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GAZETA DIARIO 937

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06 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 3 e 4 de agosto de 2019<br />

Providências<br />

Seu Ratinho Junior que tome tento, porque<br />

a cidade está olhando muito para as<br />

obras do governo. A pergunta é: e a BR-469<br />

vai entrar na balada das obras da ponte ou<br />

não vai? Ele precisa entender que a carência<br />

da cidade é grande e há sim uma fome pelos<br />

atos do governo, sobretudo quando eles<br />

aparecem de maneira tão gigantesca, na forma<br />

de viadutos, pontes, estradas...<br />

Criança não é<br />

brinquedo...<br />

É muito bonito o projeto que a<br />

ministra da Mulher, da Família e<br />

dos Direitos Humanos, Damares<br />

Alves, veio lançar em Foz. Pena que<br />

não foi isso que emplacou na mídia<br />

nacional. A imprensa quis saber<br />

apenas das nomeações nos cargos<br />

relacionados aos atos da ditadura<br />

militar. Mas a imprensa local trabalhou<br />

os projetos com carinho.<br />

...e criança brinca...<br />

...e lá se vão os brinquedos apreendidos<br />

pela Receita Federal, em<br />

forma de doação para as campanhas<br />

do governo. Isso deve causar<br />

um furor na Abrinq (Associação dos<br />

Fabricantes Nacionais de Brinquedos),<br />

que encabeça uma penca de<br />

atividades sociais. Há quem defenda<br />

que no lugar de distribuir os brinquedos<br />

apreendidos seria bem<br />

melhor realizar leilões e bazares e<br />

reverter a renda para as associações<br />

voltadas à infância. Criança<br />

gosta de brincar, mas também passa<br />

fome em muitos locais. Se trocarem<br />

brinquedos por alimentos,<br />

o resultado pode ser muito positivo.<br />

Duas faces<br />

E Foz comemorou os dados positivos<br />

com ênfase, afinal de contas<br />

os resultados das férias de julho merecem<br />

destaque. Os números foram<br />

muito bons, mas isso só ficou pela<br />

cidade, porque os assuntos que ocuparam<br />

espaço nos noticiários foram<br />

ou as nomeações da Damares, ou a<br />

"crise porcina" entre Brasil e<br />

Paraguai, por causa dos acordos<br />

"secretos" envolvendo Itaipu.<br />

"Crise porcina"<br />

É o tipo de situação que "foi sem<br />

nunca ter sido", porque só existiu<br />

na cabeça de quem gosta de encontrar<br />

chifre em burro, achando<br />

que é unicórnio. O Corvo explica:<br />

pelo que se sabe, jamais, em momento<br />

algum, houve uma "reunião<br />

secreta" em Itaipu, porque os temas<br />

binacionais ou os eventos que<br />

reúnem cúpulas dos dois países<br />

são transparentes.<br />

Paraguai político<br />

Os brasileiros ainda não conhecem<br />

bem os bastidores da política<br />

paraguaia. Se o ato de puxar tapete<br />

fosse um esporte olímpico, nossos<br />

vizinhos seriam medalha de<br />

ouro permanentemente; quebrariam<br />

os recordes dos nadadores norte-americanos.<br />

Mania de acusação<br />

Aqui ninguém brinca com o<br />

tema "Guerra do Paraguai", ou<br />

conflito da "Tríplice Aliança", porque<br />

foi uma carnificina e causou<br />

danos irreparáveis aos nossos vizinhos,<br />

mas às vezes eles evocam<br />

o passado de maneira muito<br />

provocativa ao insistirem nas acusações<br />

contra o Brasil e os brasileiros<br />

de "imperialistas". Existe<br />

essa ala política radical que, na<br />

verdade, não colabora em nada<br />

com o desenvolvimento do país,<br />

mantendo-o amarrado à condição<br />

de vítima do passado. E foi esse o<br />

tom usado no tapetão das desvantagens,<br />

ou seja, na venda do excedente<br />

de energia para o Brasil. O<br />

Paraguai é bem maior que isso.<br />

Negociações<br />

Brasil e Paraguai devem sim<br />

defender seus interesses nas negociações<br />

em todos os níveis, mas<br />

precisam se ligar, de maneira que<br />

isso não atrapalhe os projetos de<br />

geopolítica e logística. O mundo ficou<br />

muito pequeno para esses arranca-rabos<br />

de fundo de quintal.<br />

Turismo<br />

Este passarinho acusado de viver<br />

comendo carniça foi surpreendido<br />

com uma bela campanha trabalhada<br />

pela Prefeitura de Foz, por<br />

meio da Secretaria de Turismo, Indústria,<br />

Comércio e Projetos Estratégicos,<br />

juntamente com a Gestão<br />

Integrada do Turismo. Enfim, depois<br />

de muitos e muitos anos, uma<br />

publicidade de altíssimo nível e de<br />

acordo com os nossos produtos.<br />

Vamos tirar o chapéu para a iniciativa<br />

do prefeito Chico Brasileiro e<br />

do secretário Gilmar Piolla. Propaganda<br />

em favor do turismo é coisa<br />

rara na história da cidade.<br />

Simplicidade<br />

O Corvo elegeu o desenho do<br />

"coração" como a melhor peça de<br />

toda a campanha. É simples e muito<br />

direta e, com certeza, colocaria<br />

um adesivo no para-brisa do veículo,<br />

porque seria uma maneira de<br />

expressar essa assimilação pelo<br />

esforço da cidade.<br />

Aqui e lá fora<br />

Quando trabalhos assim são realizados,<br />

de complexidade e eficiência, naturalmente<br />

mexem com as "lombrigas" de<br />

quem nunca fez nada e também não soube<br />

fazer. Daí surgem críticas medíocres<br />

do tipo: "Puxa vida, estão exibindo as peças<br />

publicitárias de turismo nos veículos<br />

de Foz, quando isso deveria sair fora da<br />

cidade, para atrair os visitantes". Acontece<br />

que as peças estão sendo exibidas nos<br />

polos emissores, e com muita estratégia.<br />

Por outro lado, o iguaçuense merece ver,<br />

e por muitas razões; é possível enumerálas,<br />

inclusive: 1) as campanhas trabalham<br />

a autoestima do cidadão, que às vezes<br />

esquece a importância no contexto turístico;<br />

2) é necessário formar uma consciência<br />

de que o visitante é um bem maior<br />

e merece ser bem recebido, bem tratado;<br />

3) é muito importante o cidadão saber<br />

que o seu dinheiro está sendo bem<br />

investido em imagem institucional; 4) as<br />

pessoas às vezes não entendem o potencial<br />

da união entre os setores nem sabem<br />

ao certo o que é uma Gestão Integrada.<br />

Enfim, há muitas defesas para<br />

uma campanha assim. Parabéns aos<br />

organizadores.<br />

Consolidação<br />

Faz muito tempo, Foz procura uma<br />

forma de "consolidar" objetivamente um<br />

visual de campanha que identifique tudo<br />

o que a cidade possui, de maneira ágil e<br />

que permaneça na cabeça das pessoas.<br />

Foi genial transferir isso para os visitantes,<br />

porque é assim que as pessoas olham<br />

para este cantinho do mapa, com o coração,<br />

afinal de contas o destino é muito<br />

marcante em matéria de satisfação.<br />

Terça, o grande dia<br />

Se muita gente ainda acredita que a<br />

segunda ponte com o Paraguai é uma nuvem<br />

de promessas, basta ir até a<br />

barranca do Rio Paraná, levar uma cadeirinha<br />

de praia, uma garrafa térmica e uma<br />

cuia de chimarrão e ficar por lá<br />

lagarteando, olhando o maquinário e a<br />

"peãozada" nos preparativos. Ou não há<br />

quem se dedique a isso? Foi assim nos<br />

anos 50, quando iniciaram as obras da<br />

Ponte da Amizade. Boa parte dos registros<br />

fotográficos é de moradores que iam<br />

apreciar a construção.<br />

Pedágio<br />

Já que o tema é acesso, alguém ligou para<br />

o Corvo especulando um assunto bem delicado:<br />

existiria uma discussão sobre a possibilidade<br />

de cobrarem um pedágio na BR-469, de<br />

quem ingressasse com caminhões em direção<br />

à BR-277 e de veículos que entrassem na cidade<br />

via aeroporto e resolvessem seguir até as<br />

Cataratas. O Corvo sentiu um baita arrepio nas<br />

penas do cangote quando ouviu sobre o assunto.<br />

Mas vamos raciocinar: isso só pode ser<br />

um boato e, se é assim, devemos matá-lo na<br />

casca. Se as obras são bancadas por Itaipu, e<br />

não serão realizadas no formato de uma concessão,<br />

qual a razão de pedágio? Xô, pedágio!<br />

Já bastam os que encaramos ao longo da BR-<br />

277, um assalto à mão armada.<br />

Festerê<br />

Bela gravata, Vermelhinho! O homem, que<br />

já é bem vermelho, ainda resolve usar uma<br />

gravata da mesma cor? Como diziam os antigos,<br />

isso que é "ornar". Mas, na verdade, o deputado<br />

Vermelho estava quase roxo de alegria<br />

no evento que deu embalo à construção da<br />

segunda ponte, no Palácio Iguaçu; ele, o general<br />

Joaquim e o governador Ratinho Jr. expressam<br />

o "positivo" do evento .<br />

Pedágio, vem que<br />

a gente paga!<br />

É uma ação inovadora, e isso ninguém pode<br />

negar. Quem resolver viajar para Foz em excursão<br />

estará livre daquilo que é cobrado nas<br />

guaritas, mas os grupos que aderirem à promoção<br />

precisarão permanecer pelo menos<br />

três diárias. Agora, se resolverem criar uma<br />

promoção assim para quem viaja de automóvel,<br />

o prejuízo é certo. É inconcebível pensar<br />

na quantidade de pedágios até chegar a Foz.<br />

Quem sair de São Paulo, então, deixará quase<br />

o valor da gasolina nas guaritas. Um abuso,<br />

disparate sem cabimento, a começar pelo que<br />

devolvem em matéria de estradas, com boa<br />

parte dos trechos em pista única, sem terceiras<br />

faixas. Pensa, pagar uma fortuna para ficar<br />

engolindo fumaça de caminhões, arriscando<br />

encarar um acidente? Quando o assunto é<br />

viajar a Foz pelas estradas, o pedágio é o grande<br />

vilão. Ninguém pode com isso.

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