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Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro - 2012 - SECOVIRIO

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<strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

<strong>2012</strong>


CENTRO DE PESQUISA E ANÁLISE DA INFORMAÇÃO – CEPAI<br />

Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r estatístico – Maurício Eiras Mesquita<br />

INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS<br />

cepai@secovirio.com.br<br />

REDAÇÃO E EDIÇÃO<br />

Gustavo Monteiro Amâncio<br />

PROJETO GRÁFICO, CAPA E DIAGRAMAÇÃO<br />

Adriano Moura <strong>do</strong>s Santos<br />

FOTOGRAFIAS<br />

Banco <strong>de</strong> Imagens gratuito e Shutterstock.


DIRETORIA SECOVI RIO GESTÃO 2010/2014<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Pedro José Maria Fernan<strong>de</strong>s Wähmann<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />

Leonar<strong>do</strong> Con<strong>de</strong> Villar Schnei<strong>de</strong>r<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Financeira e <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Maria Teresa Men<strong>do</strong>nça Dias<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Administrativo<br />

Ronal<strong>do</strong> Coelho Netto<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Marketing<br />

João Augusto Pessôa<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Jurídico<br />

Rômulo Cavalcante Mota<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos Con<strong>do</strong>miniais<br />

Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Locações<br />

Antonio Paulo <strong>de</strong> Garcia Monnerat


Sumário<br />

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................... 8<br />

2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................................................................................... 10<br />

3. ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS ........................................................................................................................................................................ 12<br />

. 3.1. Con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s no Secovi <strong>Rio</strong> ............................................................................................................................................................. 12<br />

3.2. Unida<strong>de</strong>s em con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais verticais ...............................................................................................................................................13<br />

3.3. Número médio <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s ............................................................................................................................................................................ 14<br />

3.4. Número <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s por bairro .......................................................................................................................................................................15<br />

3.5. Valor da taxa con<strong>do</strong>minial por metro quadra<strong>do</strong> ................................................................................................................................................ 16<br />

3.6. Percentual <strong>de</strong> atraso e inadimplência da cota con<strong>do</strong>minial ............................................................................................................................17<br />

3.7. Gasto por rubrica ......................................................................................................................................................................................................... 18<br />

3.8. Perfil <strong>do</strong>s lançamentos <strong>de</strong> <strong>2012</strong>: áreas <strong>de</strong> lazer ................................................................................................................................................. 19<br />

4. ADMINISTRAÇÃO DE LOCAÇÃO ...................................................................................................................................................................................20<br />

4.1. IMÓVEIS RESIDENCIAIS ............................................................................................................................................................................................20<br />

4.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e variação em <strong>2012</strong> ......................................................................................................................20<br />

4.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por regiões ..................................................................................................................................................22<br />

4.1.3. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> quartos .............................................................................................................24<br />

4.1.4. Variação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> (2010 x 2011 x <strong>2012</strong>) .................................................................................................................26<br />

4.1.5. Proporção entre aluguel e con<strong>do</strong>mínio (por metro quadra<strong>do</strong>) ........................................................................................................... 27<br />

4.1.6. Percentual <strong>do</strong>s imóveis administra<strong>do</strong>s ........................................................................................................................................................28<br />

4.1.7. Garantias locatícias ...........................................................................................................................................................................................28<br />

4.1.8. Taxas <strong>de</strong> impontualida<strong>de</strong> e inadimplência .................................................................................................................................................29<br />

4.1.9. Rentabilida<strong>de</strong> ......................................................................................................................................................................................................30<br />

4.1.10. Número <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> apartamentos-padrão ..........................................................................................................................................31<br />

4.1.11. Perfil <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s .........................................................................................................................................................................33<br />

4.2. IMÓVEIS COMERCIAIS ..............................................................................................................................................................................................36<br />

4.2.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – salas comerciais ........................................................................................................................36<br />

4.2.2. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – lojas .............................................................................................................................................. 37<br />

4.2.3. Impontualida<strong>de</strong> e inadimplência .................................................................................................................................................................38<br />

4.2.4. Garantias locatícias .........................................................................................................................................................................................38<br />

4.2.5. Rentabilida<strong>de</strong> ....................................................................................................................................................................................................39


5. COMPRA E VENDA - IMÓVEIS USADOS ......................................................................................................................................................................42<br />

5.1. IMÓVEIS RESIDENCIAIS ............................................................................................................................................................................................42<br />

5.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e variação em <strong>2012</strong> ......................................................................................................................42<br />

5.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> quartos .............................................................................................................46<br />

5.1.3. Variação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – 2010 x 2011 x <strong>2012</strong> ............................................................................................................... 47<br />

5.1.4. Ruas <strong>de</strong> grife .......................................................................................................................................................................................................49<br />

5.1.5. Coberturas ..........................................................................................................................................................................................................52<br />

5.1.6. Casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio ......................................................................................................................................................................................53<br />

5.1.7. Tamanho médio <strong>do</strong>s imóveis por quartos e bairros ................................................................................................................................54<br />

5.1.8. Número <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> apartamentos-padrão ...........................................................................................................................................55<br />

5.1.9. Número e perfil <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s ......................................................................................................................................................56<br />

5.2. Niterói .....................................................................................................................................................................................................................58<br />

5.2.1. Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda nos municípios atendi<strong>do</strong>s pelo Secovi <strong>Rio</strong> ................................................................60<br />

5.3. IMÓVEIS COMERCIAIS ..............................................................................................................................................................................................64<br />

5.3.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – salas comerciais .......................................................................................................................64<br />

5.3.2. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – lojas .............................................................................................................................................65<br />

6. COMPRA E VENDA - IMÓVEIS NOVOS .......................................................................................................................................................................66<br />

6.1. Número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s lançadas ................................................................................................................................................................................66<br />

6.2. Tamanho médio das unida<strong>de</strong>s lançadas (m²) .....................................................................................................................................................68<br />

6.3. Unida<strong>de</strong>s lançadas por faixa <strong>de</strong> preço ..................................................................................................................................................................70<br />

6.4. Lançamentos por bairro .............................................................................................................................................................................................71<br />

6.5. Minha Casa, Minha Vida ............................................................................................................................................................................................ 72<br />

7. ANÁLISES ESPECIAIS .......................................................................................................................................................................................................... 75<br />

7.1. UPPs ................................................................................................................................................................................................................................ 75<br />

7.2. Gastos mínimos na locação .....................................................................................................................................................................................80<br />

7.3. Garagem e suíte .......................................................................................................................................................................................................... 81<br />

7.4. Financiamentos imobiliários .....................................................................................................................................................................................82<br />

7.5. Coleta <strong>de</strong> lixo no município <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> ........................................................................................................................................................................84<br />

9. SECOVI RIO NA MÍDIA ......................................................................................................................................................................................................87<br />

9.1. Jornais, revistas e sites ...............................................................................................................................................................................................88<br />

9.2. TV ....................................................................................................................................................................................................................................90<br />

10. CONCLUSÕES ..................................................................................................................................................................................................................94


Cui<strong>de</strong>m, vigiem, cobrem<br />

José Mariano Beltrame<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Segurança <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

O <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> vive um momento crucial em sua história<br />

recente. As UPPs avançam como programa<strong>do</strong> e os efeitos,<br />

ainda que espera<strong>do</strong>s e previsíveis ao senso comum, estão<br />

geran<strong>do</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento muito além das<br />

projeções mais otimistas. É como se a metrópole estivesse<br />

aguardan<strong>do</strong> uma trégua na violência diária para recuperar seu<br />

papel no turismo, nos serviços, na cultura, no esporte e até<br />

mesmo na indústria. E esse processo continua contribuin<strong>do</strong><br />

para o fortalecimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário no <strong>Rio</strong>, como a<br />

edição <strong>de</strong> 2011 <strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Janeiro</strong> já havia <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>.<br />

Não é uma solução mágica nem imediata. E muito menos<br />

consolidada, gostaria <strong>de</strong> ressaltar. É verda<strong>de</strong> que, juntamente<br />

com o programa <strong>de</strong> metas para redução <strong>do</strong>s crimes, as UPPs<br />

vão aos poucos trazen<strong>do</strong> <strong>de</strong> volta certa normalida<strong>de</strong> à vida <strong>do</strong><br />

carioca. O processo <strong>de</strong> pacificação <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> retirou os excessos,<br />

a gordura <strong>do</strong> crime, mas também está nos ensinan<strong>do</strong> uma<br />

lição importante: a gran<strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência entre segurança<br />

pública, educação, saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento econômico.<br />

Constatamos isso quan<strong>do</strong> recebemos a notícia <strong>de</strong> que, nas<br />

escolas das áreas pacificadas, a frequência <strong>do</strong>s alunos aumentou<br />

e o rendimento escolar melhorou significativamente. Ou <strong>de</strong><br />

que nos hospitais públicos das áreas pacificadas o número<br />

<strong>de</strong> vítimas caiu bastante. Ou ainda quan<strong>do</strong> um dirigente <strong>do</strong><br />

Clube <strong>de</strong> Diretores Lojistas diz num jornal que o comércio<br />

<strong>de</strong> rua no entorno das áreas pacificadas está renascen<strong>do</strong>. As<br />

lojas voltaram a ficar abertas até as 22h e estão contratan<strong>do</strong><br />

funcionários novos, o número <strong>de</strong> estabelecimentos fechan<strong>do</strong><br />

portas é <strong>de</strong>crescente e a arrecadação <strong>do</strong> ISS só aumenta.<br />

Estu<strong>do</strong> da Fundação Getulio Vargas, que utilizou da<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

instituições como o Sindicato da Habitação (Secovi <strong>Rio</strong>) para<br />

analisar indica<strong>do</strong>res socioeconômicos nas UPPs <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> entre os anos <strong>de</strong> 2007 e 2010, mostra a ampliação e<br />

6


egularização <strong>do</strong> abastecimento <strong>de</strong> água em comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

<strong>Rio</strong>, o que fez com que muitos mora<strong>do</strong>res passassem a receber<br />

água potável pela primeira vez. O mesmo aconteceu com a<br />

energia elétrica, que começou a ser fornecida <strong>de</strong> maneira<br />

regular, com tarifas sociais. A iluminação pública e a coleta<br />

regular <strong>de</strong> lixo também chegaram a muitas vielas das áreas<br />

pacificadas.<br />

No dia <strong>do</strong> aniversário <strong>de</strong> quatro anos da primeira UPP, os jornais<br />

noticiaram que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Bolsa <strong>de</strong> Imóveis <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Janeiro</strong>, o preço <strong>de</strong> uma residência na antiga favela Santa Marta<br />

– agora uma comunida<strong>de</strong> cada vez mais integrada ao bairro<br />

<strong>de</strong> Botafogo – subiu em média 20% <strong>de</strong>pois da pacificação. No<br />

Alemão, na Rocinha, no Vidigal os preços <strong>do</strong>s imóveis foram<br />

mais além.<br />

polícia, ou seja, a política <strong>de</strong> segurança em prática há seis anos<br />

não estará consolidada, enquanto for apenas uma política <strong>de</strong><br />

governo. É preciso transformá-la em política <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, algo<br />

que ultrapasse o tempo <strong>do</strong>s mandatos e seus governantes.<br />

A história recente nos mostra que não po<strong>de</strong>mos ser ingênuos.<br />

E o apelo que faço a esta instituição é o mesmo que tenho feito<br />

nas outras casas organizadas que constituem a trama social<br />

que une os cariocas. Cui<strong>de</strong>m, vigiem e cobrem. Só assim to<strong>do</strong><br />

esse trajeto percorri<strong>do</strong> até aqui - o pouco que nos parece muito<br />

- não terá si<strong>do</strong> em vão.<br />

Mas, por trás <strong>de</strong>sse pequeno festival <strong>de</strong> notícias positivas, gostaria<br />

<strong>de</strong> chamar a atenção para o <strong>de</strong>talhe mais importante. As UPPs,<br />

o programa <strong>de</strong> metas, a tentativa <strong>de</strong> integração das polícias,<br />

a reforma curricular das aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> ensino, o aumento <strong>do</strong><br />

quadro <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> segurança, a valorização da função <strong>de</strong><br />

7<br />

Complexo <strong>do</strong> Alemão


1. APRESENTAÇÃO<br />

O <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> nunca esteve tão em evidência como agora.<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 2013, o jornal americano The New York Times<br />

colocou a cida<strong>de</strong> em primeiro lugar na lista <strong>de</strong> melhores<br />

<strong>de</strong>stinos turísticos, à frente <strong>de</strong> outros 45 <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.<br />

Para on<strong>de</strong> quer que se olhe as melhorias são nítidas. Ainda há<br />

um longo caminho a percorrer e muitos problemas a serem<br />

resolvi<strong>do</strong>s, mas as intervenções, que farão parte <strong>do</strong> lega<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2016, estão levantan<strong>do</strong> a autoestima <strong>do</strong>s<br />

cariocas.<br />

con<strong>do</strong>miniais por metro quadra<strong>do</strong>, o gasto total com a locação<br />

em diversos bairros (luz, gás, con<strong>do</strong>mínio e aluguel), número <strong>de</strong><br />

imóveis oferta<strong>do</strong>s mensalmente para venda e locação, relação<br />

entre número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s nos<br />

con<strong>do</strong>mínios, diferença <strong>de</strong> preços entre imóveis com garagem<br />

e suíte e unida<strong>de</strong>s sem essas vantagens.<br />

Em sua terceira edição, o <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong><br />

preten<strong>de</strong> ajudar os consumi<strong>do</strong>res, os empresários e os<br />

jornalistas a enten<strong>de</strong>r o momento que o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> está<br />

viven<strong>do</strong>, contribuin<strong>do</strong> assim para a evolução <strong>do</strong> setor e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da Cida<strong>de</strong> Maravilhosa.<br />

Nesse contexto <strong>de</strong> mudanças, o merca<strong>do</strong> imobiliário também<br />

vem evoluin<strong>do</strong>. A expansão da cida<strong>de</strong> para a Zona Oeste,<br />

a recuperação da Zona Norte, o or<strong>de</strong>namento urbano na<br />

Zona Sul, os projetos <strong>de</strong> revitalização <strong>do</strong> Centro e da região<br />

portuária estão transforman<strong>do</strong> a vida <strong>de</strong> milhões. Programas<br />

como o Minha Casa, Minha Vida estão permitin<strong>do</strong> a milhares<br />

<strong>de</strong> pessoas terem contato com uma nova realida<strong>de</strong>: morar em<br />

con<strong>do</strong>mínios.<br />

Para avaliar o impacto <strong>de</strong>ssas transformações e o<br />

comportamento <strong>do</strong> segmento, cuja dinâmica se confun<strong>de</strong> com<br />

a própria evolução da cida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong><br />

Secovi <strong>Rio</strong> segue firme na missão <strong>de</strong> coletar e analisar da<strong>do</strong>s<br />

estatísticos sobre con<strong>do</strong>mínios, compra, venda, locação e<br />

administração <strong>de</strong> imóveis resi<strong>de</strong>nciais e comerciais.<br />

Sempre buscan<strong>do</strong> ampliar o alcance e fortalecer sua importância<br />

como fonte <strong>de</strong> informação no segmento, incluíram-se<br />

itens inéditos no <strong>do</strong>cumento, entre eles os preços das taxas<br />

8


Agra<strong>de</strong>cemos a colaboração das entida<strong>de</strong>s<br />

– públicas e privadas – que compartilharam<br />

conosco seus da<strong>do</strong>s estatísticos, fundamentais<br />

para a elaboração <strong>de</strong>sta publicação: Prefeitura<br />

da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, Fe<strong>de</strong>ração<br />

<strong>do</strong> Comércio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

(Fecomércio-RJ), Associação Brasileira das<br />

Administra<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> Imóveis (Abadi), IBGE,<br />

Associação <strong>de</strong> Dirigentes <strong>de</strong> Empresas <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> (A<strong>de</strong>mi-RJ), Associação<br />

Brasileira das Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Crédito <strong>Imobiliário</strong><br />

e Poupança (Abecip), CEG, Comlurb e Light.<br />

Nosso agra<strong>de</strong>cimento também às empresas<br />

que participaram <strong>do</strong> projeto Indica<strong>do</strong>res<br />

Habitacionais, inicia<strong>do</strong> em 2010. São elas:<br />

∞ Administra<strong>do</strong>ra Quatro Marias Ltda.<br />

∞ AD’<strong>Rio</strong> Administração <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

∞ Apsa – Administração Predial e Negócios <strong>Imobiliário</strong>s S.A.<br />

∞ BCF Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Bens Ltda.<br />

∞ Cipa – Participações e Administração S.A.<br />

∞ Crase-Sigma Empreendimentos <strong>Imobiliário</strong>s Ltda.<br />

∞ Emaci – Empresa <strong>de</strong> Assessoria a Con<strong>do</strong>mínios e Imóveis Ltda.<br />

∞ Estasa – Empresa <strong>de</strong> Serviços Técnicos e Administrativos Ltda.<br />

∞ Imobiliária Zirtaeb Ltda.<br />

∞ Lown<strong>de</strong>s & Sons S/A – Administração, Corretagem e Representação<br />

∞ Marva – Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

∞ ML Administração <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

∞ Pacífica Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

∞ Palmares Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

∞ Tibúrcio Rodrigues Imóveis Ltda.<br />

9<br />

Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas


2. INTRODUÇÃO<br />

Em <strong>2012</strong>, os preços médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> imóveis<br />

resi<strong>de</strong>nciais para venda subiram menos que em 2011 e 2010. Os<br />

números obti<strong>do</strong>s nas pesquisas para o <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong><br />

<strong>Imobiliário</strong> <strong>2012</strong> confirmam a tendência <strong>de</strong> estabilização, mas<br />

ainda apontam valorização. A forte <strong>de</strong>manda e o bom momento<br />

econômico da cida<strong>de</strong> fizeram com que os valores subissem<br />

acima da inflação - em to<strong>do</strong>s os bairros pesquisa<strong>do</strong>s, a variação<br />

foi superior a 5%.<br />

Para o merca<strong>do</strong> imobiliário, <strong>2012</strong> foi o ano das Zonas Norte e<br />

Oeste, conforme previmos na última edição da publicação. A<br />

expansão <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> para essas regiões, capitaneada pela instalação<br />

das UPPs, pelos investimentos em mobilida<strong>de</strong> urbana e pela<br />

construção <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> lazer como o Parque <strong>de</strong> Madureira,<br />

fez renascer o bairrismo e o orgulho <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res. Dos<br />

10 maiores índices <strong>de</strong> valorização para venda, oito foram<br />

registra<strong>do</strong>s nessas áreas.<br />

Destaque para o Méier, on<strong>de</strong> o metro quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s apartamentos<br />

<strong>de</strong> 4 quartos valorizou 48,1%, índice mais eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. O<br />

aumento <strong>do</strong> policiamento no bairro influenciou o merca<strong>do</strong>,<br />

uma vez que <strong>de</strong>volveu liqui<strong>de</strong>z a imóveis antes <strong>de</strong>svaloriza<strong>do</strong>s.<br />

Na Zona Oeste, investimentos em transporte e infraestrutura,<br />

como o BRT TransOeste, impulsionam o merca<strong>do</strong>. A região, que<br />

sediará gran<strong>de</strong> parte das competições <strong>do</strong>s Jogos Olímpicos <strong>de</strong><br />

2016, está passan<strong>do</strong> por uma série <strong>de</strong> melhorias e tem si<strong>do</strong> um<br />

<strong>do</strong>s alvos preferi<strong>do</strong>s das construtoras.<br />

No que diz respeito à locação, a Gávea <strong>de</strong>sponta. Próxima ao<br />

Jardim Botânico e à Lagoa, e a poucos quilômetros <strong>de</strong> São<br />

Conra<strong>do</strong> e da Barra da Tijuca, ela oferece aos seus mora<strong>do</strong>res<br />

uma série <strong>de</strong> vantagens: comércio varia<strong>do</strong>, bares e restaurantes,<br />

espaços <strong>de</strong> lazer etc. Soman<strong>do</strong>-se a isso, a expectativa pela<br />

inauguração da Linha 4 <strong>do</strong> metrô está mexen<strong>do</strong> com o merca<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> locação resi<strong>de</strong>ncial local.<br />

De acor<strong>do</strong> com o levantamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa<br />

<strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, duas das cinco maiores variações no preço <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong>, no ramo <strong>de</strong> aluguéis, entre to<strong>do</strong>s os bairros<br />

analisa<strong>do</strong>s, foram registradas na Gávea: 28,3% (3 quartos) e 37,6%<br />

(2 quartos). De clima agradável, o tranquilo Jardim Botânico<br />

também tem se <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>: nesse local, apurou-se variação <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> 29,0% para unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 3 quartos.<br />

Quan<strong>do</strong> se fala em rentabilida<strong>de</strong>, mais uma vez as Zonas Norte<br />

e Oeste saem na frente. Vila Isabel, Jacarepaguá, Tijuca e<br />

Méier foram os bairros on<strong>de</strong> se registraram as maiores taxas<br />

<strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> simples em <strong>2012</strong>, ou seja, representaram<br />

excelentes opções para os interessa<strong>do</strong>s em investir em imóveis<br />

10


para locação resi<strong>de</strong>ncial. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se apenas os preços<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para locação e venda, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>2012</strong>, o bairro com a maior rentabilida<strong>de</strong> foi Vila Isabel (0,47%),<br />

segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Jacarepaguá (0,45%), Tijuca (0,44%) e Méier (0,43%).<br />

Vale lembrar que os índices são superiores ao rendimento da<br />

poupança (0,4273%).<br />

Ao longo <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, muito se falou em aumento <strong>de</strong> aluguéis<br />

por conta da pouca oferta <strong>de</strong> apartamentos-padrão em certas<br />

regiões da cida<strong>de</strong>. Mas, ao analisar as quantida<strong>de</strong>s colocadas<br />

nesse merca<strong>do</strong>, o <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2012</strong><br />

revelou o oposto: <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro, aumentou em 66,62%<br />

o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s disponíveis.<br />

No tocante à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quartos, percebe-se que o merca<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> imóveis compactos, <strong>de</strong> apenas 1 <strong>do</strong>rmitório, <strong>de</strong>spontou,<br />

com aumento <strong>de</strong> 88,88% no número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s ofertadas <strong>de</strong><br />

janeiro a <strong>de</strong>zembro (279 para 527). Apesar disso, a quantida<strong>de</strong><br />

ainda está bastante aquém da alta <strong>de</strong>manda por apartamentos<br />

com esse perfil.<br />

A publicação aponta ainda que existem no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> 28.175<br />

con<strong>do</strong>mínios. Entre os 19.790 que forneceram informações<br />

mais específicas, 9.867 – ou seja, 49,9% – estão na Zona Norte.<br />

A Zona Sul, com 6.029, vem em seguida. A Zona Oeste conta<br />

com número menor, 2.948, mas a tendência é <strong>de</strong> mudança<br />

nesse cenário para os próximos anos, uma vez que a cida<strong>de</strong> está<br />

se expandin<strong>do</strong> para essa região. O Centro, on<strong>de</strong> a construção<br />

civil caminha mais <strong>de</strong>vagar, possui apenas 946.<br />

Uma gran<strong>de</strong> parcela não está atenta à importância <strong>de</strong> ter o<br />

auxílio <strong>de</strong> uma administra<strong>do</strong>ra na gestão <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio:<br />

55,2% ainda não utilizam tal tipo <strong>de</strong> serviço. Muitos gestores<br />

não atentaram para o fato <strong>de</strong> que um edifício <strong>de</strong>sassisti<strong>do</strong> fica<br />

suscetível a sérias perdas financeiras, o que po<strong>de</strong> prejudicar os<br />

mora<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>svalorizar o patrimônio. Por isso a parceria com<br />

uma administra<strong>do</strong>ra é <strong>de</strong> extrema importância. Mesmo para os<br />

síndicos mais experientes, esse respal<strong>do</strong> é imprescindível. Porém,<br />

aos poucos, síndicos e mora<strong>do</strong>res vão se conscientizan<strong>do</strong>:<br />

44,8% contam com o suporte <strong>de</strong> uma administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong><br />

imóveis.<br />

Em um merca<strong>do</strong> dinâmico como o carioca, a coleta <strong>de</strong><br />

informações tem se torna<strong>do</strong> uma tarefa cada vez mais<br />

complexa, mas o Secovi <strong>Rio</strong> segue firme no propósito <strong>de</strong> levar<br />

a to<strong>do</strong>s os seus representa<strong>do</strong>s números que reflitam não só o<br />

comportamento <strong>do</strong>s preços, mas um pouco sobre o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

vida <strong>de</strong> uma parcela crescente da população. Mais <strong>do</strong> que um<br />

levantamento estatístico, o <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong><br />

<strong>2012</strong> preten<strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentar uma parte da história da moradia<br />

no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>.<br />

Boa leitura!<br />

11


3. ADMINISTRAÇÃO DE<br />

CONDOMÍNIOS<br />

3.1. Con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s no Secovi <strong>Rio</strong><br />

Apesar <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho menos expressivo, em comparação<br />

com os <strong>de</strong> 2011 e 2010, o setor da construção civil cresceu 4%<br />

em <strong>2012</strong>. A taxa <strong>de</strong> investimentos no setor ficou em torno <strong>do</strong>s<br />

17,5% <strong>do</strong> PIB. Em todas as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, é nítida a proliferação<br />

<strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios. O aumento da renda da população e a oferta<br />

<strong>de</strong> crédito permitiram a milhões <strong>de</strong> brasileiros alcançar o sonho<br />

da casa própria.<br />

Uma gran<strong>de</strong> parcela não está atenta à importância <strong>de</strong> ter o<br />

auxílio <strong>de</strong> uma administra<strong>do</strong>ra na gestão <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio:<br />

55,2% ainda não utilizam tal tipo <strong>de</strong> serviço. Mas, aos poucos,<br />

síndicos e mora<strong>do</strong>res vão perceben<strong>do</strong> que uma administração<br />

profissional é imprescindível para a tranquilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

habitantes e para a valorização <strong>do</strong> patrimônio: 44,8% contam<br />

com o suporte <strong>de</strong> uma administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> imóveis.<br />

Total <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios por tipo <strong>de</strong> administração<br />

No <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, todas as regiões receberam empreendimentos<br />

<strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong>. O programa Minha Casa, Minha Vida<br />

também ampliou o acesso da população aos con<strong>do</strong>mínios.<br />

Morar em espaços como esses está se tornan<strong>do</strong> comum nos<br />

gran<strong>de</strong>s centros urbanos.<br />

De acor<strong>do</strong> com levantamento realiza<strong>do</strong> para esta publicação,<br />

existem no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> 28.175 con<strong>do</strong>mínios, mas 19.790,<br />

ou seja, 70% <strong>de</strong>les, forneceram informações mais específicas,<br />

como finalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> empreendimento e tipo <strong>de</strong> administração.<br />

A tabela mostra que a Zona Norte concentra a maior parte <strong>do</strong>s<br />

con<strong>do</strong>mínios, 9.867, seguida da Zona Sul, com 6.029. A Zona<br />

Oeste conta com número menor, 2.948, mas a tendência é <strong>de</strong><br />

mudança nesse cenário para os próximos anos, uma vez que a<br />

cida<strong>de</strong> está se expandin<strong>do</strong> para essa região. O Centro, on<strong>de</strong> a<br />

construção civil caminha mais <strong>de</strong>vagar, possui apenas 946.<br />

12<br />

A gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios se classifica como resi<strong>de</strong>ncial<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>: 90,4%, o que significa um universo<br />

<strong>de</strong> 17.882 empreendimentos. O restante, 1.908, enquadrase<br />

na categoria “não resi<strong>de</strong>ncial”, classifican<strong>do</strong>-se, portanto,<br />

como con<strong>do</strong>mínios para fins comerciais. A região com maior<br />

número <strong>de</strong> edifícios resi<strong>de</strong>nciais é a Zona Sul, on<strong>de</strong> 96,8%<br />

<strong>de</strong>les se enquadram nessa categoria. Do la<strong>do</strong> oposto, o Centro<br />

concentra o maior volume <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios não resi<strong>de</strong>nciais,<br />

66,2%, confirman<strong>do</strong> a vocação comercial da área.


Total <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios por classificação<br />

A Zona Oeste é a região com a maior proporção <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios<br />

resi<strong>de</strong>nciais com até 10 unida<strong>de</strong>s: 62,3%. Apesar <strong>de</strong> a Barra da<br />

Tijuca ser famosa pelas gran<strong>de</strong>s construções com milhares <strong>de</strong><br />

mora<strong>do</strong>res, uma área <strong>de</strong>sse bairro, o Jardim Oceânico, conta<br />

com um expressivo volume <strong>de</strong> edifícios pequenos, <strong>de</strong> apenas<br />

cinco unida<strong>de</strong>s, o que justifica a alta porcentagem. O mesmo<br />

ocorre no Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes. No outro extremo, o<br />

Centro <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> é o que tem a maior proporção <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios<br />

com mais <strong>de</strong> 100 unida<strong>de</strong>s: 16,0%.<br />

Em números absolutos, a Zona Norte tem a maior quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios com até 10 unida<strong>de</strong>s, 3.696, seguida da Zona<br />

Sul, com 1.577. Já a Zona Oeste conta com a maior quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios verticais resi<strong>de</strong>nciais com mais <strong>de</strong> 100<br />

apartamentos, 209, seguida da Zona Norte, com 170.<br />

3.2. Unida<strong>de</strong>s em con<strong>do</strong>mínios<br />

resi<strong>de</strong>nciais verticais<br />

No <strong>Rio</strong>, a área que possui a maior<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais<br />

verticais é a Zona Norte: 8.102. Uma<br />

análise sobre o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s nos<br />

con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong>ssa natureza<br />

em toda a cida<strong>de</strong> aponta que a maior parte<br />

<strong>de</strong>les (47,1%) possui poucos apartamentos:<br />

até 10. A faixa seguinte, <strong>de</strong> 11 a 20 unida<strong>de</strong>s,<br />

engloba 26,5% <strong>do</strong> total. E apenas 3,6%<br />

<strong>de</strong>les possuem mais <strong>de</strong> 100.<br />

13


3.3. Número médio <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s<br />

Para que um con<strong>do</strong>mínio possa funcionar, é necessário que<br />

ele tenha um quadro <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s eficientes e <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s.<br />

Mas você já parou para pensar em qual é o número médio <strong>de</strong><br />

colabora<strong>do</strong>res por con<strong>do</strong>mínio? Uma análise sobre a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> profissionais nas quatro principais zonas da cida<strong>de</strong> revela<br />

que a Oeste tem o maior número médio <strong>de</strong> funcionários por<br />

con<strong>do</strong>mínio: cinco. A Zona Norte está no la<strong>do</strong> oposto, com o<br />

menor número médio: 2,9.<br />

A Zona Oeste é também a que possui a maior proporção <strong>de</strong><br />

empreendimentos com apenas um emprega<strong>do</strong>: 65,1%. Isso<br />

se <strong>de</strong>ve à gran<strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios com poucas<br />

unida<strong>de</strong>s, em áreas como o Jardim Oceânico e Recreio <strong>do</strong>s<br />

Ban<strong>de</strong>irantes, que requerem menos mão <strong>de</strong> obra.<br />

Ao mesmo tempo, essa região, on<strong>de</strong> também está situada a<br />

Barra da Tijuca, com seus imensos con<strong>do</strong>mínios-clube, é<br />

a que tem a maior proporção <strong>de</strong> edifícios com mais <strong>de</strong> sete<br />

funcionários: 16,0%. A alta incidência é facilmente justificável:<br />

quanto maiores as construções e os espaços comuns, maior<br />

a <strong>de</strong>manda por trabalha<strong>do</strong>res para cuidar da limpeza, da<br />

segurança, da manutenção etc.<br />

Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a análise, a maior parte <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios,<br />

ou seja, 39,7%, conta com apenas um funcionário para as<br />

ativida<strong>de</strong>s básicas <strong>do</strong> dia a dia. Mas também é expressivo o<br />

número <strong>de</strong> empreendimentos com equipe <strong>de</strong> quatro a sete<br />

funcionários: 2.181, ou seja, 28,1%.<br />

14


3.4. Número <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s por bairro<br />

O <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2012</strong> fez uma análise mais<br />

apurada sobre a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s nos con<strong>do</strong>mínios<br />

resi<strong>de</strong>nciais verticais em diversos bairros <strong>de</strong> todas as regiões. De<br />

uma maneira geral, os da Zona Sul têm uma proporção maior<br />

<strong>de</strong> funcionários em relação ao número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s.<br />

Isso significa que a média <strong>de</strong> apartamentos por emprega<strong>do</strong><br />

é mais baixa que em outras áreas <strong>do</strong> município. Para alguns<br />

especialistas, a justificativa é que, nessa região, on<strong>de</strong><br />

tradicionalmente os prédios são menores, os mora<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong>mandam mais conforto e comodida<strong>de</strong>s, o que inclui uma<br />

prestação <strong>de</strong> serviços mais personalizada. Consequentemente,<br />

o número <strong>de</strong> funcionários precisa ser mais robusto.<br />

Nos edifícios resi<strong>de</strong>nciais <strong>do</strong> Leblon, por exemplo, está a<br />

maior proporção <strong>de</strong> funcionários. A média <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s por<br />

emprega<strong>do</strong>, portanto, é a menor da cida<strong>de</strong>: quatro. A Lagoa<br />

vem em seguida, com cinco. E, quanto menor a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

apartamentos por colabora<strong>do</strong>r, maior o custo con<strong>do</strong>minial.<br />

No la<strong>do</strong> oposto, a região central e a Zona Norte são as áreas<br />

on<strong>de</strong> se registra a menor proporção <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s por<br />

apartamento. Consequentemente, a média <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s por<br />

funcionário é bem mais expressiva. A maior <strong>de</strong>las foi registrada<br />

no Centro: 19. Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r e Irajá também têm médias<br />

altas: 17 e 16, respectivamente.<br />

Confira a tabela:<br />

15


3.5. Valor da taxa con<strong>do</strong>minial<br />

por metro quadra<strong>do</strong><br />

Um con<strong>do</strong>mínio tem muitas <strong>de</strong>spesas:<br />

folha <strong>de</strong> pagamento, contas <strong>de</strong> consumo,<br />

intervenções para manutenção e<br />

conservação das partes comuns,<br />

procedimentos administrativos, compra<br />

<strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> limpeza e uniformes etc.<br />

To<strong>do</strong>s esses gastos soma<strong>do</strong>s compõem<br />

o valor que será ratea<strong>do</strong> entre os<br />

mora<strong>do</strong>res, ou seja, servem <strong>de</strong> base para<br />

o cálculo da taxa con<strong>do</strong>minial.<br />

Governa<strong>do</strong>r (R$ 3,59/m²), Vila Isabel (R$ 4,84/m²) e Méier (R$ 5,01/m²). Nesses locais,<br />

há menos emprega<strong>do</strong>s por unida<strong>de</strong>s que em outras áreas da cida<strong>de</strong>, principalmente em<br />

comparação com a Zona Oeste. Por isso o valor <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio acaba cain<strong>do</strong>. Veja os<br />

números na tabela:<br />

Pela primeira vez o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

pesquisa <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong> analisou o valor da<br />

taxa associada à área <strong>do</strong>s apartamentos.<br />

Os três maiores valores médios <strong>do</strong><br />

con<strong>do</strong>mínio em relação aos metros<br />

quadra<strong>do</strong>s foram encontra<strong>do</strong>s na Barra<br />

da Tijuca (R$ 8,51/m²), Lagoa (R$ 8,13/<br />

m²) e Jardim Botânico (R$ 7,85/m²). No<br />

bairro da Zona Oeste, o que aumenta o<br />

valor <strong>do</strong> rateio são as inúmeras opções<br />

<strong>de</strong> lazer que muitos con<strong>do</strong>mínios<br />

costumam oferecer. Já na Zona Sul, os<br />

custos com emprega<strong>do</strong>s e segurança<br />

são os fatores que pesam na conta.<br />

Os três bairros on<strong>de</strong> se registram as<br />

menores taxas con<strong>do</strong>miniais em relação<br />

aos metros quadra<strong>do</strong>s são Ilha <strong>do</strong><br />

16


3.6. Percentual <strong>de</strong> atraso e inadimplência da<br />

cota con<strong>do</strong>minial<br />

Percentual <strong>de</strong> inadimplência <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio resi<strong>de</strong>ncial<br />

- 2011 x <strong>2012</strong><br />

Nos últimos <strong>do</strong>is anos, o número <strong>de</strong> inadimplentes e pessoas<br />

que atrasam o pagamento da taxa con<strong>do</strong>minial em até 30<br />

dias cresceu cerca <strong>de</strong> 20% no município <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. Especialistas<br />

alegam que o aumento foi causa<strong>do</strong> pelas mudanças <strong>do</strong> Código<br />

Civil, em vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003, que reduziram o limite da multa por<br />

atraso da cota <strong>de</strong> 20% para 2%.<br />

Síndicos e administra<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>vem estar atentos. Se o<br />

con<strong>do</strong>mínio arrecada menos que o programa<strong>do</strong>, po<strong>de</strong> acabar<br />

<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> arcar com algumas responsabilida<strong>de</strong>s. O caixa<br />

<strong>de</strong>sfalca<strong>do</strong> interfere nos pagamentos <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> consumo,<br />

na realização <strong>de</strong> obras importantes para a saú<strong>de</strong> da edificação e<br />

na segurança <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res, só para citar alguns exemplos.<br />

Em <strong>2012</strong>, acen<strong>de</strong>u o sinal <strong>de</strong> alerta: os índices <strong>de</strong> inadimplência<br />

foram maiores que os registra<strong>do</strong>s em quase to<strong>do</strong>s os meses<br />

<strong>do</strong> ano anterior analisa<strong>do</strong>s nesta pesquisa. Os picos chegaram<br />

a 12,3%, em junho, e 12,5%, em julho, meses em que os gastos<br />

das famílias aumentam por conta das férias escolares. A boa<br />

notícia é que, <strong>de</strong> julho em diante, a inadimplência veio cain<strong>do</strong>,<br />

fechan<strong>do</strong> novembro em 10,0%.<br />

Percentual <strong>de</strong> atraso <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio resi<strong>de</strong>ncial - 2011 x <strong>2012</strong><br />

No que diz respeito aos atrasos (não pagamento até o limite <strong>de</strong><br />

30 dias), os índices mais altos <strong>de</strong> <strong>2012</strong> ocorreram em janeiro<br />

(10,7%) e fevereiro (10,9%), meses em que as <strong>de</strong>spesas com IPTU,<br />

IPVA, material escolar, férias e parcelamentos <strong>de</strong> compras <strong>de</strong> fim<br />

<strong>de</strong> ano costumam pesar no bolso. Em <strong>2012</strong>, a impontualida<strong>de</strong><br />

foi maior que em 2011 durante quase to<strong>do</strong> o ano, exceto em<br />

setembro, outubro e novembro.<br />

Com relação aos con<strong>do</strong>mínios comerciais, a taxa <strong>de</strong><br />

inadimplência ficou acima da <strong>do</strong>s resi<strong>de</strong>nciais em <strong>2012</strong>,<br />

oscilan<strong>do</strong> entre 10,4% e 16,8%. Ainda assim, foi menor que<br />

em quase to<strong>do</strong>s os meses <strong>de</strong> 2011. Da mesma forma que os<br />

resi<strong>de</strong>nciais, os picos ocorrem no meio <strong>do</strong> ano: junho (16,1%),<br />

julho (15,9%) e agosto (16,8%).<br />

17


Já a curva <strong>de</strong> atrasos <strong>de</strong>monstra algo curioso: <strong>de</strong> fevereiro a<br />

maio, 2011 teve índices mais expressivos que no ano seguinte.<br />

De junho em diante, houve uma inversão: a taxa <strong>de</strong> atrasos<br />

foi maior em <strong>2012</strong>. Novamente, os picos ocorreram em junho<br />

(9,0%) e julho (9,4%). Acompanhe:<br />

Percentual <strong>de</strong> inadimplência <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio comercial<br />

– 2011 x <strong>2012</strong><br />

3.7. Gasto por rubrica<br />

Quan<strong>do</strong> um mora<strong>do</strong>r paga a taxa con<strong>do</strong>minial, nem sempre<br />

se dá conta <strong>de</strong> que aquele valor é imprescindível para garantir<br />

o bem-estar e o conforto <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s. Um edifício é como um<br />

organismo vivo: precisa <strong>de</strong> muitos cuida<strong>do</strong>s para seguir<br />

funcionan<strong>do</strong>. Consequentemente, os gastos são muitos. Uma<br />

tendência entre os con<strong>do</strong>mínios cariocas é gastar a maior parte<br />

da arrecadação para pagar os emprega<strong>do</strong>s: nada menos que<br />

42% <strong>do</strong>s recursos, em média, são direciona<strong>do</strong>s para isso.<br />

Percentual <strong>de</strong> atraso <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio comercial - 2011 x <strong>2012</strong><br />

A água é outro item que encarece. Embora um número<br />

crescente <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios esteja se conscientizan<strong>do</strong> em<br />

relação ao <strong>de</strong>sperdício, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> medidas como a captação<br />

da água da chuva e a medição individualizada, o produto ainda<br />

é caro na nossa cida<strong>de</strong> – em comparação com outros esta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> país –, representan<strong>do</strong> 18% das <strong>de</strong>spesas. A manutenção,<br />

fundamental para o dia a dia, vem em terceiro: consome 13%<br />

<strong>do</strong>s recursos.<br />

18


3.8. Perfil <strong>do</strong>s lançamentos <strong>de</strong> <strong>2012</strong>: áreas <strong>de</strong><br />

lazer<br />

Sinal <strong>do</strong>s tempos: os mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> edifícios têm preferi<strong>do</strong><br />

aproveitar o tempo livre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus con<strong>do</strong>mínios. Além<br />

<strong>do</strong>s transtornos causa<strong>do</strong>s pelos <strong>de</strong>slocamentos, evitam-se os<br />

gastos com lazer. Atentas a essa tendência, as construtoras têm<br />

ofereci<strong>do</strong> aos consumi<strong>do</strong>res empreendimentos cada vez mais<br />

incrementa<strong>do</strong>s, com áreas <strong>de</strong> lazer e espaços <strong>de</strong> convivência<br />

que atendam mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s.<br />

Os cariocas são festeiros, gostam <strong>de</strong> praticar exercícios<br />

físicos e têm uma atração quase embrionária pela água,<br />

por causa <strong>do</strong> clima <strong>de</strong> verão durante quase to<strong>do</strong> o ano. O<br />

perfil <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios lança<strong>do</strong>s em <strong>2012</strong> veio ao encontro<br />

<strong>de</strong>ssas características. De acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s da Associação<br />

<strong>de</strong> Dirigentes <strong>de</strong> Empresas <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> (A<strong>de</strong>mi), a<br />

piscina é o espaço <strong>de</strong> lazer mais presente: está em 94,70% <strong>do</strong>s<br />

con<strong>do</strong>mínios lança<strong>do</strong>s.<br />

A aca<strong>de</strong>mia fica em segun<strong>do</strong>: 81,60% <strong>do</strong>s empreendimentos<br />

têm os equipamentos <strong>de</strong> ginástica em suas <strong>de</strong>pendências.<br />

Os playgrounds vêm em seguida: 76,30% <strong>do</strong>s lançamentos<br />

contam com esse espaço para a garotada. Segun<strong>do</strong> a A<strong>de</strong>mi,<br />

até novembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong> foram lança<strong>do</strong>s 76 con<strong>do</strong>mínios, com<br />

12.281 unida<strong>de</strong>s (média <strong>de</strong> 162 unida<strong>de</strong>s por con<strong>do</strong>mínio).<br />

Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas<br />

19


4. ADMINISTRAÇÃO DE<br />

LOCAÇÃO<br />

4.1. IMÓVEIS RESIDENCIAIS<br />

4.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e<br />

variação em <strong>2012</strong><br />

A Gávea está na crista da onda. Próxima ao Jardim Botânico<br />

e à Lagoa, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s bairros mais valoriza<strong>do</strong>s da Zona Sul, e a<br />

poucos quilômetros <strong>de</strong> São Conra<strong>do</strong> e da Barra da Tijuca, ela<br />

oferece aos seus mora<strong>do</strong>res uma série <strong>de</strong> vantagens: comércio<br />

varia<strong>do</strong>, bares e restaurantes, espaços <strong>de</strong> lazer, um shopping<br />

center quase exclusivo, uma universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renome, sem falar<br />

nas belezas naturais que a cercam. O Centro Cultural Instituto<br />

Moreira Salles, com seus jardins projeta<strong>do</strong>s por Burle Marx, e o<br />

Gávea Tra<strong>de</strong>, um mall com mix diversifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> lojas e serviços,<br />

contribuem para dar o tom cosmopolita ao local. Soman<strong>do</strong>-se<br />

a esses pontos, a expectativa pela inauguração da Linha 4 <strong>do</strong><br />

metrô está mexen<strong>do</strong> com o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> locação resi<strong>de</strong>ncial<br />

na área. Os estudantes, oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vários esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> país,<br />

também ajudam a aquecer a <strong>de</strong>manda pelo aluguel.<br />

De acor<strong>do</strong> com o levantamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa<br />

<strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, duas das cinco maiores variações no preço <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong>, no ramo <strong>de</strong> aluguéis, entre to<strong>do</strong>s os bairros<br />

analisa<strong>do</strong>s, foram registradas na Gávea: 28,3% (3 quartos) e 37,6%<br />

(2 quartos). De clima agradável, o tranquilo Jardim Botânico<br />

também tem se <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>: nesse local, apurou-se variação <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> 29,0% para unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 3 quartos.<br />

Do outro la<strong>do</strong> da cida<strong>de</strong>, os índices <strong>de</strong> valorização estão<br />

mostran<strong>do</strong> que a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida permanente não é um<br />

privilégio da Zona Sul. Em Vila Isabel, famosa pelo ambiente<br />

<strong>de</strong>scontraí<strong>do</strong>, pelas notas musicais que brotam <strong>de</strong> suas<br />

calçadas, pelo farto comércio e, claro, pela força <strong>do</strong> samba, o<br />

aluguel segue se valorizan<strong>do</strong> pelo segun<strong>do</strong> ano consecutivo.<br />

A pacificação das comunida<strong>de</strong>s que cercam o bairro <strong>de</strong> Noel<br />

Rosa contribui para atrair um número crescente <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res.<br />

O preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para locação variou expressivos<br />

34,8% (3 quartos) e 24,8% (2 quartos).<br />

Em Ipanema e no Leblon, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s bairros mais cobiça<strong>do</strong>s da<br />

Zona Sul, o cenário é diferente. Com valorizações vultosas em<br />

2010 e 2011, quan<strong>do</strong> os preços <strong>do</strong>s imóveis foram atualiza<strong>do</strong>s<br />

para seus valores <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, esses bairros apresentaram<br />

variações negativas no metro quadra<strong>do</strong> da locação <strong>de</strong> janeiro<br />

a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Em Ipanema, -3,0% (3 quartos) e -3,3% (1<br />

quarto). A título <strong>de</strong> comparação, em 2011 as variações foram<br />

<strong>de</strong> 27,2% (3 quartos) e 41,9% (1 quarto). No Leblon, o metro<br />

quadra<strong>do</strong> para imóveis <strong>de</strong> 1 quarto teve variação <strong>de</strong> -1,0%, bem<br />

diferente <strong>do</strong> ano anterior, quan<strong>do</strong> houve valorização <strong>de</strong> 18,6%.<br />

Para especialistas <strong>do</strong> setor, a estabilização em alguns bairros<br />

da Zona Sul está acontecen<strong>do</strong> porque a valorização <strong>do</strong>s anos<br />

anteriores já havia si<strong>do</strong> bastante expressiva. A partir <strong>de</strong> agora,<br />

os reajustes nessa região <strong>de</strong>vem ficar próximos aos índices da<br />

inflação.<br />

20


Botafogo<br />

21


4.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por<br />

regiões<br />

Embora os preços <strong>do</strong>s aluguéis na Zona Sul estejam se<br />

estabilizan<strong>do</strong>, comprova-se que não há <strong>de</strong>svalorização, apesar<br />

das variações negativas em alguns bairros. Ao contrário, o valor<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> continua em alta. Esse é o caso da Gávea<br />

e <strong>do</strong> Jardim Botânico, que tiveram algumas das variações mais<br />

elevadas entre os analisa<strong>do</strong>s.<br />

Ipanema representa um caso atípico, porque, apesar das<br />

variações negativas, teve valorização expressiva <strong>de</strong> 25,6%<br />

para unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 4 quartos, ocasionada pela alta procura <strong>de</strong><br />

executivos <strong>de</strong> fora <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> que chegam à cida<strong>de</strong> em busca <strong>de</strong><br />

apartamentos espaçosos <strong>de</strong> alto padrão, um tipo <strong>de</strong> imóvel ainda<br />

pouco oferta<strong>do</strong>. Leblon e Copacabana foram os outros <strong>do</strong>is<br />

bairros da Zona Sul, além <strong>de</strong> Ipanema, com índices negativos:<br />

no primeiro, -1,0% (1 quarto); no segun<strong>do</strong>, -0,9% (2 quartos).<br />

Na Zona Oeste, que está passan<strong>do</strong> por uma série <strong>de</strong> melhorias<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong>s preparativos para os gran<strong>de</strong>s eventos esportivos<br />

que virão, também houve alta nos valores <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

para locação: 34,2% (Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes, 4 quartos), 13,4%<br />

(Jacarepaguá, 2 quartos) e 12,0% (Barra da Tijuca, 2 quartos).<br />

Na Zona Norte, beneficiada pela implantação <strong>de</strong> diversas<br />

UPPs e pelas intervenções urbanísticas <strong>do</strong>s últimos anos, as<br />

valorizações foram bastante significativas: 34,8% (Vila Isabel, 3<br />

quartos), 20,3% (Tijuca, 3 quartos) e 17,3% (Méier, 2 quartos).<br />

Veja os da<strong>do</strong>s nas tabelas a seguir:<br />

ZONA SUL<br />

22


Barra da Tijuca<br />

ZONA OESTE<br />

ZONA NORTE<br />

23


4.1.3. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> segun<strong>do</strong><br />

o número <strong>de</strong> quartos<br />

Analisan<strong>do</strong>-se o comportamento <strong>do</strong>s preços segun<strong>do</strong> o<br />

número <strong>de</strong> <strong>do</strong>rmitórios, percebe-se claramente que as maiores<br />

valorizações estão associadas a apartamentos <strong>de</strong> 3 e 4 quartos.<br />

A provável explicação para isso é a redução na oferta <strong>de</strong>sse<br />

tipo <strong>de</strong> imóvel, aliada à elevação, especialmente na Zona<br />

Sul, da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> estrangeiros e migrantes brasileiros que<br />

<strong>de</strong>sembarcam no <strong>Rio</strong> para trabalhar.<br />

as valorizações mais expressivas estão na Gávea (37,6%), em Vila<br />

Isabel (24,8%) e no Méier (17,3%). Confira:<br />

1 quarto<br />

De janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, as maiores variações no metro<br />

quadra<strong>do</strong> da locação resi<strong>de</strong>ncial para unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 3 quartos<br />

foram registradas em Vila Isabel (34,8%), Jardim Botânico (29,0%)<br />

e Tijuca (20,3%). Para 4 quartos: Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes<br />

(34,2%), Ipanema (25,6%) e Copacabana (25,6%).<br />

Para os apartamentos <strong>de</strong> 1 e 2 quartos, a valorização <strong>do</strong> aluguel<br />

foi menos robusta se comparada à <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais tipos <strong>de</strong> imóvel.<br />

Uma das explicações é que, historicamente, os <strong>de</strong> 2 quartos<br />

representam a maior parte <strong>do</strong> que é construí<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong>.<br />

E a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 quarto lançadas a cada ano<br />

tem cresci<strong>do</strong> justamente para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda gerada pelos<br />

novos arranjos familiares. Os <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> imóvel representavam,<br />

juntos, 53,6% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> apartamentos-padrão disponíveis no<br />

merca<strong>do</strong> (da<strong>do</strong> <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>).<br />

Ainda assim, é crescente a procura, o que faz com que a<br />

valorização continue acontecen<strong>do</strong>. Entre os imóveis <strong>de</strong> 1 quarto,<br />

as maiores variações foram registradas no Méier (26,8%), no<br />

Flamengo (23,8%) e em Botafogo (14,0%). Para os <strong>de</strong> 2 quartos,<br />

24


2 quartos<br />

3 quartos<br />

25<br />

Flamengo


4 quartos<br />

Isso significa que os aluguéis continuam valorizan<strong>do</strong>, mas com<br />

menos intensida<strong>de</strong> que em 2010 e 2011.<br />

A Gávea, que vem se fortalecen<strong>do</strong> como excelente opção <strong>de</strong><br />

moradia, e o Jardim Botânico, <strong>de</strong> clima agradável e próximo à<br />

área mais nobre da Zona Sul, foram os <strong>do</strong>is bairros <strong>de</strong>ssa região<br />

com <strong>de</strong>staque em <strong>2012</strong>: o metro quadra<strong>do</strong> para locação variou<br />

29,3% e 22,7%, respectivamente.<br />

4.1.4. Variação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

(2010 x 2011 x <strong>2012</strong>)<br />

Se na Zona Sul parece que os preços estão alcançan<strong>do</strong> um<br />

teto, a Zona Norte começa a viver um momento auspicioso.<br />

As transformações por que essa área vem passan<strong>do</strong> e a<br />

consolidação da política <strong>de</strong> segurança pública geram melhoria<br />

na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e, consequentemente, maior <strong>de</strong>manda<br />

por imóveis para locação. Três <strong>do</strong>s cinco bairros cujo metro<br />

quadra<strong>do</strong> para aluguel mais se valorizou em <strong>2012</strong> estão nessa<br />

região: Vila Isabel (28,6%), Méier (22,3%) e Tijuca (16,9%).<br />

Em 2010, o merca<strong>do</strong> imobiliário carioca vivia um momento<br />

bastante particular: diversos fatores econômicos e conjunturais<br />

provocaram um boom imobiliário, em vez da bolha que muitos<br />

temiam. Nos anos seguintes, contu<strong>do</strong>, as altas variações<br />

<strong>de</strong> preços <strong>de</strong>ram espaço a valorizações mais mo<strong>de</strong>stas,<br />

principalmente na Zona Sul, on<strong>de</strong> os aluguéis já estavam<br />

bastante eleva<strong>do</strong>s.<br />

Comparativamente aos anos anteriores, os bairros que tiveram<br />

maiores quedas na valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>, <strong>de</strong><br />

2010 para <strong>2012</strong>, foram Botafogo, com perda <strong>de</strong> 57,7 pontos<br />

percentuais, Tijuca, com menos 29,7 pontos, e Leblon, com<br />

menos 27,1. De 2011 para <strong>2012</strong>, Tijuca, Ipanema e Lagoa tiveram<br />

as maiores perdas: -27,2, -24,2 e -18,3 pontos percentuais,<br />

respectivamente.<br />

Em <strong>2012</strong>, perceberam-se sinais <strong>de</strong> estabilização nessa região,<br />

até porque o merca<strong>do</strong> já vinha se ajustan<strong>do</strong>. Mas não se<br />

po<strong>de</strong> falar em queda <strong>de</strong> preços, apenas <strong>de</strong> valorizações mais<br />

mo<strong>de</strong>stas. Dos 10 bairros com maiores variações no preço<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para locação resi<strong>de</strong>ncial, em <strong>2012</strong>, cinco<br />

estão na Zona Sul, três são da Zona Norte e <strong>do</strong>is da Zona Oeste.<br />

O freio na valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para os bairros da<br />

Zona Sul po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong> pelas altas variações <strong>do</strong>s anos<br />

anteriores. Na Zona Norte, a Tijuca, que registrou um boom já<br />

no anúncio da instalação da primeira UPP, em 2010, começou<br />

a apresentar menores valorizações nos anos seguintes. Veja a<br />

seguir:<br />

26


As maiores proporções foram registradas no Méier: 31% para<br />

2 quartos e 27% para 3 quartos. Isso ocorre porque, no bairro,<br />

gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios oferece diversos espaços <strong>de</strong><br />

lazer e serviços diferencia<strong>do</strong>s, comparan<strong>do</strong>-se aos da Barra da<br />

Tijuca e outras áreas consi<strong>de</strong>radas nobres. Isso faz com que<br />

as taxas con<strong>do</strong>miniais aumentem. Como os aluguéis ainda são<br />

mais baratos que os pratica<strong>do</strong>s em outras regiões, a proporção<br />

con<strong>do</strong>mínio/aluguel sobe.<br />

A Barra da Tijuca também se sobressai pela alta proporção, com<br />

27% para 2 quartos e 25% para 3 quartos. Os valores médios das<br />

taxas con<strong>do</strong>miniais, por metro quadra<strong>do</strong>, são os mais eleva<strong>do</strong>s<br />

entre to<strong>do</strong>s os bairros pesquisa<strong>do</strong>s: R$ 9,21 (2 quartos), R$ 7,98<br />

(3 quartos) e R$ 7,66 (4 quartos), o que contribui para elevar essa<br />

proporção.<br />

4.1.5. Proporção entre aluguel e con<strong>do</strong>mínio<br />

(por metro quadra<strong>do</strong>)<br />

Não é incomum o valor <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio correspon<strong>de</strong>r à meta<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> aluguel ou mais. A proporção entre essa taxa e o preço da<br />

locação, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se os valores por metro quadra<strong>do</strong>,<br />

varia <strong>de</strong> 11% a 31% no <strong>Rio</strong>, entre os bairros analisa<strong>do</strong>s pelo<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>. Quanto maior o valor<br />

<strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio em relação ao aluguel, maior a porcentagem.<br />

Já na Zona Sul, as proporções entre as duas variáveis são as mais<br />

mo<strong>de</strong>stas, por um motivo simples: as taxas con<strong>do</strong>miniais por<br />

metro quadra<strong>do</strong> são baixas em relação aos aluguéis pratica<strong>do</strong>s<br />

na região. Sen<strong>do</strong> assim, os <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>res das frações<br />

aumentam e as proporções diminuem. Em Ipanema, registramse<br />

13%, para 2 e 3 quartos, e 11% para 4 quartos. No Leblon, 13%<br />

para 2 quartos, 12% para 3 quartos e 11% para 4 quartos.<br />

É importante ressaltar que, <strong>de</strong> uma maneira geral, taxas<br />

con<strong>do</strong>miniais elevadas geram redução nos aluguéis, como<br />

forma <strong>de</strong> compensação. O Méier tem uma <strong>de</strong>manda bem<br />

específica: os mora<strong>do</strong>res estão adapta<strong>do</strong>s aos preços mais<br />

altos <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio, mas esperam aluguéis mais baixos para<br />

equilibrar os gastos. Ao contrário, na Barra da Tijuca, os aluguéis<br />

mais caros já fazem parte das expectativas <strong>do</strong>s inquilinos.<br />

27


4.1.6. Percentual <strong>do</strong>s imóveis administra<strong>do</strong>s<br />

A maior parte <strong>do</strong>s imóveis aluga<strong>do</strong>s na cida<strong>de</strong> com o suporte<br />

<strong>de</strong> administra<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> imóveis é resi<strong>de</strong>ncial: 74,5%. Já os<br />

comerciais representam 25,5% <strong>do</strong> total. Tamanha polarida<strong>de</strong><br />

se <strong>de</strong>ve a um motivo simples: quase 91% <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios<br />

cariocas são resi<strong>de</strong>nciais. Para os próximos anos, com a<br />

revitalização da Zona Portuária, a expectativa é <strong>de</strong> aumento na<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios comerciais, o que <strong>de</strong>verá elevar<br />

a porcentagem <strong>de</strong> empreendimentos <strong>de</strong>ssa natureza com<br />

suporte <strong>de</strong> administra<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> imóveis.<br />

4.1.7. Garantias locatícias<br />

Entre os diversos tipos <strong>de</strong> garantia exigi<strong>do</strong>s para a formalização<br />

<strong>do</strong>s contratos <strong>de</strong> locação, o fia<strong>do</strong>r é, historicamente, o mais<br />

requisita<strong>do</strong>: em novembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, a porcentagem <strong>de</strong> contratos<br />

basea<strong>do</strong>s na fiança tradicional chegou a 57,5%. Mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

começo <strong>do</strong> ano, houve queda <strong>de</strong> quase 3 pontos percentuais<br />

para a modalida<strong>de</strong>.<br />

28


Para gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s proprietários, a figura <strong>do</strong> fia<strong>do</strong>r traz mais<br />

tranquilida<strong>de</strong>, mas, para a maioria <strong>do</strong>s inquilinos, essa é uma<br />

solução complicada, pois muitos não têm um membro na<br />

família que possa fazer tal papel, e o tempo necessário para<br />

obter toda a <strong>do</strong>cumentação é um problema sério num cenário<br />

<strong>de</strong> poucas ofertas. Por isso, gradativamente, outras garantias<br />

vêm ganhan<strong>do</strong> terreno.<br />

Garantias locatícias – <strong>2012</strong><br />

O seguro-fiança, que em janeiro <strong>de</strong> <strong>2012</strong> representava a garantia<br />

<strong>de</strong> 24,9% <strong>do</strong>s contratos <strong>de</strong> locação, terminou o ano com 26,1%,<br />

um ganho <strong>de</strong> 1,2 ponto percentual. A tendência, segun<strong>do</strong><br />

especialistas, é que esse produto continue cada vez mais em<br />

ascensão, o que, a médio prazo, <strong>de</strong>verá baratear o custo <strong>de</strong><br />

contratação. Um levantamento feito para esta publicação junto<br />

às maiores administra<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> revela: nos últimos seis<br />

meses, o seguro esteve presente em 45% <strong>do</strong>s novos contratos.<br />

O <strong>de</strong>pósito, ou caução, está em 9,3%.<br />

Levan<strong>do</strong>-se em consi<strong>de</strong>ração que há cerca <strong>de</strong> 10 anos a fiança<br />

tradicional reinava absoluta, estan<strong>do</strong> presente em quase 100%<br />

das transações, estamos viven<strong>do</strong> um momento bastante<br />

particular, em que a tendência será a flexibilização <strong>do</strong>s contratos,<br />

mas sem que isso signifique menos eficiência e controle por<br />

parte <strong>do</strong>s administra<strong>do</strong>res e proprietários.<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

4.1.8. Taxas <strong>de</strong> impontualida<strong>de</strong> e<br />

inadimplência<br />

Os índices <strong>de</strong> inadimplência na locação são bastante inferiores<br />

aos <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio, uma vez que a multa por atraso no<br />

pagamento <strong>do</strong>s aluguéis normalmente fica em torno <strong>de</strong> 10%,<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> chegar a 20%, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> contrato. Bem mais<br />

que os 2% <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s pelo Código Civil.<br />

Assim, o índice <strong>de</strong> não pagamento em perío<strong>do</strong> superior a 30<br />

dias ficou quase irrisório em <strong>2012</strong>: apenas 2,1%, com perda<br />

percentual <strong>de</strong> 1,1 ponto ao longo <strong>do</strong> ano.<br />

Os meses com maiores taxas foram janeiro (3,2%) e fevereiro<br />

(3,3%), perío<strong>do</strong> em que normalmente os orçamentos familiares<br />

estão mais aperta<strong>do</strong>s por conta <strong>do</strong>s gastos <strong>de</strong> início <strong>de</strong> ano:<br />

férias, material escolar, impostos etc., comprometen<strong>do</strong> o<br />

pagamento <strong>de</strong> outras obrigações. O ano <strong>de</strong> 2011 teve índices<br />

mais eleva<strong>do</strong>s que <strong>2012</strong> em to<strong>do</strong>s os meses, com <strong>de</strong>staque<br />

para janeiro (5,0%) e fevereiro (3,9%).<br />

29


No que diz respeito à impontualida<strong>de</strong> (não pagamento por um<br />

perío<strong>do</strong> inferior a 30 dias), os índices foram mais expressivos que<br />

os da inadimplência em <strong>2012</strong>, oscilan<strong>do</strong> entre 4,1% (outubro) e<br />

5,0% (maio). Em 2011, a oscilação ficou entre 4,5% (junho) e<br />

5,4% (setembro). Confira:<br />

4.1.9. Rentabilida<strong>de</strong><br />

O que Vila Isabel, Jacarepaguá, Tijuca e Méier têm em comum?<br />

Em <strong>2012</strong>, foram os bairros on<strong>de</strong> se registraram as maiores taxas<br />

<strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> simples, ou seja, representaram excelentes<br />

opções para os interessa<strong>do</strong>s em investir em imóveis para<br />

locação resi<strong>de</strong>ncial.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se apenas os preços <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para<br />

locação e venda, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, o bairro com a maior<br />

rentabilida<strong>de</strong> foi Vila Isabel (0,47%), segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Jacarepaguá<br />

(0,45%), Tijuca (0,44%) e Méier (0,43%). Os índices são superiores<br />

ao rendimento da poupança (0,4273%).<br />

Analisan<strong>do</strong>-se a rentabilida<strong>de</strong> composta, que leva em<br />

consi<strong>de</strong>ração a valorização <strong>do</strong> imóvel no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> um ano,<br />

os índices foram ainda mais anima<strong>do</strong>res. Novamente, <strong>de</strong>staque<br />

para a Zona Norte: Vila Isabel (2,80%) e Méier (1,95%), mas <strong>de</strong>ssa<br />

vez com um bairro da Zona Oeste no grupo, Jacarepaguá<br />

(2,00%).<br />

Maracanã<br />

30


4.1.10. Número <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> apartamentospadrão<br />

Ao longo <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, muito se falou em aumento <strong>de</strong> aluguéis por<br />

conta da pouca oferta <strong>de</strong> apartamentos-padrão em certas regiões<br />

da cida<strong>de</strong>. Mas, ao analisarmos as quantida<strong>de</strong>s colocadas nesse<br />

merca<strong>do</strong>, o que se observa é o oposto: <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro,<br />

aumentou em 66,62% o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s disponíveis.<br />

De maio para junho, por exemplo, a quantida<strong>de</strong> saltou <strong>de</strong> 2.751<br />

para 3.420, um acréscimo <strong>de</strong> 24,32%, a maior taxa <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. De<br />

março para abril, a variação subiu 17,72% (2.443 para 2.876). De<br />

janeiro para fevereiro, 11,97% (2.181 para 2.442).<br />

No tocante à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quartos, percebe-se que o merca<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> imóveis compactos, <strong>de</strong> apenas 1 <strong>do</strong>rmitório, <strong>de</strong>spontou,<br />

com aumento <strong>de</strong> 88,88% no número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s ofertadas <strong>de</strong><br />

janeiro a <strong>de</strong>zembro (279 para 527). Foi uma resposta à gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda <strong>do</strong>s últimos anos.<br />

¹ Divisão <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> m² <strong>de</strong> locação pelo valor <strong>do</strong> m² para venda no mês <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

² Para realizar tal análise, foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> que o imóvel compra<strong>do</strong> em outubro<br />

<strong>de</strong> 2011 estava aluga<strong>do</strong> e assim permaneceu até outubro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Além disso,<br />

foi consi<strong>de</strong>rada a valorização <strong>do</strong> m² para venda <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011 a outubro<br />

<strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

Os <strong>de</strong> 2 quartos tiveram crescimento <strong>de</strong> 84,23% na oferta,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 793, em janeiro, para 1.461 em <strong>de</strong>zembro. A oferta<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 3 <strong>do</strong>rmitórios cresceu 59,22% e <strong>do</strong>s <strong>de</strong> 4 quartos, 26,03%.<br />

Os <strong>de</strong> 2 e 3 quartos representam, juntos, 72% da oferta total <strong>de</strong><br />

apartamentos-padrão em <strong>2012</strong>.<br />

Esses números ajudam a explicar a tendência <strong>de</strong> estabilização<br />

<strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s aluguéis observada em <strong>2012</strong>: com a oferta maior,<br />

os valores ten<strong>de</strong>m a subir menos. Analistas <strong>do</strong> setor afirmam<br />

que um <strong>do</strong>s motivos para o aumento da oferta é a valorização<br />

crescente para venda: com mais dificulda<strong>de</strong> para fechar<br />

negócios, por conta <strong>do</strong>s preços eleva<strong>do</strong>s, muitos proprietários<br />

31


estão optan<strong>do</strong> pela locação. Isso sem falar, claro, na atuação<br />

cada vez mais efetiva <strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>res, que compram os imóveis<br />

para auferir lucro com a locação.<br />

Confira a tabela e os gráficos:<br />

32<br />

Jardim Botânico


4.1.11. Perfil <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s<br />

Entre to<strong>do</strong>s os 4.788 imóveis oferta<strong>do</strong>s para locação<br />

em <strong>2012</strong>, a maioria absoluta era <strong>de</strong> apartamentospadrão:<br />

74,6%. Os outros tipos <strong>de</strong> moradia – que,<br />

soma<strong>do</strong>s, representam 25,4% – são, em or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, coberturas, casaspadrão,<br />

casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio, quitinetes, flats,<br />

casas <strong>de</strong> vila e lofts.<br />

Entre os apartamentos-padrão, a maior quantida<strong>de</strong><br />

contém 2 e 3 quartos. Esses <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> imóvel<br />

representam, soma<strong>do</strong>s, 72,4%. As unida<strong>de</strong>s com<br />

apenas 1 quarto ainda são uma pequena parcela,<br />

14,3% <strong>do</strong> total, apesar <strong>de</strong> os lançamentos <strong>de</strong>sse<br />

tipo <strong>de</strong> apartamento terem aumenta<strong>do</strong> nos últimos<br />

anos. As unida<strong>de</strong>s com 4 quartos ou mais totalizam<br />

13,3%.<br />

No que diz respeito às coberturas, 80,1% <strong>de</strong>las<br />

se enquadram no tipo linear, 18,9% são duplex,<br />

e apenas 1,0% triplex. Entre as casas-padrão, a<br />

maioria absoluta é térrea, 86,4%, ao passo que as<br />

duplex representam 10,3% <strong>do</strong>s 330 imóveis <strong>de</strong>sse<br />

tipo oferta<strong>do</strong>s em novembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Já entre as<br />

casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio percebe-se uma dinâmica<br />

diferente: residências térreas e duplex têm quase<br />

a mesma fatia – 47,0% e 40,0%, respectivamente.<br />

E, nesse caso, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los triplex é<br />

bastante superior em comparação com as casaspadrão:<br />

13,0% <strong>do</strong> total.<br />

Analisan<strong>do</strong>-se as regiões on<strong>de</strong> os imóveis estão<br />

sen<strong>do</strong> oferta<strong>do</strong>s, percebe-se que Barra da Tijuca e<br />

adjacências (Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes, Jacarepaguá,<br />

Vargem Pequena e Vargem Gran<strong>de</strong>) respondiam,<br />

juntas, em novembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, pela maior parte da<br />

oferta <strong>de</strong> imóveis na cida<strong>de</strong>: 43,3%.<br />

Desses, 64,3% estão na própria Barra. O Recreio<br />

vem em seguida, com 22,6% das ofertas. Na<br />

análise, optou-se por separar esses quatro locais<br />

da classificação <strong>de</strong> Zona Oeste porque os <strong>de</strong>mais<br />

bairros da região (Bangu, Campo Gran<strong>de</strong>, Realengo,<br />

Santa Cruz etc.) contam com oferta menor, o que<br />

gera discrepância nos da<strong>do</strong>s.<br />

A Zona Sul é a região com a segunda maior oferta <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s para locação resi<strong>de</strong>ncial na cida<strong>de</strong>: 39,8%<br />

<strong>do</strong> total. Com expressiva quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

edifícios, muitos <strong>de</strong>les com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

por andar, Copacabana é o bairro on<strong>de</strong> se registra a<br />

maior oferta – 20% –, à frente <strong>de</strong> Ipanema e Leblon<br />

(ambos com 15,8%), Flamengo (10,2%) e Botafogo<br />

(10,1%).<br />

Na Zona Norte, que oferece 11,9% <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

imóveis da cida<strong>de</strong>, a Tijuca é o bairro que se<br />

sobressai, com 23,9% das unida<strong>de</strong>s da região. Méier<br />

e Vila Isabel vêm em seguida, com 6,9% e 6,0%,<br />

respectivamente.<br />

33


34<br />

Perfil <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para locação


Imóveis oferta<strong>do</strong>s para locação por regiões e bairros<br />

35


4.2. IMÓVEIS COMERCIAIS<br />

4.2.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

salas comerciais<br />

Próxima ao Centro, bem servida por diversas linhas <strong>de</strong> ônibus<br />

e pelo metrô, e valorizada por conta da instalação das UPPs,<br />

a Tijuca reforçou, em <strong>2012</strong>, sua vocação para o setor <strong>de</strong><br />

comércio e serviços. A maior circulação <strong>de</strong> novos mora<strong>do</strong>res,<br />

atraí<strong>do</strong>s pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> bairro, impulsiona também os<br />

negócios, geran<strong>do</strong> valorização das salas comerciais. De janeiro<br />

a <strong>de</strong>zembro, o metro quadra<strong>do</strong> para locação no bairro da Zona<br />

Norte foi o que mais valorizou entre os locais analisa<strong>do</strong>s pelo<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>: 36,5%. O preço subiu<br />

<strong>de</strong> R$ 37,82 para R$ 51,62.<br />

11,5%, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 55,37 para R$ 61,74. As salas menores,<br />

<strong>de</strong> até 150m², foram as mais valorizadas: o preço <strong>do</strong> metro<br />

quadra<strong>do</strong> aumentou 19,1% <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

Entre os bairros analisa<strong>do</strong>s, Copacabana e Barra da Tijuca<br />

apresentaram as menores variações <strong>de</strong> preços. No primeiro,<br />

o valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> permaneceu praticamente estável,<br />

em torno <strong>do</strong>s R$ 43. Na Barra, on<strong>de</strong> ocorreu a maior parte<br />

<strong>do</strong>s lançamentos em 2011 e <strong>2012</strong>, o aumento da oferta gerou<br />

queda <strong>de</strong> 2,7% no preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>: <strong>de</strong> R$ 81,85 para<br />

R$ 79,62. Confira a tabela:<br />

Valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das salas comerciais<br />

Apesar da alta, Leblon e Ipanema permanecem com os preços<br />

mais eleva<strong>do</strong>s da cida<strong>de</strong>. Nesses <strong>do</strong>is bairros, o valor médio <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> para locação <strong>de</strong> salas comerciais subiu <strong>de</strong> R$<br />

104,90 para R$ 126,34 em <strong>2012</strong>, uma variação <strong>de</strong> 20,4%, abaixo<br />

apenas da Tijuca. As melhorias que a região está receben<strong>do</strong><br />

e as diversas obras <strong>de</strong> infraestrutura, entre elas a construção<br />

da Linha 4 <strong>do</strong> Metrô, bem como a instalação <strong>de</strong> empresários<br />

atraí<strong>do</strong>s pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> local, geram aumento da<br />

<strong>de</strong>manda por escritórios, elevan<strong>do</strong> os preços.<br />

O Centro se consolida como o coração financeiro da cida<strong>de</strong><br />

e se <strong>de</strong>staca também no setor <strong>de</strong> serviços, o que movimenta<br />

o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> salas comerciais. O fortalecimento <strong>do</strong> retrofit e<br />

as perspectivas por conta <strong>do</strong>s novos negócios que surgirão na<br />

Zona Portuária geram um movimento <strong>de</strong> valorização em to<strong>do</strong><br />

o entorno. Nesse local, o valor médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> subiu<br />

36


Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das salas comerciais<br />

Em Leblon e Ipanema o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> caiu 14,5%:<br />

são 22 pontos percentuais em relação a 2011. Apesar <strong>de</strong> na<br />

estação <strong>de</strong> metrô da Praça General Osório <strong>de</strong>sembarcarem<br />

diariamente milhares <strong>de</strong> pessoas oriundas <strong>de</strong> diversas regiões<br />

da cida<strong>de</strong>, ocasionan<strong>do</strong> uma movimentação nas lojas, os<br />

valores eleva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> (os mais altos da cida<strong>de</strong>)<br />

ocasionaram migração <strong>de</strong> empresários para outros locais, o<br />

que fez com que os preços começassem a baixar. De janeiro a<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, o metro quadra<strong>do</strong> caiu <strong>de</strong> R$ 129,61 para<br />

R$ 110,84.<br />

Valor e variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das lojas<br />

4.2.2. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

lojas<br />

A sensação <strong>de</strong> segurança na Tijuca aumentou não só para os<br />

empresários como também para os consumi<strong>do</strong>res. Ter mais<br />

pessoas circulan<strong>do</strong> pelas avenidas e calçadas significa aumento<br />

<strong>do</strong> consumo e, consequentemente, um crescimento <strong>do</strong> número<br />

<strong>de</strong> lojas. Assim, o bairro vai aos poucos recuperan<strong>do</strong> sua fama<br />

<strong>de</strong> “paraíso <strong>do</strong> comércio”. O reflexo no merca<strong>do</strong> imobiliário é<br />

níti<strong>do</strong>: o metro quadra<strong>do</strong> médio das lojas foi o que mais subiu<br />

em <strong>2012</strong> entre os bairros analisa<strong>do</strong>s pelo Secovi <strong>Rio</strong>, passan<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> R$ 38,79 para R$ 43,91, uma variação <strong>de</strong> 13,2%.<br />

Famosa no mun<strong>do</strong> inteiro pela vocação turística, Copacabana<br />

segue como uma das preferidas pelos lojistas. O valor médio<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> na Princesinha <strong>do</strong> Mar ficou em 11,4%.<br />

A Barra, que tem recebi<strong>do</strong> nos últimos anos uma série <strong>de</strong><br />

empreendimentos comerciais, teve variação <strong>de</strong> 11,2% no valor<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das lojas.<br />

37


Valor e variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das lojas<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

4.2.4. Garantias locatícias<br />

4.2.3. Impontualida<strong>de</strong> e inadimplência<br />

Na locação comercial, o índice <strong>de</strong> inadimplência em <strong>2012</strong><br />

foi um pouco superior ao da locação resi<strong>de</strong>ncial: oscilou <strong>de</strong><br />

3,2% (outubro) a 4,0% (janeiro e julho). Isso acontece porque<br />

os aluguéis comerciais costumam ser mais caros. Ainda assim,<br />

os índices são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s bastante baixos por analistas<br />

<strong>do</strong> segmento. Assim como no setor resi<strong>de</strong>ncial, os meses<br />

com índices mais altos foram janeiro e fevereiro, época <strong>de</strong><br />

compromissos financeiros que não po<strong>de</strong>m ser adia<strong>do</strong>s pelas<br />

famílias. A impontualida<strong>de</strong>, ou seja, o não pagamento por<br />

até 30 dias após o vencimento, também superou os índices<br />

resi<strong>de</strong>nciais, varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 4,1% (setembro) a 6,4% (fevereiro).<br />

O fia<strong>do</strong>r é a garantia preferida pelos loca<strong>do</strong>res comerciais: ele<br />

está presente em 62,6% <strong>do</strong>s contratos. O <strong>de</strong>pósito, ou caução,<br />

fica em segun<strong>do</strong> lugar na preferência, com 15,6%, bem à frente<br />

<strong>do</strong>s 9,3% resi<strong>de</strong>nciais. Já o seguro-fiança, que está ganhan<strong>do</strong><br />

espaço no merca<strong>do</strong> resi<strong>de</strong>ncial, tem menos a<strong>de</strong>ptos nas<br />

transações relacionadas a lojas e salas, representan<strong>do</strong> apenas<br />

11,0% <strong>do</strong>s contratos.<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

38


4.2.5. Rentabilida<strong>de</strong><br />

Se levarmos em consi<strong>de</strong>ração a rentabilida<strong>de</strong> simples, Centro,<br />

Botafogo/Flamengo e Barra da Tijuca são os bairros mais<br />

interessantes para os investi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ramo imobiliário comercial.<br />

Tanto para o setor <strong>de</strong> lojas quanto para o <strong>de</strong> salas, esses foram<br />

os bairros com os maiores índices em <strong>2012</strong>.<br />

O Centro saiu na frente, com rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,0% para lojas<br />

e 0,96% para salas, quase três vezes mais que o rendimento<br />

da poupança no mesmo mês. Isso ocorre porque os preços<br />

<strong>do</strong>s aluguéis são altos em relação aos <strong>de</strong> venda, fazen<strong>do</strong> com<br />

que o <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>r da fração caia. O bairro se <strong>de</strong>staca mais<br />

ainda na rentabilida<strong>de</strong> composta, ou seja, quan<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rada<br />

a valorização anual <strong>do</strong>s imóveis.<br />

De uma maneira geral, a rentabilida<strong>de</strong> das lojas é maior que<br />

a das salas porque os aluguéis são mais caros. E os índices<br />

comerciais superam os resi<strong>de</strong>nciais, o que significa que, para os<br />

loca<strong>do</strong>res, esse é um nicho em que vale a pena investir.<br />

Compare nas tabelas:<br />

Salas comerciais<br />

Apesar <strong>de</strong> não terem apresenta<strong>do</strong> valorização expressiva<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> em <strong>2012</strong>, Flamengo e Botafogo tiveram<br />

rentabilida<strong>de</strong>s simples importantes no ano: 0,9% para lojas e<br />

0,73% para salas, fican<strong>do</strong> atrás apenas <strong>do</strong> Centro. A Barra da<br />

Tijuca apresentou índices bastante próximos: 0,85% (lojas) e<br />

0,69% (salas). Já a rentabilida<strong>de</strong> composta das salas no bairro da<br />

Zona Oeste chegou a 2,03%, quase cinco vezes o rendimento<br />

da poupança em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

Em Leblon/Ipanema, apesar <strong>de</strong> a variação no valor <strong>do</strong> metro<br />

quadra<strong>do</strong> das lojas ter si<strong>do</strong> negativa em <strong>2012</strong>, a rentabilida<strong>de</strong><br />

mensal composta <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> empreendimento alcançou o<br />

índice <strong>de</strong> 4,7%, fican<strong>do</strong> atrás apenas <strong>do</strong> Centro. Isso porque,<br />

embora os aluguéis tenham caí<strong>do</strong>, os valores ainda são bastante<br />

altos em relação às <strong>de</strong>mais regiões da cida<strong>de</strong>.<br />

39


Lojas<br />

¹ Divisão <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> m² <strong>de</strong> locação pelo valor <strong>do</strong> m² para venda no mês <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

² Para realizar tal análise, foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> que o imóvel compra<strong>do</strong> em janeiro <strong>de</strong><br />

<strong>2012</strong> estava aluga<strong>do</strong> e assim permaneceu até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Além disso, foi<br />

consi<strong>de</strong>rada a valorização <strong>do</strong> m² para venda <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

40<br />

Vista <strong>do</strong> alto <strong>do</strong> Pão <strong>de</strong> Açucar


41


5. COMPRA E VENDA -<br />

IMÓVEIS USADOS<br />

5.1. IMÓVEIS RESIDENCIAIS<br />

5.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e<br />

variação em <strong>2012</strong><br />

Para o merca<strong>do</strong> imobiliário <strong>de</strong> compra e venda, <strong>2012</strong> foi o ano<br />

das Zonas Norte e Oeste, conforme previmos na última edição<br />

<strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>. A expansão<br />

da cida<strong>de</strong> para essas regiões, capitaneada pela instalação<br />

das UPPs, pelos investimentos em mobilida<strong>de</strong> urbana e pela<br />

construção <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> lazer como o Parque <strong>de</strong> Madureira,<br />

fez renascer o bairrismo e o orgulho <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res. Dos 10<br />

maiores índices <strong>de</strong> valorização, oito foram registra<strong>do</strong>s nessa<br />

área <strong>do</strong> município.<br />

No Méier, o metro quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s apartamentos <strong>de</strong> 4 quartos<br />

valorizou 48,1%, índice mais eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. O aumento <strong>do</strong><br />

policiamento no bairro influenciou o merca<strong>do</strong>, uma vez que<br />

<strong>de</strong>volveu liqui<strong>de</strong>z a imóveis antes <strong>de</strong>svaloriza<strong>do</strong>s. Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

1 e 3 quartos valorizaram 16,9% e 20,6%, respectivamente. Vila<br />

Isabel, que teve incremento também no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> locações,<br />

merece ser citada neste capítulo: a segurança trouxe <strong>de</strong> volta<br />

a alegria <strong>de</strong> residir no bairro, que registrou altas valorizações:<br />

34,2% (4 quartos), 24,0% (3 quartos), 23,7% (2 quartos) e 21,4%<br />

(1 quarto).<br />

Na Zona Oeste, investimentos em transporte e infraestrutura,<br />

como o BRT TransOeste, impulsionam o merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

A região, que sediará gran<strong>de</strong> parte das competições <strong>do</strong>s Jogos<br />

Olímpicos <strong>de</strong> 2016, está passan<strong>do</strong> por uma série <strong>de</strong> melhorias<br />

e tem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s alvos preferi<strong>do</strong>s das construtoras. Barra da<br />

Tijuca e Bangu registraram a maior valorização. Em seguida,<br />

Jacarepaguá, com variação <strong>de</strong> 22,7% no preço <strong>do</strong> metro<br />

quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 3 quartos.<br />

Embora a Zona Sul esteja viven<strong>do</strong> um momento <strong>de</strong> acomodação<br />

<strong>de</strong> preços, <strong>do</strong>is bairros se sobressaíram em <strong>2012</strong>: Botafogo e<br />

Leblon. No primeiro, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, com ampla oferta<br />

<strong>de</strong> comércio, escolas, opções <strong>de</strong> lazer e transporte, atraiu<br />

compra<strong>do</strong>res, elevan<strong>do</strong> o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>, que variou<br />

41,0% (4 quartos), 22,2% (3 quartos) e 20,1% (1 quarto). Tamanho<br />

<strong>de</strong>staque se <strong>de</strong>ve a um processo <strong>de</strong> revitalização <strong>do</strong> bairro,<br />

cujos antigos casarões e outros estabelecimentos térreos vão<br />

ce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> espaço a incrementa<strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

o retrofit também tem um papel relevante.<br />

Conviven<strong>do</strong> em harmonia com shopping centers, bares e ótimos<br />

restaurantes, os edifícios <strong>do</strong> bairro voltaram a ser cobiça<strong>do</strong>s.<br />

Até mesmo os gran<strong>de</strong>s prédios da orla, antes <strong>de</strong>precia<strong>do</strong>s<br />

pela <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m, parecem estar receben<strong>do</strong> um "choque <strong>de</strong><br />

organização” para se adaptar a essa boa fase. Da rua da praia ao<br />

Humaitá – aprecia<strong>do</strong> pelo público jovem –, o bairro, margea<strong>do</strong><br />

por um <strong>do</strong>s mais belos cartões-postais da cida<strong>de</strong>, a enseada<br />

<strong>de</strong> Botafogo, está reconquistan<strong>do</strong> o seu mereci<strong>do</strong> espaço no<br />

Olimpo <strong>do</strong>s mais cobiça<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

No Leblon, on<strong>de</strong> as residências <strong>de</strong> alto padrão têm ti<strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

procura, os imóveis <strong>de</strong> 4 quartos tiveram valorização <strong>de</strong><br />

expressivos 34,9%, a terceira maior <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. Veja os da<strong>do</strong>s:<br />

42


43


Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por regiões<br />

ZONA SUL<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

44


ZONA NORTE<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

ZONA OESTE<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

45


5.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> segun<strong>do</strong><br />

o número <strong>de</strong> quartos<br />

Embora o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> imóveis compactos esteja aqueci<strong>do</strong>,<br />

é crescente a procura por unida<strong>de</strong>s mais espaçosas,<br />

principalmente por compra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> outros esta<strong>do</strong>s ou países,<br />

<strong>de</strong> alto po<strong>de</strong>r aquisitivo, que chegam ao <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> para<br />

trabalhar ou investir em um negócio próprio. Entre as cinco<br />

maiores valorizações <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, quatro foram <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> 4<br />

quartos: 48,1% (Méier), 41,0% (Botafogo), 34,9% (Leblon) e 34,2%<br />

(Vila Isabel).<br />

Normalmente situa<strong>do</strong>s em prédios <strong>de</strong> alto padrão, com áreas<br />

comuns incrementadas, serviços diferencia<strong>do</strong>s e próximos<br />

a pontos turísticos ou <strong>do</strong> mar, os imóveis <strong>de</strong> 4 quartos ainda<br />

representam uma pequena fatia da oferta – 12,5% –, daí a alta<br />

valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>.<br />

Já a oferta <strong>do</strong>s <strong>de</strong> 2 e 3 quartos, apesar <strong>de</strong> bem mais expressiva<br />

(77,1% <strong>do</strong> total ofereci<strong>do</strong> em <strong>2012</strong>), ainda está aquém da<br />

<strong>de</strong>manda, aquecida por conta <strong>do</strong> aumento da renda e <strong>do</strong><br />

crédito abundante. Por isso a valorização acentuada <strong>do</strong> metro<br />

quadra<strong>do</strong> em Bangu, Vila Isabel e Jacarepaguá. No primeiro,<br />

29,6% para 2 quartos; no segun<strong>do</strong>, 24,0% e 23,7% para 3 e 2<br />

quartos, respectivamente; no terceiro, 22,7% para 3 quartos.<br />

Acompanhe:<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

46


Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

5.1.3. Variação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

2010 x 2011 x <strong>2012</strong><br />

Em <strong>2012</strong>, os preços médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> subiram menos<br />

que em 2011 e 2010. Os números obti<strong>do</strong>s nas pesquisas para<br />

esta publicação confirmam a tendência <strong>de</strong> estabilização nos<br />

valores <strong>do</strong>s imóveis, mas ainda apontam valorização. A forte<br />

<strong>de</strong>manda e o bom momento econômico da cida<strong>de</strong> fizeram<br />

com que os valores subissem acima da inflação – em to<strong>do</strong>s os<br />

bairros pesquisa<strong>do</strong>s, a variação foi superior a 5%.<br />

Ainda assim, em certos bairros da Zona Sul, on<strong>de</strong> os preços já<br />

vinham se ajustan<strong>do</strong> ao valor real <strong>do</strong>s imóveis, as valorizações<br />

foram bem menores que em 2011. No Jardim Botânico, foram<br />

33,6 pontos percentuais a menos, com valorização <strong>de</strong> 10,9%;<br />

na Lagoa, menos 32,6 pontos, com valorização <strong>de</strong> 6,6%; e, na<br />

Gávea, valorização 31,9 pontos menor, <strong>de</strong> 12,2%.<br />

No Centro, que continua atrain<strong>do</strong> mora<strong>do</strong>res, o metro quadra<strong>do</strong><br />

variou bem menos que nos anos anteriores, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> também<br />

a um ajuste <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>: em 2010, o preço já havia subi<strong>do</strong><br />

60,4%, maior variação daquele ano. Em <strong>2012</strong>, a variação foi bem<br />

menor (9,1%), o que significa um alento para os interessa<strong>do</strong>s em<br />

morar no local, com fartas opções <strong>de</strong> lazer e espaços culturais,<br />

transporte e comércio.<br />

47


Com a revitalização da Zona Portuária, a tendência é se<br />

construírem mais unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 3 e 4 quartos, visan<strong>do</strong> aten<strong>de</strong>r à<br />

<strong>de</strong>manda das famílias que migrarão para a região. O movimento<br />

<strong>de</strong>ve ser semelhante ao que ocorreu em cida<strong>de</strong>s como Buenos<br />

Aires e Barcelona, que tiveram suas áreas portuárias totalmente<br />

revitalizadas.<br />

Bangu, beneficia<strong>do</strong> pelas melhorias na Zona Oeste, foi o único<br />

entre os bairros pesquisa<strong>do</strong>s com valorização maior que em 2011:<br />

o metro quadra<strong>do</strong> subiu 36,2%, a maior <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. A valorização<br />

foi influenciada, entre outros fatores, pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

Campo Gran<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> as construtoras têm investi<strong>do</strong> pesa<strong>do</strong>,<br />

inclusive com a inauguração recente <strong>de</strong> um shopping center<br />

<strong>de</strong> alto padrão.<br />

Confira a tabela:<br />

48


5.1.4. Ruas <strong>de</strong> grife<br />

Variação <strong>do</strong> valor geral <strong>do</strong> m² nas áreas nobres<br />

No dia 1º <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, o <strong>Rio</strong> tornou-se a primeira cida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a receber o título da Unesco <strong>de</strong> Patrimônio Mundial<br />

como Paisagem Cultural Urbana. A honraria só veio confirmar<br />

o que to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> já sabia: nenhuma outra cida<strong>de</strong> consegue<br />

aliar <strong>de</strong> forma tão harmônica belezas naturais, equipamentos<br />

urbanos, edifícios e casas.<br />

Alguns cantos são ainda mais privilegia<strong>do</strong>s pelas paisagens<br />

que os cercam. No ramo imobiliário, chamamos esses locais<br />

<strong>de</strong> "ruas <strong>de</strong> grife", cujos con<strong>do</strong>mínios, abraça<strong>do</strong>s por belos<br />

cartões-postais, com florestas, parques, jardins, lagoas e praias,<br />

têm imóveis mais caros que os das <strong>de</strong>mais áreas.<br />

Em <strong>2012</strong>, os apartamentos situa<strong>do</strong>s nas Avenidas Prefeito<br />

Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Morais (São Conra<strong>do</strong>), Vieira Souto (Ipanema),<br />

Delfim Moreira (Leblon), Atlântica (Copacabana), Lúcio Costa<br />

(Barra da Tijuca), Rui Barbosa (Flamengo) e Epitácio Pessoa<br />

(Lagoa) tiveram o metro quadra<strong>do</strong> bem mais valoriza<strong>do</strong> que o<br />

<strong>de</strong> outras ruas <strong>de</strong> cada bairro.<br />

Em São Conra<strong>do</strong>, por exemplo, o metro quadra<strong>do</strong> nobre<br />

valorizou 39,0%, enquanto o metro quadra<strong>do</strong> geral <strong>do</strong> bairro<br />

teve variação <strong>de</strong> 12,2%, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 10.605, em janeiro, para<br />

R$ 11.897, em <strong>de</strong>zembro. Em Ipanema, o preço nas áreas mais<br />

badaladas subiu 27,5%, enquanto o restante variou 11,5%. Em<br />

Copacabana, 21,1% na Avenida Atlântica contra 18,5% <strong>do</strong> geral.<br />

Na Barra, a variação na rua da praia foi <strong>de</strong> 18,1%, contra 16,4% <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> médio local. Veja os da<strong>do</strong>s:<br />

Ruas/avenidas consi<strong>de</strong>radas nos bairros<br />

Barra da Tijuca – Avenidas Sernambetiba, <strong>do</strong> Pepê e Lúcio Costa<br />

Copacabana – Av. Atlântica<br />

Flamengo – Av. Rui Barbosa<br />

Ipanema – Avenida Vieira Souto, Ruas Nascimento Silva, Re<strong>de</strong>ntor e Barão <strong>de</strong><br />

Jaguaripe<br />

Lagoa – Avenidas Epitácio Pessoa e Borges <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />

Leblon – Avenida Delfim Moreira, Ruas Rita Lu<strong>do</strong>lf, Aristi<strong>de</strong>s Espínola, General<br />

Artigas, Rainha Guilhermina, Venâncio Flores e General Urquiza<br />

São Conra<strong>do</strong> – Av. Prefeito Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Morais<br />

49


Variação <strong>do</strong> valor geral <strong>do</strong> m² – área geral x área nobre<br />

Ruas/avenidas consi<strong>de</strong>radas nos bairros:<br />

Barra da Tijuca – Avenidas Sernambetiba, <strong>do</strong> Pepê e Lúcio Costa<br />

Copacabana – Av. Atlântica<br />

Flamengo – Av. Rui Barbosa<br />

Ipanema – Avenida Vieira Souto, Ruas Nascimento Silva, Re<strong>de</strong>ntor e Barão <strong>de</strong><br />

Jaguaripe<br />

Lagoa – Avenidas Epitácio Pessoa e Borges <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />

Leblon – Avenida Delfim Moreira, Ruas Rita Lu<strong>do</strong>lf, Aristi<strong>de</strong>s Espínola, General<br />

Artigas, Rainha Guilhermina, Venâncio Flores e General Urquiza<br />

50<br />

São Conra<strong>do</strong> – Av. Prefeito Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Morais<br />

Metro quadra<strong>do</strong> na orla<br />

Arara-azul-gran<strong>de</strong> (Ano<strong>do</strong>rhynchus hyacinthinus)s


51


5.1.5. Coberturas<br />

Variação no valor geral <strong>de</strong> venda <strong>do</strong> m² <strong>de</strong> cobertura<br />

Como forma <strong>de</strong> compensação, o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

uma cobertura costuma ser menor que o <strong>de</strong> um apartamentopadrão,<br />

já que o tamanho <strong>do</strong> imóvel, geralmente, é bastante<br />

superior. Em <strong>2012</strong>, Barra da Tijuca e Leblon foram os <strong>do</strong>is<br />

bairros em que a valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das coberturas<br />

foi mais expressiva: 26,6% e 24,7%, respectivamente. No la<strong>do</strong><br />

oposto, Copacabana e Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes: 7,5% e 10,8%,<br />

respectivamente.<br />

De uma maneira geral, a valorização das coberturas nos bairros<br />

pesquisa<strong>do</strong>s foi maior que a <strong>do</strong>s apartamentos comuns, com<br />

exceção <strong>de</strong> Copacabana. A explicação <strong>do</strong>s analistas é que a<br />

oferta não dá conta <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r à gran<strong>de</strong> procura.<br />

Na comparação com 2011, a valorização das coberturas foi<br />

menor em to<strong>do</strong>s os bairros analisa<strong>do</strong>s, exceto na Barra, que<br />

teve uma variação 12,2 pontos percentuais maior: 26,6%, ante<br />

14,4%. Isso se <strong>de</strong>ve à alta qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s empreendimentos e à<br />

estrutura <strong>de</strong> lazer e serviços <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios, que acabam por<br />

aumentar os preços. Veja nas tabelas:<br />

Valor <strong>de</strong> venda <strong>do</strong> m² e tamanho médio<br />

– apartamento-padrão x cobertura<br />

52


5.1.6. Casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio<br />

Variação no valor geral <strong>do</strong> m² <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio<br />

Para este item, foram analisa<strong>do</strong>s os três bairros on<strong>de</strong> esse tipo<br />

<strong>de</strong> moradia é mais comum, to<strong>do</strong>s na Zona Oeste da cida<strong>de</strong>.<br />

O Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes apresentou a maior valorização,<br />

24,3%, superan<strong>do</strong> o índice <strong>de</strong> 2011 (15,9%). Com número<br />

crescente <strong>de</strong> empreendimentos, a área tem ti<strong>do</strong> alta procura, e<br />

não é <strong>de</strong> hoje. Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> IBGE, a população na região<br />

praticamente <strong>do</strong>brou nos últimos 10 anos.<br />

Um <strong>do</strong>s fatores responsáveis pelo imenso crescimento são as<br />

obras com vistas aos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2016. A Zona Oeste<br />

<strong>de</strong>ve continuar receben<strong>do</strong> investimentos em infraestrutura,<br />

saneamento, ro<strong>do</strong>vias, transporte público etc., o que está<br />

influencian<strong>do</strong> diretamente o merca<strong>do</strong> imobiliário local.<br />

53


5.1.7. Tamanho médio <strong>do</strong>s imóveis por quartos e bairros<br />

Na Zona Sul, com construções mais antigas, os apartamentos costumam ser maiores, o que se confirma na pesquisa realizada para esta<br />

publicação. Copacabana, Flamengo, Ipanema, Lagoa e Laranjeiras têm alguns <strong>do</strong>s maiores metros quadra<strong>do</strong>s médios da cida<strong>de</strong>. Barra<br />

da Tijuca e Vila Isabel completam a lista <strong>do</strong>s bairros com os maiores apartamentos.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se os <strong>de</strong> 1 quarto, a Lagoa se sobressai: a unida<strong>de</strong> tem, em média, 60m². A Barra vem em seguida, com imóveis <strong>de</strong> 1<br />

quarto <strong>de</strong> 59m². Em Vila Isabel, a área média para esse tipo <strong>de</strong> imóvel é <strong>de</strong> 53m².<br />

Para os <strong>de</strong> 2 e 3 quartos, a Zona Sul tem as maiores áreas. Lagoa, Ipanema e Gávea têm apartamentos com tamanho médio <strong>de</strong> 98m²,<br />

86m² e 85m², respectivamente, para 2 quartos. Para os <strong>de</strong> 3, Lagoa e Ipanema, com imóveis <strong>de</strong> 156m² e 151m², respectivamente.<br />

Copacabana vem em seguida, com 147m². Os maiores <strong>de</strong> 4 quartos também estão nessa região da cida<strong>de</strong>: 283m² (Flamengo), 275m²<br />

(Laranjeiras) e 255m² (Copacabana).<br />

Tamanho médio <strong>do</strong>s imóveis (m²) – apartamentos-padrão<br />

54


5.1.8. Número <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> apartamentos-padrão<br />

De janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, a oferta <strong>de</strong> apartamentos para venda na cida<strong>de</strong> aumentou 5%, conforme aponta esta tabela elaborada<br />

pelo <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>. Em janeiro, havia 27.628 unida<strong>de</strong>s disponíveis, contra 29.031 em <strong>de</strong>zembro. Analisan<strong>do</strong> os<br />

da<strong>do</strong>s mês a mês, constata-se que a maior variação positiva na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s ofertadas ocorreu <strong>de</strong> março para abril: 5,9% (<strong>de</strong><br />

27.554 para 29.180). A maior queda na oferta, durante o ano, ocorreu <strong>de</strong> abril para maio: -4,8%.<br />

Ofertas <strong>de</strong> apartamentos-padrão<br />

Copacabana<br />

55


5.1.9. Número e perfil <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s<br />

Ao analisar o perfil <strong>do</strong>s 47.092 imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, constata-se que os apartamentospadrão<br />

são a maior parte: 58,8%. As casas-padrão representam<br />

14,3% da oferta (6.716 unida<strong>de</strong>s), e as coberturas, 12,9% (6.094).<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se apenas os apartamentos, 77,1% das unida<strong>de</strong>s<br />

são <strong>de</strong> 2 e 3 quartos. Apesar da gran<strong>de</strong> procura, os <strong>de</strong> 1<br />

quarto representam ainda uma pequena parte: 8,5%. Os <strong>de</strong> 4<br />

<strong>do</strong>rmitórios são a minoria: 1,9%.<br />

Quanto às casas-padrão, 80,5% são térreas e 14,7%, duplex.<br />

Entre as coberturas, 76,9% são lineares e 21,1%, duplex. A maior<br />

porcentagem <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> tipo duplex ocorre em casas <strong>de</strong><br />

con<strong>do</strong>mínio, 32,7%, embora a maior parte seja térrea (52,9%).<br />

No que diz respeito às regiões on<strong>de</strong> os imóveis foram oferta<strong>do</strong>s<br />

em <strong>2012</strong>, a Zona Oeste sai na frente: 43,9% das unida<strong>de</strong>s estão<br />

situadas nessa área. A Zona Sul oferece 27,6%. A <strong>de</strong>speito da<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, o Centro ainda oferece uma pequena parte<br />

<strong>do</strong>s imóveis, apenas 1,3%.<br />

56<br />

Mico-Leão-Doura<strong>do</strong> (Leontopithecus rosalia)<br />

O bairro com o maior número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s disponíveis foi a<br />

Barra da Tijuca, com 9.870 unida<strong>de</strong>s, seguida <strong>de</strong> Jacarepaguá,<br />

com 5.555, e Recreio, com 4.622. Copacabana vem <strong>de</strong>pois,<br />

com 3.565. A Tijuca completa a relação <strong>do</strong>s bairros com mais<br />

oferta para venda: 2.994.


57


5.2. Niterói<br />

O aquecimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário no <strong>Rio</strong> acaba<br />

geran<strong>do</strong> reflexos em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> – e especialmente<br />

nas cida<strong>de</strong>s mais próximas. Em Niterói, a valorização<br />

<strong>do</strong>s imóveis para venda é uma realida<strong>de</strong> que ten<strong>de</strong> a<br />

perdurar. A fama <strong>de</strong> ser uma das melhores cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

país em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, conservan<strong>do</strong> características <strong>de</strong><br />

municípios <strong>do</strong> interior, mas com todas as facilida<strong>de</strong>s que<br />

uma gran<strong>de</strong> metrópole oferece, é um <strong>do</strong>s fatores que<br />

têm atraí<strong>do</strong> compra<strong>do</strong>res.<br />

E a expectativa <strong>do</strong> setor é que a procura continue, ten<strong>do</strong><br />

em vista o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res que estão<br />

compran<strong>do</strong> apartamentos <strong>de</strong> olho na valorização futura<br />

ou pensan<strong>do</strong> nos lucros com os aluguéis.<br />

Os índices <strong>de</strong> valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> médio, em<br />

to<strong>do</strong>s os bairros pesquisa<strong>do</strong>s, ficaram acima <strong>do</strong>s 13,0%.<br />

Destaque para Barreto e Camboinhas. No primeiro, o<br />

lançamento <strong>de</strong> diversos empreendimentos com padrão<br />

compatível ao das áreas mais nobres está contribuin<strong>do</strong><br />

para incrementar os espaços urbanos. Apesar <strong>de</strong> o metro<br />

quadra<strong>do</strong> ser um <strong>do</strong>s mais baixos da cida<strong>de</strong> (R$ 4.045, em<br />

<strong>de</strong>zembro), a variação <strong>de</strong> preço foi a maior: 30,8%.<br />

Especialistas explicam que, além <strong>do</strong>s preços ainda<br />

convidativos, a proximida<strong>de</strong> com a região central e a<br />

Ponte <strong>Rio</strong>-Niterói tem atraí<strong>do</strong> mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> diversas<br />

regiões, inclusive <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s vizinhas como Itaboraí e São<br />

Gonçalo, e até mesmo <strong>do</strong> subúrbio carioca.<br />

58


Em Camboinhas, cujo metro quadra<strong>do</strong> médio variou 26,1%<br />

em <strong>2012</strong>, a procura por compra<strong>do</strong>res que sonham em morar<br />

perto <strong>do</strong> mar está movimentan<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> imóveis. Com<br />

o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> médio em R$ 6.434, o bairro tem<br />

apartamentos com preços bem mais em conta que os <strong>de</strong> Boa<br />

Viagem (R$ 7.773), São Francisco (R$ 7.560) e Icaraí (R$ 6.901).<br />

A título <strong>de</strong> comparação, o valor se aproxima daquele pratica<strong>do</strong><br />

no Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes (R$ 5.457), área geograficamente<br />

parecida.<br />

Não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar a forte valorização <strong>do</strong> Centro, on<strong>de</strong><br />

a procura tem si<strong>do</strong> crescente. Com projetos <strong>de</strong> reor<strong>de</strong>namento,<br />

a região oferece transporte, comércio varia<strong>do</strong> e, além disso,<br />

se <strong>de</strong>staca pela proximida<strong>de</strong> com o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. O metro<br />

quadra<strong>do</strong> médio subiu <strong>de</strong> R$ 3.790 para R$ 4.578, uma<br />

valorização <strong>de</strong> expressivos 20,8%, bastante superior ao registra<strong>do</strong><br />

para o Centro <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> (9,1%). Acompanhe as tabelas:<br />

Niterói<br />

59


5.2.1. Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para<br />

venda nos municípios atendi<strong>do</strong>s pelo Secovi<br />

<strong>Rio</strong><br />

Para esta publicação, o Secovi <strong>Rio</strong> analisou o merca<strong>do</strong><br />

imobiliário <strong>do</strong>s nove municípios on<strong>de</strong> possui representações no<br />

Esta<strong>do</strong>. A coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s ficou aquém <strong>do</strong> espera<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />

insuficiência <strong>de</strong> informações nos classifica<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s jornais locais.<br />

Ainda assim, o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Sindicato segue<br />

trabalhan<strong>do</strong> para que, nas próximas edições <strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong>, consiga tabular os preços em metros<br />

quadra<strong>do</strong>s, como já é <strong>de</strong> praxe no merca<strong>do</strong> carioca.<br />

conclusão das obras <strong>do</strong> Superporto <strong>do</strong> Açu, programada para<br />

2013, <strong>de</strong>verá gerar mais valorização.<br />

A Baixada Fluminense também <strong>de</strong>sponta no merca<strong>do</strong><br />

imobiliário. Em Nova Iguaçu, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam os setores <strong>de</strong><br />

comércio, serviços e indústria <strong>de</strong> transformação, o preço médio<br />

<strong>do</strong>s apartamentos <strong>de</strong> 3 quartos, <strong>de</strong> R$ 350.563, equivale aos <strong>do</strong><br />

Centro <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> (R$ 304.874, <strong>de</strong> 1 quarto) e <strong>do</strong> Méier (R$ 345.715,<br />

<strong>de</strong> 3 quartos). Veja a seguir da<strong>do</strong>s sobre estas e outras cida<strong>de</strong>s<br />

fluminenses:<br />

Os da<strong>do</strong>s apontam que a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cabo Frio, na Região <strong>do</strong>s<br />

Lagos, é on<strong>de</strong> se registram os maiores preços <strong>de</strong> imóveis entre<br />

to<strong>do</strong>s os pesquisa<strong>do</strong>s. O valor médio <strong>de</strong> um apartamento <strong>de</strong><br />

2 quartos é <strong>de</strong> R$ 498.105, próximo ao pratica<strong>do</strong> em Santa<br />

Teresa (R$ 451.233) e Tijuca (R$ 471.349). O potencial turístico<br />

da cida<strong>de</strong>, que atrai compra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> toda a Região Su<strong>de</strong>ste,<br />

principalmente <strong>de</strong> Minas Gerais, estimula o lançamento <strong>de</strong><br />

empreendimentos <strong>de</strong> alto padrão.<br />

Cabo Frio<br />

No Norte Fluminense, que está passan<strong>do</strong> por uma boa fase<br />

econômica, capitaneada pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s setores<br />

petrolífero, <strong>de</strong> comércio, serviços e construção civil, os preços<br />

<strong>do</strong>s apartamentos se aproximam <strong>do</strong>s pratica<strong>do</strong>s em bairros da<br />

Zona Norte carioca. Em Campos, os <strong>de</strong> 2 quartos custam, em<br />

média, R$ 207.947. A título <strong>de</strong> comparação, em Irajá e Ramos,<br />

os preços ficam em R$ 218.930 e R$ 207.232, respectivamente.<br />

Nessa região, os empreendimentos buscam aten<strong>de</strong>r à gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> migrantes vin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> várias partes <strong>do</strong> país. A<br />

60


61


62


63<br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>


5.3. IMÓVEIS COMERCIAIS<br />

Valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das salas comerciais<br />

5.3.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

salas comerciais<br />

O efeito positivo das UPPs para o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> salas comerciais<br />

na Tijuca não gerou valorização apenas <strong>do</strong>s aluguéis. O<br />

preço médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para venda também variou<br />

positivamente, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 6.546, em janeiro, para R$ 7.978,<br />

em <strong>de</strong>zembro, o que representou a maior valorização entre os<br />

bairros pesquisa<strong>do</strong>s: 21,9%.<br />

O Centro também vive um bom momento: o processo <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>namento, as melhorias físicas nos espaços urbanos e as<br />

perspectivas positivas com relação ao Porto Maravilha são itens<br />

que favorecem a instalação <strong>de</strong> empresas. Nesse bairro, o preço<br />

médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> variou 20,9%. Se consi<strong>de</strong>rarmos os<br />

imóveis compreendi<strong>do</strong>s entre a Rua <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>r e a Avenida<br />

Almirante Barroso, área chamada <strong>de</strong> Quadrilátero <strong>de</strong> Ouro, a<br />

valorização foi ainda mais consi<strong>de</strong>rável: 43,3%.<br />

Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das salas comerciais<br />

– 2010 x 2011 x <strong>2012</strong><br />

Botafogo e Flamengo tiveram o metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> suas salas<br />

valoriza<strong>do</strong> em 18,7%. Os atrativos são muitos: a proximida<strong>de</strong><br />

com o Centro, o excelente padrão <strong>do</strong>s imóveis, as belezas<br />

naturais e, claro, os preços bem mais em conta que os <strong>de</strong> bairros<br />

nobres da Zona Sul: enquanto o valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> fica<br />

em R$ 11.144, em Ipanema/Leblon o custo é <strong>de</strong> R$ 23.032, valor<br />

106,6% mais eleva<strong>do</strong>. Confira nas tabelas:<br />

64


5.3.2. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

lojas<br />

O paraíso das compras. Assim po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> o Centro da<br />

cida<strong>de</strong>. Tem para to<strong>do</strong>s os gostos e bolsos. A Saara, templo<br />

<strong>do</strong> comércio popular, é prova disso. Com circulação quase<br />

ininterrupta <strong>de</strong> transeuntes, as ruas <strong>do</strong> bairro estão sempre<br />

cheias <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res ávi<strong>do</strong>s por encontrar os mais varia<strong>do</strong>s<br />

produtos. Tamanha diversida<strong>de</strong> tem atraí<strong>do</strong> número crescente<br />

<strong>de</strong> interessa<strong>do</strong>s em comprar lojas. O metro quadra<strong>do</strong> valorizou<br />

54,9%, o maior índice da cida<strong>de</strong>. Ainda assim, o preço é mais<br />

acessível se compara<strong>do</strong> ao pratica<strong>do</strong> em outros locais:<br />

R$ 6.824, mais caro apenas que o da Tijuca (R$ 6.191).<br />

com a segunda maior variação: 47,8%. Ao contrário da locação,<br />

que teve queda <strong>de</strong> 14,5%, a venda obteve ótimos resulta<strong>do</strong>s.<br />

Com um fluxo cada vez maior <strong>de</strong> turistas e consumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

alto po<strong>de</strong>r aquisitivo circulan<strong>do</strong> pelas belas calçadas <strong>de</strong> pedras<br />

portuguesas, abrir um negócio nesses locais é um investimento<br />

com retorno certo. Em Copacabana, cujo metro quadra<strong>do</strong><br />

variou 40,9%, a lógica é semelhante. Acompanhe:<br />

Valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> das lojas<br />

Já Leblon e Ipanema estão no outro extremo, com o preço<br />

mais alto entre os pesquisa<strong>do</strong>s: R$ 27.374 o metro quadra<strong>do</strong>,<br />

Parque <strong>de</strong> Madureira<br />

65


6. COMPRA E VENDA -<br />

IMÓVEIS NOVOS<br />

6.1. Número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s lançadas<br />

As famílias brasileiras estão diminuin<strong>do</strong>: segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Censo 2010, <strong>do</strong> IBGE, cada residência tem, em média, 3,3<br />

pessoas, contra 3,7 <strong>de</strong> 10 anos atrás. Com famílias menores,<br />

é natural que a procura por apartamentos mais compactos<br />

cresça. Para aten<strong>de</strong>r a essa <strong>de</strong>manda que segue aumentan<strong>do</strong> a<br />

cada ano, o setor está investin<strong>do</strong> na construção <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong><br />

1 quarto.<br />

De acor<strong>do</strong> com o levantamento feito para esta publicação,<br />

com a colaboração da Associação <strong>de</strong> Dirigentes <strong>de</strong> Empresas<br />

<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> (A<strong>de</strong>mi), em <strong>2012</strong> foram lançadas 306<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 <strong>do</strong>rmitório: 20,0% a mais que no ano anterior.<br />

Ainda assim, esse tipo <strong>de</strong> imóvel representa apenas 2,6% <strong>do</strong>s<br />

11.580 lança<strong>do</strong>s no ano.<br />

registrou-se a maior queda no número <strong>de</strong> lançamentos: 27,3%,<br />

<strong>de</strong> 9.254 para 6.729. Para os <strong>de</strong> 3 quartos, redução <strong>de</strong> 5,6%, <strong>de</strong><br />

3.918 para 3.708.<br />

O número <strong>de</strong> lançamentos <strong>de</strong> apartamentos <strong>de</strong> 4 quartos caiu<br />

6,6%, <strong>de</strong> 896 para 837 unida<strong>de</strong>s. Ainda assim, a procura pelos<br />

imóveis mais espaçosos vem aumentan<strong>do</strong> há alguns anos, para<br />

aten<strong>de</strong>r as famílias que agregam pais, filhos casa<strong>do</strong>s e netos,<br />

além daquelas que reúnem filhos <strong>de</strong> casamentos anteriores. De<br />

2009 para 2010, por exemplo, cresceu em 238% a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> 4 <strong>do</strong>rmitórios lança<strong>do</strong>s.<br />

Depois <strong>do</strong> boom <strong>de</strong> 2010, quan<strong>do</strong> se registrou o maior número<br />

<strong>de</strong> lançamentos <strong>do</strong>s últimos cinco anos, influencia<strong>do</strong> por fatores<br />

como o aumento da oferta <strong>de</strong> crédito e o fortalecimento <strong>do</strong><br />

programa Minha Casa, Minha Vida, o número <strong>de</strong> lançamentos<br />

veio cain<strong>do</strong>. De 2011 para <strong>2012</strong> a redução foi <strong>de</strong> 19,2%, <strong>de</strong> 14.323<br />

para 11.580. Veja a tabela:<br />

A tendência, daqui para a frente, é que o número <strong>de</strong> lançamentos<br />

<strong>de</strong> apartamentos <strong>de</strong> 1 quarto aumente, para aten<strong>de</strong>r a diversos<br />

perfis <strong>de</strong> compra<strong>do</strong>res e inquilinos, entre eles estudantes<br />

e profissionais que <strong>de</strong>sembarcam no <strong>Rio</strong> atraí<strong>do</strong>s pelo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico e pela oferta <strong>de</strong> empregos.<br />

Apesar <strong>de</strong>sse cenário, o merca<strong>do</strong> segue priorizan<strong>do</strong> a<br />

construção <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 e 3 quartos, cuja <strong>de</strong>manda ainda<br />

é bastante alta. Juntos, esses <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> imóvel representam<br />

90,1% <strong>do</strong> total lança<strong>do</strong> em <strong>2012</strong>. Entretanto, para 2 <strong>do</strong>rmitórios,<br />

66


* Da<strong>do</strong>s até novembro<br />

67


6.2. Tamanho médio das unida<strong>de</strong>s lançadas<br />

(m²)<br />

Com os espaços para construção cada vez mais restritos na<br />

cida<strong>de</strong>, a tendência é <strong>de</strong> redução no tamanho médio <strong>do</strong>s<br />

apartamentos a serem lança<strong>do</strong>s nos próximos anos. Para<br />

aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda sempre crescente <strong>de</strong> compra<strong>do</strong>res, muitas<br />

construtoras estão i<strong>de</strong>alizan<strong>do</strong> empreendimentos com um<br />

número maior <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, com tamanhos mais mo<strong>de</strong>stos,<br />

privilegian<strong>do</strong>, por outro la<strong>do</strong>, as partes comuns, cada vez mais<br />

incrementadas com diversas áreas <strong>de</strong> lazer.<br />

De 2008 a <strong>2012</strong>, observam-se discretas variações no tamanho<br />

médio <strong>do</strong>s imóveis. De 2011 para <strong>2012</strong>, os <strong>de</strong> 1 quarto tiveram<br />

a maior variação <strong>de</strong> tamanho, só que negativa: -8,9%, cain<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> 45,69m² para 41,61m². Já os <strong>de</strong> 4 quartos tiveram a maior<br />

variação positiva no tamanho médio: 3,6%, <strong>de</strong> 127,53m² para<br />

132,14m². Os <strong>de</strong> 2 e 3 quartos tiveram variação bastante suave,<br />

fican<strong>do</strong> em 59,20m² e 86,56m², respectivamente. Veja:<br />

68


69


6.3. Unida<strong>de</strong>s lançadas por faixa <strong>de</strong> preço<br />

Quanto aos preços, o maior número <strong>de</strong> lançamentos em<br />

<strong>2012</strong> foi <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s na faixa <strong>de</strong> R$ 4.001 a R$ 6.000 o metro<br />

quadra<strong>do</strong>: 35% <strong>do</strong>s 11.580 imóveis. A título <strong>de</strong> comparação,<br />

esses valores ficam próximos aos <strong>de</strong> apartamentos usa<strong>do</strong>s em<br />

Jacarepaguá (R$ 4.183/m² para 2 quartos) e Tijuca (R$ 5.553/<br />

m² para 3 quartos). Na faixa seguinte, <strong>de</strong> R$ 6.001 a R$ 10.000,<br />

estão 30% <strong>do</strong>s lançamentos. Nas faixas extremas (até R$ 2.000/<br />

m² ou acima <strong>de</strong> R$ 10.000/m²), registrou-se o menor número<br />

<strong>de</strong> lançamentos: 1% e 9%. A maior parte, 74%, foi <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

com preço acima <strong>de</strong> R$ 4.000 o metro quadra<strong>do</strong>. Confira:<br />

70


6.4. Lançamentos por bairro<br />

A expansão da cida<strong>de</strong> para a Zona Oeste é uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os anos 1980, quan<strong>do</strong> o boom da construção civil começou<br />

a transformar a Barra da Tijuca. Nos últimos anos, o merca<strong>do</strong><br />

imobiliário re<strong>de</strong>scobriu a região, que se diferencia <strong>de</strong> outras<br />

áreas, principalmente da Zona Sul, pela oferta <strong>de</strong> espaços para<br />

construir.<br />

Da Zona Sul, Botafogo é o único bairro presente no levantamento:<br />

foram 155 apartamentos lança<strong>do</strong>s, ou seja, 1,3% <strong>do</strong> total. O baixo<br />

número <strong>de</strong> lançamentos po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong> pela escassez <strong>de</strong><br />

terrenos, o que contribui, inclusive, para a elevação <strong>do</strong>s preços.<br />

Veja a tabela:<br />

Os investimentos em or<strong>de</strong>namento urbano, pavimentação,<br />

infraestrutura e transporte facilitam a ocupação. Além disso, a<br />

Zona Oeste estará sob os holofotes nos Jogos Olímpicos <strong>de</strong><br />

2016, o que justifica os investimentos públicos e priva<strong>do</strong>s.<br />

Segun<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pela A<strong>de</strong>mi, 60,1% <strong>do</strong> total <strong>de</strong><br />

lançamentos em <strong>2012</strong> foram contabiliza<strong>do</strong>s nos principais<br />

bairros da Zona Oeste: Jacarepaguá (3.254), Recreio <strong>do</strong>s<br />

Ban<strong>de</strong>irantes (2.361) e Barra da Tijuca (1.342). Campo Gran<strong>de</strong><br />

vem em seguida, com 722 unida<strong>de</strong>s lançadas.<br />

A Zona Norte também merece <strong>de</strong>staque. Tijuca, com 608<br />

unida<strong>de</strong>s lançadas, e Guadalupe, com 500, ocupam a primeira<br />

e segunda posições. Soman<strong>do</strong>-se a esses os lançamentos <strong>de</strong><br />

Tomás Coelho, Rocha Miranda, Vila da Penha, Del Castilho,<br />

Engenho Novo, Cachambi e Madureira, contabilizam-se 3.293<br />

unida<strong>de</strong>s nessa região, ou seja, 28,4% <strong>do</strong> total.<br />

Analistas <strong>do</strong> setor consi<strong>de</strong>ram o fenômeno bastante positivo<br />

porque contribuiu para a expansão da cida<strong>de</strong> para além <strong>do</strong><br />

eixo Centro-Sul, tornan<strong>do</strong>-a mais homogênea. As melhorias<br />

geradas pelos investimentos em infraestrutura e incremento<br />

<strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong> lazer, com a construção <strong>de</strong> parques e praças,<br />

são fatores que contribuem para atrair as construtoras.<br />

Fonte: A<strong>de</strong>mi<br />

71


A segunda fase <strong>do</strong> Minha Casa, Minha Vida, iniciada em 2011,<br />

estabeleceu novas metas, sen<strong>do</strong> a principal <strong>de</strong>las a construção<br />

<strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> residências até 2014, ano da Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>,<br />

com um investimento <strong>de</strong> R$ 71,7 bilhões.<br />

Campo Gran<strong>de</strong>, na Zona Oeste, recebeu a maior parte <strong>do</strong>s<br />

lançamentos: 31,1%, com 4.214 unida<strong>de</strong>s. A transformação <strong>do</strong><br />

bairro, com 280,3 mil habitantes, é nítida: antes consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />

parte da zona rural, agora ostenta <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios,<br />

comércio varia<strong>do</strong>, restaurantes e até um shopping center <strong>de</strong><br />

alto padrão.<br />

Na última década, a Zona Oeste teve um aumento populacional<br />

<strong>de</strong> até 150%, segun<strong>do</strong> o IBGE. Para os próximos anos, a tendência<br />

é que mais pessoas passem a morar nessa área. Conforme os<br />

da<strong>do</strong>s da A<strong>de</strong>mi, Jacarepaguá e Barra da Tijuca tiveram, juntos,<br />

33,1% <strong>do</strong>s lançamentos <strong>do</strong> Minha Casa, Minha Vida, <strong>de</strong> 2009 a<br />

<strong>2012</strong>: foram 4.490 unida<strong>de</strong>s.<br />

6.5. Minha Casa, Minha Vida<br />

Consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais importantes programas habitacionais<br />

<strong>do</strong> país, o Minha Casa, Minha Vida, <strong>do</strong> governo fe<strong>de</strong>ral, vem<br />

contribuin<strong>do</strong> para o aquecimento da construção civil e <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> imobiliário <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu lançamento,<br />

em 2009. De lá para cá, foram lança<strong>do</strong>s 13.570 apartamentospadrão<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> programa, a maioria <strong>de</strong>les <strong>de</strong> 2 quartos<br />

(12.109).<br />

A Zona Norte também foi beneficiada pelo programa, com<br />

<strong>de</strong>staque para Rocha Miranda, São Cristóvão, Honório Gurgel,<br />

Méier, Tomás Coelho e Pavuna, que, juntos, tiveram 3.028<br />

apartamentos lança<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>, ou seja, 22,3%<br />

<strong>do</strong> total.<br />

Dentro <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong>, o maior número <strong>de</strong> lançamentos<br />

ocorreu em 2010, ano <strong>de</strong> consolidação <strong>do</strong> programa: 6.501, ou<br />

47,9% <strong>do</strong> total. Já <strong>2012</strong> teve o menor número <strong>de</strong> lançamentos<br />

<strong>de</strong> apartamentos-padrão <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Minha Casa, Minha Vida<br />

nesse perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> quatro anos: 964, ou 7,1% <strong>do</strong> total.<br />

72


Veja os números:<br />

Lançamentos <strong>de</strong> apartamentos-padrão por ano - 2009 a <strong>2012</strong><br />

Lançamentos <strong>de</strong> apartamentos-padrão por bairro<br />

- 2009 a <strong>2012</strong><br />

Lançamentos <strong>de</strong> apartamentos-padrão por região - 2009 a <strong>2012</strong><br />

73


74


7. ANÁLISES ESPECIAIS<br />

7.1. UPPs<br />

Em 2008, a Secretaria Estadual <strong>de</strong> Segurança Pública <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> lançou a primeira Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Polícia Pacifica<strong>do</strong>ra (UPP),<br />

na comunida<strong>de</strong> instalada no Morro Santa Marta, em Botafogo,<br />

na Zona Sul <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. De lá para cá, as transformações sociais<br />

ficaram bastante nítidas para to<strong>do</strong>s os cariocas, mora<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s ou não. Para o merca<strong>do</strong> imobiliário, as UPPs<br />

representaram um marco. Imóveis em áreas próximas às favelas,<br />

antes <strong>de</strong>precia<strong>do</strong>s por conta da violência, ganharam liqui<strong>de</strong>z<br />

e passaram a se valorizar. Muitos apartamentos fecha<strong>do</strong>s<br />

retornaram ao merca<strong>do</strong>.<br />

O efeito positivo não se restringiu às ruas próximas às<br />

comunida<strong>de</strong>s, esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se por perímetros maiores. Em to<strong>do</strong><br />

o bairro <strong>de</strong> Botafogo, os apartamentos <strong>de</strong> 2 quartos valorizaram<br />

139,6% <strong>de</strong> 2008, quan<strong>do</strong> da instalação da UPP, a <strong>2012</strong>, com<br />

o preço médio subin<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 329.294 para R$ 789.099. Nos<br />

quatro anos anteriores à intervenção da PM, a valorização havia<br />

si<strong>do</strong> <strong>de</strong> 33,3%.<br />

Em Jacarepaguá, bairro que ganhou a segunda UPP, em<br />

2009, a valorização <strong>do</strong>s apartamentos também é relevante: o<br />

preço <strong>do</strong>s <strong>de</strong> 1 quarto saltou <strong>de</strong> R$ 72.123, naquele ano, para<br />

R$ 179.312 em <strong>2012</strong>, ao passo que nos anos anteriores a variação<br />

havia si<strong>do</strong> <strong>de</strong> 5,7%. Na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, a segurança <strong>de</strong>volveu<br />

a tranquilida<strong>de</strong> e permitiu a chegada <strong>de</strong> novos mora<strong>do</strong>res.<br />

Segun<strong>do</strong> o Instituto Pereira Passos (IPP), da Prefeitura <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>, o<br />

número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios na comunida<strong>de</strong> aumentou 28% <strong>de</strong> 2000<br />

a 2010 e a população cresceu 9%, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 43 mil para<br />

47 mil pessoas.<br />

No Morro da Babilônia e no Chapéu Mangueira, em Copacabana,<br />

a UPP chegou em junho <strong>de</strong> 2009. De 2000 a 2010, o IPP apurou<br />

uma variação <strong>de</strong> 73% no número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios, uma das maiores<br />

entre as comunida<strong>de</strong>s que receberam as unida<strong>de</strong>s em toda a<br />

cida<strong>de</strong>. No bairro, on<strong>de</strong> o segmento <strong>de</strong> locação resi<strong>de</strong>ncial é<br />

bastante aqueci<strong>do</strong>, o preço médio <strong>do</strong> aluguel <strong>do</strong> apartamento<br />

<strong>de</strong> 1 quarto variou 106,7% <strong>de</strong> 2009 a <strong>2012</strong>, saltan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 1.087<br />

para R$ 2.247. No mesmo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, anterior à UPP, a<br />

variação registrada foi bem menor: 36,2%.<br />

75


Também em 2009, Ipanema viu a chegada <strong>de</strong> sua UPP:<br />

Cantagalo/Pavão-Pavãozinho. O merca<strong>do</strong> imobiliário local,<br />

já aqueci<strong>do</strong> naquele ano, ficou ainda mais movimenta<strong>do</strong>.<br />

O preço médio <strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 1 quarto, por exemplo, subiu<br />

<strong>de</strong> R$ 412.460, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009, para R$ 925.545, em<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, ou seja, 124,4% (ante 55% no perío<strong>do</strong><br />

anterior à unida<strong>de</strong>). Na locação, as variações pós e pré-UPP<br />

foram <strong>de</strong> 89,7% e 12,9%. De acor<strong>do</strong> com o IPP, a comunida<strong>de</strong> é<br />

uma das que mais crescem entre as atendidas pelas Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Polícia Pacifica<strong>do</strong>ra: <strong>de</strong> 2000 a 2010, o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios<br />

aumentou 53%.<br />

A Zona Norte foi amplamente beneficiada. Na Tijuca, primeiro<br />

bairro da região a receber as unida<strong>de</strong>s, em 2010 – nas<br />

comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Borel (junho), Formiga (julho) e Salgueiro<br />

(setembro) –, a valorização <strong>do</strong>s imóveis para venda só não foi<br />

mais expressiva após a implantação porque, antes mesmo <strong>de</strong><br />

o governo estadual fincar a ban<strong>de</strong>ira da polícia nos morros, os<br />

preços já haviam da<strong>do</strong> um salto. Ainda assim, o valor <strong>do</strong> aluguel<br />

das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 quartos aumentou 91,1%, <strong>de</strong> R$ 950 para<br />

R$ 1.815, ao passo que no perío<strong>do</strong> anterior a valorização havia<br />

si<strong>do</strong> <strong>de</strong> 56,5%. Segun<strong>do</strong> o IPP, o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios no Borel<br />

cresceu 23% <strong>de</strong> 2000 a 2010.<br />

A ocupação <strong>do</strong> Complexo <strong>do</strong> Alemão pela Polícia Militar, em<br />

2010, foi a que mais repercutiu nos meios <strong>de</strong> comunicação. A<br />

ação mu<strong>do</strong>u o cotidiano <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> favelas, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />

um <strong>do</strong>s mais perigosos <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. Na Penha, bairro on<strong>de</strong> está<br />

situada uma parte <strong>do</strong> complexo, os aluguéis <strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong><br />

2 quartos valorizaram 76,1% (R$ 549 para R$ 967) <strong>de</strong> 2010 a<br />

<strong>2012</strong>, enquanto no perío<strong>do</strong> anterior a variação registrada foi<br />

<strong>de</strong> 20,9%. O número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios no perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong> pelo<br />

IPP aumentou 53%, e a população saltou <strong>de</strong> 10.712 para 15.094<br />

mora<strong>do</strong>res. A UPP foi implantada oficialmente em 30 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> <strong>2012</strong>.<br />

Veja as tabelas a seguir:<br />

Santa Marta<br />

76


Variação no valor <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

Variação no valor <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para locação<br />

77


78<br />

Número <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios nas comunida<strong>de</strong>s com UPP


População nas comunida<strong>de</strong>s com UPP<br />

79<br />

Rocinha


7.2. Gastos mínimos na locação<br />

Um ranking elabora<strong>do</strong> pela consultoria Mercer divulga<strong>do</strong> em<br />

junho <strong>de</strong> <strong>2012</strong> revela que o <strong>Rio</strong> é a terceira cida<strong>de</strong> mais cara<br />

<strong>do</strong> Brasil – per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apenas para São Paulo (1ª) e Manaus (2ª)–<br />

e a 29ª com o custo <strong>de</strong> vida mais alto da América <strong>do</strong> Sul. Ao<br />

la<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, a Cida<strong>de</strong> Maravilhosa continua entre as mais<br />

caras <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> para um estrangeiro viver, segun<strong>do</strong> o mesmo<br />

estu<strong>do</strong>. A pesquisa, apurada com base nos preços pratica<strong>do</strong>s em<br />

2010, consi<strong>de</strong>ra as <strong>de</strong>spesas com mais <strong>de</strong> 200 itens, incluin<strong>do</strong><br />

alimentação, educação, lazer, transporte e moradia.<br />

O aluguel é uma modalida<strong>de</strong> bastante difundida no <strong>Rio</strong>: 22,3%<br />

<strong>do</strong>s imóveis são ocupa<strong>do</strong>s por inquilinos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

Censo 2010. Mas outros gastos compõem o custo total da<br />

moradia. Pela primeira vez o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong><br />

Secovi <strong>Rio</strong> analisou os itens luz, gás, con<strong>do</strong>mínio e aluguel, que,<br />

juntos, representam o gasto com moradia em diversos locais.<br />

Na Zona Norte, o aluguel representa uma fração menor <strong>do</strong><br />

custo total, perto <strong>do</strong>s 70,0%, em comparação com a Zona Sul.<br />

Já o con<strong>do</strong>mínio tem um peso maior na conta: 20,0%.<br />

Os menores custos com a moradia foram registra<strong>do</strong>s no Méier<br />

e em Jacarepaguá: R$ 1.813,59 e R$ 1.825,55, respectivamente.<br />

Em to<strong>do</strong>s os locais, o gás é o item que menos pesa na conta:<br />

fica entre 0,7% (Ipanema) e 3,0% (Bangu). A luz representa uma<br />

fatia maior: entre 1,7% (Ipanema) e 7,6% (Bangu).<br />

De uma maneira geral, quanto maior o gasto com o aluguel<br />

em um bairro, menor o peso das contas <strong>de</strong> consumo na<br />

composição <strong>do</strong> custo total da moradia. Para os bairros com<br />

aluguel mais acessível, as contas <strong>de</strong> luz e gás representam uma<br />

fatia maior.<br />

Veja os da<strong>do</strong>s:<br />

Entre os 11 bairros analisa<strong>do</strong>s, Ipanema e Leblon foram os<br />

que apresentaram os maiores custos totais: R$ 10.804,97 e<br />

R$ 10.251,39, respectivamente. O aluguel representa mais <strong>de</strong><br />

85,0% <strong>de</strong>sses valores, e o con<strong>do</strong>mínio, em torno <strong>de</strong> 10,0%,<br />

tendência que se repete em outros bairros da Zona Sul.<br />

Na Barra da Tijuca, o gasto médio total com a moradia chega<br />

a R$ 6.232,84, terceiro maior entre os pesquisa<strong>do</strong>s. O valor<br />

médio <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio, <strong>de</strong> R$ 1.063,75, o segun<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong>,<br />

representa 17,1% <strong>do</strong> custo com a moradia.<br />

80


A maior diferença foi registrada em Botafogo: o preço <strong>do</strong> metro<br />

quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> um apartamento com vaga na garagem e suíte é,<br />

em média, 30,9% mais alto. Em Laranjeiras a diferença chega<br />

a 26,2%, e em Copacabana a 20,7%. Nesta análise, não foram<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 3 e 4 quartos, que normalmente<br />

já possuem essas vantagens. Foram analisa<strong>do</strong>s apenas os<br />

apartamentos <strong>de</strong> 2 <strong>do</strong>rmitórios. Confira:<br />

Valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> oferta<strong>do</strong> para venda nos bairros –<br />

garagem e suíte<br />

7.3. Garagem e suíte<br />

A frota <strong>de</strong> automóveis no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> será quase<br />

o <strong>do</strong>bro da atual até 2020, segun<strong>do</strong> estimativa <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong><br />

da Coppe/UFRJ (Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>). Entre<br />

2016 e 2020, o <strong>Rio</strong> terá um carro para cada <strong>do</strong>is mora<strong>do</strong>res. A<br />

frota atual <strong>de</strong> quase 2 milhões <strong>de</strong> automóveis <strong>de</strong>verá ultrapassar<br />

os 3 milhões nos próximos oito anos.<br />

Nesse cenário, os prédios com garagem tornam-se verda<strong>de</strong>iros<br />

tesouros. Em bairros com construções mais antigas, como<br />

Copacabana, esse po<strong>de</strong> ser um gran<strong>de</strong> problema, já que as<br />

garagens não foram dimensionadas para comportar um número<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> veículos – ou a elevada quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

inviabiliza a oferta <strong>de</strong> vagas para to<strong>do</strong>s os mora<strong>do</strong>res.<br />

Outro item bastante cobiça<strong>do</strong> por quem procura um<br />

apartamento para comprar é a suíte, que garante mais conforto<br />

aos mora<strong>do</strong>res. Juntas, garagem e suíte são responsáveis por<br />

aumentar o valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> um imóvel em pelo<br />

menos 15,0% nos seis bairros analisa<strong>do</strong>s pelo Secovi <strong>Rio</strong>.<br />

Vitória-régia (Victoria amazonica)<br />

81


7.4. Financiamentos imobiliários<br />

O <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> contou com a colaboração<br />

da Associação Brasileira das Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Crédito <strong>Imobiliário</strong> e<br />

Poupança (Abecip) para analisar os financiamentos em <strong>2012</strong>.<br />

Embora o total <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s financiadas com recursos da<br />

poupança – consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se construção e aquisição – tenha<br />

caí<strong>do</strong> 8,7% (<strong>de</strong> 492.908 para 453.209) entre 2011 e <strong>2012</strong>, o<br />

financiamento apenas para aquisição, também com recursos<br />

da poupança, aumentou 7,3% no mesmo perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong> 265.759<br />

para 285.064 unida<strong>de</strong>s.<br />

De acor<strong>do</strong> com a entida<strong>de</strong>, o crédito com recursos da poupança<br />

bateu o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> R$ 82,8 bilhões em <strong>2012</strong>, representan<strong>do</strong><br />

alta <strong>de</strong> 3,6% frente a 2011, quan<strong>do</strong> o acumula<strong>do</strong> foi <strong>de</strong> R$ 79,9<br />

bilhões. Já o financiamento volta<strong>do</strong> para reformas e compra <strong>de</strong><br />

materiais <strong>de</strong> construção, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se também a poupança<br />

como fonte, caiu expressivos 26% no mesmo perío<strong>do</strong>: <strong>de</strong><br />

227.149 para 168.145 unida<strong>de</strong>s.<br />

82


Para a Abecip, a queda no número total <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s financiadas<br />

com recursos da poupança se <strong>de</strong>veu, entre outros fatores, à<br />

redução no número <strong>de</strong> lançamentos <strong>de</strong> 2011 para <strong>2012</strong>,<br />

acompanhada pela diminuição <strong>do</strong>s estoques, que em novembro<br />

<strong>de</strong> <strong>2012</strong> somavam 7,7% <strong>do</strong>s imóveis novos. Outro fator que<br />

prejudicou o <strong>de</strong>sempenho foi o fraco crescimento <strong>do</strong> Produto<br />

Interno Bruto (PIB) em <strong>2012</strong>, em cerca <strong>de</strong> 1%.<br />

Apesar disso, a entida<strong>de</strong> espera expansão <strong>de</strong> 15% no crédito<br />

imobiliário em 2013, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao aumento da renda média real da<br />

população, que passou <strong>de</strong> R$ 1.740, em outubro <strong>de</strong> 2011, para<br />

R$ 1.810 no mesmo mês <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, acompanha<strong>do</strong> pela queda no<br />

<strong>de</strong>semprego, que fechou <strong>2012</strong> em 5,6%.<br />

Analisan<strong>do</strong>-se apenas as transações com recursos <strong>do</strong> FGTS,<br />

percebe-se um aumento <strong>de</strong> 4,0% no número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

financiadas <strong>de</strong> 2011 para <strong>2012</strong>: <strong>de</strong> 478.631 para 497.572.<br />

Soman<strong>do</strong>-se poupança e FGTS, chega-se ao número <strong>de</strong> quase<br />

1 milhão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s financiadas em <strong>2012</strong>. Veja os da<strong>do</strong>s<br />

forneci<strong>do</strong>s pela Abecip:<br />

Financiamentos imobiliários com funding poupança<br />

Financiamentos imobiliários com funding FGTS<br />

83


Financiamentos imobiliários com funding poupança + FGTS<br />

parte da população resi<strong>de</strong>nte em con<strong>do</strong>mínios não tem se<br />

esforça<strong>do</strong> para implementar a coleta seletiva.<br />

Cerca <strong>de</strong> 23% <strong>do</strong> que a Comlurb recolhe <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios são<br />

materiais potencialmente recicláveis, segun<strong>do</strong> cálculos da<br />

própria entida<strong>de</strong>. Entretanto, a companhia coleta, porta a porta,<br />

700 toneladas por mês, ou seja, 2,6% <strong>do</strong> lixo reciclável. Com o<br />

programa <strong>de</strong> ampliação da coleta seletiva, a Comlurb preten<strong>de</strong><br />

alcançar o recolhimento <strong>de</strong> 19% <strong>do</strong> material, ou seja, 5,8 mil<br />

toneladas mensais. A meta se aproxima <strong>do</strong>s 25% alcança<strong>do</strong>s em<br />

alguns países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.<br />

7.5. Coleta <strong>de</strong> lixo no município <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />

Com o <strong>de</strong>senvolvimento da economia no país, o aumento da<br />

população e <strong>do</strong> consumo nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> lixo gerada também vem crescen<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da<br />

Comlurb, apenas no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> são 10,1 mil toneladas por<br />

dia. Meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse volume é proveniente da coleta <strong>do</strong>miciliar<br />

regular. Nos últimos cinco anos, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lixo recolhida<br />

nos con<strong>do</strong>mínios e casas veio crescen<strong>do</strong> gradativamente,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1,51 milhão, em 2008, para 1,84 milhão <strong>de</strong><br />

toneladas, em <strong>2012</strong>, ou seja, 21,3% a mais.<br />

A boa notícia é que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Embalagem (Abre), o Brasil, mesmo quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong><br />

a alguns países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, apresenta eleva<strong>do</strong>s índices <strong>de</strong><br />

reciclagem. Mas ainda há um longo caminho pela frente: boa<br />

Copacabana<br />

84


Fonte: Comlurb<br />

Fonte: Comlurb<br />

85


86


8. SECOVI RIO NA MÍDIA<br />

Em <strong>2012</strong> o Secovi <strong>Rio</strong> consoli<strong>do</strong>u ainda mais a sua posição<br />

<strong>de</strong> principal fonte <strong>de</strong> informação <strong>do</strong> segmento. O Sindicato<br />

da Habitação marcou presença na mídia durante to<strong>do</strong> o ano,<br />

fornecen<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s relevantes sobre o merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

fluminense aos jornalistas. Foram 638 ocorrências em jornais,<br />

revistas, sites, emissoras <strong>de</strong> televisão e rádio.<br />

Na mídia impressa (jornais e revistas) foram 211 aparições. Na<br />

mídia on-line, contabilizaram-se 360 ocorrências, um recor<strong>de</strong>.<br />

Ao longo <strong>do</strong> ano, houve 46 inserções na TV e 21 nas estações<br />

<strong>de</strong> rádio, totalizan<strong>do</strong> 8 horas, 46 minutos e 12 segun<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

mídia espontânea.<br />

87


Veja algumas matérias veiculadas ao longo <strong>de</strong> <strong>2012</strong>:<br />

8.1. Jornais, revistas e sites<br />

28/10/12<br />

FOLHA DE S. PAULO: Favelas vivem expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

aluguéis (com da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Cepai).<br />

1º/10/12<br />

VEJA RIO: Matéria sobre a 22ª edição da Casa Cor aborda uma<br />

tendência mundial: a crescente procura por apartamentos<br />

compactos (com da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Cepai e <strong>de</strong> Leonar<strong>do</strong> Schnei<strong>de</strong>r).<br />

88


9/8/12<br />

EXAME.COM: Os 10 bairros on<strong>de</strong> o aluguel mais subiu no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Janeiro</strong> (com da<strong>do</strong>s prepara<strong>do</strong>s com exclusivida<strong>de</strong> pelo Secovi<br />

<strong>Rio</strong> e por Leonar<strong>do</strong> Schnei<strong>de</strong>r).<br />

5/8/12<br />

O GLOBO: Zona Norte valoriza mais que Zona Sul (com pesquisa<br />

e exclusiva <strong>do</strong> Cepai e <strong>de</strong> Leonar<strong>do</strong> Schnei<strong>de</strong>r).<br />

89


8.2. TV<br />

18/7/12<br />

O GLOBO: Na coluna <strong>de</strong> Flávia Oliveira, nota sobre a disputa<br />

<strong>de</strong> preços <strong>do</strong> m² (venda), entre Leblon e Ipanema (com da<strong>do</strong>s<br />

prepara<strong>do</strong>s com exclusivida<strong>de</strong> pelo Cepai).<br />

15/9/12<br />

GLOBONEWS: Reportagem da edição das 18h aborda o aumento<br />

da inadimplência da taxa con<strong>do</strong>minial (com a participação <strong>do</strong><br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, Manoel Maia).<br />

90


14/9/12<br />

TV GLOBO: No Bom Dia <strong>Rio</strong>, coluna <strong>de</strong> Economia, a jornalista<br />

Flávia Oliveira comenta o aumento <strong>do</strong>s aluguéis (com<br />

participação ao vivo <strong>do</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, Manoel<br />

Maia).<br />

19/3/12<br />

SBT: Preços <strong>do</strong>s aluguéis disparam no <strong>Rio</strong> (com Maria Teresa<br />

Men<strong>do</strong>nça Dias, por conta da divulgação <strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> 2011).<br />

91


18/1/12<br />

CNT: Com a estabilização <strong>do</strong>s preços <strong>de</strong> imóveis em 2011, apesar<br />

da valorização, cai a rentabilida<strong>de</strong> (com Leonar<strong>do</strong> Schnei<strong>de</strong>r).<br />

92


93


9. CONCLUSÕES<br />

Com o aquecimento da economia <strong>do</strong> país, os setores <strong>de</strong><br />

construção civil e <strong>de</strong> comércio <strong>de</strong> imóveis ganharam força em<br />

to<strong>do</strong> o território nacional. O sonho da casa própria permanece<br />

vivo para a maioria <strong>do</strong>s brasileiros, principalmente por conta<br />

da expansão <strong>do</strong> crédito imobiliário nos últimos anos. Mas em<br />

nenhuma outra cida<strong>de</strong> o segmento gera tantas discussões<br />

quanto no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>.<br />

Por esses e outros motivos, é crescente o número <strong>de</strong> pessoas<br />

– estrangeiros ou não – que querem se estabelecer aqui.<br />

Tamanha exposição reflete diretamente no merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

Uma cida<strong>de</strong> melhor para se viver gera aumento da procura por<br />

imóveis para comprar ou alugar, sem falar no impacto sobre os<br />

ramos hoteleiro e <strong>de</strong> hospedagem <strong>do</strong>miciliar. Os preços, claro,<br />

são influencia<strong>do</strong>s por esses fatores.<br />

Nunca estivemos tão expostos como agora. Além <strong>de</strong> se<strong>de</strong><br />

da Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2014 e das Olimpíadas <strong>de</strong> 2016, o <strong>Rio</strong><br />

receberá, em 2013, a Copa das Confe<strong>de</strong>rações (junho) e a<br />

Jornada Mundial da Juventu<strong>de</strong> (julho). Foi escolhi<strong>do</strong> pelo The<br />

New York Times o principal <strong>de</strong>stino turístico <strong>do</strong> ano. Em julho <strong>de</strong><br />

<strong>2012</strong>, tornou-se a primeira cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a receber o título<br />

da Unesco <strong>de</strong> Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural<br />

Urbana.<br />

As UPPs são um case <strong>de</strong> sucesso na difícil empreitada contra a<br />

violência. Não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar os pesa<strong>do</strong>s investimentos<br />

em or<strong>de</strong>namento urbano e infraestrutura, com a construção<br />

<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> lazer e a expansão <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong><br />

massa.<br />

O assunto está sempre na or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> dia. Seja na mesa <strong>do</strong> bar,<br />

na praia ou no escritório, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> quer saber se os preços<br />

<strong>do</strong>s apartamentos e casas vão continuar subin<strong>do</strong> ou se existe<br />

tendência <strong>de</strong> estabilização. São perguntas difíceis <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r.<br />

O merca<strong>do</strong> imobiliário é dinâmico, e seu comportamento<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> fatores econômicos e conjunturais.<br />

Mas o Secovi <strong>Rio</strong> criou seu <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa em<br />

2008 justamente para tentar preencher essas lacunas. O<br />

acompanhamento regular <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>do</strong> segmento,<br />

contan<strong>do</strong> com a parceria <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alta<br />

credibilida<strong>de</strong> para o fornecimento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong> ajudar a<br />

<strong>de</strong>senhar tendências para o merca<strong>do</strong> imobiliário, contribuin<strong>do</strong><br />

para que os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> possam planejar melhor seu<br />

futuro.<br />

94


Ao reunir esses levantamentos em um <strong>do</strong>cumento, o Sindicato<br />

espera contribuir para traçar o raio X <strong>de</strong> uma pequena parte da<br />

história da habitação no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, que continuará sen<strong>do</strong><br />

escrita por muitas outras mãos. O estu<strong>do</strong> constatou: em <strong>2012</strong>,<br />

os preços médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> subiram menos que<br />

em 2011 e 2010, o que confirma a tendência <strong>de</strong> estabilização<br />

nos valores <strong>do</strong>s imóveis. Ainda assim, a valorização <strong>de</strong>verá<br />

perdurar.<br />

Apesar das evidências, não existem verda<strong>de</strong>s absolutas nesse<br />

setor. Por isso o Secovi <strong>Rio</strong> segue pesquisan<strong>do</strong> e buscan<strong>do</strong><br />

informações que possam gerar alguma previsibilida<strong>de</strong>. A missão<br />

é difícil. Afinal, o <strong>Rio</strong> e o merca<strong>do</strong> imobiliário ainda passarão por<br />

gran<strong>de</strong>s transformações nos próximos anos. Esperamos que as<br />

futuras edições <strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> aju<strong>de</strong>m<br />

a captar esse dinamismo, servin<strong>do</strong> como fonte <strong>de</strong> informação<br />

para muitas gerações.<br />

95


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