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GAZETA DIARIO 947

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06 Opinião Foz do Iguaçu, quinta-feira, 15 de agosto de 2019<br />

Muitas irregularidades<br />

De duas uma, ou o CREA-PR é muito exigente,<br />

ou os construtores e empreiteiros<br />

de Foz estão fora do compasso das exigências.<br />

Um índice maior que 80% de irregularidade<br />

nas obras da cidade, convenhamos,<br />

é uma taxa muito alta. O bicho pega no exercício<br />

ilegal da profissão, em 40,8% das fiscalizações.<br />

Os riscos<br />

Muita gente constrói porque acredita<br />

que é algo simples e que não há implicação<br />

nem risco. No dia em que uma viga desaba<br />

na cabeça de alguém, ou um telhado cai, a<br />

coisa muda de figura. E tem gente construindo<br />

em locais irregulares, pagando caro<br />

por serviços desqualificados. Há quem cobre<br />

fortunas por gambiarras.<br />

Alto padrão<br />

Mas o que o CREA não divulga — e, claro,<br />

isso foge do âmbito da fiscalização — é<br />

que os 17% das obras sem irregularidades<br />

são de alto padrão e há muitas obras sendo<br />

realizadas assim, por empresas responsáveis,<br />

que empregam os funcionários obedecendo<br />

às leis. Por isso, contratando empresas<br />

regulares, as chances de riscos são<br />

praticamente nulas.<br />

Mão de obra importada<br />

E em Foz ainda há um outro problema:<br />

há muitos empreiteiros, pedreiros e ajudantes<br />

"made in Paraguai". E quem contrata<br />

acredita que vai escapar de uma ação<br />

trabalhista e não vai enfrentar algum outro<br />

tipo de problema. Com um índice tão<br />

alto assim de irregularidades, o CREA deve<br />

enfrentar dificuldades até na imposição de<br />

metas.<br />

Mais recordes<br />

Este passarinho fez um "tour" na internet<br />

em busca de números das hidrelétricas<br />

mundo afora. É impressionante a lista de<br />

números superados por Itaipu. Com relação<br />

ao que foi publicado na capa de ontem,<br />

o dado mais importante é do aproveitamento<br />

da água ao mover as turbinas: produtividade<br />

total!<br />

Na política<br />

Corvo, eu sei que vocês vivem de notícias, por isso ficam especulando dos<br />

bastidores da Câmara o que acontece na prefeitura, bem como abordam os<br />

atritos entre os nossos representantes. Tudo bem, mas se o senhor conversar<br />

com a população, sentirá um desânimo total. Esses problemas de envolvimento<br />

com política, Justiça, esse vai e volta da cadeia, o toma lá, dá cá, isso cansou a<br />

população. E ano que vem a gente vai votar, passará um tempo e nada vai<br />

mudar. É fogo, seu Corvo, todo mundo está pra baixo. Eu sou argentino, gosto<br />

muito do Brasil, tanto que vivo aqui, mas quando penso em voltar para a minha<br />

terra, olha o que está acontecendo lá! Francamente não sei onde está pior.<br />

Luiz Córdoba<br />

O Corvo responde: calma, amigo, um dia as coisas se ajeitam. Mas não devemos<br />

nunca desprezar o poder do voto e o quanto ele pode resolver, quando os eleitores<br />

estão determinados. A população não pode perder a determinação nem o ânimo,<br />

porque se isso acontecer será muito pior. Vamos estufar o peito e seguir tentando.<br />

Uma hora dá certo.<br />

Cadê a renovação?<br />

Então, Corvo, a cidade fez uma festa danada quando se deu conta de que a<br />

Câmara havia mudado quase que 100% dos seus membros, isso descontando, é<br />

claro, as pessoas que voltaram a ser eleitas e que estavam fora da política. E<br />

agora? Temos uma "desrenovação", já que as pessoas banidas da política foram<br />

absolvidas dos seus crimes? Na minha opinião, a Justiça deveria estar mais<br />

atenta a essas situações, porque não vai demorar e ninguém vai acreditar mais<br />

nela. Já não cremos nos políticos e é chato ter que duvidar da Justiça.<br />

Jair Montemezzo<br />

O Corvo responde: prezado, quem renova o setor político é o eleitor. A Justiça<br />

apenas julga as irregularidades que são cometidas, quando denunciadas. Todas as<br />

decisões são amparadas pelo conteúdo dos códigos, com pareceres, jurisprudência<br />

e os mais diversos e amplos caminhos que são encontrados durante as fases processuais.<br />

No caso dos vereadores de Foz, que retornaram à Câmara, a Justiça considerou<br />

que estava errada a forma como foram afastados; mas as demandas criminais<br />

e cíveis transcorrem na Justiça. É importante acreditar na Justiça.<br />

As propinas<br />

Que coisa, hein seu Corvo, as revelações<br />

do Budel arrepiaram, porque ele foi<br />

mais longe em detalhar até como carregavam<br />

o dinheiro. Isso que é jogar no ventilador,<br />

não acha?<br />

Val Medeiros<br />

O Corvo responde: parte do que o ex-secretário<br />

e Obras e ex-superintendente do<br />

Foztrans revelou já fazia parte dos autos. Em<br />

seus depoimentos, atendendo à Justiça, Carlos<br />

Budel foi um pouco mais dissertativo quanto<br />

aos desmandos da "administração" Reni. Se é<br />

que se pode chamar assim a sua passagem<br />

pelo governo de Foz.<br />

Na China<br />

Senhor Corvo, tenho visto muitos chineses<br />

em Foz e, pelo que leio no jornal,<br />

muitos ainda virão. Mas deixa eu fazer<br />

uma pequena abordagem: os visitantes<br />

chineses são muito diferentes dos demais,<br />

por causa dos hábitos. No hotel em<br />

que meu marido trabalha, tiveram que<br />

adaptar um modo de ter água quente permanente,<br />

porque bebem chá o tempo<br />

todo. Até os travesseiros foram mudados.<br />

Será que estamos preparados para<br />

receber tantos chineses assim?<br />

Luciana Marcos<br />

O Corvo responde: prezada, a rede hoteleira<br />

sabe o quanto é importante receber<br />

bem os visitantes e turistas, por isso seus<br />

integrantes estudam, pesquisam, tentam<br />

adaptar-se às exigências dos hóspedes. Este<br />

Corvo já comentou e volta a repetir: a demanda<br />

de negócios no turismo envolvendo<br />

a China é a que mais cresce no setor.<br />

Pudera, há milhões de pessoas prontas<br />

para viajar, e o Brasil é um destino muito<br />

especulado. Foz está adiantando-se para<br />

sair do campo de especulação e passar a<br />

estabelecer uma ponte com tantos visitantes.<br />

Independentemente da exigência dos<br />

hóspedes, agradá-los é fundamental, seja<br />

no conforto como na gastronomia.<br />

Semáforos<br />

Puxa vida, seu Corvo, nem o frio afasta<br />

os pedintes? No semáforo da Avenida<br />

Paraná com José Maria de Brito havia bem<br />

umas 20 pessoas disputando as esmolas<br />

dos motoristas. E fora isso, também<br />

os vendedores de balas, panos de prato<br />

e o povo que quer conversar sobre Deus,<br />

no semáforo! É muita gente, e quando a<br />

luz verde acende dá até medo ir adiante;<br />

vai que tem uma criança na frente! Um<br />

amigo disse que quase atropelou uma<br />

criança paraguaia esses dias. Está um<br />

perigo isso, Corvo!<br />

Roberto G D Prates<br />

O Corvo responde: de fato há um pouco<br />

de tudo nos semáforos, o leitor se esqueceu<br />

dos artistas de rua, que não são<br />

poucos, como o casal que se pinta de prata<br />

e faz performance em frente ao Restaurante<br />

China. Mas isso é um problema social<br />

grave e de difícil solução. A prefeitura<br />

mantém várias ações na área social, e algumas<br />

delas atendem os pedintes. Segundo<br />

noticiamos, uma campanha deverá orientar<br />

a população sobre não dar esmolas<br />

nas ruas de Foz.<br />

Barraco<br />

Corvo, um figurão da cidade foi pego<br />

num supermercado fazendo compras<br />

com a "amadinha". Ele estava escolhendo<br />

batatas com a moçoila toda perfumada<br />

e do outro lado nem notou a presença<br />

da esposa, a número 1. Os funcionários<br />

do mercado passaram a noite catando<br />

as batatas que foram parar embaixo das<br />

gôndolas, fruto da guerra da esposa com<br />

a amante. E o maridão sumiu do mapa.<br />

Sabia disso?<br />

MLR (A leitora pediu para não ser<br />

identificada.)<br />

O Corvo responde: o Corvo não dá<br />

atenção a esses comentários. A nota só está<br />

sendo publicada porque uma pessoa que<br />

trabalha no caixa contou para este<br />

colunista e acentuou que metade da cidade<br />

viu a encrenca, no setor de hortifrúti.<br />

Que barbaridade!

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