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Tarefas comuns na oficina<br />
PONTOS CRUCIAIS<br />
Para otimizar tarefas numa oficina, há que<br />
ter em conta diversos fatores:<br />
l Em primeiro lugar, o fator humano. Os<br />
profissionais devem ter a preparação técnica<br />
e os conhecimentos necessários para<br />
realizarem o respetivo trabalho de forma<br />
eficiente. É sua obrigação estar em constante<br />
formação, mantendo-se atualizado<br />
relativamente às novas tecnologias. Além<br />
disso, a oficina deve saber manter os seus<br />
profissionais motiva<strong>dos</strong> para que se entreguem<br />
a 100%.<br />
l Por outro lado, as instalações e os equipamentos<br />
têm de cumprir to<strong>dos</strong> os requisitos<br />
em matéria de eficiência, manutenção e<br />
segurança.<br />
l Por último, está a própria organização<br />
da oficina e a realização <strong>dos</strong> processos e<br />
procedimentos necessários ao tratamento<br />
eficaz <strong>dos</strong> veículos que lhe chegam.<br />
Em seguida, veremos como conjugar estes<br />
fatores para conseguir otimizar os resulta<strong>dos</strong><br />
quando se realizam as tarefas mais<br />
comuns numa oficina de mecânica.<br />
TRABALHO NO FOSSO<br />
O fosso de inspeção é o local onde o mecânico<br />
verifica o estado da zona inferior<br />
do veículo, detetando possíveis fugas ou<br />
problemas na direção e suspensão, entre<br />
outros. Atualmente, existem fossos de inspeção<br />
autoportantes. Vêm de fábrica com<br />
tudo o que é necessário para serem transporta<strong>dos</strong><br />
e instala<strong>dos</strong> imediatamente na<br />
cavidade do fosso. Estes novos fossos são<br />
denomina<strong>dos</strong> “pisos modulares” e ajudam<br />
a melhorar a eficiência, diminuindo os custos,<br />
agilizando o trabalho e facilitando o<br />
respetivo transporte.<br />
SISTEMAS ELETRÓNICOS<br />
Os mecânicos já conhecem o funcionamento<br />
básico quando se trata de trabalhar<br />
com sistemas elétricos, sejam de arranque<br />
ou auxiliares. No entanto, atualmente, a<br />
maioria <strong>dos</strong> automóveis tem sistemas eletrónicos<br />
basea<strong>dos</strong> em mini-centralinas, as<br />
quais importa conhecer e dominar. Para<br />
reprogramar ou substituir as centralinas<br />
eletrónicas que gerem o funcionamento do<br />
motor, é necessário ter um equipamento de<br />
diagnóstico adequado aos da<strong>dos</strong> do fabricante.<br />
Além disso, há que ter em conta que<br />
qualquer interrupção durante o processo de<br />
programação da centralina a deixará inutilizada,<br />
pelo que será necessário manter<br />
em funcionamento a bateria do automóvel<br />
(ligando-a a um gerador alternativo), assegurar<br />
que o portátil onde estão os da<strong>dos</strong><br />
não vai ficar sem bateria, ou que não há<br />
qualquer elemento que possa interferir no<br />
diagnóstico (telemóveis, por exemplo). Estas<br />
premissas são básicas, sobretudo tendo em<br />
conta que o custo de uma nova centralina<br />
pode rondar os €1.000.<br />
SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS<br />
É uma das operações mais comuns e simples<br />
com que um mecânico tem de lidar.<br />
Neste caso, não existem truques, segre<strong>dos</strong><br />
ou conselhos para otimizar esta tarefa, para<br />
além da própria prática e da utilização do<br />
equipamento adequado.<br />
ALINHAMENTO DA DIREÇÃO<br />
Para alinhar corretamente um veículo, é<br />
necessário ter bem claros conceitos como<br />
camber ou caster, que, em traços gerais, se<br />
referem aos desvios e inclinações nos eixos<br />
<strong>dos</strong> veículos provoca<strong>dos</strong> por pancadas, desgaste<br />
das suspensões ou <strong>dos</strong> pneus, entre<br />
outros. A melhor opção para otimizar o alinhamento<br />
da direção em veículos é contar<br />
com um sistema totalmente informatizado<br />
baseado em sensores (quatro, seis ou até<br />
oito) que se colocam no veículo e transmitem<br />
a informação a um computador, onde<br />
é processado um modelo 3D com todas as<br />
modificações a realizar para que o veículo<br />
volte aos valores de calibragem de fábrica.<br />
INTERVENCIONAR TRAVÕES<br />
É básico contar com o equipamento necessário<br />
para montar e desmontar pastilhas<br />
e discos de travão, assim como com as<br />
ferramentas necessárias para estabelecer<br />
um diagnóstico correto (um calibrador para<br />
medir a grossura do disco, por exemplo).<br />
Há que ter em conta que existem diversos<br />
tipos de travões. Por exemplo, dentro <strong>dos</strong><br />
travões de disco podemos encontrar discos<br />
ventila<strong>dos</strong> ou discos sóli<strong>dos</strong>. É imprescindível<br />
saber que se deve respeitar sempre o<br />
tipo de travões que o veículo traz de série.<br />
Há outro leque de conselhos que se devem<br />
seguir para otimizar esta tarefa ou, pelo menos,<br />
para não se perder tempo em dilemas<br />
absur<strong>dos</strong>. Por exemplo, ao retirar as pastilhas<br />
de travão pode fazer-se uma marca para<br />
saber o sítio e a orientação em que devem<br />
ser colocadas as novas pastilhas.<br />
SUBSTITUIÇÃO DA EMBRAIAGEM<br />
O sistema de transmissão, formado por embraiagem<br />
e caixa de velocidades, é outra<br />
das revisões e reparações mais frequentes<br />
numa oficina de mecânica. Para otimizar o<br />
processo de substituição da embraiagem,<br />
podem seguir-se vários conselhos. Por um<br />
lado, é necessário, antes de proceder à instalação<br />
da mesma, verificar se há óleo na<br />
junta do volante do motor ou da caixa de<br />
velocidades. Em caso afirmativo, há que<br />
proceder à limpeza ou substituição das<br />
mesmas. O mesmo se passa para cardans<br />
e rolamentos. Por outro lado, no momento<br />
de instalar peças, como o disco ou o prato, é<br />
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