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2019 - Revista PME

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ENTREVISTA HÉLDER PEDRO, ACAP | ESTUDO MCKINSEY O AFTERMARKET EM 2030<br />

<strong>2019</strong><br />

Edição<br />

TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA<br />

O QUE DIZ A LEI<br />

EXEMPLOS PRÁTICOS<br />

OBSERVATÓRIO DPAI<br />

PÓS-VENDA INDEPENDENTE<br />

VISTO À LUPA<br />

as melhores<br />

Empresas<br />

After<br />

market<br />

em Portugal<br />

2018<br />

do<br />

INDICADORES DE EXCELÊNCIA<br />

NÚMEROS A CRESCER<br />

NOVOS FINANCIAMENTOS<br />

UMA EDIÇÃO


TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />

TÉCNICO<br />

SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE<br />

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EDITORIAL<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

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Redação<br />

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Joana Calado<br />

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paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

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Arte<br />

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e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

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Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem<br />

a autorização prévia e por escrito do Jornal<br />

das Oficinas<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />

2730 - 053 Barcarena<br />

Tel.: 214 345 400<br />

TIRAGEM<br />

10.000 exemplares<br />

Edição AP COMUNICAÇÃO<br />

Proprietário/Editor:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte:<br />

510447953<br />

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Bela Vista Office, sala 2-29<br />

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2735 - 336 Cacém (Portugal)<br />

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Fax: +351 219 288 053<br />

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GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Consulte o Estatuto Editorial<br />

no site www.jornaldasoficinas.com<br />

Inovação e<br />

diferenciação<br />

Embora o número de <strong>PME</strong> Líder e Excelência do aftermarket em 2018 se<br />

tenha mantido estável, o volume de faturação destas empresas cresceu em<br />

relação ao ano anterior, assim como o número de trabalhadores, o que é um<br />

sinal positivo e traduz a capacidade de liderança e resiliência dos empresários<br />

deste setor.<br />

Nesta edição, voltamos a publicar o ranking das <strong>PME</strong> Líder e Excelência.<br />

Muitas delas, se não a maioria, figuram nesta listagem há já vários anos, com ligeira oscilação<br />

no lugar ocupado. Mas também há, felizmente, empresas que figuram pela primeira vez. Todas<br />

estão de parabéns, pois veem realçado o esforço desenvolvido. A atribuição deste estatuto, para<br />

além de ser uma marca de notoriedade a quem a aufere, reconhecida entre o meio empresarial,<br />

traduz-se, entre outras vantagens, num acesso facilitado a diferentes fontes de financiamento.<br />

Com a publicação da <strong>Revista</strong> <strong>PME</strong>, procuramos evidenciar o que, a nível empresarial, há de<br />

mais significativo no aftermarket em Portugal. Os resultados obtidos não podem deixar de<br />

transmitir uma elevada dose de orgulho a todos os que trabalham neste setor, independentemente<br />

de poderem ou não contribuir para ele. O bom momento que o aftermarket atravessa<br />

tem vindo a beneficiar dos juros baixos da banca, da retoma da economia mundial e do crescimento<br />

acentuado do turismo. Mas todos estes fatores são de natureza externa e conjuntural.<br />

Logo, passíveis de poderem cessar a qualquer momento menos esperado, o que aconselha a<br />

que sejam tomadas medidas cautelares a médio e longo prazos.<br />

As empresas têm de continuar a apostar na inovação, aproveitando o know-how adquirido,<br />

passando-o para a economia e criando valor. É, também, necessário incentivar a colocação de<br />

recursos humanos qualificados nas empresas, pois não há inovação sem pessoas qualificadas.<br />

Num setor competitivo como o do pós-venda automóvel, para concorrer em mercados exigentes,<br />

de rápida mutação e de alto valor acrescentado, a adaptabilidade e flexibilidade são, cada<br />

vez mais, elementos de diferenciação. E trazem grande vantagem competitiva.<br />

As oportunidades de negócio continuarão a inspirar empresários que, certamente, não deixarão<br />

de as aproveitar, contribuindo para o reforço e modernização do aftermarket em Portugal.<br />

Para além dos desafios que se colocam às empresas, deve prevalecer uma atitude proativa que<br />

conduz a um progressivo reforço da sua capacidade de inovação e da sua posição competitiva<br />

no mercado.<br />

A aposta na inovação tem sido de forma muito determinada, aplicada na prática contínua a<br />

sustentada. Sem inovação e diferenciação, não teríamos assistido ao crescimento das empresas<br />

aftermarket da forma como ele ocorreu. O estatuto de <strong>PME</strong> Líder e Excelência exige elevados<br />

níveis de desempenho em diversos domínios, que só serão alcançados com estruturas fortes,<br />

bem organizadas e bem equipadas. Assim como com colaboradores qualificados e alinhados<br />

com a cultura e a visão da empresa. n<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

03


ÍNDICE<br />

06<br />

Atualidade<br />

Em 2018, as empresas nacionais<br />

distinguidas como <strong>PME</strong> Excelência<br />

alcançaram um nível histórico<br />

08<br />

Tributação<br />

Autónoma<br />

Conheça a atualização da taxa e quais os<br />

escalões a suportar pelas organizações.<br />

Exemplos por categorias de modelos<br />

10<br />

Mercado<br />

Novos financiamentos<br />

A boa prestação das <strong>PME</strong> continua a<br />

estimular a economia nacional. Mas o<br />

acesso a financiamento é fundamental<br />

16<br />

Ranking<br />

Foram 61 as empresas do aftermarket<br />

automóvel que atingiram o estatuto<br />

máximo em 2018. Um exemplo a seguir<br />

24<br />

Entrevista<br />

Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP,<br />

analisou o mercado automóvel e apontou<br />

as medidas que devem ser tomadas<br />

28<br />

Observatório DPAI<br />

Os mais recentes dados divulgados pela<br />

subcomissão estatística da ACAP<br />

32<br />

Estudo FileMaker Inc.<br />

Filial da Apple apresentou dados curiosos<br />

relativos a mais de 400 organizações<br />

44<br />

Empresas<br />

No universo das <strong>PME</strong> Líder e Excelência,<br />

as que se seguem estiveram em evidência<br />

44 AleCarPeças<br />

46 Auto Delta<br />

48 Autozitânia<br />

50 Filourém<br />

52 MGM<br />

54 Mota & Pimenta<br />

56 Readapt<br />

58 Servidiesel<br />

60 Sparkes & Sparkes<br />

62 Vicauto<br />

64<br />

Líder e Excelência<br />

Aftermarket 2018<br />

Listagens das empresas que desenvolvem<br />

a sua atividade no setor automóvel<br />

14<br />

Números de excelência<br />

Indicadores financeiros<br />

e dados de mercado<br />

34<br />

ANTEVISÃO Aftermarket<br />

em 2030<br />

O mais recente estudo da consultora<br />

McKinsey faz uma antevisão do que será<br />

o mercado em 2030 e sugere que todos<br />

os players tomem medidas pragmáticas<br />

04 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


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ATUALIDADE <strong>PME</strong> Excelência<br />

Número<br />

recorde<br />

Em 2018, as empresas nacionais classificadas como <strong>PME</strong> Excelência alcançaram um<br />

número histórico: 2378. Mais 2.000 do que as distinguidas em 2008, ano da criação do estatuto.<br />

Neste capítulo, o tecido empresarial luso cresce acima da média europeia<br />

06 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


Braga<br />

240<br />

petente das empresas, no ano transato, é<br />

o recorde das que foram distinguidas, em<br />

2018, com o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência:<br />

2378. Um número (ainda mais) histórico<br />

quando comparado com o registado há<br />

uma década (2008), ano em que foi criado<br />

o estatuto. São, hoje, mais 2.000 as<br />

empresas que alcançaram este reconhecimento.<br />

Em relação a 2017, a subida tam-<br />

Aveiro<br />

276<br />

Distribuição geográfica das<br />

<strong>PME</strong> Excelência<br />

E<br />

Em 2018, o tecido empresarial português<br />

mostrou uma vitalidade ímpar face a anos<br />

anteriores, com inúmeras empresas a deixarem<br />

a sua marca. Não apenas no nosso<br />

país, mas, também, no panorama internacional.<br />

Prova da qualidade e da prestação com-<br />

Lisboa<br />

509<br />

bém foi expressiva: mais 430. Trata-se, de<br />

resto, do terceiro ano consecutivo em que<br />

o número de empresas com este estatuto<br />

aumenta.<br />

De modo geral, todas as <strong>PME</strong> Excelência<br />

2018 apresentaram melhores níveis de desempenho<br />

e solidez do que as distinguidas<br />

no ano anterior, com volumes de negócio<br />

e resultados líquidos mais fortes, melhores<br />

rácios de autonomia financeira, rentabilidade<br />

e produtividade. Um dinamismo<br />

Porto<br />

436<br />

empresarial que, no fundo, acaba por ser o<br />

espelho da própria economia nacional no<br />

exercício de 2018.<br />

Acima da média europeia<br />

O ciclo de crescimento das <strong>PME</strong> Excelência<br />

nacionais, verificado, sobretudo, nos<br />

últimos anos, coloca as empresas lusas<br />

numa rota de crescimento superior ao da<br />

própria média europeia. Uma tendência<br />

ciativa Indústria 4.0, o reforço da oferta<br />

de instrumentos financeiros, bem como<br />

mecanismos implementados para acelerar<br />

a disponibilização de fundos europeus às<br />

empresas. Como resultado destas medidas,<br />

as empresas registam, atualmente, o dobro<br />

Faro<br />

193<br />

que não será alheia à recuperação de investimentos<br />

no tecido empresarial e nos<br />

programas de estímulos à exportação.<br />

Em 2015, ano que marca uma acentuada<br />

subida das <strong>PME</strong> Excelência, foram tomadas<br />

várias medidas governamentais para<br />

criar “tração” às empresas. São vários os<br />

exemplos de sucesso: Programa Capitalizar,<br />

Internacionalizar e Interface, a Inida<br />

execução verificada durante o mesmo<br />

período do quadro comunitário anterior.<br />

Num mercado cada vez mais globalizado e<br />

competitivo, as <strong>PME</strong> Excelência nacionais,<br />

com destaque para o dinamismo das que<br />

representam o aftermarket automóvel,<br />

têm dado provas de competência, inovação<br />

e capacidade para estabelecer parcerias<br />

estratégicas com vista à otimização dos<br />

recursos e rentabilidade da atividade. No<br />

fundo, é o que se pretende para dinamizar<br />

a economia portuguesa e para poder fazê-<br />

-la crescer. n<br />

Leiria<br />

176<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

07


ATUALIDADE Tributação Autónoma<br />

?<br />

Já<br />

contas?<br />

fizeram Com a Tributação Autónoma, as empresas foram obrigadas a fazer as contas.<br />

Mais uma vez. A taxa é mais simpática para veículos com preço inferior a €25.000<br />

ou que sejam “amigos do ambiente”<br />

08 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


N<br />

€25.000”, começa por explicar a lei fiscal.<br />

Mas vai mais longe. “Quando o custo<br />

de aquisição seja igual ou superior a<br />

€25.000 e inferior a €35.000 a taxa de<br />

Tributação Autónoma é de 27,5%, sendo<br />

incrementada para 35% no caso de viaturas<br />

com um custo de aquisição igual ou<br />

superior a €35.000”, acrescenta o mesmo<br />

documento.<br />

O Peugeot 508 Business Line 1.5 BlueHDi de<br />

130 cv, por exemplo, com preço igual ou<br />

superior a €25.000 e inferior a €35.000, tem<br />

uma taxa de 27,5%<br />

No momento de escolher a composição<br />

da frota automóvel, as empresas devem<br />

ter em consideração não apenas as características<br />

específicas dos modelos em<br />

questão, nomeadamente, tudo o que seja<br />

matéria de consumos, algo que traduzirá<br />

em despesas recorrentes, mas, também,<br />

aos valores da Tributação Autónoma (TA)<br />

cobrados pelo Estado. Uma taxa criada<br />

pelo Governo e que obriga as empresas a<br />

redobrar as suas atenções com as frotas.<br />

Mas de que se trata, afinal, esta taxa?<br />

Como funciona e a quem se aplica? “A<br />

taxa de 10% aplica-se aos encargos suportados<br />

ou efetuados por sujeitos passivos<br />

não isentos subjetivamente, relacionados<br />

com viaturas ligeiras de passageiros<br />

ou de mercadorias, motos ou motociclos<br />

cujo valor de aquisição seja inferior a<br />

Os veículos elétricos, híbridos ou híbridos<br />

plug-in têm uma taxa de 5%, 10% ou 17,5%<br />

“No caso de viaturas ligeiras de passageiros<br />

híbridas plug-in, as taxas referidas são<br />

reduzidas para 5%, 10% e 17,5%, respetivamente.<br />

Nos casos de viaturas ligeiras<br />

de passageiros movidas a GPL ou GNV,<br />

as taxas referidas correspondem a 7,5%,<br />

15% e 27,5% respetivamente”, refere. Um<br />

“convite” do Estado para que as frotas a<br />

adquirir pelas empresas sejam compostas<br />

por veículos sustentáveis do ponto de vista<br />

ambiental.<br />

Acima dos €35.000, a TA ascende aos 35%<br />

Um modelo, como o Fiat Tipo 5p Lounge Tech<br />

1.3 Multijet de 95 cv, cujo preço seja inferior a<br />

€25.000 tem uma taxa de 10%<br />

Aumento chumbado<br />

A Tributação Autónoma continua a ser<br />

uma dor de cabeça para as empresas. Mas<br />

poderia ser bem pior, caso o agravamento<br />

que chegou a ser apresentado pelo Governo<br />

tivesse sido aprovado. Em causa estavam<br />

40 milhões de euros que esta subida<br />

de 50% do imposto, logo no primeiro<br />

escalão, traria para os cofres do Estado,<br />

mas que acabaram por não figurar do<br />

Orçamento de Estado, porventura, pela<br />

ameaça que traria às micro e <strong>PME</strong> nacionais,<br />

que necessitam de frotas automóveis<br />

para desenvolver a sua atividade. n<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

09


MERCADO Novos financiamentos<br />

Estímulos ao<br />

sucesso<br />

A boa prestação das <strong>PME</strong> continua a estimular a economia nacional. Mas para manter o ritmo,<br />

aumentar as exportações e competir além-fronteiras, necessitam de conseguir aceder a financiamentos<br />

10 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


A<br />

A prestação notável das <strong>PME</strong> nacionais,<br />

nos últimos anos, não deixa margens, no<br />

entanto, para qualquer abrandar da atividade.<br />

A competitividade, dentro e fora de<br />

portas, continua a pautar o ritmo do sucesso.<br />

Todos os dias. O crescimento é um<br />

“trabalho continuamente inacabado”. Ainda<br />

que os números sejam positivos, muitas<br />

destas empresas – e outras que a este<br />

estatuto pretendem chegar – continuam<br />

a debater-se com problemas de várias ordens,<br />

nomeadamente ao nível do financiamento,<br />

o que impede, não raras rezes, o investimento<br />

na produtividade. Em muitos<br />

casos, apesar da melhoria verificada desde<br />

2015, sobretudo, muitas empresas ainda<br />

não recuperaram, na plenitude, os prejuízos<br />

acumulados durante os anos de crise<br />

económica que assolaram o país.<br />

Para que as <strong>PME</strong> nacionais continuem a<br />

crescer, importa que estas consigam ter<br />

acesso a novos modelos de financiamento,<br />

de modo a poder investir na otimização da<br />

sua atividade e numa maior percentagem<br />

de exportações. Ou apenas para conseguir<br />

substituir equipamentos obsoletos, improdutivos<br />

e com elevados custos energéticos,<br />

para garantir uma aposta consistente na<br />

digitalização ou ainda para incrementar<br />

soluções de sustentabilidade ambiental da<br />

empresa por via da reciclagem, assunto na<br />

agenda das políticas europeias.<br />

Ganhar músculo<br />

Segundo dados da Central de Balanços do<br />

Banco de Portugal (relativos a setembro de<br />

2018), nos últimos quatro anos, assistiu-se<br />

a uma estrutura interessante de financiamento<br />

das <strong>PME</strong>: o seu capital próprio em<br />

percentagem do ativo total tem vindo a<br />

aumentar, de forma regular, passando de<br />

34,4% para quase 38% - no início da crise<br />

financeira, este valor cifrava-se nos 25%.<br />

Por outro lado, verificou-se uma redução<br />

quase idêntica dos financiamentos bancários<br />

obtidos pelas empresas. A pressão<br />

a que o sistema bancário foi obrigado,<br />

durante a presença da Troika, ajudará a<br />

explicar parte desta evolução. Mas a mudança<br />

de estratégia empresarial também<br />

é notória, com os gestores a recorrerem<br />

a formas mais corretas de financiarem as<br />

empresas.<br />

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<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

11


MERCADO Novos financiamentos<br />

Neste contexto, o Programa Capitalizar<br />

(e as medidas que trouxe) parece ter tido<br />

uma palavra a dizer. Mas outras haverá<br />

a destacar, tais como o apoio fiscal ao<br />

investimento em ativos fixos ou a devolução<br />

do fundo de maneio às empresas,<br />

como, por exemplo, o IVA alfandegário.<br />

Se alguns modelos de financiamento contribuíram<br />

para a boa prestação das <strong>PME</strong><br />

nacionais, muitos outros se perfilam no<br />

horizonte. Seguem-se alguns exemplos.<br />

Remuneração convencional<br />

Promover incentivos ao financiamento<br />

através de capitais próprios, na conversão<br />

de suprimentos em capital, alargando o<br />

âmbito de aplicação do regime de remuneração<br />

convencional do capital social no<br />

sentido de maior neutralidade no tratamento<br />

fiscal das duas medidas de financiamento.<br />

Por outras palavras, promover<br />

o alargamento do regime da remuneração<br />

convencional do capital social – já previsto<br />

no artigo 41.° A o Estatuto dos Benefícios<br />

Fiscais, mas alterado, de forma a abranger<br />

as seguintes características:<br />

1) Os aumentos de capital por conversão<br />

de direitos de crédito de terceiros em participações<br />

sociais;<br />

2) Os aumentos de capital com recurso a<br />

lucros gerados no próprio exercício, desde<br />

que o registo do aumento de capital se<br />

realize até à entrega da declaração anual<br />

de rendimentos relativa ao exercício em<br />

questão.<br />

Com estas medidas, os incentivos reforçariam<br />

os níveis de capitais próprios das<br />

empresas pelos seus sócios ou terceiros,<br />

atenuando o “favor” que, tradicionalmente,<br />

o sistema fiscal atribui ao financiamento<br />

por dívida. Os benefícios são de<br />

duas ordens. Primeiro: permitem que o<br />

benefício atualmente reconhecido às empresas,<br />

em sede de IRC, no caso em que<br />

os créditos dos sócios sejam convertidos<br />

em capital, seja igualmente reconhecido<br />

e aplicável nas situações em que terceiros<br />

aceitem a conversão dos seus créditos.<br />

Segundo: incentivam as empresas a reter<br />

lucros para reforço dos seus capitais<br />

próprios. Até aqui, os lucros que fossem<br />

reinvestidos, desta forma, seriam tributados,<br />

bem como o que fosse distribuído<br />

pelos sócios.<br />

Dinamização do mercado<br />

Em perspetiva, está ainda o lançamento<br />

de um programa de capacitação de empresas<br />

para o mercado de capitais, designado<br />

Finance for Growth (FFG), uma medida<br />

inspirada em experiências de sucesso realizadas<br />

em Itália e na Irlanda. Dinamizado<br />

pela Associação Empresarial de Portugal<br />

(AEP) e pela Associação Industrial Portuguesa<br />

(AIP) e cofinanciado pelo Compete<br />

2020, através do Portugal 2020 e com o<br />

apoio da Caixa Geral de Depósitos, trata-<br />

-se de uma medida que pretende estimular<br />

a Inovação, a Estratégia e o Financiamento,<br />

áreas cruciais para as empresas no atual<br />

contexto globalizado dos mercados.<br />

De salientar também a criação de um instrumento<br />

de grande utilidade para as empresas:<br />

os Certificados de Dívida de Curto<br />

Prazo, destinados ao financiamento de necessidades<br />

de tesouraria de curto e médio<br />

prazos, nomeadamente no caso daquelas<br />

que exercem uma atividade exportadora.<br />

O objetivo é criar condições para que estas<br />

sejam elegíveis para aplicações de carteiras<br />

de Fundos de Investimento e diversifiquem<br />

as suas alternativas de financiamento. n<br />

12 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


Mercado pme em números<br />

Indicadores positivos<br />

para <strong>PME</strong> nacionais<br />

Os indicadores das <strong>PME</strong> nacionais são positivos. O tecido empresarial do setor está a<br />

dar mostras de eficácia e dinamismo. Exemplo disso é que, das 2.378 <strong>PME</strong> Excelência<br />

distinguidas em 2018, 61 delas pertence ao aftermarket automóvel<br />

A<br />

A atividade das <strong>PME</strong> nacionais tem sido<br />

frenética. Sobretudo, nos últimos tempos,<br />

revelando estas uma forte ambição inter-<br />

nacional, provando que não é fechando o<br />

negócio dentro das próprias fronteiras que<br />

se constroem organizações de sucesso a nível<br />

global. Basta referir, a propósito, que,<br />

entre 2016 e 2018, os índices de exportação<br />

destas mesmas empresas subiu na ordem<br />

dos 28%. Um crescimento que é bastante<br />

significativo e revelador do seu<br />

dinamismo. Além disso (e, também, por<br />

esse motivo), o volume de negócios das<br />

<strong>PME</strong>, dentro deste mesmo período tempo-<br />

ral, aumentou 42%. De resto, o próprio<br />

crescimento do número de empresas distinguidas<br />

como <strong>PME</strong> Excelência é elucidativo.<br />

Em 2015, estas não passavam de<br />

1.509, sendo que, em 2018, ascendem já a<br />

2.378. Refira-se ainda que, deste universo,<br />

61 tratam-se de empresas pertencentes ao<br />

aftermarket automóvel. Setor que, neste<br />

cenário, dá, também ele, provas de que<br />

tem sabido reinvetar-se, investir de forma<br />

competente e inovar na sua atividade. n<br />

14 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


EXPORTAÇÕES<br />

2016 a 2018<br />

+28%<br />

VOLUME DE<br />

NEGÓCIOS<br />

2016 a 2018<br />

+42%<br />

NÚMERO DE EMPRESAS <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA<br />

376<br />

1.105 1.411 1.314<br />

1.103<br />

1.850<br />

1.509<br />

1.786<br />

1.949<br />

2.378<br />

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018<br />

EVOLUÇÃO <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA<br />

2500<br />

2000<br />

1.786 1.949 2.378<br />

1500<br />

1.509<br />

1.652<br />

1000<br />

1.029<br />

1.225 1.336<br />

500<br />

423 466 518 604<br />

0<br />

57<br />

95 95 122<br />

2015 2016 2017 2018<br />

Pequenas Médias Micro Total<br />

CRESCIMENTO DA<br />

ESTRUTURA FINANCEIRA<br />

2018<br />

(2.378 empresas)<br />

2017<br />

(1.949 Empresas)<br />

2016<br />

(1.786 Empresas)<br />

8000<br />

6000<br />

4000<br />

2000<br />

0<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

ATIVO EBITDA<br />

DADOS FINANCEIROS <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA RÁCIO/MÉDIA<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

60,0 27,6 19,2 25,3<br />

59,9 27,2 19,8 25,1<br />

57,8 27,0 19,9 24,5<br />

RENTABILIDADE<br />

LÍQUIDA DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

EBITDA/VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

EBITDA/ATIVO<br />

2016<br />

(1.786<br />

Empresas)<br />

2017<br />

(1.949<br />

Empresas)<br />

2018<br />

(2.378<br />

Empresas)<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

15


RANKING <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA 2018<br />

Em busca da<br />

perfeição<br />

Implementado há 10 anos, o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência confere uma notoriedade<br />

acrescida às melhores empresas do aftermarket nacional, reconhecendo os seus elevados níveis<br />

de desempenho e a excelência dos seus recursos humanos<br />

16 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


Portugal 2020<br />

O Governo reconhece a importância das<br />

<strong>PME</strong> para a economia nacional e tem criado<br />

instrumentos que ajudam ao seu desenvolvimento<br />

e crescimento. É o caso da<br />

nova geração de fundos vindos do Portugal<br />

2020, no valor de 2,4 mil milhões de euros<br />

em fundos para empresas (632 milhões de<br />

euros num total alavancado de cinco mil<br />

milhões de euros). O novo modelo de financiamento<br />

às empresas vai permitir alavancar<br />

os recursos e recorrer em simultâneo<br />

à banca (recursos privados), de modo<br />

a manter o mesmo apoio às empresas com<br />

menos recursos públicos.<br />

São 14 os bancos que passam a ser uma<br />

peça chave no processo de atribuição de<br />

fundos comunitários, na medida em que<br />

serão eles a avaliar o risco financeiro e<br />

económico da empresa e do investimento.<br />

Agora, os empresários não têm quaisquer<br />

encargos financeiros relativamente à<br />

parte do incentivo proveniente do banco.<br />

Os incentivos previstos no Portugal 2020<br />

visam, principalmente, o aumento de produtividade<br />

e competitividade, tendo como<br />

QUANDO SE ATINGE DETERMINADO NÍVEL,<br />

SURGE IMEDIATAMENTE A NECESSIDADE<br />

DE SUBIR DE PATAMAR<br />

E<br />

Em 2018, foram distinguidas 2.378 empresas<br />

em Portugal com o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência.<br />

Destas, 61 são empresas da área do<br />

aftermarket. É de enaltecer e saudar todos<br />

estes empresários, que, fiéis às suas convicções,<br />

criam e desenvolvem, diariamente,<br />

soluções para as múltiplas dificuldades que<br />

enfrentam. É mais do que justo, por isso,<br />

reconhecer as melhores entre as melhores,<br />

aquelas que, por atingirem patamares de<br />

excelência em vários parâmetros, foram<br />

distinguidas em 2018 com o estatuto de<br />

<strong>PME</strong> Excelência. É o que fazemos nas páginas<br />

seguintes, com a publicação do ranking<br />

de todas as empresas do aftermarket que<br />

foram distinguidas com este estatuto.<br />

Exibir o selo de <strong>PME</strong> Excelência, para além<br />

de certificar as empresas pelas melhores<br />

práticas, constitui, igualmente, um forte<br />

incentivo para os empresários continuarem<br />

na senda da inovação e na procura de melhorar,<br />

cada vez mais, os produtos e serviços<br />

que oferecem aos clientes.<br />

O estatuto de Excelência requer o cumprimento<br />

de apertados requisitos financeiros,<br />

a apresentação de estratégias competitivas<br />

e de crescimento, bem como elevados níveis<br />

de rating atribuídos pelos bancos. Fruto da<br />

evolução positiva da economia portuguesa,<br />

são cada vez mais as empresas merecedoras<br />

desta distinção de sustentabilidade e solidez,<br />

atribuída pelo IA<strong>PME</strong>I em parceria<br />

com 10 bancos a operar em Portugal.<br />

Definir o conceito<br />

A excelência empresarial é definida como<br />

o nível de organização alcançado por uma<br />

empresa que tem resultados satisfatórios,<br />

sejam eles económicos, produtivos ou sociais,<br />

sendo reconhecidamente competente<br />

pela sociedade e pelo mercado. Embora não<br />

exista uma organização perfeita, do mesmo<br />

modo que o ser humano perfeito não existe,<br />

há um conceito de empresa excelente,<br />

que funciona dentro de determinados<br />

parâmetros. E a busca pela excelência<br />

deve ser entendida como a preocupação<br />

constante pela melhoria da organização. As<br />

<strong>PME</strong> que buscam a excelência são aquelas<br />

cujas estratégias de crescimento e de reforço<br />

da sua base competitiva assentam no<br />

difícil equilíbrio entre a valorização do seu<br />

capital humano, a atenção que dedicam ao<br />

desenvolvimento de novos produtos e serviços<br />

e a capacidade que demonstram em<br />

adaptar-se a um mundo dinâmico e em<br />

constante mudança.<br />

prioridade o apoio a investimentos das<br />

empresas de produção de serviços transacionáveis,<br />

como é o caso das empresas do<br />

pós-venda automóvel. O projeto de candidatura<br />

das empresas aos fundos disponíveis<br />

no Portugal 2020, irá reforçar a sua<br />

capitação empresarial através da inovação<br />

organizacional, aplicando novos métodos<br />

e processos organizacionais e incrementando<br />

a flexibilidade e a capacidade de<br />

resposta no mercado, com recurso a investimentos<br />

na área da competitividade,<br />

nomeadamente a implementação e certificação<br />

de sistemas de gestão, reforço de<br />

gestão estratégica da empresa, inovação<br />

digital, desenvolvimento de serviços e processos.<br />

Portanto, o caminho será começar de<br />

imediato a construir projetos, para além<br />

de 2020, estruturando-os e alicerçando-<br />

-os em áreas de interesse, que conduzam<br />

ao real desenvolvimento das empresas. É<br />

importante que os novos programas d e<br />

apoio envolvam cada vez mais as pessoas,<br />

já que serão estas que melhor identificarão<br />

as lacunas, vontades e oportunidades. n<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

17


RANKING <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA 2018<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOLUME<br />

NEGÓCIOS<br />

2017<br />

18 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

ATIVO<br />

2017<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

RESULTADO<br />

LIQUÍDO<br />

2017<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

2017<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. Cantanhede 33 412 23 753 77,4 3 498 18 383 19,0<br />

2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. Lisboa 32 677 28 178 45,3 2 359 12 763 18,5<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. Leiria 22 608 15 743 69,4 1 699 10 925 15,6<br />

4 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. Braga 13 222 12 937 66,5 1 105 8 600 12,8<br />

5 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. Proença-a-Nova 12 436 13 395 67,0 1 186 8 975 13,2<br />

6 Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda. Lisboa 10 874 7 733 44,5 467 3 444 13,6<br />

7 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. Porto 9 729 7 078 58,2 688 4 117 16,7<br />

8 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. Faro 9 083 5 419 64,4 785 3 488 22,5<br />

9 Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A. Leiria 8 565 6 639 46,3 538 3 077 17,5<br />

10 Rodapeças - Pneus e Peças, S.A. Aveiro 7 437 4 424 47,3 362 2 092 17,3<br />

11 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. Braga 7 072 3 708 59,9 903 2 222 40,6<br />

12 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. Lisboa 7 005 3 603 46,1 365 1 660 22,0<br />

13 Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. Santarém 6 717 5 095 51,7 425 2 636 16,1<br />

14 Europe Rubber Tree -Tires, Lda. Lisboa 6 556 3 032 50,2 745 1 522 48,9<br />

15 Carsistema Portugal, Representações, S.A. Coimbra 6 171 4 807 43,0 342 2 066 16,6<br />

16 Travocar - Lubrificantes Águeda 6 153 4 779 52,2 341 2 495 13,7<br />

17 Sintética, Lda. Ovar 5 767 3 299 61,8 576 2 039 28,2<br />

18 Portepim - Sociedade de Representações, S.A. Coimbra 5 752 6 233 71,4 571 4 453 12,8<br />

19 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. Porto 5 034 4 953 81,1 780 4 018 19,4<br />

20 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Aveiro 5 033 6 009 74,1 674 4 451 15,1<br />

21 Adelino Pedro - Comércio de Peças Automóvel, Lda. Açores 4 821 3 178 50,2 336 1 594 21,1<br />

22 Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda. Vila Real 4 033 3 493 76,6 429 2 676 16,0<br />

23 Tecniamper - Comércio e Reparação de Veículos e Peças, Lda. Lisboa 4 025 5 506 62,6 588 3 446 17,1<br />

24 Auto Torre da Marinha - Com. e Peças para Veículos Automoveis, Lda. Setúbal 4 015 3 089 45,2 312 1 397 22,3<br />

25 Empilhapeças - Com. de Peças e Componentes para Empilhadores, Lda. Porto 3 945 3 420 54,2 238 1 855 12,8<br />

26 J. F. de Oliveira - Importação e Exportação Lda. Lisboa 3 816 2 571 68,5 312 1 761 17,7<br />

27 Arnaldo & Berenguer, Lda. (Vulcanizadora 25 de Abril) Funchal 3 728 3 817 68,6 340 2 620 13,0<br />

28 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) Porto 3 613 4 608 89,0 746 4 101 18,2<br />

29 J. Alves-Oficinas Auto, Lda. Porto 3 447 2 057 68,4 441 1 407 31,3<br />

30 Mondegopeça - Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda. Coimbra 3 257 2 275 46,4 161 1 056 15,2<br />

31 Macos Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. Porto 3 208 3 104 81,1 358 2 518 14,2<br />

32 Servidiese l- Rep. e Com. de Bombas Injec. e Turbocompressores, Lda. Lisboa 3 137 1 540 54,7 137 843 16,3<br />

33 ELPS, Lda. Madeira 2 776 1 803 39,1 165 705 23,4<br />

34 Via Pesados - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. Viana do Castelo 2 688 1 877 42,4 144 796 18,1<br />

35 Fluxoimpor, Lda. Porto 2 549 2 215 68,8 289 1 523 19,0<br />

36 MCS - Peças e Acessorios para Automoveis e Camiões, Unipessoal, Lda. Lisboa 2 444 1 489 44,8 189 667 28,3<br />

37 Electro - Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. Santarém 2 416 1 762 75,4 246 1 328 18,5<br />

38 Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda. Viana do Castelo 2 361 1 674 41,6 148 696 21,3<br />

39 Auto Duque - Oficinas de Reparações Automóveis, Lda. Porto 2 224 1 424 39,4 81 561 14,4<br />

40 DMS-Trucks, Lda. Leiria 2 189 3 028 89,5 432 2 711 15,9<br />

41 M.C.D. Garcia, Lda. Lisboa 2 154 1 043 78,9 187 823 22,7<br />

42 Rugempeças, Lda. Lisboa 2 081 1 175 86,6 200 1 017 19,7<br />

43 Simporal. soc. Importadora de Peças para Automóveis, Lda. Lisboa 1 974 1 243 49,7 115 618 18,6<br />

44 Sotinar Porto - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. Porto 1 955 1 142 47,5 124 543 22,8<br />

45 Viamorim - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda. Porto 1 873 913 46,2 92 422 21,8<br />

46 Motorbest Algarve, Lda. Faro 1 717 878 57,7 117 507 23,1<br />

47 Canfer - Peças e Acessórios Auto Lda. Lisboa 1 658 1 392 56,0 114 779 14,6<br />

48 Turbotest, Lda. Braga 1 614 1 218 52,3 96 637 15,1<br />

49 Dadicauto - Comércio e Reparação de Automóveis Lda. Faro 1 603 1 276 41,8 154 534 28,8<br />

50 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. Aveiro 1 603 1 530 74,0 166 1 132 14,7<br />

51 M.A.E. - Peças para Automóveis Lda. Santarém 1 593 1 241 69,5 134 862 15,5<br />

52 RAF Portugal, Lda. Leiria 1 568 1 078 77,8 113 839 13,5<br />

53 Darquepeças - Comércio de Peças e Acessórios, Unipessoal, Lda. Viana do Castelo 1 565 1 275 57,9 164 738 22,2<br />

54 Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda. Porto 1 509 1 695 47,4 146 803 18,2<br />

55 Mário Santos Silva - Manutenção e Rep.de Veículos Automóveis Lda. Leiria 1 504 1 254 62,3 131 781 16,8<br />

56 Autojofer, Comércio e Reparação de Automóveis Lda. Lisboa 1 300 730 41,5 90 303 29,7<br />

57 Station Viana - Centro de Manutençãde Veículos Viana do Castelo 1 254 554 52,9 104 293 35,5<br />

58 Sobrais - Fábrica Radiadores e Componentes Térmicos, Lda. Coimbra 1 193 970 48,8 123 473 26,0<br />

59 Arenes Car - Reparação e Comércio de Automóveis Lda. Lisboa 1 130 862 74,2 103 640 16,1<br />

60 Auto Carapelhos, Lda. Coimbra 1 115 874 64,1 96 560 17,1<br />

61 Jorge Ferreira Rodrigues - Parts Unipessoal, Lda. Leiria 1 102 518 49,8 64 258 24,8<br />

62 Scancar - Comércio e Reparação de Veículos, Lda. Castelo Branco 1 021 1 107 79,2 110 877 12,5<br />

RENTABILIDADE<br />

CAP. PRÓP.


VALOR<br />

ACRESCENTADO<br />

BRUTO 2017<br />

CRESCIMENTO<br />

VOL. NEG.<br />

CRESCIMENTO<br />

LUCROS<br />

ENDIVIDAMENTO<br />

Nº TRABALHADORES<br />

2017<br />

PASSIVO SOLVABILIDADE PRODUTIVIDADE RENTABILIDADE<br />

VOL.NEG.<br />

RENTABILIDADE<br />

ATIVO<br />

5 196 6,8 23,8 23 45 5 370 3,4 742,5 10,5 14,7 1,4<br />

6 376 17,9 20,9 55 84 15 415 0,8 389,0 7,2 8,4 1,2<br />

4 521 10,3 -12,7 31 89 4 818 2,3 254,0 7,5 10,8 1,4<br />

2 579 5,3 8,2 34 53 4 337 2,0 249,5 8,4 8,5 1,0<br />

2 743 14,6 41,7 33 72 4 420 2,0 172,7 9,5 8,9 0,9<br />

1 558 32,9 139,5 55 25 4 289 0,8 435,0 4,3 6,0 1,4<br />

1 545 20,0 1,8 42 22 2 961 1,4 442,2 7,1 9,7 1,4<br />

2 563 16,1 18,6 36 62 1 931 1,8 146,5 8,6 14,5 1,7<br />

3 884 6,3 49,9 54 121 3 562 0,9 70,8 6,3 8,1 1,3<br />

1 823 7,8 53,4 53 73 2 332 0,9 101,9 4,9 8,2 1,7<br />

1 600 44,7 13,7 40 15 1 486 1,5 471,5 12,8 24,4 1,9<br />

1 172 25,9 26,3 54 34 1 943 0,9 206,0 5,2 10,1 1,9<br />

1 742 15,8 7,3 48 48 2 459 1,1 139,9 6,3 8,3 1,3<br />

1 058 - - 50 13 1 510 1,0 504,3 11,4 24,6 2,2<br />

1 085 8,0 16,7 57 11 2 741 0,8 561,0 5,5 7,1 1,3<br />

1 146 8,9 42,7 48 18 2 284 1,1 341,8 5,5 7,1 1,3<br />

1 372 10,6 31,5 38 20 1 260 1,6 288,4 10,0 17,5 1,7<br />

1 827 18,2 1 259,5 29 8 1 780 2,5 719,0 9,9 9,2 0,9<br />

1 544 13,8 39,8 19 23 935 4,3 218,9 15,5 15,7 1,0<br />

1 417 6,5 64,0 26 22 1 558 2,9 228,8 13,4 11,2 0,8<br />

1 006 5,2 -9,7 50 28 1 584 1,0 172,2 7,0 10,6 1,5<br />

900 19,1 -1,2 23 18 817 3,3 224,1 10,6 12,3 1,2<br />

1 265 18,0 64,2 37 14 2 060 1,7 287,5 14,6 10,7 0,7<br />

967 9,5 17,3 55 23 1 692 0,8 174,6 7,8 10,1 1,3<br />

572 6,8 -0,4 46 8 1 565 1,2 493,1 6,0 7,0 1,2<br />

810 5,1 -3,1 32 26 810 2,2 146,8 8,2 12,1 1,5<br />

1 053 0,0 277,8 31 48 1 197 2,2 77,7 9,1 8,9 1,0<br />

1 595 1,8 23,3 11 28 507 8,1 129,0 20,6 16,2 0,8<br />

1 549 7,3 40,0 32 65 650 2,2 53,0 12,8 21,4 1,7<br />

757 23,0 27,8 54 25 1 219 0,9 130,3 4,9 7,1 1,4<br />

901 0,8 3,5 19 23 586 4,3 139,5 11,2 11,5 1,0<br />

1 206 11,7 75,6 45 44 697 1,2 71,3 4,4 8,9 2,0<br />

526 13,7 32,0 61 15 1 098 0,6 185,1 5,9 9,2 1,5<br />

599 7,2 48,5 58 10 1 081 0,7 268,8 5,4 7,7 1,4<br />

705 0,8 -8,8 31 14 692 2,2 182,1 11,3 13,0 1,2<br />

623 8,0 1,1 55 18 822 0,8 135,8 7,7 12,7 1,6<br />

1 069 13,3 20,0 25 33 434 3,1 73,2 10,2 14,0 1,4<br />

542 1,8 5,7 58 19 978 0,7 124,3 6,3 8,8 1,4<br />

741 25,4 15,7 61 32 863 0,7 69,5 3,6 5,7 1,6<br />

1 008 1,6 0,5 10 13 317 8,6 168,4 19,7 14,3 0,7<br />

478 9,9 31,7 21 12 220 3,7 179,5 8,7 17,9 2,1<br />

485 12,0 10,5 13 16 158 6,4 130,1 9,6 17,0 1,8<br />

680 6,9 2,7 50 15 625 1,0 131,6 5,8 9,3 1,6<br />

489 14,8 34,8 52 11 599 0,9 177,7 6,3 10,9 1,7<br />

384 21,0 22,7 54 11 491 0,9 170,3 4,9 10,1 2,1<br />

750 12,3 82,8 42 14 371 1,4 122,6 6,8 13,3 2,0<br />

607 54,5 21,3 44 14 613 1,3 118,4 6,9 8,2 1,2<br />

532 0,4 24,7 48 28 581 1,1 57,6 5,9 7,9 1,3<br />

629 20,7 20,3 58 21 742 0,7 76,3 9,6 12,1 1,3<br />

495 10,3 137,1 26 9 398 2,8 178,1 10,4 10,8 1,0<br />

484 28,8 67,5 31 11 379 2,3 144,8 8,4 10,8 1,3<br />

353 2,0 -8,9 22 10 239 3,5 156,8 7,2 10,5 1,5<br />

476 7,3 156,3 42 11 537 1,4 142,3 10,5 12,9 1,2<br />

386 12,9 49,0 53 10 892 0,9 150,9 9,7 8,6 0,9<br />

669 5,6 -22,0 38 18 473 1,7 83,6 8,7 10,4 1,2<br />

580 27,0 233,3 58 20 427 0,7 65,0 6,9 12,3 1,8<br />

442 1,1 70,5 47 14 261 1,1 89,6 8,3 18,8 2,3<br />

633 0,3 -39,7 51 20 497 1,0 59,7 10,3 12,7 1,2<br />

372 5,0 -6,4 26 10 222 2,9 113,0 9,1 11,9 1,3<br />

271 9,5 5,5 36 13 314 1,8 85,8 8,6 11,0 1,3<br />

263 6,9 -15,8 50 9 260 1,0 122,4 5,8 12,4 2,1<br />

442 1,0 -14,1 21 12 230 3,8 85,1 10,8 9,9 0,9<br />

ROTAÇÃO<br />

ACTIVO<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

19


TOP 10 <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA<br />

METODOLOGIA<br />

DOS CRITÉRIOS AVALIADOS<br />

AS MELHORES POR CRITÉRIOS<br />

Elevados níveis<br />

de desempenho<br />

Os rácios e indicadores que fazem o retrato económico e financeiro<br />

das <strong>PME</strong> Excelência do aftermarket, bem como a avaliação da sua<br />

performance, servem de base à escolha das melhores empresas<br />

por critérios<br />

As melhores empresas por critérios resultam<br />

da aplicação de uma metodologia rigorosa<br />

na recolha e análise de dados por parte<br />

da IF4, empresa responsável pelo estudo<br />

Em parceria com o Jornal das Oficinas, foi<br />

selecionado um conjunto de indicadores e<br />

rácios económicos-financeiros que permitem<br />

avaliar o desempenho de cada uma<br />

das empresas <strong>PME</strong> Excelência do aftermarket.<br />

A inclusão neste ranking pressupõe<br />

que as empresas tenham entregue a informação<br />

financeira individual, referente ao<br />

último ano fiscal disponível.<br />

Os rácios escolhidos nesta avaliação permitem<br />

fazer um retrato das principais empresas.<br />

A descrição que fazemos a seguir<br />

dos termos técnicos utilizados permite que<br />

o leitor fique a conhecer o que significam,<br />

como se calculam e como se interpretam<br />

os indicadores e rácios utilizados, que tanto<br />

são de natureza quantitativa como de<br />

índole qualitativa.<br />

Ativo Líquido<br />

Valor dos recursos à disposição da empresa.<br />

Corresponde ao valor dos ativos correntes<br />

e não correntes líquidos de depreciações,<br />

amortizações e ajustamentos.<br />

Autonomia Financeira<br />

É um indicador do equilíbrio financeiro da<br />

empresa, já que mede o grau de financiamento<br />

do ativo pelos capitais próprios.<br />

Calculada pelo quociente entre os capitais<br />

próprios e o ativo total líquido. Indica o<br />

peso dos capitais próprios no financiamento<br />

da empresa e complementa o rácio<br />

de endividamento.<br />

P<br />

Para fazer a avaliação do TOP 10 Excelência,<br />

a empresa de estudos de mercado IF4<br />

utilizou um conjunto de indicadores e rácios<br />

económico-financeiros. Os critérios<br />

que estão na base da escolha das melhores<br />

empresas <strong>PME</strong> Excelência do aftermarket<br />

são os que publicamos nos quadros a seguir.<br />

A opção por este grupo de critérios radica<br />

no facto de, em conjunto, permitir avaliar<br />

a contribuição das empresas para a econo-<br />

mia, verificar o seu dinamismo, medir a<br />

sua rentabilidade e compreender o equilíbrio<br />

financeiro, que são condições necessárias<br />

para garantir o futuro do negócio. Para<br />

medir o dinamismo, recorremos ao crescimento<br />

de vendas verificado no último exercício.<br />

Para averiguar a consistência deste<br />

crescimento, considerou-se, também, o<br />

crescimento dos resultados líquidos. O<br />

equilíbrio financeiro, que é um fator de<br />

grande importância, é testado através dos<br />

rácios da liquidez geral e da solvabilidade. O<br />

primeiro destes rácios permite avaliar se a<br />

empresa conseguirá mobilizar, em tempo<br />

útil, recursos suficientes para satisfazer os<br />

seus compromissos de curto prazo, enquanto<br />

o segundo nos diz se o passivo tem ou não<br />

uma adequada cobertura do capital próprio.<br />

Capital Próprio<br />

Valor calculado pela soma do capital das<br />

ações próprias, das prestações suplementares<br />

e/ou acessórias, dos prémios de emissão<br />

de ações/quotas, dos ajustamentos de partes<br />

de capital, das reservas, dos resultados transitados<br />

e do resultado líquido do exercício.<br />

Crescimento do Volume<br />

de Negócios<br />

Critério essencial para avaliar o dinamismo<br />

e a eficácia da empresa em tempo de crise.<br />

Calculado com o aumento das vendas e<br />

prestações de serviços entre o exercício corrente<br />

e o anterior. Valores positivos indicam<br />

crescimento das vendas, dinamismo empresarial<br />

e conquista de novos clientes ou<br />

quotas de mercado.<br />

Endividamento<br />

Relação entre passivo e ativo líquidos.<br />

20 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


Mede a participação de capitais alheios no<br />

financiamento. Quando superior a 100,<br />

considera-se situação de falência técnica. É<br />

complementar ao rácio de autonomia financeira.<br />

Número de Trabalhadores<br />

Indicador que dá sinais para a expansão futura<br />

da empresa. Em tempo de crise, a manutenção<br />

do emprego já pode ser considerado<br />

um resultado ambicioso face à onda de<br />

encerramentos e dispensas de pessoal. O<br />

dado indicado refere-se ao número de funcionários<br />

ao serviço da empresa em 31 de<br />

dezembro de 2017 e serve para o cálculo da<br />

produtividade do trabalho.<br />

Passivo<br />

Valor dos passivos correntes e não correntes<br />

da empresa. Pode ser obtido subtraindo<br />

o capital próprio do ativo líquido.<br />

Produtividade Real<br />

Valor da contribuição do trabalhador para o<br />

volume de negócios da empresa. Mede a eficiência<br />

da empresa na utilização dos seus<br />

recursos humanos, representando os valores<br />

mais elevados maior produtividade.<br />

Comparações entre a produtividade de empresas<br />

de diferentes setores devem ser feitas<br />

com precaução, tal como comparações de<br />

produtividade entre setores de atividade diferentes.<br />

Por exemplo, uma indústria de<br />

capital intensivo terá, em condições normais,<br />

uma produtividade do trabalho superior<br />

a uma de mão de obra intensiva.<br />

Rentabilidade do Ativo<br />

Líquido<br />

Mede a capacidade dos ativos da entidade<br />

em gerar retorno financeiro. O cálculo é<br />

efetuado dividindo os resultados líquidos<br />

pelo valor líquido dos ativos da entidade,<br />

expresso em percentagem. Um resultado<br />

elevado significa que os ativos da entidade<br />

têm elevada capacidade para gerarem retorno<br />

financeiro.<br />

Rentabilidade dos Capitais<br />

Próprios<br />

Mede a capacidade dos capitais próprios da<br />

entidade em gerar retorno financeiro. Assumindo<br />

que os capitais próprios da entidade<br />

representam a sua situação patrimonial líquida,<br />

isto é, o seu valor contabilístico, pode<br />

considerar-se a rendibilidade do capital<br />

próprio como sendo a rendibilidade da entidade.<br />

O cálculo é efetuado dividindo os<br />

resultados líquidos pelo valor dos capitais<br />

próprios da entidade.<br />

Rentabilidade das Vendas<br />

Mede a capacidade da entidade para gerar<br />

resultado líquido a partir das vendas e outros<br />

proveitos de exploração, apresentando<br />

o resultado obtido pela entidade para cada<br />

unidade monetária de vendas.<br />

Valor Acrescentado Bruto<br />

Calculado mediante a soma das vendas e<br />

das prestações de serviços, trabalhos para<br />

a própria empresa, variação de produção,<br />

subsídios destinados à exploração e receitas<br />

suplementares, menos consumos intermédios<br />

e fornecimentos e serviços externos.<br />

SER LÍDER É UMA AMBIÇÃO DE TODAS AS EMPRESAS,<br />

MAS APENAS UMA ELITE CONSEGUE CONTRIBUIR,<br />

VERDADEIRAMENTE E DE FORMA DETERMINANTE,<br />

PARA O DESENVOLVIMENTO DESTE SETOR<br />

n. 0 empresa ativo líquido<br />

1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 28 178<br />

2 José Aniceto & Irmão, Lda. 23 753<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 15 743<br />

4 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. 13 395<br />

5 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 12 937<br />

6 Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda. 7 733<br />

7 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 7 078<br />

8 Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A. 6 639<br />

9 Portepim-Sociedade de Representações, S.A. 6 233<br />

10 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Quimicos, Lda 6 009<br />

n. 0 empresa resultados líquidos / lucro<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. 3 498<br />

2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 2 359<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 1 699<br />

4 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. 1 186<br />

5 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 1 105<br />

6 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 903<br />

7 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 785<br />

8 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 780<br />

9 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 746<br />

10 Europe Rubber Tree - Tires, Lda. 745<br />

n. 0 empresa rentabilidade capital próprio<br />

1 Europe Rubber Tree-Tires, Lda. 48,9<br />

2 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 40,6<br />

3 Station Viana-Centro de Manutençãde Veículos 35,5<br />

4 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 31,3<br />

5 Autojofer, Comércio e Reparação de Automóveis Lda 29,7<br />

6 Dadicauto - Comércio e Reparação de Automóveis Lda 28,8<br />

7 MCS - Peças e Acessorios para Automoveis e Camiões, Unipessoal, Lda 28,3<br />

8 Sintética, Lda. 28,2<br />

9 Sobrais - Fábrica Radiadores e Componentes Térmicos, Lda. 26,0<br />

10 Jorge Ferreira Rodrigues - Parts Unipessoal, Lda. 24,8<br />

n. 0 empresa autonomia financeira<br />

1 DMS - Trucks, Lda. 89,5<br />

2 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 89,0<br />

3 Rugempeças, Lda 86,6<br />

4 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 81,1<br />

5 Macos Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. 81,1<br />

6 Scancar - Comércio e Reparação de Veículos, Lda. 79,2<br />

7 M.C.D. Garcia, Lda 78,9<br />

8 RAF Portugal, Lda. 77,8<br />

9 José Aniceto & Irmão, Lda. 77,4<br />

10 Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda. 76,6<br />

n. 0 empresa capital próprio<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. 18 383<br />

2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 12 763<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 10 925<br />

4 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. 8 975<br />

5 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 8 600<br />

6 Portepim - Sociedade de Representações, S.A. 4 453<br />

7 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Quimicos, Lda. 4 451<br />

8 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 4 117<br />

9 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 4 101<br />

10 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 4 018<br />

n. 0 empresa valor acrescentado bruto<br />

1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 6 376<br />

2 José Aniceto & Irmão, Lda. 5 196<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 4 521<br />

4 Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A. 3 884<br />

5 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. 2 743<br />

6 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 2 579<br />

7 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 2 563<br />

8 Portepim - Sociedade de Representações, S.A. 1 827<br />

9 Rodapeças - Pneus e Peças, S.A 1 823<br />

10 Isuvol - Import. e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. 1 742<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

21


TOP 10 <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA<br />

Resultados Líquidos/Lucros<br />

Corresponde ao lucro (ou prejuízo) de<br />

uma empresa, num determinado período<br />

de tempo. Geralmente, o exercício económico<br />

coincide com o ano civil. Considera-<br />

-se o valor líquido de impostos.<br />

Rotação do Ativo<br />

Vendas a dividir pelo ativo líquido. Mede o<br />

grau de eficiência na utilização dos recursos.<br />

Solvabilidade<br />

Expressa a capacidade da entidade para satisfazer<br />

os compromissos com terceiros, à<br />

medida que estes vão vencendo. Valores superiores<br />

a 1, indicam que o património da<br />

entidade é suficiente para cobrir todas as<br />

suas dívidas, dizendo-se, assim, que a empresa<br />

é solvente. n<br />

n. 0 empresa crescimento volume negócios<br />

1 Canfer - Peças e Acessórios Auto Lda. 54,5<br />

2 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 44,7<br />

3 Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda. 32,9<br />

4 M.A.E. - Peças Para Automóveis Lda. 28,8<br />

5 Autojofer, Comércio e Reparação de Automóveis Lda. 27,0<br />

6 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. 25,9<br />

7 Auto Duque - Oficinas de Reparações Automóveis, Lda. 25,4<br />

8 Mondegopeças - Comércio de Acessórios Para Automóveis, Lda. 23,0<br />

9 Viamorim - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda. 21,0<br />

10 Dadicauto - Comércio e Reparação de Automóveis Lda. 20,7<br />

n. 0 empresa crescimento resultados líquidos / lucros<br />

1 Portepim - Sociedade de Representações, S.A. 1 259,5<br />

2 Arnaldo & Berenguer, Lda. (Vulcanizadora 25 de Abril) 277,8<br />

3 Autojofer, Comércio e Reparação de Automóveis Lda. 233,3<br />

4 Darquepeças - Comércio de Peças e Acessórios, Unipessoal, Lda. 156,3<br />

5 Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda. 139,5<br />

6 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 137,1<br />

7 Motorbest Algarve, Lda. 82,8<br />

8 Servidiesel - Rep. e Com. de Bombas Injec. e Turbocompressores, Lda. 75,6<br />

9 Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos 70,5<br />

10 M.A.E. - Peças para Automóveis Lda. 67,5<br />

n. 0 empresa endividamento<br />

1 DMS -Trucks, Lda. 10<br />

2 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa Dos Radiadores) 11<br />

3 Rugempeças, Lda. 13<br />

4 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 19<br />

5 Macos Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. 19<br />

6 Scancar - Comércio e Reparação de Veículos, Lda. 21<br />

7 M.C.D. Garcia, Lda 21<br />

8 RAF Portugal, Lda. 22<br />

9 José Aniceto & Irmão, Lda. 23<br />

10 Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda. 23<br />

n. 0 empresa n. 0 trabalhadores<br />

1 Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A. 121<br />

2 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 89<br />

3 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 84<br />

4 Rodapeças - Pneus e Peças, S.A. 73<br />

5 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. 72<br />

6 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 65<br />

7 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 62<br />

8 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 53<br />

9 Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. 48<br />

10 Arnaldo & Berenguer, Lda. (Vulcanizadora 25 de Abril) 48<br />

n. 0 empresa passivo<br />

1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 15 415<br />

2 José Aniceto & Irmão, Lda. 5 370<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 4 818<br />

4 José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Unipessoal, Lda. 4 420<br />

5 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 4 337<br />

6 Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda. 4 289<br />

7 Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A. 3 562<br />

8 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 2 961<br />

9 Carsistema Portugal, Representações, S.A. 2 741<br />

10 Isuvol - Import. e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. 2 459<br />

n. 0 empresa solvabilidade<br />

1 DMS -Trucks, Lda. 8,6<br />

2 Manuel Pereira e Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 8,1<br />

3 Rugempeças, Lda 6,4<br />

4 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 4,3<br />

5 Macos Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. 4,3<br />

6 Scancar - Comércio e Reparação e Veículos, Lda. 3,8<br />

7 M.C.D. Garcia, Lda. 3,7<br />

8 RAF Portugal, Lda. 3,5<br />

9 José Aniceto & Irmão, Lda. 3,4<br />

10 Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda. 3,3<br />

n. 0 empresa produtividade<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. 742,5<br />

2 Portepim-Sociedade de Representações, S.A. 719,0<br />

3 Carsistema Portugal, Representações, S.A. 561,0<br />

4 Europe Rubber Tree-Tires, Lda. 504,3<br />

5 Empilhapeças - Com. de Peças e Componentes p/empilhadores, Lda. 493,1<br />

6 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 471,5<br />

7 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 442,2<br />

8 Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda. 435,0<br />

9 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 389,0<br />

10 Travocar - Lubrificantes 341,8<br />

n. 0 empresa rentabilidade volume negócios<br />

1 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 20,6<br />

2 DMS-Trucks, Lda. 19,7<br />

3 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 15,5<br />

4 Tecniamper - Comércio e Reparação de Veículos e Peças, Lda. 14,6<br />

5 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Quimicos, Lda. 13,4<br />

6 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 12,8<br />

7 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 12,8<br />

8 Europe Rubber Tree -Tires, Lda. 11,4<br />

9 Fluxoimpor, Lda. 11,3<br />

10 Macos Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. 11,2<br />

n. 0 empresa rentabilidade ativo<br />

1 Europe Rubber Tree -Tires, Lda. 24,6<br />

2 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 24,4<br />

3 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 21,4<br />

4 Station Viana-Centro de Manutenção de Veículos 18,8<br />

5 M.C. D. Garcia, Lda. 17,9<br />

6 Sintética, Lda. 17,5<br />

7 Rugempeças, Lda. 17,0<br />

8 Manuel Pereira De Sousa, Lda. (Sousa Dos Radiadores) 16,2<br />

9 Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda. 15,7<br />

10 José Aniceto & Irmão, Lda. 14,7<br />

n. 0 empresa rotação ativo<br />

1 Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos 2,3<br />

2 Europe Rubber Tree - Tires, Lda. 2,2<br />

3 Jorge Ferreira Rodrigues - Parts Unipessoal, Lda. 2,1<br />

4 M.C.D. Garcia, Lda. 2,1<br />

5 Viamorim - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda. 2,1<br />

6 Servidiesel - Rep. e Com. de Bombas Injec. e Turbocompressores, Lda. 2,0<br />

7 Motorbest Algarve, Lda. 2,0<br />

8 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. 1,9<br />

9 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 1,9<br />

10 Autojofer, Comércio e Reparação de Automóveis Lda. 1,8<br />

22 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


TOP100_<strong>2019</strong>.pdf 1 19/06/19 16:13<br />

É uma empresa TOP 100 do Aftermarket?<br />

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Entrevista Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP<br />

“<br />

Em termos fiscais,<br />

a situação não<br />

é favorável para<br />

as <strong>PME</strong> adquirirem<br />

veículos<br />

“<br />

Numa entrevista concedida à <strong>Revista</strong> <strong>PME</strong>, Hélder Pedro,<br />

secretário-geral da ACAP, fez o balanço do mercado automóvel<br />

nos primeiros cinco meses deste ano e elencou as medidas<br />

consideradas prioritárias para descarbonizar a economia e<br />

melhorar um setor que (ainda) circula sobre rodas<br />

A<br />

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal),<br />

que integra, hoje, a Autoinforma,<br />

a VALOCAR, a Valorpneu, a Mobinov e<br />

a Sogilub (além das diversas comissões<br />

que integram a DPAI), remonta a 1910.<br />

E tem sabido defender os interesses das<br />

empresas do setor, nomeadamente junto<br />

do Governo e da Administração Pública.<br />

Numa entrevista concedida à <strong>Revista</strong><br />

<strong>PME</strong>, Hélder Pedro, secretário-geral, fez<br />

o balanço do mercado automóvel nos primeiros<br />

cinco meses deste ano e elencou as<br />

medidas prioritárias para descarbonizar a<br />

economia e melhorar um setor que (ainda)<br />

circula sobre rodas.<br />

Que análise faz do mercado<br />

automóvel, numa altura em que<br />

as vendas de veículos novos nos<br />

primeiros cinco meses deste ano<br />

caíram?<br />

De facto, o mercado automóvel português,<br />

indo um pouco atrás, teve nas recessões<br />

de 2009 e 2012 as maiores quebras em<br />

termos de setores económicos em Portugal.<br />

O setor automóvel foi, aliás, dos mais<br />

afetados pela crise económica desses anos.<br />

Onde, designadamente o mercado de particulares,<br />

registou quedas próximas dos<br />

60%. Naturalmente que, depois, com o retomar<br />

da atividade económica e com a melhoria<br />

dos indicadores económicos, a partir<br />

do segundo semestre de 2013, o setor<br />

veio a recuperar. Teve crescimentos, enfim,<br />

significativos em termos percentuais nos<br />

anos de 2014, 2015 e 2016, mas foram<br />

crescimentos que estavam, digamos, a repor<br />

aquilo que, de facto, o mercado tinha<br />

perdido. Em 2018, o mercado estabilizou<br />

e a perspetiva para <strong>2019</strong> é de nivelamento<br />

face ao ano passado. Eventualmente, com<br />

uma ligeira descida de mercado mesmo,<br />

que é aquilo a que assistimos nos primeiros<br />

cinco meses deste ano. O mercado<br />

24 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


egistou uma ligeira queda (3%) entre janeiro<br />

e maio, invertendo a tendência dos<br />

anos anteriores. É uma situação que analisaremos<br />

ao longo deste ano. Em abril, por<br />

exemplo, o mercado não caiu mais porque<br />

o rent a car teve uma presença muito forte<br />

(em termos percentuais, o share deste canal,<br />

no quarto mês de <strong>2019</strong>, foi o dobro do<br />

que costuma ser ao longo do ano). Se não<br />

fosse a contribuição do rent a car, a queda<br />

seria, neste momento, maior. Importa<br />

ainda registar a entrada em vigor do novo<br />

ciclo de consumos e emissões WLTP, que<br />

trouxe um agravamento do ISV (Imposto<br />

Sobre Veículos) em alguns modelos. Portugal,<br />

tendo uma tributação automóvel<br />

muito baseada nas emissões de CO 2<br />

(é assim,<br />

aliás, em cinco dos 28 países da União<br />

Europeia), a entrada das novas normas<br />

terá contribuído, também, para esta queda<br />

de mercado.<br />

Como reagiu a ACAP às declarações<br />

do ministro do ambiente, João Matos<br />

Fernandes, em janeiro último, sobre a<br />

questão dos veículos Diesel?<br />

A ACAP, nesse mesmo dia, reagiu à frase<br />

proferida pelo ministro do ambiente, que<br />

disse que os veículos Diesel não teriam valor<br />

comercial dentro de quatro anos. Em<br />

nossa opinião, esta frase não corresponde<br />

à verdade. Nós defendemos o principio da<br />

neutralidade tecnológica, ou seja, os construtores<br />

de automóveis têm posições de<br />

metas a atingir na redução das emissões<br />

(aliás, uma é agora para 2021, tendo sido<br />

definida há seis anos). O que se pede é que<br />

sejam os construtores a definir quais serão<br />

as melhores opções e, também, o consumidor,<br />

que terá um papel fundamental na<br />

escolha da solução que melhor servirá as<br />

suas necessidades. O Diesel tem sido, de<br />

facto, alvo de algumas restrições em certas<br />

cidades alemãs. E não podemos ignorar o<br />

dieselgate, que criou uma imagem negativa.<br />

Mas o que temos de perceber é que a<br />

norma de emissões atualmente em vigor<br />

(Euro 6), reduz bastante ou elimina os<br />

gases poluentes que são libertados para a<br />

atmosfera pelos veículos novos. E não são<br />

estes que estão em causa, mas sim os que<br />

têm mais de 8, 9 ou 10 anos. Não podemos<br />

confundir as situações. Os veículos que<br />

são, hoje, colocados à venda, cumprem as<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

25


ANTEVISÃO Entrevista Aftermarket Hélder Pedroem<br />

2030<br />

normas europeias e têm emissões muito<br />

menores. A ACAP protestou quando tomou<br />

conhecimento dessa frase, que não<br />

foi, até hoje, desmentida pelo ministro do<br />

ambiente, tendo o membro do Governo<br />

já falado de prazos mais alargados. Essa<br />

frase caiu muito mal, sobretudo junto dos<br />

nossos associados (concessionários de automóveis<br />

e comerciantes de veículos usados,<br />

que têm os seus stocks e clientes), que<br />

ficaram perturbados. E como temos dito,<br />

não foi um comentador que proferiu essa<br />

frase. Foi um membro do Governo. E as<br />

pessoas pensam, com razão, que haverá<br />

mais qualquer coisa. Mas não há. O ministro<br />

do ambiente e o secretário de estado já<br />

vieram até dizer, posteriormente, que não<br />

está prevista qualquer restrição ao Diesel<br />

nem nenhuma legislação para o abolir. Foi<br />

uma frase infeliz, em nossa opinião, mas<br />

o que podemos assegurar é que não está<br />

prevista nenhuma norma europeia nem<br />

nenhuma restrição. O Diesel funcionará<br />

enquanto houver procura. E não nos podemos<br />

esquecer que não são apenas os ligeiros<br />

de passageiros. O Diesel foi o tipo<br />

de combustível escolhido por 99,5% dos<br />

comerciais ligeiros em maio de <strong>2019</strong>. Nos<br />

veículos pesados, é igual. Não se pode “diabolizar”<br />

o Diesel. Temos é de investir em<br />

soluções para a descarbonização, ou seja,<br />

Considera que o Governo é mais<br />

“amigo” dos particulares ou das <strong>PME</strong><br />

no que toca a impostos e benefícios<br />

fiscais? Ou nem de um nem de outro?<br />

Diria que nem de um, nem de outro. O<br />

consumidor particular português tem uma<br />

carga de impostos quando compra o veículo<br />

ou o abastece muito superior à do seu<br />

vizinho espanhol, para dar o exemplo mais<br />

próximo do único país com quem temos<br />

fronteiras terrestres. O consumidor português<br />

é fortemente descriminado face ao<br />

consumidor espanhol na compra de veículo,<br />

para não dizer face ao consumidor italiano<br />

ou francês. Portanto, o consumidor<br />

nacional faz um esforço muito maior para<br />

adquirir um bem necessário à sua mobilidade<br />

devido à carga de impostos face ao<br />

consumidor espanhol, italiano ou francês.<br />

Esta é, desde logo, uma situação discriminatória<br />

para o consumidor particular. No<br />

que respeita às <strong>PME</strong>, existem várias situana<br />

redução de emissões. Todas as soluções<br />

técnicas e tecnológicas são bem-vindas.<br />

Mas já lá vai o tempo em que as<br />

vendas eram dominadas por<br />

veículos equipados com motores de<br />

combustão...<br />

Exatamente. As marcas de automóveis têm<br />

vindo a apostar, cada vez mais, nos veículos<br />

elétricos e híbridos plug-in. Na Europa,<br />

estes modelos reuniram apenas 2% das<br />

vendas globais em maio de <strong>2019</strong>. Em Portugal,<br />

essa percentagem chegou aos 2,1 no<br />

mês de abril (nos primeiros meses andou<br />

nos 3,2%). Portanto, estamos ainda muito<br />

incipientes na globalidade do mercado. As<br />

marcas de automóveis têm a oferta, mas<br />

terão de ser os clientes a escolher essas<br />

opções. Os construtores desenvolvem as<br />

tecnologias. Um dos drivers da indústria<br />

automóvel para a próxima década passará,<br />

de facto, pelo aumento da oferta de<br />

veículos elétricos e híbridos plug-in (em<br />

2020, 40% dos novos modelos estarão<br />

“eletrificados”). Mas este processo levará o<br />

seu tempo. Todas as soluções tecnológicas<br />

são bem-vindas, quer na indústria automóvel<br />

quer na indústria petrolífera. Descarbonizar<br />

é a palavra de ordem. Há mais<br />

de uma década que a ACAP acompanha,<br />

atentamente, toda a temática dos veículos<br />

elétricos. Aliás, tanto assim é que, recentemente,<br />

em conjunto com a VALORCAR,<br />

inaugurámos, na nossa sede, um inovador<br />

ponto de carregamento para veículos elétricos,<br />

que utiliza eletricidade produzida<br />

por painéis solares fotovoltaicos e que é armazenada<br />

em baterias de lítio reutilizadas<br />

de veículos elétricos.<br />

26 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


ções. As <strong>PME</strong> têm alguns benefícios no<br />

que respeita à redução de impostos, mas,<br />

no período da Troika, foram fortemente<br />

agravadas as taxas de tributação autónoma<br />

que as <strong>PME</strong> pagam e que não foram,<br />

até hoje, revertidas. Ou seja, as taxas de<br />

tributação autónoma foram, inexplicavelmente,<br />

agravadas durante o período da<br />

Troika e esta norma não foi revertida até<br />

hoje. A ACAP falou com o Governo sobre<br />

esta matéria, mas, no último Orçamento<br />

de Estado (o que foi apresentado para o<br />

ano de <strong>2019</strong>), para surpresa nossa, o Governo<br />

veio até com uma proposta de agravamento<br />

das taxas de tributação autónoma,<br />

começando, desde logo, no primeiro<br />

escalão (os veículos que são adquiridos pelas<br />

<strong>PME</strong>, pelas microempresas e pelos empresários<br />

em nome individual). Com este<br />

agravamento (que era de 50% no primeiro<br />

escalão), o Governo pretendia encaixar<br />

mais 40 milhões de euros só à conta da<br />

tributação autónoma. A ACAP reuniu-se<br />

com vários partidos políticos com assento<br />

parlamentar e conseguiu que, no plenário,<br />

esta proposta de agravamento fosse chumbada.<br />

Como se constata, o Estado também<br />

“<br />

respeita à tributação autónoma, houvesse<br />

uma evolução linear de modo a que não se<br />

dessem “saltos” quando um veículo passa<br />

determinado patamar de preço e sofre um<br />

agravamento muito grande. A dedução<br />

das despesas do IVA também com veículos<br />

a gasolina é outra das medidas que defendemos,<br />

porque, hoje, uma <strong>PME</strong> também<br />

pode adquirir um veículo a gasolina (seja<br />

ele híbrido ou não) e não tem de estar<br />

confinada apenas aos modelos a gasóleo.<br />

Estes são dois pontos que gostaríamos<br />

que fossem tidos em conta pelo Governo.<br />

Claro que o mais importante seria a redução<br />

da carga fiscal na sua globalidade. O<br />

IVA sobre o ISV tem sido uma das nossas<br />

“batalhas”, mas o Governo não prescinde,<br />

digamos assim, desta receita.<br />

Que medidas a ACAP entende serem<br />

prioritárias tomar em termos<br />

transversais no setor?<br />

A primeira medida passa pela renovação<br />

do parque automóvel. O nosso, que já teve<br />

uma idade média antes da crise de 2009<br />

muito abaixo dos 10 anos (sete ou oito<br />

anos no caso dos ligeiros de passageiros),<br />

ção de veículos muito antigos para colocar<br />

novos com emissões bem mais baixas. O<br />

Governo tem recusado, sistematicamente,<br />

esta proposta, que existiu no passado<br />

e que existe noutros países. E vem agora<br />

colocar só para majoração o incentivo ao<br />

veículo elétrico se for enviado um veículo<br />

para abate. O que a ACAP entende que<br />

seria, realmente, estruturante, é a adoção<br />

de uma medida de renovação do parque<br />

automóvel em circulação, que está, digamos,<br />

a degradar a segurança rodoviária e<br />

que é, também, responsável pelo aumento<br />

das emissões, fruto do seu envelhecimento.<br />

Poderia haver um programa de incentivo<br />

ao abate com uma verba do fundo ambiental<br />

(o Governo dispõe, aliás, de uma verba<br />

que é utilizada para a descarbonização da<br />

economia). Ao utilizar-se um determinado<br />

montante pré-definido desse fundo ambiental,<br />

que estaria em vigor até ser esgotado<br />

ou até ser atingido certo período, seria<br />

uma forma de descarbonizar a economia<br />

ao retirar de circulação milhares de veículos<br />

com níveis de emissões muito elevados,<br />

substituindo por novos destinados a particulares<br />

e empresas, fossem eles elétricos ou<br />

EM PORTUGAL, EXISTEM 700 MIL VEÍCULOS<br />

COM MAIS DE 20 ANOS A CIRCULAR. A ACAP<br />

ENTENDE SER PRIORITÁRIA A RENOVAÇÃO DO<br />

PARQUE AUTOMÓVEL NACIONAL. A BEM DA<br />

SEGURANÇA E DAS EMISSÕES POLUENTES<br />

não é “amigo” das <strong>PME</strong>. Tanto mais, que<br />

há a eterna questão da dedução do IVA na<br />

gasolina (é possível deduzir uma percentagem<br />

do IVA no gasóleo dos veículos, o<br />

mesmo não acontecendo no caso da gasolina),<br />

o que inviabiliza a aquisição de híbridos<br />

por parte das <strong>PME</strong> para as suas frotas<br />

(o mesmo acontece com os táxis). Ao nível<br />

das <strong>PME</strong>, há também aqui, em termos fiscais,<br />

uma situação que não é cómoda nem<br />

favorável para a aquisição de veículos.<br />

O que seriam boas notícias para as<br />

<strong>PME</strong> então?<br />

Para as <strong>PME</strong>, aquilo que a ACAP defende<br />

é que, não sendo possível reverter todas as<br />

taxas agravadas em anos anteriores no que<br />

está, hoje, a rondar os 13 anos. E, isto, é<br />

sinónimo de um parque envelhecido. As<br />

emissões mais poluentes não provêm de<br />

veículos que são vendidos agora, mas<br />

dos mais antigos. Em Portugal, existem<br />

a circular 700 mil veículos com mais de<br />

20 anos. A ACAP integra a VALORCAR,<br />

entidade gestora de veículos em fim de<br />

vida e que controla o processo das viaturas<br />

que seguem para abate nos centros de<br />

desmantelamento. Neste momento, estão<br />

com uma idade média de 21 anos, quando,<br />

antes da crise, se situavam nos 16 anos.<br />

A ACAP entende, por isso, que a primeira<br />

medida estrutural ou transversal a tomar<br />

seria a renovação do parque automóvel, incentivando,<br />

digamos, a retirada de circulaestivessem<br />

eles equipados com motores de<br />

combustão. O Governo tem recusado, sistematicamente,<br />

esta proposta, que outros<br />

países já adotaram. Outra medida passaria<br />

pelas incontornáveis questões fiscais.<br />

Existem sempre uma grande insegurança.<br />

Nunca se sabe o que trará o próximo Orçamento<br />

de Estado em matéria fiscal. Não<br />

é garantido que os veículos elétricos, por<br />

mais que as suas vendas aumentem exponencialmente,<br />

continuem isentos de impostos<br />

e tenham benefícios fiscais. Fala-se<br />

até em outras formas de tributar estes veículos<br />

no futuro. São estes problemas que<br />

nos preocupam. Achamos que devia haver<br />

uma clarificação, uma vez que o setor vive<br />

em permanente sobressalto. n<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

27


Estudo Observatório DPAI<br />

Aftermarket<br />

visto à lupa<br />

A edição <strong>2019</strong> do Observatório do Pós-Venda Independente da DPAI permite<br />

ao setor conhecer a sua própria essência e antecipar cenários do futuro da atividade.<br />

Segue-se o aftermarket visto à lupa<br />

o<br />

O pós-venda automóvel nacional começa,<br />

aos poucos, a conhecer a sua essência.<br />

Mais: a criar um importante histórico so-<br />

bre a sua atividade. Um registo criterioso<br />

que lhe permite analisar o desempenho do<br />

tecido empresarial que o compõe, de forma<br />

a melhor acompanhar a própria evolução<br />

e dinamismo do setor. Nessa perspetiva, o<br />

trabalho desenvolvido, anualmente, pelo<br />

Observatório do Pós-Venda Independente,<br />

realizado pela DPAI (subcomissão estatística<br />

da ACAP), é um instrumento fundamental<br />

para entender o “estado da Nação” e para<br />

estabelecer metas que permitam antecipar<br />

e preparar o futuro do negócio. E, não menos<br />

importante, para que as todas as decisões<br />

dos vários players do mercado sejam<br />

sempre tomadas em antecipação e perfeita<br />

consciência.<br />

O estudo, em análise, possibilita, desta forma,<br />

compreender a evolução do setor do<br />

pós-venda, tendo como base informações<br />

do negócio atual, mas recorrendo, também,<br />

a elementos adicionais do futuro da<br />

sociedade de consumo, que, seguramente,<br />

28 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


ESTRUTURA EMPRESARIAL DO AFTERMARKET<br />

PERCENTAGEM DE EMPRESAS POR ESCALÃO<br />

%<br />

De 2014 para 2017, a proporção de empresas, por escalão de faturação, manteve-se,<br />

sensivelmente, inalterada<br />

70<br />

65.0 65.2<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

26.5<br />

25.5<br />

10<br />

0<br />

3.6 1.8 0.3<br />

2<br />

2014<br />

Escalão A 500m€ e 2M€ e 5M€<br />

Peças OE<br />

<strong>PME</strong> Excelência<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

CAPITAL PRÓPRIO/ATIVO * 100<br />

%<br />

Também são as <strong>PME</strong> Excelência aquelas que apresentam maior autonomia financeira,<br />

aproximadamente 60% (em 2017). É, também, de salientar que a performance das<br />

empresas deste setor, no que respeita à sua autonomia financeira, apresenta melhoria<br />

de 2014 para 2017, onde apenas as empresas do escalão C apresentam decréscimo<br />

70<br />

57.9<br />

interferirão com a atividade. A designada<br />

informação preditiva, acrescente-se.<br />

Pontos em análise<br />

Nesta edição, o observatório versa, essencialmente,<br />

sobre cinco cruciais temas:<br />

Estrutura Empresarial do Aftermarket;<br />

Autonomia Financeira; Rotação de Inventários;<br />

Rentabilidade das Vendas e Serviços<br />

Prestados; Rentabilidade dos Capitais Próprios<br />

(ver os gráficos, em destaque, nestas<br />

páginas).<br />

O período analisado é o compreendido entre<br />

os anos de 2014 e 2017, assentes na Base<br />

de Dados Iberinforma. Para a amostra, os<br />

autores do estudo selecionaram empresas<br />

com o CAE 453 (Pós-Venda Independente<br />

para Veículos Automóveis), dedicados, exclusivamente,<br />

a este setor. E ainda com uma<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

23.2<br />

42.9<br />

50.1<br />

2014<br />

39.5<br />

Escalão A 500m€ e 2M€ e 5M€<br />

Peças OE<br />

<strong>PME</strong> Excelência<br />

40.5<br />

31.2<br />

29


Estudo Observatório DPAI<br />

contabilidade disponível, no período em<br />

análise. Foram excluídas as empresas com<br />

serviço sobre vendas superior a 10%. Para<br />

se aferir a dimensão do trabalho, basta referir<br />

que o total de empresas, em 2017, ascendeu<br />

a 1.265, por comparação com as 1.149<br />

de 2014. Começando pelo primeiro ponto,<br />

alusivo à Estrutura Empresarial do Aftermarket,<br />

é possível concluir que, de 2014<br />

para 2017, a proporção de empresas por escalão<br />

de faturação manteve-se, “sensivelmente”,<br />

inalterada: 65,0% face a 65,2%.<br />

Uma subida meramente residual.<br />

Em relação ao ponto dois, a Autonomia<br />

Financeira, que expressa a participação<br />

do capital próprio no financiamento da<br />

atividade e que traduz a capacidade da<br />

empresa de financiar o ativo, através desses<br />

mesmos capitais próprios sem ter de<br />

recorrer a empréstimos, as diferenças são<br />

evidentes. E a evolução positiva. Durante<br />

este período em análise, apenas as empresas<br />

de escalão C (->2M€ e


%<br />

o grau de eficiência com que a empresa<br />

está a efetuar a sua gestão de inventários<br />

em stock, será de referir a prestação das<br />

empresas de peças OE. “São elas que apresentam,<br />

de forma demarcada, uma melhor<br />

eficiência na sua rotação”, afirma o estudo.<br />

<strong>PME</strong> Excelência em destaque<br />

O ponto quatro, referente à Rentabilidade<br />

das Vendas e Serviços Prestados, rácio que<br />

mostra o retorno em termos de resultado<br />

líquido do volume de negócio realizado,<br />

importa sublinhar que “quer em 2014<br />

quer em 2017, este indicador apresentou<br />

valores baixos para quase todas as empresas<br />

do setor, onde, mais uma vez, as <strong>PME</strong><br />

Excelência se destacaram em relação às<br />

outras empresas, com um valor comparativamente<br />

mais elevado”. De acordo com o<br />

observatório, “a evolução da rentabilidade<br />

de 2014 para 2017, no setor, foi, de modo<br />

geral, descendente”. Mas o documento vai<br />

ainda mais longe. “Apenas as empresas do<br />

escalão B (->500M€ e 2M€ e


Estudo FileMaker Inc.<br />

16%<br />

+ de 1000<br />

funcionários<br />

5%<br />

500 a 999<br />

funcionários<br />

11%<br />

200 a 499<br />

funcionários<br />

AMOSTRA<br />

DE EMPRESAS<br />

INQUIRIDAS<br />

48%<br />

5 a 49<br />

funcionários<br />

20%<br />

50 a 199<br />

funcionários<br />

Estará a inovação<br />

a ser levada para o<br />

local de trabalho?<br />

Numa altura em que se vive a terceira revolução industrial, onde os cidadãos<br />

são cada vez mais e autónomos, poderão as empresas estar agarradas<br />

a processos do passado que condicionam a sua produtividade?<br />

A<br />

A FileMaker Inc., filial da Apple que desenvolve<br />

a FileMaker, uma plataforma de<br />

inovação para o ambiente de trabalho des-<br />

da melhor forma, poderão condicionar a<br />

produtividade dos funcionários.<br />

Caso as empresas se identifiquem com alguma<br />

das situações abaixo identificadas,<br />

devem lembrar-se de que não estão sozinhas<br />

no “barco”. O estudo foi realizado<br />

junto de mais de 400 empresas em todo o<br />

mundo, que permitiram à FileMaker Inc.<br />

analisar “o bom, o feio e o mau” da tecnologia<br />

empresarial.<br />

Todos os negócios têm como principal obtinada<br />

a equipas de poucas pessoas até várias<br />

centenas presas numa rotina laboral<br />

da qual não podem escapar, nem com a<br />

ajuda das apps especializadas nem dos sistemas<br />

empresariais, foi à procura de respostas<br />

à pergunta que surge no título. No<br />

estudo, encontram-se diversas razões para<br />

a redução da produtividade dos players<br />

nos seus respetivos locais de trabalho. As<br />

operações inerentes a um negócio podem<br />

ser complicadas. E caso não sejam geridas<br />

32 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


EMPRESAS PARTILHAM PROBLEMAS<br />

jetivo os clientes. Manter os antigos e angariar<br />

novos. Então, como devem os funcionários<br />

estar motivados e focados nesse<br />

objetivo? O estudo FileMaker Inc. indica<br />

que, se os processos operacionais não forem<br />

eficazes, então estará a ser retirada aos<br />

funcionários energia, atenção e recursos<br />

que estes poderiam utilizar em prol do objetivo<br />

principal: os clientes.<br />

Principais dificuldades<br />

Segundo o estudo realizado pela File-<br />

Maker Inc., as principais dificuldades que<br />

as empresas enfrentam no seu dia a dia são<br />

a informação dispersa, os processos manuais<br />

e as tecnologias rígidas (imagem #1).<br />

Chama-se à junção destes “problemas”<br />

Rotina de Trabalho (Work Rut). E se estamos<br />

em plena era de inovação e tecnologia,<br />

então será este o caminho para encontrar<br />

uma solução. Para a FileMaker Inc., a solução<br />

passará pelas plataformas de inovação,<br />

ou seja, uma plataforma que preenche o<br />

“buraco” deixado pelos sistemas empresariais,<br />

muito pouco flexíveis, e as apps personalizadas,<br />

geralmente demasiado caras.<br />

Haverá lugar para o papel?<br />

A realidade é que, apesar de todos termos a<br />

tecnologia na ponta dos dedos, as empresas<br />

ainda dependem do papel para gerir os<br />

seus processos negociais, o que poderá tornar<br />

os processos ineficientes.<br />

No estudo divulgado pela FileMaker Inc.,<br />

52% das empresas inquiridas admite desperdiçar<br />

demasiado tempo em entradas<br />

manuais de informação. Tomemos esta situação<br />

como exemplo: um comercial que<br />

necessite de parar todos os dias durante<br />

duas horas para introduzir manualmente<br />

dados que poderiam ser introduzidos automaticamente<br />

no sistema, estará afastado<br />

dos seus clientes 10 horas por semana.<br />

Assim, percebemos que, ao estar afastado<br />

dos clientes para proceder à introdução<br />

manual de dados, este comercial estará a<br />

retirar energia e atenção do seu principal<br />

objetivo: o cliente. A prova de que numa<br />

era profundamente digital e tecnológica<br />

ainda há lugar para o papel, é que 61% das<br />

empresas inquiridas, ou seja, aproximadamente,<br />

249, admite estar demasiado dependente<br />

dos procedimentos em papel<br />

(imagem #2).<br />

Plataformas de inovação<br />

As plataformas de inovação pretendem<br />

aproximar os players das diferentes áreas<br />

do negócio, dando-lhes ferramentas que<br />

facilitem o seu dia a dia, de forma a que<br />

96%<br />

tem problemas<br />

com processos<br />

operacionais<br />

PROCESSOS MANUAIS E EM PAPEL NÃO SÃO DO PASSADO<br />

PLATAFORMAS DE INOVAÇÃO POUPAM TEMPO E DINHEIRO<br />

Quanto reduziram as tarefas ineficientes depois de implementada uma plataforma de<br />

inovação?<br />

75 – 100%<br />

51 – 74%<br />

26 – 50%<br />

1 – 25%<br />

Nada<br />

19%<br />

21%<br />

25%<br />

INFORMAÇÃO MAIS CONFIÁVEL<br />

Em que medida as apps personalizadas ajudam a reduzir erros de introdução de dados?<br />

75 – 100%<br />

51 – 74%<br />

26 – 50%<br />

1 – 25%<br />

Nada<br />

7%<br />

58%<br />

desperdiça tempo<br />

com tarefas<br />

administrativas<br />

6%<br />

17%<br />

possam focar-se mais no objetivo principal:<br />

o cliente.<br />

Estas plataformas pretendem compilar a<br />

informação necessária para os processos<br />

negociais. 72% dos inquiridos neste estudo<br />

aponta a diversificação de plataformas<br />

e ficheiros onde o funcionário pode encontrar<br />

a informação como o principal problema<br />

que enfrentam, acabar com a partilha<br />

de informação através de email, sendo esta<br />

uma forma de contornar o problema anteriormente<br />

descrito e minimizar os custos<br />

monetários e de tempo envolvidos na personalização<br />

de outras apps.<br />

Assim, economizam tempo e dinheiro, disponibilizam<br />

informação mais segura, fidedigna<br />

e visível, fornecem a hipótese de integração<br />

com os mais diferentes softwares<br />

72%<br />

tem problemas<br />

com partilha de<br />

ficheiros<br />

52%<br />

considera gastar<br />

demasiado tempo<br />

a inserir dados<br />

manualmente<br />

29%<br />

26%<br />

27%<br />

24%<br />

94%<br />

tem dificuldade<br />

com apps<br />

e softwares<br />

existentes<br />

61%<br />

considera estar<br />

muito dependente<br />

dos processos em<br />

papel<br />

e a possibilidade de transportar o ambiente<br />

de trabalho para uma versão mobile.<br />

Com a junção destes parâmetros, conseguirão<br />

obter-se clientes e funcionários<br />

mais felizes e motivados.<br />

Segundo o estudo divulgado pela File-<br />

Maker Inc., 85% das empresas inquiridas,<br />

cerca de 348, registou uma poupança de<br />

tempo e dinheiro após aplicarem no seu<br />

negócio uma plataforma de inovação. Dessas<br />

348 empresas, 198, ou seja 57%, consideram<br />

ter reduzido em mais de 50% as<br />

tarefas ineficientes (imagem #3).<br />

Também no que diz respeito aos erros de<br />

introdução de dados, as empresas mostraram-se<br />

satisfeitas, sendo que 53% dos inquiridos<br />

considera que a redução foi acima<br />

dos 50% (imagem #4). n<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

33


ANTEVISÃO Aftermarket em 2030<br />

ANTEVISÃO Aftermarket em 2030<br />

Preparado para o<br />

futuro?<br />

O mais recente estudo da consultora McKinsey faz uma antevisão do que será o mercado do<br />

pós-venda em 2030 e sugere que todos players tomem medidas pragmáticas que os ajudem a<br />

preparar-se para novos modelos de negócio e a tirar o máximo partido das oportunidades<br />

V<br />

Vislumbram-se mudanças drásticas para<br />

o mercado do pós-venda automóvel, um<br />

setor que tem sido um gerador de lucro<br />

importante e estável para a indústria automóvel<br />

em geral. Estas incluem a alteração<br />

das expectativas dos consumidores,<br />

a adoção acelerada de novas tecnologias<br />

e mudanças na competitividade. Assim,<br />

a criação de valor e os modelos de negócio<br />

no mercado do pós-venda automóvel<br />

também serão profundamente remodelados<br />

por estas mudanças.<br />

Nos mercados maduros da América do<br />

Norte e da Europa, o ritmo da consolidação<br />

irá acelerar e a concorrência irá surgir<br />

por parte de players inesperados. Por<br />

exemplo, nativos digitais que procuram<br />

oportunidades de acederem ao espaço do<br />

mercado de pós-venda automóvel. Nos<br />

mercados emergentes, áreas totalmente<br />

novas de necessidades dos consumidores<br />

34 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


irão surgir e pressionarão as empresas do<br />

mercado do pós-venda a dar resposta.<br />

O advento de novas tecnologias e as mudanças<br />

de mercado que as acompanham<br />

estão a forçar os players do aftermarket<br />

a avaliarem as respetivas posições e a<br />

adotarem estratégias para manterem posições<br />

de força num ambiente em rápida<br />

mutação. Aprendendo com disrupções<br />

anteriores noutras indústrias, sabemos<br />

que não ter as estratégias necessárias<br />

para enfrentar estas disrupções pode levar<br />

ao declínio, não só de empresas individuais<br />

estabelecidas, como, também, de<br />

um conjunto de sub-indústrias. Mas por<br />

muito que os especialistas concordem que<br />

se vislumbram mudanças significativas,<br />

continua a ser necessário desenvolver<br />

uma visão geral de todas as tendências e<br />

ideias para as enfrentar.<br />

Este relatório da McKinsey pretende esclarecer<br />

acerca das mudanças e das tendências<br />

perturbadoras que o mercado do<br />

pós-venda automóvel vai enfrentar nos<br />

próximos anos, bem como dar resposta a<br />

algumas das principais questões que estas<br />

tendências colocam a todos os players. A<br />

saber:<br />

l Que tendências terão impacto no mercado<br />

do pós-venda automóvel e como será<br />

perturbada a cadeia de valor do mercado<br />

do pós-venda?<br />

l Como irão mudar o envolvimento e o<br />

percurso dos clientes?<br />

l Como irão mudar as fontes de lucro ao<br />

longo da cadeia de valor?<br />

l Quais os passos iniciais que os players do<br />

aftermarket deverão dar de modo a estarem<br />

preparados?<br />

Ao discutir a situação atual, as tendências<br />

e as ações pragmáticas recomendadas, a<br />

McKinsey baseia-se nas suas diversas experiências<br />

no âmbito do aftermarket, no<br />

conhecimento da indústria e em opiniões<br />

provenientes de entrevistas a mais de 40<br />

especialistas e executivos do mercado do<br />

pós-venda automóvel.<br />

10 tendências que alterarão o<br />

aftermarket<br />

O mercado do pós-venda automóvel global<br />

tem, atualmente, um valor comercial<br />

de, aproximadamente, 800 mil milhões<br />

de euros e prevê-se que cresça 3% ao ano,<br />

até cerca de 1.200 mil milhões de euros em<br />

2030. Nos próximos anos, eis as 10 tendências<br />

que irão alterar profundamente o<br />

aftermarket:<br />

Mudanças nas expectativas<br />

dos consumidores e na<br />

criação de valor<br />

1.Digitalização de canais e interfaces<br />

2.Os big data (macro dados) e a<br />

análise tornam-se novas fontes de<br />

criação de valor<br />

3.Importância crescente de frotas<br />

geridas profissionalmente<br />

4.Surgimento de mercados emergentes<br />

e uma nova lógica de serviço<br />

Aparecimento de veículos de<br />

próxima geração<br />

5.A “eletrificação” diminui a fonte<br />

de lucro<br />

6.Importância crescente de software<br />

que exige novas competências<br />

7. Condução autónoma que leva a<br />

menos acidentes, mas a intervalos de<br />

manutenção mais curtos<br />

8.Veículos conectados que permitem<br />

manutenção preditiva<br />

Mudanças na competitividade<br />

9. Novos players que entram no mercado<br />

10.Maior aceleração da consolidação<br />

e integração da indústria<br />

Estas mudanças têm três efeitos principais:<br />

disrupções ao longo da cadeia de valor, mudança<br />

no acesso ao cliente final e mudança<br />

nas fontes de lucro.<br />

A disrupção ao longo da cadeia de valor<br />

será impulsionada, não só, por players da<br />

indústria já existentes mas, também, por<br />

novos players. Os fabricantes de software e<br />

de componentes de veículos elétricos (VE)<br />

entrarão no início da cadeia. Além disso, os<br />

players do comércio eletrónico e digital irão<br />

interferir no negócio tradicional de distribuição<br />

de peças e as oficinas irão assistir à<br />

proliferação de players especializados (por<br />

exemplo, manutenção de VE ou de frotas).<br />

As start-ups e os players já estabelecidos<br />

irão cumprir funções como intermediários,<br />

aproveitando oportunidades para ligarem<br />

clientes e serviços de novas formas.<br />

A nova conceção da cadeia de valor irá<br />

traduzir-se numa maior transparência do<br />

preço para o cliente ao longo de toda a cadeia<br />

de valor. Serão criados novos pontos<br />

de contacto, dando aos novos players acesso<br />

aos clientes finais e ameaçando reduzir<br />

o acesso destes a outros players.<br />

Além disso, os clientes irão confiar cada<br />

vez mais em sistemas automatizados e<br />

recomendações. Por fim, haverá uma mudança<br />

das necessidades particulares para<br />

as comerciais, devido à maior quantidade<br />

de operadores de frotas profissionais no<br />

mercado do pós-venda.<br />

Fontes de lucro podem mudar<br />

Como consequência, as fontes de lucro podem<br />

mudar, significativamente, entre todas<br />

as etapas da cadeia de valor. Com base no<br />

impacto estimado de tendências como os<br />

VE, automóveis conectados e comércio eletrónico,<br />

mais de 100 mil milhões de euros,<br />

ou 30 a 40% dos lucros do mercado do pós-<br />

-venda podem ser sujeitos a redistribuição<br />

ao longo da cadeia de valor em 2030. As<br />

mudanças serão bidirecionais para cada<br />

grupo de partes interessadas e a nova distribuição<br />

irá depender da forma como as<br />

respetivas partes interessadas gerirem o seu<br />

próprio posicionamento no novo ecossistema<br />

do mercado do pós-venda. Cremos que<br />

estes efeitos disruptivos submetem cada<br />

parte interessada a uma clara ordem de<br />

mudança.<br />

OEM<br />

Os OEM deverão assegurar o negócio principal<br />

e reforçar a respetiva posição no mercado<br />

do pós-venda independente. De modo<br />

a proteger a quota de mercado e o volume<br />

de vendas, os OEM têm de tornar-se mais<br />

centrados no cliente e melhorar a respetiva<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

35


ANTEVISÃO Aftermarket em 2030<br />

ao cliente e, ao mesmo tempo, considerarem<br />

uma remodelação do espaço físico para<br />

estabelecerem uma nova lógica de serviço<br />

ao cliente. Por fim, as oficinas devem explorar<br />

formas de se posicionarem claramente<br />

contra as redes concorrentes.<br />

O impacto destas tendências irá afetar, significativamente,<br />

o futuro cenário da indústria<br />

do mercado do pós-venda automóvel.<br />

É, agora, tempo de todos os players da cadeia<br />

de valor tomarem medidas para delinear<br />

o futuro cenário do setor, garantirem<br />

a sua competitividade e talvez até expandirem-se<br />

para fontes de lucro inexploradas.<br />

abordagem à segmentação e à experiência<br />

do cliente. Adicionalmente, a introdução de<br />

estratégias multicanal ajudará a proteger<br />

as receitas contra novos players com genes<br />

digitais. Mudar o enfoque para o mercado<br />

do pós-venda em mercados emergentes<br />

é outro meio de ação que tem de ser utilizado.<br />

À medida que o volume de veículos<br />

mais antigos aumenta, os OEM têm de<br />

olhar para além das vendas de automóveis<br />

novos e envolver-se mais nas áreas de atuação<br />

tradicionais do mercado do pós-venda<br />

independente.<br />

Fornecedores<br />

Os fornecedores devem explorar as vendas<br />

alternativas, o branding e as estratégias de<br />

preços. Podem, igualmente, desenvolver<br />

canais de vendas adicionais para aumentar<br />

o acesso de clientes diretos. Exemplos bem<br />

sucedidos da indústria incluem a introdução<br />

de uma segunda linha de preços com<br />

uma marca diferenciada, a promoção da<br />

integração ao longo da cadeia de valor ou<br />

a disponibilização de conceitos mecânicos a<br />

um vasto conjunto de oficinas. Ao mesmo<br />

tempo, os fornecedores também devem<br />

reagir, ativamente, à pressão competitiva<br />

e à consolidação através, por exemplo, de<br />

parcerias com os distribuidores ou protagonistas<br />

digitais mais fortes. Ou seguindo<br />

estratégias multimarca.<br />

na análise pode incluir uma otimização das<br />

suas próprias plataformas online, explorar<br />

a análise de big data e participar nas plataformas<br />

de dados de clientes. Os distribuidores<br />

também são aconselhados a escolher<br />

uma estratégia de crescimento adequada:<br />

players mais pequenos podem ocupar nichos<br />

rentáveis, ao passo que os grandes<br />

players têm de focar-se no crescimento<br />

orgânico e inorgânico para conseguirem a<br />

escala necessária e manterem barreiras de<br />

entrada elevadas.<br />

Oficinas<br />

As oficinas devem profissionalizar-se para<br />

enfrentarem a crescente complexidade.<br />

Investir em recrutamento, formação e equipamento<br />

será fundamental para as oficinas<br />

desenvolverem a sua capacidade de lidar<br />

com a crescente complexidade tecnológica<br />

dos veículos da próxima geração. Quanto à<br />

forma de lidar com os clientes, devem investir<br />

em proporcionar um percurso digital<br />

DADOS E CARACTERÍSTICAS<br />

DO AFTERMARKET<br />

O mercado do pós-venda automóvel irá<br />

enfrentar uma grave perturbação nos próximos<br />

anos. Não ter uma perspetiva abrangente<br />

ou não entender completamente as<br />

consequências desta perturbação, pode<br />

levar ao declínio de todos os sub-negócios,<br />

como testemunhámos noutras indústrias,<br />

tais como imprensa escrita, telemóveis e<br />

máquinas fotográficas. Este relatório pretende<br />

apresentar uma perspetiva abrangente<br />

das tendências perturbadoras e deixar algumas<br />

recomendações de ações iniciais às<br />

principais partes interessadas. Para os efeitos<br />

deste relatório, o mercado do pós-venda<br />

engloba todos os negócios de pós-venda. Os<br />

dois segmentos de serviço (a manutenção e<br />

reparação por um lado; o negócio de peças<br />

por grosso e a retalho por outro), estão divididos<br />

bastante equitativamente em termos<br />

de valor. Para além destas noções básicas, o<br />

mercado do pós-venda revela algumas outras<br />

características fundamentais.<br />

Estrutura do mercado<br />

Ao nível mais fundamental, o conjunto de<br />

Distribuidores<br />

Os distribuidores devem intensificar as respetivas<br />

ofertas de serviços digitais. Adotar<br />

o digital e a análise é um compromisso importante<br />

que garantirá que os distribuidores<br />

já estabelecidos não são ultrapassados<br />

por novos players com genes digitais. Para<br />

os distribuidores, um enfoque no digital e<br />

36 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


empresas do mercado do pós-venda está<br />

dividido entre duas categorias: a rede OEM<br />

e o mercado do pós-venda independente<br />

(IAM). Dentro de cada uma destas categorias,<br />

estão representados cinco grupos<br />

distintos de partes interessadas, mas que<br />

interagem entre si: fabricantes de peças,<br />

distribuidores de peças, oficinas, intermediários<br />

e clientes finais (QUADRO I)<br />

pós-venda por veículo devido à predominância<br />

de VE e VA.<br />

Crescimento regional<br />

As diferenças no crescimento do mercado<br />

do pós-venda por região são, em grande<br />

parte, uma função da maturidade do mercado.<br />

Mais especificamente, os mercados<br />

to continue, levando a uma receita de, aproximadamente,<br />

340 mil milhões de euros na<br />

América do Norte e de, aproximadamente,<br />

300 mil milhões de euros na Europa em<br />

2030. À medida que a idade média dos automóveis<br />

também aumenta nestes mercados<br />

consolidados, os players do mercado do<br />

pós-venda também terão, aqui, necessidade<br />

Dimensão do mercado<br />

A McKinsey estima que o valor do mercado<br />

do pós-venda global seja de, aproximadamente,<br />

800 mil milhões de euros. O<br />

negócio na América do Norte representou<br />

cerca de 270 mil milhões da receita global, a<br />

Europa foi segunda com, aproximadamente,<br />

240 mil milhões de euros e o negócio<br />

na China gerou perto de 90 mil milhões de<br />

euros.<br />

Desenvolvimento do mercado<br />

Prevemos que o mercado do pós-venda automóvel,<br />

no geral, cresça cerca de 3%, atingindo,<br />

aproximadamente, 1.200 mil milhões<br />

de euros em 2030. Contudo, algumas<br />

tendências perturbadoras terão influências<br />

fortes e de oposição no desenvolvimento<br />

deste mercado e na distribuição de valor<br />

pelos players. A mobilidade partilhada será<br />

um dos fatores que aumentará a despesa<br />

anual em manutenção de veículos partilhados,<br />

devido a uma maior distância percorrida<br />

anualmente. No lado oposto – limitando<br />

o crescimento do mercado – os VE irão,<br />

provavelmente, requerer menos esforços de<br />

manutenção. E também se prevê que a despesa<br />

na reparação por acidentes de veículos<br />

autónomos (VA) diminua potencialmente<br />

até 90% por veículo até 2030. Prevemos<br />

que estas tendências opostas resultem num<br />

decréscimo líquido do valor do mercado do<br />

emergentes assistirão a taxas de crescimento<br />

que excedem as dos mercados consolidados.<br />

Será a taxa elevadíssima de posse de<br />

automóveis na China que irá aumentar a<br />

quota da Ásia do mercado do pós-venda automóvel<br />

global para mais de um terço (430<br />

mil milhões de euros) já em 2030. Entre a<br />

manutenção e as peças, é o mercado da manutenção<br />

que irá exibir maior crescimento<br />

à medida que a idade média dos veículos na<br />

China aumenta.<br />

Nos mercados maduros, o crescimento no<br />

mercado do pós-venda ocorreu apenas no<br />

intervalo de 1 a 2% ao longo da última década.<br />

Prevê-se que este crescimento modesde<br />

dar resposta às necessidades do segmento<br />

de veículos mais antigos.<br />

10 TENDÊNCIAS E O EFEITO<br />

PERTURBADOR NO ECOSSISTEMA<br />

Com base nas suas próprias análises e no<br />

conhecimento da indústria, bem como<br />

em opiniões de importantes especialistas<br />

do mercado do pós-venda, a McKinsey<br />

identificou 10 tendências perturbadoras<br />

diferentes que se prevê poderem ter um<br />

impacto significativo no mercado do pós-<br />

-venda automóvel (QUADRO II). Estas<br />

tendências podem ser associadas a três<br />

desenvolvimentos principais: 1) mudanças<br />

O PODER DOS BIG DATA E DA ANÁLISE AVANÇADA<br />

NA OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE VALOR<br />

Os big data e a análise avançada permitirão aos players do aftermarket guardar e processar dados do veículo, do cliente e da utilização do veículo para<br />

otimizar a cadeia de valor integralmente com base na manutenção preventiva. Os dados dos clientes proporcionam informações importantes acerca dos<br />

intervalos de manutenção normais e previsões para a probabilidade de visitas de manutenção atípicas no caso de erros do veículo ou danos excecionais.<br />

Os dados do veículo proporcionam informações acerca do grau de desgaste, bem como da quilometragem. Se for reunida e processada informação<br />

correta suficiente, estatísticas de big data associadas a análises específicas do cliente podem levar a uma previsão precisa da próxima visita do cliente e<br />

das respetivas peças e serviços.<br />

Com base em previsões tão precisas, as oficinas, os distribuidores e fornecedores de peças e os OEM podem otimizar a sua logística. Primeiro, um<br />

conhecimento mais preciso da necessidade da próxima manutenção permite diminuir a taxa de devolução de entregas falhadas. Segundo, o aumento<br />

de entregas atempadas permite diminuir a quantidade média de existências. Por fim, melhores previsões a médio prazo podem levar, inclusivamente, a<br />

ciclos de produção de peças mais otimizados.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

37


ANTEVISÃO Aftermarket em 2030<br />

nas expectativas dos consumidores e na<br />

criação de valor. 2) aparecimento de veículos<br />

de próxima geração. 3) mudanças na<br />

competitividade. Dependendo da região,<br />

do segmento de mercado e dos players, estas<br />

tendências poderão variar na sua manifestação<br />

e importância.<br />

Seguidamente, abordamos as tendências<br />

e, depois, descrevemos o efeito combinado<br />

das mesmas no ecossistema do mercado<br />

do pós-venda, isto é, cadeia de valor, envolvimento<br />

dos clientes e fontes de lucro.<br />

I - Mudanças nas expectativas<br />

dos consumidores e na criação<br />

de valor<br />

Digitalização de canais e interfaces<br />

Com a ajuda de motores de comparação e<br />

análises online, os clientes estão mais informados<br />

e mais capacitados do que nunca.<br />

Resta saber se o mercado do pós-venda<br />

será remodelado de forma similar a outras<br />

indústrias (por exemplo, turismo e banca<br />

de retalho - Quadro III). No entanto, é<br />

provável que evolução de clientes preparados<br />

e informados pela Internet mude o<br />

mercado do pós-venda automóvel de duas<br />

formas fundamentais:<br />

Transparência de preço<br />

Um grande número de clientes está a utilizar<br />

canais digitais para conseguir uma ideia<br />

mais clara de custo e qualidade. Mais de um<br />

quarto dos clientes no Reino Unido, França<br />

e Alemanha utilizam canais online para avaliar<br />

oficinas. E mais de um terço utiliza ferramentas<br />

digitais para prestar informações<br />

acerca das respetivas compras de peças.<br />

Vendas online<br />

Atualmente, as oficinas recorrem, quase<br />

exclusivamente, aos canais tradicionais<br />

para adquirirem peças automóveis, com 85<br />

a 95% de todas as compras a acontecer nas<br />

respetivas plataformas B2B ou através de<br />

canais físicos. No entanto, olhando para o<br />

futuro, prevê-se que as oficinas aumentem<br />

a sua atividade de comércio eletrónico em<br />

plataformas B2B independentes de distribuidores<br />

e comprem menos através dos<br />

canais físicos tradicionais dos distribuidores<br />

de peças. No entanto, este modelo de<br />

distribuição em massa B2B também pode<br />

mudar, visto que os clientes finais utilizam<br />

cada vez mais as plataformas digitais para<br />

adquirirem peças online (por exemplo, via<br />

Amazon ou kfzteile24).<br />

Em conjunto, estas disrupções proporcionam<br />

novas oportunidades para a indústria<br />

do mercado do pós-venda abordar diretamente<br />

os clientes finais. Os OEM, os distribuidores<br />

e as cadeias de oficinas já estão<br />

a aumentar a sua participação online e a<br />

abrir novas plataformas. Alguns OEM até<br />

disponibilizam um percurso totalmente<br />

digital ao cliente, começando pela marcação<br />

online de serviços de manutenção,<br />

passando pelas notificações push acerca do<br />

estado do serviço e acabando até no levantamento<br />

do veículo e pagamento.<br />

II - Os big data e a análise<br />

tornam-se novas fontes de<br />

criação de valor<br />

Uma onda massiva de novos dados está a<br />

crescer. Atualmente, um veículo conectado<br />

já gera 25 gigas de dados por hora, incluindo<br />

o conjunto de telemática e de dados de<br />

comportamento do condutor. Em combinação<br />

com as capacidades de análise corretas,<br />

este nível de dados abre a porta a perspetivas<br />

diferenciadoras da concorrência.<br />

No ponto de interseção entre os big data e<br />

a análise de dados avançada, existem várias<br />

oportunidades revolucionárias para a indústria<br />

do mercado do pós-venda que têm<br />

o potencial para aumentar as receitas e/ou<br />

tornar as operações mais eficientes:<br />

Perspetivas de consumidores<br />

aprofundadas<br />

A análise dos big data tem o poder de ajudar<br />

os players do mercado do pós-venda<br />

a entender os comportamentos, as preferências<br />

e as necessidades dos clientes. Esta<br />

informação de micro nível pode ajudá-los a<br />

personalizarem as suas ofertas, levando a<br />

maiores receitas e a uma maior satisfação<br />

dos clientes.<br />

Novos casos de utilização<br />

A recolha digital de dados acerca de, por<br />

exemplo, inventário/armazenagem de peças<br />

e atividade de automóveis e de frotas,<br />

poderá ajudar os players do mercado do<br />

pós-venda a aperfeiçoar as suas operações,<br />

a gerarem contactos e a impulsionarem<br />

as vendas. Os especialistas do mercado<br />

do pós-venda preveem que os big data e a<br />

análise avançada se tornem numa enorme<br />

vantagem competitiva no futuro. Contudo,<br />

atualmente, a convicção geral é de que<br />

a maioria dos players do mercado do pós-<br />

-venda automóvel não está suficientemente<br />

preparada para tirar partido da oportuni-<br />

38 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


dade proporcionada pelos big data. De facto,<br />

mais de 70% dos especialistas do mercado<br />

do pós-venda acredita que os players<br />

do mercado do pós-venda estão, na melhor<br />

das hipóteses, apenas na fase de arranque<br />

ou, na pior das hipóteses, completamente<br />

impreparados (Quadro IV). Aqueles que<br />

tiverem capacidade para agir de forma rápida<br />

e eficaz neste âmbito, terão o potencial<br />

de diferenciar-se da concorrência.<br />

III - Importância crescente de<br />

frotas geridas<br />

profissionalmente<br />

A atual aceitação da mobilidade partilhada<br />

poderá significar que cerca de um em cada<br />

10 automóveis vendidos em 2030 será um<br />

veículo partilhado. Além disso, novos clientes<br />

de frotas empresariais irão entrar no<br />

mercado, como a Uber, com a sua ampla<br />

frota de veículos. Esta evolução significará<br />

uma quota mais pequena de automóveis<br />

individuais e uma maior procura de frotas<br />

geridas profissionalmente, com implicações<br />

específicas para o mercado do pós-venda:<br />

Maior utilização<br />

Os veículos de frotas passam, habitualmente,<br />

mais tempo na estrada. E, isso, implica<br />

um desgaste adicional. A utilização é crucial<br />

para os resultados dos fornecedores de<br />

mobilidade, assumindo a inatividade uma<br />

nova importância para os players do mercado<br />

do pós-venda. Portanto, é necessário<br />

desenvolver conceitos avançados de mercado<br />

do pós-venda, garantindo uma elevada<br />

utilização e um TCO competitivo.<br />

Ênfase no B2B<br />

À medida que a quota de clientes empresariais<br />

aumenta, a gestão de serviços torna-<br />

-se mais centralizada. Em conjunto, estes<br />

desenvolvimentos geram novas necessidades,<br />

tais como processos de compra profissionalizados<br />

e operações de manutenção.<br />

Além disso, a atenção dada ao custo total<br />

de propriedade muda para o enfoque e para<br />

as necessidades a ter em consideração nas<br />

ofertas de serviços e na política de preços.<br />

IV - Surgimento de mercados<br />

emergentes e uma nova lógica<br />

de serviço: exemplo da China<br />

O número de veículos na China é, atualmente,<br />

equivalente a cerca de 60% do número<br />

existente na Europa, mas prevê-se<br />

que iguale a quantidade da Europa já em<br />

2025. À medida que este grande volume de<br />

veículos relativamente novos envelhece, é<br />

previsível que a China se torne muito mais<br />

importante na indústria global do mercado<br />

do pós-venda. Em combinação com a perspetiva<br />

de que os consumidores chineses encaram<br />

o atendimento ao cliente como uma<br />

experiência abrangente e estão dispostos a<br />

pagar algo mais por ela, os players do aftermarket<br />

quererão olhar para dois elementos<br />

da experiência do cliente:<br />

Ofertas personalizadas<br />

Diversas segmentações de clientes “baseadas<br />

nas necessidades” em todas as regiões<br />

da China demonstram que uma abordagem<br />

única para todos os casos muito provavelmente<br />

não irá funcionar. Aqui, os clientes<br />

do mercado do pós-venda requerem ofertas<br />

personalizadas e de serviços premium.<br />

Exemplos de ofertas personalizadas incluem<br />

serviços personalizados de emergência<br />

na estrada, serviços ao domicílio e lavagem<br />

de automóveis.<br />

Medidas de retenção<br />

de clientes<br />

Para satisfazer as necessidades do mercado<br />

do pós-venda da China, os players da indústria<br />

terão, cada vez mais, de impulsionar<br />

medidas diferenciadas de retenção de<br />

clientes (por exemplo, programas de fidelização).<br />

Mais de 40% dos especialistas da<br />

indústria entrevistados prevê que a China<br />

irá experienciar as maiores alterações de<br />

mercado ao longo dos próximos 10 anos<br />

na indústria do mercado do pós-venda automóvel.<br />

Os players da indústria que esperam<br />

estar à altura das circunstâncias terão<br />

de adaptar as suas abordagens ao produto,<br />

às vendas e a retenção à perspetiva específica<br />

do mercado acerca do serviço.<br />

V - Aparecimento de veículos<br />

de próxima geração<br />

“eletrificação” diminui<br />

a fonte de lucro<br />

A “eletrificação” crescente do grupo motopropulsor<br />

é uma das maiores manifestações<br />

da preocupação crescente com o ambiente,<br />

que terá implicações muito específicas para<br />

o mercado do pós-venda automóvel:<br />

Novas competências técnicas<br />

Com a crescente “eletrificação”, surge um<br />

crescente conjunto de novos componentes<br />

para os automóveis (por exemplo, bateria,<br />

motor elétrico). Um conhecimento técnico<br />

destes componentes será necessário por<br />

parte de todos os players do mercado. Portanto,<br />

a participação na cadeia de valor dos<br />

VE e na fonte de lucro exigirá um novo conjunto<br />

de capacidades em relação às requeridas<br />

pelos players do aftermarket.<br />

Peças e serviços ecológicos<br />

A proliferação de grupos motopropulsores<br />

O MERCADO DO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL ABRANGE<br />

UM CONJUNTO DIVERSO DE PLAYERS ESTABELECIDOS<br />

E NOVOS EXEMPLO: ALEMANHA<br />

Aftermarket independente (IAM) Rede OEM<br />

Fabricantes<br />

de peças<br />

OEMs<br />

VW, BMW,<br />

Daimler, entre<br />

outros<br />

Fornecedores<br />

Bosch, Hella,<br />

ZF, entre outros<br />

Fabricantes<br />

genéricos<br />

Distribuidores de peças<br />

Unidades de vendas OEM<br />

Distribuidores afiliados<br />

Grupos<br />

de compra<br />

ATR, CARAT,<br />

entre outros<br />

Distribuidores<br />

independentes<br />

LKQ, Wessels<br />

+ Muller,<br />

Autodis,<br />

Alliance,<br />

entre outros<br />

Distribuidores<br />

online<br />

Amazon, eBay,<br />

kfzteile24,<br />

entre outros<br />

Oficinas<br />

Oficinas OEM e<br />

concessionários<br />

franchisados<br />

Auto Centros<br />

e Serviços Rápidos<br />

A.T.U.,<br />

Pitstop, entre outros<br />

Redes de oficinas<br />

AutoCrew, Meisterhaft,<br />

entre outros<br />

Pequenas Oficinas<br />

Intermediários<br />

Clientes finais<br />

Seguros<br />

Allianz, HUK,<br />

entre outros<br />

Clubes<br />

Automóveis<br />

ADAC, entre outros<br />

Leasing<br />

ALD, entre outros<br />

Sites de<br />

encaminhamento<br />

Fair Garage, entre<br />

outros<br />

Quadro I<br />

Particulares<br />

Empresas<br />

Frotas<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

39


ANTEVISÃO Aftermarket em 2030<br />

AS 10 PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PERTURBADORAS DO AFTERMARKET<br />

Quadro II<br />

Mudanças nas expectativas<br />

dos consumidores e na criação<br />

de valor<br />

Aparecimento de veículos<br />

de próxima geração<br />

Mudanças na competitividade<br />

A digitalização dos canais<br />

e interfaces (por exemplo,<br />

comércio eletrónico) reduz a<br />

assimetria da informação e<br />

aumenta a transparência de<br />

preços para os clientes<br />

Os big data (macrodados)<br />

permitem a análise<br />

avançada dos dados dos<br />

setores e dos clientes,<br />

permitindo casos de utilização<br />

quer no lado das receitas quer<br />

dos custos<br />

A importância crescente<br />

dos clientes de frota<br />

que requerem ofertas<br />

diferenciadas de serviço<br />

A mudança do crescimento e<br />

da dimensão nos mercados<br />

emergentes requer a<br />

adaptação da lógica de<br />

serviço para novos clientes<br />

A consciência ecológica leva<br />

à “eletrificação” dos grupos<br />

motopropulsores e à mudança<br />

dos requisitos do mercado dos<br />

pós-venda<br />

A crescente importância do<br />

software tem impacto nas<br />

necessidades de manutenção e<br />

exige um conjunto de competências<br />

atualizado ou completamente novo<br />

A condução autónoma reduz<br />

os acidentes, mas aumenta a<br />

complexidade dos produtos e leva<br />

a intervalos de manutenção mais<br />

curtos<br />

Os veículos conectados<br />

permitem serviços preventivos de<br />

manutenção de informação<br />

A entrada de novos players<br />

(por exemplo, empresas digitais,<br />

intermediários) aumenta a pressão<br />

competitiva através da tomada de<br />

negócios rentáveis<br />

A consolidação e integração da<br />

indústria forçam todos os players<br />

do aftermarket a ampliarem o seu<br />

valor<br />

O IMPACTO DA<br />

RESPETIVA TENDÊNCIA<br />

VARIA ENTRE AS<br />

REGIÕES E AS PARTES<br />

INTERESSADAS<br />

eletrificados reforça ainda mais as preferências<br />

dos clientes pela sustentabilidade, mesmo<br />

após a aquisição inicial por parte dos<br />

mesmos de um híbrido ou de um VE. Para<br />

os players do aftermarket, existe uma oportunidade<br />

de conseguirem uma vantagem<br />

competitiva: 1) tornando os respetivos produtos<br />

e operações mais sustentáveis (por<br />

exemplo, peças recuperadas); 2) desenvolvendo<br />

cadeias de fornecimento ecológicas<br />

ou até com zero emissões; 3) dando ênfase<br />

ao “verde” nas respetivas comunicações de<br />

marketing.<br />

Perfil de serviço diferente<br />

Os motores elétricos têm menos peças<br />

móveis e, assim, menos desgaste. De uma<br />

forma geral, prevê-se que os custos de manutenção<br />

no mercado do pós-venda dos<br />

veículos elétricos a bateria sejam, aproximadamente,<br />

40% inferiores aos dos veículos<br />

“convencionais” com motor de combustão.<br />

No entanto, este fenómeno não é<br />

estritamente um “redutor” da fonte de lucro<br />

para os players do aftermarket, visto que<br />

existem oportunidades num investimento<br />

em conjuntos de competências, ofertas e<br />

mensagens que correspondem à crescente<br />

exigência de sustentabilidade.<br />

VI - Importância crescente de<br />

software que exige novas<br />

competências<br />

O PODER DOS BIG DATA E DA ANÁLISE AVANÇADA<br />

NA OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE VALOR<br />

Os big data e a análise avançada permitirão aos players do aftermarket guardar e processar dados do veículo, do cliente e da utilização do veículo para<br />

otimizar a cadeia de valor integralmente com base na manutenção preventiva. Os dados dos clientes proporcionam informações importantes acerca dos<br />

intervalos de manutenção normais e previsões para a probabilidade de visitas de manutenção atípicas no caso de erros do veículo ou danos excecionais.<br />

Os dados do veículo proporcionam informações acerca do grau de desgaste, bem como da quilometragem. Se for reunida e processada informação<br />

correta suficiente, estatísticas de big data associadas a análises específicas do cliente podem levar a uma previsão precisa da próxima visita do cliente e<br />

das respetivas peças e serviços.<br />

Com base em previsões tão precisas, as oficinas, os distribuidores e fornecedores de peças e os OEM podem otimizar a sua logística. Primeiro, um<br />

conhecimento mais preciso da necessidade da próxima manutenção permite diminuir a taxa de devolução de entregas falhadas. Segundo, o aumento<br />

de entregas atempadas permite diminuir a quantidade média de existências. Por fim, melhores previsões a médio prazo podem levar, inclusivamente, a<br />

ciclos de produção de peças mais otimizados.<br />

40 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


O software está a tornar-se cada vez mais<br />

fundamental nos veículos. Num cenário<br />

extremo, no qual o conhecimento de software<br />

se torna não apenas uma competência,<br />

mas a principal competência, as<br />

oficinas “convencionais”, baseadas na mecânica,<br />

podem não continuar a ter lugar<br />

no ecossistema do mercado do pós-venda.<br />

O inquérito a especialistas demonstra que<br />

mais de 50% dos especialistas da indústria<br />

prevê que os serviços do mercado do<br />

pós-venda se tornem mais importantes do<br />

que as peças. E 40% prevê que os serviços<br />

se tornem tão importantes como as peças<br />

(Quadro V). Para os players do aftermarket<br />

que começam a desenvolver os seus<br />

conjuntos de competências de software,<br />

existe um potencial significativo para a<br />

otimização das operações e novos casos de<br />

utilização valiosos em duas áreas específicas:<br />

Manutenção e monitorização<br />

Os diagnósticos remotos a bordo podem<br />

ajudar os OEM a identificarem antecipadamente<br />

problemas técnicos no ciclo de<br />

vida. Este “aviso antecipado” pode permitir-lhes<br />

intervir rapidamente com atualizações<br />

de software ou otimizar o tempo<br />

de resposta a potenciais campanhas de<br />

recolha, minimizando, assim, o risco de<br />

acidentes relacionados com recolhas e o<br />

custo de litígios prejudiciais para a marca.<br />

O software também pode permitir atualizações<br />

adicionais regulares às funcionalidades<br />

existentes do produto, utilizando<br />

tecnologia rápida “over-the-air”.<br />

Apoio virtual à reparação<br />

Para os players das áreas de manutenção e<br />

reparação, maior competência de software<br />

cria potencial de ser capaz de substituir<br />

módulos remotamente ou disponibilizar<br />

serviços “orientados virtualmente”, reduzindo,<br />

ambas as situações, a necessidade<br />

de os clientes se deslocarem fisicamente<br />

à oficina. O potencial de diferenciação da<br />

marca, de geração de receita e de poupança<br />

de custos destas funções e serviços com<br />

base em software, contribui para o valor do<br />

software no mercado do pós-venda automóvel.<br />

VII - Condução autónoma leva<br />

a menos acidentes, mas a<br />

intervalos de manutenção mais<br />

curtos<br />

Ao longo dos últimos anos, o volume global<br />

de sistemas avançados de assistência<br />

ao condutor (ADAS) cresceu 23% anualmente.<br />

No entanto, é improvável que os<br />

veículos totalmente autónomos sejam comercializados<br />

antes de 2030. Entretanto,<br />

os ADAS vão desempenhar um papel crucial<br />

ao prepararem as entidades reguladoras,<br />

os consumidores e as empresas para a<br />

realidade de a médio prazo os automóveis<br />

virem a assumir o controlo cada vez mais.<br />

Num cenário agressivo, aproximadamente<br />

50% dos veículos de passageiros vendidos<br />

em 2030 poderá ser altamente autónomos<br />

e, aproximadamente, outros 15% totalmente<br />

autónomos. A crescente autonomia dos<br />

veículos irá afetar o mercado do pós-venda<br />

automóvel de diversas formas:<br />

Menos acidentes<br />

Os VA irão reduzir e, eventualmente, eliminar<br />

o elemento de condução do erro<br />

MÚLTIPLOS FATORES PODEM AFETAR A VELOCIDADE E O GRAU DE IMPLEMENTAÇÃO<br />

DA DIGITALIZAÇÃO NO AFTERMARKET<br />

Meios de<br />

Comunicação<br />

Quadro III<br />

O digital está a afetar<br />

profundamente todas as indústrias,<br />

com um impacto variável<br />

Telecomunicações<br />

Ponto de<br />

viragem<br />

Turismo<br />

Petróleo<br />

e gás<br />

Químicos<br />

Fábricas<br />

Hightech<br />

Aftermarket<br />

Automóvel<br />

Retalho<br />

Banca<br />

Dinâmica<br />

do vencedor<br />

leva tudo<br />

Fatores que reduzem a probabilidade de digitalização<br />

l Grandes clientes B2B que contam com as relações de longo prazo junto dos fabricantes<br />

de peças do mercado do pós-venda para o crescimento económico<br />

l Risco de retaliação por parte de importantes distribuidores tradicionais em mercados<br />

desenvolvidos<br />

l Compreensão limitada dos produtos e instalação por parte dos consumidores<br />

Fatores que aumentam a probabilidade de<br />

digitalização<br />

l Múltiplos níveis de distribuição proporcionam a oportunidade de reduzir<br />

a cadeia de valor<br />

l Novos modelos de logística e players que surgem no mercado (por<br />

exemplo, protagonistas totalmente online, comerciantes online de<br />

grande escala)<br />

l Novos players agressivos sem custos fixos que pretendem disponibilizar<br />

plataformas comerciais<br />

l Crescente utilização digital entre utilizadores B2B e B2C<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

41


ANTEVISÃO Aftermarket em 2030<br />

OS BIG DATA PERMITEM A ANÁLISE DOS DADOS DE CLIENTES E AUTOMÓVEIS,<br />

POSSIBILITANDO A MANUTENÇÃO PREDITIVA E A GESTÃO OTIMIZADA DA LOGÍSTICA<br />

DE PEÇAS<br />

Quadro IV<br />

Dados<br />

dos clientes<br />

Implicações<br />

Dados dos automóveis<br />

(Telemática e comportamento de condução)<br />

40<br />

25<br />

Microprocessadores<br />

que estão num<br />

moderno veículo<br />

conectado<br />

Gigabytes de<br />

dados por hora são<br />

gerados<br />

l Perspetivas de consumidores aprofundadas: ajuda a compreender<br />

o comportamento, as preferências e as necessidades dos clientes<br />

l Novos casos de utilização: a recolha digital de dados poderá<br />

ajudar os players do aftermarket a aperfeiçoar as suas operações,<br />

a gerarem contactos e a impulsionarem as vendas<br />

Em que medida a análise de big<br />

data irá tornar-se numa vantagem<br />

competitiva para os players do<br />

aftermarket?<br />

Até que ponto estão os atuais<br />

players do aftermarket preparados<br />

para utilizar a análise de big data<br />

nas suas operações diárias?<br />

Visão dos especialistas<br />

60<br />

FORTE<br />

29<br />

BEM PREPARADOS/<br />

PREPARADOS<br />

40<br />

MODERADA/<br />

FRACA<br />

71<br />

UTILIZAÇÃO<br />

APENAS<br />

NUMA FASE<br />

PILOTO DE<br />

ARRANQUE OU<br />

IMPREPARADOS<br />

humano. O menor controlo humano será o<br />

principal fator de uma redução no número<br />

de colisões, visto que mais de 90% de<br />

todos os acidentes nos EUA, por exemplo,<br />

são provocados, essencialmente, pela ação<br />

do condutor. Isto tem impacto não só nos<br />

players diretos do mercado do pós-venda<br />

(por exemplo, oficinas) mas, também, nos<br />

intermediários, tais como seguradoras, que<br />

terão de adaptar os modelos de negócio.<br />

NA FUTURA INDÚSTRIA<br />

DO AFTERMARKET, O<br />

SERVIÇO IRÁ TORNAR-SE,<br />

SIGNIFICATIVAMENTE, MAIS<br />

IMPORTANTE DO QUE AS<br />

PEÇAS<br />

54%<br />

SERVIÇO<br />

6%<br />

PEÇAS<br />

40%<br />

AMBOS<br />

Quadro V<br />

O que será mais importante no futuro do<br />

aftermarket: o serviço ou as peças?<br />

Necessidades de manutenção<br />

alteradas<br />

Os VA estão concebidos para funcionarem<br />

de forma ideal. Uma vez que muita da manutenção<br />

dos veículos está relacionada com<br />

a forma como os mesmos são utilizados<br />

(por exemplo, comportamento de travagem),<br />

os automóveis autónomos irão sofrer<br />

menor desgaste. Por outro lado, estes<br />

veículos têm de ser totalmente funcionais<br />

de modo permanente e, portanto, estarão<br />

equipados com componentes mais sensíveis<br />

(por exemplo, sensores), que, provavelmente,<br />

irão exigir testes de diagnóstico mais<br />

frequentes. Adicionalmente, a interação do<br />

serviço entre o cliente e a oficina irá mudar,<br />

uma vez que os veículos poderão dirigir-se<br />

sozinhos à oficina, eliminando da equação<br />

as interações humanas presenciais.<br />

Maior responsabilidade<br />

Como os condutores se tornam menos<br />

ativos no controlo dos veículos, os enquadramentos<br />

regulamentares poderão transferir<br />

mais responsabilidade em direção aos<br />

OEM. Isto tem o potencial de tornar os modelos<br />

de manutenção apoiados pelos OEM<br />

preferíveis aos modelos de manutenção e<br />

reparação independentes. Sendo a reparação<br />

de acidentes e a manutenção baseada<br />

na utilização fundamental para o atual<br />

modelo do mercado do pós-venda, a análise<br />

revela que as funcionalidades de segurança<br />

ativa podem eliminar, aproximadamente,<br />

30 mil milhões de euros da fonte de receita<br />

do mercado do pós-venda automóvel até<br />

2030 (Quadro VI). Além disso, os VA podem<br />

eliminar entre 10 a 80 mil milhões de<br />

euros adicionais, dependendo da adoção<br />

dos mesmos no mercado.<br />

VIII - Veículos conectados que<br />

permitem manutenção preditiva<br />

Uma variedade de sensores e de serviços<br />

baseados na Internet (por exemplo, sistemas<br />

de navegação) está a permitir novas<br />

funcionalidades, tais como monitorização<br />

do itinerário, procura e ajuda ao estacionamento,<br />

assistência em caso de acidente<br />

e avaria, procura de concessionário e informação<br />

do estado do veículo. Tipos adicionais<br />

de tecnologia de recolha de dados<br />

estão, neste momento, a ser implementados,<br />

tais como dongles aperfeiçoados que<br />

recolhem dados acerca do comportamento<br />

do condutor. Para os players do aftermarket,<br />

o aumento da conectividade proporciona<br />

potenciais relações próximas e mais<br />

imediatas com os clientes.<br />

Recomendações de resposta e<br />

disponibilidade<br />

Um serviço avançado de avarias irá, não<br />

só, solicitar assistência rodoviária mas,<br />

42 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


também, transmitir dados específicos<br />

do acidente, ajudando a entidade que dá<br />

resposta a proporcionar o serviço mais<br />

adequado, sabendo antecipadamente que<br />

peças do automóvel são necessárias. O<br />

serviço também irá recomendar um local<br />

para a assistência. O estudo dos consumidores<br />

indica que, aproximadamente, 60%<br />

dos condutores nos EUA, na Alemanha,<br />

no Brasil e na China irá seguir a recomendação.<br />

Manutenção preditiva<br />

Os dados relativos ao estado operacional<br />

enviados continuamente pelos veículos<br />

conectados permitem a análise e a verificação<br />

instantânea do veículo. Se uma avaria<br />

atual ou potencial for detetada, podem ser<br />

tomadas medidas adequadas. Esta possibilidade<br />

de manutenção preditiva também<br />

permite a melhoria contínua do veículo<br />

(para além de reparações agendadas) e<br />

uma melhor distribuição do volume de<br />

trabalho nas oficinas.<br />

Diagnóstico remoto a bordo<br />

Em vez da ocorrência da manutenção do<br />

veículo a intervalos de tempo regulares, a<br />

manutenção preventiva será baseada no<br />

comportamento de condução e na utilização<br />

do veículo em condições reais. Este<br />

tipo de serviço poderá aumentar o movimento<br />

nas oficinas através de recomendações<br />

de manutenção e campanhas de<br />

manutenção direcionadas, especialmente<br />

quando a garantia termina e a fidelidade<br />

dos clientes, por norma, decresce.<br />

Novos serviços digitais<br />

A conectividade permite uma nova gama<br />

de serviços digitais que os clientes podem<br />

adquirir conforme necessário (por exemplo,<br />

disponibilização a bordo de serviços<br />

relacionados com mobilidade, tais como<br />

infoentretenimento ou serviços de concierge,<br />

segurança baseada em utilização e<br />

recomendações personalizadas). A conectividade<br />

permite que o automóvel se torne<br />

num sistema para os players do aftermarket.<br />

Isto coloca a questão: quem irá ter a<br />

posse dos contactos dos clientes no futuro?<br />

De acordo com 60% dos especialistas<br />

do mercado do pós-venda automóvel, os<br />

OEM serão os principais players. O nível<br />

a que os diversos players irão controlar os<br />

dados e as interfaces dos clientes depende<br />

fortemente das futuras diretrizes regulamentares.<br />

n<br />

PREVÊ-SE QUE OS ADAS E OS VEÍCULOS AUTÓNOMOS REDUZAM<br />

AS RECEITAS DO MERCADO DO PÓS-VENDA<br />

Impacto<br />

Fatores<br />

direcional nas<br />

vendas de peças Justificação<br />

Quadro VI<br />

Primários: número de colisões<br />

A diminuição do controlo humano será o principal<br />

fator por detrás de um menor número de colisões<br />

Substituição de peças<br />

motivada por colisões<br />

Percentagem de veículos que são controlados<br />

por humanos<br />

Número de quilómetros percorridos por<br />

veículos autónomos em relação a veículos não<br />

autónomos<br />

Secundários: gravidade das colisões<br />

Os veículos autónomos irão reduzir e,<br />

eventualmente, eliminar o elemento de condução do<br />

erro humano<br />

Mais condução devido ao aumento da comodidade,<br />

menos condução devido à utilização conjunta e aos<br />

itinerários de condução otimizados<br />

Diminuição da gravidade dos acidentes análoga à<br />

verificada com os sistemas de segurança ativa<br />

Terciários: custo das peças<br />

Maior utilização da tecnologia de sensores expostos<br />

em zonas de colisão dos automóveis parcialmente<br />

compensada por uma redução no preço<br />

Substituição de peças<br />

não motivada por colisão<br />

Primários: quantidade de peças de desgaste;<br />

comportamento de condução<br />

Número de quilómetros percorridos por<br />

veículos autónomos em relação a veículos<br />

não autónomos<br />

Secundários: custo das peças<br />

Comportamento de condução ideal que resulta num<br />

menor desgaste de peças, como pneus e travões<br />

Mais condução devido ao aumento da comodidade,<br />

menos condução devido à utilização conjunta e aos<br />

itinerários de condução otimizados<br />

Tecnologia autónoma sofisticada que tem ciclos<br />

de substituição que ultrapassam a vida útil do<br />

automóvel<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

43


Empresa<br />

Fundada por<br />

Jochen Staedtler<br />

a 2 de julho de<br />

1982<br />

Soluções<br />

Made in<br />

Germany<br />

Dois armazéns:<br />

Estoril e Maia<br />

AleCarPeças<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

Mais de<br />

100<br />

gamas de produtos<br />

Fundada há 37 anos por Jochen Staedtler, a AleCarPeças rapidamente se assumiu como<br />

uma empresa de cariz familiar vocacionada para a distribuição de produtos aftermarket<br />

automóvel de origem alemã. Ao longo do seu percurso, a empresa liderada por Pedro<br />

Rodrigues e Alexandra Staedtler foi desenvolvendo a sua atividade baseada em Lisboa<br />

com componentes de desgaste rápido e elevada qualidade, tendo nascido aí a sua atual<br />

assinatura: Soluções Made in Germany. Com mais de 40.000 referências em stock, 22<br />

marcas representadas e mais de 100 gamas de produtos, a AleCarPeças, que participou,<br />

pela primeira vez como expositora, na expoMECÂNICA <strong>2019</strong>, regressou ao norte do país.<br />

E em força. É que cumpridos 20 anos sobre o encerramento da sua delegação no Porto<br />

(em tempos existiu uma também em Viseu), a empresa inaugurou um armazém na cidade<br />

da Maia. São cerca de 800 m 2 de espaço, que se juntam, assim, aos 1.200 m 2 de área<br />

do armazém central, localizado no Estoril. Com balcões em Lisboa, no Estoril e na Maia,<br />

a AleCarPeças encontra-se de boa saúde e recomenda-se.<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Mais de<br />

40.000<br />

referências em stock<br />

24 marcas<br />

representadas<br />

44<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


NOVA<br />

LOJA NA MAIA<br />

AleCarPeças - Peças e Acessórios Automóveis, Lda<br />

Lisboa: Av. Afonso III 57 Lj 1/3 - Ed. Tágide, 1900-041 Lisboa - Tel.: 218 150 044<br />

Estoril: Estrada de Manique - 1610 A - Armazém 2/3, 2645-550 Alcabideche - Tel.: 214 602 465<br />

Maia: R. Eng. João Tallone 243 - ZI da Maia - Sector IX - 4470-516 Maia - Tel.: 221 105 346<br />

Email: geral@alecarpecas.pt | www.alecarpecas.pt<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

45


Empresa<br />

Fundada em maio de 1977<br />

Auto delta<br />

Plataforma online<br />

criada com a TecDoc<br />

Atendimento personalizado<br />

Mais de<br />

120.000<br />

referências em stock<br />

Como se os 42 anos que a empresa fundada por Armindo Romão e Catarina<br />

Luísa leva no ativo não fossem suficientes, aqui ficam alguns valores que<br />

tornam a Auto Delta num dos nomes mais fortes do aftermarket nacional:<br />

ética, profissionalismo e confiança; respeito pelos compromissos assumidos;<br />

lealdade para com os seus parceiros; qualidade e inovação; excelência dos<br />

serviços prestados. Com mais de 120 mil referências em stock, a Auto Delta,<br />

que está sediada em Leiria e que conta com uma filial localizada em Castelo<br />

Branco, é reconhecida, ininterruptamente, desde 2010, com o estatuto de<br />

<strong>PME</strong> Excelência. Especialista nas campanhas “Fabricante do Mês”, que têm<br />

como objetivo destacar, mensalmente, uma marca comercializada pela empresa,<br />

a Auto Delta integrou, no final de 2018, o Grupo CGA, tendo distinguido,<br />

recentemente, os 14 parceiros que fazem parte do projeto OMD (Official MEY-<br />

LE Dealer). Até final deste ano, a empresa de Leiria deverá ter um novo armazém,<br />

que desempenhará um papel crucial rumo ao seu crescimento. Porque,<br />

como a própria empresa afirma:“Com os melhores, a caminho do futuro”.<br />

Satisfação<br />

do cliente<br />

Qualidade<br />

nos serviços<br />

prestados<br />

46 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


Leiria: Rua da Fontainhas, nº 77 - Andrinos | 2416 - 905 Leiria | Tel.: 244 830 070 - Fax: 244 813 047 | email: geral@autodelta.pt<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

Castelo Branco: Zona Industrial - Rua T, Lote49 | 6001-997 Castelo Branco I Tel.: 272 349 580 | Fax: 272 349 589 | email: geral.cb@autodelta.pt<br />

47


Empresa<br />

Em <strong>2019</strong>, comemora<br />

33 anos de atividade<br />

Autozitânia<br />

Marcar a tendência<br />

do aftermarket<br />

TAcionista da<br />

EMOT<br />

International<br />

Credibilidade, confiança, responsabilidade. O estatuto de <strong>PME</strong><br />

Excelência representa tudo isso. A Autozitânia tem sabido, como<br />

poucas, manter-se sempre no patamar mais alto do aftermarket.<br />

Sendo uma empresa que se dedica à importação e distribuição de<br />

peças para automóveis em todo o território nacional, trabalha com os<br />

melhores fabricantes de componentes, que garantem uma oferta de<br />

excelente qualidade. Além disso, a Autozitânia conta com um grupo<br />

de colaboradores que alia a sua experiência à formação técnica e<br />

comportamental. Tudo para poder tratar o cliente como um parceiro<br />

e como uma natural extensão do seu negócio. Mais do que a simples<br />

venda de peças para automóveis, a empresa sediada em Famões,<br />

no município de Odivelas, pretende prestar um serviço de excelência<br />

a todos os níveis. O conceito “Drive Repair” é uma solução que<br />

oferece aos clientes, para que estes possam disponibilizá-lo às<br />

suas oficinas. Distinguida pela TEMOT International com o prémio<br />

“Best Shareholder Compliance”, a Autozitânia comemora 33 anos de<br />

atividade em <strong>2019</strong>. Um exemplo a seguir, portanto.<br />

Importação<br />

e distribuição<br />

de peças<br />

Gerar valor<br />

para os parceiros<br />

Portal de compras online para clientes<br />

48<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


Instale já!<br />

APP<br />

Catálogo & Webshop<br />

Esta aplicação permite consultar o<br />

stock e os preços dos nossos<br />

produtos, fazer encomendas, fazer<br />

orçamentos personalizados por<br />

viatura e consultar informação<br />

técnica para reparação auto em<br />

qualquer local e a qualquer<br />

momento. A opção de pesquisa,<br />

para além da procura por marca,<br />

modelo, produto e referência<br />

permite ainda a procura por busca<br />

gráfica ou através de matrícula. E<br />

ainda inclui as bases de dados:<br />

Tecdoc, Autodata, HaynesPro e<br />

Eurotax.<br />

www.autozitania.pt<br />

<strong>PME</strong> Líder & Instagram<br />

Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

49


Empresa<br />

Distribuidor exclusivo Original Birth desde 2010<br />

Preços competitivos<br />

Filourém<br />

A presença da Filourém na expoMECÂNICA <strong>2019</strong> é apenas o reflexo da postura que<br />

a empresa tem adotado ao longo dos anos e que pretende manter: contacto direto e<br />

fidelização dos clientes, destaque das suas principais marcas, modernização, procura<br />

de novos mercados e fornecedores. Tudo isto na busca incessante de oferecer um<br />

serviço personalizado, rápido e consistente. Para a empresa, voltar a ser <strong>PME</strong> Líder<br />

foi o reconhecimento do trabalho, dedicação e ambição colocados no dia a dia, que,<br />

certamente, se traduzirá em responsabilidade para continuar a fazer sempre mais<br />

e melhor. No entanto, a palavra “estatuto”, por si só, não melhora o atendimento e<br />

não aumenta o stock: só uma gestão rigorosa, dinâmica, equilibrada e um tremendo<br />

esforço da equipa permitirá continuar a evolução da Filourém. Longe vão os tempos<br />

onde a empresa de Ourém começou por se especializar em material alemão e filtros,<br />

havendo, agora, uma aposta contínua no alargamento de stock, com novas linhas<br />

de produtos, mas mantendo a qualidade do material com preços competitivos. Sem<br />

dúvida que Original Birth, Bremsi, FIBA e Japko são marcas essenciais no crescimento<br />

da empresa, pela relação de confiança e estabilidade existentes (em parte,<br />

por serem representantes únicos), pela grande variedade da sua oferta e ainda pela<br />

forte aceitação perante os clientes. Naturalmente que, neste setor, todos querem<br />

crescer ano após ano. E a Filourém não será exceção.<br />

Produtos de<br />

elevada<br />

qualidade<br />

Stock<br />

alargado<br />

de artigos<br />

Constituída em<br />

2002<br />

50<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

51


Empresa<br />

ˆˇ<br />

Comercialização<br />

de equipamentos<br />

e acessórios<br />

Maior<br />

stock ibérico<br />

de porcas de elevadores<br />

13 técnicos<br />

qualificados para<br />

todo o território<br />

nacional<br />

MGM<br />

Manuel Guedes Martins. Ou, simplesmente, MGM. A empresa que ostenta o nome<br />

do seu fundador é uma das referências nacionais na reparação e manutenção de<br />

equipamentos auto e industriais, atuando com competência, profissionalismo, seriedade<br />

e dedicação. A MGM presta serviços de assistência técnica e manutenção<br />

preventiva e curativa em elevadores de viaturas, compressores, máquinas de lavar<br />

de alta pressão, máquinas de montar e desmontar pneus, aspiradores e bombas de<br />

óleo, aspiradores e lavadores de estofos, máquinas de soldadura MIG e TIG e corte<br />

plasma. Para além de comercializar equipamentos, vende, também, todo o tipo de<br />

acessórios e peças de reposição referentes aos equipamentos acima referidos. A<br />

formação é outra das áreas consideradas primordiais para a organização liderada<br />

por Manuel Guedes Martins. Tanto mais que, nas suas instalações, promoveu uma<br />

ação dedicada aos veículos híbridos. Uma das grandes apostas da MGM este ano<br />

foi o investimento na formação de três colaboradores em manuseamento de gases<br />

fluorados em equipamentos de refrigeração.<br />

Ser uma<br />

referência<br />

no setor da<br />

reparação<br />

Competência,<br />

profissionalismo,<br />

seriedade,<br />

dedicação<br />

Certificação<br />

ISO 9001:2015<br />

52<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


Rua do Agro, 150<br />

4410-089 SERZEDO VNG<br />

Tel. 22 764 27 22 / Telm. 91 406 80 71<br />

www.mgm.com.pt / geral@mgm.com.pt<br />

FAÇA AS MANUTENÇÕES PERIÓDICAS<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

53


Empresa<br />

Comercialização<br />

de tintas e produtos<br />

non paint<br />

Fundada em<br />

1978<br />

Mota & Pimenta<br />

Assistência técnica<br />

24h<br />

A caminho dos 41 anos de história, a Mota & Pimenta, designação que resulta da conjugação<br />

dos apelidos de Virgílio e Margarida Conceição, respetivamente, atua na área<br />

mais colorida do aftermarket. Com uma equipa composta por 19 colaboradores, a empresa<br />

de Vila Nova de Famalicão tem na assistência técnica 24 horas e no Centro de<br />

Formação Tecnológico para repintura automóvel dois dos seus ex-líbris. Importadora da<br />

marca DeBeer desde 1997, a Mota & Pimenta, que comercializa tintas e produtos non<br />

paint, considera extremamente importante alargar o portefólio de artigos para continuar<br />

a crescer. Até porque, sendo o mercado cada vez mais exigente, é fundamental que a<br />

Mota & Pimenta tenha argumentos para responder às alterações solicitadas. E uma<br />

das formas de colmatar estas evoluções é precisamente através da implementação de<br />

novas marcas e novos produtos. Sendo uma empresa que está orientada para responder<br />

às necessidades das oficinas, a Mota & Pimenta concilia qualidade com rentabilidade,<br />

dispondo de um leque de produtos bastante diversificado.<br />

19<br />

Centro de<br />

Formação<br />

Tecnológico<br />

colaboradores<br />

Importadora da<br />

DeBeer<br />

desde 1997<br />

54 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

55


Empresa<br />

Mais de<br />

40 anos<br />

de experiência<br />

Marca<br />

Reatek<br />

é nova<br />

aposta<br />

Reconstrução e distribuição<br />

de componentes auto<br />

Readapt<br />

Foco<br />

no contacto pessoal<br />

com o cliente<br />

Especializada na área da reconstrução e distribuição de componentes para automóveis,<br />

a Readapt Portugal tem colhido na experiência adquirida ao longo dos anos a eficácia, o<br />

profissionalismo, a honestidade e o respeito pelos clientes, fornecedores e parceiros com<br />

que desenvolve a sua atividade. Preocupada com a assistência pós-venda, criando relações<br />

construtivas baseadas em laços de parcerias, transparência e confiança, a Readapt<br />

Portugal sentiu uma forte necessidade de se reinventar e de mostrar ao mercado que<br />

acompanha as tendências e que está, também, mais tecnológica do que nunca. Fruto<br />

dessa necessidade, surgiu a marca Reatek, que é encarada como uma celebração dos<br />

projetos implementados até agora. E <strong>2019</strong> está a ser um ano em cheio para a empresa<br />

sediada na Venda do Pinheiro. Abriu uma nova loja em Sacavém, mudou de imagem e<br />

está a desenvolver um novo website, que promete ser mais uma ferramenta de trabalho<br />

para o cliente. A política da empresa fundada por Jorge de Almeida faz com que os seus<br />

colaboradores mantenham o foco no contacto pessoal com o cliente.<br />

Sede na Venda<br />

do Pinheiro, filial<br />

no Porto, loja em<br />

Sacavém<br />

Mudança<br />

de imagem,<br />

construção de<br />

novo website<br />

56<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


Brevemente<br />

Disponível<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

57


Empresa<br />

Fundada a 9 de julho de 1984<br />

Reparação de bombas injetoras, injetores e turbos<br />

Servidiesel<br />

Especializada na reparação de sistemas de injeção Diesel/gasolina,<br />

bem como de turbocompressores para viaturas ligeiras e pesadas,<br />

a Servidiesel foi fundada, em Sintra, a 9 de julho de 1984, como<br />

Serviços Diesel de Amadeu Joaquim Cristovão Bordalo. A alteração<br />

do nome para Servidiesel ocorreu em 1994, com a mudança de instalações.<br />

O facto de, este ano, a empresa ter sido distinguida com<br />

o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência, é encarado como o reconhecimento<br />

do bom trabalho realizado por uma equipa de grandes profissionais.<br />

Até porque ser <strong>PME</strong> Excelência é sempre importante junto de fornecedores<br />

e clientes. O balanço dos 35 anos de atividade da Servidiesel<br />

é, de resto, muito positivo. A empresa cresceu em dimensão,<br />

em conhecimento e em capacidade técnica e tecnológica, encontrando-se,<br />

hoje, num patamar de reconhecimento nacional e internacional<br />

do que de melhor existe ao nível da reparação de sistemas<br />

Diesel e turbos, assim como no automóvel. A recente aquisição de<br />

um novo equipamento para regeneração de filtros de partículas é<br />

encarada pelos responsáveis como uma decisão acertada.<br />

Sala limpa com certificação<br />

ISO 6<br />

Regeneração de<br />

filtros de<br />

partículas<br />

Especialistas em<br />

Diesel<br />

58<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

59


Empresa<br />

Revendedora oficial da A.M. Gears<br />

para Portugal e Espanha<br />

Presença em quatro feiras no ano de <strong>2019</strong><br />

Sparkes & Sparkes<br />

Parceria<br />

com a marca de<br />

lubrificantes<br />

FUCHS<br />

Mais<br />

1.000<br />

de<br />

caixas de velocidade<br />

armazenadas<br />

Serviço de montagem<br />

Especializada na reconstrução de caixas de velocidade manuais<br />

para veículos ligeiros (passageiros e comerciais), a Sparkes &<br />

Sparkes é uma empresa única em Portugal no seu setor de atividade.<br />

Facto que lhe permite manter o seu próprio controlo de qualidade,<br />

onde um profissional com grande perícia e competência técnica<br />

reconstrói o componente. Isto só é possível devido ao grande stock<br />

de peças novas, rolamentos e mais de 1.000 caixas de velocidade<br />

que são mantidas armazenadas. A Sparkes & Sparkes oferece um<br />

serviço rápido no fornecimento de caixas de velocidade manuais<br />

reconstruídas ao cliente, propondo um ano de verdadeira garantia,<br />

sendo a unidade usada devolvida em troca. Todas as caixas de<br />

velocidade são fornecidas com lubrificantes Titan da FUCHS, fruto de<br />

uma parceria estabelecida com a marca no final de 2018. A empresa<br />

liderada por Diamantino Costa, “braço direito” da família britânica<br />

Sparkes, destaca a presença em quatro feiras este ano e o facto de<br />

ser revendedora oficial para Portugal e Espanha da A.M. Gears.<br />

Grande stock de peças novas e rolamentos<br />

60<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

61


a<br />

Empresa<br />

A caminho dos<br />

27 anos de experiência<br />

Vicauto<br />

Membro do<br />

grupo espanhol<br />

ADR<br />

Parceiro de confiança<br />

Com quase 27 anos de presença no mercado português, a Vicauto<br />

é uma referência no aftermarket de pesados, comercializando todo<br />

o tipo de peças para camiões, reboques e autocarros. A entrada no<br />

Grupo ADR 98, celebrada na Motortec Automechanika Madrid <strong>2019</strong>,<br />

é vista pelos responsáveis da empresa de Viseu com um passo<br />

decisivo. Até porque existem sinergias que proporcionam acesso<br />

a muitos produtos e serviços, que, de forma isolada, a Vicauto não<br />

conseguiria alcançar. O grande portefólio de marcas que o Grupo<br />

ADR 98 dispõe pode, assim, ser partilhado pela Vicauto, com grandes<br />

vantagens para ambos. O futuro para a empresa viseense apresentase<br />

risonho. O mercado das peças para pesados encontra-se no<br />

“verde” e a Vicauto acredita no seu potencial. Mas, para isso, sabe<br />

que é fundamental estar com os parceiros certos, nomeadamente<br />

com as marcas que desenvolvem as novas tecnologias utilizadas<br />

na mobilidade do futuro. A aposta na comercialização de produtos<br />

premium tem permitido à organização liderada por Carlos Alberto e<br />

João Manuel usufruir de ações de formação técnica.<br />

Mais de<br />

25.000<br />

referências para pesados<br />

Aposta em produtos<br />

premium<br />

Melhores marcas, melhores produtos, melhores preços<br />

62<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong> 2018


Mantemos o seu negócio em movimento!<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong><br />

63


<strong>PME</strong> Líder aftermarket 2018<br />

Orgulho nacional<br />

Em 2018, o tecido empresarial português mostrou uma vitalidade ímpar face a anos anteriores,<br />

com inúmeras empresas a deixarem a sua marca. Não apenas no nosso país, mas, também,<br />

no panorama internacional. O que demonstra a qualidade e a prestação das organizações lusas<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

A Rectificadora de Guimarães - Rectificações de Motores, Lda.<br />

Guimarães<br />

A. Esteves, Lda. Cinfães<br />

A. Vieira, S.A. Guimarães<br />

A.J. Monteiro, Lda.<br />

Matosinhos<br />

Abílio Lourenço, Herdeiros, Lda.<br />

Oliveira de Azeméis<br />

Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Ponta Delgada<br />

Acraluv, Unipessoal, Lda.<br />

Seixal<br />

Adelino Pedro - Comércio de Peças Automóvel, Lda. (APL Expresso) Ponta Delgada<br />

Agostiauto - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Setúbal<br />

AleCarPeças - Acessórios de Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda.<br />

Albufeira<br />

Alidata - Soluções Informáticas, Lda.<br />

Leiria<br />

ALTARODA, S.A.<br />

Paredes<br />

Ambrocar - Reparação e Comércio de Automóveis, Lda.<br />

Moita<br />

Angopeças - Soc. Comercial e Importadora de Peças, Lda.<br />

Odivelas<br />

António Sá Pacheco & Ca., Lda.<br />

Ovar<br />

Arenes Car - Reparação e Comércio de Automóveis, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Arnaldo & Berenguer, Lda.<br />

Funchal<br />

Atwoo Carcosmetics, Lda.<br />

Batalha<br />

Auto Acessórios Jalema, Lda.<br />

Vila Real<br />

Auto Carapelhos, Lda.<br />

Mira<br />

Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.<br />

Leiria<br />

Auto Duque - Oficinas de Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Filivone, Lda.<br />

Paços de Ferreira<br />

Auto Fornecedora - Acessórios, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Índia, S.A.<br />

Loures<br />

Auto João & Jorge - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Seixal<br />

Auto Jota - Peças, Lda.<br />

Seixal<br />

Auto Mecânica do Monte, Lda.<br />

Lisboa<br />

Auto Peças Barlavento, Lda.<br />

Lagoa<br />

Auto Ramiro, Lda.<br />

Aguiar da Beira<br />

Auto Rana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Cascais<br />

Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda.<br />

Mealhada<br />

Auto Reparadora Eléctrica de Fátima, Lda.<br />

Ourém<br />

Auto Silva – Acessórios, S.A.<br />

Porto<br />

Auto Torre da Marinha - Comércio Peças Veículos Automóveis, Lda.<br />

Seixal<br />

Auto Truck F.H. 2000, Lda.<br />

Alenquer<br />

Autoaval - Acessórios de Automóveis do Mondego, Lda.<br />

Coimbra<br />

Auto - Cambota, Lda.<br />

Odivelas<br />

Auto - Chico - Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Cascais<br />

Autocor - Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Ovar<br />

Autoengenhocas - Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Alenquer<br />

Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda.<br />

Santa Maria da Feira<br />

Autogarsilva, Lda.<br />

Miranda do Corvo<br />

Autojofer - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Sintra<br />

Autoni - Pneus e Óleos, Lda.<br />

Santo Tirso<br />

Autopeças Cab - Acessórios e Lubrificantes, Lda.<br />

Seixal<br />

Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.<br />

Odivelas<br />

Autozitânia II - Veículos e Peças, S.A.<br />

Odivelas<br />

B. C. L. Car – Automóveis, Lda. Porto<br />

BlueChem - Indústria e Comércio, S.A.<br />

V. N. de Famalicão<br />

Bolas - Máquinas e Ferramentas de Qualidade, S.A.<br />

Évora<br />

Bompiso - Comércio de Pneus, S.A.<br />

Valongo<br />

Bragalis - Peças e Acessórios para Automóveis, S.A.<br />

Braga<br />

Brás & Filho, Lda.<br />

Porto<br />

C. Y. R. - Comércio Ibérico de Rolamentos, Lda. Torres Vedras<br />

Calçada & Costa Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Ponte de Lima<br />

Caldeira & Caldeira, Lda.<br />

Figueira da Foz<br />

Canfer - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Mafra<br />

Caralmada - Centro de Manutenção de Veículos , Lda.<br />

Almada<br />

Carsistema Portugal - Representações, S.A.<br />

Coimbra<br />

Cascauto - Auto Reparadora, Lda.<br />

Cascais<br />

Central Diesel, Lda.<br />

Lisboa<br />

Centro Glass - Comercialização e Aplicação de Vidros, Lda.<br />

Leiria<br />

Centrocor - Comércio de Tintas e Ferramentas, Lda.<br />

Penafiel<br />

Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda.<br />

Matosinhos<br />

Cometil - Comércio Equipamento Técnico Industrial, S.A.<br />

Loures<br />

Coprial - Comércio Peças e Rolamentos para Automóveis, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Corcet, Lda.<br />

Penafiel<br />

Coteq, S.A.<br />

Braga<br />

Covipneus, Lda.<br />

Fundão<br />

Cunha & Filhos, Lda.<br />

Porto<br />

Cunha, Santos & Abelheira, Lda.<br />

Porto<br />

D. Costa - Peças e Equipamentos Rolantes, S.A. (Coperol) Loures<br />

Dadicauto - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Lagoa<br />

Daniel Antunes - Reparação de Travões e Embraiagens, Lda.<br />

Braga<br />

Daniel Mestre - Comércio de Pneus Unipessoal, Lda.<br />

Beja<br />

Darquepeças - Comércio de Peças e Acessórios, Unipessoal, Lda. Viana do Castelo<br />

David Abreu, Unipessoal, Lda.<br />

Guimarães<br />

Dingipeças - Comércio de Peças Automóveis, Lda.<br />

Leiria<br />

Dispnal Pneus, S.A.<br />

Penafiel<br />

DMcar, Lda.<br />

Mortágua<br />

DMS Trucks, Lda.<br />

Leiria<br />

Ecopartes, Lda.<br />

Leiria<br />

Electro - Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Electropeças Auto de Braga, Lda.<br />

Braga<br />

Elps, Lda.<br />

Funchal<br />

Emanuel Gouveia Rodrigues - Comércio e Reparação Auto, Lda.<br />

Funchal<br />

Empilhapeças - Com. Peças e Componentes para Empilhadores, Lda.<br />

Maia<br />

Equiwash - Comércio Produtos Equipamentos Auto, Lda.<br />

Guimarães<br />

Eurocomponentes - Componentes para Veículos Industriais, Lda. Condeixa-a-Nova<br />

Europe Rubber Tree - Tires, Lda.<br />

Lisboa<br />

Fabriscape - Fábrica de Escapes para Automóveis, Lda.<br />

Torres Novas<br />

Fanlac, Lda.<br />

Sintra<br />

Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda.<br />

Braga<br />

Fluxoimpor, Lda.<br />

Porto<br />

Francecar - Peças Automóveis, Lda.<br />

Viseu<br />

Gaiafor - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

64 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho 2018 <strong>2019</strong>


Empresa<br />

Concelho<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Garagem Estrela Cantanhede - Sacarrão & Sacarrão, Lda.<br />

Cantanhede<br />

Gondofor - Comércio de Peças para Automóveis, Lda.<br />

Gondomar<br />

Granmotor - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

H. & J. Barradas, Lda. Estremoz<br />

H.B.C. II - Peças Auto, Lda.<br />

Batalha<br />

Henrique Primo Unipessoal, Lda.<br />

Marinha Grande<br />

Heroeléctrica - Reparação e Acessórios Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Indústrias Metálicas Veneporte, S.A.<br />

Águeda<br />

Interescape - Fabricação de Escapes para Automóveis, Lda.<br />

Vila do Conde<br />

Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Cartaxo<br />

J. Alves - Oficinas Auto, Lda. Santo Tirso<br />

J. F. de Oliveira - Importação e Exportação, Lda. Oeiras<br />

Jaime & Rodrigues, S.A.<br />

Anadia<br />

Jorge Ferreira Rodrigues - Parts, Unipessoal, Lda.<br />

Leiria<br />

José Aniceto & Irmão, Lda. (S. José Pneus)<br />

Cantanhede<br />

José Areias, Unipessoal Lda.<br />

Alcobaça<br />

José Bandeira - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda. Vila Nova de Gaia<br />

José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Lda.<br />

Proença-a-Nova<br />

José Lourenço & Filhos, Lda.<br />

Proença-a-Nova<br />

José Manuel Rodrigues Fortunato, Lda.<br />

Fundão<br />

Jovilucas – Automóveis e Acessórios, Unipessoal, Lda.<br />

Castelo Branco<br />

Juncauto - Auto Reparadora de Mecânica Pesada, Lda.<br />

Loures<br />

KRAUTLI Portugal - Equipamentos para Veículos, Lda.<br />

Loures<br />

Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A.<br />

Leiria<br />

Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A.<br />

Leiria<br />

Lobo & Arzileiro - Comércio Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Coimbra<br />

Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda. (LTintas)<br />

Almada<br />

Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda.<br />

Viseu<br />

Lubrifátima Pneus, Lda.<br />

Ourém<br />

Lubrinordeste - Peças e Acessórios, Lda.<br />

Vila Real<br />

Lusofiltros - Filtros e Acessórios para Veículos, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

M. F. Pinto - Importação e Exportação Peças Auto, S.A. Sintra<br />

M.A.E. - Peças para Automóveis, Lda.<br />

Ourém<br />

M.C.D. Garcia, Lda.<br />

Sintra<br />

M.C.S.- Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões, Lda.<br />

Loures<br />

Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Maiorpeças - Acessórios Automóveis, Lda.<br />

Rio Maior<br />

Manuel Guedes Martins, Unipessoal, Lda. (MGM)<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Manuel Maria & Caetano, Lda.<br />

Lagoa<br />

Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores)<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Automóveis, Lda. Porto de Mós<br />

Meadela - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Megape - Comércio e Indústria de Pneus, S.A.<br />

Loures<br />

Menapeças - Comércio e Importação Peças, S.A.<br />

Alenquer<br />

Mendes Gomes & Companhia, Lda.<br />

Funchal<br />

Metalúrgica do Fundão, Lda.<br />

Fundão<br />

Mondegopeças - Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Coimbra<br />

Mota & Pimenta, Lda.<br />

V. N. de Famalicão<br />

Motorbest Algarve, Lda.<br />

Olhão<br />

Motorbus - Reparação e Peças Auto, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Multishop Auto - Comércio de Pneus e Acessórios, Lda.<br />

Lisboa<br />

Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Loures<br />

Neocom - Distribuição Componentes Automóvel, Lda.<br />

Aveiro<br />

Nipocar - Importação e Comércio, Lda.<br />

Gondomar<br />

Oliveira Moreira & Azevedo, Lda.<br />

S. João da Madeira<br />

Paulo & Daniela - Comércio de Peças Auto, Lda. (PD Auto)<br />

Braga<br />

Peçaslimia - Comércio Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Vila Verde<br />

Peçasram - Comércio de Peças e Acessórios, Lda.<br />

Funchal<br />

Peciloures - Comércio de Peças, Lda.<br />

Loures<br />

Phaarmpeças, Unipessoal Lda.<br />

Viseu<br />

Pinto, Guedes de Oliveira, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

PLA Peças, S.A.<br />

Leiria<br />

Placauto - Chapas Matrícula e Acessórios Auto, S.A.<br />

Sintra<br />

Pneus D. Pedro V - Comércio de Pneus, S.A.<br />

Trofa<br />

Pneus Josilex, Lda.<br />

Felgueiras<br />

Pneuser - Manutenção Automóvel, Lda.<br />

Penalva do Castelo<br />

Pneusmir, Lda.<br />

Mira<br />

Pneuvita - Comércio e Serviços de Automóveis, Lda.<br />

Sintra<br />

Popapneus - Acessórios Automóveis, Unipessoal, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Portepim, Sociedade Representações, S.A.<br />

Coimbra<br />

Póvoa Hidráulica - Soc. Importação Componentes Carroçarias, Lda. Póvoa de Varzim<br />

Primopeças - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Amares<br />

Projetiva - Representações e Serviços, Lda.<br />

Torres Novas<br />

Q&F - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda.<br />

Valongo<br />

Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda.<br />

Peso da Régua<br />

R. L. & C. Cassiano, Lda. Santa Cruz<br />

RPL Clima - Ar Condicionado para Automóveis, Lda.<br />

Loulé<br />

R.S. Contreras, Lda.<br />

Oeiras<br />

Raf Portugal, Lda.<br />

Leiria<br />

Recauchutagem Guiense, Lda.<br />

Pombal<br />

Recauchutagem São Mamede, Lda. (RSM)<br />

Guimarães<br />

Remaçor - Sociedade de Representações, Lda.<br />

Vila do Porto<br />

Renacentro - Reparação de Veículos Automóveis, Lda.<br />

Aveiro<br />

Reparaz, Auto-Reparadora, Lda.<br />

Reg. de Monsaraz<br />

Ricardo Ferreira - Reparações de Automóveis, Unipessoal, Lda.<br />

Alenquer<br />

Roberlo Portugal - Produtos Químicos, Unipessoal, Lda.<br />

Albergaria-a-Velha<br />

Rocha & Soares, Lda.<br />

Ponte de Lima<br />

Rodaflex Pneus, Lda.<br />

Santa Maria da Feira<br />

Rodapeças - Pneus e Peças, S.A.<br />

Pombal<br />

Rofel - Indústria Metalúrgica de Águeda, Lda.<br />

Águeda<br />

Rubber Vulk, Lda.<br />

Oliveira de Frades<br />

Rugempeças, Lda.<br />

Sintra<br />

Sá Gomes, S.A. (Auto Esfera)<br />

Braga<br />

Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda.<br />

Portimão<br />

Saraiva & Irmão, Lda. (Discar)<br />

Aveiro<br />

Scancar - Comércio e Reparação de Veículos, Lda.<br />

Castelo Branco<br />

Servidiesel - Reparação e Comércio de Bombas Injetoras e Turbos, Lda.<br />

Sintra<br />

Silva & Carvalhas, Lda.<br />

São Pedro do Sul<br />

Simporal - Sociedade Importadora de Peças para Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Sintética, Lda.<br />

Ovar<br />

Sobrais - Fábrica de Radiadores e Componentes Térmicos, Lda.<br />

Cantanhede<br />

Sociedade Importadora Romafe, S.A.<br />

Porto<br />

Sonergil - Sociedade de Recuperação de Energias, S.A.<br />

Palmela<br />

Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda.<br />

Aveiro<br />

Sotinar Porto - Tintas e Sistemas de Pinturas, Lda.<br />

Maia<br />

Soulima - Comércio de Peças, S.A.<br />

Odivelas<br />

Sousa & Branco, Lda.<br />

Loures<br />

Sousa & Santos, Lda.<br />

Montijo<br />

Sparkes & Sparkes - Componentes Automóveis, Lda.<br />

Santo Tirso<br />

Spinerg - Soluções para Energia, Unipessoal, Lda.<br />

Oeiras<br />

Station Carregado - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Alenquer<br />

Station Leiria - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Leiria<br />

Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Tecniamper - Comércio e Reparação de Veículos e Peças, Lda.<br />

Loures<br />

Tecnisalsa - Reparações Elétricas, Lda.<br />

Lisboa<br />

Travocar - Automóveis e Lubrificantes, Lda.<br />

Águeda<br />

Turbomax - Comércio de Componentes Auto, Lda.<br />

Setúbal<br />

Turbotest, Lda.<br />

Fafe<br />

Unilubes, Lda.<br />

Évora<br />

Vales & Vales - Acessórios Auto, Unipessoal, Lda.<br />

Matosinhos<br />

Vauner Trading, S.A.<br />

Gondomar<br />

VIAPESADOS - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Viamorim, Lda.<br />

Vila do Conde<br />

Vicauto - Peças para Viaturas Pesadas, Lda.<br />

Viseu<br />

Vieira & Freitas, Lda.<br />

Braga<br />

Vilas, Nunes & Branco, Lda.<br />

Torres Novas<br />

Vitor Cardoso Car Service, Lda.<br />

Maia<br />

Vulcal - Vulcanizações e Lubrificantes, S.A.<br />

Pombal<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho 2018 <strong>2019</strong><br />

65


<strong>PME</strong> excelência aftermarket 2018<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Adelino Pedro - Comércio de Peças Automóvel, Lda. (APL Expresso) Ponta Delgada<br />

AleCarPeças - Acessórios de Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Arenes Car - Reparação e Comércio de Automóveis, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Arnaldo & Berenguer, Lda.<br />

Funchal<br />

Auto Carapelhos, Lda.<br />

Mira<br />

Auto Delta - Comércio Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.<br />

Leiria<br />

Auto Duque - Oficinas de Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Recto - Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Torre da Marinha - Comércio Peças Veículos Auto, Lda.<br />

Seixal<br />

Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda.<br />

Sta. Maria da Feira<br />

Autojofer - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Sintra<br />

Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.<br />

Odivelas<br />

BlueChem - Indústria e Comércio, S.A.<br />

V. N.de Famalicão<br />

Canfer - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Mafra<br />

Carsistema Portugal - Representações, S.A.<br />

Coimbra<br />

Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda.<br />

Matosinhos<br />

Dadicauto - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Lagoa<br />

Darquepeças - Comércio de Peças e Acessórios, Unipessoal, Lda. Viana do Castelo<br />

DMS Trucks, Lda.<br />

Leiria<br />

Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Elps, Lda.<br />

Funchal<br />

Empilhapeças - Com. Peças e Componentes para Empilhadores, Lda.<br />

Maia<br />

Europe Rubber Tree - Tires, Lda.<br />

Lisboa<br />

Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda.<br />

Braga<br />

Fluxoimpor, Lda.<br />

Porto<br />

Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Cartaxo<br />

J. Alves - Oficinas Auto, Lda. Santo Tirso<br />

J. F. de Oliveira - Importação e Exportação, Lda. Oeiras<br />

Jorge Ferreira Rodrigues - Parts, Unipessoal, Lda.<br />

Leiria<br />

José Aniceto & Irmão, Lda.<br />

Cantanhede<br />

José Lourenço - Pneus e Combustíveis, Lda.<br />

Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A.<br />

M.A.E. - Peças para Automóveis, Lda.<br />

M.C.D. Garcia, Lda.<br />

M.C.S. - Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões, Lda.<br />

Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores)<br />

Mário Santos Silva - Manutenção Reparação Veículos Automóveis, Lda.<br />

Mondegopeças - Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Motorbest Algarve, Lda.<br />

Motorbus - Reparação e Peças Auto, Lda.<br />

Nasacar - Sociedade de Importação e Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Portepim, Sociedade Representações, S.A.<br />

Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda.<br />

Raf Portugal, Lda.<br />

Rodapeças - Pneus e Peças, S.A.<br />

Rugempeças, Lda.<br />

Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda.<br />

Scancar - Comércio e Reparação de Veículos, Lda.<br />

Servidiesel - Reparação e Comércio Bombas injetoras e Turbos, Lda.<br />

Simporal - Sociedade Importadora de Peças para Automóveis, Lda.<br />

Sintética, Lda.<br />

Sobrais - Fábrica de Radiadores e Componentes Térmicos, Lda.<br />

Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda.<br />

Sotinar Porto - Tintas e Sistemas de Pinturas, Lda.<br />

Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Tecniamper - Comércio e Reparação de Veículos e Peças, Lda.<br />

Travocar - Automóveis e Lubrificantes, Lda.<br />

Turbotest, Lda.<br />

VIAPESADOS - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viamorim, Lda.<br />

Proença-a-Nova<br />

Leiria<br />

Ourém<br />

Sintra<br />

Loures<br />

Porto<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Porto de Mós<br />

Coimbra<br />

Olhão<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Loures<br />

Coimbra<br />

Peso da Régua<br />

Leiria<br />

Pombal<br />

Sintra<br />

Portimão<br />

Castelo Branco<br />

Sintra<br />

Lisboa<br />

Ovar<br />

Cantanhede<br />

Aveiro<br />

Maia<br />

Viana do Castelo<br />

Loures<br />

Águeda<br />

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66 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2019</strong>


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