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Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro - 2011 - SECOVIRIO

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DIRETORIA SECOVI RIO GESTÃO 2010-2014<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Pedro José Maria Fernan<strong>de</strong>s Wähmann<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />

Manoel da Silveira Maia<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Financeira e <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Maria Teresa Men<strong>do</strong>nça Dias<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Administrativo<br />

Ronal<strong>do</strong> Coelho Netto<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Marketing<br />

João Augusto Pessôa <strong>do</strong> Nascimento<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Jurídico<br />

Rômulo Cavalcante Mota<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos Con<strong>do</strong>miniais<br />

Leonar<strong>do</strong> Con<strong>de</strong> Villar Schnei<strong>de</strong>r<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Locações<br />

Antonio Paulo <strong>de</strong> Garcia Monnerat<br />

Diretor-Adjunto <strong>de</strong> Relações <strong>do</strong> Trabalho<br />

Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa<br />

CENTRO DE PESQUISA E ANÁLISE DA INFORMAÇÃO (CEPAI)<br />

Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Estatístico<br />

Mauricio Eiras Mesquita<br />

INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS<br />

cepai@secovirio.com.br<br />

REDAÇÃO E EDIÇÃO<br />

Gustavo Monteiro Amâncio<br />

ASSISTENTE DE EDIÇÃO:<br />

Margareth <strong>do</strong>s Santos e Santos<br />

PROJETO GRÁFICO<br />

Adriano Moura <strong>do</strong>s Santos<br />

DIAGRAMAÇÃO<br />

Ampersand Comunicação Gráfica


PANORAMA<br />

DO MERCADO<br />

IMOBILIÁRIO<br />

DO RIO DE JANEIRO<br />

<strong>2011</strong>


SUMÁRIO<br />

4. Administração <strong>de</strong> locação......................................................................20<br />

4.1. Imóveis resi<strong>de</strong>nciais........................................................................22<br />

4.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e variação<br />

em <strong>2011</strong>................................................................................................22<br />

4.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por regiões.................23<br />

4.1.3. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o<br />

número <strong>de</strong> quartos.............................................................24<br />

4.1.4. Comparação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

2010 x <strong>2011</strong>...........................................................................25<br />

4.1.5. Proporção entre taxa con<strong>do</strong>minial e aluguel..........26<br />

4.1.6. Imóveis administra<strong>do</strong>s......................................................27<br />

4.1.7. Rentabilida<strong>de</strong>........................................................................27<br />

4.1.8. Número <strong>de</strong> ofertas e perfis <strong>do</strong>s imóveis....................28<br />

4.2. Imóveis comerciais..........................................................................30<br />

4.2.1. Rentabilida<strong>de</strong> – salas comerciais..................................32<br />

4.3. Impontualida<strong>de</strong> e inadimplência...............................................33<br />

4.4. Garantias locatícias..........................................................................34<br />

1. Apresentação................................................................................................8<br />

2. Introdução....................................................................................................10<br />

3. Administração <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios..........................................................12<br />

3.1. Con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s no Secovi <strong>Rio</strong>................................13<br />

3.2. Número médio <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s .......................................................14<br />

3.3. Número médio <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s ................................................15<br />

3.4. Valor médio da cota con<strong>do</strong>minial..............................................15<br />

3.5. Impontualida<strong>de</strong> e inadimplência ..............................................16<br />

3.6. Despesas por rubricas.....................................................................17<br />

3.7. Perfil <strong>do</strong>s lançamentos <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.................................................18<br />

5. Compra e venda – imóveis usa<strong>do</strong>s.....................................................36<br />

5.1. Imóveis resi<strong>de</strong>nciais........................................................................38<br />

5.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e variação<br />

em <strong>2011</strong>..................................................................................38<br />

5.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por regiões.................39<br />

5.1.3. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> quartos..............................................................................40<br />

5.1.4. Comparação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

2010 x <strong>2011</strong>...........................................................................42<br />

5.1.5. Metro quadra<strong>do</strong> na orla....................................................43<br />

5.1.6. Ruas <strong>de</strong> grife..........................................................................43<br />

5.1.7. Coberturas.............................................................................44<br />

5.1.8. Casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios......................................................45<br />

4


5.1.9. Niterói......................................................................................46<br />

5.1.10. Indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.........................................47<br />

5.1.10.1. Região <strong>do</strong>s Lagos...............................................47<br />

5.1.10.2. Baixada Fluminense.........................................48<br />

5.1.10.3. Serra Norte...........................................................49<br />

5.1.10.4. Noroeste Fluminense.......................................51<br />

5.1.10.5. Região Litorânea................................................52<br />

5.1.10.6. Norte Fluminense..............................................54<br />

5.1.10.7. Serra Ver<strong>de</strong> ..........................................................55<br />

5.1.10.8. Sul Fluminense...................................................56<br />

5.1.11. Tamanho médio <strong>do</strong>s imóveis por quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> quartos (metros quadra<strong>do</strong>s).....................................58<br />

5.1.12. Número <strong>de</strong> ofertas e perfis <strong>do</strong>s imóveis...................59<br />

5.2. Imóveis comerciais..........................................................................61<br />

6. Compra e venda – imóveis novos.......................................................62<br />

6.1. Número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s lançadas...................................................64<br />

6.2. Tamanho médio das unida<strong>de</strong>s lançadas<br />

(metros quadra<strong>do</strong>s).......................................................................................65<br />

6.3. Faixas <strong>de</strong> preços por metro quadra<strong>do</strong> das unida<strong>de</strong>s<br />

lançadas ..............................................................................................66<br />

6.4. Tipos <strong>de</strong> pagamento das unida<strong>de</strong>s<br />

escrituradas ........................................................................................67<br />

7. Índices <strong>de</strong>mográficos e habitacionais <strong>do</strong> município<br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> ....................................................................................................68<br />

7.1. Pirâmi<strong>de</strong>s etárias...............................................................................69<br />

7.2. Situação e condição <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios<br />

particulares ........................................................................................70<br />

7.3. Evolução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res em diversos<br />

bairros...................................................................................................71<br />

8. Análises especiais......................................................................................72<br />

8.1. Tendências para locação, compra e venda.............................73<br />

8.1.1. Longe da bolha....................................................................74<br />

8.1.2. A consolidação das UPPs.................................................76<br />

8.1.3. A vez <strong>do</strong> interior..................................................................80<br />

8.1.4. Imóveis no <strong>Rio</strong> estão fican<strong>do</strong> menores......................82<br />

8.1.5. Casa ou apartamento: qual o melhor<br />

investimento?.......................................................................82<br />

8.1.6. “E-móveis”: locação e venda <strong>de</strong> imóveis pela<br />

internet ganham força......................................................84<br />

8.1.7. O valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>............................................85<br />

8.1.8. Uma nova Avenida Brasil.................................................86<br />

8.1.9. Nova Olaria............................................................................87<br />

8.1.10. Reforço nos programas <strong>de</strong> habitação.......................87<br />

8.1.11. Built to suit............................................................................92<br />

8.1.12. Fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos imobiliários<br />

ganham força........................................................................93<br />

8.2. Tendências para con<strong>do</strong>mínios....................................................96<br />

8.2.1. Administra<strong>do</strong>ra: a base sólida <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio.......96<br />

8.2.2. Pelo fim da inadimplência em con<strong>do</strong>mínios...........99<br />

8.2.3. Con<strong>do</strong>mínios sustentáveis...........................................100<br />

8.2.4. Combate à irregularida<strong>de</strong>.............................................101<br />

9. Desempenho <strong>do</strong> segmento <strong>de</strong> comércio<br />

e serviços imobiliários...........................................................................104<br />

10. Secovi <strong>Rio</strong> na mídia..............................................................................108<br />

11. Conclusões..............................................................................................116<br />

5


“O Hoje, a oferta <strong>de</strong> novas unida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong><br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> vive pleno processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização <strong>do</strong> espaço urbano.<br />

Prova disso são os novos lançamentos<br />

imobiliários por toda a cida<strong>de</strong>.<br />

ser constatada em Campo Gran<strong>de</strong>, Jacarepaguá, Vila da<br />

Penha, São Cristóvão e Irajá, por exemplo, e não somente<br />

na Barra da Tijuca e no Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes, como<br />

acontecia no passa<strong>do</strong>. Em todas as localida<strong>de</strong>s, os imóveis<br />

são negocia<strong>do</strong>s antes mesmo <strong>do</strong> lançamento.<br />

O momento é muito positivo para o setor imobiliário. O merca<strong>do</strong><br />

está aqueci<strong>do</strong> na carona da boa fase econômica <strong>do</strong><br />

país e, sem dúvida, no excelente momento <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>, que tem<br />

a chancela <strong>de</strong> um calendário fantástico, que inclui a <strong>Rio</strong><br />

+20, a Copa das Confe<strong>de</strong>rações (2013), a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong><br />

(2014) e as Olimpíadas (2016). Neste cenário, a proposta <strong>do</strong><br />

<strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2011</strong> <strong>de</strong> fornecer números<br />

e indicar tendências para os próximos anos é mais<br />

<strong>do</strong> que bem-vinda tanto para a iniciativa privada quanto para<br />

a gestão pública.<br />

É tempo <strong>de</strong> investir aqui. Importantes agências <strong>de</strong> classificação<br />

<strong>de</strong> risco, como a Moody’s e a Fitch, atribuíram à cida<strong>de</strong><br />

grau máximo <strong>de</strong> confiança, em um claro reconhecimento<br />

à prudência e responsabilida<strong>de</strong> com que tratamos nossas<br />

políticas fiscais. A obtenção <strong>de</strong> excelentes notas <strong>de</strong> crédito<br />

em tempos <strong>de</strong> crise financeira global é a melhor vitrine que<br />

po<strong>de</strong>ríamos ter para atrair investi<strong>do</strong>res. E só confirma a qualida<strong>de</strong><br />

da nossa administração financeira.<br />

Uma pesquisa recém-encomendada pela Prefeitura <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />

ao Ibope para a revisão <strong>do</strong> Plano Estratégico da cida<strong>de</strong> revelou<br />

que o carioca mostra-se feliz com a vida que está<br />

6


levan<strong>do</strong> e otimista em relação ao futuro da cida<strong>de</strong>. Estamos<br />

trabalhan<strong>do</strong> juntos – em todas as esferas <strong>de</strong> governo – para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. Um <strong>de</strong>senvolvimento que percorre<br />

todas as regiões da cida<strong>de</strong>.<br />

E é importante <strong>de</strong>stacar nessa nova configuração imobiliária<br />

a Região Portuária. Através <strong>do</strong> Porto Maravilha, estamos falan<strong>do</strong><br />

da requalificação <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> metros quadra<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> uma área que, por décadas, amargou o aban<strong>do</strong>no. Estamos<br />

preparan<strong>do</strong> aquela imensa área para receber pelo<br />

menos novos 80 mil mora<strong>do</strong>res.<br />

Enfim, o nosso esforço para tornar o <strong>Rio</strong> cada vez melhor é<br />

enorme. Um trabalho que é feito em parceria com os cariocas.<br />

Em <strong>de</strong>zembro, lançamos o Conselho da Cida<strong>de</strong> – um<br />

supertime que reúne 150 cidadãos representantes <strong>de</strong> diferentes<br />

segmentos para nos ajudar a pensar a revisão <strong>do</strong> Plano<br />

Estratégico, que reúne as metas da Prefeitura. Esse grupo<br />

é forma<strong>do</strong> por profissionais representativos <strong>de</strong> diversas<br />

áreas, como jornalismo, arquitetura, engenharia, economia,<br />

artes, meio ambiente, entre outras. E tem por objetivo refletir<br />

sobre a visão <strong>de</strong> futuro da Cida<strong>de</strong> Maravilhosa e <strong>de</strong>finir o<br />

<strong>Rio</strong> que o carioca <strong>de</strong>seja.<br />

Para tornar nossa cida<strong>de</strong> cada vez mais integrada é preciso<br />

dividir e trocar o conhecimento. Acredito nesse caminho para<br />

acertar nas <strong>de</strong>cisões, no direcionamento <strong>de</strong> políticas públicas<br />

e na transparência da prestação <strong>de</strong> contas. Estamos trabalhan<strong>do</strong><br />

para que a cida<strong>de</strong> perceba que a missão <strong>de</strong> transformar<br />

não cabe somente ao po<strong>de</strong>r público. À socieda<strong>de</strong> civil<br />

também cabe o papel <strong>de</strong> dar novo rumo à história <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.”<br />

Eduar<strong>do</strong> da Costa Paes,<br />

prefeito da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

Praia <strong>de</strong> Botafogo<br />

7


1. Apresentação<br />

O<br />

ano <strong>de</strong> 2008, quan<strong>do</strong> o Secovi <strong>Rio</strong> criou o seu<br />

Departamento <strong>de</strong> Pesquisa, foi emblemático:<br />

uma crise financeira abalou o mun<strong>do</strong>. Mas,<br />

apesar <strong>do</strong> susto, por aqui o momento era <strong>de</strong><br />

otimismo. A agência <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> risco<br />

Standard and Poor’s conce<strong>de</strong>u ao Brasil grau <strong>de</strong> investimento<br />

e, além disso, o país passou a cre<strong>do</strong>r externo, fato inédito<br />

em nossa história econômica. Os empregos com carteira<br />

assinada bateram recor<strong>de</strong>, e a classe C <strong>de</strong> consumo, pela<br />

primeira vez, passou a concentrar o maior número <strong>de</strong> brasileiros,<br />

superan<strong>do</strong> as D e E. A primeira coleta <strong>de</strong> petróleo da<br />

camada pré-sal foi feita no Espírito Santo.<br />

O setor imobiliário passou longe <strong>do</strong> abismo cria<strong>do</strong> pela crise<br />

norte-americana. Naquele ano, estava apenas começan<strong>do</strong><br />

o ciclo <strong>de</strong> expansão <strong>do</strong> crédito no país, que se fortaleceu<br />

nos anos seguintes. No <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, iniciava-se um momento<br />

<strong>de</strong> forte valorização imobiliária, que ainda perdura.<br />

A cida<strong>de</strong>, que sediará o maior evento esportivo <strong>do</strong> planeta<br />

em 2016, está em constante processo <strong>de</strong> transformação e<br />

passou a atrair os olhares <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.<br />

8


Foi nesse contexto que nasceu o Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Análise<br />

da Informação <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong> (Cepai). Apesar <strong>do</strong> momento<br />

frágil para a economia mundial, era hora <strong>de</strong> iniciar<br />

um projeto até então inexistente no Esta<strong>do</strong>: o <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s em um setor que se vem revelan<strong>do</strong> cada vez mais<br />

dinâmico. Com o <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2011</strong>,<br />

comemoramos quatro anos <strong>de</strong> um trabalho que tem como<br />

principal objetivo acompanhar o merca<strong>do</strong>, através <strong>do</strong>s números<br />

que ele fornece, oferecen<strong>do</strong> aos empresários, à imprensa<br />

e aos consumi<strong>do</strong>res um amplo banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s que<br />

possa contribuir para sua tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos a colaboração das entida<strong>de</strong>s – públicas e<br />

privadas – que compartilharam conosco seus da<strong>do</strong>s estatísticos,<br />

fundamentais para a elaboração <strong>de</strong>sta publicação:<br />

Prefeitura da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, Fe<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> Comércio<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> (Fecomércio-RJ), Associação Brasileira<br />

das Administra<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> Imóveis (ABADI), IBGE, Associação<br />

<strong>de</strong> Dirigentes <strong>de</strong> Empresas <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong><br />

(A<strong>de</strong>mi-RJ) e Associação Brasileira das Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Crédito<br />

<strong>Imobiliário</strong> e Poupança (Abecip). Nosso agra<strong>de</strong>cimento<br />

também às empresas que participaram <strong>do</strong> projeto Indica<strong>do</strong>res<br />

Habitacionais, inicia<strong>do</strong> em 2010. São elas:<br />

• Administra<strong>do</strong>ra Quatro Marias Ltda.<br />

• AD’<strong>Rio</strong> Administração <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

• Apsa – Administração Predial e Negócios <strong>Imobiliário</strong>s<br />

S.A.<br />

• BCF Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Bens Ltda.<br />

• Cipa – Participações e Administração S.A.<br />

• Crase-Sigma Empreendimentos <strong>Imobiliário</strong>s Ltda.<br />

• Emaci – Empresa <strong>de</strong> Assessoria a Con<strong>do</strong>mínios e Imóveis<br />

Ltda.<br />

• Estasa – Empresa <strong>de</strong> Serviços Técnicos e Administrativos<br />

Ltda.<br />

• Imobiliária Zirtaeb Ltda.<br />

• Lown<strong>de</strong>s & Sons S/A – Administração, Corretagem e Representação<br />

• Marva – Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

• ML Administração <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

• Pacífica Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

• Palmares Administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Imóveis Ltda.<br />

• Tibúrcio Rodrigues Imóveis Ltda.<br />

Praia <strong>de</strong> Copacabana<br />

9


2. Introdução<br />

Uma combinação <strong>de</strong> fatores, entre<br />

eles a economia aquecida, a alta<br />

<strong>de</strong>manda por imóveis para moradia,<br />

a ampla oferta <strong>de</strong> crédito e as<br />

melhorias na cida<strong>de</strong> por conta <strong>do</strong>s<br />

gran<strong>de</strong>s eventos esportivos, é responsável por<br />

uma valorização imobiliária sem prece<strong>de</strong>ntes no<br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. De 2001 a 2010, os preços <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais e comerciais chegaram a<br />

subir 400% e 700%, respectivamente. Em <strong>2011</strong>,<br />

a valorização continuou acontecen<strong>do</strong>, mas se<br />

perceberam taxas menores que as <strong>do</strong> ano anterior,<br />

o que revela uma fase <strong>de</strong> estabilização <strong>do</strong>s<br />

preços. A tendência <strong>de</strong> crescimento, entretanto,<br />

permanece.<br />

De janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010, o valor médio<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para venda subiu 42,1%, enquanto<br />

em <strong>2011</strong> essa variação ficou em 15,8%.<br />

Já na locação, a variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>,<br />

em 2010, foi <strong>de</strong> 29,1%, contra os 16,1% <strong>do</strong> ano<br />

passa<strong>do</strong>. Para especialistas e empresas <strong>do</strong> setor,<br />

a curva ascen<strong>de</strong>nte está chegan<strong>do</strong> ao seu<br />

patamar <strong>de</strong> estabilização, e a previsão é que<br />

aconteçam crescimentos mais mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s. Entretanto,<br />

algumas regiões da cida<strong>de</strong> estão se<br />

sobressain<strong>do</strong> e <strong>de</strong>verão seguir com essa característica<br />

daqui para a frente.<br />

Gávea e Lagoa, na Zona Sul, por exemplo, tiveram<br />

uma valorização expressiva nos preços<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para venda. No primeiro, a<br />

variação para apartamentos <strong>de</strong> 3 quartos, <strong>de</strong><br />

janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, foi <strong>de</strong> 46,0%. No<br />

segun<strong>do</strong>, os <strong>de</strong> 1 quarto tiveram valorização <strong>de</strong><br />

vultosos 91,5%, o maior índice registra<strong>do</strong> pelo<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> pesquisa nesta publicação.<br />

Conforme previsto no início <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, a tendência<br />

<strong>de</strong> valorização em bairros da Zona Norte<br />

perdurou. Com a consolidação das UPPs, as diversas<br />

melhorias <strong>de</strong> infraestrutura em andamento<br />

e o aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> construções com<br />

padrão comparável ao <strong>do</strong>s empreendimentos<br />

da Zona Sul, essa área da cida<strong>de</strong> vem atrain<strong>do</strong><br />

população crescente. Destaque para Vila Isabel<br />

e Méier, que tiveram, respectivamente, valorização<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para venda <strong>de</strong> 46,9% (2<br />

quartos) e 62,4% (4 quartos).<br />

No que diz respeito à locação, o cenário se<br />

manteve positivo, principalmente para o Centro<br />

da cida<strong>de</strong>. Mais uma vez, as previsões <strong>do</strong><br />

Secovi <strong>Rio</strong> se confirmaram: a área, que se <strong>de</strong>staca<br />

pela gran<strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> espaços culturais,<br />

transporte e comércio, e tem si<strong>do</strong> afetada positivamente<br />

pelas intervenções <strong>do</strong> projeto Porto<br />

Vista panorâmica <strong>de</strong> Copacabana<br />

10


Maravilha, permanece atrain<strong>do</strong> novos mora<strong>do</strong>res. O metro<br />

quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 1 quarto, no bairro, valorizou<br />

45,2% em <strong>2011</strong>, índice bastante superior ao obti<strong>do</strong> em<br />

2010, <strong>de</strong> 0,8%. Os <strong>de</strong> 2 quartos valorizaram 65,9%, ante os<br />

10,2% <strong>do</strong> ano anterior.<br />

Para os prováveis investi<strong>do</strong>res, esta publicação traz outros<br />

da<strong>do</strong>s anima<strong>do</strong>res. Um <strong>de</strong>les é que to<strong>do</strong>s os bairros<br />

pesquisa<strong>do</strong>s apresentaram taxas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> (ver<br />

meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> cálculo na página 27) bastante superiores<br />

à variação <strong>do</strong>s principais índices financeiros (IGP-M,<br />

INCC, poupança, IPCA e dólar). Destacam-se, mais uma<br />

vez, Vila Isabel e Méier, cujos imóveis apresentaram rentabilida<strong>de</strong>s<br />

médias, <strong>de</strong> fevereiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, <strong>de</strong><br />

45,5% e 45,2%, respectivamente. No segmento comercial,<br />

Tijuca e Centro merecem ser cita<strong>do</strong>s: a rentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

imóveis nesses bairros em <strong>2011</strong> chegou a 54,7% e 54,6%,<br />

respectivamente.<br />

Com o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> empreendimentos sen<strong>do</strong> lança<strong>do</strong>s<br />

a to<strong>do</strong> momento, a administração <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios<br />

se firma como um serviço imprescindível. Afinal, não basta<br />

construir, é preciso administrar com profissionalismo<br />

para assegurar o bem-estar <strong>de</strong>ssa população. Mas que<br />

tipos <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios estão sen<strong>do</strong> administra<strong>do</strong>s no <strong>Rio</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>? Quais as suas principais características? O<br />

<strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2011</strong> nos revela: a<br />

maior parte <strong>de</strong>les, 52,5%, está na Zona Norte da cida<strong>de</strong>,<br />

bem mais que os 29,5% da Zona Sul. A diferença é fácil<br />

<strong>de</strong> explicar: com área territorial expressivamente menor,<br />

a região famosa pelas curvas das praias <strong>de</strong> Copacabana,<br />

Ipanema e Leblon concentra, consequentemente, menos<br />

edifícios.<br />

Quanto aos tipos <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s no Secovi<br />

<strong>Rio</strong>, a publicação aponta: na maioria das áreas urbanas, a<br />

proporção <strong>de</strong> edificações resi<strong>de</strong>nciais é muito maior. Nas<br />

Zonas Sul, Norte e Oeste, 96,8%, 91,9% e 91,2% <strong>de</strong>les se<br />

encaixam nesse perfil, respectivamente. Já no Centro se<br />

percebe uma inversão: apenas 33,9% <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios<br />

são volta<strong>do</strong>s para moradia. Ainda assim, essa taxa po<strong>de</strong><br />

ser consi<strong>de</strong>rada elevada se comparada à <strong>de</strong> décadas passadas,<br />

quan<strong>do</strong> a área se tornou eminentemente comercial.<br />

A tendência atual é <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> suas características<br />

primordiais – o Centro era um <strong>do</strong>s principais locais <strong>de</strong> moradia<br />

da cida<strong>de</strong>.<br />

Os números <strong>de</strong>ste <strong>do</strong>cumento refletem apenas algumas<br />

das realida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário fluminense. Procuramos<br />

coletar o máximo <strong>de</strong> informações sobre locação, compra,<br />

venda, con<strong>do</strong>mínios e outros índices socioeconômicos,<br />

acreditan<strong>do</strong> que este seja o caminho para <strong>de</strong>snudarmos o<br />

complexo segmento <strong>de</strong> comércio e serviços imobiliários,<br />

que o Secovi <strong>Rio</strong> representa há quase sete décadas.<br />

Boa leitura!<br />

Pedro Wähmann<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Vista Panorâmica <strong>do</strong> Pão <strong>de</strong> Açúcar<br />

11


- A construção <strong>de</strong> um monumento<br />

religioso no local foi sugerida pela<br />

primeira vez em 1859, pelo padre lazarista<br />

Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel. No entanto,<br />

apenas retomou-se efetivamente a i<strong>de</strong>ia em<br />

1921, quan<strong>do</strong> se iniciavam os preparativos para as<br />

comemorações <strong>do</strong> centenário da In<strong>de</strong>pendência.<br />

A estrada <strong>de</strong> rodagem que dá acesso ao local<br />

on<strong>de</strong> hoje se situa o Cristo Re<strong>de</strong>ntor foi construída<br />

em 1824. Já a estrada <strong>de</strong> ferro teve o primeiro<br />

trecho (Cosme Velho-Paineiras) inaugura<strong>do</strong> em<br />

1884. No ano seguinte, 1885, o segun<strong>do</strong> trecho foi<br />

concluí<strong>do</strong>, completan<strong>do</strong> a ligação com o cume. A<br />

ferrovia, que tem 3.800 metros <strong>de</strong> extensão, foi a<br />

primeira a ser eletrificada no Brasil, em 1906.<br />

A construção <strong>do</strong> Cristo Re<strong>de</strong>ntor, ainda, é consi<strong>de</strong>rada<br />

um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s capítulos da engenharia<br />

civil brasileira. Foi erguida em concreto arma<strong>do</strong> e<br />

revestida <strong>de</strong> um mosaico <strong>de</strong> triângulos <strong>de</strong> pedra-<br />

-sabão originária da região <strong>de</strong> Carandaí, no Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> Minas Gerais.<br />

3. Administração <strong>de</strong><br />

con<strong>do</strong>mínios<br />

12


O<br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> vive um momento especial.<br />

Além da boa fase econômica, a cida<strong>de</strong> está<br />

em pleno processo <strong>de</strong> transformação. A construção<br />

civil ganha fôlego e, com isso, novos<br />

con<strong>do</strong>mínios vão surgin<strong>do</strong>. Pessoas que nunca<br />

se imaginaram viven<strong>do</strong> em “moradias verticais” agora<br />

precisam se adaptar a um novo mun<strong>do</strong>. Neste capítulo, vamos<br />

revelar os <strong>de</strong>talhes sobre esse tipo <strong>de</strong> moradia, que<br />

está se mostran<strong>do</strong> cada vez mais a cara <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

3.1. Con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s no Secovi <strong>Rio</strong><br />

Os cadastros <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong> apontam: existem em to<strong>do</strong> o<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> cerca <strong>de</strong> 33 mil con<strong>do</strong>mínios, 28 mil <strong>de</strong>les<br />

localiza<strong>do</strong>s na capital. Entre esses, 20.416 forneceram informações<br />

mais precisas sobre administração e tipo <strong>de</strong> uso.<br />

A maior parte <strong>de</strong>les fica na Zona Norte: 52,5%. Espremida<br />

entre o mar e as montanhas, a Zona Sul, bem menor territorialmente,<br />

possui, em consequência, menos edificações:<br />

29,5% <strong>do</strong> total. Por outro la<strong>do</strong>, é a região que apresenta a<br />

maior proporção <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios que contam com o suporte<br />

<strong>de</strong> administra<strong>do</strong>ras: 74,3%.<br />

Na Zona Norte, é o oposto: apenas 20,1% se valem <strong>de</strong>ssa<br />

assistência, fundamental para a saú<strong>de</strong> financeira <strong>do</strong>s edifícios<br />

e o bem-estar <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res. Assim como a Zona<br />

Oeste, o Centro, que tem o menor número <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios<br />

da cida<strong>de</strong> (953), é a região on<strong>de</strong> a proporção é mais equilibrada:<br />

meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s prédios é administrada por empresas<br />

<strong>do</strong> ramo.<br />

Zona Norte, 91,9%; e na Zona Oeste, 91,2%. Já no Centro, a<br />

coisa muda <strong>de</strong> figura: 66,1% das edificações se enquadram<br />

nas classificações mista ou comercial. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se o<br />

total <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios na capital fluminense, 91% são volta<strong>do</strong>s<br />

para a moradia.<br />

Analisan<strong>do</strong> as 10 regiões <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> on<strong>de</strong> o Secovi <strong>Rio</strong> tem<br />

representações, a que tem maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios<br />

cadastra<strong>do</strong>s é a <strong>do</strong>s Lagos: 1.368, ou 24,0% <strong>do</strong> total<br />

existente fora da capital. Em segun<strong>do</strong> vem a Baixada Fluminense,<br />

que concentra 1.106 edificações (19,4%). Completa<br />

a lista das três mais bem colocadas a Serra Ver<strong>de</strong>, representada<br />

por Nova Friburgo: 720 con<strong>do</strong>mínios, ou 12,6% <strong>do</strong> total<br />

analisa<strong>do</strong> fora <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

Total <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios por tipo <strong>de</strong> administração<br />

Zonas<br />

Total <strong>do</strong>s Con<strong>do</strong>mínios <strong>2011</strong><br />

% por Zonas<br />

Com Administra<strong>do</strong>ra Sem Administra<strong>do</strong>ra TOTAL <strong>2011</strong><br />

Zona Sul<br />

Zona Oeste<br />

Zona Norte<br />

Centro<br />

4.481<br />

1.372<br />

2.153<br />

478<br />

1.550<br />

1.333<br />

8.574<br />

475<br />

6.031<br />

2.705<br />

10.727<br />

953<br />

(%)<br />

(%)<br />

(%)<br />

(%)<br />

74,3%<br />

50,7%<br />

20,1%<br />

50,2%<br />

25,7%<br />

49,3%<br />

79,9%<br />

49,8%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

29,5%<br />

13,2%<br />

52,5%<br />

4,7%<br />

TOTAL 8.484 11.932<br />

20.416<br />

% 42% 58%<br />

100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Em quase todas as regiões, a maioria absoluta <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios<br />

tem perfil resi<strong>de</strong>ncial. Na Zona Sul, são 96,8%; na<br />

13


Total <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s no Secovi <strong>Rio</strong> por tipo<br />

Zonas<br />

Total <strong>do</strong>s Con<strong>do</strong>mínios<br />

% por Zonas<br />

Resi<strong>de</strong>nciais Não Resi<strong>de</strong>nciais TOTAL <strong>2011</strong><br />

Zona Sul<br />

Zona Oeste<br />

Zona Norte<br />

Centro<br />

5.840<br />

2.466<br />

9.858<br />

323<br />

191<br />

239<br />

869<br />

630<br />

6.031<br />

2.705<br />

10.727<br />

953<br />

(%)<br />

(%)<br />

(%)<br />

(%)<br />

96,8%<br />

91,2%<br />

91,9%<br />

33,9%<br />

3,2%<br />

8,8%<br />

8,1%<br />

66,1%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

29,5%<br />

13,2%<br />

52,5%<br />

4,7%<br />

TOTAL 18.487 1.929<br />

20.416<br />

% 91% 9%<br />

100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

3.2. Número médio <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

Analisan<strong>do</strong> os con<strong>do</strong>mínios mais <strong>de</strong> perto, encontramos outros<br />

da<strong>do</strong>s revela<strong>do</strong>res. Um <strong>de</strong>les diz respeito ao número<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s (apartamentos ou salas). A média geral é <strong>de</strong><br />

32. Para os resi<strong>de</strong>nciais, menos ainda: 31. Já os mistos e<br />

comerciais têm, em média, 48 unida<strong>de</strong>s.<br />

Total <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios cadastra<strong>do</strong>s nas Regionais<br />

<strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong><br />

Regional TOTAL %<br />

Baixada 1.106 19,4%<br />

Costa Ver<strong>de</strong> 206 3,6%<br />

Lagos 1.368 24,0%<br />

Litorânea 266 4,7%<br />

Noroeste Fluminense 600 10,5%<br />

Norte Fluminense 306 5,4%<br />

Serra Norte 529 9,3%<br />

Serra Ver<strong>de</strong> 720 12,6%<br />

Sul Fluminense 497 8,7%<br />

Serra Imperial * 104 1,8%<br />

TOTAL 5.702 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

* Administra<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios.<br />

14


3.3. Número médio <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s<br />

Con<strong>do</strong>mínio não é empresa, mas gera emprego. Por isso<br />

não <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> fora <strong>de</strong>sta publicação a análise da mão<br />

<strong>de</strong> obra que atua nesse segmento. Constatou-se que os<br />

edifícios comerciais absorvem mais trabalha<strong>do</strong>res: em média,<br />

4,8. A explicação é simples: com gran<strong>de</strong> circulação <strong>de</strong><br />

pessoas e um maior número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, em comparação<br />

com os resi<strong>de</strong>nciais, é necessário contratar mais porteiros/<br />

recepcionistas, vigias e funcionários da área <strong>de</strong> manutenção<br />

e limpeza. Por esse mesmo motivo, os mistos vêm em<br />

segun<strong>do</strong>: média <strong>de</strong> 3,7 emprega<strong>do</strong>s. Os resi<strong>de</strong>nciais ficam<br />

na média: 3,5 funcionários.<br />

3.4. Valor médio da cota con<strong>do</strong>minial<br />

Vários fatores são leva<strong>do</strong>s em consi<strong>de</strong>ração na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir<br />

o valor <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio: número <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s, quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> serviços e áreas <strong>de</strong> lazer, <strong>de</strong>spesas extras, vaga<br />

<strong>de</strong> garagem e contas <strong>de</strong> consumo. Em <strong>2011</strong>, os bairros da<br />

Zona Sul foram os que apresentaram as maiores cotas con<strong>do</strong>miniais<br />

da cida<strong>de</strong>, à exceção da Barra da Tijuca, cujos<br />

con<strong>do</strong>mínios tradicionalmente possuem os valores mais<br />

eleva<strong>do</strong>s, por conta das inúmeras opções <strong>de</strong> lazer, gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários e outras vantagens, entre elas a<br />

oferta <strong>de</strong> ônibus exclusivos.<br />

No ranking <strong>do</strong>s seis mais caros (entre 22 bairros pesquisa<strong>do</strong>s),<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se valores médios para apartamentos<br />

<strong>de</strong> 2 quartos, a Zona Sul conta com cinco representantes:<br />

Lagoa (R$ 752), São Conra<strong>do</strong> (R$ 748), Ipanema (R$ 658),<br />

Gávea (R$ 631) e Leblon (R$ 615). Não é difícil <strong>de</strong>duzir os<br />

motivos: consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os “filés” da região, com vista para<br />

belas paisagens, esses bairros também investem alto em<br />

segurança (equipamentos e emprega<strong>do</strong>s), o que acarreta<br />

altos custos con<strong>do</strong>miniais, repassa<strong>do</strong>s aos mora<strong>do</strong>res. Em<br />

São Conra<strong>do</strong>, por exemplo, edifícios com incrementadas<br />

áreas <strong>de</strong> lazer (piscinas, aca<strong>de</strong>mias, churrasqueiras etc.)<br />

são comuns.<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Isso sem falar que muitos <strong>de</strong>sses bairros concentram construções<br />

mais antigas, cujos custos <strong>de</strong> manutenção são mais<br />

eleva<strong>do</strong>s. A Barra da Tijuca (R$ 725), na terceira colocação,<br />

completa a lista. Nesse local, apesar da ampla oferta <strong>de</strong> serviços,<br />

o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> apartamentos acaba diluin<strong>do</strong> o<br />

valor das cotas. Não fosse isso, aí se encontrariam os con<strong>do</strong>mínios<br />

mais caros <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

15


3.5. Impontualida<strong>de</strong> e inadimplência<br />

Po<strong>de</strong> parecer um simples lapso, mas um atraso no pagamento<br />

<strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio tem consequências mais sérias <strong>do</strong><br />

que se imagina. Sem essa verba, os compromissos <strong>do</strong> edifício<br />

com pagamentos <strong>de</strong> funcionários, contas <strong>de</strong> consumo,<br />

fornece<strong>do</strong>res e presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serviços, entre outras <strong>de</strong>spesas<br />

extraordinárias, ficam comprometi<strong>do</strong>s. E to<strong>do</strong>s saem<br />

per<strong>de</strong>n<strong>do</strong>. O <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2011</strong><br />

constatou uma ligeira elevação na taxa <strong>de</strong> inadimplência<br />

em <strong>2011</strong>, em comparação com o ano anterior, para os con<strong>do</strong>mínios<br />

resi<strong>de</strong>nciais: <strong>de</strong> 9,1% para 9,8%. Já em relação à<br />

impontualida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> o atraso no pagamento vai até 30<br />

dias, o índice teve elevação um pouco maior: <strong>de</strong> 7,6%, em<br />

2010, para 8,8%, em <strong>2011</strong>.<br />

Para o Secovi <strong>Rio</strong>, os leves aumentos da inadimplência e<br />

da impontualida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nciais, que não chegam a causar<br />

apreensão no merca<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>m ser um reflexo <strong>do</strong> aumento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas nos con<strong>do</strong>mínios. A própria elevação <strong>do</strong>s<br />

preços das cotas con<strong>do</strong>miniais na cida<strong>de</strong> – no Flamengo,<br />

por exemplo, a alta foi <strong>de</strong> 55,0% no primeiro semestre <strong>de</strong><br />

<strong>2011</strong> – po<strong>de</strong> ser um motiva<strong>do</strong>r. Indica<strong>do</strong>res socioeconômicos<br />

como o aumento <strong>do</strong> endividamento das famílias,<br />

também contribuem. Ainda assim, os índices po<strong>de</strong>m ser<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s estáveis. Um <strong>do</strong>s motivos, segun<strong>do</strong> pesquisa<br />

no portal <strong>do</strong> Sindicato, é que os síndicos estão mais<br />

dispostos ao diálogo, obten<strong>do</strong>, portanto, maiores índices<br />

<strong>de</strong> sucesso em negociações <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> cotas atrasadas<br />

(veja da<strong>do</strong>s da pesquisa na página 106).<br />

16


3.6. Despesas por rubricas<br />

Para os con<strong>do</strong>mínios comerciais, notam-se, em <strong>2011</strong>, índices<br />

<strong>de</strong> inadimplência (12,9%) e impontualida<strong>de</strong> (8,3%)<br />

mais altos que os <strong>do</strong>s resi<strong>de</strong>nciais. Isso porque eles têm<br />

tradicionalmente tamanhos maiores e, consequentemente,<br />

possuem gastos mais vultosos com folha <strong>de</strong> pagamento,<br />

fornece<strong>do</strong>res, contas <strong>de</strong> consumo, manutenção, segurança<br />

etc., o que eleva os custos con<strong>do</strong>miniais – o valor médio<br />

da cota <strong>de</strong> edifícios comerciais é <strong>de</strong> R$ 912, preço 21,0%<br />

superior ao cobra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s condôminos <strong>do</strong>s apartamentos resi<strong>de</strong>nciais<br />

(2 quartos) <strong>do</strong> bairro on<strong>de</strong> o valor é mais alto, a<br />

Lagoa. Ainda assim, os índices tiveram queda em relação<br />

a 2010, quan<strong>do</strong> se registraram 16,4% <strong>de</strong> inadimplência e<br />

9,8% <strong>de</strong> impontualida<strong>de</strong>.<br />

Um con<strong>do</strong>mínio não visa ao lucro, mas funciona como uma<br />

empresa: precisa <strong>de</strong> verba para arcar com o pagamento <strong>de</strong><br />

contas e <strong>de</strong> funcionários. Tradicionalmente, a rubrica para a<br />

qual se <strong>de</strong>stina a maior parte da arrecadação <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios<br />

fluminenses é a folha <strong>de</strong> pagamento. Em <strong>2011</strong>, não<br />

foi diferente: 38% <strong>do</strong> que se arreca<strong>do</strong>u, em média, foram<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos salários e encargos.<br />

A tarifa <strong>de</strong> água, uma das mais caras <strong>do</strong> país, permanece<br />

com a segunda colocação: respon<strong>de</strong> por 23% <strong>do</strong>s gastos<br />

<strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios. Com a a<strong>de</strong>são crescente <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios<br />

à medição individualizada <strong>do</strong> produto, a expectativa é<br />

que os gastos com a conta caiam nos próximos anos. A<br />

manutenção, com 15%, completa a lista <strong>do</strong>s três itens mais<br />

onerosos.<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

17


3.7. Perfil <strong>do</strong>s lançamentos <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

Referendan<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s apontamentos apresenta<strong>do</strong>s nas<br />

pesquisas <strong>de</strong> 2010, quan<strong>do</strong> se trata <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> lazer, os<br />

con<strong>do</strong>mínios cariocas estão cada vez mais incrementa<strong>do</strong>s.<br />

Muitos <strong>do</strong>s lançamentos são praticamente clubes: oferecem<br />

to<strong>do</strong> o conforto e comodida<strong>de</strong> para os mora<strong>do</strong>res, com espaços<br />

que antes só se encontravam <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora.<br />

De acor<strong>do</strong> com levantamento da Associação <strong>de</strong> Dirigentes<br />

<strong>de</strong> Empresas <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> (A<strong>de</strong>mi-RJ), <strong>do</strong>s 94<br />

novos con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais lança<strong>do</strong>s no município em<br />

<strong>2011</strong>, cerca <strong>de</strong> 90% possuem algum tipo <strong>de</strong> área <strong>de</strong> lazer. A<br />

média é <strong>de</strong> oito espaços <strong>de</strong>sse tipo por con<strong>do</strong>mínio. A pesquisa<br />

engloba um universo <strong>de</strong> 14.286 unida<strong>de</strong>s lançadas –<br />

média <strong>de</strong> 152 por empreendimento.<br />

Lazer %<br />

Piscina 76,5%<br />

Salão <strong>de</strong> festas 74,1%<br />

Aca<strong>de</strong>mia 57,6%<br />

Playground 41,2%<br />

Churrasqueira 40,0%<br />

Espaço Gourmet 35,3%<br />

Sauna 35,3%<br />

Brinque<strong>do</strong>teca 25,9%<br />

Quadras 25,9%<br />

Fonte: A<strong>de</strong>mi<br />

Fonte: A<strong>de</strong>mi-RJ<br />

Em uma cida<strong>de</strong> tropical como o <strong>Rio</strong>, on<strong>de</strong> o calor aparece<br />

o ano inteiro, um item foi campeão: a piscina – nada menos<br />

que 76,5% <strong>do</strong>s lançamentos possuíam esse item. O salão<br />

<strong>de</strong> festas vem em segun<strong>do</strong>: 74,1%. A preocupação <strong>do</strong>s cariocas<br />

com a forma física coloca as aca<strong>de</strong>mias na terceira<br />

colocação: 57,6% <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios lança<strong>do</strong>s em <strong>2011</strong> contam<br />

com espaços para aparelhos <strong>de</strong> ginástica. Confira:<br />

18


19<br />

Teatro Municipal


- O morro Pão <strong>de</strong> Açúcar<br />

é um pico situa<strong>do</strong> no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>,<br />

na entrada da Baía <strong>de</strong> Guanabara,<br />

no bairro da Urca, com 396 metros<br />

<strong>de</strong> altura.<br />

É constituí<strong>do</strong> por um monolítico, sen<strong>do</strong><br />

um bloco único <strong>de</strong> gnaisse facoidal, rocha<br />

metamórfica originária <strong>do</strong> granito, que sofreu<br />

alterações por pressão e temperatura,<br />

emergin<strong>do</strong> com o choque entre os continentes<br />

sul-americano e africano. Estima-<br />

-se que tenha si<strong>do</strong> forma<strong>do</strong> há mais <strong>de</strong><br />

600 milhões <strong>de</strong> ano. É circunda<strong>do</strong> por um<br />

resquício <strong>de</strong> Mata Atlântica.<br />

É um <strong>do</strong>s principais pontos turísticos da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>.<br />

4. Administração <strong>de</strong><br />

locação<br />

20


O<br />

Centro da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finitivamente, parece estar<br />

se tornan<strong>do</strong> o gran<strong>de</strong> filão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

Com projetos que visam combater a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

urbana, a região vem se livran<strong>do</strong> <strong>de</strong> um<br />

aban<strong>do</strong>no <strong>de</strong> décadas. Entre as intervenções,<br />

estão a recuperação das ruas e calçamentos, requalificação<br />

da re<strong>de</strong> elétrica, restauração <strong>do</strong>s monumentos e outras melhorias.<br />

Com tantos investimentos, os reflexos para o segmento<br />

imobiliário são instantâneos. O trânsito, cada vez mais complica<strong>do</strong><br />

na cida<strong>de</strong>, é outro fator que contribui para o aumento<br />

da procura por apartamentos para alugar na região central: o<br />

tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> casa para o trabalho diminui consi<strong>de</strong>ravelmente.<br />

Outras áreas próximas, como Glória e Catete,<br />

originariamente resi<strong>de</strong>nciais, estão retoman<strong>do</strong>, aos poucos,<br />

essa característica que remonta à época <strong>do</strong>s primeiros povoamentos,<br />

mas que havia fica<strong>do</strong> em segun<strong>do</strong> plano.<br />

Tamanha <strong>de</strong>manda contribui para a valorização <strong>do</strong>s imóveis<br />

aluga<strong>do</strong>s na região. O valor médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> apartamentos <strong>de</strong> 2 quartos teve a maior variação entre<br />

to<strong>do</strong>s os bairros pesquisa<strong>do</strong>s – 65,9% –, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$<br />

13,35, em fevereiro, para R$ 22,15, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>. A<br />

procura crescente pelos apartamentos <strong>de</strong> 1 quarto também<br />

fez com esse tipo <strong>de</strong> imóvel se valorizasse: o metro quadra<strong>do</strong><br />

(locação) subiu 45,2%. Fica atrás apenas da Tijuca, que<br />

ainda colhe os frutos da pacificação em suas comunida<strong>de</strong>s:<br />

lá o metro quadra<strong>do</strong> (locação) variou 51,5%. Ipanema, que<br />

permanece entre os bairros mais procura<strong>do</strong>s pelos consumi<strong>do</strong>res<br />

da classe média, teve variação <strong>de</strong> 41,9% para locação<br />

<strong>de</strong> apartamento <strong>de</strong> 1 quarto.<br />

Destaque também para o Méier, cujos apartamentos <strong>de</strong> 3<br />

quartos tiveram a maior taxa <strong>de</strong> valorização da cida<strong>de</strong> em<br />

<strong>2011</strong> – o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> (locação) foi <strong>de</strong> R$ 10,31<br />

a R$ 14,46, uma alta <strong>de</strong> 40,3%. O lançamento <strong>de</strong> novos empreendimentos<br />

com infraestrutura <strong>de</strong> lazer e as melhorias<br />

por conta <strong>do</strong>s preparativos para os eventos esportivos estão<br />

atrain<strong>do</strong> novos mora<strong>do</strong>res e geran<strong>do</strong> valorização nos<br />

preços. É importante citar a ampla re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comércio e serviços,<br />

além da oferta <strong>de</strong> transporte e da proximida<strong>de</strong> com<br />

as regiões centrais da cida<strong>de</strong>. A pouca distância da Tijuca,<br />

on<strong>de</strong> a pacificação gerou forte valorização, também influencia.<br />

Além disso, o aumento da renda média da população e<br />

o reforço <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> financiamento imobiliário permitiram<br />

que muitos consumi<strong>do</strong>res das classes C e D concretizassem<br />

o sonho da casa própria.<br />

É importante ressaltar que, para esta análise, não consi<strong>de</strong>ramos<br />

o mês <strong>de</strong> janeiro porque não houve da<strong>do</strong>s suficientes<br />

para calcular médias representativas.<br />

Pão <strong>de</strong> Açúcar<br />

21


4.1. Imóveis resi<strong>de</strong>nciais<br />

4.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e variação em <strong>2011</strong><br />

Bairros<br />

1 quarto 2 quartos 3 quartos 4 quartos<br />

fev/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%) fev/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%) fev/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%) fev/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%)<br />

Barra da Tijuca 23,02 30,87 34,1% 25,71 30,59 19,0% 27,95 30,97 10,8% 27,68 37,94 37,1%<br />

Botafogo 31,73 38,81 22,3% 34,61 38,14 10,2% 37,63 35,44 -5,8%<br />

Centr o 17,62 25,58 45,2% 13,35 22,15 65,9%<br />

Copacabana 35,24 46,54 32,1% 33,35 39,57 18,7% 31,34 33,14 5,7% 33,19 33,35 0,5%<br />

Fl amengo 30,42 39,85 31,0% 28,47 34,25 20,3% 28,70 33,44 16,5% 26,02 27,30 4,9%<br />

Gávea 45,99 40,86 41,93 2,6% 37,85 34,91 -7,8% 38,72<br />

Ipanema 42,20 59,89 41,9% 41,02 56,75 38,3% 45,86 58,31 27,2% 44,24 54,42 23,0%<br />

Jacarepaguá 14,44 14,37 16,15 12,4% 15,46 15,59 0,8%<br />

Jardim Botânico 37,96 39,82 41,48 4,2% 36,11 40,54 12,3%<br />

Lagoa 40,00 51,36 28,4% 39,06 44,76 14,6% 42,85 57,84 35,0%<br />

Laranjeiras 26,18 32,71 24,9% 27,41 30,40 10,9%<br />

Leblon 50,83 60,28 18,6% 49,10 56,07 14,2% 46,85 54,44 16,2% 48,96 60,29 23,1%<br />

Méi er 13,28 10,78 14,74 36,7% 10,31 14,46 40,3%<br />

Recrei o 27,76 18,73 22,32 19,2% 18,22 20,48 12,4% 17,42 20,51 17,7%<br />

Tijuca 17,62 26,69 51,5% 18,43 21,24 15,3% 19,23 19,40 0,9%<br />

Vila Isabel 15,69 16,96 8,1% 16,37<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Obs: Os espaços em branco significam que não se atingiu um número mínimo <strong>de</strong> informações para o cálculo da média representativa.<br />

22


4.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por regiões<br />

Zona Sul<br />

Zona Oeste<br />

Zona Norte<br />

23


4.1.3. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o número<br />

<strong>de</strong> quartos<br />

24


4.1.4. Comparação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> –<br />

2010 x <strong>2011</strong><br />

No <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> 2010, previmos<br />

a expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário para a Zona Norte da<br />

cida<strong>de</strong>. Os levantamentos recentes <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong><br />

Pesquisa <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong> comprovaram essa tendência. Com<br />

lançamentos cada vez mais incrementa<strong>do</strong>s e as UPPs instaladas<br />

em diversos bairros da região, a valorização nos preços<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para locação, em <strong>2011</strong>, superou a<br />

<strong>de</strong> 2010 em diversos locais.<br />

Da Zona Sul, Ipanema foi o único bairro on<strong>de</strong> se registraram<br />

índices expressivos <strong>de</strong> valorização na comparação entre<br />

2010 e <strong>2011</strong>. Para as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 quarto, por exemplo, o<br />

metro quadra<strong>do</strong> variou 41,9% em <strong>2011</strong>, contra apenas 4,2%<br />

em 2010. As <strong>de</strong> 2, 3 e 4 <strong>do</strong>rmitórios também apresentaram<br />

variações expressivas: <strong>de</strong> 6,6% para 38,3%; <strong>de</strong> 13,3% para<br />

27,2%; e <strong>de</strong> 12,3% para 23,0%, respectivamente, nos mesmos<br />

perío<strong>do</strong>s cita<strong>do</strong>s anteriormente.<br />

Na Tijuca, por exemplo, o metro quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong> apartamento<br />

<strong>de</strong> 1 quarto valorizou 51,5% em <strong>2011</strong>, índice bastante superior<br />

aos 27,6% registra<strong>do</strong>s no<br />

ano anterior. O Méier também<br />

se <strong>de</strong>stacou: enquanto a variação<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> em<br />

2010, para locação <strong>de</strong> apartamentos<br />

<strong>de</strong> 3 quartos, foi negativa<br />

(-1,1%), em <strong>2011</strong> a taxa<br />

subiu para 40,3%.<br />

O Centro também obteve bons<br />

índices em <strong>2011</strong> em comparação<br />

com o ano anterior. Para os<br />

imóveis <strong>de</strong> 1 quarto, o metro<br />

quadra<strong>do</strong>, que em 2010 havia<br />

varia<strong>do</strong> apenas 0,8%, valorizou<br />

expressivos 45,2% em <strong>2011</strong>.<br />

Para os <strong>de</strong> 2 <strong>do</strong>rmitórios, os<br />

da<strong>do</strong>s são ainda mais evi<strong>de</strong>ntes:<br />

o metro quadra<strong>do</strong> variou<br />

65,9% em <strong>2011</strong>, bem mais que<br />

os 10,2% <strong>de</strong> 2010.<br />

25


4.1.5. Proporção entre taxa con<strong>do</strong>minial e aluguel<br />

Quan<strong>do</strong> se pensa em con<strong>do</strong>mínio, a Barra da Tijuca vem<br />

imediatamente à cabeça. Afinal, o bairro é pioneiro na construção<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos ricos em opções <strong>de</strong><br />

lazer e serviços, os famosos con<strong>do</strong>mínios-clube. Mas a manutenção<br />

<strong>de</strong>ssas minicida<strong>de</strong>s tem um custo eleva<strong>do</strong>. Por<br />

isso a região tem as maiores taxas con<strong>do</strong>miniais da cida<strong>de</strong>,<br />

o que torna a proporção con<strong>do</strong>mínio/aluguel uma das mais<br />

elevadas: para as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 quartos, 28,1%.<br />

Embora os con<strong>do</strong>mínios mais incrementa<strong>do</strong>s tenham surgi<strong>do</strong><br />

na Barra, outros bairros vêm ganhan<strong>do</strong> versões mais<br />

mo<strong>de</strong>stas nos últimos anos, mas com o mesmo conceito:<br />

proporcionar o máximo <strong>de</strong> bem-estar, lazer e conforto ao<br />

mora<strong>do</strong>r em um só lugar, poupan<strong>do</strong>-o <strong>do</strong> estresse <strong>do</strong>s <strong>de</strong>slocamentos<br />

pela cida<strong>de</strong>. Méier, Jacarepaguá e Recreio <strong>do</strong>s<br />

Ban<strong>de</strong>irantes são três exemplos <strong>de</strong> bairros on<strong>de</strong> tal tipo <strong>de</strong><br />

empreendimento está fazen<strong>do</strong> sucesso. Nesses locais, ainda<br />

que as taxas con<strong>do</strong>miniais não sejam elevadas, a proporção<br />

sobe <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos preços mais reduzi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s aluguéis:<br />

34,4%, 30,0% e 24,8% (para 2 quartos), respectivamente.<br />

Se consi<strong>de</strong>rarmos os imóveis <strong>de</strong> 3 quartos, Jacarepaguá,<br />

Méier e Barra permanecem na frente: a proporção fica em<br />

30,9%, 29,7% e 24,5%, respectivamente.<br />

Já na Zona Sul, on<strong>de</strong> os preços <strong>do</strong>s aluguéis são tradicionalmente<br />

mais eleva<strong>do</strong>s, a proporção acaba fican<strong>do</strong> menor.<br />

Para apartamentos <strong>de</strong> 3 quartos, Ipanema e Leblon apresentam<br />

apenas 11,5% e 11,3%, respectivamente, as menores<br />

proporções da cida<strong>de</strong>. Para os <strong>de</strong> 2 unida<strong>de</strong>s, a proporção<br />

aumenta um pouco, chegan<strong>do</strong> a 12,7% (Ipanema) e<br />

13,5% (Leblon), uma vez que os aluguéis são menores.<br />

Bairros Itens 2 Qts 3 Qts 4 Qts<br />

Aluguel R$ 2.579 R$ 3.562 R$ 7.319<br />

Barra da Tijuca Con<strong>do</strong>mínio R$ 724 R$ 874 R$ 1.428<br />

Cond/ Alug 28,1% 24,5% 19,5%<br />

Aluguel R$ 3.147 R$ 4.309 R$ 5.325<br />

Botafogo Con<strong>do</strong>mínio R$ 467 R$ 695 R$ 1.173<br />

Cond/ Alug 14,8% 16,1% 22,0%<br />

Aluguel R$ 3.286 R$ 4.509 R$ 8.078<br />

Copacabana Con<strong>do</strong>mínio R$ 477 R$ 709 R$ 1.175<br />

Cond/ Alug 14,5% 15,7% 14,5%<br />

Aluguel R$ 2.615 R$ 4.804 R$ 7.464<br />

Flamengo Con<strong>do</strong>mínio R$ 491 R$ 662 R$ 1.156<br />

Cond/ Alug 18,8% 13,8% 15,5%<br />

Aluguel R$ 5.181 R$ 8.105 R$ 11.806<br />

Ipanema Con<strong>do</strong>mínio R$ 658 R$ 931 R$ 1.468<br />

Cond/ Alug 12,7% 11,5% 12,4%<br />

Aluguel R$ 1.038 R$ 1.363<br />

Jacarepaguá Con<strong>do</strong>mínio R$ 311 R$ 421<br />

Cond/ Alug 30,0% 30,9%<br />

Aluguel R$ 4.570 R$ 7.499 R$ 11.608<br />

Leblon Con<strong>do</strong>mínio R$ 615 R$ 845 R$ 1.234<br />

Cond/ Alug 13,5% 11,3% 10,6%<br />

Aluguel R$ 877 R$ 1.272 -<br />

Méier Con<strong>do</strong>mínio R$ 302 R$ 378<br />

Cond/ Alug 34,4% 29,7%<br />

Aluguel R$ 1.782 R$ 2.385 R$ 3.152<br />

Recreio <strong>do</strong>s<br />

Con<strong>do</strong>mínio R$ 442 R$ 529 R$ 680<br />

Ban<strong>de</strong>irantes<br />

Cond/ Alug 24,8% 22,2% 21,6%<br />

Aluguel R$ 1.688 R$ 2.124<br />

Tijuca Con<strong>do</strong>mínio R$ 390 R$ 504<br />

Cond/ Alug 23,1% 23,7%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

26


4.1.6. Imóveis administra<strong>do</strong>s<br />

Em um universo <strong>de</strong> 17 mil imóveis administra<strong>do</strong>s, que fizeram<br />

parte da pesquisa “Indica<strong>do</strong>res Habitacionais” <strong>do</strong><br />

Secovi <strong>Rio</strong>, em parceria com a Abadi e a Fecomércio-RJ,<br />

74,4% são <strong>do</strong> tipo resi<strong>de</strong>ncial e 25,6%, comercial. Em 2010,<br />

a porcentagem <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s comerciais com o suporte <strong>de</strong><br />

administra<strong>do</strong>ras era ligeiramente menor (22,2%), o que revela<br />

uma tendência: com a boa rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong><br />

imóvel, em comparação com os resi<strong>de</strong>nciais, no ano <strong>de</strong><br />

<strong>2011</strong>, os investi<strong>do</strong>res estão compran<strong>do</strong> mais salas e lojas –<br />

e disponibilizan<strong>do</strong>-as para locação –, mas não abrem mão<br />

da administração <strong>do</strong> bem por empresas especializadas, o<br />

que dá mais segurança ao patrimônio.<br />

4.1.7. Rentabilida<strong>de</strong><br />

Para esta análise, consi<strong>de</strong>ramos o perío<strong>do</strong> entre fevereiro e<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, visto que, em janeiro, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

imóveis disponíveis para a pesquisa não foi suficiente para<br />

cálculos <strong>de</strong> médias representativas. Para os prováveis investi<strong>do</strong>res,<br />

as informações são anima<strong>do</strong>ras: to<strong>do</strong>s os bairros<br />

analisa<strong>do</strong>s apresentaram taxas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> bastante<br />

superiores à variação <strong>do</strong>s principais índices financeiros<br />

(IGP-M, INCC, poupança, IPCA e dólar).<br />

Ainda assim, quan<strong>do</strong> comparadas com as <strong>de</strong> 2010, as taxas<br />

<strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>2011</strong> são menores. Isso porque, embora<br />

a tendência <strong>de</strong> valorização <strong>do</strong>s imóveis tenha se manti<strong>do</strong>,<br />

isso ocorreu em um ritmo menos intenso. O Jardim Botânico<br />

foi o bairro on<strong>de</strong> se registrou a maior rentabilida<strong>de</strong> no <strong>Rio</strong>,<br />

46,5% (2 quartos), e um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is a superar a taxa <strong>de</strong> 2010<br />

(36,3%), junto com o Recreio (41% ante 37,5%). Leblon e<br />

Méier merecem ser cita<strong>do</strong>s, pois eles estão entre os quatro<br />

com maiores taxas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong>: 42% e 41,9%, no que<br />

diz respeito às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 quartos, respectivamente. As<br />

variações foram impulsionadas pela forte valorização <strong>do</strong>s<br />

imóveis à venda nesses <strong>do</strong>is bairros, como se po<strong>de</strong> perceber<br />

no capítulo “Compra e venda – imóveis usa<strong>do</strong>s”.<br />

Conheça a meto<strong>do</strong>logia para cálculo da rentabilida<strong>de</strong><br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

• Consi<strong>de</strong>ramos que os imóveis analisa<strong>do</strong>s estavam<br />

aluga<strong>do</strong>s e continuaram ocupa<strong>do</strong>s após a compra.<br />

• Foram leva<strong>do</strong>s em conta os ganhos com a locação no<br />

perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong> (fevereiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>).<br />

• Foi toma<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração o aumento <strong>do</strong> valor <strong>de</strong><br />

venda <strong>do</strong> imóvel no perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong> (fevereiro a<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>).<br />

27


Bairros<br />

2 quartos 3 quartos 2 quartos 3 quartos<br />

Barra da Tijuca 46,2% 40,2% 13,4% 14,5%<br />

Botafogo 45,9% 43,2% 28,6% 23,7%<br />

Centr o 49,3% - 36,2% -<br />

Copacabana 53,8% 60,9% 29,1% 26,0%<br />

Fl amengo 43,6% 54,9% 31,2% 14,4%<br />

Gávea 46,2% 50,6% 39,2% 32,7%<br />

Ipanema 53,4% 79,4% 23,5% 15,2%<br />

Jacarepaguá 42,3% 28,4% 25,1% 27,7%<br />

Jardim Botânico 36,3% 35,5% 46,5% 42,4%<br />

Lagoa 41,3% 45,3% 37,8% 34,5%<br />

Laranjeiras 52,1% 45,2% 18,9% 22,7%<br />

Leblon 51,9% 59,2% 42,0% 26,0%<br />

Méi er 47,9% 31,3% 41,9% 43,6%<br />

Recrei o 37,5% 34,5% 41,0% 35,9%<br />

Tijuca 53,7% 56,4% 36,8% 27,1%<br />

Vila Isabel 65,3% 55,4% 36,2% -<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

2010 <strong>2011</strong><br />

Para um cálculo mais exato, é preciso <strong>de</strong>scontar o Imposto<br />

<strong>de</strong> Renda sobre o valor arrecada<strong>do</strong> com aluguéis – tabela<br />

progressiva para pessoa física e 15% no caso <strong>de</strong> pessoa<br />

jurídica. Também <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o valor <strong>do</strong> imposto<br />

sobre lucro imobiliário (15%), calcula<strong>do</strong> sobre a diferença<br />

entre o valor <strong>de</strong> compra e <strong>de</strong> venda <strong>do</strong> imóvel, após <strong>de</strong>preciação.<br />

É importante lembrar que existe isenção <strong>de</strong>sse<br />

imposto no caso <strong>de</strong> imóveis vendi<strong>do</strong>s por menos <strong>de</strong> R$<br />

440.000 e quan<strong>do</strong> há compra <strong>de</strong> outra unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

180 dias. No entanto, mesmo aplican<strong>do</strong> esses <strong>de</strong>scontos<br />

<strong>de</strong> impostos, a tabela ratifica: quem investiu em imóveis em<br />

<strong>2011</strong> fez a coisa certa.<br />

Variação <strong>de</strong> índices financeiros (fevereiro a <strong>de</strong>zembro)<br />

> IGP-M = 4,3993%<br />

> INCC = 6,9253%<br />

> IPCA = 5,1009%<br />

> Poupança = 6,8393%<br />

> Dólar = 12,7894%<br />

4.1.8. Número <strong>de</strong> ofertas e perfis <strong>do</strong>s imóveis<br />

Entre os imóveis oferta<strong>do</strong>s para locação no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, a maioria se enquadra na classificação<br />

<strong>de</strong> apartamento-padrão: 64,7%. Depois vêm as coberturas,<br />

que representam 11,1% da oferta, e as casas-padrão,<br />

9,8%. Entre os apartamentos comuns, a maior parte é <strong>de</strong><br />

2 e 3 quartos (67,4%). No que diz respeito às coberturas,<br />

77,6% são <strong>do</strong> tipo linear e 22,0%, duplex. Entre as casas-padrão,<br />

90,7% são lineares e 6,6%, duplex. Já em relação às<br />

casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio, ocorre o inverso: 44,9% são duplex e<br />

42,6%, térreas. As quitinetes, que têm si<strong>do</strong> procuradas principalmente<br />

por estudantes vin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outros Esta<strong>do</strong>s, foram<br />

poucas no ano passa<strong>do</strong>: somente 3,2% da oferta.<br />

A Zona Sul foi a região da cida<strong>de</strong> com a maior oferta <strong>de</strong><br />

imóveis para alugar (44,1%), seguida da Barra e adjacências<br />

(37,5%) e da Zona Norte (12,9%). Os bairros <strong>de</strong> Copacabana,<br />

Barra da Tijuca e Méier se sobressaíram em cada uma<br />

<strong>de</strong>ssas três áreas <strong>do</strong> município.<br />

28


Tipo <strong>de</strong> Imóvel Qtd. %<br />

Lof t 8 0,3%<br />

Casa <strong>de</strong> vila 27 1,2%<br />

Outros 36 1,5%<br />

Apartamento-padrão<br />

Cobertura<br />

Casa-padrão<br />

11,1%<br />

9,8%<br />

64,7%<br />

Flat 52 2,2%<br />

Casa <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio<br />

5,9%<br />

Quitinete 75 3,2%<br />

Quitinete<br />

3,2%<br />

Casa <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio 136 5,9%<br />

Flat<br />

2,2%<br />

Casa-padrão 227 9,8%<br />

Outros<br />

1,5%<br />

Cobertura 259 11,1%<br />

Casa <strong>de</strong> vila<br />

1,2%<br />

Apartamento-padrão 1.503 64,7%<br />

TOTAL 2.323 100%<br />

Loft<br />

0,3%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

PERFIL - APARTAMENTO PADRÃO<br />

PERFIL - COBERTURA<br />

Quartos Qtd % Tipo Qtd %<br />

1 227 15,1% Linear 201 77,6%<br />

2 516 34,3% Duplex 57 22,0%<br />

3 497 33,1% Triplex 1 0,4%<br />

4 246 16,4% TOTAL 259 100%<br />

+ <strong>de</strong> 4 17 1,1% Fonte: Secovi Ri o<br />

TOTAL 1.503 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

PERFIL - CASA DE CONDOMÍNIO<br />

PERFIL - CASA PADRÃO<br />

Tipo Qtd % Tipo Qtd %<br />

Térrea 58 42,6% Térrea 206 90,7%<br />

Duplex 61 44,9% Duplex 15 6,6%<br />

Triplex 17 12,5% Triplex 6 2,6%<br />

TOTAL 136 100% TOTAL 227 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

29


Regiões Qtd %<br />

Centro 39 1,7%<br />

Zona Oeste 88 3,8%<br />

Zona Norte 300 12,9%<br />

Barra e Adjacências 871 37,5%<br />

Zona Sul 1.025 44,1%<br />

TOTAL 2.323 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Zona Sul<br />

Barra e Adjacências<br />

Zona Norte<br />

Zona Oeste<br />

Cent ro<br />

3,8%<br />

1,7%<br />

12,9%<br />

37,5%<br />

44,1%<br />

4.2. Imóveis comerciais<br />

ZONA NORTE<br />

Bairros Qtd %<br />

Méier 21 10,7%<br />

Vila Valqueire 20 10,2%<br />

Pieda<strong>de</strong> 13 6,6%<br />

Engenho <strong>de</strong> Dentro 9 4,6%<br />

Olaria 9 4,6%<br />

Outros (39 bairros) 125 63,5%<br />

TOTAL 197 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

O segmento <strong>de</strong> locação comercial voltou a crescer na Barra<br />

da Tijuca. Com variação <strong>de</strong> apenas 4,0% no valor <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> em 2010, o bairro parecia estar estagna<strong>do</strong><br />

com a migração <strong>do</strong>s inquilinos para o Centro e a Zona<br />

Sul. Mas a entrega <strong>de</strong> empreendimentos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>,<br />

com toda a infraestrutura necessária, voltou a aquecer a<br />

<strong>de</strong>manda, principalmente <strong>de</strong> profissionais liberais e empresas<br />

multinacionais.<br />

O resulta<strong>do</strong> foi a valorização recor<strong>de</strong> das salas comerciais no<br />

bairro, em <strong>2011</strong>, <strong>de</strong> 34,5%. A Tijuca, porém, se <strong>de</strong>staca como<br />

o bairro on<strong>de</strong> o metro quadra<strong>do</strong> das salas mais valorizou,<br />

<strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro: 78,6%. A tranquilida<strong>de</strong> que as UPPs<br />

trouxeram para a região fez com que crescesse a procura por<br />

imóveis comerciais, acarretan<strong>do</strong> o aumento <strong>do</strong>s preços.<br />

30


Salas<br />

Bairros Jan/ 11 Dez/ 11 Var (%) Var 2010 (%)<br />

Barra da Tijuca R$ 56,25 R$ 75,65 34,5% 4,0%<br />

Botafogo/ Flamengo R$ 53,51 R$ 59,89 11,9% -<br />

Copacabana R$ 33,83 R$ 37,55 11,0% 52,9%<br />

Leblon/ Ipanema R$ 122,86 R$ 114,52 -6,8% 18,7%<br />

Tijuca R$ 19,54 R$ 34,90 78,6% 27,0%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

CENTRO Jan/11 Dez/11 Var (%) Var (%)<br />

Até 150m² R$ 21,91 R$ 33,14 51,3% 27,4%<br />

151m² a 300m² R$ 51,19 R$ 62,89 22,9% 24,6%<br />

Acima <strong>de</strong> 300m² R$ 52,21 R$ 74,35 42,4% 13,3%<br />

Média Geral R$ 36,09 R$ 55,96 55,1% 14,4%<br />

Quadrilátero <strong>de</strong> Ouro * R$ 48,73 R$ 63,43 30,2% -<br />

* Imóveis oferta<strong>do</strong>s compreendi<strong>do</strong>s entre a Rua <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>r e Av. Almirante Barroso.<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

O Centro permanece entre os bairros mais valoriza<strong>do</strong>s,<br />

principalmente por conta <strong>do</strong> investimento em retrofit, o que<br />

gera valor agrega<strong>do</strong> às unida<strong>de</strong>s, e também pela <strong>de</strong>manda<br />

crescente. O metro quadra<strong>do</strong> médio (locação) variou<br />

55,1%, contra os 14,4% <strong>de</strong> 2010. Na Zona Sul, a tendência<br />

é <strong>de</strong> estabilização <strong>do</strong>s preços, por conta das valorizações<br />

sucessivas. Leblon e Ipanema, por exemplo, tiveram leve<br />

queda no valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>. Em Copacabana, Botafogo<br />

e Flamengo, a variação ficou em 11,0%.<br />

No que diz respeito às lojas, cujos preços <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

o Secovi <strong>Rio</strong> analisou pela primeira vez em <strong>2011</strong>,<br />

percebe-se que a Barra da Tijuca não ostenta o mesmo <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong> segmento <strong>de</strong> salas. Com menor circulação <strong>de</strong><br />

pe<strong>de</strong>stres nas ruas, a região costuma atrair menos lojistas<br />

<strong>do</strong> que bairros movimenta<strong>do</strong>s, como Centro e Copacabana,<br />

que tiveram, em <strong>2011</strong>, as maiores variações nos preços <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong>: 47,4% e 20,4%, respectivamente. Leblon e<br />

Ipanema apresentaram a menor variação entre os pesquisa<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong> 7,5%, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à acomodação <strong>do</strong>s preços, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

bastante eleva<strong>do</strong>s pelos lojistas em <strong>2011</strong>.<br />

31


Lojas<br />

Bairros Jan/ 11 Dez/ 11 Var (%)<br />

Barra da Tijuca R$ 70,96 R$ 76,90 8,4%<br />

Botafogo/ Flamengo - R$ 59,18 -<br />

Centro R$ 42,57 R$ 62,73 47,4%<br />

Copacabana R$ 55,88 R$ 67,25 20,4%<br />

Leblon/ Ipanema R$ 115,25 R$ 123,91 7,5%<br />

Tijuca R$ 27,16 R$ 33,21 22,3%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Bairros<br />

Rentabilida<strong>de</strong><br />

Composta<br />

Tijuca 54,8%<br />

Centr o 54,7%<br />

Leblon/Ipanema 53,9%<br />

Copacabana 45,8%<br />

Barra da Tijuca 36,8%<br />

Botafogo/Flamengo 33,0%<br />

4.2.1. Rentabilida<strong>de</strong> – salas comerciais<br />

No segmento comercial (salas), Tijuca e Centro merecem<br />

ser cita<strong>do</strong>s: a rentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s imóveis nesses bairros, em<br />

<strong>2011</strong>, chegou a 54,8% e 54,7%, respectivamente. Assim<br />

como no segmento resi<strong>de</strong>ncial, no bairro da Zona Norte<br />

a segurança pública gerou benefícios. Novas lojas foram<br />

abertas e outras, que se encontravam fechadas, voltaram a<br />

apresentar liqui<strong>de</strong>z. No Centro, a movimentação constante<br />

<strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res faz com que as lojas sejam um excelente<br />

negócio.<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Variação <strong>de</strong> índices financeiros (janeiro a <strong>de</strong>zembro)<br />

> IGP-M = 5,2240%<br />

> INCC = 7,3637%<br />

> IPCA = 5,9732%<br />

> Poupança = 7,4503%<br />

> Dólar = 12,5795%<br />

Na Zona Sul, os preços <strong>de</strong> venda e locação mais altos acabam<br />

por puxar a rentabilida<strong>de</strong> para cima. As salas <strong>de</strong> Leblon<br />

e Ipanema tiveram a terceira maior rentabilida<strong>de</strong> entre<br />

os bairros pesquisa<strong>do</strong>s: 53,9%. Já em Botafogo e Flamengo,<br />

com valores <strong>de</strong> venda mais baixos, a taxa foi a menor<br />

da cida<strong>de</strong>: 33,0%. Ainda assim, nessa região, a rentabilida<strong>de</strong><br />

é <strong>de</strong> 4 a 7 vezes a variação da poupança. Para esta<br />

análise, levou-se em consi<strong>de</strong>ração o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro a<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.<br />

32


4.3. Impontualida<strong>de</strong> e inadimplência<br />

Em <strong>2011</strong>, a inadimplência nas locações resi<strong>de</strong>nciais e comerciais<br />

diminuiu em relação a 2010. Com a alta <strong>de</strong>manda<br />

por imóveis na cida<strong>de</strong>, os inquilinos estão mais atentos: se<br />

não pagam em dia, correm o risco <strong>de</strong> serem substituí<strong>do</strong>s<br />

rapidamente. Além disso, as mudanças na Lei <strong>do</strong> Inquilinato,<br />

que possibilitaram mais agilida<strong>de</strong> nas ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo<br />

por falta <strong>de</strong> pagamento, <strong>de</strong>ixaram os locatários apreensivos<br />

com relação aos atrasos. Para os aluguéis resi<strong>de</strong>nciais, a<br />

inadimplência caiu <strong>de</strong> 4,4%, em 2010, para 3,7%, em <strong>2011</strong>.<br />

A impontualida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> o pagamento atrasa até 30 dias,<br />

também caiu: <strong>de</strong> 5,2% para 5,0%.<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

No que diz respeito aos comerciais, as quedas na inadimplência<br />

e na impontualida<strong>de</strong> foram ainda mais expressivas:<br />

<strong>de</strong> 10,1% para 6,0%, e <strong>de</strong> 7,3% para 6,2%, respectivamente.<br />

O motivo é que a <strong>de</strong>manda para esse tipo <strong>de</strong> imóvel se<br />

encontra bastante aquecida na cida<strong>de</strong> e, por isso mesmo,<br />

os inquilinos acabam pagan<strong>do</strong> os aluguéis com mais responsabilida<strong>de</strong>,<br />

evitan<strong>do</strong> a perda <strong>do</strong> ponto, que po<strong>de</strong> ser<br />

crucial para o negócio. Isso sem falar que o aquecimento<br />

da economia fluminense tem gera<strong>do</strong> maior prosperida<strong>de</strong><br />

para empresários, comerciantes e profissionais liberais,<br />

que, capitaliza<strong>do</strong>s, conseguem honrar seus compromissos<br />

em dia.<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

33


4.4. Garantias locatícias resi<strong>de</strong>nciais<br />

As alterações na Lei <strong>do</strong> Inquilinato completaram <strong>do</strong>is anos<br />

em janeiro <strong>de</strong> 2012 e trouxeram benefícios tanto para loca<strong>do</strong>res<br />

quanto para inquilinos. As garantias exigidas na hora<br />

<strong>de</strong> firmar um contrato <strong>de</strong> locação ficaram mais maleáveis.<br />

Apesar disso, o mo<strong>de</strong>lo mais tradicional, a fiança, continuou<br />

sen<strong>do</strong> o mais utiliza<strong>do</strong> no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. No ano<br />

passa<strong>do</strong>, 61,8% <strong>do</strong>s contratos tinham um fia<strong>do</strong>r. O seguro-<br />

-fiança, que vem ganhan<strong>do</strong> espaço no merca<strong>do</strong> nos últimos<br />

anos, foi a segunda garantia mais escolhida: esteve<br />

em 24,6% <strong>do</strong>s contratos. O <strong>de</strong>pósito, ou caução, completa<br />

a lista das garantias mais presentes no segmento <strong>de</strong> locação<br />

resi<strong>de</strong>ncial: 7,5%.<br />

Percentual médio no ano<br />

63,8%<br />

63,0%<br />

61,6%<br />

60,5%<br />

60,1%<br />

62,6%<br />

63,4%<br />

62,2%<br />

61,3%<br />

60,2%<br />

60,0%<br />

23,6%<br />

24,6%<br />

6,7%<br />

6,6%<br />

24,0% 24,1% 24,5% 24,7% 25,3% 25,5%<br />

23,7%<br />

25,4% 25,5%<br />

6,8%<br />

8,3%<br />

8,0%<br />

8,1%<br />

6,8%<br />

8,4% 8,3%<br />

8,1%<br />

8,0%<br />

fev/ 11 mar /11 abr/ 11 mai/ 11 jun/ 11 jul/ 11 ago/11 set/11 out/11 nov/ 11 <strong>de</strong>z/ 11<br />

Fia<strong>do</strong>r Depósito Seg.-Fiança<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

34


Igreja da Can<strong>de</strong>lária<br />

35


- Apelidada <strong>de</strong> Princesinha <strong>do</strong> Mar,<br />

Copacabana é um <strong>do</strong>s bairros nobres da Zona<br />

<br />

Sul <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. No Réveillon, a tradicional queima<br />

<strong>de</strong> fogos na Praia <strong>de</strong> Copacabana atrai milhares <strong>de</strong><br />

pessoas para o seu calçadão.<br />

Há várias hipóteses para o nome: uma alega que o<br />

termo teria vin<strong>do</strong> da língua quíchua, <strong>do</strong> antigo Império<br />

Inca, cujo significa<strong>do</strong> é “praia azul”; outra aponta<br />

para a origem na língua aimará, falada na Bolívia,<br />

significan<strong>do</strong> “vista <strong>do</strong> lago”. Segun<strong>do</strong> a lenda, após<br />

a chegada <strong>do</strong>s espanhóis àquela região, a santa teria<br />

apareci<strong>do</strong> para um jovem pesca<strong>do</strong>r, que, em sua<br />

homenagem, esculpiu a imagem hoje conhecida<br />

como Nossa Senhora <strong>de</strong> Copacabana.<br />

No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos<br />

<strong>de</strong> prata trouxeram uma réplica <strong>de</strong>ssa imagem<br />

para a praia <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, então chamada <strong>de</strong><br />

Sacopenapã (nome tupi que quer dizer “caminho <strong>de</strong><br />

socós”). Sobre um roche<strong>do</strong> construíram uma capela<br />

em homenagem à santa. Com o tempo, passou<br />

a <strong>de</strong>signar a praia e o bairro. Demolida em 1914, a<br />

construção <strong>de</strong>u lugar ao Forte <strong>de</strong> Copacabana.<br />

5. Compra e venda ‒<br />

imóveis usa<strong>do</strong>s<br />

36


Em <strong>2011</strong>, o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> compra e venda <strong>de</strong> imóveis,<br />

no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, saiu <strong>do</strong> lugar-comum.<br />

Ipanema e Leblon, sempre <strong>de</strong>spontan<strong>do</strong> nas<br />

pesquisas, ce<strong>de</strong>ram espaço para <strong>do</strong>is novos<br />

bairros da Zona Sul: Lagoa e Gávea, ambos com<br />

valorizações expressivas nos valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>.<br />

No primeiro, a variação foi <strong>de</strong> 91,5% para apartamentos<br />

<strong>de</strong> 1 quarto, a maior da cida<strong>de</strong> (<strong>de</strong> R$ 8.107 para R$<br />

15.523). Para imóveis <strong>de</strong> 3 quartos, a Gávea se <strong>de</strong>stacou:<br />

46,0% <strong>de</strong> variação no valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> (R$ 8.732<br />

para R$ 12.751), <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>.<br />

Um <strong>do</strong>s motivos para a valorização da Lagoa é a gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda, especialmente <strong>de</strong> estrangeiros e migrantes <strong>de</strong><br />

outros Esta<strong>do</strong>s que <strong>de</strong>sembarcam no <strong>Rio</strong> para trabalhar em<br />

empresas multinacionais – muitos <strong>de</strong>les em projetos liga<strong>do</strong>s<br />

ao setor <strong>de</strong> petróleo ou <strong>de</strong> engenharia, por conta das<br />

obras para as Olimpíadas <strong>de</strong> 2016. A Gávea se beneficia<br />

pela proximida<strong>de</strong> com os <strong>de</strong>mais bairros da Zona Sul e com<br />

a Barra da Tijuca, e também pelas contínuas melhorias em<br />

infraestrutura, sem falar na construção <strong>de</strong> uma das estações<br />

da nova linha <strong>de</strong> metrô. No Jardim Botânico, a forte <strong>de</strong>manda<br />

foi responsável por expressiva variação, em <strong>2011</strong>, nos<br />

preços <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> 2 quartos: 45,7%,<br />

segunda maior para esse perfil <strong>de</strong> apartamento.<br />

A Vila apresentou a maior variação no que diz respeito às<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 quartos (metro quadra<strong>do</strong>): 46,9%. Quanto<br />

aos apartamentos <strong>de</strong> 4 <strong>do</strong>rmitórios, o bairro <strong>de</strong> Noel também<br />

merece ser cita<strong>do</strong>, pois apresentou a segunda maior<br />

variação (fica atrás <strong>do</strong> Méier): 55,4%, com o metro quadra<strong>do</strong><br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 2.363 a R$ 3.671. Des<strong>de</strong> a pacificação das<br />

comunida<strong>de</strong>s locais, em novembro <strong>de</strong> 2010, os imóveis vêm<br />

sofren<strong>do</strong> valorizações sucessivas no bairro.<br />

Na Tijuca, a consolidação das UPPs po<strong>de</strong> ser comprovada<br />

pela valorização constante <strong>do</strong>s imóveis. O bairro teve a<br />

terceira maior variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> 1 quarto: 45,7%. A região central, que <strong>de</strong>verá se consolidar<br />

como excelente opção <strong>de</strong> moradia, também apresentou<br />

bons índices. O metro quadra<strong>do</strong> médio <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 3<br />

<strong>do</strong>rmitórios, no Centro, foi um <strong>do</strong>s que mais valorizaram no<br />

<strong>Rio</strong>: 40,0%.<br />

Leme<br />

Outros <strong>do</strong>is bairros se sobressaíram, mas na Zona Norte.<br />

Com valorizações consi<strong>de</strong>ráveis, Méier e Vila Isabel encerraram<br />

<strong>2011</strong> como duas apostas para o merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

No primeiro, o metro quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 4 quartos<br />

teve a maior valorização da cida<strong>de</strong>: 62,4%, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$<br />

1.944, em janeiro, para R$ 3.157, em <strong>de</strong>zembro. Os números<br />

refletem o momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s lançamentos <strong>de</strong> empreendimentos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no local.<br />

37


5.1. Imóveis resi<strong>de</strong>nciais<br />

5.1.1. Valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> e variação em <strong>2011</strong><br />

Bairros<br />

1 quarto 2 quartos 3 quartos 4 quartos<br />

jan/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%) jan/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%) jan/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%) jan/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%)<br />

Barra da Tijuca 5.429 8.076 48,8% 5.612 6.805 21,2% 5.808 6.647 14,4% 6.312 7.772 23,1%<br />

Botafogo 7.243 9.524 31,5% 7.015 9.048 29,0% 7.268 8.700 19,7% 8.379 7.954 -5,1%<br />

Centr o 4.676 6.081 30,1% 4.210 5.632 33,8% 3.245 4.544 40,0%<br />

Copacabana 8.079 10.692 32,3% 7.575 9.581 26,5% 7.117 8.759 23,1% 6.586 8.343 26,7%<br />

Fl amengo 7.854 9.871 25,7% 6.916 8.917 28,9% 6.921 7.808 12,8% 6.115 7.736 26,5%<br />

Gávea 8.987 12.301 36,9% 8.732 12.751 46,0% 8.538 12.509 46,5%<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r 2.454 3.366 37,2% 2.492 3.136 25,9% 2.656 3.617 36,2% 3.115 3.989 28,1%<br />

Ipanema 12.107 15.482 27,9% 11.516 14.400 25,0% 13.198 15.440 17,0% 13.294 16.312 22,7%<br />

Jacarepaguá 2.222 3.086 38,9% 2.821 3.413 21,0% 2.947 3.636 23,4% 2.747 3.873 41,0%<br />

Jardim Botânico 11.720 7.947 11.576 45,7% 8.384 11.666 39,1% 9.554 13.372 40,0%<br />

Lagoa 8.107 15.523 91,5% 9.794 13.455 37,4% 10.020 13.519 34,9% 10.926 13.846 26,7%<br />

Laranjeiras 7.350 9.955 35,4% 6.874 8.178 19,0% 6.444 7.618 18,2% 5.121 6.408 25,1%<br />

Leblon 11.652 16.080 38,0% 11.947 16.455 37,7% 13.330 16.665 25,0% 13.804 17.757 28,6%<br />

Méi er 2.507 3.203 27,8% 2.502 3.382 35,2% 2.529 3.507 38,6% 1.944 3.157 62,4%<br />

Recrei o 6.130 7.723 26,0% 4.517 5.588 23,7% 4.160 5.334 28,2% 4.535 5.527 21,9%<br />

Tijuca 3.846 5.605 45,7% 3.959 5.128 29,5% 3.705 4.898 32,2% 3.641 5.174 42,1%<br />

Vila Isabel 3.342 4.446 33,0% 2.932 4.308 46,9% 3.026 3.901 28,9% 2.363 3.671 55,4%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

38


5.1.2. Variação <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por regiões<br />

Zona Sul<br />

Zona Oeste<br />

Zona Norte<br />

39


5.1.3. Variação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> por quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quartos<br />

40


41


5.1.4. Comparação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

– 2010 x <strong>2011</strong><br />

A valorização <strong>do</strong>s imóveis no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong>ve perdurar nos próximos<br />

anos, mas com menos intensida<strong>de</strong>. Em <strong>2011</strong>, essa tendência<br />

já pô<strong>de</strong> ser observada em diversos bairros, on<strong>de</strong> os<br />

valores <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> variaram menos que em 2010.<br />

Copacabana, Flamengo, Ipanema, Laranjeiras e Leblon são<br />

os principais exemplos da Zona Sul.<br />

Entretanto, muitos bairros <strong>de</strong>ssa região registraram alta em<br />

relação a 2010. Na Lagoa, por exemplo, o metro quadra<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 1 quarto, em <strong>2011</strong>, variou 91,5%, bem mais<br />

que os 21,8% <strong>do</strong> ano anterior. O Jardim Botânico também se<br />

<strong>de</strong>stacou: para os apartamentos <strong>de</strong> 2, 3 e 4 quartos, as variações<br />

médias <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> em <strong>2011</strong> foram maiores que<br />

em 2010. Na Gávea, que vem receben<strong>do</strong> uma série <strong>de</strong> melhorias,<br />

o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> (3 quartos) variou mais.<br />

Em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, on<strong>de</strong> têm si<strong>do</strong> inaugura<strong>do</strong>s<br />

vários empreendimentos <strong>de</strong> alto padrão, a valorização<br />

se mostrou mais expressiva em <strong>2011</strong>, em comparação<br />

com 2010, principalmente para os imóveis <strong>de</strong> 1 <strong>do</strong>rmitório.<br />

Com gran<strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> lazer, os con<strong>do</strong>mínios<br />

nesses bairros estão se tornan<strong>do</strong> ótimas alternativas para<br />

quem <strong>de</strong>seja fugir <strong>do</strong>s preços pratica<strong>do</strong>s na Zona Sul.<br />

Variação (%)<br />

Bairros<br />

1 quarto 2 quartos 3 quartos 4 quartos<br />

2010 <strong>2011</strong> 2010 <strong>2011</strong> 2010 <strong>2011</strong> 2010 <strong>2011</strong><br />

Barra da Tijuca 33,2% 48,8% 40,0% 21,2% 34,5% 14,4% 15,0% 23,1%<br />

Botafogo 25,8% 31,5% 41,0% 29,0% 39,0% 19,7% 28,6% -5,1%<br />

Centr o 83,0% 30,1% 43,8% 33,8% 36,5% 40,0%<br />

Copacabana 53,3% 32,3% 48,6% 26,5% 55,3% 23,1% 31,2% 26,7%<br />

Fl amengo 34,9% 25,7% 38,7% 28,9% 50,3% 12,8% 29,5% 26,5%<br />

Gávea 42,3% 40,6% 36,9% 44,9% 46,0% 88,4% 46,5%<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r 35,4% 37,2% 25,5% 25,9% 7,5% 36,2% 24,2% 28,1%<br />

Ipanema 53,4% 27,9% 46,6% 25,0% 72,2% 17,0% 59,0% 22,7%<br />

Jacarepaguá 8,3% 38,9% 35,8% 21,0% 22,6% 23,4% 4,9% 41,0%<br />

Jardim Botânico 31,1% 45,7% 30,8% 39,1% 29,3% 40,0%<br />

Lagoa 21,8% 91,5% 36,6% 37,4% 40,6% 34,9% 42,6% 26,7%<br />

Laranjeiras 46,9% 35,4% 46,8% 19,0% 40,2% 18,2% 30,7% 25,1%<br />

Leblon 46,9% 38,0% 46,1% 37,7% 53,6% 25,0% 44,5% 28,6%<br />

Méi er 40,4% 27,8% 42,1% 35,2% 26,0% 38,6% 8,4% 62,4%<br />

Recrei o 43,6% 26,0% 31,8% 23,7% 29,1% 28,2% 43,1% 21,9%<br />

Tijuca 54,3% 45,7% 48,7% 29,5% 51,5% 32,2% 45,1% 42,1%<br />

Vila Isabel 64,2% 33,0% 59,6% 46,9% 49,5% 28,9% 24,0% 55,4%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

42


5.1.5. Metro quadra<strong>do</strong> na orla<br />

Em nenhuma outra cida<strong>de</strong> brasileira as belezas naturais têm<br />

tanta influência para a variação <strong>de</strong> preços no merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

quanto no <strong>Rio</strong>. Historicamente, a vista para o mar é<br />

um fator que faz toda a diferença nas negociações <strong>de</strong> preços.<br />

Em Ipanema e Leblon, o valor médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

na orla chega a ser mais que o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> registra<strong>do</strong> nas<br />

<strong>de</strong>mais áreas.<br />

Na Avenida Vieira Souto (praia <strong>de</strong> Ipanema), por exemplo,<br />

o metro quadra<strong>do</strong> custa R$ 33.496, valor 104,7% mais eleva<strong>do</strong><br />

que a média <strong>do</strong> bairro, <strong>de</strong> R$ 16.360 (<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>2011</strong>). Na Avenida Delfim Moreira (praia <strong>do</strong> Leblon), o preço<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>, <strong>de</strong> R$ 37.222, é 114,8% superior<br />

aos R$ 17.321 registra<strong>do</strong>s no restante <strong>do</strong> bairro (<strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> <strong>2011</strong>).<br />

5.1.6. Ruas <strong>de</strong> grife<br />

Certas ruas em alguns bairros têm um charme especial.<br />

Seja pela praia, pela arquitetura <strong>do</strong>s prédios, pelo comércio,<br />

pelos parques, praças e jardins, pelos passeios em pedras<br />

portuguesas ou granito fosco, ou simplesmente pela bossa<br />

das pessoas que as frequentam, elas acabam se valorizan<strong>do</strong><br />

em relação às <strong>de</strong>mais.<br />

Na Barra da Tijuca, o metro quadra<strong>do</strong> nas Avenidas Sernambetiba<br />

e Lúcio Costa, à beira-mar, é 45,6% mais caro<br />

que o das <strong>de</strong>mais ruas. Na Princesinha <strong>do</strong> Mar, Copacabana,<br />

a fama <strong>do</strong> calçadão conheci<strong>do</strong> internacionalmente também<br />

tem seu preço: o metro quadra<strong>do</strong> na Avenida Atlântica<br />

custa 32,7% a mais que nos outros logra<strong>do</strong>uros.<br />

Ipanema e Leblon não chamam a atenção apenas pela orla.<br />

Habita<strong>do</strong>s por gente famosa, artistas, estrangeiros e pessoas<br />

das classes A e B, os <strong>do</strong>is bairros têm variação <strong>de</strong><br />

27,9% e 27,4%, respectivamente, entre os preços das ruas<br />

mais badaladas e as restantes. Em Botafogo, a Rua Eduar<strong>do</strong><br />

Guinle, com con<strong>do</strong>mínios <strong>de</strong> alto padrão, tem o metro<br />

quadra<strong>do</strong> 20% mais eleva<strong>do</strong>.<br />

Bairros<br />

Tamanho<br />

médio<br />

Valor médio<br />

(m²)<br />

Barra da Tijuca 151 R$ 10.509<br />

Botafogo 98 R$ 10.917<br />

Copacabana 227 R$ 12.726<br />

Fl amengo 280 R$ 8.923<br />

Ipanema 166 R$ 20.932<br />

Lagoa 153 R$ 15.010<br />

Leblon 137 R$ 22.075<br />

São Conra<strong>do</strong> 378 R$ 12.399<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

43


Ruas/avenidas consi<strong>de</strong>radas nos bairros<br />

• Barra da Tijuca: Avenidas Sernambetiba, Pepê e Lúcio<br />

Costa<br />

• Botafogo: Rua Eduar<strong>do</strong> Guinle<br />

• Copacabana: Av. Atlântica<br />

• Flamengo: Av. Rui Barbosa<br />

• Ipanema: Av. Vieira Souto, Ruas Nascimento Silva,<br />

Re<strong>de</strong>ntor e Barão <strong>de</strong> Jaguaripe<br />

• Lagoa: Avenidas Epitácio Pessoa e Borges <strong>de</strong><br />

Me<strong>de</strong>iros<br />

• Leblon: Av. Delfim Moreira, Ruas Rita Lu<strong>do</strong>lf, Aristi<strong>de</strong>s<br />

Espínola, Gen. Artigas, Rainha Guilhermina,<br />

Gen. Venâncio Flores e Gen. Urquiza<br />

• São Conra<strong>do</strong>: Av. Prefeito Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Morais<br />

é <strong>de</strong> 201m², quase o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong>s 127m² <strong>do</strong>s apartamentos-<br />

-padrão. As três maiores variações estão na Barra da Tijuca,<br />

cujas coberturas são 113,8% maiores (278m² contra 130m²),<br />

em Ipanema, on<strong>de</strong> esse tipo <strong>de</strong> imóvel é 84,7% maior, e em<br />

Copacabana (75,8% a mais).<br />

Analisan<strong>do</strong>-se o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, a<br />

maior variação no preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> cobertura,<br />

entre os bairros analisa<strong>do</strong>s, foi registrada em Copacabana:<br />

44,6%, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 6.238 a R$ 9.019. A porcentagem é<br />

superior a todas as variações <strong>de</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> apartamentos-padrão<br />

<strong>do</strong> bairro (1 a 4 quartos).<br />

O Leblon, on<strong>de</strong> os preços das coberturas valorizaram 37,3% (o<br />

metro quadra<strong>do</strong>), vem em seguida. O índice é bem próximo ao<br />

registra<strong>do</strong> para imóveis-padrão <strong>de</strong> 2 quartos (37,7%) naquela<br />

área. As coberturas <strong>do</strong> Jardim Botânico seguiram a tendência<br />

<strong>de</strong> valorização geral <strong>do</strong> bairro: tiveram o preço aumenta<strong>do</strong> em<br />

31,8% (o metro quadra<strong>do</strong>) <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.<br />

5.1.7. Coberturas<br />

Coberturas costumam ser bem maiores que os apartamentos-<br />

-padrão. Por isso mesmo, os valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> imóvel ten<strong>de</strong>m a ser menores, para não tornar<br />

os preços discrepantes. Entre os bairros analisa<strong>do</strong>s, a maior<br />

diferença po<strong>de</strong> ser percebida no Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes: lá,<br />

o metro quadra<strong>do</strong> médio das coberturas custa R$ 4.610, valor<br />

19,8% inferior aos R$ 5.526 <strong>do</strong>s apartamentos-padrão. Na Barra<br />

da Tijuca, o metro quadra<strong>do</strong> das coberturas é 16,9% mais<br />

barato, e, no Jardim Botânico, 12,7% mais em conta.<br />

Quanto ao tamanho médio, as coberturas, nos bairros pesquisa<strong>do</strong>s,<br />

são pelo menos 58,2% maiores. Essa é a porcentagem<br />

registrada no Jardim Botânico, on<strong>de</strong> a área média<br />

Bairros<br />

Barra da Tijuca<br />

Copacabana<br />

Ipanema<br />

Jardim Botânico<br />

Leblon<br />

Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Valor geral <strong>do</strong> m² - R$<br />

Mínimo Médio Máximo<br />

Valor <strong>do</strong> m² 4.009 6.168 9.372<br />

Tamanho 67 278 980<br />

Valor <strong>do</strong> m² 5.850 9.019 13.600<br />

Tamanho 28 204 600<br />

Valor <strong>do</strong> m² 9.231 14.876 22.340<br />

Tamanho 65 266 900<br />

Valor <strong>do</strong> m² 6.818 10.963 15.000<br />

Tamanho 115 201 318<br />

Valor <strong>do</strong> m² 9.839 15.984 23.171<br />

Tamanho 70 258 660<br />

Valor <strong>do</strong> m² 2.955 4.610 6.875<br />

Tamanho 85 212 600<br />

44


Variação no valor geral <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – <strong>2011</strong><br />

Bairros jan/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%)<br />

Barra da Tijuca R$ 5.391 R$ 6.168 14,4%<br />

Copacabana R$ 6.238 R$ 9.019 44,6%<br />

Ipanema R$ 11.463 R$ 14.876 29,8%<br />

Jardim Botânico R$ 8.316 R$ 10.963 31,8%<br />

Leblon R$ 11.645 R$ 15.984 37,3%<br />

5.1.8. Casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios<br />

Morar em uma casa po<strong>de</strong> oferecer uma série <strong>de</strong> vantagens,<br />

em comparação com os apartamentos. Preço mais<br />

em conta, privacida<strong>de</strong> e espaço são as três principais<br />

qualida<strong>de</strong>s apontadas por quem opta por esse tipo <strong>de</strong><br />

moradia. O <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> <strong>2011</strong> revela<br />

que, nos três bairros pesquisa<strong>do</strong>s, o tamanho médio<br />

das casas é bem maior que o <strong>do</strong>s apartamentos. Em Jacarepaguá,<br />

por exemplo, uma casa tem área média 4,8<br />

vezes superior: 299m² contra 69m². Na Barra, 4,4 vezes<br />

(580m² contra 130m²), e no Recreio, 2,4 vezes (267m²<br />

contra 108m²).<br />

Assim como ocorre com as coberturas, os preços <strong>do</strong> metro<br />

quadra<strong>do</strong> das casas também são mais acessíveis. Na<br />

Barra da Tijuca, por exemplo, esse valor é 43,8% mais<br />

barato: R$ 5.017 contra R$ 7.215 <strong>do</strong> valor médio geral<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s apartamentos. No Recreio, 31,3%<br />

(R$ 4.206 em vez <strong>do</strong>s R$ 6.197), e, em Jacarepaguá,<br />

21,1% mais em conta (R$ 2.936 em vez <strong>do</strong>s R$ 3.554).<br />

45<br />

Quanto à variação <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, Jacarepaguá<br />

foi o bairro cujas casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios tiveram<br />

a maior valorização entre os pesquisa<strong>do</strong>s: 27,4%, passan<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> R$ 2.305 a R$ 2.936. Isso porque os empreendimentos<br />

lança<strong>do</strong>s na região estão cada vez mais incrementa<strong>do</strong>s,<br />

muitos <strong>de</strong>les em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> com os da<br />

vizinha Barra da Tijuca. O Recreio ficou com a segunda<br />

variação: 15,9%.<br />

Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes R$ 3.975 R$ 4.610 16,0%<br />

Valor geral <strong>do</strong> m² - R$<br />

Bairros<br />

Fonte: Secovi Ri o Mínimo Médio Máximo<br />

Barra da Tijuca<br />

Valor <strong>do</strong> m² 3.075 5.017 7.250<br />

Tamanho 162 580 1.892<br />

Jacarepaguá<br />

Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Valor <strong>do</strong> m² 1.786 2.936 4.188<br />

Tamanho 62 299 1.200<br />

Valor <strong>do</strong> m² 2.640 4.206 6.197<br />

Tamanho 44 267 800<br />

Variação no valor geral <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> – <strong>2011</strong><br />

Bairros jan/ 11 <strong>de</strong>z/ 11 Var (%)<br />

Barra da Tijuca R$ 4.506 R$ 5.017 11,3%<br />

Jacarepaguá R$ 2.305 R$ 2.936 27,4%<br />

Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes R$ 3.630 R$ 4.206 15,9%<br />

Fonte: Secovi Ri o


5.1.9. Niterói<br />

A boa fase <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário carioca gera influência<br />

também em Niterói, on<strong>de</strong> os imóveis têm se valoriza<strong>do</strong> com<br />

índices expressivos nos últimos anos. Outros fatores, como<br />

a instalação <strong>do</strong> Complexo Petroquímico <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

(Comperj) na vizinha Itaboraí e o <strong>de</strong>senvolvimento da indústria<br />

naval, bem como a famosa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, que é<br />

marca registrada <strong>do</strong> município, estão atrain<strong>do</strong> novos mora<strong>do</strong>res<br />

e investi<strong>do</strong>res.<br />

A localização estratégica <strong>do</strong> Ingá, próxima ao Centro e às<br />

praias das Flechas, Icaraí e Boa Viagem, <strong>do</strong> campus da<br />

UFF, além da boa infraestrutura e <strong>do</strong> comércio local, coloca<br />

o bairro entre os preferi<strong>do</strong>s pelos compra<strong>do</strong>res. Lá, a valorização<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> fechou <strong>2011</strong> em 25,2%, o terceiro<br />

maior índice registra<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong>.<br />

De janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, São Francisco, na Zona<br />

Sul niteroiense, foi o bairro cujo metro quadra<strong>do</strong> mais<br />

valorizou: 32,7%. A região vem se revelan<strong>do</strong> uma ótima<br />

opção <strong>de</strong> investimento, já que proporciona qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida, comércio ativo, boa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes, sem falar na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu polo gastronômico. Com con<strong>do</strong>mínios<br />

<strong>de</strong> alto padrão e um cenário paradisíaco, a Região Oceânica<br />

também vem cain<strong>do</strong> no gosto <strong>do</strong>s compra<strong>do</strong>res: Itaipu<br />

teve a segunda maior valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> no<br />

ano passa<strong>do</strong>, <strong>de</strong> 25,7%.<br />

MAC Niterói<br />

46


5.1.10. Indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />

As previsões <strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong> 2010<br />

foram precisas: em <strong>2011</strong>, o bom momento econômico <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> influenciou o merca<strong>do</strong> imobiliário em to<strong>do</strong>s os cantos.<br />

No Norte e Noroeste Fluminenses, por exemplo, o setor<br />

<strong>do</strong> petróleo e a construção <strong>do</strong> Superporto <strong>do</strong> Açu, no<br />

município <strong>de</strong> São João da Barra, com geração <strong>de</strong> 50 mil<br />

empregos, tiveram um peso significativo. Em Macaé, os valores<br />

<strong>do</strong>s imóveis atingiram os maiores patamares fora da<br />

região metropolitana, praticamente alcançan<strong>do</strong> os <strong>do</strong> bairro<br />

<strong>de</strong> Laranjeiras, na Zona Sul <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>, um <strong>do</strong>s mais procura<strong>do</strong>s<br />

pela classe média.<br />

Itaboraí e cida<strong>de</strong>s vizinhas se beneficiarão com a conclusão<br />

das obras <strong>do</strong> Complexo Petroquímico <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> (Comperj),<br />

cujas operações <strong>de</strong>vem se iniciar em 2014, e a construção <strong>de</strong><br />

um megaporto <strong>de</strong> apoio com previsão <strong>de</strong> término em 2015,<br />

em Maricá (Ponta Negra). Nessa cida<strong>de</strong>, os preços <strong>do</strong>s imóveis<br />

se equiparam aos <strong>de</strong> bairros como Jacarepaguá e Méier.<br />

Na Região <strong>do</strong>s Lagos, principal polo <strong>do</strong> turismo fluminense,<br />

o crescimento populacional <strong>de</strong> 46,8%, na última década,<br />

está contribuin<strong>do</strong> para impulsionar o merca<strong>do</strong> imobiliário. A<br />

diversificação da economia <strong>de</strong> Cabo Frio, por exemplo, vem<br />

atrain<strong>do</strong> um número crescente <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res fixos, com<br />

forte aumento na <strong>de</strong>manda por imóveis e vultosos investimentos<br />

na construção civil. Os preços <strong>do</strong>s apartamentos<br />

e casas estão entre os mais altos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> fora da região<br />

metropolitana, comparan<strong>do</strong>-se aos pratica<strong>do</strong>s, em <strong>2011</strong>, na<br />

Barra da Tijuca e em Botafogo.<br />

5.1.10.1. Região <strong>do</strong>s Lagos<br />

Principal <strong>de</strong>stino turístico fora da capital fluminense, a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Cabo Frio, na Região <strong>do</strong>s Lagos, teve um <strong>do</strong>s maiores<br />

crescimentos populacionais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> entre 2000 e 2010,<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o último Censo: 46,8%, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 128.828<br />

para 186.222 habitantes. Mas a economia da cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong><br />

está situada uma unida<strong>de</strong> regional <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, vem se<br />

diversifican<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos, atrain<strong>do</strong> mora<strong>do</strong>res fixos<br />

e geran<strong>do</strong>, consequentemente, um incremento no merca<strong>do</strong><br />

imobiliário. Ainda assim, a taxa <strong>de</strong> imóveis não ocupa<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

uso ocasional é uma das maiores <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (33,1%), o que<br />

ratifica a vocação turística da cida<strong>de</strong>.<br />

Os preços <strong>do</strong>s apartamentos variam <strong>de</strong> R$ 162.740 (1 quarto)<br />

a R$ 575.237 (4 quartos), faixa semelhante aos valores<br />

médios das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 quarto da Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r (R$<br />

180.700), Jacarepaguá (R$ 166.841), Barra da Tijuca (R$<br />

557.677) e Botafogo (R$ 480.481). Já as casas têm preços<br />

menores, varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 111.025 (1 quarto) a R$ 546.769<br />

(4 quartos). Cada vez mais incrementa<strong>do</strong>s, os con<strong>do</strong>mínios<br />

têm apartamentos e casas cujos preços estão entre os mais<br />

altos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> fora da região metropolitana.<br />

Cabo Frio<br />

47


Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares na região<br />

5.1.10.2. Baixada Fluminense<br />

Para se aproximar <strong>do</strong>s seus representa<strong>do</strong>s na Baixada Fluminense,<br />

o Secovi <strong>Rio</strong> instalou um escritório em Nova Iguaçu,<br />

único município que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> último Censo<br />

(2010), teve queda no número <strong>de</strong> habitantes na última década,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 920.599, em 2000, para 795.212, em 2010.<br />

Com os investimentos <strong>do</strong> governo fe<strong>de</strong>ral em programas<br />

populares <strong>de</strong> habitação e o <strong>de</strong>senvolvimento econômico da<br />

região, a tendência é que a cida<strong>de</strong> passe a receber um número<br />

maior <strong>de</strong> empreendimentos imobiliários, o que po<strong>de</strong><br />

acarretar o crescimento populacional.<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

No município, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam os setores <strong>de</strong> comércio,<br />

serviços e indústria <strong>de</strong> transformação, os preços das casas<br />

variam <strong>de</strong> R$ 140.783 (2 quartos) a R$ 204.000 (4 quartos),<br />

valores próximos aos das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 quarto nos bairros<br />

cariocas <strong>do</strong> Méier (R$ 149.063), Jacarepaguá (R$ 166.841)<br />

e Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r (R$ 188.700).<br />

Linha Vermelha<br />

48


Já em Duque <strong>de</strong> Caxias se registrou crescimento populacional<br />

<strong>de</strong> 10,3% (<strong>de</strong> 775.456 para 855.046) no mesmo perío<strong>do</strong><br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> pelo IBGE, o que po<strong>de</strong> ser justifica<strong>do</strong>, em<br />

parte, pelo crescimento da economia da cida<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rada<br />

o maior parque industrial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. O valor médio <strong>de</strong><br />

uma casa <strong>de</strong> 3 quartos é 29,6% superior ao pratica<strong>do</strong> em<br />

Nova Iguaçu. Os preços vão <strong>de</strong> R$ 135.913 (2 quartos) a<br />

R$ 242.500 (4 quartos).<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

CASAS<br />

DUQUE DE CAXIAS<br />

5.1.10.3. Serra Norte<br />

NOVA IGUAÇU<br />

Em <strong>2011</strong>, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Friburgo, on<strong>de</strong> está situada a<br />

Regional Serra Norte <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, recebeu um duro golpe:<br />

as chuvas <strong>de</strong> janeiro fizeram centenas <strong>de</strong> vítimas e danificaram<br />

seriamente <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> edifícios resi<strong>de</strong>nciais e<br />

comerciais. Os preços <strong>do</strong>s imóveis em áreas menos afetadas<br />

tiveram valorização por conta <strong>do</strong> aumento na <strong>de</strong>manda:<br />

para os <strong>de</strong> 2 e 3 quartos, 26,1%.<br />

Os apartamentos na cida<strong>de</strong>, que tem 182.016 habitantes,<br />

custam entre R$ 195.769 (2 quartos) e R$ 371.792 (3 quartos)<br />

e estão entre os mais altos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, fora da capital.<br />

Os valores se comparam aos pratica<strong>do</strong>s em bairros cariocas<br />

como Centro (R$ 372.507, para 2 quartos) e Vila Isabel<br />

(R$ 311.334, para 2 quartos). Já o preço médio <strong>de</strong> uma casa<br />

49


<strong>de</strong> 4 quartos po<strong>de</strong> chegar a R$ 448.571, próximo ao que se<br />

apresenta na Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r (R$ 444.434, para 3 <strong>do</strong>rmitórios).<br />

Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares na região<br />

Quanto aos índices populacionais, na cida<strong>de</strong> serrana o Censo<br />

registrou crescimento <strong>de</strong> 5,0% <strong>de</strong> 2000 a 2010. No que<br />

diz respeito ao turismo, o cenário é menos <strong>de</strong>sanima<strong>do</strong>r<br />

porque não houve hotéis <strong>de</strong>struí<strong>do</strong>s. Ações <strong>de</strong> divulgação<br />

da cida<strong>de</strong> em feiras e eventos estão colaboran<strong>do</strong> para atrair<br />

os turistas novamente. Os da<strong>do</strong>s referentes ao perfil <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>micílios confirmam essa vocação <strong>de</strong> Nova Friburgo: 9,0%<br />

<strong>do</strong>s imóveis se enquadram na classificação “não-ocupa<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> uso ocasional”.<br />

Pedra <strong>do</strong> Cão Senta<strong>do</strong> - Friburgo<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

50


5.1.10.4. Noroeste Fluminense<br />

Ten<strong>do</strong> como principal representante a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campos,<br />

on<strong>de</strong> o Secovi <strong>Rio</strong> mantém sua Regional, o Noroeste Fluminense<br />

está passan<strong>do</strong> por uma boa fase econômica, capitaneada<br />

pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s setores petrolífero,<br />

<strong>de</strong> comércio, serviços e construção civil. Com quase 500<br />

mil habitantes, Campos se <strong>de</strong>staca também como polo<br />

universitário.<br />

Os novos empreendimentos imobiliários buscam aten<strong>de</strong>r à<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> migrantes vin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> várias partes <strong>do</strong><br />

país. Além disso, a conclusão das obras <strong>do</strong> Superporto <strong>do</strong><br />

Açu, em 2013, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São João da Barra, <strong>de</strong>verá gerar<br />

mais valorização no merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

De acor<strong>do</strong> com o levantamento feito para esta publicação,<br />

os preços <strong>do</strong>s apartamentos variam <strong>de</strong> R$ 166.351<br />

(2 quartos) a R$ 404.778 (4 quartos), valores bastante inferiores<br />

aos pratica<strong>do</strong>s na vizinha Macaé. Apesar disso, a<br />

tendência é <strong>de</strong> valorização, uma vez que o merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

está se expandin<strong>do</strong> para áreas antes ocupadas pela<br />

produção rural.<br />

No que diz respeito ao crescimento populacional, o número<br />

<strong>de</strong> habitantes aumentou 13,9% <strong>de</strong> 2000 a 2010, passan<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> 406.989 para 463.545. Embora a taxa não seja tão expressiva,<br />

a expectativa é que esse número chegue a 1 milhão<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cinco anos.<br />

Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares na região<br />

Bacia <strong>de</strong> Campos<br />

51


Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

significa mais <strong>do</strong>micílios e, consequentemente, um incremento<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

A vizinha <strong>de</strong> Niterói está se tornan<strong>do</strong> uma das opções mais<br />

procuradas, principalmente por conta <strong>do</strong> Comperj, em Itaboraí,<br />

e da construção <strong>de</strong> um megaporto, na Praia <strong>de</strong> Jaconé,<br />

que <strong>de</strong>verá ser um <strong>do</strong>s maiores <strong>do</strong> país, com previsão<br />

<strong>de</strong> conclusão até 2015. O município atrai também compra<strong>do</strong>res<br />

em busca <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> veraneio, interessa<strong>do</strong>s em fugir<br />

<strong>do</strong> caos da cida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>.<br />

5.1.10.5. Região Litorânea<br />

Com unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento em Maricá, o Secovi <strong>Rio</strong> esten<strong>de</strong><br />

a oferta <strong>de</strong> serviços para as cida<strong>de</strong>s próximas: Itaboraí,<br />

<strong>Rio</strong> Bonito, Saquarema e Tanguá. Dessas, Maricá foi<br />

a que obteve o maior crescimento populacional no perío<strong>do</strong><br />

analisa<strong>do</strong> pelo Censo (66,2%), seguida <strong>de</strong> Saquarema<br />

(41,5%) e Itaboraí (16,3%). Um número maior <strong>de</strong> habitantes<br />

Apesar da <strong>de</strong>manda, os preços das casas em Maricá ainda<br />

são inferiores aos pratica<strong>do</strong>s em Saquarema, tradicionalmente<br />

mais procurada por quem <strong>de</strong>seja comprar uma residência<br />

<strong>de</strong> praia. Na primeira, os valores vão <strong>de</strong> R$ 150.408<br />

(2 quartos) a R$ 246.480 (4 quartos). Já na segunda, os<br />

preços são mais altos: R$ 156.923 (2 quartos) e R$ 252.727<br />

(4 <strong>do</strong>rmitórios).<br />

A exceção são as casas <strong>de</strong> 3 <strong>do</strong>rmitórios, cujos preços são<br />

bastante próximos nos <strong>do</strong>is municípios: cerca <strong>de</strong> R$ 206 mil.<br />

Itaboraí ainda tem os preços mais baixos da região: uma<br />

casa <strong>de</strong> 2 quartos fica na média <strong>de</strong> R$ 104.727, algo próximo<br />

aos valores <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> 1 quarto nos bairros cariocas<br />

<strong>de</strong> Irajá (R$ 95.333) ou Madureira (R$ 93.977).<br />

Vista da Pedra <strong>do</strong> Elefante - Itaipuaçu<br />

52


Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares<br />

ITABORAÍ<br />

SAQUAREMA<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

MARICÁ<br />

CASAS<br />

53


5.1.10.6. Norte Fluminense<br />

Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares na região<br />

Quan<strong>do</strong> se analisa o merca<strong>do</strong> imobiliário fora da Região Metropolitana<br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong>, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Macaé, on<strong>de</strong> se concentra a<br />

ativida<strong>de</strong> petrolífera <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, é a que tem os maiores preços.<br />

A dinâmica populacional, influenciada principalmente<br />

pelo movimento migratório, contribui para a valorização <strong>do</strong>s<br />

imóveis. O município, on<strong>de</strong> o Secovi <strong>Rio</strong> mantém uma representação,<br />

apresentou o segun<strong>do</strong> maior crescimento populacional<br />

<strong>de</strong> 2000 a 2010, segun<strong>do</strong> o Censo: <strong>de</strong> 132.461<br />

para 206.748. E a tendência é que essa lógica perdure. Com<br />

o aumento da <strong>de</strong>manda, novos empreendimentos vêm sen<strong>do</strong><br />

lança<strong>do</strong>s.<br />

Os valores <strong>do</strong>s apartamentos vão <strong>de</strong> R$ 274.917 (2 quartos)<br />

a R$ 624.750 (4 quartos), comparan<strong>do</strong>-se aos preços<br />

<strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong> 1 quarto na Tijuca (R$ 291.834) e <strong>de</strong> 2 quartos<br />

em Laranjeiras (R$ 637.103). Já os preços das casas<br />

são mais baixos, varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> R$ 223.717 (2 quartos) a R$<br />

497.083 (4 <strong>do</strong>rmitórios).<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

Praia <strong>do</strong> Cavaleiros - Macaé<br />

54


5.1.10.7. Serra Ver<strong>de</strong><br />

Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares na região<br />

Distan<strong>do</strong> apenas 76 quilômetros <strong>de</strong> Nova Friburgo, o município<br />

<strong>de</strong> Teresópolis, que conta com um escritório <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>,<br />

também sofreu um revés em janeiro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>: foi a segunda<br />

cida<strong>de</strong> mais atingida pelo <strong>de</strong>sastre natural. Ao to<strong>do</strong>, foram afetadas<br />

49 mil pessoas, cerca <strong>de</strong> 30% da população. Tamanha<br />

catástrofe não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> influenciar o merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

Casas <strong>de</strong> 4 quartos, com boa infraestrutura, sofreram<br />

<strong>de</strong>svalorização, sen<strong>do</strong> vendidas por apenas R$ 150 mil.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a procura pelos apartamentos aumentou,<br />

elevan<strong>do</strong> os preços. A maior valorização, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

representantes <strong>do</strong> segmento imobiliário local, foi observada<br />

nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 quartos: 30,5% <strong>de</strong> janeiro a julho <strong>de</strong><br />

<strong>2011</strong>. Os preços, que estão entre os mais altos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

fora da região metropolitana, vão <strong>de</strong> R$ 143.254 (1 quarto) a<br />

R$ 438.333 (4 quartos). A título <strong>de</strong> comparação, com valores<br />

aproxima<strong>do</strong>s, é possível comprar unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 <strong>do</strong>rmitório<br />

em Inhaúma (R$ 131.350) e São Cristóvão (R$ 157.000) ou<br />

<strong>de</strong> 2 <strong>do</strong>rmitórios em Santa Teresa (R$ 430.826).<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

Mirante <strong>do</strong> De<strong>do</strong> <strong>de</strong> Deus - Teresópolis<br />

55


5.1.10.8. Sul Fluminense<br />

Consi<strong>de</strong>rada o centro econômico <strong>do</strong> Sul Fluminense, Volta<br />

Re<strong>do</strong>nda, que conta com uma representação <strong>do</strong> Secovi<br />

<strong>Rio</strong>, está situada em uma área estratégica, a 127 quilômetros<br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> e a 310 quilômetros <strong>de</strong> São Paulo.<br />

A cida<strong>de</strong>, que abriga a CSN, maior si<strong>de</strong>rúrgica da América<br />

Latina, se <strong>de</strong>staca também pela presença <strong>de</strong> indústrias <strong>de</strong><br />

menor porte, voltadas para as áreas <strong>de</strong> metal-mecânica,<br />

alimentos e vestuário.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>do</strong> município gera influências<br />

no merca<strong>do</strong> imobiliário: os apartamentos e casas estão<br />

entre os mais valoriza<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> fora <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. De<br />

acor<strong>do</strong> com o levantamento <strong>do</strong> <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong><br />

<strong>Imobiliário</strong> <strong>2011</strong>, os preços das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 e 3 quartos<br />

ficam na média <strong>de</strong> R$ 217.333 e R$ 333.571, respectivamente,<br />

valores que se aproximam <strong>do</strong>s pratica<strong>do</strong>s na Tijuca,<br />

para apartamentos <strong>de</strong> 1 quarto (R$ 291.834).<br />

Já as casas têm preços mais eleva<strong>do</strong>s: as <strong>de</strong> 3 quartos<br />

ficam na média <strong>de</strong> R$ 348.542, e as <strong>de</strong> 4, em R$ 554.286.<br />

A título <strong>de</strong> comparação, um apartamento <strong>de</strong> 4 <strong>do</strong>rmitórios<br />

no Méier custa, em média, R$ 436.625.<br />

Outro importante município <strong>de</strong>ssa região, Resen<strong>de</strong> também<br />

conta com um merca<strong>do</strong> imobiliário em expansão.<br />

Polo industrial, automotivo, metalúrgico e turístico, a cida<strong>de</strong>,<br />

on<strong>de</strong> se situa a se<strong>de</strong> <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> maior complexo<br />

militar <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, a Aca<strong>de</strong>mia Militar das Agulhas Negras,<br />

tem imóveis com preços menores que os <strong>de</strong> Volta Re<strong>do</strong>nda.<br />

O apartamento <strong>de</strong> 2 quartos custa R$ 171.579, e o <strong>de</strong><br />

3, R$ 253.235. Já as casas <strong>de</strong> 2, 3 e 4 quartos po<strong>de</strong>m ser<br />

compradas por R$ 149.000, R$ 339.737 e R$ 400.833, respectivamente.<br />

Do total <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios particulares na região<br />

BARRA MANSA<br />

Pico das Agulhas Negras<br />

56


RESENDE<br />

Valores <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda<br />

VOLTA REDONDA<br />

57


5.1.11. Tamanho médio <strong>do</strong>s imóveis por quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

quartos (metros quadra<strong>do</strong>s)<br />

Com a pouca oferta <strong>de</strong> espaços para construção <strong>de</strong> edifícios<br />

resi<strong>de</strong>nciais na cida<strong>de</strong>, os novos empreendimentos<br />

têm si<strong>do</strong> ergui<strong>do</strong>s com unida<strong>de</strong>s menos espaçosas e partes<br />

comuns mais amplas e incrementadas. A análise <strong>do</strong> tamanho<br />

<strong>do</strong>s imóveis em diversos bairros aponta: o Centro é o<br />

lugar on<strong>de</strong> os apartamentos são menores, com áreas que<br />

variam <strong>de</strong> 42m² (1 quarto) a 87m² (3 quartos).<br />

Jacarepaguá e Méier, que vêm se <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> pelos inúmeros<br />

lançamentos com características semelhantes às <strong>do</strong>s<br />

con<strong>do</strong>mínios-clube tradicionais, também se caracterizam<br />

pela presença <strong>de</strong> apartamentos menos amplos, com metragem<br />

quadrada próxima à registrada no Centro. No primeiro,<br />

as médias, para 2, 3 e 4 quartos, ficam em 66m², 91m² e<br />

140m², respectivamente. No segun<strong>do</strong>, as médias ficam em<br />

68m², 86m² e 158m².<br />

No la<strong>do</strong> oposto, a Lagoa tem os maiores imóveis da cida<strong>de</strong>:<br />

<strong>de</strong> 59m² (1 quarto) a 149m² (3 quartos). O Flamengo também<br />

conta com apartamentos mais espaçosos em relação<br />

aos <strong>de</strong>mais bairros: os <strong>de</strong> 3 e 4 quartos, por exemplo, têm<br />

algumas das maiores áreas médias <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> – 146m² e 277m²,<br />

respectivamente. Na Barra da Tijuca se encontram os maiores<br />

apartamentos <strong>de</strong> 1 quarto: média <strong>de</strong> 65m².<br />

Bairros 1 qt 2 qts 3 qts 4 qts<br />

Bangu 57 75<br />

Barra da Tijuca 65 82 111 208<br />

Botafogo 50 80 114 203<br />

Centr o 42 67 87<br />

Copacabana 44 81 133 230<br />

Fl amengo 45 81 146 277<br />

Gávea 84 125 173<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r 51 72 114 197<br />

Ipanema 52 83 134 229<br />

Jacarepaguá 53 66 91 140<br />

Jardim Botânico 50 84 112 176<br />

Lagoa 59 91 149 198<br />

Laranjeiras 47 76 115 235<br />

Leblon 51 88 119 189<br />

Méi er 53 68 86 158<br />

Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes 52 79 110 154<br />

Tijuca 54 82 116 165<br />

Vila Isabel 56 75 108 168<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

58


5.1.12. Número <strong>de</strong> ofertas e perfis <strong>do</strong>s imóveis<br />

A maior parte <strong>do</strong>s 43.817 imóveis disponíveis no <strong>Rio</strong> (<strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> <strong>2011</strong>) para compra e venda se enquadra na classificação<br />

“apartamento-padrão”: 60,0%. Em seguida vêm as<br />

casas-padrão, que representam 16,0% da oferta. As coberturas<br />

são o terceiro tipo <strong>de</strong> imóvel mais oferta<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong><br />

(11,7%), seguidas das casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio (9,2%).<br />

Entre os 26.295 apartamentos-padrão ofereci<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>zembro,<br />

40,6% são <strong>de</strong> 2 quartos, e 36,2%, <strong>de</strong> 3 quartos. Os<br />

<strong>de</strong> 1 quarto são poucos: apenas 9,3% <strong>do</strong> total. Quanto às<br />

4.047 casas <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios ofertadas, 50,0% são térreas, e<br />

36,2%, duplex. Já entre as 7.019 casas-padrão, a oferta <strong>de</strong><br />

imóveis <strong>de</strong> 1 pavimento é pre<strong>do</strong>minante: 86,7% se enquadram<br />

nesse perfil.<br />

A região da cida<strong>de</strong> que concentra o maior número <strong>de</strong> ofertas<br />

é a da Barra da Tijuca e adjacências: 43,5%. A Zona Sul,<br />

com 25,3%, e a Zona Norte, com 24,7%, vêm em seguida.<br />

Apesar da gran<strong>de</strong> procura pelo Centro, ainda é pequena a<br />

oferta <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s à venda no bairro: apenas 1,3%, o que<br />

acaba refletin<strong>do</strong> no aumento <strong>do</strong>s preços.<br />

PERFIL - APARTAMENTO-PADRÃO<br />

Quartos Qtd %<br />

1 2.443 9,3%<br />

2 10.682 40,6%<br />

3 9.513 36,2%<br />

4 3.421 13,0%<br />

+ <strong>de</strong> 4 236 0,9%<br />

TOTAL 26.295 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

PERFIL - APARTAMENTO-PADRÃO<br />

PERFIL - COBERTURA<br />

Tipo <strong>de</strong> Imóvel Qtd. %<br />

Lof t 29 0,1%<br />

Flat 181 0,4%<br />

Casa <strong>de</strong> vila 358 0,8%<br />

Outros 365 0,8%<br />

Quitinete 383 0,9%<br />

Casa <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio 4.047 9,2%<br />

Cobertura 5.140 11,7%<br />

Casa-padrão 7.019 16,0%<br />

Apartamento-padrão 26.295 60,0%<br />

TOTAL 43.817 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Quartos Qtd % Tipo Qtd %<br />

1 2.443 9,3% Linear 4.080 79,4%<br />

Apartamento-padrão 2 10.682 40,6% 60,0%<br />

Duplex 977 19,0%<br />

Casa-padrão 3 16,0% 9.513 36,2% Triplex 83 1,6%<br />

4 3.421 13,0% TOTAL 5.140 100%<br />

Cobertura 11,7%<br />

+ <strong>de</strong> 4 236 0,9% Fonte: Secovi Ri o<br />

Casa <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio TOTAL 9,2% 26.295 100%<br />

Fonte: Secovi Quitinete Ri o 0,9%<br />

PERFIL - CASA DE CONDOMÍNIO<br />

Outros 0,8%<br />

Tipo Qtd %<br />

Casa <strong>de</strong> vila 0,8%<br />

Térrea 2.023 50,0%<br />

Duplex 1.467 36,2%<br />

Flat 0,4%<br />

Triplex 557 13,8%<br />

Loft 0,1%<br />

TOTAL 4.047 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

59


PERFIL - CASA-PADRÃO<br />

Tipo Qtd %<br />

Térrea 6.083 86,7%<br />

Duplex 708 10,1%<br />

Triplex 228 3,2%<br />

TOTAL 7.019 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Regiões Qtd %<br />

Centro 560 1,3%<br />

Zona Oeste 2.322 5,3%<br />

Zona Norte 10.823 24,7%<br />

Zona Sul 11.066 25,3%<br />

Barra e Adjacências 19.046 43,5%<br />

TOTAL 43.817 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Barra e Adjacências<br />

Zona Sul<br />

Zona Norte<br />

Zona Oeste<br />

5,3%<br />

25,3%<br />

24,7%<br />

43,5%<br />

Centro<br />

1,3%<br />

QUANTIDADE POR QUANTIDADE BAIRROS POR BAIRROS<br />

ZONA NORTE<br />

ZONA SUL<br />

ZONA SUL<br />

BARRA E ADJACÊNCIAS BARRA E ADJACÊNCIAS<br />

Bairros Qtd %<br />

Bairros Qtd Bairros % Qtd Bairros % BairrosQtd % Qtd %<br />

Tijuca 2.633 24,3%<br />

Copacabana<br />

Copacabana<br />

3.339 30,2%<br />

3.339<br />

Barra<br />

30,2%<br />

da Tijuca<br />

Barra da<br />

7.654<br />

Tijuca<br />

40,2%<br />

7.654 40,2%<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r 774 7,2%<br />

Botafogo<br />

Botafogo<br />

1.338 12,1%<br />

1.338 12,1%<br />

Jacarepaguá<br />

Jacarepaguá<br />

6.369<br />

6.369<br />

33,4%<br />

33,4%<br />

Vila Isabel 607 5,6%<br />

Ipanema 1.189 10,7% Recreio 4.390 23,0%<br />

Ipanema 1.189 10,7% Recreio 4.390 23,0%<br />

Méier 602 5,6%<br />

Leblon 1.094 9,9% Vargem Pequena 382 2,0%<br />

Leblon 1.094 9,9% Vargem Pequena 382 2,0%<br />

Vila Valqueire 539 5,0%<br />

Flamengo 880 8,0% Vargem Gran<strong>de</strong> 251 1,3%<br />

Flamengo 880 8,0% Vargem Gran<strong>de</strong> 251 1,3%<br />

Outros (78 bairros) 5.668 52,4%<br />

Outros (15 bairros) 3.226 29,2% TOTAL 19.046 100%<br />

TOTAL 10.823<br />

Outros<br />

100%<br />

(15 bairros) 3.226 29,2% TOTAL 19.046 100%<br />

TOTAL 11.066 100% Fonte: Secovi Ri o<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

TOTAL 11.066 100%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

60


5.2. Imóveis comerciais<br />

A recuperação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário comercial na Barra<br />

da Tijuca, com lançamentos <strong>de</strong> alto padrão, vem geran<strong>do</strong><br />

aumento na procura por esse tipo <strong>de</strong> imóvel – já que os preços<br />

são bastante inferiores aos da área nobre da Zona Sul –<br />

e, consequentemente, valorização. Enquanto a variação <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> das salas na Barra, em 2010, foi <strong>de</strong> 12,0%,<br />

em <strong>2011</strong> registrou-se mais que o <strong>do</strong>bro, 27,9%, o que po<strong>de</strong><br />

significar uma reversão <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> esvaziamento comercial<br />

<strong>do</strong> bairro, inicia<strong>do</strong> com a migração <strong>do</strong>s empresários<br />

em direção às áreas mais centrais da cida<strong>de</strong>.<br />

Como o Centro passou a competir com outras áreas, os preços<br />

no bairro começam a se estabilizar. Enquanto em 2010<br />

a variação no valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> (salas) foi <strong>de</strong> 84,5%,<br />

em <strong>2011</strong> registrou-se quase meta<strong>de</strong> disso: 42,4%. Apesar da<br />

<strong>de</strong>saceleração, foi a terceira maior variação entre os bairros<br />

analisa<strong>do</strong>s. Assim como no segmento <strong>de</strong> locação, a Tijuca foi<br />

o bairro com maior variação no preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> em<br />

<strong>2011</strong>, <strong>de</strong> 49,0%, o que reflete a boa fase econômica iniciada<br />

com a chegada das UPPs em junho <strong>de</strong> 2010.<br />

Leblon e Ipanema, que tiveram resulta<strong>do</strong>s negativos nos preços<br />

<strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para locação <strong>de</strong> salas comerciais,<br />

revelam bom <strong>de</strong>sempenho no segmento <strong>de</strong> venda: variação<br />

<strong>de</strong> 44,9%, o <strong>do</strong>bro da registrada em 2010. Isso porque a<br />

oferta <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> imóvel ainda é pequena, ao passo que<br />

a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res vem crescen<strong>do</strong> sensivelmente.<br />

Quanto às lojas, o Centro é o bairro on<strong>de</strong> se percebe maior<br />

valorização em <strong>2011</strong>: <strong>de</strong> 42,1%, mais que os 37,6% <strong>de</strong> Copacabana.<br />

Com gran<strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres e turistas,<br />

esses <strong>do</strong>is bairros seguem como os preferi<strong>do</strong>s pelos lojistas,<br />

que conseguem auferir lucros mais expressivos. Esses<br />

da<strong>do</strong>s estão entre as novida<strong>de</strong>s apresentadas pelo Secovi<br />

<strong>Rio</strong> na pesquisa <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.<br />

Salas<br />

Lojas<br />

CENTRO Jan/ 11 Dez/ 11 Var (%) Var 2010 (%)<br />

Até 150m² R$ 3.199 R$ 5.030 57,2% 93,0%<br />

151m² a 300m² R$ 3.649 R$ 5.723 56,8% 105,3%<br />

Acima <strong>de</strong> 300m² R$ 4.549 R$ 4.271 -6,1% 49,3%<br />

Média Geral R$ 3.521 R$ 5.012 42,4% 84,5%<br />

Quadrilátero <strong>de</strong> Ouro * R$ 4.251 R$ 6.171 45,2% -<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

Bairros Jan/ 11 Dez/ 11 Var (%) Var 2010 (%)<br />

Barra da Tijuca R$ 7.597 R$ 9.718 27,9% 12,0%<br />

Botafogo/ Flamengo R$ 7.995 R$ 9.992 25,0% -<br />

Copacabana R$ 6.760 R$ 9.453 39,8% 53,6%<br />

Leblon/ Ipanema R$ 16.332 R$ 23.667 44,9% 22,0%<br />

Tijuca R$ 4.066 R$ 6.059 49,0% 38,5%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

* Imóveis oferta<strong>do</strong>s compreendi<strong>do</strong>s entre a Rua <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>r e Av. Almirante Barroso.<br />

Bairros Jan/ 11 Dez/ 11 Var (%)<br />

Barra da Tijuca R$ 7.549,18 R$ 9.459,39 25,3%<br />

Botafogo/ Flamengo R$ 8.718,51 R$ 10.462,53 20,0%<br />

Centro R$ 2.980,89 R$ 4.237,33 42,1%<br />

Copacabana R$ 6.561,20 R$ 9.030,97 37,6%<br />

Leblon/ Ipanema R$ 14.544,21 R$ 18.499,28 27,2%<br />

Tijuca R$ 3.423,12 R$ 4.357,02 27,3%<br />

Fonte: Secovi Ri o<br />

61


- Bairro da Zona Sul <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>,<br />

Ipanema tem uma praia com 2,6km <strong>de</strong> extensão,<br />

consi<strong>de</strong>rada uma das mais famosas da cida<strong>de</strong>.<br />

Per<strong>de</strong> apenas para Copacabana em popularida<strong>de</strong><br />

e prestígio internacional. A praia <strong>de</strong> Ipanema inspirou<br />

o compositor Vinícius <strong>de</strong> Moraes, que lançou<br />

a canção “Garota <strong>de</strong> Ipanema”, um <strong>do</strong>s ícones da<br />

Bossa Nova, em 1963, e da qual Tom Jobim foi o<br />

responsável pela melodia.<br />

Menina <strong>do</strong>s olhos da maioria <strong>do</strong>s cariocas, Ipanema<br />

é um bairro resi<strong>de</strong>ncial e comercial em medidas<br />

iguais. On<strong>de</strong> a moda se consuma e se consome, a<br />

Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pirajá é uma verda<strong>de</strong>ira passarela,<br />

tanto pela beleza das roupas quanto pelos<br />

corpos esculturais que as vestem. Fazem parte da<br />

paisagem duas gran<strong>de</strong>s praças: Gen eral Ozório,<br />

que abriga a Feira Hippie to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mingos, e<br />

Nossa Senhora da Paz, com jardim, lago, lazer infantil<br />

e muitos bancos à sombra.<br />

O Posto 9 faz parte <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> <strong>do</strong> bairro e <strong>de</strong> muita<br />

gente famosa <strong>do</strong> país. Foi símbolo <strong>de</strong> ousadia<br />

e palco <strong>de</strong> diversos episódios da nossa história. É<br />

ainda local <strong>de</strong> irreverentes manifestações e diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tribos que se encontram e convivem em<br />

clima pacífico.<br />

6. Compra e venda ‒<br />

imóveis novos<br />

62


Os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pela A<strong>de</strong>mi-RJ para esta<br />

publicação apontam: o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> 1 quarto lançadas nos últimos anos no <strong>Rio</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> vem aumentan<strong>do</strong> expressivamente.<br />

Um sinal claro <strong>de</strong> que o merca<strong>do</strong> da construção<br />

civil está se adaptan<strong>do</strong> aos novos arranjos familiares.<br />

Afinal, a <strong>de</strong>manda por esse tipo <strong>de</strong> moradia vem crescen<strong>do</strong><br />

ano após ano.<br />

Para analistas <strong>do</strong> segmento, é o formato <strong>de</strong> imóvel que melhor<br />

aten<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res mais jovens,<br />

que estão sain<strong>do</strong> <strong>de</strong> casa para <strong>de</strong>sfrutar sua in<strong>de</strong>pendência,<br />

mas também agrada aos estudantes, que migram para o <strong>Rio</strong><br />

em busca <strong>de</strong> melhores oportunida<strong>de</strong>s, e aos emprega<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte – nacionais e estrangeiras<br />

–, que vêm se instalar na cida<strong>de</strong>, atraí<strong>do</strong>s pelas boas<br />

ofertas <strong>de</strong> trabalho.<br />

Com os filhos encaminha<strong>do</strong>s, as pessoas i<strong>do</strong>sas também<br />

preferem trocar os apartamentos mais espaçosos pelos <strong>de</strong><br />

menor porte, o que barateia os custos e ameniza a sensação<br />

<strong>de</strong> solidão. Enquanto que, em 2008 e 2009, o número<br />

<strong>de</strong> lançamentos <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 quarto foi irrisório, em<br />

2010 houve a gran<strong>de</strong> virada: o crescimento foi <strong>de</strong> 539,2%,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 28 para 179. De 2010 para <strong>2011</strong>, mais uma<br />

vez, a variação foi positiva: construíram-se 16,7% mais apartamentos<br />

com essa característica. Ainda assim, eles representam<br />

apenas 1,6% <strong>do</strong>s lançamentos.<br />

Já o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 e 3 quartos diminuiu 26,7%<br />

e 13,0%, respectivamente, <strong>de</strong> 2010 para <strong>2011</strong>, embora a <strong>de</strong>manda<br />

continue expressiva. Apesar disso, os <strong>de</strong> 2 representam<br />

a maior parte <strong>do</strong>s lançamentos na cida<strong>de</strong>: 64,3%, índice<br />

que se equipara ao registra<strong>do</strong> em 2009. O boom se <strong>de</strong>u em<br />

2010, quan<strong>do</strong> se lançaram 82,2% mais unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2 quartos,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 6.128 para 11.169. O crescimento po<strong>de</strong><br />

ser explica<strong>do</strong> pelos recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamentos, tanto para<br />

as construtoras quanto para os consumi<strong>do</strong>res com núcleos<br />

familiares maiores.<br />

Da mesma maneira que os <strong>de</strong> 1 quarto, os <strong>de</strong> 4 representam<br />

uma parcela pequena <strong>do</strong> que foi lança<strong>do</strong> em <strong>2011</strong>: apenas<br />

5,1%. O número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s caiu 41,8%, a maior variação<br />

negativa registrada nesta pesquisa – <strong>de</strong> 1.112 para 647.<br />

O melhor momento para esse tipo <strong>de</strong> imóvel aconteceu <strong>de</strong><br />

2009 para 2010, época <strong>do</strong> boom imobiliário, quan<strong>do</strong> houve<br />

aumento <strong>de</strong> 232,9% na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s lançadas:<br />

<strong>de</strong> 334 para 1.112.<br />

Vista da praia <strong>de</strong> Ipanema<br />

63


6.1. Número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s lançadas<br />

64


6.2. Tamanho médio das unida<strong>de</strong>s lançadas<br />

(metros quadra<strong>do</strong>s)<br />

Quanto à área <strong>do</strong>s imóveis, a tendência é <strong>de</strong> queda. Três<br />

fatores contribuem para isso: primeiro, a escassez <strong>de</strong> terrenos,<br />

o que acaba elevan<strong>do</strong> os custos para as construtoras.<br />

Para aumentar as margens <strong>de</strong> lucro, essas companhias focam<br />

suas ações no aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> venda, o que<br />

se concretiza com a comercialização <strong>de</strong> um número maior<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s. Como existe a limitação <strong>do</strong> espaço físico <strong>do</strong>s<br />

terrenos, a alternativa é construir mais unida<strong>de</strong>s com áreas<br />

menores.<br />

Não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar que os números recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

financiamentos nos últimos anos acarretam lançamentos <strong>de</strong><br />

con<strong>do</strong>mínios com gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s para aten<strong>de</strong>r<br />

à forte <strong>de</strong>manda. Por último, nota-se a mudança no perfil<br />

<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, que vêm <strong>de</strong>mandan<strong>do</strong> espaços menores<br />

para morar.<br />

Embora se perceba um discreto aumento no tamanho médio<br />

<strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 1, 2 e 3 quartos, <strong>de</strong> 2010 para <strong>2011</strong>, a<br />

tendência é que ocorra o contrário nos próximos anos. De<br />

2009 para 2010, a maior variação no tamanho <strong>de</strong> imóveis<br />

se <strong>de</strong>u para os apartamentos <strong>de</strong> 1 quarto – <strong>de</strong> 50,1m² para<br />

42,7m². De 2008 para 2009, a redução mais expressiva ocorreu<br />

no tamanho das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 4 <strong>do</strong>rmitórios: <strong>de</strong> 158,6m²<br />

para 121,2m². A maior estabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser percebida para<br />

os <strong>de</strong> 3 quartos, cuja área média vem oscilan<strong>do</strong> menos ao<br />

longo <strong>do</strong>s anos.<br />

65


6.3. Faixas <strong>de</strong> preços por metro quadra<strong>do</strong> das<br />

unida<strong>de</strong>s lançadas<br />

Em <strong>2011</strong>, a maior parte <strong>do</strong>s imóveis lança<strong>do</strong>s no <strong>Rio</strong><br />

(29,7%) ficou na faixa <strong>de</strong> R$ 4.001 a R$ 6.000 o metro quadra<strong>do</strong><br />

(3.771 unida<strong>de</strong>s). A faixa anterior, entre R$ 3.001 e R$<br />

4.000 o metro quadra<strong>do</strong>, também representa porcentagem<br />

expressiva <strong>de</strong> lançamentos: 24,0%, com 3.049 unida<strong>de</strong>s.<br />

Isso po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong> pela forte valorização observada no<br />

merca<strong>do</strong> imobiliário nos últimos <strong>do</strong>is anos.<br />

Em 2010, com o fortalecimento <strong>do</strong> programa Minha Casa,<br />

Minha Vida, o número <strong>de</strong> lançamentos na segunda faixa <strong>de</strong><br />

preço mais baixa (R$ 1.001 a R$ 2.000) foi expressivo: 3.007<br />

unida<strong>de</strong>s, ou 18,0% <strong>do</strong> total. Já em <strong>2011</strong>, essa faixa representa<br />

apenas 1,8% <strong>do</strong>s lançamentos. O maior número <strong>de</strong><br />

lançamentos em 2010 ocorreu na faixa seguinte (R$ 2.001<br />

a R$ 3.000), representan<strong>do</strong> 32,8% <strong>do</strong> total (5.480 imóveis).<br />

66


6.4. Tipos <strong>de</strong> pagamento das unida<strong>de</strong>s<br />

escrituradas<br />

No que diz respeito às modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pagamento, a maior<br />

parte das unida<strong>de</strong>s escrituradas no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> em <strong>2011</strong><br />

(86,8%), <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o levantamento da A<strong>de</strong>mi-RJ, foi financiada<br />

através <strong>de</strong> bancos priva<strong>do</strong>s. As transações diretas<br />

vêm em seguida: representaram 12,3%. O total <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

escrituradas chegou a 17.503. O momento atual é anima<strong>do</strong>r<br />

tanto para os consumi<strong>do</strong>res quanto para as construtoras: o<br />

volume <strong>de</strong> financiamentos foi o maior já registra<strong>do</strong> no país,<br />

com R$ 79,9 bilhões.<br />

Relógio da Central <strong>do</strong> Brasil<br />

67


- Um <strong>do</strong>s cartões-postais <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>,<br />

os Arcos da Lapa são, na verda<strong>de</strong>, um projeto<br />

cria<strong>do</strong> para trazer as águas <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> Carioca para<br />

a cida<strong>de</strong> ‒ o Aqueduto da Carioca, <strong>de</strong> 1750. Consi<strong>de</strong>rada<br />

a obra arquitetônica <strong>de</strong> maior porte empreendida<br />

no Brasil durante o perío<strong>do</strong> colonial, é hoje<br />

um símbolo representativo <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> Antigo preserva<strong>do</strong><br />

no bairro boêmio da Lapa.<br />

Na segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XIX, durante o Império<br />

e, posteriormente, diante <strong>do</strong> advento da República,<br />

novas alternativas para o abastecimento <strong>de</strong> água<br />

aos mora<strong>do</strong>res da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> foram<br />

sen<strong>do</strong> oferecidas. O aqueduto, a partir <strong>de</strong> 1896, passou<br />

a ser utiliza<strong>do</strong> como viaduto para os novos bon<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ferro da Companhia <strong>de</strong> Carris Urbanos, principal<br />

meio <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> Centro aos altos <strong>do</strong> bairro<br />

<strong>de</strong> Santa Teresa, até os dias atuais.<br />

Os antigos arcos coloniais servem também <strong>de</strong> pano<br />

<strong>de</strong> fun<strong>do</strong> para diversos eventos, como as festivida<strong>de</strong>s<br />

da Semana Santa e o tradicional Auto <strong>de</strong> Natal<br />

da cida<strong>de</strong>.<br />

7. Índices <strong>de</strong>mográficos<br />

e habitacionais<br />

<strong>do</strong> município <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />

68


Nenhuma outra cida<strong>de</strong> brasileira esteve tão em<br />

evidência quanto o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> nos últimos<br />

anos. Em <strong>2011</strong>, diversas transformações foram<br />

mais facilmente percebidas que no ano anterior<br />

em to<strong>do</strong>s os cantos. Costuma-se dizer que estamos<br />

viven<strong>do</strong> em um “canteiro <strong>de</strong> obras”. E é verda<strong>de</strong>: a<br />

Cida<strong>de</strong> Maravilhosa está se repaginan<strong>do</strong> para aten<strong>de</strong>r às<br />

exigências internacionais, mas também com o objetivo <strong>de</strong><br />

promover mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida a seus habitantes.<br />

Nesse cenário <strong>de</strong> mudanças, um fenômeno vem passan<strong>do</strong><br />

quase <strong>de</strong>spercebi<strong>do</strong>: a dinâmica populacional. Com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, vem<br />

crescen<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> novos mora<strong>do</strong>res. Visitantes acabam<br />

fixan<strong>do</strong> residência, alimenta<strong>do</strong>s pela esperança <strong>de</strong> um futuro<br />

promissor. Uma nova dinâmica social se estabelece, influencian<strong>do</strong><br />

diretamente o merca<strong>do</strong> imobiliário. Neste capítulo, vamos<br />

conhecer um pouco mais sobre aquela que é a principal<br />

responsável por dar vida à habitação: a população <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

infantil também caiu no perío<strong>do</strong>: <strong>de</strong> 69 para 21 óbitos por mil<br />

crianças nascidas vivas.<br />

O <strong>Rio</strong>, que ocupa uma das melhores posições <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no<br />

Índice Firjan <strong>de</strong> Desenvolvimento Municipal (IFDM), também<br />

está perceben<strong>do</strong> o envelhecimento <strong>de</strong> sua população ao<br />

longo das décadas, reflexo <strong>do</strong> incremento na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida. Mas Copacabana merece ser citada: o bairro possui o<br />

maior número absoluto <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos entre to<strong>do</strong>s os bairros <strong>do</strong><br />

país, segun<strong>do</strong> o IBGE. São 43.431 mora<strong>do</strong>res com 60 anos<br />

ou mais, quase um terço da população <strong>do</strong> local.<br />

No la<strong>do</strong> oposto, a Zona Portuária é uma das regiões on<strong>de</strong><br />

se concentra o menor número <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos. A população jovem<br />

pre<strong>do</strong>mina: na faixa <strong>de</strong> 10 a 24 anos, por exemplo, a pirâmi<strong>de</strong><br />

etária indica porcentagem superior à média da capital. Já a<br />

população com mais <strong>de</strong> 65 anos é sensivelmente menor.<br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

7.1. Pirâmi<strong>de</strong>s etárias<br />

Os brasileiros estão viven<strong>do</strong> mais. A expectativa <strong>de</strong> vida ao<br />

nascer, em 2010, alcançou 73,5 anos, segun<strong>do</strong> a pesquisa<br />

<strong>de</strong> Tábuas <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> divulgada em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />

pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE). Ao<br />

longo <strong>de</strong> três décadas, o aumento foi <strong>de</strong> 10 anos e 11 meses<br />

na expectativa <strong>de</strong> vida, segun<strong>do</strong> o órgão.<br />

As mulheres continuam viven<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> que os homens:<br />

77 anos e 4 meses, contra 69 anos e 9 meses para eles.<br />

Isso po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong>, em parte, pela violência, que mata<br />

mais pessoas <strong>do</strong> sexo masculino. Uma das razões para o<br />

aumento da esperança média <strong>de</strong> vida é que a mortalida<strong>de</strong><br />

Copacabana x Área portuária<br />

69


7.2. Situação e condição <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>micílios particulares<br />

Embora a maioria das pessoas imagine o contrário, o tipo<br />

<strong>de</strong> moradia pre<strong>do</strong>minante no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> são as casas:<br />

61,3%, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Censo 2010. Já os apartamentos<br />

representam 37,6%. Há uma década, o número <strong>de</strong> casas<br />

aumentou 20,7%, variação superior à registrada para apartamentos<br />

(18,6%). Isso po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong> pelo gran<strong>de</strong> volume<br />

<strong>de</strong> construções <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios <strong>de</strong> casas nos últimos<br />

anos, especialmente na Zona Oeste da cida<strong>de</strong>.<br />

Com relação à condição, percebe-se que as residências<br />

próprias ainda são a maioria na capital fluminense: representam<br />

73,1% <strong>do</strong> total (conforme o Censo 2010). Entretanto,<br />

o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s alugadas aumentou sensivelmente<br />

no município: <strong>de</strong> 341,7 mil, em 2000, para 478,6 mil, em<br />

2010, ou seja, 40,1% a mais. A proporção está bem acima<br />

<strong>do</strong> estima<strong>do</strong> para o Brasil: 19,4% (9,6 milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s)<br />

<strong>de</strong> imóveis aluga<strong>do</strong>s.<br />

Conforme apontamos no <strong>Panorama</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong><br />

2010, o setor <strong>de</strong> locações encontra-se aqueci<strong>do</strong> no <strong>Rio</strong>,<br />

principalmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao crescimento populacional e ao<br />

aumento da renda familiar. O déficit habitacional (471,8 mil<br />

moradias apenas na capital), o estoque praticamente constante<br />

<strong>de</strong> imóveis na Zona Sul e a valorização nos preços <strong>de</strong><br />

venda são outros fatores que levam as pessoas a optar pelo<br />

aluguel.<br />

70


Tipo 2000 % 2010 % Var (%)<br />

Casa 1.089.820 60,5% 1.315.591 61,3% 20,7%<br />

Apartamento 680.393 37,8% 806.769 37,6% 18,6%<br />

Cômo<strong>do</strong> 31.643 1,8% 22.103 1,0% -30,1%<br />

TOTAL 1.801.856 100% 2.144.463 100% 19%<br />

Fonte: Censos 2000 e 2010<br />

Condição 2000 % 2010 % Var (%)<br />

Próprio 1.345.546 74,7% 1.567.785 73,1% 16,5%<br />

Aluga<strong>do</strong> 341.740 19,0% 478.661 22,3% 40,1%<br />

Cedi<strong>do</strong> 86.464 4,8% 83.378 3,9% -3,6%<br />

Outro 28.106 1,6% 14.639 0,7% -47,9%<br />

TOTAL 1.801.856 100% 2.144.463 100% 19%<br />

Fonte: Censos 2000 e 2010<br />

7.3. Evolução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res<br />

em diversos bairros<br />

No que diz respeito à população, a cida<strong>de</strong> está crescen<strong>do</strong><br />

para a Zona Oeste. Pelo menos é o que aponta a tabela<br />

a seguir, elaborada com base nos da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Censo 2010.<br />

Segun<strong>do</strong> os números, os cinco bairros mais representativos<br />

da região tiveram crescimento populacional superior a<br />

20,9% <strong>de</strong> 2000 para 2010. Vargem Pequena, com variação<br />

<strong>de</strong> 136,2%, foi aquele cuja população mais cresceu. Recreio<br />

e Vargem Gran<strong>de</strong> vêm em seguida. Se somarmos as populações<br />

<strong>do</strong>s cinco primeiros bairros da tabela, a variação na<br />

década é <strong>de</strong> 32,8%, ou seja, o número <strong>de</strong> habitantes saltou<br />

<strong>de</strong> 648 mil para 860,9 mil.<br />

Já na Zona Sul, percebe-se o oposto: o número <strong>de</strong> habitantes<br />

nos bairros que fazem parte da região caiu <strong>de</strong> 533,1 mil<br />

para 527,8 mil, <strong>de</strong> 2000 a 2010 (-1,0%). Um <strong>do</strong>s motivos é<br />

que, com a valorização <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s imóveis nos últimos<br />

anos, muitos estão migran<strong>do</strong> para áreas com preços <strong>de</strong> locação<br />

e venda mais acessíveis. Lagoa e Urca foram os únicos<br />

bairros <strong>de</strong>ssa parte da cida<strong>de</strong> com variação positiva no<br />

perío<strong>do</strong>: 13,5% e 4,6%, respectivamente. O Centro, que vem<br />

se tornan<strong>do</strong> mais resi<strong>de</strong>ncial, merece <strong>de</strong>staque: ficou em 9º<br />

entre os 25 bairros da tabela. Nessa região, a população aumentou<br />

<strong>de</strong> 39,1 mil para 41,1 mil pessoas, <strong>de</strong> 2000 a 2010.<br />

Evolução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res em alguns bairros<br />

Bairro 2000 2010 Var (%)<br />

Vargem Pequena 11.536 27.250 136,2%<br />

Recreio <strong>do</strong>s Ban<strong>de</strong>irantes 37.572 82.240 118,9%<br />

Vargem Gran<strong>de</strong> 9.306 14.039 50,9%<br />

Barra da Tijuca 92.233 135.924 47,4%<br />

Jacarepaguá 497.395 601.454 20,9%<br />

Lagoa 18.675 21.198 13,5%<br />

Ramos 37.537 40.792 8,7%<br />

Botafogo 78.259 82.890 5,9%<br />

Centro 39.135 41.142 5,1%<br />

Vila Isabel 81.858 86.018 5,1%<br />

Urca 6.750 7.061 4,6%<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r 186.267 187.726 0,8%<br />

Tijuca 163.636 163.805 0,1%<br />

Copacabana 147.021 146.392 -0,4%<br />

Santa Teresa 41.145 40.926 -0,5%<br />

Bangu 244.518 243.125 -0,6%<br />

Leblon 46.670 46.044 -1,3%<br />

São Conra<strong>do</strong> 11.155 10.980 -1,6%<br />

Laranjeiras 46.381 45.554 -1,8%<br />

Madureira 51.410 50.106 -2,5%<br />

Méier 51.344 49.828 -3,0%<br />

Flamengo 53.268 50.043 -6,1%<br />

Jardim Botânico 19.560 18.009 -7,9%<br />

Gávea 17.475 16.003 -8,4%<br />

Ipanema 46.808 42.743 -8,7%<br />

TOTAL 2.036.914 2.251.292 10,5%<br />

Total no município 5.857.904 6.320.446 7,9%<br />

Fonte: IBGE (Censos 2000 e 2010)<br />

71


- Composta <strong>de</strong> água<br />

salgada, embora tributária das águas <strong>de</strong> diversos<br />

rios, a Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas possui duas pequenas<br />

ilhas: Piraquê, na margem oeste, e Caiçaras,<br />

na margem sul. Inicialmente habitada pelos tamoios,<br />

que a <strong>de</strong>nominavam Piraguá (água parada), a Lagoa<br />

ganhou este nome em homenagem ao jovem oficial<br />

<strong>de</strong> cavalaria português, Rodrigo <strong>de</strong> Freitas <strong>de</strong> Carvalho,<br />

que se casou em 1702 com Petronilha Fagun<strong>de</strong>s,<br />

bisneta <strong>de</strong> Sebastião Fagun<strong>de</strong>s Varela, latifundiário e<br />

proprietário <strong>de</strong> terras na região.<br />

A Lagoa representa atualmente uma das principais<br />

atrações turísticas da capital. E é conhecida como<br />

“O Coração <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>”. Com 2,4 milhões <strong>de</strong><br />

metros quadra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> superfície, sobre o seu espelho<br />

dʼágua praticam-se esportes aquáticos, como o<br />

remo, ou simplesmente passeia-se <strong>de</strong> pedalinho. O<br />

entorno possui uma ciclovia e uma vasta área <strong>de</strong> lazer,<br />

além <strong>de</strong> quiosques <strong>de</strong> alimentação.<br />

Des<strong>de</strong> 1995, no fim <strong>do</strong> ano, há a tradição <strong>de</strong> se montar<br />

uma gigantesca árvore <strong>de</strong> Natal iluminada, aproveitan<strong>do</strong><br />

o seu espelho dʼágua. O monumento flutuante<br />

atrai turistas <strong>de</strong> todas as partes da cida<strong>de</strong>.<br />

8. Análises especiais<br />

72


8.1. Tendências para locação, compra e venda<br />

Não é <strong>de</strong> hoje que a alta <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> imóveis no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Janeiro</strong>, reflexo <strong>de</strong> um ajuste natural no merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

da cida<strong>de</strong>, vem geran<strong>do</strong> apreensão. Mas em <strong>2011</strong> o susto<br />

parece ter si<strong>do</strong> ainda maior: a população e a imprensa <strong>de</strong>monstraram<br />

preocupação com o que po<strong>de</strong>ria ser o prenúncio<br />

<strong>de</strong> uma bolha imobiliária. Entretanto, os analistas foram<br />

quase unânimes em afirmar que, no Brasil, a situação é bem<br />

diferente, principalmente por <strong>do</strong>is motivos: a dívida com financiamentos<br />

imobiliários é baixa se comparada à <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s, e o aumento <strong>de</strong> preços é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pressões<br />

<strong>de</strong> oferta e <strong>de</strong>manda na economia real.<br />

Os valores estão bem abaixo <strong>do</strong>s pratica<strong>do</strong>s no resto <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>. Prova disso é que vem crescen<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> estrangeiros<br />

interessa<strong>do</strong>s em adquirir imóveis na cida<strong>de</strong>-se<strong>de</strong><br />

das Olimpíadas <strong>de</strong> 2016. Levantamento feito pelo Global<br />

Property Gui<strong>de</strong>, Ibope e JP Morgan, em <strong>2011</strong>, comprova:<br />

os imóveis brasileiros ainda estão relativamente baratos. O<br />

país ocupa a 65ª posição num levantamento <strong>de</strong> preços realiza<strong>do</strong><br />

em 94 nações.<br />

A boa fase <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário fluminense se materializa<br />

também fora da região metropolitana. Na Baixada Fluminense<br />

e no Norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, por exemplo, as perspectivas são<br />

anima<strong>do</strong>ras. Com as obras <strong>do</strong> Complexo Petroquímico <strong>do</strong><br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> (Comperj), em Itaboraí, <strong>do</strong> Arco Metropolitano<br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> e <strong>do</strong> Superporto <strong>do</strong> Açu, em São João da Barra,<br />

a geração <strong>de</strong> empregos <strong>de</strong>verá aumentar a <strong>de</strong>manda por<br />

imóveis para aluguel e venda, fomentan<strong>do</strong> o setor <strong>de</strong> construção<br />

civil.<br />

Mas não é preciso ir longe para perceber a expansão <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> imobiliário. Na própria capital, novas possibilida<strong>de</strong>s<br />

estão surgin<strong>do</strong>. As áreas às margens da Avenida Brasil,<br />

por exemplo, estão incluídas em um projeto <strong>do</strong> governo<br />

municipal que tem como objetivo permitir o uso resi<strong>de</strong>ncial<br />

nas zonas industriais e, principalmente, reverter o processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação em que hoje se encontra a avenida mais famosa<br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

Fugin<strong>do</strong> <strong>do</strong> lugar-comum, outra região que se mostrou uma<br />

excelente opção em <strong>2011</strong>, revelan<strong>do</strong> uma nova faceta <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> carioca, foi a que ganhou o apeli<strong>do</strong> <strong>de</strong> “Nova Olaria”,<br />

engloban<strong>do</strong> ainda os bairros <strong>de</strong> Bonsucesso, Ramos,<br />

Penha e Olaria. Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> local exaltam suas qualida<strong>de</strong>s:<br />

preços mais acessíveis <strong>de</strong> aluguel, ótima localização,<br />

com acessos para as Linhas Amarela e Vermelha e para<br />

bairros da Zona Norte, como Tijuca e Méier, além <strong>de</strong> comércio<br />

farto, oferta <strong>de</strong> escolas públicas e privadas, posto<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e um hospital <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. Isso sem falar no<br />

clima familiar <strong>do</strong> local. Mas Nova Olaria ainda tem muito que<br />

crescer: é preciso investir em transporte e lazer.<br />

Na cida<strong>de</strong> olímpica como um to<strong>do</strong>, o perfil das construções<br />

está se adaptan<strong>do</strong> às mudanças das famílias, numericamente<br />

menores em comparação com as <strong>de</strong> décadas<br />

passadas. A escassez <strong>de</strong> amplos terrenos, especialmente<br />

na Zona Sul da cida<strong>de</strong>, contribui para uma tendência: nos<br />

últimos anos, vêm sen<strong>do</strong> ergui<strong>do</strong>s prédios com apartamentos<br />

menos espaçosos. Novos empreendimentos com<br />

apenas um <strong>do</strong>rmitório registraram expansão <strong>de</strong> 539,3% em<br />

2010, <strong>de</strong> 28 para 179.<br />

No que diz respeito ao tamanho <strong>do</strong>s imóveis, aliás, este <strong>Panorama</strong><br />

traz um da<strong>do</strong> interessante: no <strong>Rio</strong>, as casas costumam<br />

ser bem maiores que os apartamentos. Ainda assim,<br />

os valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> casas, para venda,<br />

na maioria <strong>do</strong>s bairros pesquisa<strong>do</strong>s, são menores que os <strong>de</strong><br />

73


apartamentos. No Leblon, por exemplo, a tendência é bastante<br />

nítida: enquanto as casas têm área média <strong>de</strong> 547m 2 , a<br />

<strong>do</strong>s apartamentos é <strong>de</strong> 138m 2 , ou seja, as unida<strong>de</strong>s prediais<br />

são 296,4% menores.<br />

Para quem está à procura <strong>do</strong> sonha<strong>do</strong> lar, a internet tem<br />

se revela<strong>do</strong> a melhor opção. Uma pesquisa encomendada<br />

pelo Google em 2008 revela que, <strong>do</strong>s 1,6 bilhão <strong>de</strong> usuários<br />

e 3,5 milhões <strong>de</strong> buscas por dia, 88% estão interessa<strong>do</strong>s em<br />

comprar imóveis pela internet. A palavra “imóvel” foi acessada<br />

mais <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> vezes, e mais <strong>de</strong> 1,9 milhão <strong>de</strong><br />

internautas buscaram apartamentos. O número <strong>de</strong> visitas à<br />

Re<strong>de</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Imóveis, <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, segue crescente: em<br />

<strong>2011</strong>, a média foi <strong>de</strong> 24.862, número 46% superior ao <strong>de</strong><br />

2010. No total, foram 323.206.<br />

Uma nova era está se <strong>de</strong>scortinan<strong>do</strong> para o segmento. Bastante<br />

difundida nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e na Europa, a operação<br />

imobiliária chamada built to suit, que quer dizer “construí<strong>do</strong><br />

para servir”, tem si<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios bastante utiliza<strong>do</strong><br />

no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. Os usuários <strong>de</strong>sse sistema são, na<br />

maioria <strong>do</strong>s casos, provenientes <strong>do</strong>s ramos comercial, educacional,<br />

hospitalar, industrial e <strong>de</strong> serviços, que têm como<br />

priorida<strong>de</strong> a customização <strong>do</strong>s espaços.<br />

E as tendências não param por aí: os fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos<br />

imobiliários (FII) estão se fortalecen<strong>do</strong> como uma boa<br />

alternativa para pequenos e médios investi<strong>do</strong>res. Segun<strong>do</strong><br />

a Comissão <strong>de</strong> Valores Mobiliários (CVM), o número <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>ssa natureza aumentou 40% <strong>de</strong> 2010 para <strong>2011</strong>. E<br />

a razão é simples: os FII servem <strong>de</strong> porta <strong>de</strong> entrada para<br />

investi<strong>do</strong>res em um merca<strong>do</strong> que, normalmente, exige uso<br />

intensivo <strong>de</strong> capital.<br />

8.1.1. Longe da bolha<br />

Diante <strong>do</strong> cenário <strong>de</strong> supervalorização imobiliária <strong>do</strong>s últimos<br />

anos, especialmente no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, uma pergunta<br />

assombrou o empresaria<strong>do</strong>, os investi<strong>do</strong>res e os consumi<strong>do</strong>res<br />

em <strong>2011</strong>: o nosso merca<strong>do</strong> imobiliário corre o risco<br />

<strong>de</strong> uma bolha, como a que estremeceu a economia norte-<br />

-americana em 2008?<br />

Os analistas são quase unânimes ao dizer que a probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que isso aconteça no Brasil é muito pequena, já<br />

que a forte <strong>de</strong>manda por imóveis – e, consequentemente,<br />

a alta <strong>do</strong>s preços – está mais relacionada à prosperida<strong>de</strong><br />

econômica <strong>do</strong> que a um excessivo endividamento da população,<br />

fator <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>r da crise nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<br />

E, apesar <strong>do</strong> aumento da concessão <strong>de</strong> crédito no Brasil,<br />

a dívida brasileira com financiamento imobiliário correspondia,<br />

em mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, a apenas 5% <strong>do</strong> Produto Interno<br />

Bruto (PIB), um índice ínfimo em comparação com os <strong>de</strong><br />

países como Espanha e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, on<strong>de</strong> os financiamentos<br />

superaram 50% <strong>do</strong>s PIBs.<br />

No evento Cityscape Latin America <strong>2011</strong>, ocorri<strong>do</strong> entre 7<br />

e 9 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, em São Paulo, os <strong>de</strong>bate<strong>do</strong>res<br />

chegaram a uma conclusão anima<strong>do</strong>ra: não há risco <strong>de</strong><br />

uma bolha imobiliária estourar no Brasil. Veja os argumentos<br />

aponta<strong>do</strong>s no evento para justificar a afirmação:<br />

• Apenas no ano <strong>de</strong> 2009 superou-se o volume total <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s que o país havia financia<strong>do</strong> até 1980, quan<strong>do</strong><br />

da quebra <strong>do</strong> Banco Nacional da Habitação (BNH).<br />

Tirou-se, portanto, um atraso <strong>de</strong> décadas.<br />

74


• Um financiamento imobiliário no Brasil correspon<strong>de</strong> a<br />

algo entre 58% e 75% <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> bem, com prazos <strong>de</strong><br />

até 30 anos (a média não atinge 20 anos), o que significa,<br />

portanto, que o merca<strong>do</strong> cresce <strong>de</strong> forma sustentável.<br />

• O comprometimento da renda <strong>do</strong>s mutuários está limita<strong>do</strong><br />

a cerca <strong>de</strong> 30%.<br />

• O sistema <strong>de</strong> Informações <strong>do</strong> Banco Central, Sisbacen,<br />

contribui para evitar o endividamento excessivo.<br />

• Só se permite um CPF por financiamento. O país ainda<br />

está crian<strong>do</strong> condições para a aquisição <strong>do</strong> primeiro<br />

imóvel e são raros os casos <strong>de</strong> compra<strong>do</strong>res com mais<br />

<strong>de</strong> um financiamento.<br />

• O aumento <strong>de</strong> preços é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pressões <strong>de</strong> oferta<br />

e <strong>de</strong>manda na economia real.<br />

• No Brasil, os preços <strong>do</strong>s imóveis estavam <strong>de</strong>primi<strong>do</strong>s.<br />

Eles ten<strong>de</strong>m a se estabilizar, mas não <strong>de</strong>vem mudar <strong>de</strong><br />

patamar.<br />

• O crédito imobiliário virou business para os bancos, que<br />

têm negocia<strong>do</strong> financiamentos com taxas <strong>de</strong> juros menores.<br />

O prazo <strong>de</strong> liberação, que era <strong>de</strong> <strong>do</strong>is a três meses,<br />

hoje caiu para cerca <strong>de</strong> 15 dias. Os bancos estão<br />

disputan<strong>do</strong> clientes e oferecen<strong>do</strong> <strong>de</strong> seis a oito produtos<br />

diferentes.<br />

• Não há operações alavancadas, o sistema bancário é<br />

muito forte no Brasil. No crédito imobiliário tu<strong>do</strong> é regula<strong>do</strong>,<br />

regulamenta<strong>do</strong> e fiscaliza<strong>do</strong>, com boa gestão <strong>de</strong><br />

risco.<br />

• Criou-se uma mobilida<strong>de</strong> econômica e social: milhões<br />

<strong>de</strong> brasileiros foram incorpora<strong>do</strong>s ao merca<strong>do</strong> (parte<br />

das classes D e E migrou para C).<br />

• Redução radical da inadimplência – <strong>de</strong> 15% a 20% para<br />

apenas 1,5% – com a figura da alienação fiduciária, que<br />

permite a transferência da posse <strong>do</strong> imóvel <strong>do</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r<br />

ao cre<strong>do</strong>r para garantir o cumprimento <strong>de</strong> uma obrigação.<br />

Além disso, o rito <strong>de</strong> retomada <strong>do</strong> imóvel ficou mais<br />

célere: caiu <strong>de</strong> 4 a 6 anos (com as hipotecas) para cerca<br />

<strong>de</strong> 4 a 6 meses nos dias atuais.<br />

• O percentual <strong>do</strong> financiamento imobiliário em relação ao<br />

PIB é baixo: em <strong>2011</strong>, foi estima<strong>do</strong> em cerca <strong>de</strong> 5%. Ao<br />

longo <strong>do</strong>s anos, esse percentual tem cresci<strong>do</strong> mo<strong>de</strong>radamente,<br />

ou seja, ainda há espaço para incremento <strong>do</strong><br />

crédito imobiliário.<br />

Cachoeira Floresta da Tijuca<br />

75


8.1.2. A consolidação das UPPs<br />

Parece que foi ontem, mas a ocupação, pela Polícia Militar<br />

fluminense, das comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>minadas pelo tráfico<br />

e pelas milícias, no <strong>Rio</strong>, teve início em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008,<br />

quan<strong>do</strong> da instalação da primeira Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Polícia Pacifica<strong>do</strong>ra,<br />

no Morro Dona Marta. Des<strong>de</strong> então, mais 17 UPPs<br />

foram inauguradas, benefician<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> 280 mil pessoas<br />

em todas as regiões da cida<strong>de</strong>.<br />

Mas talvez o passo mais ousa<strong>do</strong> tenha si<strong>do</strong> da<strong>do</strong> no dia 13<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, quan<strong>do</strong> foram ocupadas as favelas<br />

da Rocinha, Vidigal e Chácara <strong>do</strong> Céu. A ação, que teve<br />

a participação <strong>de</strong> 3 mil homens – e se celebrizou como a<br />

menos violenta <strong>de</strong> todas (sem um disparo sequer <strong>de</strong> arma<br />

<strong>de</strong> fogo) –, gerou efeitos quase instantâneos no merca<strong>do</strong><br />

imobiliário local: em apenas três dias, levantamentos informais<br />

apontavam valorização <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 50% em imóveis<br />

situa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro das comunida<strong>de</strong>s.<br />

Para as regiões vizinhas à Rocinha, entre elas São Conra<strong>do</strong>,<br />

Vidigal e Alto da Gávea, analistas <strong>do</strong> segmento acreditam<br />

que os imóveis, antes <strong>de</strong>precia<strong>do</strong>s, voltarão a ter alta liqui<strong>de</strong>z,<br />

com aumento <strong>de</strong> preços entre 30% e 60% nos próximos<br />

meses.<br />

Nas tabelas <strong>de</strong>ste item, o Secovi <strong>Rio</strong> analisou variações <strong>de</strong><br />

preços <strong>do</strong>s imóveis (locação e venda) em <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s<br />

para os principais bairros on<strong>de</strong> foram instaladas UPPs: <strong>do</strong><br />

mês <strong>de</strong> implantação da unida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, e a<br />

mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meses da implantação para trás. As<br />

conclusões são bastante revela<strong>do</strong>ras.<br />

Botafogo sentiu rapidamente a valorização nos preços com<br />

a chegada da unida<strong>de</strong> ao Dona Marta. Em três anos, os<br />

imóveis <strong>de</strong> 2 quartos disponíveis para venda no bairro valorizaram<br />

112,7%, contra apenas 42,7% no perío<strong>do</strong> anterior à<br />

UPP. Para locação, os <strong>de</strong> 1 quarto valorizaram 190,0%.<br />

O projeto também beneficiou Leme e Copacabana, quan<strong>do</strong><br />

da instalação da unida<strong>de</strong> nas comunida<strong>de</strong>s Babilônia e<br />

Chapéu Mangueira, em junho <strong>de</strong> 2009. No local, os apartamentos<br />

<strong>de</strong> 2 quartos tiveram os preços valoriza<strong>do</strong>s em<br />

146,4% e 98,2%, para venda e locação, respectivamente,<br />

em <strong>do</strong>is anos. Antes, a variação havia si<strong>do</strong> negativa.<br />

Ipanema foi uma das maiores beneficiadas com a pacificação,<br />

não só pela sensação <strong>de</strong> paz para as comunida<strong>de</strong>s,<br />

mas também pelos bons resulta<strong>do</strong>s para o merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

De <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009, quan<strong>do</strong> a UPP chegou ao Pavão-Pavãozinho<br />

e Cantagalo, até o mesmo mês <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, o<br />

valor médio (venda) <strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong> 3 quartos subiu 132,5%,<br />

índice bastante superior aos 69,2% <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> anterior (<strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 2007 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009). Na locação, a variação<br />

para 1 quarto foi <strong>de</strong> 63,4%.<br />

A Zona Norte, que vinha sofren<strong>do</strong> havia décadas um esvaziamento<br />

por conta da violência, viu o processo se reverter<br />

com a implantação das UPPs. Na Tijuca, antes mesmo da<br />

tomada das comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Salgueiro e Turano, em setembro<br />

<strong>de</strong> 2010, o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> compra e venda já havia reagi<strong>do</strong><br />

positivamente. O levantamento feito para esta publicação<br />

revela: até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, os preços <strong>do</strong>s imóveis <strong>de</strong><br />

1 quarto, por exemplo, haviam valoriza<strong>do</strong> 69,0%, contra<br />

43,5% <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> anterior. Os aluguéis valorizaram ainda<br />

mais: 81,8% (1 <strong>do</strong>rmitório).<br />

O Complexo da Penha, ocupa<strong>do</strong> em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010,<br />

<strong>de</strong>verá receber sua UPP em março <strong>de</strong> 2012. Mesmo assim,<br />

a valorização <strong>do</strong>s preços para venda <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2<br />

76


quartos até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong> foi expressiva: 32,3%, contra<br />

18,8% <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> anterior. A locação <strong>de</strong>sse mesmo tipo <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong> valorizou 30,2%, contra 8,7% nos <strong>do</strong>is anos passa<strong>do</strong>s.<br />

Confira as tabelas:<br />

Variação no valor <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para venda em bairros com UPPs<br />

COPACABANA Venda Var(%) JACAREPAGUÁ Venda Var(%)<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 149.991 - abr/ 06 R$ 66.600 -<br />

1 Qt jun/ 09 R$ 189.652 26,4% 1 Qt fev/ 09 R$ 72.123 8,3%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 416.273 119,5% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 161.337 123,7%<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 329.169 - abr/ 06 R$ 113.040 -<br />

2 Qts jun/ 09 R$ 299.609 -9,0% 2 Qts fev/ 09 R$ 105.432 -6,7%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 738.208 146,4% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 220.787 109,4%<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 425.330 - abr/ 06 R$ 188.000 -<br />

3 Qts jun/ 09 R$ 539.411 26,8% 3 Qts fev/ 09 R$ 225.987 20,2%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.102.866 104,5% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 328.629 45,4%<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 599.750 - abr/ 06 R$ 241.526 -<br />

4 Qts jun/ 09 R$ 861.473 43,6% 4 Qts fev/ 09 R$ 336.900 39,5%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.915.250 122,3% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 496.600 47,4%<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

BOTAFOGO Venda Var(%) IPANEM A Venda Var(%)<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 180.343 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 244.562 -<br />

1 Qt <strong>de</strong>z/ 08 R$ 234.538 30,1% 1 Qt <strong>de</strong>z/ 09 R$ 412.460 68,7%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 463.845 97,8% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 748.710 81,5%<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 230.752 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 408.880 -<br />

2 Qts <strong>de</strong>z/ 08 R$ 329.294 42,7% 2 Qts <strong>de</strong>z/ 09 R$ 675.455 65,2%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 700.250 112,7% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.244.874 84,3%<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 338.440 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 576.972 -<br />

3 Qts <strong>de</strong>z/ 08 R$ 434.730 28,5% 3 Qts <strong>de</strong>z/ 09 R$ 976.487 69,2%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 934.899 115,1% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 2.270.778 132,5%<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 451.315 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 693.823 -<br />

4 Qts <strong>de</strong>z/ 08 R$ 595.052 31,8% 4 Qts <strong>de</strong>z/ 09 R$ 1.447.542 108,6%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.449.697 143,6% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 4.254.792 193,9%<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

77


Tucano-toco<br />

(Ramphastos toco)<br />

TIJUCA Venda Var(%) PENHA Venda Var(%)<br />

ago/ 09 R$ 120.600 - <strong>de</strong>z/ 09 R$ 65.435 -<br />

1 Qt out/ 10 R$ 173.033 43,5% 1 Qt <strong>de</strong>z/ 10 R$ 100.000 52,8%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 292.560 69,1% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 93.579 -6,4%<br />

ago/ 09 R$ 193.962 - <strong>de</strong>z/ 09 R$ 110.638 -<br />

2 Qts out/ 10 R$ 272.610 40,5% 2 Qts <strong>de</strong>z/ 10 R$ 131.426 18,8%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 412.465 51,3% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 173.920 32,3%<br />

ago/ 09 R$ 249.462 - <strong>de</strong>z/ 09 R$ 120.076 -<br />

3 Qts out/ 10 R$ 394.941 58,3% 3 Qts <strong>de</strong>z/ 10 R$ 149.353 24,4%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 554.154 40,3% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 220.429 47,6%<br />

ago/ 09 R$ 453.300 - abr/ 10 - -<br />

4 Qts out/ 10 R$ 639.883 41,2% 4 Qts <strong>de</strong>z/ 10 - -<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 803.626 25,6% ago/ 11 - -<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

Variação no valor <strong>do</strong>s imóveis oferta<strong>do</strong>s para locação em bairros com UPPs<br />

COPACABANA Locação Var(%) JACAREPAGUÁ Locação Var(%)<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 1.015 - abr/ 06 R$ 512 -<br />

1 Qt jun/ 09 R$ 1.087 7,1% 1 Qt fev/ 09 R$ 557 8,8%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 2.089 92,2% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 608 9,2%<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 1.633 - abr/ 06 R$ 538 -<br />

2 Qts jun/ 09 R$ 1.598 -2,1% 2 Qts fev/ 09 R$ 641 19,1%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 3.168 98,2% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.038 61,9%<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 2.104 - abr/ 06 R$ 799 -<br />

3 Qts jun/ 09 R$ 2.692 27,9% 3 Qts fev/ 09 R$ 823 3,0%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 4.238 57,4% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.358 65,0%<br />

<strong>de</strong>z/ 06 R$ 3.071 - abr/ 06<br />

4 Qts jun/ 09 R$ 4.156 35,3% 4 Qts fev/ 09<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 7.692 85,1% <strong>de</strong>z/ 11<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

> A data <strong>do</strong> meio é o mês <strong>de</strong> instalação da UPP.<br />

78


BOTAFOGO Locação Var(%) IPANEM A Locação Var(%)<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 729 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 1.690 -<br />

1 Qt <strong>de</strong>z/ 08 R$ 687 -5,8% 1 Qt <strong>de</strong>z/ 09 R$ 1.654 -2,1%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.992 190,0% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 2.703 63,4%<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 851 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 2.711 -<br />

2 Qts <strong>de</strong>z/ 08 R$ 1.237 45,4% 2 Qts <strong>de</strong>z/ 09 R$ 3.559 31,3%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 2.968 139,9% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 4.800 34,9%<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 1.274 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 2.994 -<br />

3 Qts <strong>de</strong>z/ 08 R$ 1.570 23,2% 3 Qts <strong>de</strong>z/ 09 R$ 5.524 84,5%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 3.974 153,1% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 7.789 41,0%<br />

<strong>de</strong>z/ 05 R$ 1.636 - <strong>de</strong>z/ 07 R$ 3.495 -<br />

4 Qts <strong>de</strong>z/ 08 R$ 1.800 10,0% 4 Qts <strong>de</strong>z/ 09 R$ 9.243 164,5%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 5.173 187,4% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 12.136 31,3%<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

TIJUCA<br />

Locação Var(%) PENHA Locação Var(%)<br />

ago/ 09 R$ 517 - <strong>de</strong>z/ 09 R$ 381 -<br />

1 Qt out/ 10 R$ 658 27,3% 1 Qt <strong>de</strong>z/ 10 R$ 435 14,2%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.196 81,8% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 524 20,5%<br />

ago/ 09 R$ 667 - <strong>de</strong>z/ 09 R$ 505 -<br />

2 Qts out/ 10 R$ 950 42,4% 2 Qts <strong>de</strong>z/ 10 R$ 549 8,7%<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 1.502 58,1% <strong>de</strong>z/ 11 R$ 715 30,2%<br />

ago/ 09 R$ 997 - <strong>de</strong>z/ 09<br />

3 Qts out/ 10 R$ 1.400 40,4% 3 Qts <strong>de</strong>z/ 10<br />

<strong>de</strong>z/ 11 R$ 2.088 49,1% <strong>de</strong>z/ 11<br />

ago/ 09 abr/ 10<br />

4 Qts out/ 10 4 Qts <strong>de</strong>z/ 10<br />

<strong>de</strong>z/ 11 ago/ 11<br />

Fonte: Secovi <strong>Rio</strong><br />

> A data <strong>do</strong> meio é o mês <strong>de</strong> instalação da UPP.<br />

79


8.1.3. A vez <strong>do</strong> interior<br />

Em Itaguaí, Maricá e <strong>Rio</strong> das Ostras, o merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

está aqueci<strong>do</strong>: é gran<strong>de</strong> o movimento <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> terrenos<br />

para construir, e novos edifícios resi<strong>de</strong>nciais estão<br />

surgin<strong>do</strong>. Em Itaboraí, Magé, Guapimirim, Duque <strong>de</strong> Caxias,<br />

Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí, as obras <strong>do</strong><br />

Complexo Petroquímico <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> (Comperj) e <strong>do</strong> Arco Metropolitano<br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong> também vão gerar aquecimento econômico<br />

e imobiliário. Para o Norte Fluminense, Campos e São João<br />

da Barra, on<strong>de</strong> está sen<strong>do</strong> construí<strong>do</strong> o Superporto <strong>do</strong> Açu,<br />

as perspectivas são anima<strong>do</strong>ras.<br />

Em Nova Iguaçu, o merca<strong>do</strong> imobiliário ganhou fôlego há<br />

cerca <strong>de</strong> oito anos, época em que aumentou o volume <strong>de</strong> investimentos<br />

na cida<strong>de</strong>. Com o <strong>de</strong>senvolvimento econômico,<br />

pessoas <strong>de</strong> municípios vizinhos foram residir no município<br />

da Baixada, o que representou um aumento expressivo da<br />

<strong>de</strong>manda por moradias. Houve um boom <strong>de</strong> construções.<br />

Os preços <strong>do</strong>s aluguéis também seguem a tendência <strong>de</strong><br />

alta já registrada na Região Metropolitana. O valor médio<br />

<strong>do</strong> aluguel <strong>de</strong> um imóvel <strong>de</strong> 2 quartos, na região central da<br />

cida<strong>de</strong>, por exemplo, subiu <strong>de</strong> R$ 300 para R$ 1,2 mil nos<br />

últimos três anos, uma elevação <strong>de</strong> 300%. O valor médio <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> salas comerciais (venda) beira os R$<br />

8,5 mil, preço superior ao pratica<strong>do</strong> na Tijuca (R$ 5.989) e<br />

próximo ao <strong>de</strong> Copacabana (R$ 9.252).<br />

A conclusão das obras na RJ-081 – mais conhecida como<br />

Via Light –, em 2010, e a construção <strong>do</strong> Arco Metropolitano,<br />

80


com 145 quilômetros, que servirá como ligação entre as cinco<br />

principais ro<strong>do</strong>vias que cortam a Região Metropolitana<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (previsão <strong>de</strong> conclusão em 2012), também vêm<br />

contribuin<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento da região.<br />

Para especialistas <strong>do</strong> segmento, o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> está viven<strong>do</strong><br />

um momento <strong>de</strong> “interiorização” <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico. Na região norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>, o merca<strong>do</strong><br />

imobiliário está se expandin<strong>do</strong> para áreas antes ocupadas<br />

pela produção rural. Com a mudança <strong>do</strong> perfil econômico<br />

local, os setores petrolífero, <strong>de</strong> comércio e serviços, bem<br />

como o da construção civil, ganham fôlego. A dinâmica populacional<br />

também merece atenção: a expectativa é que o<br />

número <strong>de</strong> habitantes dê um salto <strong>de</strong> 550 mil para 1 milhão<br />

nos próximos cinco anos.<br />

Se até a década <strong>de</strong> 1980, em Campos, o forte era a agricultura,<br />

com <strong>de</strong>staque para a produção da cana-<strong>de</strong>-açúcar,<br />

agora a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sponta como polo universitário e <strong>de</strong> serviços.<br />

Os novos empreendimentos imobiliários buscam<br />

aten<strong>de</strong>r também à gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> migrantes vin<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

várias partes <strong>do</strong> país. A conclusão, em 2013, das obras <strong>do</strong><br />

Superporto <strong>do</strong> Açu – empreendimento <strong>do</strong> empresário Eike<br />

Batista –, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São João da Barra, vai beneficiar<br />

to<strong>do</strong> o Norte Fluminense.<br />

Os bairros campistas mais valoriza<strong>do</strong>s são Centro, Dom<br />

Bosco, Guarus, Parque Tamandaré, Pecuária, Pelinca e Turfe<br />

Clube. Nesses locais, o preço médio <strong>do</strong> aluguel <strong>de</strong> um<br />

apartamento <strong>de</strong> 2 quartos varia <strong>de</strong> R$ 600 a R$ 1.100, o<br />

equivalente ao custo <strong>de</strong> um imóvel com características semelhantes<br />

nos bairros cariocas <strong>de</strong> Inhaúma, Irajá, Ramos e<br />

São Cristóvão. Para venda, o investimento médio em uma<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2 quartos varia <strong>de</strong> R$ 180 mil a R$ 200 mil, valores<br />

próximos aos pratica<strong>do</strong>s no Méier, em Jacarepaguá,<br />

na Ilha e em São Cristóvão (da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>).<br />

De<strong>do</strong> <strong>de</strong> Deus - Teresópolis<br />

81


8.1.4. Imóveis no <strong>Rio</strong> estão fican<strong>do</strong> menores<br />

Da<strong>do</strong>s estatísticos <strong>do</strong> segmento, <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, apontam<br />

que os imóveis estão fican<strong>do</strong> menores ao longo <strong>do</strong> tempo.<br />

O tamanho médio das unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais lançadas<br />

nos últimos três anos revela um fenômeno interessante: os<br />

apartamentos <strong>de</strong> 1 e 2 quartos vêm ten<strong>do</strong> a área reduzida<br />

ano a ano.<br />

Além da escassez <strong>de</strong> terrenos, o movimento aten<strong>de</strong> à <strong>de</strong>manda<br />

das novas famílias brasileiras, numericamente menores<br />

que aquelas das décadas passadas. A dinâmica populacional<br />

influencia o merca<strong>do</strong>: pessoas <strong>de</strong> mais ida<strong>de</strong>,<br />

principalmente as que moram na Zona Sul, começam a<br />

procurar imóveis menores para morar <strong>de</strong>pois que os filhos<br />

saem <strong>de</strong> casa. A <strong>de</strong>manda por esse tipo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> está<br />

aumentan<strong>do</strong>, e as construtoras estão atentas à tendência.<br />

Entre sete bairros pesquisa<strong>do</strong>s pelo Secovi <strong>Rio</strong>, aquele<br />

que registra o menor tamanho médio <strong>de</strong> imóveis é o Centro:<br />

53m 2 . Depois vem Botafogo, com 102m 2 . Do outro la<strong>do</strong>,<br />

Ipanema, cujos apartamentos apresentam área média <strong>de</strong><br />

142m 2 .<br />

O Leblon vem logo em seguida: lá as unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais<br />

têm, em média, 134m 2 . Analistas <strong>do</strong> segmento apontam outros<br />

motivos para a redução <strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong>s imóveis. Um<br />

<strong>de</strong>les é que as áreas disponíveis para construção no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Janeiro</strong> estão cada vez menores. Com isso, são ergui<strong>do</strong>s<br />

prédios com apartamentos menos espaçosos, mas com<br />

áreas <strong>de</strong> lazer mais incrementadas. Segun<strong>do</strong> o Departamento<br />

<strong>de</strong> Pesquisa <strong>do</strong> Sindicato, novos empreendimentos<br />

com apenas 1 quarto registraram expansão <strong>de</strong> 539,3% em<br />

2010, <strong>de</strong> 28 para 179.<br />

Essa tendência <strong>de</strong>ve se intensificar, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao crescente<br />

número <strong>de</strong> investimentos na cida<strong>de</strong> por conta <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s<br />

eventos esportivos nos próximos anos (Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

2014 e Olimpíadas <strong>de</strong> 2016). Com eles, mais pessoas vêm<br />

para o <strong>Rio</strong> a trabalho, ocupan<strong>do</strong> imóveis menores.<br />

8.1.5. Casa ou apartamento: qual o melhor investimento?<br />

O crescimento econômico e o <strong>de</strong>senvolvimento das gran<strong>de</strong>s<br />

metrópoles fizeram surgir os edifícios e con<strong>do</strong>mínios,<br />

que, com o passar <strong>do</strong>s anos, foram substituin<strong>do</strong> as antigas<br />

vilas e casas <strong>de</strong> rua. No entanto, muita gente ainda resiste<br />

ao apelo <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s “espigões” – como eram chama<strong>do</strong>s<br />

os primeiros prédios resi<strong>de</strong>nciais – e mantém a tradição <strong>de</strong><br />

viver em casarões.<br />

Segurança, privacida<strong>de</strong>, espaço, convivência... Na hora <strong>de</strong><br />

comprar ou alugar um imóvel, há diversos fatores que influenciam<br />

na escolha <strong>de</strong> uma casa ou <strong>de</strong> um apartamento.<br />

Questões como preço, conforto e localização são as mais<br />

analisadas quan<strong>do</strong> se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> que imóvel adquirir ou locar. É<br />

o perfil <strong>do</strong> futuro mora<strong>do</strong>r e a rotina <strong>do</strong> local que vão <strong>de</strong>finir<br />

a melhor escolha.<br />

Viver em um apartamento requer uma boa <strong>do</strong>se <strong>de</strong> tolerância<br />

e aceitação <strong>de</strong> regras. Para pessoas que vivem sozinhas<br />

ou passam a maior parte <strong>do</strong> tempo fora <strong>de</strong> casa, a segurança<br />

oferecida por um con<strong>do</strong>mínio po<strong>de</strong> ser uma gran<strong>de</strong><br />

vantagem. A presença <strong>do</strong> porteiro, por si só, já inibe a ação<br />

<strong>de</strong> um bandi<strong>do</strong>.<br />

Além disso, a manutenção <strong>de</strong> um apartamento é muito mais<br />

barata que a <strong>de</strong> uma casa, e também menos trabalhosa, já<br />

82


que os funcionários cuidam da limpeza e conservação das<br />

áreas comuns. Por outro la<strong>do</strong>, a convivência com vizinhos<br />

antissociais e o rateio das <strong>de</strong>spesas con<strong>do</strong>miniais – nem<br />

sempre aprovadas por to<strong>do</strong>s e que às vezes pesam no bolso<br />

– po<strong>de</strong>m se tornar gran<strong>de</strong>s empecilhos.<br />

Morar em uma casa tem vantagens imprescindíveis para<br />

algumas pessoas. O espaço ofereci<strong>do</strong> conta muito, e a ausência<br />

<strong>de</strong> vizinhos tão próximos é bastante valorizada por<br />

quem busca maior privacida<strong>de</strong>. Mas, afinal, qual é a melhor<br />

opção? Os números po<strong>de</strong>m ajudar. De acor<strong>do</strong> com o Departamento<br />

<strong>de</strong> Pesquisa <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, na maioria <strong>do</strong>s bairros<br />

pesquisa<strong>do</strong>s, os valores médios <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

casas para venda são mais baixos que os <strong>de</strong> apartamentos.<br />

Quanto ao tamanho <strong>do</strong>s imóveis, mais um ponto para as casas:<br />

as áreas médias <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> moradia, nos 10 bairros<br />

pesquisa<strong>do</strong>s, são bem maiores que as <strong>do</strong>s apartamentos.<br />

Outro bairro que se <strong>de</strong>staca em relação ao preço das casas<br />

é a Tijuca: lá, o metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> moradia custa<br />

R$ 3.406, bem menos que os R$ 4.949/m² <strong>do</strong>s apartamentos.<br />

Além <strong>do</strong> Leblon, o bairro que apresenta menor <strong>de</strong>sproporção<br />

<strong>de</strong> preços, entre os pesquisa<strong>do</strong>s, é a Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r:<br />

o metro quadra<strong>do</strong> médio (venda) <strong>de</strong> casas custa R$<br />

3.043, um pouco menos que os R$ 3.435 <strong>do</strong>s apartamentos.<br />

O bairro on<strong>de</strong> se registra menor discrepância entre os tamanhos<br />

<strong>de</strong> casas e apartamentos é a Tijuca. Ainda assim,<br />

a <strong>de</strong>sproporção é expressiva: as casas são 110% maiores.<br />

O local on<strong>de</strong> se registra a maior variação <strong>de</strong> tamanhos é o<br />

Leblon: enquanto a área média das casas é <strong>de</strong> 547m 2 , a <strong>do</strong>s<br />

apartamentos é <strong>de</strong> 138m 2 , ou seja, as unida<strong>de</strong>s prediais são<br />

296% menores.<br />

Quanto aos preços, em nove <strong>do</strong>s 10 bairros pesquisa<strong>do</strong>s,<br />

os valores <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> casas para venda são,<br />

pelo menos, 11% mais baixos. O único bairro on<strong>de</strong> o metro<br />

quadra<strong>do</strong> <strong>de</strong> casas é mais caro é o Leblon: o valor médio<br />

é <strong>de</strong> R$ 18.943, um pouco acima <strong>do</strong>s R$ 18.364 por metro<br />

quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s apartamentos. No la<strong>do</strong> oposto está Laranjeiras,<br />

on<strong>de</strong> as casas são 40% mais em conta: R$ 4.791/m 2 ,<br />

contra R$ 8.033/m 2 das unida<strong>de</strong>s prediais.<br />

Orquí<strong>de</strong>a – Jardim Botânico<br />

83


8.1.6. “E-móveis”: locação e venda <strong>de</strong> imóveis pela internet<br />

ganham força<br />

Uma pesquisa encomendada pelo Google em 2008 revela<br />

que, <strong>do</strong>s 1,6 bilhão <strong>de</strong> usuários e 3,5 milhões <strong>de</strong> buscas por<br />

dia, 88% estão interessa<strong>do</strong>s em comprar imóveis pela internet.<br />

A palavra “imóvel” foi acessada mais <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> vezes,<br />

e mais <strong>de</strong> 1,9 milhão <strong>de</strong> internautas buscaram apartamentos.<br />

Enquete realizada no portal <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho<br />

a 9 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, confirma o fortalecimento <strong>do</strong>s<br />

negócios imobiliários virtuais. A pergunta era “Como você<br />

procura um imóvel para comprar ou alugar?”. A maior parte<br />

<strong>do</strong>s respon<strong>de</strong>ntes, 38%, escolheu as opções “nos sites<br />

das imobiliárias” (18%) e “em sites específicos <strong>de</strong> buscas”<br />

(20%). Os classifica<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s jornais ficaram com a segunda<br />

colocação: 33% escolheram essa opção.<br />

Outro da<strong>do</strong> relevante quanto aos hábitos <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res<br />

virtuais é que a maior parte <strong>de</strong>les prefere procurar o imóvel em<br />

dias <strong>de</strong> semana. Um levantamento feito pela Re<strong>de</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Imóveis,<br />

portal <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong> que oferece unida<strong>de</strong>s para locação<br />

e venda, aponta que, no primeiro semestre <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>,<br />

75% <strong>do</strong>s cliques ocorreram <strong>de</strong> segunda a sexta-feira. Os finais<br />

<strong>de</strong> semana ficaram com apenas 25%. O dia da semana com o<br />

maior número <strong>de</strong> cliques foi a terça-feira (14.296), 26% a mais<br />

que o sába<strong>do</strong>, que está no outro extremo.<br />

<strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> imóveis, contra 21.014 no primeiro semestre e<br />

18.510 no segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2010. A visualização <strong>de</strong> páginas<br />

chegou à expressiva marca <strong>de</strong> 862.059 em <strong>2011</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> informações contidas na 24ª edição <strong>do</strong> relatório<br />

WebShoppers, realiza<strong>do</strong> pela e-bit, com o apoio da Câmara<br />

Brasileira <strong>de</strong> Comércio Eletrônico, o crescimento <strong>do</strong> setor<br />

<strong>de</strong> e-commerce no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, em relação<br />

ao mesmo perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ano anterior, foi <strong>de</strong> 24%. Embora os<br />

da<strong>do</strong>s não incluam a venda <strong>de</strong> imóveis, eles traduzem uma<br />

tendência: os consumi<strong>do</strong>res estão utilizan<strong>do</strong> cada vez mais<br />

a internet como veículo para o consumo.<br />

O <strong>do</strong>cumento Perfil <strong>de</strong> Compra<strong>do</strong>res e Ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

Imóveis Resi<strong>de</strong>nciais da Associação Nacional <strong>do</strong>s Realtors<br />

(NAR) – que congrega corretores, gerentes <strong>de</strong> imóveis e<br />

avalia<strong>do</strong>res norte-americanos –, <strong>de</strong> 2007, aponta que as fotografias<br />

e as informações <strong>de</strong>talhadas sobre os imóveis são<br />

consi<strong>de</strong>radas os <strong>do</strong>is recursos <strong>de</strong> website mais valiosos por<br />

compra<strong>do</strong>res e ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res.<br />

Igreja da Penha<br />

O número <strong>de</strong> visitas à Re<strong>de</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Imóveis segue crescente:<br />

em <strong>2011</strong>, a média foi <strong>de</strong> 24.862, número 46% superior<br />

ao <strong>de</strong> 2010. No total, foram 323.206. Apenas em <strong>de</strong>zembro,<br />

contabilizaram-se 33.705 visitas, maior número mensal <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o lançamento da Re<strong>de</strong>, em 2008. No segun<strong>do</strong> semestre<br />

<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, registrou-se média <strong>de</strong> 43.855 acessos a<br />

84


8.1.7. O valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

Muito se fala sobre o aquecimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. A valorização <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> para<br />

venda, nos últimos <strong>do</strong>is anos, é um fato. Mas, quan<strong>do</strong> se<br />

comparam os preços cariocas com os pratica<strong>do</strong>s em outros<br />

países, percebe-se uma discrepância: o <strong>Rio</strong> está bem<br />

abaixo no ranking. Prova disso é que vem crescen<strong>do</strong> o<br />

número <strong>de</strong> estrangeiros interessa<strong>do</strong>s em adquirir imóveis<br />

na cida<strong>de</strong>-se<strong>de</strong> das Olimpíadas <strong>de</strong> 2016.<br />

Levantamento feito pelo Global Property Gui<strong>de</strong>, Ibope e<br />

JP Morgan, publica<strong>do</strong> na revista Exame, em maio <strong>do</strong> ano<br />

passa<strong>do</strong>, comprova: os imóveis brasileiros ainda estão<br />

relativamente baratos. O país ocupa a 65ª posição num<br />

levantamento <strong>de</strong> preços realiza<strong>do</strong> em 94 nações. Mônaco<br />

está na dianteira: lá o metro quadra<strong>do</strong> custa US$ 59,8 mil.<br />

Inglaterra (US$ 23,3 mil/m²) e Rússia (US$ 18,4 mil/m²)<br />

completam a lista <strong>do</strong>s três países mais bem coloca<strong>do</strong>s.<br />

De acor<strong>do</strong> com a pesquisa, o preço <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong><br />

no <strong>Rio</strong> é <strong>de</strong> US$ 2,61 mil, valor pouco inferior ao pratica<strong>do</strong><br />

na Argentina (US$ 2,62 mil), que ocupa a 64ª posição.<br />

Entretanto, quan<strong>do</strong> se analisa o Leblon, bairro mais valoriza<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Rio</strong>, na Zona Sul, esse valor po<strong>de</strong> ser bem mais<br />

eleva<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> o Departamento <strong>de</strong> Pesquisa <strong>do</strong> Secovi<br />

<strong>Rio</strong> (<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>), na Avenida Delfim Moreira,<br />

que margeia a praia, o valor <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> chega a<br />

R$ 37,2 mil, o que equivale a cerca <strong>de</strong> US$ 20,8 mil (cotação<br />

<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012).<br />

Se o Leblon fosse um país, estaria na terceira colocação<br />

<strong>do</strong> ranking mundial elabora<strong>do</strong> pela Exame. Seguin<strong>do</strong> o<br />

mesmo critério, Ipanema ganharia a sexta colocação,<br />

per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> para Cingapura (US$ 16,6 mil/m²) e Hong Kong<br />

(US$ 16,4 mil/m²). Na Avenida Vieira Souto, junto ao mar,<br />

o valor médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong>, conforme aponta pesquisa<br />

<strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, é <strong>de</strong> R$ 33,4 mil, ou US$ 18,8 mil<br />

(cotação <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012).<br />

Ainda assim, os imóveis brasileiros saltam aos olhos <strong>do</strong>s<br />

gringos. O Conselho Regional <strong>do</strong>s Corretores <strong>de</strong> Imóveis<br />

(Creci-RJ) revela que, <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o volume <strong>de</strong> negócios realiza<strong>do</strong>s<br />

no <strong>Rio</strong> no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, 30% estão<br />

associa<strong>do</strong>s a compra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fora <strong>do</strong> Brasil, especialmente<br />

<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, da Itália e da França, nessa<br />

or<strong>de</strong>m.<br />

Conheça as ruas mais caras <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

1ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

Avenue Princess Grace,<br />

em Mônaco<br />

Severn Road, no bairro The<br />

Peak, em Hong Kong<br />

5ª Avenida, em Manhattan,<br />

em Nova York<br />

Kensington Palace Gar<strong>de</strong>ns,<br />

em Londres<br />

Avenue Montaigne,<br />

em Paris<br />

Ostozhenka Street,<br />

em Moscou<br />

US$ 190 mil/m²<br />

US$ 120 mil/m²<br />

US$ 80 mil/m²<br />

US$ 77 mil/m²<br />

US$ 54 mil/m²<br />

US$ 40 mil/m²<br />

85


8.1.8. Uma nova Avenida Brasil<br />

Potencial para ser um gran<strong>de</strong> centro comercial e abrigar<br />

moradias populares ela tem <strong>de</strong> sobra. Com 58 quilômetros<br />

<strong>de</strong> extensão, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Ro<strong>do</strong>viária Novo <strong>Rio</strong> até o<br />

bairro <strong>de</strong> Santa Cruz, a Avenida Brasil corta 26 bairros <strong>do</strong><br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> e é consi<strong>de</strong>rada a mais importante via expressa<br />

da cida<strong>de</strong>. Não resta dúvida <strong>de</strong> que é uma área<br />

estratégica para o dinamismo <strong>do</strong> município, além <strong>do</strong> seu<br />

inegável valor histórico.<br />

De olho na revitalização da Zona Norte, a Prefeitura <strong>do</strong> <strong>Rio</strong><br />

<strong>de</strong>senvolveu o projeto <strong>do</strong> Corre<strong>do</strong>r Expresso Metropolitano<br />

da Avenida Brasil, que preten<strong>de</strong> operar em sistema BRT<br />

(Bus Rapid Transit), com infraestrutura <strong>de</strong> vias segregadas,<br />

estações mo<strong>de</strong>rnas, novos terminais, reurbanização das<br />

áreas <strong>de</strong> entorno, ciclovia, além <strong>de</strong> sistemas eletrônicos <strong>de</strong><br />

informação para os usuários e opera<strong>do</strong>res, com vistas à mobilida<strong>de</strong><br />

urbana e ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />

Avenida Brasil<br />

A Secretaria Municipal <strong>de</strong> Urbanismo foi ainda mais ambiciosa<br />

e elaborou projeto para alterar os parâmetros da região,<br />

consi<strong>de</strong>rada um retrato <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>no social e da migração<br />

econômica, provoca<strong>do</strong>s pela violência ao longo <strong>de</strong><br />

duas décadas. A finalida<strong>de</strong> é, entre outras coisas, alterar a<br />

legislação que restringe gran<strong>de</strong>s trechos <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong><br />

e quarteirões <strong>de</strong> Irajá, Penha e Bonsucesso (na parte que<br />

dá margem à via) a construções pre<strong>do</strong>minantemente industriais.<br />

Se a proposta for aprovada na Câmara <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res,<br />

essas localida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rão ter concessões <strong>de</strong> licença<br />

para casas, comércio e moradias mistas.<br />

A Prefeitura espera incentivar a adaptação ou substituição<br />

<strong>de</strong> imóveis industriais em esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no. A intenção<br />

é manter a coexistência <strong>de</strong> empreendimentos resi<strong>de</strong>nciais<br />

com ativida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> emprego e renda, <strong>de</strong> forma<br />

a reduzir as distâncias no <strong>de</strong>slocamento da população<br />

entre casa e trabalho. Permitir o uso resi<strong>de</strong>ncial nas zonas<br />

industriais e, principalmente, reverter o processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gradação em que hoje se encontra a Avenida Brasil e<br />

outros corre<strong>do</strong>res viários estruturantes são outras gran<strong>de</strong>s<br />

mudanças propostas.<br />

Para o segmento imobiliário, com os benefícios ofereci<strong>do</strong>s<br />

pela flexibilização das regras urbanísticas, torna-se<br />

vantajoso construir numa região que já conta com infraestrutura<br />

e que receberá investimentos <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r. O projeto<br />

sugere a criação <strong>de</strong> espaços ver<strong>de</strong>s ao longo da avenida<br />

(um a<strong>de</strong>nsamento arbóreo que permita caminhadas no<br />

seu interior) como forma <strong>de</strong> contribuir para a melhoria das<br />

condições ambientais, com uma área <strong>de</strong> solo permeável<br />

na região.<br />

86


8.1.9. Nova Olaria<br />

Nos últimos <strong>do</strong>is anos o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> cresceu e apareceu.<br />

Como era <strong>de</strong> se esperar, o perfil <strong>de</strong> certos bairros se modificou,<br />

e, a exemplo <strong>do</strong> que já aconteceu em várias regiões no<br />

passa<strong>do</strong>, alguns mudaram <strong>de</strong> nome e tiveram a <strong>de</strong>manda<br />

por imóveis ampliada. É o caso da Leopoldina, que agora<br />

está sen<strong>do</strong> chamada <strong>de</strong> Nova Olaria, engloban<strong>do</strong> ainda os<br />

bairros <strong>de</strong> Bonsucesso, Ramos, Penha e Olaria.<br />

Diversas áreas da cida<strong>de</strong> vêm colhen<strong>do</strong> os frutos da pacificação<br />

nas comunida<strong>de</strong>s, com a chegada das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Polícia Pacifica<strong>do</strong>ra (UPPs). A tão sonhada valorização está<br />

acontecen<strong>do</strong>, e o próprio perfil <strong>do</strong>s bairros está mudan<strong>do</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, em agosto <strong>de</strong> 2010 o valor<br />

médio <strong>do</strong> metro quadra<strong>do</strong> na região <strong>de</strong> Nova Olaria era <strong>de</strong><br />

R$ 1.691. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010, já valia R$ 1.841, apontan<strong>do</strong><br />

uma alta <strong>de</strong> 8,9%. Cinco meses após a instalação das<br />

UPPs no Complexo <strong>do</strong> Alemão e na Vila Cruzeiro, o valor<br />

atingiu o patamar <strong>de</strong> R$ 2.157, uma valorização <strong>de</strong> 17,2%<br />

em relação a agosto <strong>do</strong> ano retrasa<strong>do</strong>.<br />

Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> novo bairro exaltam suas qualida<strong>de</strong>s: preços<br />

mais acessíveis <strong>de</strong> aluguel, ótima localização, com acessos<br />

para as Linhas Amarela e Vermelha e para bairros da Zona<br />

Norte, como Tijuca e Méier, além <strong>de</strong> comércio farto, oferta<br />

<strong>de</strong> escolas públicas e privadas, posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e um hospital<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. Isso sem falar no clima familiar <strong>do</strong> local.<br />

Mas Nova Olaria ainda tem muito que crescer: é preciso investir<br />

em transporte e lazer.<br />

De acor<strong>do</strong> com imobiliárias que atuam na região da Leopoldina,<br />

em Olaria é possível <strong>de</strong>stacar as Ruas Carlina, Bariri, Filomena<br />

Nunes e João Silva como as <strong>de</strong> maior interesse entre<br />

os compra<strong>do</strong>res. Já em Bonsucesso, as atenções estão voltadas<br />

para as Ruas Teixeira <strong>de</strong> Castro e Car<strong>do</strong>so <strong>de</strong> Moraes.<br />

Em Ramos, são as Ruas Felisbelo Freire e Tupi que têm as<br />

maiores <strong>de</strong>mandas por compra e locação <strong>de</strong> imóveis.<br />

8.1.10. Reforço nos programas <strong>de</strong> habitação<br />

O programa Minha Casa, Minha Vida, lança<strong>do</strong> pelo governo<br />

fe<strong>de</strong>ral em 2009, em parceria com os Esta<strong>do</strong>s e municípios,<br />

foi um marco na história da habitação brasileira. Os financiamentos<br />

<strong>de</strong> bancos públicos e priva<strong>do</strong>s para a compra da<br />

casa própria <strong>de</strong>ram um salto em 2010. Em maio <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, o<br />

cenário não foi diferente: teve início a segunda fase <strong>do</strong> Minha<br />

Casa, Minha Vida, que contará com investimentos, até<br />

2014, <strong>de</strong> R$ 71,7 bilhões.<br />

Da<strong>do</strong>s da Associação Brasileira das Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Crédito<br />

<strong>Imobiliário</strong> e <strong>do</strong> Banco Central revelam: os financiamentos<br />

para a construção e a compra <strong>de</strong> imóveis em <strong>2011</strong> alcançaram<br />

o maior volume já registra<strong>do</strong> no país, com R$ 79,9<br />

bilhões. Foram empresta<strong>do</strong>s R$ 23,7 bilhões a mais que<br />

em 2010, o que representou um crescimento <strong>de</strong> 42%. Chegou<br />

a 493 mil o número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s financiadas, 17% a<br />

mais.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se apenas os financiamentos para aquisição,<br />

<strong>2011</strong> registrou, <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro, outro número expressivo:<br />

265.759 unida<strong>de</strong>s, 21,0% a mais que no ano anterior.<br />

O valor <strong>de</strong>sses imóveis alcançou a cifra <strong>de</strong> R$ 44,7<br />

bilhões, 40,7% a mais que em 2010. Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

o Banco Central e a Abecip, o valor médio das unida<strong>de</strong>s<br />

financiadas aumentou 21,6% <strong>de</strong> 2010 para <strong>2011</strong>, chegan<strong>do</strong><br />

a R$ 162.133,00.<br />

87


Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamentos <strong>Imobiliário</strong>s com Funding POUPANÇA<br />

Obs.: Reforma e material para construção estão inclusos em Construção.<br />

88


Valor (em milhões <strong>de</strong> Reais R$) <strong>do</strong>s financiamentos imobiliários com Funding POUPANÇA<br />

Obs.: Reforma e material para construção estão inclusos em Construção.<br />

89


Valor médio em Reais (R$) <strong>de</strong> financiamento imobiliário com Funding POUPANÇA<br />

Obs.: Reforma e material para construção estão inclusos em Construção.<br />

90


Quantida<strong>de</strong> e valor (em milhões <strong>de</strong> Reais) <strong>de</strong> financiamento imobiliário com Funding FGTS<br />

91


8.1.11. Built to suit<br />

Bastante difundida nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e na Europa, a operação<br />

imobiliária chamada built to suit, que quer dizer “construí<strong>do</strong><br />

para servir”, foi introduzida no Brasil há cerca <strong>de</strong> 10<br />

anos. Des<strong>de</strong> então, tem si<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios bastante<br />

utiliza<strong>do</strong> no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. Com o merca<strong>do</strong> imobiliário<br />

carioca em plena expansão, por conta <strong>de</strong> diversos fatores<br />

socioeconômicos, sem falar no gran<strong>de</strong> afluxo <strong>de</strong> empresas<br />

estrangeiras e investi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> outros Esta<strong>do</strong>s brasileiros, o<br />

sistema ten<strong>de</strong> a ganhar um espaço ainda maior em terras<br />

cariocas.<br />

De acor<strong>do</strong> com artigo escrito pelo engenheiro e advoga<strong>do</strong><br />

Francisco Maia Neto na coluna “Merca<strong>do</strong> <strong>Imobiliário</strong>”, <strong>do</strong><br />

jornal Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas, o built to suit é “uma construção sob<br />

medida, que consiste em um contrato através <strong>do</strong> qual um<br />

investi<strong>do</strong>r viabiliza um empreendimento imobiliário segun<strong>do</strong><br />

os interesses <strong>de</strong> um futuro usuário, que irá utilizá-lo por<br />

um perío<strong>do</strong> preestabeleci<strong>do</strong>, garantin<strong>do</strong> o retorno <strong>do</strong> investimento<br />

e a remuneração pelo uso <strong>do</strong> imóvel”.<br />

O especialista afirma que os usuários <strong>de</strong>sse sistema são, na<br />

maioria <strong>do</strong>s casos, provenientes <strong>do</strong>s ramos comercial, educacional,<br />

hospitalar, industrial e <strong>de</strong> serviços, que têm como<br />

priorida<strong>de</strong> a customização <strong>do</strong>s espaços. Como principais<br />

características das construções <strong>de</strong>stinadas ao built to suit<br />

os especialistas apontam o rigor das especificações técnicas<br />

<strong>do</strong> futuro usuário e o prazo curto exigi<strong>do</strong> para a conclusão<br />

<strong>do</strong> empreendimento. Alguns exemplos <strong>de</strong> empresas<br />

que optaram pelo mo<strong>de</strong>lo são a Petrobras, a Re<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong><br />

Televisão, as indústrias Alpargatas (fabricantes das Havaianas)<br />

e o centro <strong>de</strong> distribuição da re<strong>de</strong> C&C <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong><br />

construção.<br />

Mas quais as vantagens da modalida<strong>de</strong>? O built to suit é uma<br />

excelente alternativa para aqueles que necessitam <strong>de</strong> imóveis<br />

sob medida, que atendam às suas expectativas e perspectivas<br />

<strong>de</strong> crescimento. Muitas empresas optam pela compra, em vez<br />

da locação sob medida, e utilizam parte <strong>do</strong> seu capital <strong>de</strong> giro<br />

em ativos imobiliza<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> po<strong>de</strong>riam investir em tecnologia,<br />

inovação, pesquisa, pessoal, estratégias <strong>de</strong> marketing etc.<br />

O resulta<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser a queda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.<br />

Para o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r que investe na construção <strong>de</strong> um imóvel<br />

<strong>de</strong>sse tipo, o retorno se dá basicamente no pagamento<br />

<strong>do</strong> aluguel e na exigibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanência <strong>do</strong> usuário por<br />

longos perío<strong>do</strong>s. O prazo <strong>do</strong> contrato é calcula<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

que o lucro obti<strong>do</strong> com o uso <strong>do</strong> imóvel cubra os custos <strong>do</strong><br />

empreendimento. Essa longa relação loca<strong>do</strong>r-locatário, associada<br />

às previsibilida<strong>de</strong>s e à segurança <strong>do</strong> fluxo projeta<strong>do</strong>,<br />

permite também a securitização <strong>do</strong> contrato, através da<br />

distribuição <strong>de</strong> títulos a investi<strong>do</strong>res, que terão como lastro<br />

o pagamento das parcelas contratadas.<br />

Apesar <strong>do</strong>s benefícios, há quem enxergue <strong>de</strong>svantagens. Francisco<br />

Maia Neto alerta, em seu artigo: “Ainda que os contratos<br />

sejam soberanos entre as partes, existe uma corrente <strong>do</strong>utrinária<br />

que enten<strong>de</strong> ser o contrato na modalida<strong>de</strong> built to suit uma<br />

locação típica, o que po<strong>de</strong> significar um risco para o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r,<br />

ao se sujeitar às mudanças na legislação <strong>do</strong> inquilinato,<br />

bem como no tocante à redução proporcional da multa.”<br />

Mas o entendimento <strong>do</strong>minante, diz o especialista, busca respal<strong>do</strong><br />

no conceito primordial <strong>do</strong> contrato, que abrange não<br />

só a remuneração <strong>do</strong> imóvel, como na Lei <strong>de</strong> Locações, mas<br />

também a amortização <strong>do</strong>s investimentos realiza<strong>do</strong>s para<br />

concretização <strong>do</strong> negócio contrata<strong>do</strong>: “Dessa forma, ao ocorrer<br />

um eventual rompimento <strong>do</strong> contrato pelo usuário, <strong>de</strong>verá<br />

92


ser estabelecida uma multa que reflita a soma <strong>do</strong>s valores<br />

contrata<strong>do</strong>s, garantin<strong>do</strong> assim as obrigações assumidas, especialmente<br />

no que se refere aos fluxos espera<strong>do</strong>s.”<br />

8.1.12. Fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos imobiliários ganham força<br />

Os fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos imobiliários (FII) estão se fortalecen<strong>do</strong><br />

como uma boa alternativa para pequenos e médios<br />

investi<strong>do</strong>res. De acor<strong>do</strong> com a Comissão <strong>de</strong> Valores<br />

Mobi liários (CVM), o número <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssa natureza aumentou<br />

40% <strong>de</strong> 2010 para <strong>2011</strong>. E a razão é simples: os<br />

FII servem <strong>de</strong> porta <strong>de</strong> entrada para investi<strong>do</strong>res em um<br />

merca<strong>do</strong> que normalmente exige uso intensivo <strong>de</strong> capital.<br />

O cenário <strong>de</strong> otimismo, <strong>de</strong>senha<strong>do</strong> pela diversificação <strong>do</strong>s<br />

fun<strong>do</strong>s, contribui para o aquecimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Trata-se<br />

<strong>de</strong> uma alternativa para investi<strong>do</strong>res que teoricamente não<br />

teriam capacida<strong>de</strong> financeira para comprar imóveis.<br />

Dos 9.600 fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos registra<strong>do</strong>s na CVM, 94<br />

são fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos imobiliários, totalizan<strong>do</strong> um patrimônio<br />

superior a R$ 5 bilhões. Em outubro <strong>de</strong> 2008, através<br />

da edição da Instrução nº 472, a entida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizou<br />

as regras inci<strong>de</strong>ntes sobre a constituição, administração,<br />

funcionamento, política <strong>de</strong> investimentos e divulgação <strong>de</strong><br />

informações <strong>do</strong>s FII.<br />

Segun<strong>do</strong> a CVM, a maior parte <strong>do</strong>s FII em ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stina-<br />

-se a auferir ganhos mediante locação, arrendamento ou alienação<br />

das unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> empreendimento imobiliário alvo <strong>de</strong><br />

investimento – são comuns as locações <strong>de</strong> escritórios, shopping<br />

centers e pontos comerciais em geral. O FII é um produto<br />

que, a critério <strong>do</strong> ofertante e <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r-lí<strong>de</strong>r da distribuição<br />

<strong>de</strong> cotas, po<strong>de</strong> ser ofereci<strong>do</strong> ao público <strong>de</strong> varejo.<br />

A mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> investimento, que ampliou<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente o rol <strong>de</strong> ativos aptos ao investimento <strong>do</strong>s<br />

FII, ten<strong>de</strong> a diversificar o perfil <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s. Um exemplo<br />

são aqueles <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao investimento em certifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

recebíveis imobiliários. A tendência é que, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>,<br />

surjam fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao investimento em valores mobiliários<br />

(ações, <strong>de</strong>bêntures etc.), em ativos imobiliários <strong>do</strong><br />

setor bancário, em cotas <strong>de</strong> outros fun<strong>do</strong>s e daí por diante,<br />

nos termos <strong>do</strong> art. 45 da citada Instrução.<br />

Museu Imperial - Petrópolis<br />

Afinal <strong>de</strong> contas, o que é um FII? Nada mais que uma comunhão<br />

<strong>de</strong> recursos capta<strong>do</strong>s por meio <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> distribuição<br />

<strong>de</strong> valores mobiliários, constituí<strong>do</strong>s sob a forma <strong>de</strong><br />

con<strong>do</strong>mínios fecha<strong>do</strong>s – o resgate <strong>de</strong> cotas não é permiti -<br />

<strong>do</strong> – e <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à aplicação em ativos imobiliários, sejam<br />

ativos financeiros com lastro em operações imobiliárias, sejam<br />

direitos reais sobre bens imóveis.<br />

93


Ao aplicar nesse tipo <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> investimento, o investi<strong>do</strong>r<br />

estará sujeito a riscos. Portanto, cautela é necessário. A<br />

seguir, os cuida<strong>do</strong>s e os erros mais comuns ao aplicar em<br />

fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos imobiliários.<br />

Cuida<strong>do</strong>s ao aplicar<br />

• Ler atentamente o Regulamento <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> (seu<br />

“Estatuto”), que contém, <strong>de</strong>ntre outras, as normas<br />

que incidirão sobre suas ativida<strong>de</strong>s e sobre a relação<br />

entre os cotistas e entre esses e os presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

serviços <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>.<br />

• Ler atentamente o prospecto, que <strong>de</strong>ve conter todas<br />

as informações necessárias a uma tomada refletida<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> investimento.<br />

• Enten<strong>de</strong>r perfeitamente a política <strong>de</strong> investimentos <strong>do</strong><br />

fun<strong>do</strong> e os riscos <strong>do</strong> investimento.<br />

• Verificar se o administra<strong>do</strong>r e o gestor <strong>do</strong> fun<strong>do</strong><br />

possuem políticas internas para abordar: controle <strong>de</strong><br />

risco, compliance, conflitos <strong>de</strong> interesses.<br />

• Questionar o distribui<strong>do</strong>r <strong>de</strong> cotas sobre a<br />

a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> seu perfil <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>r ao FII que<br />

está sen<strong>do</strong> oferta<strong>do</strong>.<br />

• Se não enten<strong>de</strong>r o produto, não compre.<br />

Barra da Tijuca<br />

94


Os 10 erros mais comuns ao aplicar em fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

investimentos imobiliários<br />

• Investir sem ler atentamente o prospecto e o<br />

Regulamento <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>, o que muitas vezes carece <strong>de</strong><br />

ajuda especializada.<br />

• Confundir o produto com um fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> renda fixa<br />

tradicional.<br />

• Desprezar o fato <strong>de</strong> que se trata <strong>de</strong> um fun<strong>do</strong> fecha<strong>do</strong><br />

– inexiste resgate <strong>de</strong> cotas.<br />

• Formar expectativas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> futura com base<br />

em rentabilida<strong>de</strong>s passadas.<br />

• Não verificar se as cotas serão admitidas à<br />

negociação em merca<strong>do</strong> secundário, o que, na<br />

inexistência <strong>de</strong> resgates, po<strong>de</strong> ser a única forma <strong>de</strong> o<br />

investi<strong>do</strong>r sair <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>.<br />

• Confundir o investimento no fun<strong>do</strong>, um produto <strong>de</strong><br />

merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> capitais, com investimento em imóveis –<br />

cotas são valores mobiliários, não imóveis.<br />

• Ser leva<strong>do</strong> a <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar o risco em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

apelo <strong>do</strong> produto, seja através <strong>do</strong> distribui<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

cotas, seja via material publicitário. Se a expectativa<br />

<strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> for elevada, atentar ainda mais para<br />

os riscos da operação, pois riscos e benefícios são<br />

positivamente relaciona<strong>do</strong>s: “there’s no free lunch”.<br />

• Desconhecer seu perfil <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>r e, assim,<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rá-lo quan<strong>do</strong> da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

investimento.<br />

• Investir unicamente porque um amigo/colega/<br />

parente/gerente <strong>de</strong> banco falou que é um bom<br />

negócio, sem realizar sua própria diligência.<br />

• Não comparecer às assembleias <strong>de</strong> cotistas e não<br />

ler com atenção as informações encaminhadas pelo<br />

administra<strong>do</strong>r.<br />

95


8.2. Tendências para con<strong>do</strong>mínios<br />

Os con<strong>do</strong>mínios estão mudan<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo. Mas<br />

não estamos falan<strong>do</strong> apenas <strong>de</strong> concreto e <strong>de</strong>coração. O<br />

material humano, que “preenche” os edifícios e casas, também<br />

está passan<strong>do</strong> por transformações. Cada vez mais exigentes,<br />

os consumi<strong>do</strong>res não se contentam mais com uma<br />

gestão medíocre. A presença <strong>de</strong> uma administra<strong>do</strong>ra se faz,<br />

portanto, imprescindível. O bem-estar <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res é diretamente<br />

proporcional à eficiência da empresa contratada.<br />

Monumentos <strong>do</strong>s Pracinhas - Aterro <strong>do</strong> Flamengo<br />

Por mais bem-intenciona<strong>do</strong> que o síndico seja, um apoio<br />

profissional po<strong>de</strong> ajudar, e muito. Afinal, o <strong>de</strong>scui<strong>do</strong> em<br />

qualquer área, seja com relação à manutenção, ao combate<br />

à inadimplência, às dívidas trabalhistas etc., po<strong>de</strong> gerar<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>do</strong>res <strong>de</strong> cabeça. O cerco aos inadimplentes, aliás,<br />

é importante. A falta <strong>de</strong> recursos gerada pela falta <strong>de</strong> pagamento<br />

da cota con<strong>do</strong>minial impe<strong>de</strong> que os con<strong>do</strong>mínios<br />

arquem com suas responsabilida<strong>de</strong>s, interferin<strong>do</strong> nos pagamentos<br />

<strong>de</strong> contas <strong>de</strong> consumo e impedin<strong>do</strong> que sejam<br />

realizadas obras importantes para a saú<strong>de</strong> da edificação e a<br />

segurança <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res, por exemplo.<br />

Uma boa gestão não se faz apenas com medidas administrativas.<br />

O respeito ao meio ambiente também é um fator<br />

que diferencia os bons gestores <strong>do</strong>s excepcionais. E já tem<br />

muita gente consciente disso. É crescente o número <strong>de</strong> edifícios<br />

ver<strong>de</strong>s no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao uso eficiente<br />

<strong>de</strong> recursos, principalmente energia e água, bem como à<br />

produção mínima <strong>de</strong> resíduos como efluentes e lixo. A integração<br />

<strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> construção com os <strong>de</strong> operação da<br />

edificação ao longo <strong>de</strong> toda a sua vida útil, em vez <strong>de</strong> focar<br />

somente nos custos <strong>de</strong> construção, é outra característica<br />

que <strong>de</strong>fine esse tipo <strong>de</strong> empreendimento.<br />

Ainda que o setor <strong>de</strong> construção civil esteja a to<strong>do</strong> vapor no<br />

<strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> e o acesso à moradia tenha se amplia<strong>do</strong> nos<br />

últimos anos, a cida<strong>de</strong> ainda sofre com a expansão <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada<br />

<strong>do</strong>s povoamentos e as falhas na fiscalização pelo<br />

po<strong>de</strong>r público. Esse cenário acaba por favorecer o surgimento<br />

<strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios e loteamentos irregulares, carentes<br />

<strong>de</strong> condições mínimas <strong>de</strong> infraestrutura: abastecimento <strong>de</strong><br />

água, coleta <strong>de</strong> esgoto e lixo, escoamento <strong>de</strong> águas pluviais,<br />

calçamento, iluminação etc. A boa notícia é que o po<strong>de</strong>r<br />

público está se <strong>de</strong>dican<strong>do</strong> a resolver o problema.<br />

8.2.1. Administra<strong>do</strong>ra: a base sólida <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio<br />

Muitos síndicos e mora<strong>do</strong>res costumam afirmar que contratar<br />

uma administra<strong>do</strong>ra é jogar dinheiro fora. Gran<strong>de</strong> parte<br />

<strong>de</strong>les acaba optan<strong>do</strong> pela autogestão, por acreditar que<br />

96


ninguém conhece melhor o con<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> que os próprios<br />

mora<strong>do</strong>res. Tu<strong>do</strong> bem, eles não estão completamente erra<strong>do</strong>s,<br />

mas é nesse pensamento que mora o perigo. Os con<strong>do</strong>mínios<br />

precisam ser geri<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma profissional, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>do</strong> porte da edificação, e por isso a parceria<br />

com uma administra<strong>do</strong>ra é <strong>de</strong> extrema importância.<br />

É preciso cuidar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> com ré<strong>de</strong>as curtas, afinal o <strong>de</strong>scui<strong>do</strong><br />

em qualquer área, seja com relação à manutenção, ao<br />

combate à inadimplência, às dívidas trabalhistas etc., po<strong>de</strong><br />

resultar no aumento da cota con<strong>do</strong>minial – o que gera o<br />

<strong>de</strong>scontentamento da comunida<strong>de</strong> – ou na <strong>de</strong>svalorização<br />

das unida<strong>de</strong>s. Mesmo para os síndicos mais experientes, o<br />

respal<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma administra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio, que ofereça<br />

um atendimento jurídico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, é imprescindível.<br />

Assim como uma empresa, o con<strong>do</strong>mínio possui obrigações<br />

legais, como a <strong>de</strong> prestar contas, contratar o seguro da edificação,<br />

realizar obras respeitan<strong>do</strong> o quórum estabeleci<strong>do</strong>,<br />

entre outras. Existem também obrigações referentes aos<br />

funcionários, tais como elaboração da folha <strong>de</strong> pagamento<br />

e controle <strong>de</strong> horas extras, avaliação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

instalação da Comissão Interna <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes<br />

(Cipa), realização <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Controle Médico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Ocupacional (PCMSO), elaboração da Relação Anual <strong>de</strong><br />

Informações Sociais (Rais), pagamento das contribuições<br />

sindicais (INSS, FGTS, PIS, Dirf etc.).<br />

O con<strong>do</strong>mínio é responsável ainda pelas obrigações relativas<br />

à estrutura das edificações, tais como limpeza da caixa-d’água,<br />

emissão <strong>de</strong> lau<strong>do</strong> técnico <strong>de</strong> para-raios, manutenção <strong>do</strong>s eleva<strong>do</strong>res<br />

etc. E não para por aí. Nos dias atuais, quan<strong>do</strong> se fala<br />

em redução <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdício, é preciso estar atento ao controle<br />

<strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> água, gás e luz, fazen<strong>do</strong>, se possível, comparativos<br />

no quadro <strong>de</strong> avisos. Não se po<strong>de</strong> esquecer a organização,<br />

análise e administração da locação <strong>de</strong> áreas comuns,<br />

como cobertura, lajes, garagens e fachadas.<br />

É muita coisa com o que se preocupar, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> clara a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> uma boa administra<strong>do</strong>ra para<br />

gerir o con<strong>do</strong>mínio e cumprir com todas as suas obrigações<br />

legais. Mas como saber se a administra<strong>do</strong>ra está dan<strong>do</strong><br />

conta <strong>do</strong> reca<strong>do</strong>? Bem, embora os contratos <strong>de</strong> prestação<br />

<strong>de</strong> serviços variem, aquelas que atuam nesse segmento <strong>de</strong>vem<br />

estar preparadas para as seguintes ativida<strong>de</strong>s:<br />

Gerais<br />

• Arrecadação das taxas aprovadas em assembleias<br />

gerais – até mesmo em juízo, se for o caso.<br />

• Movimento financeiro <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio, inclusive<br />

pagamento das obrigações, provisionamento etc.<br />

• Elaboração das prestações <strong>de</strong> contas.<br />

• Gerenciamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento pessoal,<br />

elaboração das folhas <strong>de</strong> pagamento, escala <strong>de</strong><br />

folgas, encargos sociais etc.<br />

• Assistência às assembleias gerais.<br />

• Assistência jurídica.<br />

• Apoio logístico ao síndico.<br />

97


No que diz respeito ao RH<br />

• Preencher o Atesta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Afastamento <strong>de</strong> Trabalho<br />

para solicitação e concessão <strong>do</strong> auxílio-<strong>do</strong>ença.<br />

• Atualizar as carteiras <strong>de</strong> trabalho.<br />

• Fazer a Comunicação <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Trabalho (CAT)<br />

para solicitação e concessão <strong>do</strong> auxílio-aci<strong>de</strong>nte.<br />

• Garantir o 13° salário.<br />

• Definir e controlar o quadro <strong>de</strong> férias.<br />

• Elaborar e recolher as Guias da Previdência Social<br />

(GPS).<br />

• Preencher a <strong>de</strong>claração para concessão <strong>de</strong><br />

aposenta<strong>do</strong>ria.<br />

• Obter Certidão Negativa <strong>de</strong> Débito com INSS (CND).<br />

• Recolher as guias <strong>de</strong> FGTS.<br />

• Escolher e checar os uniformes <strong>do</strong>s funcionários.<br />

• Homologar as rescisões <strong>de</strong> contrato.<br />

Na área financeira<br />

• Elaborar a previsão <strong>de</strong> gastos para o ano.<br />

• Elaborar um quadro <strong>de</strong> gastos.<br />

• Informar os gastos e receita <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio para o<br />

condômino que <strong>de</strong>sejar.<br />

• Cobrar os <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res.<br />

• Controlar vencimentos das contas.<br />

• Prestar contas mensalmente.<br />

• Emitir boletos bancários.<br />

• Estabelecer uma meta para redução <strong>de</strong> gastos<br />

supérfluos.<br />

98


8.2.2. Pelo fim da inadimplência em con<strong>do</strong>mínios<br />

Para alguns, não pagar a cota con<strong>do</strong>minial po<strong>de</strong> soar como<br />

um esquecimento inocente, mas, sob a ótica da administração<br />

<strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio, esse esquecimento po<strong>de</strong> ter consequências<br />

mais graves <strong>do</strong> que se imagina. A falta <strong>de</strong> recursos<br />

gerada pela inadimplência impe<strong>de</strong> que os con<strong>do</strong>mínios<br />

arquem com suas responsabilida<strong>de</strong>s, interferin<strong>do</strong> nos pagamentos<br />

<strong>de</strong> contas <strong>de</strong> consumo e impedin<strong>do</strong> que sejam<br />

realizadas obras importantes para a saú<strong>de</strong> da edificação e<br />

a segurança <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res, só para citar <strong>do</strong>is exemplos.<br />

Muitas vezes, para compensar a inadimplência, os gestores<br />

acabam optan<strong>do</strong> por aumentar o valor da cota con<strong>do</strong>minial,<br />

ou seja, quem paga em dia sai per<strong>de</strong>n<strong>do</strong>. Em <strong>2011</strong>, o percentual<br />

médio <strong>de</strong> inadimplência da cota con<strong>do</strong>minial foi <strong>de</strong><br />

9,8% nos con<strong>do</strong>mínios resi<strong>de</strong>nciais, mais que os 9,1% <strong>do</strong><br />

ano anterior. Portanto, to<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> é pouco. A administra<strong>do</strong>ra<br />

po<strong>de</strong> ajudar o síndico a monitorar os pagamentos <strong>de</strong><br />

perto, mas o síndico também é capaz <strong>de</strong> auxiliar nessa tarefa<br />

ao a<strong>do</strong>tar algumas medidas:<br />

• Enviar notificação escrita <strong>de</strong> cobrança, conce<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

prazo para pagamento <strong>do</strong> débito.<br />

• Enviar notificação escrita <strong>de</strong> cobrança por via judicial.<br />

• Comunicar na assembleia geral quais imóveis estão<br />

inadimplentes.<br />

• Informar no balancete mensal envia<strong>do</strong> aos<br />

condôminos quais os imóveis inadimplentes, quantas<br />

cotas não foram pagas e o montante da dívida.<br />

• Manter uma forma <strong>de</strong> cobrança que seja <strong>do</strong><br />

conhecimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, estabelecen<strong>do</strong> prazo para<br />

primeira e segunda notificações e notificação <strong>de</strong><br />

cobrança judicial.<br />

• Acionar o condômino judicialmente com a <strong>de</strong>vida<br />

ação <strong>de</strong> cobrança.<br />

• Representar o con<strong>do</strong>mínio nas ações judiciais.<br />

O que o síndico não <strong>de</strong>ve fazer?<br />

• Expor o condômino a uma situação vexatória por falta<br />

<strong>de</strong> pagamento da cota con<strong>do</strong>minial.<br />

• Colocar o nome <strong>do</strong> condômino inadimplente no mural<br />

<strong>de</strong> reca<strong>do</strong>s <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio.<br />

• Conce<strong>de</strong>r <strong>de</strong>scontos e parcelamentos sem que a<br />

assembleia ou a Convenção autorizem.<br />

99


8.2.3. Con<strong>do</strong>mínios sustentáveis<br />

O World Business Council for Sustainable Development<br />

<strong>de</strong>fine sustentabilida<strong>de</strong> como “aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s<br />

das pessoas hoje sem comprometer a capacida<strong>de</strong> das<br />

futuras gerações <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às suas próprias necessida<strong>de</strong>s”.<br />

Quan<strong>do</strong> nos preocupamos com assuntos liga<strong>do</strong>s à<br />

sustentabilida<strong>de</strong>, é comum que nos venham à cabeça setores<br />

como o <strong>de</strong> transportes, o ma<strong>de</strong>ireiro, o si<strong>de</strong>rúrgico<br />

etc., consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s causa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s impactos ao<br />

meio ambiente.<br />

O que não é <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> boa parte das pessoas,<br />

porém, é que o setor imobiliário, ao longo <strong>de</strong> sua ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção <strong>do</strong>s insumos e a construção<br />

<strong>de</strong> empreendimentos, até a operação <strong>de</strong> imóveis durante<br />

sua vida útil –, tem enorme impacto no meio ambiente.<br />

Para se ter uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>sse impacto, basta dizer<br />

que o setor:<br />

Catedral <strong>de</strong> São Sebastião <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

• Representa 72% <strong>do</strong> total da eletricida<strong>de</strong> consumida.<br />

• É responsável por 38% das emissões <strong>de</strong> dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono.<br />

• Consome 40% da matéria-prima produzida.<br />

• É responsável por 30% <strong>do</strong>s resíduos gera<strong>do</strong>s.<br />

• Utiliza 14% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> água potável consumida 1 .<br />

A boa notícia é que ações em prol <strong>de</strong> maior sustentabilida<strong>de</strong><br />

nesse segmento produzem resulta<strong>do</strong>s muito maiores, e em<br />

prazo menor <strong>do</strong> que em outros setores, como o automobilístico.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, o foco das discussões tem si<strong>do</strong> em torno<br />

<strong>de</strong> edifícios ver<strong>de</strong>s e seus benefícios para a socieda<strong>de</strong>.<br />

Embora utiliza<strong>do</strong>s frequentemente na mídia como se fossem<br />

sinônimos, existe uma gran<strong>de</strong> diferença entre o conceito <strong>de</strong><br />

edifício sustentável e edifício ver<strong>de</strong>. O correto seria a<strong>do</strong>tar a<br />

classificação <strong>de</strong> edifício sustentável apenas quan<strong>do</strong> se refere<br />

a um con<strong>do</strong>mínio que não cause impacto algum no meio<br />

ambiente, ou seja, tu<strong>do</strong> aquilo que ele consome é compensa<strong>do</strong><br />

pelo que produz ou reutiliza. Na prática, não existe ainda<br />

nenhum edifício que possa obter essa classificação.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, os edifícios ver<strong>de</strong>s são, <strong>de</strong> forma bastante<br />

resumida, aqueles que causam impactos significativamente<br />

menores no meio ambiente <strong>do</strong> que outros com características<br />

similares, ou, dito <strong>de</strong> outra forma, que utilizem mais<br />

racionalmente os recursos necessários para que pessoas<br />

possam neles residir e/ou trabalhar. Em resumo, to<strong>do</strong> edifício<br />

sustentável é um edifício ver<strong>de</strong>, mas nem to<strong>do</strong> edifício<br />

ver<strong>de</strong> é um edifício sustentável.<br />

1 Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> norte-americano <strong>do</strong> US Green Building Council (USGBC).<br />

100


Edifícios ver<strong>de</strong>s e suas características<br />

Ainda que não exista um consenso universal em relação<br />

às características ou aos padrões mínimos a serem<br />

obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>s por edifícios ver<strong>de</strong>s, é correto afirmar que<br />

eles compartilham os seguintes fundamentos:<br />

• Uso eficiente <strong>de</strong> recursos, principalmente energia e<br />

água, bem como produção mínima <strong>de</strong> resíduos como<br />

efluentes e lixo.<br />

• Priorida<strong>de</strong> para uso <strong>de</strong> materiais produzi<strong>do</strong>s<br />

localmente, com o objetivo <strong>de</strong> diminuir o gasto com<br />

energia necessária para o transporte <strong>de</strong>les.<br />

• Impacto reduzi<strong>do</strong> em seu entorno pela diminuição<br />

das suas emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa.<br />

• Melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> quem mora ou<br />

trabalha nesses edifícios.<br />

• Integração <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> construção com os <strong>de</strong><br />

operação <strong>do</strong> edifício ao longo <strong>de</strong> toda a sua vida útil,<br />

em vez <strong>de</strong> focar somente nos custos <strong>de</strong> construção.<br />

• Localização próxima a transportes públicos,<br />

diminuin<strong>do</strong> assim a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong><br />

veículos particulares.<br />

• A operação <strong>do</strong> edifício é parte crítica a ser<br />

observada e <strong>de</strong>ve ser realizada da forma mais<br />

eficiente possível. É <strong>de</strong>sejável auditar a eficiência<br />

obtida na operação versus o que foi prometi<strong>do</strong> na<br />

fase <strong>de</strong> construção 2 .<br />

Embora longe <strong>de</strong> esgotarem o tema, essas são as principais<br />

características e <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>res comuns existentes<br />

nos edifícios ver<strong>de</strong>s. Cabe notar que o peso <strong>de</strong> cada característica<br />

mencionada varia <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o local on<strong>de</strong><br />

o edifício está localiza<strong>do</strong> (cida<strong>de</strong>, país), pois, em última<br />

análise, vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da escassez <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong> fatores<br />

culturais etc.<br />

8.2.4. Combate à irregularida<strong>de</strong><br />

Ainda que o setor <strong>de</strong> construção civil esteja a to<strong>do</strong> vapor<br />

no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> e o acesso à moradia tenha se amplia<strong>do</strong><br />

nos últimos anos, com programas governamentais <strong>de</strong> amplo<br />

alcance, como o Minha Casa, Minha Vida, a cida<strong>de</strong> ainda<br />

sofre com a expansão <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>do</strong>s povoamentos e<br />

2 Nos EUA, utiliza-se o termo “commissioning costs” para fazer referências a custos com auditagem da operação <strong>do</strong> edifício por profissionais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, para que <strong>de</strong>ssa<br />

forma seja possível averiguar se a eficiência prometida na construção está sen<strong>do</strong> cumprida ao longo da operação <strong>do</strong> edifício.<br />

101


as falhas na fiscalização pelo po<strong>de</strong>r público. Especialmente<br />

nas áreas rurais, esse cenário acaba por favorecer o surgimento<br />

<strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínios e loteamentos irregulares, carentes<br />

<strong>de</strong> condições mínimas <strong>de</strong> infraestrutura: abastecimento <strong>de</strong><br />

água, coleta <strong>de</strong> esgoto e lixo, escoamento <strong>de</strong> águas pluviais,<br />

calçamento, iluminação etc.<br />

Mas como combater esse tipo <strong>de</strong> prática? A Lei Municipal<br />

nº 6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento <strong>do</strong> solo<br />

urbano no <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, preten<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar o espaço urbano<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à habitação, coibin<strong>do</strong> a ação <strong>do</strong>s lotea<strong>do</strong>res<br />

clan<strong>de</strong>stinos através da proibição <strong>de</strong> venda, promessa<br />

<strong>de</strong> venda, parcela <strong>de</strong> loteamento ou <strong>de</strong>smembramento<br />

não registra<strong>do</strong>s.<br />

Ainda assim, não é raro o parcelamento irregular <strong>do</strong> solo<br />

por fração i<strong>de</strong>al. Na tentativa <strong>de</strong> coibir tal prática, o Tribunal<br />

<strong>de</strong> Justiça <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong>terminou aos oficiais<br />

<strong>de</strong> Registro <strong>de</strong> Imóveis, através <strong>do</strong> Aviso CGJ n° 477, que<br />

estes fiscalizem o uso da escritura <strong>de</strong> compra e venda <strong>de</strong><br />

fração i<strong>de</strong>al com formação <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio civil, que po<strong>de</strong><br />

ser usada para viabilizar a criação <strong>de</strong> loteamentos irregulares<br />

ou clan<strong>de</strong>stinos, burlan<strong>do</strong> a Lei <strong>de</strong> Parcelamento <strong>do</strong><br />

Solo.<br />

Com o aviso <strong>do</strong> TJ-RJ, os cartórios <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> efetuar<br />

escritura por fração i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> con<strong>do</strong>mínio ou loteamento<br />

irregular, o que <strong>de</strong> certa forma coibiu a frau<strong>de</strong> <strong>do</strong> parcelamento<br />

irregular <strong>do</strong> solo e a <strong>de</strong>gradação ambiental. As<br />

medidas acabam por gerar conflitos com os adquirentes<br />

<strong>de</strong>ssas frações, que, movi<strong>do</strong>s pelo sonho <strong>de</strong> construir sua<br />

moradia, acabam compran<strong>do</strong> algo ilegal. Para essas pessoas,<br />

o la<strong>do</strong> bom é que existem soluções para a regularização.<br />

Entretanto, fica o alerta: antes <strong>de</strong> realizar a compra<br />

<strong>de</strong> um terreno, é recomendável contratar um especialista<br />

para avaliar sua situação.<br />

102


Arara-azul gran<strong>de</strong> (Ano<strong>do</strong>rhynchus hyacinthinus)<br />

103


- Inaugurada em 1974, a Ponte<br />

Presi<strong>de</strong>nte Costa e Silva, mais conhecida como<br />

Ponte <strong>Rio</strong>-Niterói, é um importante marco da<br />

capacitação da engenharia nacional, por suas dimensões,<br />

audaciosa concepção e criativida<strong>de</strong> nos<br />

processos construtivos, em seus 13,3 quilômetros<br />

<strong>de</strong> extensão sobre a Baía <strong>de</strong> Guanabara.<br />

É uma construção superlativa: a maior ponte <strong>do</strong><br />

Hemisfério Sul; o maior vão em viga reta contínua <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> ‒ o central, <strong>de</strong> 300 metros <strong>de</strong> comprimento<br />

e 60 metros <strong>de</strong> altura; a mais importante estrutura<br />

protendida das Américas, com mais <strong>de</strong> 2.150 quilômetros<br />

<strong>de</strong> cabos em suas entranhas; uma das três<br />

maiores pontes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em volume espacial, que<br />

é a relação entre o comprimento, a largura e a altura<br />

<strong>do</strong>s pilares e fundações.<br />

A Ponte é o elo fundamental entre o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong><br />

e Niterói, São Gonçalo e região. Também aten<strong>de</strong> aos<br />

<strong>de</strong>slocamentos da população para as localida<strong>de</strong>s<br />

adjacentes, como a Região <strong>do</strong>s Lagos, e ao transporte<br />

intermunicipal e interestadual <strong>de</strong> cargas. Hoje, a<br />

Ponte recebe 144 mil veículos, em média, por dia,<br />

nos <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> direção. Os engenheiros responsáveis<br />

pelo projeto foram Antônio Alves <strong>de</strong><br />

Noronha Filho, Benjamin Ernani Diaz e o americano<br />

James Graham.<br />

9. Desempenho <strong>do</strong><br />

segmento <strong>de</strong> comércio e<br />

serviços imobiliários<br />

104


Porto Maravilha a to<strong>do</strong> vapor<br />

Quem passa pela Zona Portuária <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> já sente a diferença:<br />

a região se tornou um imenso canteiro <strong>de</strong> obras. Se alguém<br />

ainda duvidava da credibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> projeto, que promete<br />

remo<strong>de</strong>lar a área até 2016, não há mais razão para <strong>de</strong>sconfianças.<br />

Na segunda fase, iniciada em junho <strong>de</strong> <strong>2011</strong>,<br />

as intervenções serão feitas em uma área <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong><br />

metros quadra<strong>do</strong>s e incluem ações polêmicas como a <strong>de</strong>molição<br />

<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> Eleva<strong>do</strong> da Perimetral (entre a Can<strong>de</strong>lária<br />

e a Ro<strong>do</strong>viária, região central da cida<strong>de</strong>). Estão previstas<br />

ainda a construção <strong>de</strong> 4 quilômetros <strong>de</strong> túneis, a reurbanização<br />

<strong>de</strong> 70 quilômetros <strong>de</strong> vias e a reconstrução <strong>de</strong> 700<br />

quilômetros <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infraestrutura urbana.<br />

A onda ver<strong>de</strong><br />

Se em 2010 a preocupação com a ecologia já havia se torna<strong>do</strong><br />

um <strong>do</strong>s pilares da socieda<strong>de</strong>, em <strong>2011</strong> ela entrou <strong>de</strong><br />

vez para a agenda <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. Uma<br />

enquete publicada no portal <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> setembro<br />

a 8 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>, com a pergunta “O seu con<strong>do</strong>mínio<br />

a<strong>do</strong>tou alguma medida ecológica ao longo <strong>de</strong> <strong>2011</strong>?”,<br />

revelou: a maior parte <strong>do</strong>s votantes (56%) se preocupou com<br />

a questão: 27% <strong>de</strong>les implantaram a coleta seletiva, e 23%<br />

reforçaram as ações contra o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> água e energia<br />

elétrica. Seis por cento a<strong>do</strong>taram medidas mais sofisticadas,<br />

como implantação da medição individualizada <strong>de</strong> água (3%)<br />

e instalação <strong>de</strong> coletores e reservatórios <strong>de</strong> água da chuva<br />

(3%). O restante <strong>do</strong>s respon<strong>de</strong>ntes (44%) não a<strong>do</strong>tou medida<br />

ecológica alguma ao longo <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.<br />

Espírito esportivo<br />

Anos antes <strong>de</strong> acontecerem, os Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2016<br />

já são responsáveis por uma imensa transformação na cida<strong>de</strong><br />

e no espírito das pessoas, ainda mais orgulhosas <strong>de</strong><br />

morarem no <strong>Rio</strong>. De acor<strong>do</strong> com o Comitê Organiza<strong>do</strong>r, o<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2011</strong> foi emblemático: <strong>de</strong>u-se ênfase a importantes<br />

obras <strong>de</strong> infraestrutura. Outras ações, como o lançamento<br />

das marcas <strong>do</strong>s Jogos, a conquista <strong>de</strong> novos patrocina<strong>do</strong>res<br />

e o anúncio <strong>do</strong> projeto vence<strong>do</strong>r para o Plano Geral Urbanístico<br />

<strong>do</strong> Parque Olímpico, marcaram o ano que passou.<br />

To<strong>do</strong>s os compromissos e prazos acorda<strong>do</strong>s com o Comitê<br />

Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paraolímpico Internacional<br />

(IPC) foram cumpri<strong>do</strong>s. Nos bairros próximos aos<br />

locais <strong>de</strong> competição, entre eles Barra da Tijuca, Centro,<br />

Jacarepaguá e Tijuca, as variações nos valores gerais <strong>do</strong><br />

metro quadra<strong>do</strong> para venda ficaram entre 20% e 36% <strong>de</strong><br />

janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong>.<br />

Gran<strong>de</strong> Méier se <strong>de</strong>staca<br />

Os cariocas estão re<strong>de</strong>scobrin<strong>do</strong> o Méier. O lançamento<br />

<strong>de</strong> novos empreendimentos com infraestrutura <strong>de</strong> lazer,<br />

compara<strong>do</strong>s aos da Zona Sul, sem falar nas melhorias<br />

por conta <strong>do</strong>s preparativos para os eventos esportivos,<br />

está atrain<strong>do</strong> novos mora<strong>do</strong>res e geran<strong>do</strong> valorização<br />

nos preços. É importante citar a ampla re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comércio<br />

e serviços, além da oferta <strong>de</strong> transporte e da proximida<strong>de</strong><br />

com as regiões centrais da cida<strong>de</strong>, o que facilita os <strong>de</strong>slocamentos.<br />

105


O aumento <strong>de</strong> renda <strong>de</strong> parte da população é outro fator<br />

que contribui: é crescente o número <strong>de</strong> pessoas que trocam<br />

bairros mais afasta<strong>do</strong>s ou na Baixada Fluminense pela Zona<br />

Norte <strong>do</strong> <strong>Rio</strong>. A proximida<strong>de</strong> com a Tijuca, área on<strong>de</strong> a pacificação<br />

das comunida<strong>de</strong>s gerou forte valorização, também<br />

influencia. Levantamento <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Pesquisa <strong>do</strong><br />

Secovi <strong>Rio</strong> aponta que o Méier foi o segun<strong>do</strong> bairro da Zona<br />

Norte cujo metro quadra<strong>do</strong> resi<strong>de</strong>ncial médio mais se valorizou<br />

no ano passa<strong>do</strong>: 39,7%, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apenas para Vila<br />

Isabel, on<strong>de</strong> os preços das unida<strong>de</strong>s subiram 43,0%.<br />

Entre amigos<br />

Não é novida<strong>de</strong> que, <strong>de</strong>pois <strong>do</strong>s conflitos entre os mora<strong>do</strong>res,<br />

a inadimplência é um <strong>do</strong>s principais problemas<br />

na gestão <strong>de</strong> um con<strong>do</strong>mínio. Mas os gestores prediais<br />

estão lidan<strong>do</strong> com os pagamentos atrasa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma<br />

mais amistosa. Foi o que apontou o resulta<strong>do</strong> da enquete<br />

“Como seu con<strong>do</strong>mínio lida com a inadimplência?”, realizada<br />

no portal <strong>do</strong> Secovi <strong>Rio</strong>, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> janeiro a 13 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> <strong>2011</strong>. A maioria <strong>do</strong>s internautas respon<strong>de</strong>u que o<br />

síndico propõe acor<strong>do</strong>s, avalian<strong>do</strong> caso a caso. Dos votos<br />

computa<strong>do</strong>s, 50% foram nessa opção. Em segun<strong>do</strong><br />

lugar, com 27%, ficou a alternativa “o síndico prefere que<br />

a administra<strong>do</strong>ra resolva o problema”. Do la<strong>do</strong> oposto, as<br />

opções menos votadas foram “o síndico exige o pagamento<br />

imediatamente e não aceita acor<strong>do</strong>s” (1%) e “o síndico<br />

proíbe os inadimplentes <strong>de</strong> usufruir das áreas <strong>de</strong> lazer<br />

e/ou votar nas assembleias” (2%).<br />

Cais <strong>do</strong> Porto<br />

106


Tem gringo no samba<br />

Primeiro foi o anúncio <strong>de</strong> que o Brasil iria sediar a Copa <strong>do</strong><br />

Mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2014. Depois veio a conquista <strong>do</strong> sonho <strong>de</strong> inúmeros<br />

brasileiros: o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> será se<strong>de</strong> das Olimpíadas<br />

<strong>de</strong> 2016. Só a expectativa <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is eventos já trouxe<br />

investimentos e fez <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> a cida<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>sejada da Fe<strong>de</strong>ração.<br />

A Zona Sul, por conta <strong>de</strong> sua privilegiada geografia,<br />

continua sen<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong> ve<strong>de</strong>te da Cida<strong>de</strong> Maravilhosa. No<br />

entanto, com a implantação <strong>de</strong> programas governamentais<br />

<strong>de</strong> urbanização e pacificação nas comunida<strong>de</strong>s, locais até<br />

então esqueci<strong>do</strong>s vivem um momento <strong>de</strong> revitalização. Bairros<br />

como Tijuca, São Cristóvão, Penha, Olaria, Bonsucesso,<br />

Lapa e Centro também atraem um crescente número <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res<br />

estrangeiros.<br />

Segunda casa<br />

Apesar <strong>do</strong>s investimentos em construção <strong>de</strong> vias expressas<br />

e metrô, o trânsito ainda é um gran<strong>de</strong> problema para gran<strong>de</strong><br />

parte <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> – e <strong>de</strong> outras gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s<br />

brasileiras. Para fugir <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s engarrafamentos, muitas<br />

pessoas estão optan<strong>do</strong> por alugar uma segunda residência<br />

mais próxima <strong>do</strong> trabalho, ocupan<strong>do</strong>-a <strong>de</strong> segunda a sexta-<br />

-feira. Em <strong>2011</strong>, esse movimento se intensificou, especialmente<br />

para quem mora na Barra da Tijuca, Jacarepaguá,<br />

Recreio ou Vargem Gran<strong>de</strong> e trabalha na Zona Sul ou no<br />

Centro. Analistas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário veem vantagens<br />

nessa mobilida<strong>de</strong>, principalmente para o comércio e para o<br />

merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> locações <strong>de</strong> tais regiões. Além <strong>de</strong> Lapa e Bairro<br />

<strong>de</strong> Fátima, bairros como Botafogo, Flamengo, Tijuca e São<br />

Cristóvão têm si<strong>do</strong> escolhi<strong>do</strong>s para o aluguel da segunda<br />

moradia.<br />

Retrofit se consolida<br />

Com gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> edificações antigas, especialmente<br />

nas regiões centrais da cida<strong>de</strong>, o <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> vem<br />

viven<strong>do</strong> nos últimos anos um boom <strong>de</strong> empreendimentos<br />

oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> retrofit, que altera o interior da edificação sem<br />

mexer na estrutura externa. Em <strong>2011</strong>, a solução parece ter<br />

ganha<strong>do</strong> ainda mais prestígio entre engenheiros e arquitetos,<br />

preocupa<strong>do</strong>s em preservar a memória das edificações<br />

comerciais mais antigas. A nova onda, porém, vai além da<br />

simples adaptação <strong>do</strong>s espaços internos: as obras têm visa<strong>do</strong><br />

também garantir o uso eficiente <strong>de</strong> recursos como água<br />

e energia elétrica. E a tendência não tem a ver apenas com<br />

estética ou sustentabilida<strong>de</strong>, é uma questão comercial. Afinal,<br />

em gran<strong>de</strong>s metrópoles como <strong>Rio</strong> e São Paulo, a oferta<br />

<strong>de</strong> terrenos vai fican<strong>do</strong> mais escassa ano após ano, o que<br />

confirma a posição <strong>do</strong> retrofit como uma excelente alternativa<br />

<strong>de</strong> negócio.<br />

Projeto Porto Maravilha<br />

107


- Arpoa<strong>do</strong>r é o nome<br />

da<strong>do</strong> a um pedaço <strong>de</strong> praia e a<br />

uma pedra situada entre o Forte<br />

<strong>de</strong> Copacabana e o início da praia <strong>de</strong><br />

Ipanema. Tem espaço restrito, por se<br />

tratar <strong>de</strong> uma praia pequena, com cerca<br />

<strong>de</strong> 500 metros. É conhecida como a<br />

praia <strong>do</strong>s surfistas, uma vez que conta<br />

com muitas ondas gran<strong>de</strong>s, propícias<br />

à prática <strong>do</strong> esporte. Conta também<br />

com iluminação especial à noite e um<br />

famoso pôr <strong>do</strong> sol, com o morro Dois<br />

Irmãos ao fun<strong>do</strong>.<br />

O nome <strong>do</strong> local provém <strong>do</strong> fato <strong>de</strong><br />

que era possível, no passa<strong>do</strong>, arpoar<br />

baleias nas proximida<strong>de</strong>s da costa.<br />

Ali encontra-se o Parque Garota <strong>de</strong><br />

Ipanema, que leva o nome da famosa<br />

música <strong>de</strong> Vinicius <strong>de</strong> Moraes e Tom<br />

Jobim. Além <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> recreação<br />

e lazer, o parque também serve <strong>de</strong><br />

palco para apresentações <strong>de</strong> artistas<br />

conheci<strong>do</strong>s.<br />

10. Secovi <strong>Rio</strong><br />

na mídia<br />

108


Site<br />

BBC <strong>de</strong> Londres - 27/6/<strong>2011</strong> El periódico <strong>de</strong> Tucumán - 30/6/<strong>2011</strong><br />

109


TV<br />

Globo News - 16/5/<strong>2011</strong> TV Brasil 15/3/<strong>2011</strong><br />

110


Jornal<br />

TV Globo 13/3/<strong>2011</strong> Folha <strong>de</strong> S. Paulo - 10/7/11<br />

111


Jornal<br />

O Estadão - 3/4/<strong>2011</strong> O Globo – Suplemento Especial <strong>de</strong> Imóveis - 28/4/<strong>2011</strong><br />

112


Jornal <strong>do</strong> Commércio - 10/5/<strong>2011</strong><br />

O Globo – Economia - 13/9/<strong>2011</strong><br />

113


Revista<br />

IstoÉ Dinheiro - 27/4/<strong>2011</strong><br />

114


115<br />

Veja - 27/7/<strong>2011</strong>


- Consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o bairro mais nobre <strong>do</strong><br />

município, o Leblon possui diversos restaurantes<br />

e bares tradicionais na cida<strong>de</strong>. Seus habitan-<br />

<br />

tes pertencem, em sua maioria, à classe média alta,<br />

incluin<strong>do</strong> alguns <strong>do</strong>s nomes da elite cultural, econômica<br />

e política carioca. O bairro abriga também<br />

a se<strong>de</strong> <strong>do</strong> time <strong>de</strong> futebol com o maior número <strong>de</strong><br />

torce<strong>do</strong>res na cida<strong>de</strong>, o Clube <strong>de</strong> Regatas <strong>do</strong> Flamengo.<br />

Até as últimas décadas <strong>do</strong> século XIX, o local era<br />

um território arenoso ocupa<strong>do</strong> por algumas chácaras.<br />

Um francês chama<strong>do</strong> Carlos Leblon, possui<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> pesca <strong>de</strong> baleias, tinha ali uma<br />

<strong>de</strong>ssas chácaras <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1845, razão pela qual a região<br />

ficou sen<strong>do</strong> conhecida como Campo <strong>do</strong> Leblon, <strong>de</strong>nominação<br />

informal que acabou fixada ao bairro.<br />

Com o metro quadra<strong>do</strong> mais caro <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, é conheci<strong>do</strong><br />

por sua vida noturna agitada e sofisticada,<br />

que serve <strong>de</strong> inspiração para autores <strong>de</strong> novela<br />

e músicos, que já retrataram o bairro em canções<br />

como O Quereres (Caetano Veloso), Inverno (Adriana<br />

Calcanhotto) e Óculos (Paralamas <strong>do</strong> Sucesso).<br />

11. Conclusões<br />

116


O<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2011</strong> foi tenso, especialmente para a<br />

Europa, on<strong>de</strong> alguns países amargaram taxas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego próximas <strong>de</strong> 25%. Espanha,<br />

Grécia, Irlanda, Itália e Portugal, principalmente,<br />

viram-se obriga<strong>do</strong>s a a<strong>do</strong>tar medidas<br />

socioeconômicas drásticas, que po<strong>de</strong>rão acarretar em recessão,<br />

com <strong>de</strong>semprego em massa, corte <strong>de</strong> benefícios<br />

sociais, elevação <strong>de</strong> impostos e insatisfação popular. Nos<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s as dificulda<strong>de</strong>s também foram nítidas: em<br />

maio, a dívida pública <strong>do</strong> país chegou a US$ 14,3 trilhões,<br />

valor máximo estabeleci<strong>do</strong> por lei.<br />

Apesar <strong>do</strong>s tempos difíceis, no Brasil a ativida<strong>de</strong> econômica<br />

teve franca expansão. Medidas para frear a inflação<br />

foram a<strong>do</strong>tadas pelo Banco Central, com resulta<strong>do</strong>s satisfatórios.<br />

A contenção <strong>de</strong> gastos foi outra medida importante,<br />

embora o nível <strong>de</strong> investimentos tenha fica<strong>do</strong> aquém <strong>do</strong><br />

espera<strong>do</strong>. Foco também na oferta <strong>de</strong> empregos, ampliada<br />

com programas como PAC e Minha Casa, Minha Vida, sem<br />

falar nas obras voltadas para a Copa <strong>de</strong> 2014.<br />

Foram postas em prática políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>soneração <strong>de</strong> impostos<br />

para alguns setores, <strong>de</strong> estímulo às exportações<br />

e <strong>de</strong> simplificação tributária. Feitos com cautela, os movimentos<br />

econômicos <strong>de</strong> <strong>2011</strong> colocaram o Brasil em <strong>de</strong>staque<br />

no cenário internacional. Ainda há muito trabalho<br />

a ser feito, especialmente nas áreas <strong>de</strong> educação, saneamento<br />

básico, obras <strong>de</strong> infraestrutura, tecnologia e inovação.<br />

No setor habitacional, temos um longo caminho<br />

pela frente.<br />

A contenção <strong>de</strong> gastos se refletiu em um crescimento menor<br />

<strong>do</strong> crédito, e o merca<strong>do</strong> imobiliário refletiu essa mudança.<br />

No entanto, a cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> vive um<br />

momento diferente <strong>do</strong> das outras capitais brasileiras. Em<br />

função <strong>do</strong>s Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2016 e das obras <strong>de</strong> revitalização<br />

da área <strong>do</strong> Porto, além <strong>do</strong>s programas fe<strong>de</strong>rais<br />

já cita<strong>do</strong>s anteriormente, o merca<strong>do</strong> imobiliário carioca se<br />

manteve bastante aqueci<strong>do</strong> e <strong>de</strong>verá se fortalecer como o<br />

mais pujante <strong>do</strong> país nos próximos anos.<br />

Para quem vive aqui as perspectivas são anima<strong>do</strong>ras: o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e as melhorias físicas e estruturais<br />

proporcionarão ainda mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Com a oferta<br />

<strong>de</strong> emprego, transporte <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, espaços <strong>de</strong> lazer e<br />

equipamentos culturais, entre outros benefícios, o fluxo <strong>de</strong><br />

migrantes – e até mesmo <strong>de</strong> imigrantes – ten<strong>de</strong> a aumentar,<br />

dinamizan<strong>do</strong> os setores <strong>de</strong> compra, venda e locação<br />

Vista panorâmica da Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas<br />

117


<strong>de</strong> imóveis. Um exemplo é o fato <strong>de</strong> que diversas empresas<br />

estrangeiras estão compran<strong>do</strong> para seus executivos imóveis<br />

no <strong>Rio</strong> e em diversas regiões fluminenses – especialmente<br />

Norte e Noroeste, on<strong>de</strong> o setor <strong>de</strong> petróleo se <strong>de</strong>staca –,<br />

contribuin<strong>do</strong> para a valorização <strong>do</strong>s imóveis.<br />

Outro ponto a se consi<strong>de</strong>rar é o <strong>de</strong>senvolvimento mais<br />

abrangente da cida<strong>de</strong>. Antes com foco na Zona Sul, a<br />

ação das construtoras e o interesse <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res<br />

estão se voltan<strong>do</strong> para outras áreas, principalmente Norte<br />

e Oeste, que também se beneficiarão com as transformações<br />

em andamento. A tendência para os próximos<br />

anos é que os empreendimentos nesses <strong>do</strong>is locais se<br />

aproximem, em quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, aos <strong>de</strong> áreas<br />

mais nobres. A população está se redistribuin<strong>do</strong>.<br />

Junto com a proliferação <strong>do</strong>s con<strong>do</strong>mínios mo<strong>de</strong>rnos e<br />

os novos arranjos populacionais, ganha espaço o setor<br />

<strong>de</strong> administração imobiliária, fundamental para uma boa<br />

gestão operacional, financeira, <strong>de</strong> RH etc. Síndicos e mora<strong>do</strong>res<br />

estão perceben<strong>do</strong> que cuidar <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os aspectos<br />

da rotina con<strong>do</strong>minial não é tarefa fácil. Mas ainda há<br />

um longo caminho a percorrer. Por isso o segmento está<br />

buscan<strong>do</strong>, cada vez mais, aprimorar seus procedimentos.<br />

Uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida tem a ver também com a segurança<br />

pública, sem a qual a esperança <strong>de</strong> um futuro melhor<br />

cai por terra. Nesse quesito, também estamos evoluin<strong>do</strong>.<br />

A ocupação pacífica das comunida<strong>de</strong>s continuará<br />

a acontecer, <strong>de</strong>volven<strong>do</strong> a esperança <strong>de</strong> dias melhores<br />

para milhares <strong>de</strong> pessoas. É mais um fator que contribuirá<br />

para o fortalecimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

Não apenas para o <strong>Rio</strong>, mas para to<strong>do</strong> o país, as perspectivas<br />

são anima<strong>do</strong>ras. Até 2014, a Caixa Econômica<br />

Fe<strong>de</strong>ral e o Banco <strong>do</strong> Brasil <strong>de</strong>vem fazer investimentos <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> R$ 125 bilhões no programa Minha Casa, Minha<br />

Vida. Está prevista também a redução na tributação para<br />

mais <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> pequenas empresas e microempreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res<br />

individuais, que terão crédito mais fácil e com<br />

juros mais baixos.<br />

É nesse clima <strong>de</strong> otimismo que encerramos esta publicação,<br />

certos <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário,<br />

em to<strong>do</strong>s os cantos <strong>do</strong> Brasil, só será verda<strong>de</strong>iramente<br />

positivo se os bons resulta<strong>do</strong>s econômicos também<br />

gerarem benefícios sociais.<br />

Até a próxima!<br />

Vista panorâmica da Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas<br />

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Vista aérea da Marina da Glória


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