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GAZETA DIARIO 944

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06 Opinião Foz do Iguaçu, segunda-feira, 12 de agosto de 2019<br />

As pontes<br />

A prefeitura construirá uma ponte ligando<br />

os bairros Ipê e KLP. A notícia publicada<br />

no GDia causou muita felicidade em alguns<br />

moradores, pois finalmente deixarão de dar<br />

a volta, porque há um constante relacionamento<br />

entre as duas comunidades. E com a<br />

notícia, moradores de outra região se sentiram<br />

enciumados e querem saber sobre a<br />

ponte que ligará o Bairro Cataratas e o Jardim<br />

Buenos Aires, onde a prefeitura está<br />

construindo uma supercreche.<br />

A falta que faz...<br />

Seu Corvo, estou escrevendo<br />

no domingo, Dia dos Pais, e peço<br />

licença para um texto bem curto,<br />

mas com um sentimento que eu<br />

não poderia deixar de manifestar.<br />

Acordei, peguei o celular e, em segundos,<br />

pensei em achar o número<br />

do meu pai, mas rapidamente<br />

caiu a ficha, porque ele se foi. No<br />

espaço de alguns segundos, entre<br />

pensar e ligar, até cair na realidade<br />

de que meu paizinho querido<br />

morreu, eu senti uma doce<br />

ternura, segurança, admiração;<br />

senti que ele estava presente,<br />

mas, assim, de pronto, sem ter<br />

tempo de sentir mais nada, eu<br />

chorei a sua falta! Senti falta das<br />

brigas, da pegação de pé, dos conselhos<br />

que eu tapava o ouvido e<br />

considerava que eram muito<br />

repetitivos; senti falta de ouvir o<br />

"não" que ele nunca disse, e também<br />

do "sim" que ele raramente<br />

disse. Não sei o que é o sentimento<br />

de inveja, sou desprovido dele,<br />

mas eu queria tanto ser hoje uma<br />

pessoa com um "pai", para poder<br />

telefonar e dizer: "Bom dia! Feliz<br />

dia, papai!".<br />

Marcos Panedeotti<br />

O Corvo responde: prezado, seu<br />

texto arrancou lágrimas deste filho<br />

desnaturado, que optou por viver<br />

quase a vida toda longe do ninho<br />

paterno. Hoje é triste dar conta de<br />

que foram poucos anos ao lado de<br />

uma pessoa que merecia muito<br />

mais. E depois que ele se foi, passou<br />

a habitar os sonhos, as lembranças,<br />

os pensamentos tristes de<br />

não ter devolvido a ele um pouco<br />

da vida que amorosa e gentilmente<br />

presenteou, pois se vivemos, nascemos<br />

com essa dívida, de devolver<br />

orgulho, a essência carente da<br />

paternidade. Isso é o mais simples<br />

entre os merecimentos, muito fácil<br />

de se dar, mas nem sempre conseguimos<br />

ofertar. Num momento assim,<br />

de tanta emoção, o que podemos<br />

fazer, querido Marcos, é ensinar<br />

aos outros, os que ainda podem<br />

desfrutar essa dádiva de ter<br />

ao lado aquela figura tão magnífica,<br />

magnânima, maiúscula! É assim<br />

que nos sentirmos bebês indefesos,<br />

estendendo as mãozinhas<br />

em busca de um apoio, para não<br />

cair. E as lembranças nos agarram<br />

pela cintura, como mãos ásperas,<br />

mas delicadas, e nos erguem ao<br />

céu como pipas cintilantes, esvaindo<br />

ao vento, com força e vontade<br />

de dar a volta ao mundo! Quem<br />

sentir assim dará valor e abraçará<br />

o seu pai, independentemente do<br />

número no calendário. Todos os<br />

dias são dos pais, mães e filhos!<br />

E a vida segue...<br />

No terreno da normalidade e neste agrupamento<br />

de pessoas em que vivemos,<br />

convencionado como "sociedade", as coisas acontecem<br />

sob a luz do sol e o friozinho do rescaldo de<br />

inverno. A primeira notícia que o Corvo foi buscar<br />

no estaleiro dos fatos é sobre a volta do Luiz<br />

Queiroga ao ambiente da política, com a força da<br />

liminar para reaver sua cadeira no Legislativo.<br />

Como diria o Mário Jorge Lobo Zagallo: "Só falta<br />

um"!<br />

O Queiroga<br />

O Corvo precisa escrever porque é verdade:<br />

dos cinco vereadores afastados e cassados, o que<br />

se manteve mais próximo da nossa redação, em<br />

especial deste Corvo, foi o Queiroga, logo convivemos<br />

com a sua aflição, inconformismo e até<br />

mesmo os ares de depressão, porque, francamente,<br />

seria humanamente impossível deixar de se<br />

sentir assim frente tudo o que ocorreu. Ele foi tão<br />

enfático e persistente em sua defesa diante dos<br />

amigos, que pode ser que todos acreditaram em<br />

suas ponderações e, com isso, tenham-no absolvido<br />

das acusações. Claro que ainda falta a Justiça<br />

manifestar-se, mas ele tem colecionado algumas<br />

vitórias no terreno judicial.<br />

Sem torcida<br />

Este colunista raciocina com a humildade de<br />

que não há entre os ex-cassados alguém que sofreu<br />

menos, ou que absorveu o episódio com mais<br />

calma e menos dor. Cada um encarou o rabujo ao<br />

seu modo. Queiroga foi o que fez mais esforço<br />

para dar a volta, além de manter o diálogo aberto<br />

e permanente com os amigos e quem lhe abriu a<br />

porta, passou a dar palestras, ensinando que o<br />

positivo gera positividade, brigando pela<br />

erradicação da procrastinação. Quem assistiu e<br />

atendeu a sua fala sentiu a quantas vazava a sua<br />

força. Mas ninguém se engane, Queiroga pode<br />

não ter ódio no coração, porém está sim com a<br />

faca nos dentes.<br />

Difícil chegada<br />

Hoje, para um morador que vive no Cataratas chegar ao Bairro<br />

Carimã e, por sua vez, ao Jardim Buenos Aires, precisa encarar a BR-<br />

469, ruim de entrar e pior ainda para sair, por causa do intenso<br />

trânsito. Vários acidentes ocorrem no cruzamento da Rua Carmem<br />

Gatti com a BR-469. Quando vai sair a ponte, seu Chico? Quando a<br />

Rua Tigre vai alcançar a Rua Salto de Los Amores? O Corvo vai<br />

repetir o mapa publicado em outra edição.<br />

Diálogo<br />

O Queiroga que faça o favor de contestar este colunista caso esteja<br />

errado, mas é sabido que houve uma certa peregrinação em busca de<br />

recomposição com a sua figura nos últimos meses. Ele foi literalmente<br />

"assediado" por muitos, sobretudo por gente em busca de espaço nas<br />

vagas de assessoria. Se fosse um vestibular, seria algo como mil candidatos<br />

por vaga, coisa impressionante! Com ele e também com os demais<br />

que retornaram para o Legislativo. Este Corvo aposta que a maioria<br />

dessas pessoas desceu a lenha quando teve oportunidade e agora<br />

quer o mel da chupeta. Que barbaridade!<br />

Acordo secreto<br />

Uma semana antes de<br />

Itaipu esclarecer a polêmica<br />

gerada no Paraguai, o<br />

Corvo já antecipava alguns<br />

dos pontos divulgados. Foi<br />

fruto de informação reservada?<br />

De contato dentro<br />

da binacional? Alguém disse<br />

isso para o Corvo?<br />

Nadinha, é apenas o óbvio,<br />

e o mínimo que as pessoas<br />

deveriam concluir conhecendo<br />

a seriedade que<br />

há em Itaipu em questões<br />

assim. A tal "crise" nunca<br />

passou de especulação e<br />

maldade de alguns<br />

paraguaios reacionários,<br />

que querem levar vantagem<br />

em cima da honestidade<br />

brasileira ao negociar<br />

a compra de energia. A<br />

Ata Bilateral não só foi<br />

transparente como se tornou<br />

o objeto da discussão<br />

entre os paraguaios, do<br />

contrário ninguém saberia<br />

de absolutamente nada. A<br />

"expertise" paraguaia, de<br />

informar um consumo diferente<br />

da realidade, finalmente<br />

chegou ao fim.<br />

Sabor e amizade<br />

E o seu Darley Carneiro, diretorgeral<br />

do GDia, rendeu-se ao farto<br />

cardápio do Joaõzinho Espetinhos!<br />

Foi na noite de sábado, com casa<br />

cheia e um friozinho louco de bom<br />

para um bom vinho, que, aliás, a<br />

casa também oferece.<br />

Operação Quadro Negro<br />

Nada causa mais repulsa que desvio de dinheiro<br />

na construção de escolas. Dá vontade de chorar, ainda<br />

quando sabemos do esforço de milhares de crianças<br />

madrugando para assistir às aulas, chegar até<br />

a escola caindo aos pedaços, debaixo de chuva, frio,<br />

lama até o pescoço. Nossas crianças enfrentam todas<br />

as dificuldades do mundo para acessar algo que<br />

deveria ser fundamental: o direito à formação. E vamos<br />

além, e os professores que mantêm as classes<br />

sob goteiras, no chão batido e pau a pique? Daí aparecem<br />

uns tigrões e passam a mão na grana que<br />

deveria prover um pouco de conforto no ensino?<br />

Cadeia neles!<br />

Desperdício<br />

Não faz muito tempo, alguém fez uma conta para<br />

o Corvo sobre o desperdício que havia na construção<br />

civil, no campo das obras públicas. O resultado<br />

foi de arrepiar. Jogam tanto dinheiro fora e estragam<br />

tantos materiais que seria possível construir<br />

mais duas escolas com o valor da verba. Que barbaridade!<br />

E ao lado disso ainda há os ladrões? Mais<br />

uma vez: que baita barbaridade!

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