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‣ 41.<br />
O Preto Velho que nasceu no cativeiro<br />
Hoje <strong>de</strong>sce no terreiro<br />
De cachimbo e pé no chão<br />
Pega na pemba, risca ponto e faz mironga<br />
Saravá, Maria Congá, saravá, meu Pai João<br />
‣ 42.<br />
Quem é aquele velhinho<br />
Que vem no caminho andando <strong>de</strong>vagar<br />
Com seu cachimbo na boca<br />
Pitando a fumaça e soltando pro ar<br />
Ele é do cativeiro<br />
Ele é Preto Velho, ele é mirongueiro<br />
‣ 43.<br />
Santo Antônio, que santo é aquele<br />
Que vem no andor<br />
É São Benedito coberto <strong>de</strong> flor ><br />
‣ 44.<br />
Tira o cipó do caminho, oh criança<br />
Deixa esse velho passar<br />
É Preto Velho<br />
Que vem <strong>de</strong> Aruanda para trabalhar<br />
‣ 45.<br />
Oi que brilha no céu, é lua nova<br />
Mas que tem lá céu, é lua nova<br />
‣ 46.<br />
Toda segunda-feira tem feitiço na la<strong>de</strong>ira ><br />
As velas queimando no asfalto<br />
Chorando alto, chorando alto<br />
Mendigo sentado no asfalto<br />
Cheirando álcool, cheirando álcool<br />
Os carros passando no asfalto<br />
Buzinam alto, buzinam alto<br />
Bandido correndo no asfalto<br />
Foi um assalto, foi um assalto<br />
Patrão padroeiro das almas<br />
Bendito seja o rosário<br />
Patrão padroeiro das almas<br />
Nós cumprimos nosso horário<br />
‣ 47.<br />
Zum, zum, bateu na porta,<br />
Saravá vou ver quem é<br />
É o povo <strong>de</strong> Aruanda<br />
E a falange <strong>de</strong> Guiné<br />
‣ 48.<br />
Pisa na linha <strong>de</strong> Congo, meu filho, filho meu<br />
Pisa na linha <strong>de</strong> Congo <strong>de</strong>vagar, filho meu<br />
Pisa na linha <strong>de</strong> Congo, <strong>de</strong>stemido filho meu<br />
Pai Congo trabalha na <strong>Umbanda</strong><br />
Para caminhar olha Congá girar<br />
‣ 49.<br />
Na fazenda <strong>de</strong> Santa Rita<br />
Nego duro <strong>de</strong> se acordar<br />
Não trabalha porque não quer<br />
Tem cavalo pra arriar<br />
‣ 50.<br />
Bate tambor lá na Angola |<br />
Bate tambor 3><br />
Pai Maneco<br />
Bate tambor<br />
Pai José<br />
Bate tambor<br />
Pai Joaquim<br />
Bate tambor<br />
Bate tambor lá na Angola<br />
Bate tambor ><br />
‣ 51.<br />
E esse nego que veio <strong>de</strong> Aruanda<br />
No terreiro <strong>de</strong> <strong>Umbanda</strong><br />
Ele vem pra trabalhar<br />
E olha o passo da girafa o nego dá<br />
E olha o jeito <strong>de</strong>sse nego trabalhar<br />
E olha o passo da girafa o nego dá<br />
E esse nego já foi dono <strong>de</strong> congá<br />
Lá nas matas tem as folhas da Jurema ><br />
‣ 52.<br />
É preto, é preto, oi Cambinda<br />
Na terra <strong>de</strong> preto, oi Cambinda<br />
Eu também sou preto, oi Cambinda<br />
Na terra <strong>de</strong> preto, oi Cambinda<br />
Tenda Caboclo Sete Cachoeiras 91<br />
PRETOS VELHOS