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GAZETA DIARIO 947

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Foz do Iguaçu, quinta-feira, 15 de agosto de 2019<br />

Cidade<br />

11<br />

JUSTIÇA<br />

Acusados de assassinar jovem em<br />

bar são condenados em júri popular<br />

A vítima, Carlos Eduardo Nogueira, foi executada com um tiro na cabeça;<br />

os dois acusados estão foragidos, mas devem cumprir as penas em regime fechado<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Álvaro José da Silva<br />

Dias e Rennan Andrey<br />

Kozievitch foram condenados<br />

em júri popular<br />

pelo assassinato de Carlos<br />

Eduardo Costa Nogueira,<br />

de 20 anos, em<br />

outubro de 2015. A sentença<br />

foi proferida, na<br />

tarde de terça-feira (13),<br />

no Fórum de Justiça de<br />

Foz do Iguaçu.<br />

O julgamento foi<br />

acompanhado por familiares<br />

da vítima, que vestiam<br />

camisetas com a<br />

foto de Carlos e um pedido<br />

de justiça estampado.<br />

Os réus não compareceram<br />

à sessão e são<br />

considerados foragidos.<br />

Kozievitch recebeu a<br />

pena de 14 anos e seis<br />

meses de prisão em regime;<br />

já Dias recebeu a<br />

sentença de nove anos e<br />

seis meses, que também<br />

deve ser cumprida em regime<br />

de reclusão.<br />

Os advogados dos<br />

réus apresentaram a tese<br />

de negativa de autoria.<br />

Durante a defesa eles tentaram<br />

provar que os acusados<br />

não estavam no<br />

local no dia e momento<br />

do crime. Os promotores<br />

do Ministério Público,<br />

por sua vez, pediram a<br />

condenação por homicídio<br />

qualificado por motivo<br />

fútil com recurso que<br />

dificultou a defesa da vítima.<br />

Foto: Tribuna Popular<br />

O crime foi registrado em um bar na região do<br />

Porto Meira, em outubro de 2015<br />

De acordo com as investigações,<br />

o crime teria<br />

sido motivado por uma<br />

desavença. A vítima foi<br />

pega de surpresa enquanto<br />

bebia em um bar, na<br />

região do Porto Meira, e<br />

executada com um tiro na<br />

cabeça, que teria sido disparado<br />

por Rennan. Álvaro<br />

estava no local na<br />

ocasião e ajudou na fuga<br />

do atirador.<br />

Os envolvidos chegaram<br />

a se apresentar na<br />

Delegacia da Polícia Civil<br />

durante a conclusão<br />

do inquérito. Na ocasião,<br />

Álvaro contou que<br />

havia ido ao bar para<br />

comprar cerveja. Quando<br />

saiu, ouviu os tiros e<br />

viu três pessoas correndo.<br />

Já Rennan confessou<br />

que conhecia a vítima,<br />

mas afirmou que na data<br />

do crime tinha ido a uma<br />

festa no Jardim São Paulo.<br />

De lá voltou para a<br />

casa e não saiu mais<br />

naquele dia.<br />

Foto: reprodução Rede Massa<br />

Familiares da vítima acompanharam o julgamento<br />

vestindo camisetas com a foto de Carlos<br />

O julgamento ocorreu, na tarde de terça-feira (13), no Fórum de<br />

Justiça de Foz; os réus não compareceram<br />

Cinco testemunhas foram<br />

ouvidas durante o julgamento<br />

nessa terça, mas<br />

nenhuma delas estava no<br />

comércio no dia do homicídio.<br />

Uma delas confirmou,<br />

porém, que Rennan<br />

tinha um desentendimento<br />

antigo com a vítima. A<br />

defesa não negou o fato,<br />

mas tentou atribuir a culpa<br />

à vítima, alegando que<br />

era Carlos quem provocava<br />

as brigas.<br />

"Havia sim uma inimizade,<br />

mas esse Carlos<br />

Eduardo era quem provocava.<br />

Ele chamava para<br />

briga, e tem provas disso<br />

nos autos. O Carlos chegou,<br />

inclusive, a sofrer<br />

uma tentativa de homicídio<br />

anterior", alegou o<br />

advogado de um dos réus,<br />

Fernando Antunes.<br />

As provas apresentadas<br />

pela defesa dos acusados<br />

não convenceram<br />

os jurados, e ambos os<br />

réus foram condenados.<br />

Os mandados de prisão<br />

já foram expedidos, e os<br />

dois são considerados foragidos.<br />

Neste caso há<br />

ainda um terceiro envolvido,<br />

mas ele será julgado<br />

em outra oportunidade,<br />

pois o processo foi<br />

desmembrado.<br />

Foto: reprodução Rede Massa<br />

Relembre<br />

o crime<br />

Carlos Eduardo Costa<br />

Nogueira foi morto<br />

com tiros de pistola na<br />

cabeça na madrugada<br />

do dia 17 de outubro<br />

de 2015. O rapaz<br />

estava em um bar na<br />

esquina das ruas<br />

Golfinho e Arenque, na<br />

região do bairro Porto<br />

Meira, quando foi<br />

surpreendido pelo<br />

atirador.<br />

Era por volta de 5h45<br />

quando os disparos<br />

foram ouvidos por<br />

moradores. Uma<br />

equipe da Polícia<br />

Militar foi acionada e<br />

constatou o óbito da<br />

vítima. Próximo ao<br />

corpo, os peritos da<br />

Delegacia de<br />

Homicídios e<br />

Criminalística<br />

recolheram quatro<br />

estojos de calibre 7.65<br />

mm, mas apenas um<br />

disparo atingiu o<br />

rapaz.<br />

Testemunhas<br />

contaram à polícia na<br />

época que Carlos teria<br />

discutido horas antes<br />

com um homem,<br />

identificado<br />

posteriormente como<br />

Rennan. O motivo da<br />

desavença, segundo<br />

as investigações, era<br />

antigo, mas não<br />

chegou a ser revelado.

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