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Revista dos Pneus 55

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Tarefas comuns na oficina<br />

PONTOS CRUCIAIS<br />

Para otimizar tarefas numa oficina, há que<br />

ter em conta diversos fatores:<br />

l Em primeiro lugar, o fator humano. Os<br />

profissionais devem ter a preparação técnica<br />

e os conhecimentos necessários para<br />

realizarem o respetivo trabalho de forma<br />

eficiente. É sua obrigação estar em constante<br />

formação, mantendo-se atualizado<br />

relativamente às novas tecnologias. Além<br />

disso, a oficina deve saber manter os seus<br />

profissionais motiva<strong>dos</strong> para que se entreguem<br />

a 100%.<br />

l Por outro lado, as instalações e os equipamentos<br />

têm de cumprir to<strong>dos</strong> os requisitos<br />

em matéria de eficiência, manutenção e<br />

segurança.<br />

l Por último, está a própria organização<br />

da oficina e a realização <strong>dos</strong> processos e<br />

procedimentos necessários ao tratamento<br />

eficaz <strong>dos</strong> veículos que lhe chegam.<br />

Em seguida, veremos como conjugar estes<br />

fatores para conseguir otimizar os resulta<strong>dos</strong><br />

quando se realizam as tarefas mais<br />

comuns numa oficina de mecânica.<br />

TRABALHO NO FOSSO<br />

O fosso de inspeção é o local onde o mecânico<br />

verifica o estado da zona inferior<br />

do veículo, detetando possíveis fugas ou<br />

problemas na direção e suspensão, entre<br />

outros. Atualmente, existem fossos de inspeção<br />

autoportantes. Vêm de fábrica com<br />

tudo o que é necessário para serem transporta<strong>dos</strong><br />

e instala<strong>dos</strong> imediatamente na<br />

cavidade do fosso. Estes novos fossos são<br />

denomina<strong>dos</strong> “pisos modulares” e ajudam<br />

a melhorar a eficiência, diminuindo os custos,<br />

agilizando o trabalho e facilitando o<br />

respetivo transporte.<br />

SISTEMAS ELETRÓNICOS<br />

Os mecânicos já conhecem o funcionamento<br />

básico quando se trata de trabalhar<br />

com sistemas elétricos, sejam de arranque<br />

ou auxiliares. No entanto, atualmente, a<br />

maioria <strong>dos</strong> automóveis tem sistemas eletrónicos<br />

basea<strong>dos</strong> em mini-centralinas, as<br />

quais importa conhecer e dominar. Para<br />

reprogramar ou substituir as centralinas<br />

eletrónicas que gerem o funcionamento do<br />

motor, é necessário ter um equipamento de<br />

diagnóstico adequado aos da<strong>dos</strong> do fabricante.<br />

Além disso, há que ter em conta que<br />

qualquer interrupção durante o processo de<br />

programação da centralina a deixará inutilizada,<br />

pelo que será necessário manter<br />

em funcionamento a bateria do automóvel<br />

(ligando-a a um gerador alternativo), assegurar<br />

que o portátil onde estão os da<strong>dos</strong><br />

não vai ficar sem bateria, ou que não há<br />

qualquer elemento que possa interferir no<br />

diagnóstico (telemóveis, por exemplo). Estas<br />

premissas são básicas, sobretudo tendo em<br />

conta que o custo de uma nova centralina<br />

pode rondar os €1.000.<br />

SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS<br />

É uma das operações mais comuns e simples<br />

com que um mecânico tem de lidar.<br />

Neste caso, não existem truques, segre<strong>dos</strong><br />

ou conselhos para otimizar esta tarefa, para<br />

além da própria prática e da utilização do<br />

equipamento adequado.<br />

ALINHAMENTO DA DIREÇÃO<br />

Para alinhar corretamente um veículo, é<br />

necessário ter bem claros conceitos como<br />

camber ou caster, que, em traços gerais, se<br />

referem aos desvios e inclinações nos eixos<br />

<strong>dos</strong> veículos provoca<strong>dos</strong> por pancadas, desgaste<br />

das suspensões ou <strong>dos</strong> pneus, entre<br />

outros. A melhor opção para otimizar o alinhamento<br />

da direção em veículos é contar<br />

com um sistema totalmente informatizado<br />

baseado em sensores (quatro, seis ou até<br />

oito) que se colocam no veículo e transmitem<br />

a informação a um computador, onde<br />

é processado um modelo 3D com todas as<br />

modificações a realizar para que o veículo<br />

volte aos valores de calibragem de fábrica.<br />

INTERVENCIONAR TRAVÕES<br />

É básico contar com o equipamento necessário<br />

para montar e desmontar pastilhas<br />

e discos de travão, assim como com as<br />

ferramentas necessárias para estabelecer<br />

um diagnóstico correto (um calibrador para<br />

medir a grossura do disco, por exemplo).<br />

Há que ter em conta que existem diversos<br />

tipos de travões. Por exemplo, dentro <strong>dos</strong><br />

travões de disco podemos encontrar discos<br />

ventila<strong>dos</strong> ou discos sóli<strong>dos</strong>. É imprescindível<br />

saber que se deve respeitar sempre o<br />

tipo de travões que o veículo traz de série.<br />

Há outro leque de conselhos que se devem<br />

seguir para otimizar esta tarefa ou, pelo menos,<br />

para não se perder tempo em dilemas<br />

absur<strong>dos</strong>. Por exemplo, ao retirar as pastilhas<br />

de travão pode fazer-se uma marca para<br />

saber o sítio e a orientação em que devem<br />

ser colocadas as novas pastilhas.<br />

SUBSTITUIÇÃO DA EMBRAIAGEM<br />

O sistema de transmissão, formado por embraiagem<br />

e caixa de velocidades, é outra<br />

das revisões e reparações mais frequentes<br />

numa oficina de mecânica. Para otimizar o<br />

processo de substituição da embraiagem,<br />

podem seguir-se vários conselhos. Por um<br />

lado, é necessário, antes de proceder à instalação<br />

da mesma, verificar se há óleo na<br />

junta do volante do motor ou da caixa de<br />

velocidades. Em caso afirmativo, há que<br />

proceder à limpeza ou substituição das<br />

mesmas. O mesmo se passa para cardans<br />

e rolamentos. Por outro lado, no momento<br />

de instalar peças, como o disco ou o prato, é<br />

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