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06 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 3 e 4 de agosto de 2019 Providências Seu Ratinho Junior que tome tento, porque a cidade está olhando muito para as obras do governo. A pergunta é: e a BR-469 vai entrar na balada das obras da ponte ou não vai? Ele precisa entender que a carência da cidade é grande e há sim uma fome pelos atos do governo, sobretudo quando eles aparecem de maneira tão gigantesca, na forma de viadutos, pontes, estradas... Criança não é brinquedo... É muito bonito o projeto que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, veio lançar em Foz. Pena que não foi isso que emplacou na mídia nacional. A imprensa quis saber apenas das nomeações nos cargos relacionados aos atos da ditadura militar. Mas a imprensa local trabalhou os projetos com carinho. ...e criança brinca... ...e lá se vão os brinquedos apreendidos pela Receita Federal, em forma de doação para as campanhas do governo. Isso deve causar um furor na Abrinq (Associação dos Fabricantes Nacionais de Brinquedos), que encabeça uma penca de atividades sociais. Há quem defenda que no lugar de distribuir os brinquedos apreendidos seria bem melhor realizar leilões e bazares e reverter a renda para as associações voltadas à infância. Criança gosta de brincar, mas também passa fome em muitos locais. Se trocarem brinquedos por alimentos, o resultado pode ser muito positivo. Duas faces E Foz comemorou os dados positivos com ênfase, afinal de contas os resultados das férias de julho merecem destaque. Os números foram muito bons, mas isso só ficou pela cidade, porque os assuntos que ocuparam espaço nos noticiários foram ou as nomeações da Damares, ou a "crise porcina" entre Brasil e Paraguai, por causa dos acordos "secretos" envolvendo Itaipu. "Crise porcina" É o tipo de situação que "foi sem nunca ter sido", porque só existiu na cabeça de quem gosta de encontrar chifre em burro, achando que é unicórnio. O Corvo explica: pelo que se sabe, jamais, em momento algum, houve uma "reunião secreta" em Itaipu, porque os temas binacionais ou os eventos que reúnem cúpulas dos dois países são transparentes. Paraguai político Os brasileiros ainda não conhecem bem os bastidores da política paraguaia. Se o ato de puxar tapete fosse um esporte olímpico, nossos vizinhos seriam medalha de ouro permanentemente; quebrariam os recordes dos nadadores norte-americanos. Mania de acusação Aqui ninguém brinca com o tema "Guerra do Paraguai", ou conflito da "Tríplice Aliança", porque foi uma carnificina e causou danos irreparáveis aos nossos vizinhos, mas às vezes eles evocam o passado de maneira muito provocativa ao insistirem nas acusações contra o Brasil e os brasileiros de "imperialistas". Existe essa ala política radical que, na verdade, não colabora em nada com o desenvolvimento do país, mantendo-o amarrado à condição de vítima do passado. E foi esse o tom usado no tapetão das desvantagens, ou seja, na venda do excedente de energia para o Brasil. O Paraguai é bem maior que isso. Negociações Brasil e Paraguai devem sim defender seus interesses nas negociações em todos os níveis, mas precisam se ligar, de maneira que isso não atrapalhe os projetos de geopolítica e logística. O mundo ficou muito pequeno para esses arranca-rabos de fundo de quintal. Turismo Este passarinho acusado de viver comendo carniça foi surpreendido com uma bela campanha trabalhada pela Prefeitura de Foz, por meio da Secretaria de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, juntamente com a Gestão Integrada do Turismo. Enfim, depois de muitos e muitos anos, uma publicidade de altíssimo nível e de acordo com os nossos produtos. Vamos tirar o chapéu para a iniciativa do prefeito Chico Brasileiro e do secretário Gilmar Piolla. Propaganda em favor do turismo é coisa rara na história da cidade. Simplicidade O Corvo elegeu o desenho do "coração" como a melhor peça de toda a campanha. É simples e muito direta e, com certeza, colocaria um adesivo no para-brisa do veículo, porque seria uma maneira de expressar essa assimilação pelo esforço da cidade. Aqui e lá fora Quando trabalhos assim são realizados, de complexidade e eficiência, naturalmente mexem com as "lombrigas" de quem nunca fez nada e também não soube fazer. Daí surgem críticas medíocres do tipo: "Puxa vida, estão exibindo as peças publicitárias de turismo nos veículos de Foz, quando isso deveria sair fora da cidade, para atrair os visitantes". Acontece que as peças estão sendo exibidas nos polos emissores, e com muita estratégia. Por outro lado, o iguaçuense merece ver, e por muitas razões; é possível enumerálas, inclusive: 1) as campanhas trabalham a autoestima do cidadão, que às vezes esquece a importância no contexto turístico; 2) é necessário formar uma consciência de que o visitante é um bem maior e merece ser bem recebido, bem tratado; 3) é muito importante o cidadão saber que o seu dinheiro está sendo bem investido em imagem institucional; 4) as pessoas às vezes não entendem o potencial da união entre os setores nem sabem ao certo o que é uma Gestão Integrada. Enfim, há muitas defesas para uma campanha assim. Parabéns aos organizadores. Consolidação Faz muito tempo, Foz procura uma forma de "consolidar" objetivamente um visual de campanha que identifique tudo o que a cidade possui, de maneira ágil e que permaneça na cabeça das pessoas. Foi genial transferir isso para os visitantes, porque é assim que as pessoas olham para este cantinho do mapa, com o coração, afinal de contas o destino é muito marcante em matéria de satisfação. Terça, o grande dia Se muita gente ainda acredita que a segunda ponte com o Paraguai é uma nuvem de promessas, basta ir até a barranca do Rio Paraná, levar uma cadeirinha de praia, uma garrafa térmica e uma cuia de chimarrão e ficar por lá lagarteando, olhando o maquinário e a "peãozada" nos preparativos. Ou não há quem se dedique a isso? Foi assim nos anos 50, quando iniciaram as obras da Ponte da Amizade. Boa parte dos registros fotográficos é de moradores que iam apreciar a construção. Pedágio Já que o tema é acesso, alguém ligou para o Corvo especulando um assunto bem delicado: existiria uma discussão sobre a possibilidade de cobrarem um pedágio na BR-469, de quem ingressasse com caminhões em direção à BR-277 e de veículos que entrassem na cidade via aeroporto e resolvessem seguir até as Cataratas. O Corvo sentiu um baita arrepio nas penas do cangote quando ouviu sobre o assunto. Mas vamos raciocinar: isso só pode ser um boato e, se é assim, devemos matá-lo na casca. Se as obras são bancadas por Itaipu, e não serão realizadas no formato de uma concessão, qual a razão de pedágio? Xô, pedágio! Já bastam os que encaramos ao longo da BR- 277, um assalto à mão armada. Festerê Bela gravata, Vermelhinho! O homem, que já é bem vermelho, ainda resolve usar uma gravata da mesma cor? Como diziam os antigos, isso que é "ornar". Mas, na verdade, o deputado Vermelho estava quase roxo de alegria no evento que deu embalo à construção da segunda ponte, no Palácio Iguaçu; ele, o general Joaquim e o governador Ratinho Jr. expressam o "positivo" do evento . Pedágio, vem que a gente paga! É uma ação inovadora, e isso ninguém pode negar. Quem resolver viajar para Foz em excursão estará livre daquilo que é cobrado nas guaritas, mas os grupos que aderirem à promoção precisarão permanecer pelo menos três diárias. Agora, se resolverem criar uma promoção assim para quem viaja de automóvel, o prejuízo é certo. É inconcebível pensar na quantidade de pedágios até chegar a Foz. Quem sair de São Paulo, então, deixará quase o valor da gasolina nas guaritas. Um abuso, disparate sem cabimento, a começar pelo que devolvem em matéria de estradas, com boa parte dos trechos em pista única, sem terceiras faixas. Pensa, pagar uma fortuna para ficar engolindo fumaça de caminhões, arriscando encarar um acidente? Quando o assunto é viajar a Foz pelas estradas, o pedágio é o grande vilão. Ninguém pode com isso.
Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 3 e 4 de agosto de 2019 INFLUENZA Cidade 07 Boletim confirma 90 casos e 17 mortes por gripe em Foz do Iguaçu Quase a totalidade dos óbitos é de pessoas com 60 anos ou mais; veja como se prevenir da doença durante o inverno Ronildo Pimentel Reportagem O Informe sobre a Influenza no Paraná, divulgado nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde, confirmou 90 casos da doença e 17 mortes por gripe, de janeiro a julho deste ano, em Foz do Iguaçu. Em todo o estado, foram confirmados 488 casos — 40 a mais em uma semana. A transmissão do vírus, que ocorre o ano todo, aumenta no inverno devido à permanência maior em locais fechados. A maioria dos casos da doença confirmados em Foz do Iguaçu é de influenza H1N1 — 87 no total. A cidade também registrou dois casos de influenza H3N2, e um caso de influenza B. Dos 17 óbitos registrados em Foz do Iguaçu, 13 ocorreram em adultos com mais de 60 anos de idade — 76% dos casos. Mais de 94% das mortes por influenza apresentam fatores de risco. Os principais são fragilidades na terceira idade, doenças cardiovasculares crônicas e doenças que afetam os pulmões. De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde, o vírus da influenza tem atingido Gripe em Foz do Iguaçu atingiu 90 pessoas e matou 17 de janeiro a julho deste ano pessoas de todas as faixas etárias. Dos 90 casos confirmados da doença, 11 foram em crianças até 2 anos, e 14 em crianças de 2 a 9 anos. Na faixa etária de 10 a 39 anos, foram 23 casos. De 40 a 59 anos, foram 16 registros; e com 60 anos ou mais, 26 ocorrências confirmadas. A gripe não é uma doença simples como muitos consideram, afirma o chefe da Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Renato Lopes. "A influenza pode provocar complicações, como a pneumonia, principalmente nas faixas etárias extremas, ou seja, crianças e idosos. Na terceira idade, além da imunidade baixa, a gripe pode se associar a outras doenças." Paraná De acordo com o informe estadual, o Paraná tem agora 488 casos confirmados de influenza. No boletim da última semana, eram 448 confirmações. O vírus que registra maior circulação é o H1N1, presente em 421 casos (86,3%). Aumentaram também os óbitos no estado: eram 87 e agora são 90 por causa da gripe e de agravamentos da doença. As mortes foram em Guarapuava (homem, 62 anos), Londrina (homem, 48 anos) e Capitão Leônidas Marques, na região de Cascavel (homem, 72 anos). A região metropolitana de Curitiba, com 29 municípios, é a que apresenta mais ocorrências no Paraná — 193 casos. Depois vem Foz do Iguaçu, com 90, e Ponta Grossa, com 38 confirmações. O monitoramento sobre a Síndrome Respiratória Aguda por Influenza aponta dados desde o início de janeiro de 2019 até 30 de julho. Transmissão A transmissão do vírus acontece durante todo o ano, mas no inverno existe a tendência de aumento em função de as pessoas permanecerem por mais tempo em locais fechados e com pouca ventilação. "Isso facilita a contaminação, já que a gripe é transmitida de pessoa para pessoa, principalmente pela tosse, espirro ou pelo contato com secreções respiratórias ou objetos contaminados", explica Renato Lopes. O clima seco predominante no período e as baixas temperaturas também propiciam maior sobrevida do vírus. Como medidas preventivas, a Secretaria da Saúde orienta a higienização frequente das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; cobrir nariz e a boca com a dobra do braço quando espirrar ou tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos e pratos; e deixar os ambientes sempre ventilados.
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