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GAZETA DIARIO 944

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26 Viver Saúde Foz do Iguaçu, segunda-feira, 12 de agosto de 2019<br />

TÉCNICA SECULAR<br />

Entenda como a Ozonioterapia passou a ser<br />

fundamental na Podologia<br />

O ozônio tem propriedades altamente bactericidas, fungicidas e antivirais, além de estimular a circulação e revitalização<br />

de funções orgânicas<br />

A ozonioterapia utiliza o<br />

ozônio (O3) e oxigênio (O2)<br />

como agente terapêutico<br />

no tratamento de diversas<br />

patologias, na podologia<br />

passou-se a usar o ozônio<br />

no tratamento de micoses,<br />

feridas crônicas, pés diabéticos,<br />

unhas encravadas,<br />

fissuras de calcanhar, esporões,<br />

entre outros problemas.<br />

Nos tratamentos<br />

podem ser aplicados métodos<br />

como insuflação do<br />

ozônio diretamente nos pés<br />

(por alguns minutos deixa-se<br />

os pés dentro de bag´s que<br />

são sacos plásticos com<br />

ozônio), imersão do pé em<br />

água ozonizada, e aplicação<br />

tópica de óleos ozonizados.<br />

O ozônio tem propriedades<br />

altamente bactericidas,<br />

fungicidas e antivirais, tem<br />

efeito direto sobre diversos<br />

agentes infecciosos, dentre<br />

eles: Enterococcus, Bacillus<br />

spp, Escherichia coli,<br />

Streptococcus spp, Listeria<br />

monocytogenes, Pseudonomas<br />

aeruginosa, Staphylococcus<br />

aureus, Candida<br />

albicans. Sua capacidade<br />

de estimular a circulação<br />

é usada no tratamento de<br />

problemas circulatórios e<br />

na revitalização de funções<br />

orgânicas de modo geral. A<br />

ozonioterapia apresenta-se<br />

como promissora alternativa<br />

coadjuvante no tratamento<br />

dessas lesões, pois atua de<br />

forma bioxidativa com efeitos<br />

antimicrobianos e promove a<br />

neoangiogênese, processo<br />

de formação de novos vasos<br />

sanguíneos, necessário<br />

para proporcionar a cicatrização<br />

da ferida através do<br />

suprimento sanguíneo dos<br />

fibroblastos responsáveis<br />

pela síntese de colágeno,<br />

aumento no local o número<br />

de fibroblastos, melhorando<br />

a capacidade de transporte<br />

de oxigênio (O2) por parte<br />

dos eritrócitos, além de estimular<br />

o sistema imunológico.<br />

Ozônio e o<br />

Pé Diabético<br />

O Diabetes mellitus é<br />

uma doença do metabolismo<br />

da glicose causada pela falta<br />

ou má absorção de insulina,<br />

cuja função é quebrar as<br />

moléculas de glicose para<br />

transformá-las em energia,<br />

a fim de que seja aproveitada<br />

por todas as células.<br />

A ausência total ou parcial<br />

desse hormônio interfere<br />

não só na queima do açúcar,<br />

como na sua transformação<br />

em outras substâncias<br />

(proteínas, músculos e gordura).<br />

As úlceras crônicas<br />

representam quase 50% das<br />

causas de internação dos<br />

pacientes diabéticos. Isso<br />

ocorre porque os pés são<br />

partes vulneráveis às complicações<br />

diabéticas, pois são<br />

expostos quotidianamente<br />

a traumas de repetição. As<br />

feridas no diabético tendem<br />

a cicatrizar-se lentamente e<br />

apresentam-se frequentemente<br />

associadas à infecção<br />

de difícil resolução, que na<br />

maioria dos casos, requerem<br />

intervenções cirúrgicas.<br />

Esse quadro é agravado<br />

pela reduzida circulação<br />

nos membros inferiores<br />

(principalmente dos joelhos<br />

aos pés), ocasionada pela<br />

aterosclerose, que promove<br />

redução do calibre das artérias<br />

(microangiopatia) e a<br />

progressiva destruição dos<br />

nervos que chegam ao pé,<br />

e que por sua vez, causam<br />

redução da sensibilidade e<br />

consequente alteração da<br />

distribuição do peso corporal<br />

na superfície plantar, favorecendo<br />

o aparecimento das<br />

lesões por hiperpressão. A<br />

proteção ineficiente e ferimentos<br />

acidentais podem<br />

causar ulcerações que, em<br />

casos mais graves, levam à<br />

amputação de parte ou de<br />

todo o membro. A ozonoterapia<br />

associada à terapia<br />

convencional favorece a<br />

cicatrização da úlcera em pé<br />

diabético, porque apresenta<br />

fortes propriedades antissépticas,<br />

causa oxigenação<br />

local, devido à neovascularização<br />

induzida, e acelera<br />

a reparação tissular.<br />

DRA. PÊULA FINATTO<br />

CRBM 0222<br />

Graduada em Biomedicina com<br />

Habilitação em Análises Clínicas pela<br />

Faculdade União das Américas - Foz<br />

do Iguaçu (2009), pós-graduação em<br />

Microbiologia pela Pontifícia Universidade<br />

Católica do Paraná - Curitiba (2012).<br />

Experiência em análises clínicas em<br />

ambiente hospitalar, agência transfusional<br />

e controle de qualidade laboratorial.<br />

Habilitada em Ozonioterapia e Membro da<br />

Associação Brasileira de Ozonioterapia

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