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GAZETA DIARIO 947

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Foz do Iguaçu, quinta-feira, 15 de agosto de 2019<br />

POLÍTICA<br />

Internacional<br />

17<br />

Macri anuncia medidas econômicas<br />

para dar alívio aos argentinos<br />

Uma das medidas é o pagamento de bônus salariais para trabalhadores<br />

Marieta Cazarré<br />

Repórter da Agência Brasil<br />

O presidente argentino,<br />

Mauricio Macri,<br />

anunciou na manhã de<br />

ontem (14), um pacote<br />

com medidas econômicas<br />

para amenizar os impactos<br />

da inflação e levar<br />

alívio a 17 milhões de trabalhadores<br />

argentinos.<br />

Entre as medidas está<br />

o pagamento de bônus<br />

salariais para todos os<br />

tipos de trabalhadores<br />

(servidores públicos, de<br />

empresas privadas e informais).<br />

Além disso,<br />

Macri prometeu congelar<br />

o preço da gasolina por<br />

90 dias, aumentar o salário<br />

mínimo e permitir<br />

que pequenas e médias<br />

empresas possam renegociar<br />

suas dívidas tributárias<br />

em 10 anos. Anunciou<br />

ainda redução no<br />

imposto de renda dos<br />

aposentados e aumento<br />

de 40% no valor das bolsas<br />

dos estudantes.<br />

No pronunciamento,<br />

feito na Quinta dos Olivos,<br />

residência oficial argentina,<br />

Macri começou<br />

pedindo desculpas pelo<br />

tom que usou na coletiva<br />

de imprensa, após o<br />

resultado das eleições primárias<br />

do domingo.<br />

"Quero me desculpar<br />

pelo que disse na conferência<br />

de segunda-feira.<br />

Fiquei muito afetado pelo<br />

que aconteceu no domingo,<br />

e triste. Sobre o resultado<br />

da votação, quero<br />

que vocês saibam que eu<br />

os entendi. Eu respeito os<br />

argentinos que decidiram<br />

votar em outra opção."<br />

As eleições do último<br />

domingo, que são conhecidas<br />

como "Paso" por serem<br />

primárias, abertas,<br />

simultâneas e obrigatórias,<br />

servem como uma<br />

grande sondagem nacional.<br />

O resultado foi negativo<br />

para Macri, que<br />

obteve 32% dos votos,<br />

enquanto a chapa Alberto<br />

Fernández e Cristina<br />

Kirchner alcançou 47%.<br />

Esse resultado pode<br />

dar a vitória em primeiro<br />

turno para os opositores,<br />

uma vez que precisam de<br />

apenas 45% dos votos ou<br />

40% e dez pontos de vantagem<br />

em relação ao segundo<br />

colocado.<br />

"Muitos argentinos,<br />

depois de um ano e meio<br />

muito duro, disseram<br />

Nas eleições do último domingo, Macri obteve 32% dos votos, enquanto a chapa<br />

Alberto Fernández e Cristina Kirchner alcançou 47%<br />

'não posso fazer mais'.<br />

Eles sentiram que o que<br />

eu pedia era muito difícil.<br />

E hoje eles estão cansados,<br />

bravos. Chegar ao<br />

fim do mês, (se tornou)<br />

uma coisa impossível<br />

para muitos. Eu entendo<br />

sua raiva, seu cansaço,<br />

apenas digo a você para<br />

não duvidar do trabalho<br />

que fizemos juntos, porque<br />

é muito, e há muito<br />

em jogo", disse o presidente.<br />

Quanto à definição do<br />

aumento do salário mínimo,<br />

Macri afirmou que se<br />

reuniria, com o Conselho<br />

de Salários.<br />

Trump diz que China desloca tropas<br />

para fronteira com Hong Kong<br />

O presidente dos Estados<br />

Unidos, Donald<br />

Trump, afirmou esta semana<br />

que recebeu informações<br />

de inteligência que<br />

apontam que o governo da<br />

China está movimentando<br />

tropas para a fronteira<br />

com Hong Kong, aumentando<br />

o temor de uma possível<br />

intervenção chinesa<br />

para conter as manifestações<br />

no território.<br />

Há quatro meses,<br />

Hong Kong, ex-colônia<br />

britânica, vem sendo palco<br />

de protestos pró-democracia<br />

que vêm desafiando<br />

o regime de Pequim.<br />

"Nossa inteligência nos<br />

informou que o governo<br />

chinês está movendo tropas<br />

para a fronteira com<br />

Hong Kong. Todos devem<br />

permanecer calmos e a salvo!",<br />

escreveu Trump no<br />

Twitter. Ele também retuitou<br />

um vídeo que mostra<br />

dezenas de caminhões militares<br />

em uma via pública.<br />

A descrição aponta que<br />

a movimentação foi registrada<br />

em Shenzhen, cidade<br />

chinesa na divisa com<br />

Hong Kong, que ainda<br />

mantém status administrativo<br />

e econômico separado<br />

da China.<br />

No mesmo dia, veículos<br />

da imprensa estatal<br />

chinesa divulgaram vídeos<br />

que mostram formações<br />

de blindados se deslocando<br />

para Shenzhen.<br />

Os veículos trazem identificações<br />

da Polícia Armada<br />

Popular, uma força<br />

policial chinesa com<br />

organização militar que é<br />

empregada para conter<br />

revoltas e protestos.<br />

Nos últimos dias, Pequim<br />

tem demonstrado<br />

impaciência com os manifestantes.<br />

Na segundafeira,<br />

o governo chinês<br />

afirmou que está vendo<br />

"sinais incipientes de terrorismo"<br />

nas manifestações.<br />

(Deutsche Welle)<br />

Ministro da Defesa<br />

nega possível golpe de<br />

Estado na Venezuela<br />

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir<br />

Padrino López, negou a possibilidade de uma<br />

tentativa de golpe de Estado no país, ou uma<br />

transição política que a oposição considera<br />

necessária para acabar com a crise.<br />

"Não vai haver nem golpe de Estado, nem governo<br />

de fato, nem transição alguma", disse ele nessa<br />

terça-feira (13). "Aqui não vai se instalar qualquer<br />

governo porque as Forças Armadas estão<br />

consciente das suas obrigações morais e<br />

constitucionais".<br />

Padrino López acrescentou que os militares vão<br />

"defender a democracia" e o "presidente Nicolás<br />

Maduro, eleito pelo povo".<br />

A crise política, econômica e social venezuelana<br />

agravou-se desde janeiro deste ano, quando o<br />

presidente da Assembleia Nacional (Parlamento,<br />

onde a oposição detém a maioria), Juan Guaidó, se<br />

autoproclamou presidente interino da Venezuela.<br />

A oposição, que conta com o apoio de mais de 50<br />

países, defende que para resolver a crise Maduro<br />

deve ser afastado do poder, deve ser designado<br />

um governo de transição e convocadas eleições<br />

livres e transparentes.<br />

Mais de 4 milhões de venezuelanos abandonaram<br />

o país, desde 2015, de acordo com dados da<br />

Organização das Nações Unidas (ONU). (RTP)<br />

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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