em<br />

Correggio, Itália, foi fundada, em 2006, por Franco Magnani e Dido<br />

Boni, com experiência de 30 anos na SICAM. Com esta aquisição,<br />

a CEMB responde às necessidades <strong>dos</strong> clientes e pretende<br />

desenvolver sinergias produtivas, comerciais e estratégicas.<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


ACAP divulgou resulta<strong>dos</strong><br />

da campanha de pneus<br />

A Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> (CEPP) da ACAP (Associação Automóvel<br />

de Portugal), efetuou, no passado mês de junho, em Coimbra, mais uma campanha<br />

de verificação do estado <strong>dos</strong> pneus, desta vez a cerca de 130 veículos. Os resulta<strong>dos</strong><br />

desta campanha, efetuada em colaboração com a PSP (Polícia de Segurança<br />

Pública) de Coimbra, no apoio operacional e com o apoio institucional da ANSR, IMT,<br />

Quercus e Valorpneu, continuam a apontar para um elevado risco na segurança <strong>dos</strong><br />

passageiros, decorrente da manutenção incorreta <strong>dos</strong> pneus. No que respeita à profundidade<br />

do piso <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong>, os resulta<strong>dos</strong> desta campanha foram piores<br />

do que a campanha em 2018, pois revelaram que 29% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não estavam<br />

com a profundidade correta (em 2018, foram 17%). Relativamente à pressão <strong>dos</strong><br />

pneus, 31% <strong>dos</strong> pneus verifica<strong>dos</strong> pela ACAP não estava com a pressão correta, sendo<br />

que 9,4% teriam de ser consulta<strong>dos</strong> com urgência e 21,9% brevemente. Os condutores<br />

que beneficiaram do check-up, efetuado por especialistas <strong>dos</strong> produtores de pneus<br />

que integram a ACAP, tiveram, ainda, acesso a diverso material informativo sobre os<br />

cuida<strong>dos</strong> a ter para uma boa manutenção <strong>dos</strong> pneus <strong>dos</strong> seus veículos, assegurando,<br />

assim, uma maior segurança rodoviária.<br />

Domingos & Morgado tem<br />

Manatec Jumbo 3D Super<br />

Ao comercializar no nosso país este equipamento de alinhamento<br />

de direções, a Domingos & Morgado disponibiliza aos clientes o<br />

primeiro equipamento do mundo com alinhamento de rodas 3D<br />

para autocarros e camiões multieixos. A Manatec é uma empresa<br />

indiana – país líder mundial na tecnologia informática – e é<br />

especializada na conceção e fabrico de máquinas de alinhar<br />

direções para veículos pesa<strong>dos</strong>. Representada em Portugal<br />

pela Domingos & Morgado, a marca lançou, recentemente, a<br />

alinhadora Manatec Jumbo 3D Super, o primeiro equipamento do<br />

mundo para alinhamento de camiões e autocarros 3D, podendo<br />

medir, em simultâneo, até seis eixos, com um alcance de medição<br />

máximo de 19 metros. O sistema de medição é semelhante a<br />

qualquer máquina full 3D, sendo a medição de to<strong>dos</strong> os ângulos de<br />

to<strong>dos</strong> os eixos efetuada em menos de quatro minutos.<br />

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<strong>Pneus</strong> fiáveis num<br />

mundo em constante<br />

evolução<br />

Campos enlamaça<strong>dos</strong>, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus<br />

Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipa<strong>dos</strong> em vários tipos de<br />

máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os<br />

agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.<br />

Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Michelin defende testes<br />

para pneus usa<strong>dos</strong><br />

Muitos fabricantes concebem pneus seguros até que alcancem<br />

o limite legal mínimo de 1,6 mm de profundidade do desenho<br />

da banda de rolamento. Mas, atualmente, não existe nada que<br />

impeça que se comercializem pneus cujas distâncias de travagem<br />

se degradem de forma extremamente acentuada com o passar <strong>dos</strong><br />

quilómetros. Essa ausência de uma norma relativa ao desempenho<br />

mínimo que um pneu deve cumprir quando se desgasta, pode levar<br />

profissionais e utilizadores a substituir os pneus antes que estes<br />

alcancem o limite legal de desgaste de 1,6 mm de profundidade<br />

na banda de rolamento. A Michelin apoia a implementação de<br />

uma regulamentação que responda às expectativas em termos de<br />

máxima segurança, redução <strong>dos</strong> custos para a sociedade e proteção<br />

do meio ambiente.<br />

PCC lançou novidades da Ravaglioli<br />

A PCC, empresa especialista em equipamento oficinal, lançou no mercado dois novos<br />

elevadores de colunas independentes da marca italiana Ravaglioli. Ambos são adaptáveis<br />

a tratores agrícolas, ainda que um seja eletromecânico (RAV262AGR) e outro<br />

eletrohidráulico (RAV308H.2AGR). A PCC lançou, assim, no mercado não um, mas dois<br />

elevadores da Ravaglioli. A empresa especialista em equipamentos oficinais aposta,<br />

desta forma, forte na conceituada marca italiana. Fundada em 1958, a Ravaglioli é,<br />

atualmente, um <strong>dos</strong> maiores fabricantes mundiais do setor e líder europeu no fabrico<br />

de elevadores e equipamentos para pneus, com níveis de exportação de 85% e presente<br />

em to<strong>dos</strong> os continentes e em mais de 140 países.<br />

Hankook manter-se-á<br />

“ligada” ao DTM até 2023<br />

A Hankook Tire ampliou o seu compromisso com o DTM por mais<br />

quatro anos, apesar de o contrato ainda estar em vigor. A empresa<br />

participa nesta popular competição internacional de carros de<br />

turismo como patrocinadora e fornecedora oficial exclusiva<br />

desde 2011. A atual temporada do DTM apresenta carros de<br />

corrida basea<strong>dos</strong> em modelos de produção de três <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes de automóveis do mundo. Este ano, além de Audi e<br />

BMW, estará em competição o fabricante de desportivos de luxo<br />

Aston Martin. Na temporada de 2019, novos regulamentos técnicos<br />

também foram introduzi<strong>dos</strong> de acordo com as regulamentações<br />

internacionais de Classe 1, que resultaram em carros de DTM mais<br />

potentes, mais espetaculares e capazes de completar tempos de<br />

volta muito mais rápi<strong>dos</strong>.<br />

Goodyear regressa ao espaço<br />

para melhorar performances<br />

A Goodyear quer chegar de novo às estrelas para melhorar a performance <strong>dos</strong> seus<br />

pneus. Por isso, testará compostos no espaço como parte de um projeto na Estação<br />

Espacial Internacional <strong>dos</strong> EUA. No ambiente de microgravidade da estação espacial, a<br />

Goodyear estudará a formação de partículas de sílica, material muito comum utilizado<br />

nos pneus para turismo. Com a informação recolhida após a experiência, os engenheiros<br />

e cientistas da Goodyear poderão determinar se as partículas separadas de sílica<br />

precipitada podem ser aplicadas nos pneus para melhorar a sua performance. Os astronautas<br />

da Estação Espacial Internacional realizarão a experiência de sílica preparado<br />

pela Goodyear, enquanto que cientistas da Goodyear realizarão, simultaneamente,<br />

a mesma experiência nos laboratórios da empresa, permitindo estabelecer uma comparação<br />

quando os resulta<strong>dos</strong> da investigação espacial, congela<strong>dos</strong> para a viagem de<br />

regresso à Terra, sejam, posteriormente, estuda<strong>dos</strong>.<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


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Notícias<br />

Empresas<br />

Marangoni apresentou novo piso em evento da Énykk<br />

No passado dia 12 de junho, uma delegação de 30 gerentes de empresas de autocarros de toda a Hungria participou numa reunião organizada<br />

pela Énykk na sua sede. Durante a reunião, o representante<br />

da Marangoni realizou uma apresentação que chamou a<br />

atenção do público, expondo os benefícios exclusivos que<br />

o sistema de recauchutagem Ringtread oferece. Os recém-<br />

-cria<strong>dos</strong> RD4 235 XXS com novo molde foram destaca<strong>dos</strong><br />

durante a ação. O Ringtread RD4 é a solução ideal para autocarros<br />

intermunicipais de longa distância, graças à sua<br />

segurança operacional, melhor tração e baixo ruído, bem<br />

como aos eleva<strong>dos</strong> níveis de quilometragem e desempenho.<br />

Énykk, anteriormente conhecido como Kiszalföld<br />

Volán, é um cliente histórico da Marangoni, que fornece<br />

serviços de transporte de passageiros locais, interurbanos<br />

e internacionais em quatro províncias da Hungria.<br />

Minuto Valorpneu<br />

Publireportagem<br />

Sabe o que acontece aos pneus usa<strong>dos</strong><br />

quando os entrega na rede de Centros<br />

de Receção (CR) da Valorpneu?<br />

A<br />

rede de recolha da Valorpneu é constituída por 40 Centros de Receção no Continente, oito Centros de Receção na região autónoma<br />

<strong>dos</strong> Açores e um Centro de Receção na região autónoma da Madeira. Mas, afinal, o que é um Centro de Receção? São locais devidamente<br />

licencia<strong>dos</strong> para o armazenamento temporário de pneus usa<strong>dos</strong>, onde todas as entidades públicas ou privadas podem<br />

entregar, livre de encargos, os seus pneus usa<strong>dos</strong>. O transporte até ao Centro de Receção é da responsabilidade do detentor.<br />

Ao chegar ao Centro de Receção, os pneus usa<strong>dos</strong> têm de passar por várias etapas. Primeiro, o peso <strong>dos</strong> pneus é registado no sistema de<br />

informação da Valorpneu (transversal a to<strong>dos</strong> os operadores da rede).<br />

Em seguida, os pneus são armazena<strong>dos</strong> por cinco tipologias (ligeiros,<br />

pesa<strong>dos</strong>, industriais, danifica<strong>dos</strong> e maciços) para, posteriormente, serem<br />

tria<strong>dos</strong> com vista à recauchutagem.<br />

Semanalmente, a Valorpneu faz um planeamento de entrega <strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong> nos valorizadores e dá instruções aos Centros de Receção e aos<br />

transportadores para preparação das cargas a transportar. Os pneus são<br />

encaminha<strong>dos</strong> nos dias planea<strong>dos</strong> para os recicladores e valorizadores<br />

energéticos. Mas atenção: a descarga <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> nos Centros de<br />

Receção tem de respeitar várias condições. Entre as quais, não podem<br />

apresentar quaisquer contaminações e devem ser acompanha<strong>dos</strong> da documentação<br />

necessária, nomeadamente da Guia de Acompanhamento de<br />

Resíduos e-GAR (exceto particulares), do documento de identificação da<br />

empresa e da ficha de caracterização de origens devidamente preenchida.<br />

Depois de corretamente encaminha<strong>dos</strong>, os pneus usa<strong>dos</strong> são transforma<strong>dos</strong><br />

em granulado de borracha, nos recicladores, e aplica<strong>dos</strong> em novos<br />

materiais, como, por exemplo, relvado sintético ou pavimento, podendo<br />

ser ainda utiliza<strong>dos</strong> como combustível nos valorizadores energéticos,<br />

devido ao seu elevado poder calorífico.<br />

<strong>56</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Chegou o último episódio do “País a Rolar”<br />

A Bridgestone lançou o sexto e último episódio da webserie “País a Rolar”, onde apresenta o cliente AGROS. Nasceu há 70 anos, em 1949, esta união<br />

de cooperativas de produtores de leite, com apenas três cooperativas. Hoje, conta com 44 e representa, a nível nacional, a produção de 30% de<br />

leite, com uma recolha média anual de 500 milhões de litros. “Na AGROS, a nossa missão passa por promover a valorização do leite e a melhoria<br />

contínua da qualidade. Para o nosso trabalho, a confiança nos equipamentos é essencial, em que os pneus são o elemento que liga os nossos<br />

veículos à estrada. É pelos produtores que percorremos estes caminhos, to<strong>dos</strong> os dias. E com a Bridgestone como parceira, fazemo-lo com toda a<br />

confiança”, afirmou Ricardo Almeida, responsável de marketing da AGROS.<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

Point S lança nova<br />

versão All Season<br />

A Point S Development orgulha-se de anunciar o lançamento<br />

no mercado da segunda versão do Point S 4 Seasons na<br />

Europa. Depois de identificar uma procura real por pneus<br />

All Season no Velho Continente, com um constante e<br />

forte crescimento do mercado de pneus nesse sentido e<br />

impulsionado pelo sucesso do primeiro pneu Point S 4<br />

Seasons, lançado em julho de 2017, a Point S Development<br />

quis evoluir o seu pneu. Disponível, exclusivamente, dentro<br />

da rede Point S, esta nova gama deve permitir suportar<br />

as margens de retalho <strong>dos</strong> membros no ponto de venda,<br />

continuando a oferecer uma boa relação qualidade/preço aos<br />

consumidores finais, que é o posicionamento de mercado<br />

visado pelo Point S para toda a sua gama de rótulos priva<strong>dos</strong>.<br />

Juntamente com a gama Point S existente e o antigo Point S 4<br />

Seasons, o Point S 4 Seasons 2 foi concebido e produzido por<br />

um <strong>dos</strong> maiores fabricantes da Europa.<br />

Pirelli desenvolve P Zero Trofeo R<br />

para a Pagani<br />

A história começou com o P Zero, continuou com o P Zero Corsa e alcança o seu auge<br />

com o P Zero Trofeo R. Pela primeira vez, a Pirelli completou uma conceção específica<br />

do seu pneu homologado de utilização em estrada para um novo modelo de Pagani.<br />

Trata-se do Huayra Roadster BC, a última criação de Horacio Pagani, que sairá de fábrica<br />

equipado com pneus P Zero Trofeo R como equipamento original. A sua missão é levar ao<br />

solo as incríveis prestações do novo motor Pagani V12 twin-turbo de seis litros, capaz de<br />

alcançar 800 cv de potência e 1.050 Nm de binário máximo. Falamos de um automóvel<br />

com uma velocidade superior a 300 km/h e que pode gerar 1,9 g nas viragens, com picos<br />

máximos de carga lateral de 2,2 g. Estes números ilustram na perfeição a dimensão da<br />

tarefa encomendada às “borrachas” da Pirelli.<br />

Aeolus mostrou pneu Allroads melhorado<br />

A Aeolus aperfeiçoou o seu pneu de reboque universal mais popular. Este pneu surge, agora, no mercado com<br />

o nome de NEO Allroads T2 e pode ser considerado o sucessor do famoso T+. Na dimensão 385/65R22.5, a<br />

capacidade de carga aumentou de 160K para 164K, o que representa uma capacidade de carga de 5.000 kg por<br />

pneu e ostenta, também, o símbolo 3PMSF. A garantia de dois anos a 100% também demonstra uma excelente<br />

relação qualidade/preço. O volume combinado de tecnologia Aeolus permite criar pneus inovadores de elevada<br />

qualidade, que estão disponíveis a partir de stock em praticamente todas as dimensões e perfis. As dimensões <strong>dos</strong><br />

pneus NEO Allroads estão disponíveis online. A adição de ranhuras garante ótima aderência e bom desempenho<br />

de travagem. E com uma estrutura conveniente da carcaça do pneu, a capacidade de carga pode aumentar de<br />

160K para 164K na medida 385/65R22.5”.<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Bridgestone<br />

escolhida para<br />

equipar BMW X5 e X7<br />

A Bridgestone acaba de anunciar que as suas<br />

gamas de pneus premium foram selecionadas<br />

como equipamento de origem para a quarta<br />

geração do BMW X5, bem como para o novo<br />

BMW X7. Continuando a sua longa relação com<br />

a BMW, a Bridgestone tem, atualmente, uma<br />

variedade de pneus em 15 tamanhos e padrões<br />

diferentes das gamas Alenza e Blizzak a rolar nos<br />

veículos da marca alemã. O pneu Alenza 001<br />

proporciona uma experiência de condução luxuosa,<br />

precisa em condições secas e húmidas,<br />

enquanto o pneu Alenza Sport A/S proporciona<br />

um desempenho de confiança em todas as estações,<br />

bem como uma condução confortável. Os<br />

condutores em merca<strong>dos</strong> com clima de inverno<br />

poderão optar pelos pneus Bridgestone Blizzak<br />

LM001, que também estão disponíveis para os<br />

modelos BMW X5 e X7. Os pneus Blizzak estão<br />

disponíveis em jantes de 18”, 19” e 20” para o<br />

BWM X5 e em 20” e 21” para o BMW X7.<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

Dunlop TT100 GP<br />

Radial já chegou<br />

O TT100 GP Radial é o novo pneu da Dunlop para<br />

um <strong>dos</strong> segmentos que mais tem crescido no mercado<br />

europeu de motos nos últimos tempos. O<br />

mercado das roadsters desportivas retro, que inclui<br />

máquinas tão diversas como BMW R NineT, Yamaha<br />

XSR ou Kawasaki Z900RS, chamou a atenção <strong>dos</strong><br />

motociclistas que procuram combinar a mais moderna<br />

performance com uma aparência tradicional.<br />

Muitos motociclistas neste segmento escolhem um<br />

design moderno, como o RoadSmart III da Dunlop<br />

para viagem, ou o SportSmart TT para rolar em pista<br />

ocasionalmente. Contudo, um número cada vez<br />

maior de consumidores procura uma aparência<br />

autêntica, de acordo com a imagem vintage da sua<br />

moto. O Dunlop TT100GP Radial inspira-se num <strong>dos</strong><br />

pneus de competição mais importantes da empresa.<br />

O Dunlop é o pneu melhor sucedido da história do<br />

TT da Ilha de Man, com mais vitórias do que qualquer<br />

outro fabricante de pneus na edição de 2019.<br />

Pirelli P Zero venceu comparativo<br />

O Pirelli P Zero bateu os seus principais rivais num teste comparativo organizado pela revista<br />

EVO, onde o P Zero sobressaiu à condição de pneu de referência da Pirelli e a sua indiscutível<br />

liderança mundial no segmento de altas prestações. EVO, cujo slogan é “a emoção da<br />

condução”, nasceu em 1998 e conta com diferentes edições internacionais, o que a converte<br />

numa das publicações de referência para os amantes <strong>dos</strong> automóveis de altas prestações em<br />

todo o mundo. Na última edição do sempre esperado teste comparativo de pneus de verão,<br />

a EVO testou os pneus de referência atualmente à venda. Assim, o P Zero enfrentou outros<br />

sete reconheci<strong>dos</strong> rivais de fabricantes consolida<strong>dos</strong> numa ampla bateria de ensaios. Os<br />

testes avaliaram aspetos importantes no rendimento total do pneu, como a maneabilidade,<br />

a aceleração e a travagem numa grande variedade de condições, tanto em asfalto seco como<br />

molhado. O Pirelli P Zero foi o vencedor absoluto do teste com uma margem notável: sempre<br />

entre os seis melhores, foi especialmente impressionante sobre o molhado e, de longe, o<br />

melhor pneu nas apreciações subjetivas.<br />

Firestone lançou segunda geração do<br />

pneu Multiseason<br />

A Firestone tem vindo a reforçar a sua presença no mercado europeu nos últimos anos.<br />

Agora, está ainda mais fortalecida com o lançamento do novo pneu para todas as estações.<br />

Projetado para aperfeiçoar o desempenho, a segunda geração do Multiseason é a mais<br />

recente chegada ao portefólio da Firestone, tendo sido projetado para se adaptar a to<strong>dos</strong><br />

os tipos de veículos e condutores. Este novo pneu e outros lançamentos recentes, como os<br />

Roadhawk e Vanhawk 2, fizeram com que a Firestone se tornasse numa referência para pneus<br />

de elevada confiança, que oferecem uma excelente relação qualidade/preço. O Multiseason<br />

original foi reconhecido como um excelente pneu para todas as estações. No entanto, a<br />

Firestone está determinada a alcançar ainda mais com a segunda geração.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Petlas aumenta medidas da gama com<br />

tecnologia Run Flat<br />

A Petlas acrescentou quatro novas medidas Run Flat à gama PT741. De acordo<br />

com o fabricante turco, os Petlas Run Flat têm capacidade para percorrer até<br />

200 km sem “quaisquer problemas de integridade do pneu”. O PT741, especialmente<br />

concebido para os entusiastas das altas prestações, proporciona os mais<br />

eleva<strong>dos</strong> níveis de segurança e prazer a ritmos de condução exigentes. O rigoroso<br />

controlo das trajetórias, os eleva<strong>dos</strong> níveis de aderência em curva, quer em<br />

pisos molha<strong>dos</strong> quer em pisos secos, juntamente com os insuperáveis níveis<br />

de conforto em rolamento, fazem do Petlas PT741, nas medidas, 245/40R 20 RF,<br />

285/35R18, 285/35R19 e 225/35R20 RF, um pneu que lida com intransigência<br />

com os mais eleva<strong>dos</strong> padrões da indústria. O desenho do piso moderno aliado<br />

aos compostos de última geração, asseguram maior economia de combustível<br />

e elevadas quilometragens de pura performance.<br />

O PT741 está particularmente adaptado às mais elevadas exigências <strong>dos</strong> automóveis<br />

de carácter desportivo e das berlinas de luxo. A marca Petlas é distribuída<br />

em Portugal pela Dispnal <strong>Pneus</strong>, que se destaca no mercado Ibérico enquanto<br />

especialista em to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, desde as gamas de consumo, como<br />

os pneus de turismo, até aos mais técnicos pneus de Engenharia Civil. A ampla<br />

gama de marcas que comercializa cobre ainda os segmentos de pneus vans,<br />

SUV/4x4, camião, movimentação de cargas, industriais, máquinas agrícolas e<br />

florestais.<br />

Destaque ainda para a ampla gama de câmaras de ar e jantes de camião.<br />

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Técnica<br />

Processo de<br />

produção é crucial<br />

O mercado disponibiliza um vasto leque de opções de jantes de fabricantes que<br />

adotaram os processos de produção que cumprem os exigentes requisitos <strong>dos</strong> OEM<br />

(Fabricantes de Equipamento Original)<br />

Embora não sejam obrigatórias,<br />

existem normas de qualidade<br />

para regular a produção de jantes.<br />

Assim, alguns países, como a<br />

Alemanha e o Japão, dispõem de regulamentos<br />

governamentais que exigem que<br />

as jantes do mercado de pós-venda cumpram<br />

determina<strong>dos</strong> critérios e garantam<br />

uma instalação adequada. A Europa deu<br />

alguns passos para definir diretrizes, mas<br />

demorará algum tempo até que consiga<br />

promulgar algum tipo de regulamentação.<br />

Consequentemente, as jantes não são todas<br />

iguais. O desempenho de uma jante de liga<br />

leve é o resultado direto da técnica de produção<br />

utilizada. As empresas de jantes que<br />

fornecem o mercado OEM têm de seguir<br />

determina<strong>dos</strong> procedimentos durante o processo<br />

de produção, para manter a qualidade<br />

e a integridade <strong>dos</strong> respetivos produtos.<br />

Pode parecer óbvio, mas uma jante é constituída<br />

por um cubo, pelos raios e pelo aro.<br />

Por vezes, estes componentes serão uma<br />

peça única, outra vezes duas ou três. O cubo<br />

é a parte central da jante e é o que acopla a<br />

jante à suspensão. Os raios irradiam a partir<br />

do cubo e acoplam ao aro. O aro é a parte<br />

exterior da jante que segura o pneu. A seguir,<br />

abordaremos várias formas como as jantes<br />

são produzidas.<br />

JANTES FUNDIDAS MONOBLOCO<br />

Este é o tipo mais comum de jantes de alumínio.<br />

A fundição de jantes é o processo<br />

de obter alumínio fundido no interior de<br />

um molde para formar uma jante. Existem<br />

diferentes mo<strong>dos</strong> de isto ser conseguido e<br />

embora tal possa parecer simples é, efetivamente,<br />

uma arte quando feito adequadamente.<br />

FUNDIÇÃO POR GRAVIDADE<br />

A fundição por gravidade é o processo mais<br />

básico de verter alumínio fundido num<br />

molde utilizando a gravidade terrestre para<br />

encher o molde. A fundição por gravidade<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Construção de jantes<br />

proporciona um custo de produção muito<br />

razoável e é um bom método para fundir<br />

modelos que estão mais orienta<strong>dos</strong> para o<br />

aspeto visual ou quando a redução do peso<br />

não é uma preocupação fundamental. Uma<br />

vez que o processo se baseia na gravidade<br />

para encher o molde, o alumínio não é aglomerado<br />

de forma tão tensa no molde, contrariamente<br />

ao que ocorre noutros processos<br />

de fundição. Muitas vezes, as jantes fundidas<br />

por gravidade terão um peso mais elevado<br />

para se conseguir a resistência necessária.<br />

FUNDIÇÃO A BAIXA PRESSÃO<br />

A fundição a baixa pressão utiliza pressão positiva<br />

para se passar o alumínio fundido para<br />

o molde mais rapidamente e conseguir-se<br />

um produto acabado com melhores propriedades<br />

mecânicas (mais densidade) do que<br />

no caso de uma jante fundida por gravidade.<br />

O custo de produção é ligeiramente superior<br />

em relação à fundição por gravidade, mas a<br />

fundição a baixa pressão é o processo mais<br />

comum aprovado para jantes de alumínio<br />

vendidas para o mercado OEM. Algumas<br />

empresas disponibilizam jantes que são produzidas<br />

com uma pressão mais elevada em<br />

equipamento de fundição especial de modo<br />

a criar uma jante mais leve e mais resistente<br />

do que uma jante produzida a baixa pressão,<br />

mas o custo associado ao processo é mais<br />

elevado. As jantes fundidas a baixa pressão<br />

proporcionam um bom valor para o mercado<br />

de pós-venda, mantendo a resistência<br />

e menor peso.<br />

TECNOLOGIA DE ARCO POR ROTAÇÃO<br />

Este processo especializado começa com<br />

uma fundição a baixa pressão e utiliza uma<br />

máquina especial que gira a fundição inicial,<br />

aquece a parte exterior da fundição e, em<br />

seguida, utiliza rolos de aço pressiona<strong>dos</strong><br />

contra a área do aro para dar ao mesmo a<br />

sua largura e forma finais. A combinação do<br />

calor, da pressão e da rotação cria uma área<br />

do aro com uma resistência similar à de uma<br />

jante forjada, mas sem o elevado custo do<br />

forjamento. Algumas das jantes especiais<br />

produzidas para veículos OEM de elevado<br />

desempenho ou veículos de produção limitada<br />

utilizam este tipo de tecnologia, o que<br />

resulta numa drástica redução do peso das<br />

jantes, ainda que melhore a rigidez estrutural<br />

comparativamente às jantes fundidas<br />

standard.<br />

Os fabricantes de jantes estabelecem este<br />

processo de muitas formas. As jantes de<br />

enformação contínua da OZ Racing, como<br />

as Hyper GT HLT, por exemplo, são criadas<br />

utilizando a sua própria tecnologia exclusiva<br />

High Light Technology (HLT), uma combinação<br />

de enformação contínua e outras<br />

O que é a qualidade?<br />

Em geral, pretende-se que os padrões de qualidade das jantes sejam muito eleva<strong>dos</strong> e os<br />

fabricantes presentes neste mercado percebem que os vendedores controlam, constantemente,<br />

os produtos de modo a garantir que vendem produtos de qualidade aos respetivos clientes. Mas<br />

o que determina a qualidade? Os processos de produção e os níveis de teste são cruciais para a<br />

integridade estrutural de uma jante. As normas de qualidade internacionais, tais como ISO9001,<br />

QS9000, TÜV da Alemanha ou VIA do Japão, estabelecem importantes normas de produção e de<br />

qualidade que os fabricantes devem seguir. Além disso, devem ser cumpridas as tolerâncias<br />

dimensionais baseadas nas normas rigorosas do mercado de Equipamento Original, por<br />

oposição às normas mais “tolerantes” permitidas para muitos produtos do mercado de pósvenda.<br />

Até as normas de durabilidade do acabamento são diferentes entre o mercado de<br />

Equipamento Original e o mercado de pós-venda.<br />

Compatibilidade adequada<br />

Uma compatibilidade rigorosa é a diferença entre bom, melhor e perfeito. As dimensões cruciais<br />

das jantes, tais como largura, diâmetro, offset, orifício central, distância em relação aos travões,<br />

bem como o fator de carga e o material de aperto, são os elementos básicos quando se trata de<br />

avaliar a compatibilidade adequada de jantes do mercado de pós-venda. A instalação também<br />

requer um elevado nível de sofisticação. Muitos veículos novos estão disponíveis com<br />

funcionalidades como o ABS e controlo de tração, entre outras, que criam condições mais<br />

difíceis para a instalação de jantes do mercado de pós-venda. Sistemas de controlo de<br />

estabilidade, pneus Run Flat, grandes sistemas de travões de alto desempenho e tamanhos<br />

diferencia<strong>dos</strong> de jantes e pneus são, também, fatores a considerar ao estabelecer<br />

compatibilidades rigorosas. Fabricantes de jantes com equipas de design, investigação e<br />

desenvolvimento de produto trabalham para determinar a compatibilidade adequada como<br />

parte do processo de produção.<br />

Acabamento de proteção<br />

O tipo e a qualidade do acabamento de proteção das jantes (bem como a manutenção<br />

adequada) irão determinar o aspeto das jantes passa<strong>dos</strong> alguns anos. É aconselhável procurar<br />

garantias de acabamento propostas por fabricantes com uma boa reputação no que respeita à<br />

qualidade.<br />

Reputação e legado<br />

A reputação de um fabricante é um forte indicador de qualidade, uma vez que é com base na<br />

qualidade que se constrói uma reputação distinta. Leva muito tempo a criar uma reputação<br />

positiva e é importante um compromisso para manter a mesma. E conhecer as origens de uma<br />

empresa de jantes. Muitos fabricantes de jantes impuseram-se inicialmente no plano <strong>dos</strong><br />

desportos motoriza<strong>dos</strong> e aplicam essas bases tecnológicas e filosóficas na respetiva produção<br />

de jantes para utilização em estrada.<br />

Compromisso com a qualidade<br />

Os comerciantes analisam, constantemente, da<strong>dos</strong> de jantes de novos veículos para se<br />

certificarem de que estão a par <strong>dos</strong> tamanhos do Equipamento Original e <strong>dos</strong> pacotes<br />

disponibiliza<strong>dos</strong>. Inspecionam fisicamente muitos <strong>dos</strong> novos veículos atuais e, frequentemente,<br />

fornecem da<strong>dos</strong> técnicos a alguns <strong>dos</strong> fabricantes localiza<strong>dos</strong> noutros países, que podem não<br />

ter acesso a certos veículos nos merca<strong>dos</strong> nacionais. Para muitas jantes importadas ou<br />

representadas por comerciantes, estes especificam determinadas dimensões que necessitam<br />

para garantir a compatibilidade das jantes e manter padrões de qualidade eleva<strong>dos</strong>.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Técnica<br />

Jante de liga leve<br />

As ligas metálicas proporcionam uma<br />

resistência superior e reduções drásticas de<br />

peso comparativamente aos metais ferrosos,<br />

tais como o aço, e, assim, são o material ideal<br />

para a produção de jantes de elevado<br />

desempenho. De facto, atualmente é difícil<br />

imaginar um automóvel de competição de<br />

nível mundial ou um veículo automóvel de alto<br />

desempenho que não utilize as vantagens das<br />

jantes de liga leve. A liga utilizada nas<br />

melhores jantes é uma mistura de alumínio e<br />

outros elementos. O termo “jante de<br />

magnésio” é, por vezes, utilizado<br />

incorretamente para descrever jantes de liga<br />

leve. O magnésio é, geralmente, considerado<br />

inadequado para ligas usadas em jantes de<br />

veículos de utilização diária devido à sua<br />

natureza frágil e por ser suscetível à corrosão<br />

(a inflamabilidade também não ajuda).<br />

tecnologias diretamente derivadas da experiência<br />

ganha durante a produção das<br />

suas jantes para automóveis de Fórmula 1 e<br />

Fórmula Indy. Nas jantes forjadas, fresadoras<br />

de controlo numérico por computador (CNC)<br />

adicionam a parte estética e o círculo <strong>dos</strong><br />

parafusos com tolerâncias rigorosas.<br />

JANTES FORJADAS<br />

O melhor em termos de jantes monobloco.<br />

O forjamento é o processo de pressionar um<br />

bloco sólido de alumínio entre as matrizes<br />

de forjamento através de uma quantidade<br />

de pressão extrema. Isto cria um produto<br />

acabado que é muito denso, muito resistente<br />

e que, portanto, consegue ser muito leve. O<br />

custo das ferramentas, do desenvolvimento<br />

e do equipamento torna este tipo de jantes<br />

muito exclusivo e, por norma, obriga a um<br />

preço elevado no mercado de pós-venda.<br />

JANTES MODULARES<br />

Este tipo de jante utiliza dois ou três componentes<br />

monta<strong>dos</strong> em conjunto para gerar<br />

uma jante acabada. As jantes modulares<br />

podem utilizar muitos méto<strong>dos</strong> diferentes<br />

de produção. Os centros podem ser fundi<strong>dos</strong><br />

através de vários méto<strong>dos</strong> ou forja<strong>dos</strong>. As<br />

secções de aro para jantes tripartidas são, por<br />

norma, produzidas por rotação a partir de<br />

discos de alumínio. Geralmente, as secções<br />

de aro produzidas por rotação proporcionam<br />

a capacidade de adaptar as jantes para aplicações<br />

especiais que não estariam à disposição<br />

de outra forma. As secções de aro são<br />

aparafusadas ao centro e, normalmente, é<br />

aplicado um selante na área de montagem<br />

para selar a jante. Este tipo de construção<br />

tripartida foi inicialmente desenvolvido para<br />

a competição no início <strong>dos</strong> anos 70 e tem<br />

sido utilizado nos automóveis desde então.<br />

As jantes tripartidas são mais populares nos<br />

diâmetros de 17” e superiores.<br />

Existem, atualmente, muitas opções para<br />

jantes bipartidas no mercado. A conceção<br />

das jantes bipartidas não proporciona um<br />

leque de aplicações tão vasto como a das<br />

jantes tripartidas. No entanto, são mais comuns<br />

no mercado e os preços começam bem<br />

abaixo do preço médio das jantes tripartidas.<br />

Algumas jantes bipartidas têm o centro<br />

aparafusado a uma secção de aro fundida<br />

ou fundida/produzida por rotação e outros<br />

fabricantes pressionam os centros contra<br />

Figura 1<br />

Aro metálico<br />

Instruções de instalação<br />

de tampões de rodas<br />

Aro metálico<br />

com entalhe<br />

Haste da válvula<br />

To<strong>dos</strong> os tampões de rodas têm de ter um aro metálico com um entalhe.<br />

O entalhe do aro deverá ser alinhado com o desenho estampado de uma haste de válvula situado<br />

na parte detrás do tampão da roda. A haste da válvula da roda irá encaixar dentro deste entalhe<br />

(Figura 1).<br />

Verifique cada entalhe para se certificar de que este está virado para baixo e para dentro (distante<br />

de si olhando para a parte detrás do tampão da roda).<br />

Empurre o tampão da roda contra a jante de aço e, quando estiver seguro, verifique novamente<br />

para se certificar de que o entalhe e a haste da válvula do pneu estão alinha<strong>dos</strong>.<br />

Teste o encaixe do tampão da roda tentando retirá-lo com as mãos. Se conseguir remover<br />

facilmente o tampão da roda, mude a posição do aro de arame, empurrando-o para baixo para a<br />

fenda inferior nas abas (Figura 2).<br />

Figura 2<br />

Encaixe do<br />

tampão de roda<br />

Colocação normal<br />

Tampão de roda<br />

Colocação para<br />

ajuste mais<br />

apertado<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Construção de jantes<br />

secções de aro produzidas por rotação e<br />

soldam o conjunto da unidade. Quando a<br />

BBS desenvolveu uma nova jante bipartida<br />

para substituir a anterior jante tripartida de<br />

estrada, utilizou a tecnologia especial de<br />

enrolamento do arco (inicialmente desen-<br />

volvida para jantes de competição) para<br />

proporcionar à secção do aro qualidades,<br />

em termos de peso e resistência, similares<br />

às de um aro forjado. No mercado de jantes<br />

bipartidas de alta qualidade, encontram-se<br />

jantes que utilizam arcos forja<strong>dos</strong> e centros<br />

forja<strong>dos</strong>. Visto que os mesmos são vendi<strong>dos</strong><br />

apenas em pequena quantidade e devido<br />

ao elevado custo de desenvolvimento e de<br />

produção associado ao processo de forjamento,<br />

tendem a estar no topo da tabela<br />

de preços. ♦<br />

Binário de aperto da roda<br />

A instalação adequada da roda requer que o<br />

material de fixação da roda (porcas ou<br />

parafusos) seja apertado de acordo com a<br />

especificação de binário recomendada para a<br />

marca, modelo e ano do veículo. As<br />

especificações de binário encontram-se,<br />

habitualmente, no manual de proprietário do<br />

veículo. O binário adequado requer a utilização<br />

de ferramentas, procedimentos e padrões<br />

corretos. Tudo isto evitará o aperto excessivo<br />

do material, a deformação das roscas e o<br />

estiramento <strong>dos</strong> pernos. Também reduzirá a<br />

possibilidade de deformação <strong>dos</strong> tambores de<br />

travão, <strong>dos</strong> discos de travão ou <strong>dos</strong> cubos. O<br />

aperto insuficiente ou excessivo do material de<br />

fixação das rodas pode provocar danos e<br />

situações de perigo.<br />

As especificações de binário são apenas para<br />

roscas secas. As roscas <strong>dos</strong> parafusos não<br />

devem ter óleo, sujidade, areia e ferrugem. O<br />

material deve rodar livremente sem emperrar<br />

quando apertado à mão. É importante não<br />

lubrificar as roscas ou assentos do material. A<br />

fricção face à qual o binário é medido deve<br />

resultar <strong>dos</strong> assentos do material. Lubrificar as<br />

roscas e os assentos do material altera a<br />

fricção gerada no assento de aperto, o que<br />

resultará em leituras de binário imprecisas e/<br />

ou binário excessivo do material.<br />

É recomendável iniciar o aperto do material à<br />

mão, enroscando manualmente enquanto for<br />

fácil e, em seguida, utilizando uma chave de<br />

rodas com barra ou uma chave dinamométrica<br />

para aplicar o binário final de acordo com um<br />

<strong>dos</strong> padrões corretos mostra<strong>dos</strong> abaixo, para<br />

confirmar que o valor de binário recomendado<br />

foi atingido.<br />

Não é recomendável a utilização de pistolas de<br />

impacto ou chaves de caixa ao instalar rodas.<br />

As pistolas de impacto podem danificar o<br />

material e o acabamento das jantes. Alguns<br />

veículos, como os Porsche, requerem a<br />

utilização de chaves especiais para apertar o<br />

material sem danificar o respetivo<br />

revestimento anodizado. O binário das pistolas<br />

de impacto pode variar bastante desde binário<br />

reduzido (resultando em rodas soltas) até<br />

binário extremamente elevado (resultando em<br />

material danificado ou partido).<br />

Algumas das variáveis que podem provocar a<br />

aplicação de um binário incorreto:<br />

• Tipo de impacto utilizado (ar, elétrico, sem<br />

fios)<br />

• Potência (pressão do ar, volume do ar,<br />

comprimento da mangueira, tamanho das<br />

peças, potência da bateria, idade da bateria)<br />

• Impactos por segundo<br />

• Tamanho <strong>dos</strong> martelos internos<br />

• Possível utilização de adaptadores adicionais<br />

• Tamanho, peso, comprimento da chave<br />

• Força de aperto do operador<br />

• Peso do impacto<br />

• Ângulo aplicado durante a utilização<br />

A tentativa de apertar totalmente material com<br />

pistolas de impacto/chaves de caixa impede,<br />

também, a utilização de uma chave<br />

dinamométrica para confirmar a correção do<br />

valor especificado de binário. Embora uma<br />

chave dinamométrica consiga indicar quando<br />

o binário selecionado é atingido, não consegue<br />

diagnosticar um binário excessivo. Tendo à<br />

disposição as ferramentas corretas, utilize a<br />

sequência cruzada adequada (padrões<br />

apresenta<strong>dos</strong> abaixo) para o número de<br />

posições de material de fixação da roda do<br />

veículo, até que se atinja em todas elas o valor<br />

de binário especificado.<br />

Padrões de aperto e desaperto<br />

As jantes novas devem ser reapertadas após<br />

os primeiros 80 a 160 km percorri<strong>dos</strong>. Isto<br />

deve ser feito caso as cargas de fixação<br />

tenham mudado após a instalação inicial<br />

devido à compressão/alongamento do metal<br />

ou a esforços térmicos que afetam as jantes,<br />

visto que as mesmas cedem, bem como para<br />

verificar a correção da instalação original. Ao<br />

verificar o valor do binário, aguarde que as<br />

rodas arrefeçam até à temperatura ambiente<br />

(nunca aperte uma roda que esteja quente).<br />

Desaperte e reaperte de acordo com o valor,<br />

em sequência, usando os procedimentos de<br />

aperto lista<strong>dos</strong> acima. Caso não encontre as<br />

especificações de binário recomendadas pelo<br />

fabricante do veículo, pode utilizar as<br />

referências deste quadro:<br />

Tamanho <strong>dos</strong><br />

Intervalo de<br />

parafusos ou pernos<br />

binário típico<br />

libras<br />

12 x 1,5 mm 70 – 80 6,5<br />

12 x 1,25 mm 70 – 80 8<br />

14 x 1,5 mm 85 – 90 7,5<br />

14 x 1,25 mm 85 – 90 9<br />

7/16 pol. 70 – 80 9<br />

1/2 pol. 75 – 85 8<br />

9/16 pol. 135 – 145 8<br />

Nº míni de voltas<br />

ao acoplar o<br />

material<br />

Siga estas recomendações para garantir que a<br />

instalação decorre sem problemas:<br />

• Inspecione o produto quanto a danos. Se a<br />

instalação for efetuada pelo cliente, este deve<br />

comunicar quaisquer problemas ao<br />

estabelecimento de venda antes da instalação.<br />

• Verifique os tamanhos das jantes/pneus<br />

antes da instalação para se certificar de uma<br />

compatibilidade adequada caso não se trate<br />

de um conjunto.<br />

• Verifique tamanhos diferencia<strong>dos</strong> antes de<br />

começar. Está na posse de jantes específicas<br />

para a dianteira/traseira?<br />

• Verifique as posições <strong>dos</strong> pneus e certifiquese<br />

de que pneus direcionais são instala<strong>dos</strong> nas<br />

posições certas.<br />

• Enrosque primeiro todas as porcas ou<br />

parafusos à mão para evitar moer a rosca.<br />

• Defina o binário de aperto da roda de acordo<br />

com a especificação recomendada por veículo,<br />

utilizando o padrão cruzado adequado.<br />

• Limpe qualquer lubrificante de pneus que se<br />

encontre na jante após a instalação.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Técnica<br />

As múltiplas<br />

vidas <strong>dos</strong> pneus<br />

A gestão <strong>dos</strong> pneus desempenha um papel significativo na rentabilidade das empresas<br />

de transporte. Esta gestão combina a escolha correta de produtos originais com as<br />

operações de reesculturação e recauchutagem, que prolongam a sua vida útil<br />

Para a maioria das frotas, os pneus<br />

representam a terceira maior rubrica<br />

no orçamento de funcionamento.<br />

O menor custo por<br />

quilómetro possível é alcançado com um<br />

bom sistema de gestão de pneus que inclua<br />

a utilização de pneus reescultura<strong>dos</strong><br />

ou recauchuta<strong>dos</strong> de qualidade. Cada empresa<br />

deve programar as múltiplas vidas <strong>dos</strong><br />

seus pneus para aproveitá-los ao máximo,<br />

de acordo com as suas próprias exigências.<br />

Neste artigo, baseado em informação da<br />

Michelin, respondemos às perguntas que<br />

muitos profissionais do transporte fazem:<br />

Quando utilizar estas soluções? Até que<br />

ponto? Em que condições?<br />

SINÓNIMO DE<br />

SEGURANÇA<br />

Um veículo pesado pode viajar com toda<br />

a segurança com pneus reescultura<strong>dos</strong>,<br />

desde que os pneus tenham sido concebi<strong>dos</strong><br />

para serem reescultura<strong>dos</strong> e que a<br />

operação seja realizada por um profissional.<br />

Reesculturar é uma operação autorizada<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


<strong>Pneus</strong> reescultura<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong><br />

pelo código da estrada e recomendada pela<br />

ETRTO (European Tyre and Rim Technical<br />

Organisation). Considerando que devolve<br />

as arestas vivas e uma altura de 6 a 8 mm<br />

às esculturas, o reesculturado prolonga a<br />

vida útil <strong>dos</strong> pneus e aumenta o seu nível<br />

de segurança. Esta operação permite que os<br />

pneus aumentem o seu nível de aderência<br />

transversal e de motricidade em até 10%,<br />

por comparação com os desempenhos<br />

verifica<strong>dos</strong> nos mesmos pneus utiliza<strong>dos</strong><br />

atá ao desgaste.<br />

Alguns fabricantes produzem pneus<br />

equipa<strong>dos</strong> com uma camada de borracha<br />

regular e suficiente para permitir um<br />

reesculturado de qualidade, sem alterar a<br />

robustez ou a resistência do produto. Neste<br />

tipo de pneus, a operação deve ser realizada<br />

quando a altura de escultura é de 2 a 4 mm.<br />

Não se recomenda reesculturar quando a<br />

banda de rolamento apresenta vestígios de<br />

agressões (cortes, arrancamentos ou lonas<br />

metálicas visíveis). É desaconselhado reesculturar<br />

os pneus submeti<strong>dos</strong> a utilização<br />

intensa e agressiva, como a circulação em<br />

todo-o-terreno.<br />

consumido. Na verdade, o reesculturado é<br />

realizado quando a resistência ao rolamento<br />

do pneu é mais reduzida. Os ribs de borracha<br />

ficam, então, menos altos e, portanto, mais<br />

rígi<strong>dos</strong> do que os <strong>dos</strong> pneus novos. Rigidez<br />

que tem a vantagem de limitar os atritos na<br />

estrada, de retardar o desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />

e de economizar combustível.<br />

RECAUCHUTAGEM:<br />

TODOS PODEM?<br />

Os pneus não são to<strong>dos</strong> iguais perante o<br />

teste de admissão para recauchutagem. Para<br />

o sucesso na recauchutagem, impõem-se<br />

várias condições:<br />

l Devem ter sido concebi<strong>dos</strong> de origem para<br />

serem recauchuta<strong>dos</strong> em condições ideais;<br />

l Apenas aqueles cuja carcaça é suficientemente<br />

robusta para permitir vários ciclos de<br />

vida útil passam na filtragem <strong>dos</strong> recauchutadores<br />

mais exigentes;<br />

l Devem ser submeti<strong>dos</strong> a uma manutenção<br />

profissional e regular.<br />

Alguns fabricantes evoluem continuamente o<br />

potencial das suas carcaças. Na Michelin, 80%<br />

das carcaças são, efetivamente, recauchutadas.<br />

ao máximo o desempenho das carcaças<br />

de origem; a homogeneidade dimensional<br />

que oferece garante um desgaste mais<br />

regular, independentemente da carcaça<br />

de origem; o aspeto obtido é comparável<br />

ao de um pneu novo, com as laterais e<br />

as marcações totalmente renovadas, o<br />

que é uma vantagem para a aparência<br />

do veículo.<br />

l A FRIO: uma banda de rolamento pré-<br />

-vulcanizada com a sua escultura definitiva<br />

é colocada sobre a carcaça previamente<br />

preparada. A vulcanização a 115°C durante<br />

cerca de três horas garante a coesão<br />

do conjunto. Vantagens: a gestão deste<br />

processo permite recuperar as carcaças<br />

recauchutadas com maior rapidez; proporciona<br />

mais possibilidades de mudança<br />

das esculturas.<br />

A atenção e a experiência que têm os operadores<br />

de recauchutagem são cruciais<br />

nas etapas de seleção,<br />

verificação, reparação e revestimento das<br />

carcaças, para garantir a qualidade e a fiabilidade<br />

do produto acabado.<br />

CONSEGUE-SE<br />

ECONOMIZAR?<br />

A escolha correta <strong>dos</strong> pneus e cuidar da<br />

manutenção durante toda a sua vida útil é<br />

a melhor forma de reduzir os custos. Realizada<br />

segundo as regras estabelecidas pelo<br />

fabricante, o reesculturado também pode<br />

representar:<br />

l Até 25% mais de km percorri<strong>dos</strong>;<br />

l Até 2 litros de combustível economizado<br />

em cada 100 km;<br />

l 70 kg de matéria-prima economizada em<br />

cada quatro pneus reescultura<strong>dos</strong>, o equivalente<br />

a um pneu novo.<br />

Poderá parecer surpreendente, mas um<br />

pneu reesculturado é económico porque<br />

se gasta mais<br />

lentamente do que um pneu novo, o que permite<br />

obter uma economia no combustível<br />

DOIS PROCESSOS<br />

DE RECAUCHUTAGEM<br />

O processo de recauchutagem consiste<br />

numa série de passos, com equipamento<br />

específico usado em cada um deles. De<br />

acordo com as prioridades, o proprietário<br />

do camião pode escolher entre dois processos<br />

de recauchutagem:<br />

l A QUENTE: a borracha em frio é colocada<br />

sobre a carcaça previamente preparada<br />

(cima + flancos). O conjunto é colocado<br />

num molde que vai dar o perfil definitivo<br />

ao pneu recauchutado. A vulcanização<br />

é realizada numa prensa de cozedura<br />

a 160°C, durante cerca de uma hora, tal<br />

como para o fabrico de um pneu novo.<br />

Vantagens: se for efetuado pelos próprios<br />

fabricantes, este processo permite explorar<br />

NOVOS EVOLUEM<br />

GRAÇAS AOS USADOS<br />

O conhecimento profundo <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />

serve de guia para a evolução das estruturas<br />

e materiais para as futuras gerações<br />

de pneus. Alguns <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

realizam, eles próprios, a recauchutagem<br />

<strong>dos</strong> seus pneus. Alguns recorrem aos exames<br />

que efetuam aquando da chegada das<br />

carcaças às suas fábricas de recauchutagem,<br />

para melhor analisarem o impacto da utilização<br />

real nos seus pneus. Estes da<strong>dos</strong>,<br />

observa<strong>dos</strong> ano após ano, completam os<br />

testes realiza<strong>dos</strong> em laboratório e nas pistas<br />

de ensaios, fornecendo informação muito<br />

valiosa para os desenhadores de pneus novos.<br />

Este conhecimento profundo orienta a<br />

evolução das estruturas e <strong>dos</strong> materiais para<br />

as futuras gerações de pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67


Técnica<br />

Desde a chegada às fábricas de recauchutagem,<br />

os pneus são submeti<strong>dos</strong> a uma revisão<br />

profunda (86<br />

pontos de controlo, no caso da Michelin).<br />

A síntese destes diagnósticos constitui<br />

uma fantástica fonte de informação sobre<br />

os pneus atuais. Os engenheiros da marca<br />

interpretam estes da<strong>dos</strong> para otimizar os<br />

pneus do futuro.<br />

PERFORMANCES<br />

IGUAIS ÀS DE NOVO<br />

Um pneu recauchutado pode ter as mesmas<br />

performances de um pneu novo, se a carcaça<br />

de origem for de qualidade superior, robusta<br />

e resistente, bem como se os materiais, as<br />

tecnologias, as capacidades e a experiência<br />

profissional, aplicadas pelo recauchutador,<br />

forem excelentes. Alguns fabricantes recauchutadores<br />

utilizam para os seus pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> as mesmas borrachas e as<br />

mesmas esculturas patenteadas do que<br />

para os pneus novos, restabelecendo a arquitetura<br />

inicial. Uma garantia de qualidade<br />

que permite recuperar as performances <strong>dos</strong><br />

pneus novos e uma garantia de economia, já<br />

que poderá reesculturar no futuro os pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

RECAUCHUTADOS<br />

ECONOMIZAM?<br />

A recauchutagem conjuga três vantagens<br />

para o orçamento de pneus de um frotista,<br />

sem comprometer a segurança:<br />

- Um pneu recauchutado é 40 % mais barato<br />

do que o pneu novo equivalente;<br />

- Poderá percorrer 100% mais de quilómetros<br />

(a recauchutagem de uma carcaça, realizada<br />

por um especialista, duplica a vida útil <strong>dos</strong><br />

pneus a um custo menor);<br />

- Várias recauchutagens (em função da análise<br />

externa e interna da carcaça, um pneu<br />

pode ser recauchutado várias vezes, para<br />

realizar ainda mais quilómetros).<br />

A capacidade de recauchutagem <strong>dos</strong> pneus<br />

depende da atividade e da gestão da frota.<br />

Se o frotista apostar no prolongamento da<br />

vida útil <strong>dos</strong> pneus, deverá ter em conta<br />

os fatores que influenciam o seu desgaste:<br />

- As características intrínsecas do pneu (robustez<br />

e resistência da carcaça, tipo e volume<br />

das borrachas, esculturas adaptadas às suas<br />

utilizações);<br />

l A pressão de enchimento <strong>dos</strong> pneus;<br />

l O nível de carga <strong>dos</strong> eixos;<br />

l O estado do veículo (alinhamento <strong>dos</strong><br />

eixos, geometria do veículo);<br />

l O estilo de condução.<br />

EM NOME DA<br />

FLEXIBILIDADE<br />

DO NEGÓCIO<br />

Para uma escolha correta, o frotista deve<br />

seguir as recomendações da marca e os<br />

conselhos do distribuidor. Para uma gestão<br />

ótima do stock, dispõe de diferentes opções<br />

para voltar a montar os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

nos seus veículos. Depois de recauchutado,<br />

um pneu pode voltar a ser montado num<br />

eixo diferente do original. É desaconselhada<br />

a montagem de um pneu recauchutado no<br />

eixo de direção, recomendando-se a montagem<br />

no eixo motriz ou portador <strong>dos</strong> veículos.<br />

Podem ser utiliza<strong>dos</strong> diferentes tipos de<br />

pneus nos veículos em função da atividade<br />

desenvolvida. Os transportadores e<br />

empresas do setor da construção podem<br />

pedir os pneus recauchuta<strong>dos</strong> que melhor se<br />

adaptam à utilização, graças aos diferentes<br />

tipos de esculturas disponíveis. Os fabricantes<br />

recauchutadores, com a sua variedade de<br />

modelos, contribuem para a flexibilidade de<br />

utilização <strong>dos</strong> veículos. Um pneu recauchutado<br />

pode substituir um pneu novo, tendo<br />

em conta as seguintes condições:<br />

é possível reduzir o custo por quilómetro através<br />

de um bom sistema de gestão de pneus, que inclua<br />

reescultura<strong>dos</strong> ou recauchuta<strong>dos</strong> de qualidade<br />

68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


<strong>Pneus</strong> reescultura<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong><br />

l To<strong>dos</strong> os pneus recauchuta<strong>dos</strong> de um<br />

mesmo eixo devem ter características iguais<br />

(mesma marca de recauchutador; mesma<br />

dimensão; mesmo modelo e categoria de<br />

utilização; estrutura - radial ou diagonal;<br />

mesmo índice de velocidade e de capacidade<br />

de carga).<br />

Não se pode misturar num mesmo eixo pneus<br />

novos com outros recauchuta<strong>dos</strong> (esta opção<br />

apenas se pode recomendar de forma transitária<br />

para tratar de uma avaria em estrada).<br />

PRESERVAR O MEIO<br />

AMBIENTE<br />

Os pneus reescultura<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong><br />

implicam uma economia de recursos naturais<br />

e ajudam a preservar o meio ambiente.<br />

Estas duas operações permitem prolongar a<br />

vida útil <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, o que equivale<br />

a reduzir consumo de recursos naturais em<br />

17 milhões de toneladas por ano em todo<br />

o mundo, conforme estimado pela Agência<br />

para o Meio Ambiente e Gestão de Energia.<br />

Eis os benefícios do pneu reesculturado para<br />

o meio ambiente:<br />

l Menos emissões de CO 2 Até 1,6 toneladas/ano.<br />

Com pneus reescultura<strong>dos</strong>, um<br />

veículo reduz o seu consumo de combustível<br />

e as suas emissões de CO 2 (exemplo de um<br />

conjunto de veículos que percorra 120.000<br />

km/ano com uma taxa de pneus reescultura<strong>dos</strong><br />

de 25%).<br />

l Menos matéria-prima consumida 100<br />

kg de matéria-prima consumida por cada<br />

cinco pneus reescultura<strong>dos</strong>.<br />

l Menos resíduos 200 kg de pneus usa<strong>dos</strong><br />

para reciclar por cada quatro reescultura<strong>dos</strong>.<br />

Agora os benefícios do pneu recauchutado<br />

para o meio ambiente:<br />

l Menos emissões de CO 2 100 pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

representam cinco toneladas<br />

de matéria-prima não consumida e mais de<br />

seis toneladas de CO 2 não emitidas para a<br />

atmosfera.<br />

l Menos matéria-prima consumida 1<br />

recauchutado = 50 kg de matéria-prima<br />

economizada. A borracha necessária para<br />

recauchutar uma carcaça é de apenas 20 kg<br />

em média (um ganho de 70% relativamente<br />

ao necessário para fabricar um pneu novo).<br />

l Menos resíduos 300 kg para um reboque<br />

de três eixos. O recauchutado <strong>dos</strong> seis pneus<br />

de um reboque de três eixos representa menos<br />

seis pneus usa<strong>dos</strong> para reciclar. ♦<br />

Porquê<br />

reesculturar?<br />

Porquê<br />

recauchutar?<br />

+ 10%<br />

em aderência e motricidade<br />

2 vezes mais<br />

quilómetros<br />

Até -2 l/100 km<br />

de economia de combustível<br />

Melhoria <strong>dos</strong> custos de exploração:<br />

4 x =1 x<br />

pneus<br />

reescultura<strong>dos</strong><br />

pneu novo<br />

economizado<br />

70 kg<br />

de matéria-prima economizada<br />

<strong>Pneus</strong><br />

novos<br />

100%<br />

<strong>Pneus</strong><br />

novos<br />

30%<br />

pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong><br />

pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong><br />

40%<br />

de economia na compra<br />

Consumo de matéria-prima<br />

Resíduos para reciclar<br />

50 kg menos<br />

por cada pneu recauchutado<br />

Rentabilidade - ecologia - Segurança<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 69


Avaliação Obrigatória<br />

Classe<br />

compacta<br />

Espaçoso, eficaz, elitista. O Classe B da Mercedes-Benz, cuja carroçaria se situa a<br />

meio caminho entre um tradicional hatchback de cinco portas e um monovolume<br />

compacto, é um automóvel pleno de oportunidade. Na versão 200d, de 150 cv,<br />

que traz acoplada caixa automática de oito velocidades, tudo tem a sua razão de ser<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Mercedes-Benz B 200d<br />

A<br />

par do A, <strong>dos</strong> CLA (Coupé; Shooting<br />

Break) e GLA, o B faz parte<br />

da classe compacta da Mercedes-Benz,<br />

que reúne uma fatia<br />

significativa de vendas. Se dúvidas houvesse,<br />

atente-se nos da<strong>dos</strong> divulga<strong>dos</strong> pela marca<br />

alemã no passado mês de agosto. De acordo<br />

com o comunicado, os automóveis compactos<br />

da Mercedes-Benz registaram um<br />

crescimento de 29,7% em julho. No sétimo<br />

mês deste ano, o novo Classe B alcançou um<br />

crescimento mundial muito forte: 52,7%. De<br />

janeiro a julho de 2019, foram vendi<strong>dos</strong>, em<br />

todo o mundo, mais de 368.000 modelos<br />

Classe A, B, CLA, CLA Shooting Brake e GLA<br />

(+7,3%). Já a popularidade do novo Classe A<br />

continua, com um crescimento nas vendas<br />

unitárias de 33,6% nos primeiros sete meses<br />

deste ano. Vê, caro leitor, como o Classe<br />

B, que, na presente edição, é analisado na<br />

versão 200d, tem toda a razão de ser, por<br />

mais que o seu design exterior não reúna<br />

consenso?<br />

PRESENÇA VISTOSA<br />

Sem romper totalmente com as linhas do<br />

modelo da anterior geração, antes pelo<br />

contrário, o Classe B, que foi lançado no final<br />

de 2018, começa por demarcar-se pela<br />

presença vistosa da sua carroçaria de cinco<br />

portas, que se situa a meio caminho entre<br />

um tradicional hatchback de cinco portas<br />

e um monovolume compacto. Goste-se ou<br />

não das suas linhas exteriores, ache-se ou<br />

não que são “desajeitadas” e pouco fluidas,<br />

a verdade é o Classe B, para mais este, que<br />

está equipado com linha AMG (€2.250), pintura<br />

metalizada cinzento “Mountain” (€750),<br />

teto de abrir panorâmico em vidro (€1.450)<br />

e vidros escureci<strong>dos</strong> (€400), consegue convencer<br />

pelo estilo.<br />

Por dentro, este modelo ganhou um visual<br />

moderno e vanguardista. O interior não<br />

difere muito, claro está, <strong>dos</strong> restantes modelos<br />

compactos da Mercedes-Benz, mas<br />

apresenta-se mais “folgado” em termos de<br />

habitabilidade e mala. Mais: adota uma abordagem<br />

completamente nova face ao modelo<br />

da geração anterior, redefinindo, de acordo<br />

com a marca, o luxo moderno na classe <strong>dos</strong><br />

automóveis compactos, transmitindo uma<br />

nova sensação de espaço. E, nisto, o Classe<br />

B é exímio.<br />

A nova arquitetura do habitáculo tem na<br />

eliminação da grelha de ventilação, que<br />

habitualmente existe na secção superior<br />

do tablier, o seu ex-líbris. Como resultado,<br />

a estrutura principal do tablier, em forma de<br />

asa, estende-se entre as portas dianteiras,<br />

sem descontinuidade visual. A qualidade de<br />

construção está em alta, assim como o posto<br />

de condução. Dispositivos de segurança,<br />

não faltam. Já no que toca a equipamento,<br />

esta unidade dispõe, para além <strong>dos</strong> extras<br />

acima menciona<strong>dos</strong>, outros dois: Pack Premium<br />

(€3.850); Pack de Conectividade para<br />

smartphone (€500). Contas feitas, são nada<br />

menos do que €9.200 de opções. Interessante<br />

no Classe B é o painel de instrumentos,<br />

de ecrã amplo, totalmente independente,<br />

que transmite a sensação de estar a “flutuar”<br />

no interior. As desportivas saídas de<br />

ventilação, com visual em forma de turbina<br />

(podem dispor de iluminação), são outros<br />

elementos de destaque no interior.<br />

ELEVADA COMPETÊNCIA<br />

Além de ser um modelo compacto confortável,<br />

seguro, fácil de controlar, pouco<br />

gastador e com boa capacidade de resposta<br />

ao movimento descendente do pé direito,<br />

o B 200d vale, também, pela envolvência<br />

sem precedentes que oferece. Ter uma doce<br />

e sensual voz feminina que comunica connosco<br />

e executa as tarefas que ditamos,<br />

não é para to<strong>dos</strong>. E, isto, deve-se ao MBUX<br />

(Mercedes-Benz User Experience), que abre<br />

caminho a uma nova era nos serviços Mercedes<br />

me connect. Uma das características<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71


Avaliação Obrigatória<br />

Mercedes-Benz B 200d<br />

Hankook Ventus S1 evo2<br />

tecnologia<br />

“sound absorber”<br />

w O Mercedes-Benz B 200d que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha<br />

equipado com Hankook Ventus S1 evo2, de medida 225/45 R 18 91W<br />

em ambos os eixos. O inovador desenho de três camadas, inspirado<br />

no DTM, com a sua disposição especial em escada, garante uma zona<br />

de contacto uniforme com a estrada, assegurando uma tração mais<br />

eficaz. As distâncias de travagem curtas e o rendimento em piso<br />

molhado situa-se acima da média. A tecnologia “sound absorber”<br />

reduz, significativamente, o ruído na cavidade do pneu. Mesmo não<br />

tendo grandes pretensões desportivas, o B 200d faz uso de umas<br />

“borrachas” eficazes.<br />

únicas deste sistema reside, precisamente,<br />

na sua capacidade de interação. Graças à<br />

inteligência artificial, o MBUX pode ser personalizado<br />

e adapta-se ao utilizador, criando,<br />

desta forma, uma ligação emocional.<br />

Os pontes fortes do MBUX incluem o opcional<br />

cockpit panorâmico de alta resolução<br />

com operação tátil do ecrã multimédia, o<br />

ecrã de navegação com tecnologia de<br />

realidade aumentada e, ainda, o controlo<br />

inteligente por voz com reconhecimento<br />

de discurso natural, que é ativado com a<br />

palavra-código “Olá, Mercedes” ou, apenas,<br />

“Mercedes”. Disponível está, também, um<br />

head-up display. O ecrã tátil surge incluído<br />

no conceito touch control, trio constituído<br />

pelo ecrã tátil, pelo touchpad existente na<br />

consola central e pelos botões de controlo<br />

táteis localiza<strong>dos</strong> no volante.<br />

O MBUX vem revolucionar, autenticamente,<br />

a experiência de utilização do veículo. As<br />

características de apresentação apelativas<br />

destacam a abrangência da estrutura de<br />

controlo e dispõem de imagens 3D de alta<br />

resolução, que são reproduzidas em tempo<br />

Espaço, qualidade,<br />

equipamento e<br />

segurança não faltam<br />

no Classe B, que<br />

dispõe do MBUX<br />

real. Os novos e aperfeiçoa<strong>dos</strong> serviços Mercedes<br />

me connect estão a ser lança<strong>dos</strong> com<br />

a nova geração do sistema de informação<br />

e entretenimento MBUX, que incluem funções<br />

de navegação baseadas no “Car-to-X<br />

communication” (informação trocada entre<br />

veículos sobre acontecimentos regista<strong>dos</strong><br />

por sensores, como, por exemplo, travagem<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1950<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,0x92,3<br />

Taxa de compressão 15,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/3400<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 320/1400-3200<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção common rail<br />

Sobrealimentação<br />

turbo VTG + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

automática de 8+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,0<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (305)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (295)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

Multilink<br />

Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 219<br />

0-100 km/h (s) 8,3<br />

CONSUMO (L/100 KM)<br />

Cons. Extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 4,0/4,5/5,5<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 130<br />

Nível de emissões<br />

Euro 6d<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,25<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4419/1796/1<strong>56</strong>2<br />

Distância entre eixos (mm) 2729<br />

Vias frente/trás (mm) 1<strong>56</strong>7/1547<br />

Capacidade do depósito (l) 43<br />

Capacidade da mala (l) 445-1530<br />

Peso (kg) 1535<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 10,23<br />

Jantes de série<br />

6 1/2Jx16”<br />

<strong>Pneus</strong> de série<br />

205/60 R16<br />

PNEUS DE TESTE<br />

Hankook Ventus S1 evo2,<br />

225/45 R18 91W<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €227,65<br />

PREÇO (s/ despesas) €42.250<br />

Unidade testada €51.626<br />

de emergência, intervenção do controlo de<br />

estabilidade ou comunicação manual de<br />

um acidente por parte do condutor) e no<br />

localizador de veículo, o que torna mais fácil<br />

encontrar a viatura estacionada, assim como<br />

enviar uma mensagem se esta sofrer uma<br />

colisão ou for rebocada. Ainda há dúvidas<br />

que o Classe B é uma boa escolha? u<br />

72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


Em Estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Ford Focus ST Vignale 1.5 EcoBoost<br />

Assinatura especial<br />

A Vignale não é uma Focus ST qualquer. Ao dispor de uma assinatura<br />

especial, trata-se da carrinha mais luxuosa do segmento C. A justificar<br />

este título, está a cor “Diffused Silver” que reveste a carroçaria,<br />

os acabamentos croma<strong>dos</strong> e as jantes de 18” específicas. Isto no que<br />

se refere ao exterior. É que, por dentro, detalhes exclusivos também<br />

não faltam, como se comprova na qualidade <strong>dos</strong> revestimentos<br />

em pele, no conforto <strong>dos</strong> bancos e no maior recheio em termos<br />

de equipamento. Bem construída, com um posto de condução<br />

correto e uma boa habitabilidade e mala, a Focus ST Vignale faz-se<br />

valer ainda de um desempenho dinâmico de elevado gabarito. Não<br />

tendo propriamente uma suspensão macia nem um comando da<br />

caixa rápido, a direção oferece<br />

uma precisão convincente, os<br />

travões são competentes, os<br />

pneus são do melhor que a<br />

Michelin tem e as prestações do<br />

motor a gasolina, 1.5 EcoBoost<br />

de 150 cv, aqui associado a uma<br />

caixa manual de seis velocidades,<br />

permite adotar um ritmo<br />

de condução mais irreverente,<br />

ainda que com consumos não<br />

muito apelativos. Carrinhas, há muitas, é um facto, mas nenhuma<br />

na classe exibe a exclusividade da Focus ST Vignale, o que, só<br />

por si, já é um fator diferenciador. O preço (€27.629, sem extras<br />

nem despesas) é que não é irresistível. Mas existem campanhas<br />

especiais disponíveis.<br />

Fiat 500X 1.3 Turbo DCT S-Design<br />

Fator “X”<br />

Pintado de verde “Alpi” e aprimorado por umas jantes de 18”pretas<br />

(€440), o 500X 1.3 Turbo DCT S-Design está disponível por €26.<strong>56</strong>5.<br />

Preço que pode ser considerado competitivo atendendo ao espaço<br />

oferecido para ocupantes e bagagem, ao bom nível de prestações<br />

que alcança, aos consumos comedi<strong>dos</strong> que regista e ao nível de<br />

equipamento recheado, onde não faltam to<strong>dos</strong> os itens que, hoje,<br />

se tornaram indispensáveis num SUV compacto, como é o caso do<br />

Uconnect Link (Apple Carplay e Android Auto),Serviços Uconnect<br />

LIVE (diversas aplicações como Twitter e Facebook), Hill Holder,<br />

volante desportivo multifunções em pele, alerta de transposição<br />

de faixa de rodagem, faróis dianteiros full LED, barras de tejadilho<br />

em cinzento escuro acetinado,<br />

cruise control, TPMS e<br />

vidros escureci<strong>dos</strong>, só para<br />

citarmos alguns exemplos.<br />

Menos convincente é a qualidade<br />

de alguns materiais.<br />

Já o desempenho dinâmico,<br />

carece de alguma precisão<br />

e solidez. Para mais, sendo<br />

a caixa automática de seis<br />

velocidades pouco rápida. No entanto, o 500X consegue proporcionar<br />

bons momentos ao volante, quanto mais não seja pela<br />

pronta capacidade de resposta <strong>dos</strong> 150 cv e 270 Nm do motor a<br />

gasolina 1.3 FireFly. A direção até tem boa assistência e a carroçaria<br />

não exibe demasiado rolamento em curva. Mas a elegância deste<br />

modelo fala, de facto, mais alto.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1496<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 240/1600<br />

Velocidade máxima (km/h) 208<br />

0-100 km/h (s) 9,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,3<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 125<br />

Preço €27.629<br />

IUC €158,92<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Michelin Pilot Sport 4, 235/40R18 91W<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1332<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 270/1850<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 9,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,5<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 155<br />

Preço €26.<strong>56</strong>5<br />

IUC €158,92<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Goodyear Eagle F1, 225/45R18 91Y<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73


Em Estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Kia ProCeed 1.4 T-GDi GT Line<br />

Cruzamento de espécies<br />

O ProCeed é um automóvel difícil de definir. De frente, lembra um<br />

familiar de quatro portas “convencional”. De perfil e de traseira, assemelha-se<br />

a uma carrinha. Mas de uma coisa podemos estar certos: este<br />

Kia exibe um design marcante que se pauta, na versão GT Line (grelha<br />

dianteira escura e jantes de 17”) pela elegância e bom gosto. Depois,<br />

a carroçaria pintada de vermelho (cor menos habitual numa proposta<br />

de cariz familiar), confere-lhe ousadia. Por dentro, o ProCeed reúne<br />

to<strong>dos</strong> os argumentos que deixam os pais de família rendi<strong>dos</strong> aos seus<br />

encantos: espaço amplo para ocupantes e bagagem; posto de condução<br />

ergonómico; equipamento expressivo; dispositivos de segurança<br />

presentes em número elevado.<br />

Dispondo de um ambiente sóbrio,<br />

onde impera o preto e a<br />

boa qualidade geral <strong>dos</strong> materiais,<br />

o habitáculo exibe alguns<br />

pormenores interessantes.<br />

Quanto à condução propriamente<br />

dita, não esquecendo<br />

que a unidade aqui presente<br />

está equipada com o motor a<br />

gasolina 1.4 T-GDi de 140 cv, que traz acoplada caixa manual de seis<br />

velocidades, o ProCeed não é propriamente o modelo mais económico<br />

da sua classe, mas exibe boa solidez e reações previsíveis em todas<br />

as circunstâncias. As prestações são bastante interessantes.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1353<br />

Potência máxima (cv/rpm) 140/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 242/1500-3200<br />

Velocidade máxima (km/h) 210<br />

0-100 km/h (s) 9,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,8<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 132<br />

Preço €27.090<br />

IUC €158,92<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Michelin Primacy 3, 225/45R17 91W<br />

Volkswagen T-Cross 1.0 TSI Life<br />

Laranja mecânica<br />

O T-Cross é o modelo de acesso à oferta SUV da Volkswagen.<br />

Ainda que não esteja muito distante <strong>dos</strong> seus irmãos em termos<br />

estéticos, no que à qualidade diz respeito, a proliferação<br />

de maiores superfícies plásticas e de materiais menos nobres<br />

indicam que este modelo está uns furos abaixo <strong>dos</strong> T-Roc, Tiguan<br />

e, como é óbvio, Touareg. No entanto, o trunfo do T-Cross<br />

não está na qualidade de construção, mas no preço a que é<br />

comercializado (€22.336 no caso da versão Life com motor a<br />

gasolina 1.0 TSI de 115 cv com caixa manual de seis velocidades),<br />

no design bem conseguido, no posto de condução correto,<br />

no nível de conforto convincente e no habitáculo funcional.<br />

O espaço para ocupantes e<br />

bagagem é algo limitado, é<br />

certo, mas nada de grave.<br />

Quanto a equipamento e<br />

dispositivos de segurança,<br />

o T-Cross também não desilude.<br />

As prestações e os<br />

consumos, por seu turno, até<br />

são deveras interessantes, tal<br />

como o desempenho dinâmico, sendo de realçar o conforto<br />

em ordem de marcha e, sobretudo, a suavidade do motor a<br />

gasolina, que quase nem se dá por ele ao ralenti. O comando<br />

da caixa agradável, a direção precisa q.b. e a boa solidez do<br />

conjunto são argumentos que jogam a favor deste pequeno<br />

SUV, embora, no cômputo geral, passe no teste apenas com<br />

nota média.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 200/2000-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 193<br />

0-100 km/h (s) 10,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,9<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 133<br />

Preço €22.336<br />

IUC €124,38<br />

<strong>Pneus</strong> teste Hankook Ventus Prime 3,<br />

205/55R17 91V<br />

74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019


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76 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016

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