Revista Kids Mais - Edição 03 - Toledo
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Tosse: quando devemos<br />
nos preocupar?<br />
Médica<br />
A<br />
tosse é um mecanismo de defesa das vias aéreas<br />
e é uma maneira que o corpo tem de ajudar a<br />
eliminar secreções e proteger as vias aéreas das<br />
complicações do seu acúmulo.<br />
Combater a tosse, a ponto de suprimir o reflexo, pode<br />
ser mais maléfico do que benéfico, ela é um dos mecanismos<br />
que o corpo lança mão para expelir o catarro<br />
que é formado durante uma agressão à árvore<br />
respiratória, nesse processo, há também pequenas<br />
estruturas na sua superfície que empurram o muco<br />
em direção à parte superior.<br />
das vias aéreas com o soro fisiológico (nebulizado) o<br />
processo de drenagem das vias aéreas será facilitado.<br />
As causas mais comuns de tosse aguda são as infecções<br />
respiratórias virais, como o resfriado comum<br />
(mais leve) e a síndrome gripal (mais intensa) em<br />
crianças com diagnóstico ou antecedentes alérgicos.<br />
A tosse aguda também pode vir como uma manifestação<br />
da crise, na rinite alérgica ou asma, por exemplo.<br />
Quando a tosse aguda vem acompanhada de febre<br />
alta, dificuldade para respirar ou cansaço e abatimento<br />
intenso, é frequente que o pulmão esteja afetado<br />
e a possibilidade de pneumonia bacteriana demanda<br />
mais atenção. Nos bebês pequenos, o que era um<br />
simples resfriado, pode complicar com mais facilidade<br />
e se ele começar a ficar com tosse aguda e dificuldade<br />
para respirar pode ser bronquiolite viral aguda,<br />
outro quadro que demanda avaliação do pediatra.<br />
Quando a tosse se torna prolongada, com mais de<br />
duas semanas de duração, começamos a considerar<br />
complicações dos quadros respiratórios agudos, alergias<br />
e outras causas mais incomuns, como tuberculose,<br />
refluxo, fibrose cística e outras.<br />
O muco, ou catarro como chamamos, quando está<br />
mais viscoso, vai desidratando ao longo do processo<br />
inflamatório das vias aéreas, com o aumento dos restos<br />
celulares que resultam dessa briga entre o nosso<br />
sistema imunológico e o agente agressor, ele tornase<br />
cada vez mais “grosso” e cada vez mais aderente,<br />
quase como uma cola. É aí que entra a necessidade<br />
de buscar algo para tornar esse muco mais fácil de ser<br />
drenado, e os expectorantes prometem facilitar esse<br />
processo.<br />
No quesito ajuda mecânica, entram as lavagens nasais,<br />
que podem ser feitas com as seringas e soro ou<br />
com os dispositivos de dispensação mais variados<br />
possíveis para fluidificar. Hidratar o seu filho ajudará<br />
a fluidificar o muco e somada à umidificação direta<br />
Em crianças, a tosse prolongada noturna, com catarro,<br />
pode ser o único sinal indicativo de uma rinossinusite<br />
bacteriana, essa complicação é mais comum nas<br />
crianças menores, que têm dificuldade para expelir<br />
o catarro e vias aéreas mais estreitas, nesse caso é<br />
preciso indicar o uso de antibióticos.<br />
Na maioria das vezes, a limpeza nasal com soro e a<br />
nebulização com soro levemente aquecido, além de<br />
aquecer mais a criança e posicionar com a cabeceira<br />
elevada, são suficientes para a melhora da tosse<br />
aguda.<br />
Sempre que o quadro for intenso ou com piora pro-<br />
gressiva, é importante que o bebê ou criança seja<br />
auscultado.<br />
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