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Revista dos Pneus 55

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GESTÃO Otimizar tarefas comuns na oficina<br />

REPORTAGEM Convenção AB Partner decorreu no Luso<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>55</strong><br />

Junho 2019<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Trimestral<br />

Entrevista alberto granadino<br />

A Goodyear Dunlop Iberia atravessa um <strong>dos</strong><br />

melhores perío<strong>dos</strong> da sua história. O diretorgeral<br />

<strong>dos</strong> dois países explica porquê<br />

LEIRILIS<br />

APOSTA NOS PNEUS<br />

Empresa distribuidora de peças<br />

pretende ser uma referência<br />

também nesta área de negócio<br />

TIRESUR<br />

NOVO ARMAZÉM<br />

2020 promete ser um ano<br />

histórico para a organização<br />

liderada por Armando Lima<br />

MERCADO SUV<br />

Calçado<br />

da moda<br />

Tendência do segmento | Potencial de crescimento | Opinião <strong>dos</strong> players


GAMA ACTUALIZADA<br />

ÓLEOS DE MOTOR<br />

E CAIXAS DE VELOCIDADES<br />

QUALIDADE / PREÇO / PERFORMANCE<br />

PARA SI E PARA OS SEUS CLIENTES!<br />

LONGEVIDADE<br />

E EFICIÊNCIA<br />

RESISTÊNCIA<br />

À OXIDAÇÃO<br />

FLUIDEZ<br />

A FRIO<br />

LIMPEZA<br />

DO MOTOR<br />

RESISTÊNCIA À<br />

TEMPERATURA<br />

PROTECÇÃO<br />

DO AMBIENTE<br />

MAR. 2019<br />

RESPONDE ÀS EXIGÊNCIAS DOS PRINCIPAIS CONSTRUTORES<br />

GAMOBAR PEÇAS: pecas&acessorios@gamobar.pt | 226 152 700<br />

PSA RETAIL: psaretail.ppe@mpsa.com | 219 497 730<br />

SOFRAPA: sofrapa.sa@sofrapa.pt | 219 379 970<br />

www.eurorepar.com


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

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Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

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Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Trimestral<br />

Assinaturas<br />

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Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso 90<br />

2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />

TIRAGEM<br />

10.000 exemplares<br />

PROPRIETÁRIO/EDITOR:<br />

JOÃO VIEIRA - PUBLICAÇÕES UNIPESSOAL,<br />

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CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL<br />

NO SITE WWW.REVISTADOSPNEUS.COM<br />

Competência e<br />

profissionalismo<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

A<br />

formação de profissionais<br />

qualifica<strong>dos</strong> é um fator da<br />

máxima importância para<br />

que a experiência <strong>dos</strong> automobilistas<br />

quando visitam<br />

determinada oficina seja algo que satisfaça<br />

plenamente as suas necessidades, tornando-se<br />

num aspeto diferenciador que ajuda a fidelizar<br />

o cliente final. A questão da formação é vital<br />

para o sucesso do negócio e para a criação de<br />

valor no ponto de venda.<br />

Também a forma como o consumidor procura<br />

informação e procede à compra está a mudar.<br />

Cada vez mais, as soluções digitais ganham<br />

relevância no negócio, pelo que as oficinas de<br />

pneus têm necessariamente de acompanhar<br />

esta tendência. A comunicação com o cliente<br />

através das novas plataformas digitais, como<br />

Facebook, WhatsApp ou Instagram, deverá<br />

ser uma aposta permanente das oficinas para<br />

conseguirem atrair as novas gerações de condutores.<br />

Embora o mundo digital abra novas oportunidades<br />

de comunicação e interação, também<br />

contribui para oferecer demasiada informação<br />

ao consumidor final, colocando-o, em determinadas<br />

ocasiões, numa posição superior aos<br />

profissionais das casas de pneus. Este fator não<br />

é negativo, mas requer uma adaptação de<br />

to<strong>dos</strong> os intervenientes deste novo processo<br />

de venda, que conta com uma referência de<br />

preço muito clara. De facto, o preço deixa de<br />

ser um fator diferenciador, pois está acessível<br />

online em to<strong>dos</strong> os sites das marcas e do retalho.<br />

Mas se o negócio <strong>dos</strong> pneus tem sempre associado<br />

um serviço de montagem, este tem de<br />

ser feito com o máximo de qualidade. Neste<br />

momento, a pressão de preços baixos ofereci<strong>dos</strong><br />

ao consumidor final têm forçado as casas<br />

de pneus a perder qualidade. Mas o sucesso<br />

do negócio de pneus assenta numa relação de<br />

confiança entre a loja e o cliente final. E essa<br />

confiança só existe se os produtos tiverem qualidade.<br />

Só com uma boa oferta de produto se<br />

consegue criar lealdade no consumidor final e<br />

uma rede de clientes para sustentar o negócio.<br />

Cada vez mais, é fundamental que as casas de<br />

pneus saibam onde querem estar no futuro,<br />

garantindo um justo valor <strong>dos</strong> seus serviços, de<br />

forma a poderem remunerar devidamente os<br />

colaboradores de que dispõem e a equiparem-<br />

-se para continuar a evoluir, garantindo sempre<br />

mais qualidade nos serviços que prestam.<br />

Como é óbvio, a sustentabilidade das casas<br />

de pneus exige uma gestão rigorosa do negócio,<br />

com especial atenção para as vertentes<br />

da gestão financeira, comercial e de recursos<br />

humanos. Estratégias erradas e campanhas<br />

agressivas que pouca margem deixam para<br />

suportar os custos das empresas, são o princípio<br />

do fim de muitas casas de pneus.<br />

Mas temos de perceber que os preços também<br />

descem motiva<strong>dos</strong> pelo facto de haver, no<br />

mercado, empresas que não funcionam com<br />

as mesmas regras daquelas que cumprem a lei,<br />

existindo total impunidade sobre operadores<br />

que, deliberadamente, não honram os seus<br />

compromissos financeiros. Deveria trabalhar-se<br />

mais em soluções para ajudar a combater este<br />

flagelo. É preciso mais fiscalização, maior critério<br />

e mais certificação para abrir uma empresa e<br />

mantê-la aberta ao público. Ao mesmo tempo,<br />

o público continua a ser pouco exigente e a<br />

maioria não valoriza a importância do pneu<br />

na sua segurança. Continuar a eleger apenas<br />

o preço como fator de compra, é manter as<br />

empresas menos capazes no mercado. E, isso,<br />

é uma questão cultural que passa por marcas e<br />

autoridades trabalharem em conjunto.<br />

Os desafios coloca<strong>dos</strong> pelo mercado e os níveis<br />

de exigência do consumidor final vão continuar<br />

a pressionar os operadores a prestar um serviço<br />

de maior qualidade e de oferta diversificada.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Dunlop SportSmart Mk3<br />

Inteligência<br />

desportiva<br />

Com o lançamento do SportSmart Mk3, a Dunlop chega aos cinco novos modelos<br />

hypersport, no espaço de dois anos. A nova gama garante uma aderência 20%<br />

superior em piso molhado e 23% mais eficaz em piso seco<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

Dunlop continua a dar cartas<br />

nas gamas de pneus<br />

hypersport. Com o lançamento<br />

do SportSmart<br />

Mk3, o fabricante chega<br />

aos cinco novos modelos<br />

nesta categoria para motos, em apenas dois<br />

anos. E não se trata de uma gama de pneus<br />

comum. Até porque vinca o compromisso<br />

da marca em proporcionar um produto para<br />

cada tipo de motociclista. Os testes realiza<strong>dos</strong><br />

no circuito da Dunlop, em Mireval,<br />

confirmam, de resto, um aumento de aderência:<br />

20% em piso molhado; 23% em piso<br />

seco. O SportSmart Mk3 cria, desta forma,<br />

um novo segmento na gama hypersport, estando<br />

centrado no desempenho dinâmico<br />

em estrada, juntamente com o SportsSmart<br />

TT, concebido para uma combinação de utilização<br />

em estrada e em pista.<br />

NOVO COMPOSTO<br />

O SportSmart Mk3 conta com um composto<br />

MultiTread (MT) completamente novo e com<br />

um trio de compostos, no pneu traseiro, que<br />

garantem aos motociclistas uma maior confiança<br />

nas condições mais difíceis. Tudo isso<br />

contribui para o supracitado aumento de<br />

aderência: 20% em piso molhado; 23% em<br />

piso seco. Ou seja, não comprometendo o desempenho<br />

em piso molhado e melhorando a<br />

aderência em condições de piso seco.<br />

A tecnologia MT contém um composto central<br />

da banda de rolamento resistente, proporcionando<br />

uma forte tração e também se<br />

estendendo sob a matéria mais macia <strong>dos</strong><br />

ombros, para ajudar a reforçar a construção.<br />

Além disso, o composto MT para os ombros<br />

conta com a nova resina de aderência em piso<br />

húmido da Dunlop, combinada com as recentes<br />

tecnologias Hi Silica e Fine Carbon. Uma<br />

mistura “exótica” e que garante um tempo de<br />

aquecimento mais rápido, elevando o potencial<br />

do pneu em curva, mesmo nas condições<br />

mais frias.<br />

Segundo o fabricante, as maiores vantagens<br />

que estes compostos proporcionam ao motociclista<br />

são a “confiança e a estabilidade no<br />

momento de travar forte”, além de permitirem<br />

que o próprio utilizador avalie melhor os níveis<br />

de aderência ao rolar a grande velocidade.<br />

O agressivo padrão do piso complementa a<br />

tecnologia: aumenta a aderência sobre piso<br />

molhado, sem comprometer a quilometragem.<br />

Mais: ao maximizar a evacuação ≠da água,<br />

mas limitando o movimento que sentiriam<br />

os motociclistas com um desenho normal, o<br />

SportSmart Mk3 assegura grandes prestações<br />

em todas as condições da estrada, um rápido<br />

aquecimento e um desgaste uniforme. Tudo<br />

em prol de uma performance duradoura. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Equipamento do mês<br />

Ravaglioli RAV262AGR e RAV308H.2AGR<br />

Jogada dupla<br />

A PCC, empresa especialista em equipamento oficinal, lançou no mercado dois<br />

novos elevadores de colunas independentes da marca italiana Ravaglioli. Ambos são<br />

adaptáveis a tratores agrícolas. Um é eletromecânico, outro eletrohidráulico<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

PCC acaba de lançar no mercado<br />

não um, mas dois elevadores da<br />

Ravaglioli. A empresa especialista<br />

em equipamentos oficinais<br />

aposta, desta forma, forte na conceituada<br />

marca italiana, fundada em 1958, que é,<br />

atualmente, um <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

mundiais do setor e líder europeu no fabrico<br />

de elevadores e equipamentos para<br />

pneus, com níveis de exportação de 85%<br />

e presente em to<strong>dos</strong> os continentes e em<br />

mais de 140 países.<br />

Os dois elevadores da Ravaglioli, agora comercializa<strong>dos</strong><br />

pela empresa de Vila Nova de<br />

Famalicão, respondem pelas designações<br />

de RAV262AGR (versão eletromecânica)<br />

e RAV308H.2AGR (versão eletrohidráulica,<br />

sem fios).<br />

TRABALHO FACILITADO<br />

Os novos elevadores da Ravaglioli, adapta<strong>dos</strong><br />

para veículos agrícolas, são compostos<br />

por duas colunas independentes com 8.500<br />

kg de capacidade cada. Este sistema permite<br />

ao utilizador um perfeito acesso ao veículo,<br />

facilitando assim, os serviços em travões e<br />

pneus. Ambas as colunas são equipadas com<br />

adaptadores frontais e traseiros (S300A2).<br />

O primeiro modelo (RAV262AGR) tem um<br />

motor com 3,7 kW e uma capacidade, por<br />

coluna, de 8.500 kg. O tempo de subida estimado,<br />

anunciado pelo fabricante, é de 135’’.<br />

Por seu turno, o segundo modelo<br />

(RAV308H.2AGR) conta com um motor um<br />

pouco menos potente (3 kW) e uma capacidade<br />

de 670 kg por coluna. O tempo de<br />

subida é de 120´´e de descida de 70’’.<br />

A PCC insere-se no setor do comércio de<br />

equipamentos auto, com implementação<br />

do sistema de qualidade em conformidade<br />

com a norma NP EN ISO 9001:2015. Além<br />

disso, a empresa famalicense disponibiliza<br />

aos parceiros e clientes o projeto de implementação,<br />

acompanhamento da obra<br />

e respetiva montagem de todo o tipo de<br />

soluções auto. Representante das principais<br />

marcas de equipamentos auto, conhecidas<br />

internacionalmente pela sua qualidade, a<br />

PCC disponibiliza um forte apoio pós-venda<br />

a to<strong>dos</strong> os clientes. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Mercado<br />

Acima e abaixo<br />

Em abril de 2019, o mercado de pneus novos de substituição, em Portugal, no<br />

segmento Consumer, caiu 5,8% face a igual mês de 2018. Já no acumulado <strong>dos</strong><br />

primeiros quatro meses deste ano, verificou-se uma ligeira subida: 1,3%<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo da<strong>dos</strong> do Europool a que<br />

tivemos acesso, em abril de 2019,<br />

no que ao mercado de pneus novos<br />

de substituição disse respeito,<br />

venderam-se, em Portugal, no segmento<br />

Consumer (ligeiros de passageiros, comerciais<br />

ligeiros e 4x4), 247.639 unidades, ou seja,<br />

menos 15.203 comparativamente ao período<br />

homólogo do ano anterior. O que, na prática,<br />

traduziu-se numa descida de 5,8%. Quanto<br />

ao acumulado <strong>dos</strong> primeiros quatro meses<br />

deste ano, registou-se uma pequena subida,<br />

1,3% (989.296 unidades contra 977.074 transacionadas<br />

entre janeiro e abril de 2018).<br />

Na divisão por categorias, no quarto mês<br />

de 2019, o mercado nacional “absorveu”<br />

213.791 pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(-6,7% do que em abril de 2018),<br />

19.538 pneus radiais para veículos comerciais<br />

ligeiros (+0,9%) e 14.310 pneus 4x4 (-0,2%).<br />

No acumulado de janeiro a abril de 2019,<br />

por comparação com os primeiros quatro<br />

meses de 2018, o Europool revela que foram<br />

vendi<strong>dos</strong> no nosso país 856.812 pneus radiais<br />

para veículos de passageiros (+1,5%), 76.440<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(+0,8%) e 56.044 pneus 4x4 (-1,5%).<br />

Analisando os segmentos, em abril de 2019,<br />

a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />

com 114.979 (-3,9%), seguindo-se os budget,<br />

com 77.629 (+2,5%), e os mid, com 54.788<br />

(-18%). No acumulado de janeiro a abril de<br />

2019, os números alteram-se para 457.594<br />

pneus premium (-4,3%), 273.478 pneus budget<br />

(+3,5%) e 2<strong>55</strong>.182 pneus mid (+11,4%)<br />

comparativamente aos quatro primeiros<br />

meses de 2018.<br />

Quanto à tipologia, em abril de 2019, foram<br />

comercializa<strong>dos</strong> 74.149 pneus HRD, ou<br />

seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para cima<br />

(+11,6%), 14.184 pneus SUV/4x4 (-1,1%),<br />

11.366 pneus RFT (+38,7%) e 1.400 pneus<br />

All Season (+38,6%). Números que, no acumulado<br />

de janeiro a abril de 2019, alteram-se<br />

para 273.663 pneus HRD (+7,1%), <strong>55</strong>.918<br />

pneus SUV/4x4 (-1,7%), 50.096 pneus<br />

RFT (+21,8%) e 6.381 pneus All Season<br />

(+45,5%). ♦<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Europool<br />

UNIDADES ABRIL 2018 ABRIL 2019 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 229.134 213.791 -6,7%<br />

Comerciais 19.363 19.538 +0,9%<br />

4x4 14.345 14.310 -0,2%<br />

TOTAL 262.842 247.639 -5,8%<br />

All Season 1.010 1.400 +38,6%<br />

HRD 66.457 74.149 +11,6%<br />

RFT 8.193 11.366 +38,7%<br />

SUV/4x4 14.345 14.184 -1,1%<br />

Budget 75.752 77.629 +2,5%<br />

Mid 66.780 54.788 -18%<br />

Premium 119.675 114.979 -3,9%<br />

12” <strong>55</strong> 70 +27,3%<br />

13” 12.574 10.374 -17,5%<br />

14” 37.568 33.146 -11,8%<br />

15” 72.596 62.280 -14,2%<br />

16” 72.945 67.052 -8,1%<br />

17” 41.788 47.669 +14,1%<br />

18” 16.444 17.465 +6,2%<br />

19” 5.029 5.903 +17,4%<br />

20” 1.683 1.802 +7,1%<br />

21” 1.223 1.170 -4,3%<br />

22” 290 131 -54,8%<br />

23” 0 9 -<br />

UNIDADES JAN./ABR. 2018 JAN./ABR. 2019 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 844.328 856.812 +1,5%<br />

Comerciais 75.847 76.440 +0,8%<br />

4x4 56.899 56.044 -1,5%<br />

Total 977.074 989.296 +1,3%<br />

All Season 4.387 6.381 +45,5%<br />

HRD 2<strong>55</strong>.4<strong>55</strong> 273.663 +7,1%<br />

RFT 41.126 50.096 +21,8%<br />

SUV/4x4 173.504 133.365 -23,1%<br />

Budget 264.279 273.478 +3,5%<br />

Mid 229.036 2<strong>55</strong>.182 +11,4%<br />

Premium 478.117 457.594 -4,3%<br />

12” 119 168 +41,2%<br />

13” 40.341 41.842 +3,7%<br />

14” 134.640 138.483 +2,9%<br />

15” 268.872 265.081 -1,4%<br />

16” 271.993 266.692 -1,9%<br />

17” 1<strong>55</strong>.811 165.867 +6,5%<br />

18” 65.278 73.807 +13,1%<br />

19” 23.050 21.140 -8,3%<br />

20” 6.982 8.397 +20,3%<br />

21” 3.7<strong>55</strong> 3.710 -1,2%<br />

22” 583 728 +24,9%<br />

23” -4 14 -350%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Calçado<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


<strong>Pneus</strong> para SUV<br />

da moda<br />

Os SUV são a grande tendência europeia no mundo automóvel. As vendas anuais<br />

crescem a uma média de 30 a 40%. Mas e os pneus que os equipam? Também<br />

estarão em alta no mercado nacional? Para este artigo, contactámos diversos<br />

fabricantes e distribuidores. Mas só alguns nos deram respostas<br />

Por: Jorge Flores<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> para SUV<br />

Mais do que um produto<br />

de estação, os pneus<br />

ligeiros para veículos<br />

SUV equipam, sobretudo,<br />

uma forte tendência<br />

da indústria<br />

automóvel. Um segmento com crescimento<br />

médio anual, em toda a Europa, entre os<br />

30 e os 40%. Mas os números deste tipo de<br />

pneus não condizem, porém, com a enorme<br />

procura <strong>dos</strong> modelos que equipam.<br />

Embora, muitas vezes, estes pneus se cruzem,<br />

na essência, com os 4x4 (ambos pertencem<br />

à categoria Consumer), ambos têm<br />

especificações próprias. Desde logo, porque<br />

um veículo SUV não terá, necessariamente,<br />

uma versão 4x4, dispensando o recurso a<br />

este tipo de “calçado”. Pela mesma razão,<br />

um pneu para SUV não foi concebido de<br />

raiz para lidar com as mesmas “agressões”<br />

de um pneu todo-o-terreno. São realidades<br />

paralelas, mas algo distintas.<br />

Mas quem melhor <strong>dos</strong> que cinco fabricantes<br />

(e um distribuidor) para explicar a importância<br />

deste segmento de mercado no<br />

competitivo setor <strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />

BRIDGESTONE: SEGMENTO DEPENDENTE<br />

Em resposta à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, André<br />

Bettencourt, diretor de marketing da Bridgestone<br />

Europe – Sucursal em Portugal,<br />

começou por chamar a atenção para a<br />

“forte quebra” que este segmento sofreu<br />

em 2018. “Segundo da<strong>dos</strong> do Europool, o<br />

segmento de mercado 4x4/SUV caiu 24%,<br />

mas, na realidade, o importante é perceber<br />

se o mercado teve uma quebra ou se,<br />

porventura, voltou a valores mais realistas<br />

com o consumo nacional”, adiantou. Segundo<br />

estu<strong>dos</strong> que a Bridgestone levou<br />

a cabo nos últimos três anos, “o consumo<br />

de pneus 4x4/SUV esteve bastante acima<br />

da tendência das vendas deste tipo de<br />

veículos, em especial os SUV com jantes<br />

superiores a 18”. Como tal, este segmento<br />

de mercado terá estado, em 2016 e 2017,<br />

muito condicionado por vendas de pneus<br />

para exportação e essa situação acabou<br />

por condicionar os resulta<strong>dos</strong> em 2018,<br />

onde se terá verificado uma redução dessa<br />

atividade”, explicou o responsável, que<br />

não duvida de que estamos perante um<br />

“segmento cada vez mais condicionado<br />

pelas vendas de veículos crossover e SUV,<br />

em detrimento <strong>dos</strong> veículos ‘tradicionais’,<br />

como os todo-o-terreno”. Mais: “Nos últimos<br />

anos, graças à tendência da venda deste<br />

tipo de veículos (mais vocaciona<strong>dos</strong> para<br />

utilização em estrada) vimos surgirem<br />

medidas de grandes dimensões, que outrora<br />

não existiam neste segmento e que<br />

se limitavam a jantes de 15”, 16” e 17”. Por<br />

estes motivos, vemos, hoje, venderem-se<br />

pneus em jantes de 18”, 19”, 20” e 21” que<br />

outrora eram apenas presença nos veículos<br />

ligeiros. Este incremento tem trazido<br />

ao segmento de mercado outra dinâmica,<br />

mas, acima de tudo, outra realidade no que<br />

diz respeito à gestão de stocks de to<strong>dos</strong> os<br />

operadores no mercado”, assinalou ainda<br />

André Bettencourt.<br />

“A escolha como equipamento de origem<br />

Bridgestone Dueler AT001<br />

É a principal estrela do conceituado fabricante nipónico neste segmento. “Um pneu para<br />

condutores de veículos SUV e 4x4 que procurem uma boa capacidade de tração, autolimpeza,<br />

resistência aos furos e cortes, sem sacrificar a segurança em estrada (um fator onde muitos <strong>dos</strong><br />

pneus deste segmento não são fortes)”, adiantou André Bettencourt, diretor de marketing da<br />

Bridgestone Europe – Sucursal em Portugal à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

tem, ainda hoje, um peso muito grande,<br />

em especial quando acoplado a esse fator<br />

temos uma medida específica ou tecnologia<br />

associada como, por exemplo, Run<br />

Flat. No caso <strong>dos</strong> veículos SUV, a escolha<br />

está mais relacionada com esse fator, mas,<br />

no caso <strong>dos</strong> veículos todo-o-terreno, a opção<br />

de compra vai sempre para o tipo de<br />

utilização que se dá ao veículo, optando<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


C<br />

revistapneus_maio2019.pdf 1 20/05/2019 16:00:40<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> para SUV<br />

Continental EcoContact6<br />

Em destaque no portefólio da marca alemã, nesta categoria. “Trata-se de um modelo de elevado<br />

teor tecnológico, que proporciona melhorias substanciais. Oferece mais 20% de quilometragem,<br />

uma resistência em rolamento 15% menor, melhor precisão de direção e menores distâncias de<br />

travagem em pisos molha<strong>dos</strong> e secos”, adiantou Bruno Santos, da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal.<br />

os clientes por escolher um pneu misto<br />

que permita maior tração e resistência a<br />

cortes e furos”, explicou. “Dentro desta tipologia<br />

de consumidor, existem ainda os<br />

verdadeiros apaixona<strong>dos</strong> pela evasão, que,<br />

não raramente, fazem viagens até destinos<br />

longínquos, como Marrocos, em que<br />

os pneus têm de ir a rolar durante muitos<br />

quilómetros e, depois, desempenhar uma<br />

função fora de estrada. Nestes casos, os<br />

pneus mistos ou A/T como internamente<br />

grande parte das marcas os designam (All<br />

Terrain, ou To<strong>dos</strong> os Terrenos), são os mais<br />

indica<strong>dos</strong>”, avançou. E continuou: “Em 2017,<br />

lançámos o Dueler AT 001, que é o pneu<br />

indicado para este tipo de utilizações e que<br />

tem obtido resulta<strong>dos</strong> muito positivos junto<br />

destes clientes pela sua capacidade roladora<br />

(silencioso e confortável) e resistência<br />

a cortes. No entanto, este tipo de cliente é<br />

cada vez mais residual e, no geral, a venda<br />

de pneus neste segmento vive, essencialmente,<br />

da presença como equipamento<br />

de origem, da disponibilidade do produto<br />

e do preço”.<br />

Por tudo isto, na sua opinião, o sucesso<br />

da venda deste segmento, no nosso país,<br />

continuará a estar “dependente do sucesso<br />

das vendas de veículos crossover e SUV”.<br />

Não há outra forma. “As vendas de veículos<br />

todo-o-terreno não são residuais, mas<br />

fruto da legislação atual, acabam por ser<br />

bastante afetadas e, como tal, vemos que<br />

os pneus mistos ou fora-de-estrada (M/T)<br />

acabarão por se tornar irrelevantes nas vendas<br />

globais deste segmento. No entanto,<br />

fruto das decisões de alguns construtores<br />

de automóveis, baseadas na utilização particamente<br />

estradista <strong>dos</strong> crossover e SUV,<br />

os pneus que passarão a equipar as suas<br />

viaturas serão mais e mais pneus ligeiros.<br />

Desta forma, as vendas poderão ser afetadas,<br />

mas nunca se sabe se alguma marca<br />

automóvel não tirará da cartola um modelo<br />

que possa, novamente, revolucionar o mercado<br />

de veículos 4x4 e, consequentemente,<br />

as vendas deste tipo de pneus. Para já, não<br />

é essa a tendência”, garantiu.<br />

CONTINENTAL:<br />

POTENCIAL DE CRESCIMENTO<br />

Bruno Santos, gestor de produto da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, por sua vez, considera<br />

que estamos perante um segmento<br />

com potencial para crescer. “O segmento<br />

SUV assistiu a um enorme crescimento e<br />

diversificação da oferta nos últimos anos<br />

no mercado automóvel português e europeu,<br />

em especial, no equipamento de<br />

origem. Nos últimos cinco anos, as vendas<br />

de veículos do segmento SUV cresceram<br />

46%, em média, por ano, em Portugal.<br />

Hoje, o segmento SUV representa quase<br />

1/3 do mercado de ligeiros de passageiros.<br />

O mercado de substituição de pneus SUV só<br />

pode beneficiar deste crescimento”, disse.<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Na sua visão, os SUV têm características<br />

que os “distinguem de outros automóveis.<br />

Combinam a elegância de um sedan, o espírito<br />

aventureiro de um jipe, o comportamento<br />

dinâmico de um desportivo, mas<br />

são suficientemente confortáveis, práticos<br />

e adaptam-se a qualquer circunstância do<br />

dia a dia”, referiu. “Os SUV têm centro de<br />

gravidade e peso mais eleva<strong>dos</strong>, quando<br />

compara<strong>dos</strong> com os utilitários ‘tradicionais’,<br />

conjugado com a exigência de um<br />

comportamento dinâmico, com estabilidade<br />

e agilidade, elevando os padrões de<br />

conforto. Obrigam a um grande desafio<br />

na investigação e desenvolvimento <strong>dos</strong><br />

pneus”, sublinhou Bruno Santos.<br />

“Nas categorias de SUV (desportivos, luxuosos,<br />

SUV compactos, mini SUV e outros SUV<br />

4x2), os pneus são utiliza<strong>dos</strong>, maioritariamente,<br />

em estrada. Nestas categorias, os<br />

condutores privilegiam o comportamento<br />

dinâmico com estabilidade e agilidade, bem<br />

como com eleva<strong>dos</strong> padrões de segurança<br />

e conforto”, explicou. Por sua vez, nas categorias<br />

de SUV 4x4 e pick-up para utilização<br />

mista e/ou fora de estrada, “os condutores<br />

privilegiam robustez e tração, conjugadas<br />

com características de condução em estrada,<br />

tais como segurança e conforto”,<br />

reforçou. “Obviamente, que a notoriedade<br />

da marca e a recomendação do ponto de<br />

venda são outros fatores a ter em conta e<br />

que influenciam o consumidor na escolha<br />

da marca de pneus, bem como o equipamento<br />

de origem do veículo”, acrescentou<br />

o responsável da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />

crente de que o segmento SUV vai<br />

“continuar a crescer e a diversificar a oferta,<br />

em especial no equipamento de origem”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> para SUV<br />

Porquê? “Os principais construtores de automóveis<br />

têm feito, nos últimos anos, uma<br />

grande aposta neste segmento, com o lançamento<br />

de novos modelos. Logo, o mercado<br />

de substituição só poderá beneficiar<br />

deste aumento <strong>dos</strong> modelos disponíveis.<br />

Além de que o aumento generalizado da<br />

idade do parque automóvel, em Portugal,<br />

leva a que, ao longo da vida útil do automóvel,<br />

este tenha de substituir mais vezes<br />

os pneus”, rematou.<br />

KUMHO TYRE: MERCADO EM ALTA<br />

Luis Hernández, diretor de marketing da<br />

Kumho Tyre Ibérica, considera que, tanto<br />

em Portugal como em grande parte da Europa,<br />

este “é um mercado em alta, como<br />

consequência da também elevada produção<br />

deste tipo de veículos”, começou por<br />

afirmar. Mais vai mais longe: “É um mercado<br />

onde muitas marcas do segmento budget<br />

não têm presença e têm mais relevância as<br />

Kumho Crugen KL33<br />

Coqueluche da Kumho Tyre entre os pneus destinado aos SUV e 4x4 é o Crugen KL33. Um<br />

produto que prima pelas qualidades em termos de conforto de condução, poupança de combustível<br />

e aderência em pisos secos e molha<strong>dos</strong>. Por sua vez, o mais recente lançamento do fabricante, neste<br />

segmento, é o Venture AT61.<br />

marcas premium e algumas quality. Por sua<br />

vez, dentro destas últimas, existem marcas<br />

que se especializaram neste mercado”, revelou<br />

Luis Hernández à nossa revista.<br />

De modo geral, acrescentou, “em qualquer<br />

segmento de pneus, o elemento essencial<br />

é a segurança. Mas no mercado SUV/4x4,<br />

esta questão assume ainda maior relevância,<br />

uma vez que os veículos são maiores e<br />

mais pesa<strong>dos</strong>, pelo que as prestações do<br />

pneu devem estar em consonância com o<br />

modelo”, contou. “Na hora de escolher um<br />

pneu adequado, neste segmento, entram<br />

em jogo mais fatores do que num pneu de<br />

turismo, como pode ser o caso da utilização<br />

que o veículo terá, as estradas por onde<br />

andará; se será na estrada ou fora dela; se<br />

terá uma utilização mista; e, dependendo<br />

da proporcionalidade, com diferentes percentagens<br />

on/off road”. Em resumo, “o fator<br />

chave é poder compaginar os critérios de<br />

segurança e utilização com um preço razoável”,<br />

acrescentou. Quando ao futuro,<br />

Luis Hernández é otimista. “Quanto às inovações<br />

tecnológicas, é certo de que, tanto<br />

fabricantes de veículos como de pneus,<br />

colocam grande parte <strong>dos</strong> seus esforços<br />

em avanços para os turismos, já que são<br />

a maior parte do parque. À medida que<br />

esses avanços forem surgindo, logo aparecerão<br />

nesse mercado, tanto utilitários,<br />

como desportivos (totalmente elétricos) e,<br />

consequentemente, pneus especiais para<br />

esse tipo de veículos”, sublinhou o responsável<br />

da Kumho Tyre Ibérica.<br />

YOKOHAMA IBERIA: ABRANDAR RITMO<br />

Maria Eduarda e Andrés A. Castro, responsáveis<br />

da Yokohama Iberia, sustentam a sua<br />

opinião com base nos números. “Segundo<br />

da<strong>dos</strong> do Europool, no acumulado de 2018,<br />

registou-se uma subida de 3,2%, no que<br />

ao mercado de pneus novos de substituição<br />

disse respeito. Quer dizer, 2.868.331<br />

unidades, contra 2.780.517 colocadas em<br />

2017. No entanto, no caso do segmento 4x4,<br />

verificou-se uma diminuição no consumo.<br />

Esta tendência continua a manifestar-se<br />

no primeiro trimestre de 2019”, afirmaram.<br />

De seguida, completaram o seu raciocínio:<br />

“Sendo evidente que os SUV são um segmento<br />

que está, atualmente, em expansão<br />

(e convém realçar que, em Portugal, no ano<br />

de 2018, os SUV representaram 28% do mercado<br />

de ligeiros de passageiros, quando,<br />

há 10 anos, representavam apenas 1,4%),<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> para SUV<br />

Yokohama Geolandar MT G003<br />

Principal modelo da Yokohama no segmento. “Um verdadeiro MT (Mud Terrain), destinado a<br />

4x4, pick-up e SUV, com aplicação de 80% fora de estrada e 20% de estrada. O conceito do produto<br />

aponta uma excelente quilometragem, uma tração insuperável em terrenos mais difíceis e uma<br />

comodidade superlativa dentro do segmento on/off. Conta com um desenho agressivo do piso e do<br />

flanco”, garantem os responsáveis do fabricante japonês.<br />

podemos interpretar este decréscimo no<br />

consumo de pneus com o facto de as viaturas<br />

4x4 da década de 90 serem cada vez<br />

menos, já que com vendas em alta e oferta<br />

de novos modelos, os SUV ‘invadiram’ o mercado,<br />

roubando espaço a outros segmentos.<br />

Após dois anos fortes na venda de viaturas<br />

novas, é normal que, nos anos seguintes,<br />

se note um abrandamento do mercado de<br />

pneus de substituição”, salientaram ambos.<br />

Mas o que procuram os utilizadores? Os<br />

responsáveis não hesitam: “A segurança<br />

é um <strong>dos</strong> fatores determinantes para os<br />

proprietários de veículos SUV/4x4 na hora<br />

de escolher o automóvel. Em estrada, o desempenho<br />

da travagem é a prioridade número<br />

um para os consumidores de pneus de<br />

elevado desempenho (UHP) para veículos<br />

SUV, seguido da capacidade de aderência<br />

em pisos molhado e seco. O que significa?<br />

Os condutores procuram sistemas que proporcionem<br />

a um SUV a flexibilidade de um<br />

utilitário. Em suma, o condutor de um SUV<br />

procura o mesmo que qualquer utilizador:<br />

conduzir com tranquilidade e desfrutar da<br />

viagem”, asseguraram.<br />

“O segmento automóvel que mais cresce<br />

na Europa é o <strong>dos</strong> SUV e Portugal não fica<br />

fora desta tendência. O volume de vendas<br />

<strong>dos</strong> SUV revela um forte crescimento<br />

em todas as marcas e as previsões para os<br />

próximos anos seguem o mesmo ritmo de<br />

crescimento. A verdade é que os fabricantes<br />

alargaram a sua oferta de SUV. Nos últimos<br />

cinco anos, foram introduzi<strong>dos</strong> no mercado<br />

64 novos modelos no segmento e estão<br />

43 modelos em processo de lançamento.<br />

Conclui-se que um novo modelo de automóvel<br />

requer um novo modelo de pneus<br />

adaptado às necessidades <strong>dos</strong> condutores.<br />

Isso refletir-se-á num crescimento natural<br />

deste segmento de pneus a curto e médio<br />

prazos. Definitivamente, o conceito veio<br />

para ficar”, frisaram.<br />

MICHELIN: MENOR INTENSIDADE<br />

Nuno Ferreira, responsável de relações<br />

institucionais da Michelin, considera que<br />

“o mercado 4x4, em Portugal, esteve em<br />

crescimento de forma ininterrupta até 2015.<br />

A partir dessa altura, com algumas oscilações,<br />

manteve-se mais ou menos estável.<br />

No entanto, a tendência continua a ser de<br />

crescimento”, afirmou. Quais as virtudes<br />

que estes pneus devem ter? “São veículos<br />

que, pelas suas características, necessitam<br />

de pneus que suportem as enormes cargas<br />

dinâmicas, sem esquecer que o utilizador<br />

exige a máxima segurança, precisão de<br />

condução, duração, conforto, ruído otimizado<br />

e, no caso de 4x4 radicais, resistência<br />

e tração”, explicou Nuno Ferreira, que não<br />

deixou de dar a sua perspetiva quanto ao<br />

futuro desta categoria de pneus. “O segmento<br />

SUV/4x4 experimentou um enorme<br />

crescimento nos últimos anos, chegando<br />

a alcançar, atualmente, cerca de 6% do<br />

mercado. A previsão é que continue a ter<br />

um crescimento percentual acima do que<br />

existe em turismo, ainda que com menos<br />

Michelin Pilot Sport 4 SUV<br />

Grande novidade no catálogo do fabricante francês. Especialmente concebido para veículos SUV,<br />

beneficia das vantagens e últimas tecnologias desenvolvidas para as gamas de altas performances<br />

da Michelin. “Permite desfrutar de uma utilização confortável em cidade, de uma precisão de<br />

condução em estrada e de um excelente comportamento do veículo, tanto em piso seco como<br />

molhado.<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Destaque<br />

<strong>Pneus</strong> para SUV<br />

intensidade do que até agora”, defendeu<br />

o responsável da Michelin.<br />

DISPNAL: IMPORTÂNCIA CRESCENTE<br />

Mas o que pensará um distribuidor de<br />

pneus sobre este mercado em particular?<br />

Luís Martins, general market manager Portugal<br />

& Espanha da Dispnal <strong>Pneus</strong>, expressou<br />

o seu ponto de vista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

“Analisando as contas finais do mercado<br />

automóvel em 2018, concluímos, uma vez<br />

mais, o crescente interesse <strong>dos</strong> automobilistas<br />

portugueses pelos modelos deste<br />

segmento, sendo o mesmo acompanhado<br />

pelo crescimento da oferta por parte <strong>dos</strong><br />

principais fabricantes de automóveis. O<br />

segmento <strong>dos</strong> SUV é, sem dúvida, aquele<br />

que mais tem crescido nos últimos tempos<br />

em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>. Portugal não é exceção,<br />

e podemos encontrar dois SUV no<br />

top 5 das vendas nacionais: Nissan Qashqai<br />

e Renault Captur. O mercado de substituição<br />

de pneus reflete esta mesma tendência<br />

de crescimento, evidente para todo o segmento<br />

SUV e com especial relevo nas jantes<br />

de 16”, 17”, 18” e 19’’”, assegurou.<br />

“A oferta da Dispnal nas marcas Toyo, Mickey<br />

Thompson, Cooper, Petlas e Nankang, entre<br />

outras que fazem parte do nosso portefólio,<br />

reflete o foco que temos e o grau de especialização<br />

neste tipo de produto, relativamente<br />

ao qual não deixamos de informar e alertar<br />

os nossos clientes para a importância crescente<br />

do mesmo”. Luís Martins elencou, de<br />

seguida, os critérios que considera cruciais<br />

neste segmento: “Segurança, economia,<br />

comportamento em estrada e, nas curtas<br />

incursões fora de estrada (na maioria <strong>dos</strong><br />

casos), o conforto e o rendimento quilométrico,<br />

que são sempre fatores decisivos<br />

na compra, sendo que o design <strong>dos</strong> pisos<br />

e a parede lateral também é considerado<br />

na hora de eleger o pneu para este tipo de<br />

viaturas. As nossas marcas respondem com<br />

Toyo Proxes Sport SUV<br />

É a mais recente aposta da Dispnal. “Responde às necessidades de um comportamento em<br />

estrada focado nas prestações incondicionalmente desportivas. Os condutores mais exigentes não<br />

abdicam de características como uma direcionalidade rigorosa e um comportamento exemplar<br />

em condições de condução em piso molhado”, adiantou Luís Martins. Concebido e desenvolvido<br />

com o propósito de “responder a estas necessidades críticas, sem esquecer o conforto de eleição em<br />

condução e um rendimento quilométrico superior”, acrescentou. A tecnologia é de última geração:<br />

Nano Balance.<br />

distinção a to<strong>dos</strong> os parâmetros mais relevantes<br />

na hora de eleger um pneu SUV/4x4.<br />

Existe ainda o nicho de mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

mais ‘trialeiros’, mais fora de estrada, onde<br />

as nossas marcas Toyo, Mickey Thompson e<br />

Cooper se destacam pela oferta de qualidade<br />

superior e referencial”, disse.<br />

Além disso, “é fundamental vender ao<br />

cliente final o produto adequado ao seu<br />

tipo de utilização, que poderá variar entre<br />

100% estrada até 80 a 100% fora de<br />

estrada. Fundamental para a satisfação do<br />

cliente final é a seleção correta do pneu que<br />

melhor se adequa à sua utilização diária”,<br />

enfatizou o responsável. O futuro para este<br />

tipo de pneus? “Com muitas propostas a<br />

chegarem a este segmento, destaque para<br />

os SUV elétricos, onde serão introduzi<strong>dos</strong><br />

este ano o Audi e-tron e o Mercedes-Benz<br />

EQC para fazer ‘companhia’ aos Jaguar I-<br />

-PACE e Tesla Model X. Este segmento do<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus continuará a crescer.<br />

As nossas marcas continuam a lançar novos<br />

produtos e novas medidas de pneus, com o<br />

foco sempre voltado para a qualidade <strong>dos</strong><br />

produtos e para a rentabilidade <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes na comercialização <strong>dos</strong> mesmos.<br />

Sendo que queremos sempre disponibilizar<br />

os melhores produtos do mercado, não<br />

deixamos de trabalhar to<strong>dos</strong> os dias com o<br />

objetivo de assegurar aos nossos clientes<br />

as melhores taxas de rentabilidade para o<br />

seu negócio. Queremos ser os campeões<br />

da rentabilidade para os nossos clientes”,<br />

reforçou Luís Martins. u<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


www.hankooktire.com/es<br />

O pneu de Altas<br />

Prestações<br />

que junta o<br />

desportivismo e a<br />

sustentabilidade<br />

O equilíbrio<br />

perfeito entre<br />

o rendimento,<br />

o conforto e a<br />

segurança<br />

A escolha mais<br />

inteligente e<br />

ecológica para o<br />

condutor atual<br />

SINTA A CONEXÃO<br />

O que o separa da estrada é o que o une a ela<br />

Portugal_<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>_190x270mm.indd 1 2019. 4. 30. 오후 3:51


Atualidade<br />

Dois em um<br />

A Goodyear revelou, no Salão de Genebra, em março, o seu mais recente protótipo<br />

de pneu. O AERO tanto circula em estrada como serve de hélice para os automóveis<br />

voadores autónomos do futuro<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Nada menos do que um pneu<br />

“dois em um”. É, desta forma,<br />

que a Goodyear classifica o AERO,<br />

concebido para os automóveis<br />

voadores autónomos do futuro. Este protótipo<br />

funcionaria tanto como um pneu<br />

para circular em estrada como uma hélice<br />

para voar pelos céus. “Ao longo de mais de<br />

120 anos, a Goodyear perseguiu, obsessivamente,<br />

as inovações e as invenções, associando-se<br />

aos pioneiros no impulsionar da<br />

mudança e das descobertas no mundo do<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Goodyear AERO<br />

tes para os pneus, enquanto que, outras,<br />

poderão tornar-se na base de novas ideias<br />

e produtos para o futuro. “Os protótipos<br />

da Goodyear pretendem desencadear um<br />

debate sobre os pneus e as tecnologias de<br />

transporte, rumo a um novo ecossistema de<br />

mobilidade”, afirmou Chris Helsel.<br />

Entre as diversas características inovadoras<br />

do protótipo AERO, encontra-se o design<br />

multimodal: conceito multimodal de rotor<br />

de inclinação. Serve como um trem motriz<br />

para transferir e absorver forças para e a<br />

partir da estrada, numa orientação tradicional<br />

e como um sistema de propulsão<br />

de avião, para proporcionar uma elevação,<br />

noutra orientação. Aplicado a veículos capazes<br />

de o fazer, o AERO daria aos futuros<br />

passageiros a liberdade de se moverem na<br />

perfeição da estrada para o céu.<br />

Outro <strong>dos</strong> ex-líbris do AERO é a sua estrutura<br />

não pneumática. Os braços do protótipo<br />

proporcionam apoio para suportar o peso<br />

do veículo ou atuam como lâminas de ventilador,<br />

de modo a garantir elevação quando<br />

o pneu esteja inclinado. Este pneu, sem ar<br />

único, utiliza uma estrutura não pneumática<br />

que é suficientemente flexível para amortecer<br />

os impactos quando se conduz em estrada,<br />

sendo suficientemente resistente para girar<br />

às elevadas velocidades necessárias para que<br />

os rotores criem uma elevação vertical.<br />

PROPULSÃO MAGNÉTICA<br />

Do rol de características do AERO, faz parte<br />

a propulsão magnética. Este protótipo utilizaria<br />

a força magnética para proporcionar<br />

propulsão sem fricção. Tal permitiria alcançar<br />

elevadas velocidades de rotação necessárias<br />

para conduzir o veículo no solo e quando a<br />

roda estivesse inclinada, de modo a levantar<br />

transporte”, referiu Chris Helsel, diretor de<br />

Tecnologia da Goodyear. “Com as empresas<br />

de mobilidade, que procuram, no céu, a resposta<br />

para os desafios do transporte urbano<br />

e do congestionamento, o nosso trabalho<br />

em arquiteturas e materiais avança<strong>dos</strong> para<br />

pneus levou-nos a imaginar uma roda que<br />

poderia servir como um pneu tradicional na<br />

estrada e como um sistema de propulsão<br />

no céu”, acrescentou o responsável.<br />

DESIGN MULTIMODAL<br />

Embora o AERO seja um design puramente<br />

concetual, a Goodyear encontra-se a desenvolver<br />

algumas das suas tecnologias<br />

mais importantes, como uma estrutura<br />

não pneumática e capacidades inteligeno<br />

veículo no ar e propulsioná-lo para a frente.<br />

Já a deteção ótica que integra, faz uso de<br />

sensores de fibra ótica basea<strong>dos</strong> em luz<br />

para monitorizar as condições da estrada,<br />

o desgaste do pneu e a respetiva integridade<br />

estrutural. Quanto à Inteligência<br />

Artificial, o AERO inclui um processador<br />

de IA integrado, destinado a combinar a<br />

informação <strong>dos</strong> sensores do pneu com os<br />

da<strong>dos</strong> das comunicações veículo-veículo<br />

(V2V) e veículo-infraestrutura (V2I). O processador<br />

de IA analisa estes fluxos de da<strong>dos</strong><br />

para recomendar uma determinada ação<br />

(permitir que um veículo se adapte a um<br />

modo de voo ou condução), identificar e<br />

resolver eventuais problemas relaciona<strong>dos</strong><br />

com os pneus antes que estes ocorram. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Atualidade<br />

Leirilis aposta nos pneus<br />

Desafio<br />

aceite<br />

Pedro Nascimento aceitou<br />

o desafio de introduzir a<br />

comercialização de pneus<br />

na atividade da Leirilis.<br />

O objetivo é tornar a<br />

empresa distribuidora<br />

de peças também num<br />

player de referência<br />

nesta nova área<br />

de negócio<br />

Por: Jorge Flores<br />

Pedro Nascimento é um <strong>dos</strong> “históricos”<br />

do setor <strong>dos</strong> pneus em<br />

Portugal. E um homem que gosta<br />

de estímulos profissionais. Recentemente,<br />

abraçou o projeto de introduzir a<br />

comercialização de pneus na atividade da<br />

Leirilis, empresa conceituada na distribuição<br />

de peças. “O setor <strong>dos</strong> pneus é sempre<br />

um grande desafio, pois está em constante<br />

mudança. Estou inserido no ramo há mais<br />

de 20 anos e aprendo to<strong>dos</strong> os dias. Sou e<br />

serei sempre um homem de desafios. E este,<br />

particularmente, diz-me muito. Aceitei-o<br />

pela Leirilis e, em especial, pelos seus responsáveis.<br />

Partilhamos os mesmos ideais,<br />

carisma, eficiência e ambição”, afirma.<br />

Uma aliança forte. “A Leirilis entrou no capital<br />

social da PneuImpex, dando início a uma<br />

estratégia em que ambas as empresas retiram<br />

vantagens. A PneuImpex lançou-se na<br />

distribuição de peças na Região Autónoma<br />

da Madeira e, em contrapartida, a Leirilis<br />

inicia-se no mercado <strong>dos</strong> pneus, equipamentos<br />

e acessórios em Portugal”, explica<br />

Pedro Nascimento. E acrescenta: “O meu conhecimento<br />

do mercado <strong>dos</strong> pneus leva-me<br />

a iniciar, dentro da organização Leirilis, a<br />

nova área de negocio que até então não<br />

existia. Sabendo que, dificilmente, qualquer<br />

distribuidor de peças consegue entrar no<br />

mercado de pneus, aceitei o desafio, pois<br />

acredito que será mais fácil para a Leirilis<br />

conseguir ser um verdadeiro player de referência<br />

em Portugal na área <strong>dos</strong> pneus”.<br />

PNEUS E EQUIPAMENTOS<br />

A empresa já comercializa equipamentos<br />

para o setor <strong>dos</strong> pneus. A tendência<br />

será para a área de pneus crescer dentro<br />

da empresa? “Sim. A Leirilis já comercializava<br />

equipamentos de roda da marca<br />

Bosch, produzi<strong>dos</strong> pela Sicam, em Itália.<br />

Da mesma fábrica, saem os equipamentos<br />

para a Beissbarth. A Bosch abandonou a<br />

produção deste tipo de equipamentos,<br />

abrindo-se uma janela de oportunidade<br />

para comercializarmos a Sicam em exclusivo<br />

para Portugal. É uma marca de alta<br />

qualidade de equipamentos de roda profissionais<br />

e temos como intenção fazê-la<br />

crescer dentro da nossa empresa”, sublinha<br />

Pedro Nascimento.<br />

Em termos de volume de negócio, o objetivo<br />

será a área <strong>dos</strong> pneus “crescer a par<br />

com os nossos clientes”, adianta. “Apesar de<br />

ser uma nova área de negócio, acreditamos<br />

que poderá ter um incremento substancial<br />

na faturação total da empresa”, juntamente<br />

com os clientes que “arranquem, também,<br />

com pneus”, esclarece. “No entanto”, avisa a<br />

mesma fonte, “é prematuro falarmos sobre<br />

este assunto”.<br />

CRIAR BASES SÓLIDAS<br />

No segmento premium, a Leirilis comercializa<br />

marcas como Michelin, Bridgestone,<br />

Goodyear e Continental. Entre os pneus<br />

quality, estará a Firestone (para a gama<br />

de pneus comerciais) e a Hankook. “Para<br />

marcas com a melhor qualidade a preço<br />

mais económico, apostamos na Debica e,<br />

em exclusivo para Portugal, na marca Atlas,<br />

produzida pela Linglong”, reforça Pedro<br />

Nascimento à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Neste primeiro ano, mais importante do<br />

que os números, “a nossa preocupação<br />

é criar bases sólidas, tanto para a Leirilis,<br />

como para os nossos parceiros”, assegura. “A<br />

empresa cresce com os seus clientes e, para<br />

isso, a nossa estratégia está bem definida.<br />

Estamos a formar técnicos especialistas em<br />

pneus dentro das oficinas e a preparar os<br />

nossos clientes para a entrada <strong>dos</strong> pneus<br />

nas peças”, conclui. u<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Atualidade<br />

Horizonte<br />

longínquO<br />

2020 promete ser um ano histórico para a Tiresur Portugal. A inauguração do armazém<br />

de 8.000 m 2 , num terreno total de 24.500 m 2 , em Alverca do Ribatejo, será um forte<br />

contributo para a empresa alargar o seu horizonte<br />

Por: Jorge Flores<br />

Q<br />

uanto mais panorâmica for a<br />

visão, melhores são as perspetivas<br />

de futuro de uma empresa.<br />

Armando Lima, diretor-geral da<br />

Tiresur Portugal, está ciente disso e explicou<br />

à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> os motivos que levaram<br />

a empresa a investir num terreno com 24.500<br />

m 2 de área total, <strong>dos</strong> quais 8.000 m 2 são armazém,<br />

em Alverca do Ribatejo - cuja imagem<br />

revelamos, em exclusivo, pela primeira vez.<br />

Um projeto ambicioso? “É realmente ambicioso<br />

e uma grande aposta da empresa no<br />

nosso país. Mas vamos por partes. Surgiu-nos<br />

uma boa oportunidade de investimento aqui,<br />

em Alverca do Ribatejo, muito próximo da<br />

localização das atuais instalações, onde já<br />

nos sentimos verdadeiramente em casa e<br />

onde os clientes já nos identificam”, começa<br />

por adiantar. “Além disso”, acrescenta, “é uma<br />

região dotada de excelentes vias de comunicação<br />

e que nos permite ter uma localização<br />

estratégica para atender todo o mercado nacional.<br />

Por fim, temos ainda a componente<br />

de que esta região está a valorizar muito em<br />

termos imobiliários, o que, de certa forma, nos<br />

dá garantias de valorização do nosso ativo<br />

e, consequentemente, da empresa em si”.<br />

Na opinião do responsável, este era um<br />

passo “absolutamente necessário para o<br />

crescimento e consolidação da Tiresur em<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Novo armazém da Tiresur<br />

Portugal”. Porquê? “Temos um plano estratégico<br />

a curto/médio prazo muito claro e bem<br />

definido. Queremos crescer não só a nível<br />

de volume de unidades e de faturação, nos<br />

produtos que já oferecemos ao mercado,<br />

mas, acima de tudo, crescer em áreas que<br />

definimos como estratégicas, como poderão<br />

ser os pneus de camião, agrícolas, industriais<br />

e OTR. Para isso, precisamos, literalmente, de<br />

espaço e condições de serviço melhoradas”,<br />

sublinha Armando Lima, acrescentando, de<br />

seguida, que, “com estas novas instalações,<br />

vamos poder trabalhar melhor e prestar um<br />

serviço de excelência aos clientes, que são a<br />

razão da nossa existência e a nossa motivação<br />

para crescermos e melhorarmos, dia após dia”.<br />

CONCEITO 360<br />

O investimento da Tiresur Portugal insere-se<br />

no conceito 360 da empresa. “No ano passado,<br />

iniciámos esta filosofia, tanto na central<br />

do grupo, em Espanha, como nas várias<br />

filiais: Portugal, Brasil e Panamá. Sob o lema<br />

“Sim, temos o que procura!”, queremos que<br />

os clientes vejam em nós um parceiro forte<br />

e, acima de tudo, um operador capacitado<br />

para fornecer pneus para todas as aplicações<br />

e segmentos existentes no mercado. Desde<br />

pneus de moto a pneus ligeiros (turismo, 4x4/<br />

SUV, comerciais), pneus de camião, agrícolas e<br />

industriais. Temos uma oferta muito ampla e<br />

completa a nível de marcas premium, quality<br />

e budget. Basicamente, queremos ser uma<br />

solução para toda e qualquer necessidade<br />

que os clientes possam ter a nível de pneus”,<br />

explica Armando Lima à nossa revista.<br />

O responsável admite que o investimento<br />

no novo espaço representa um esforço financeiro<br />

significativo. “Sim, claramente. A<br />

aposta, no nosso país, iniciou-se há cerca<br />

de seis anos. De então para cá, felizmente,<br />

tem sido sempre a crescer, fruto de muito<br />

trabalho e de uma aposta em marcas fortes,<br />

com produtos de qualidade comprovada e<br />

reconhecida no mercado. A empresa quer<br />

continuar a crescer no nosso país e, para isso,<br />

é preciso investir e criar melhores condições<br />

de trabalho e serviço”, garante.<br />

CALENDÁRIO DE FORMAÇÃO<br />

Mas o que poderemos, então, esperar do<br />

novo armazém da Tiresur Portugal? “Além<br />

do claro aumento da nossa capacidade de<br />

armazenagem, vai permitir melhorar muito<br />

o nosso nível de serviço, já que nos ajudará<br />

a ser mais eficientes em termos operacionais<br />

e, consequentemente, mais competitivos.<br />

Teremos melhores condições de trabalho e<br />

com as novas instalações vamos, por exemplo,<br />

poder cumprir um sonho antigo, que é<br />

ter um calendário anual de formação para<br />

os clientes. Desde formação técnica, teórica<br />

e prática nos mais varia<strong>dos</strong> capítulos, a<br />

apresentações e lançamentos de produto”,<br />

enfatiza o diretor-geral da Tiresur Portugal.<br />

“O novo armazém vai permitir-nos avançar<br />

na nossa visão de Qualidade-Fiabilidade-<br />

-Continuidade! Aspetos fundamentais, relaciona<strong>dos</strong><br />

com as marcas e produtos que<br />

representamos e vendemos, assim como<br />

relaciona<strong>dos</strong> com a nossa equipa humana,<br />

que, com melhores condições, pode ser<br />

ainda melhor”, frisa.<br />

Segundo Armando Lima, o novo armazém<br />

obrigará a reforçar a força laboral.<br />

“Sim, sem dúvida. Vamos crescer e, isso,<br />

fará, certamente, com que tenhamos de<br />

reforçar a equipa. Não tanto pela questão<br />

da quantidade, mas sim pela componente<br />

da qualidade, por forma a podermos prestar<br />

um melhor serviço aos clientes. Além<br />

disso, ao queremos crescer em áreas consideradas<br />

muito técnicas, vai obrigar-nos a<br />

ter profissionais ainda mais qualifica<strong>dos</strong> e<br />

especialistas nessas áreas. De acordo com<br />

o responsável, o novo espaço deverá estar<br />

operacional já “no final do primeiro trimestre<br />

do próximo ano”, até porque o objetivo é que<br />

“2020 seja um ano histórico para a nossa<br />

empresa!”, conclui. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Opinião<br />

Preço de compra<br />

ou preço de venda?<br />

A estória que, aqui, vos<br />

conto remonta ao final<br />

<strong>dos</strong> anos 90, trabalhava<br />

eu num fabricante<br />

alemão de pneus, com<br />

responsabilidades<br />

repartidas pelos merca<strong>dos</strong><br />

português e espanhol<br />

Luís Martins<br />

General Market Manager Portugal<br />

& Spain da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

Na altura, em Espanha, tínhamos<br />

um problema de volume de<br />

vendas com uma das marcas<br />

e procurávamos dar-lhe uma<br />

nova vida, que passava por encontrar<br />

uma rede de dimensão nacional que<br />

tivesse interesse em fazer um trabalho de<br />

dedicação à marca. Encontrámos a rede<br />

perfeita, “patrocinada” por um fabricante<br />

concorrente, onde grande parte de<br />

nós tinha trabalhado e nascido para o<br />

comércio <strong>dos</strong> pneus. Preparámos, então,<br />

a estratégia, que passava por manter<br />

os clientes que já comercializavam a<br />

marca e introduzi-la, nesta rede, com<br />

um nível de preços de compra inferiores<br />

ao <strong>dos</strong> clientes “antigos”, mediante um<br />

acordo de volume que justificaria este<br />

nível inferior de preços de compra. Para<br />

além <strong>dos</strong> preços de compra “afina<strong>dos</strong>”,<br />

preparámos um pacote promocional<br />

da marca, em consonância com as<br />

ambições que tínhamos para a marca<br />

e o grau de sofisticação do cliente.<br />

Preparámos a mais sofisticada,<br />

espetacular e divertida apresentação de<br />

que havia memória. Sim, divertida. É que,<br />

na altura, muita gente no comércio de<br />

pneus confundia seriedade com sisudez,<br />

esquecendo-se de uma das leis básicas<br />

do comércio: ninguém compra nada<br />

a um vendedor aborrecido. Ou pode<br />

até comprar, se este vendedor, além de<br />

chato, for insistente. Mas tenhamos a<br />

certeza que será apenas para se livrar<br />

dele e não por prazer. Prazer. Acredite ou<br />

não, é isto que os clientes procuram.<br />

Oferecer prazer é, definitivamente,<br />

a melhor maneira de cativar<br />

uma pessoa. E nós tínhamos<br />

de cativar o presidente da<br />

citada rede... o Mariano.<br />

Com uma apresentação,<br />

é a mesma coisa.<br />

Ninguém<br />

resiste a um produto simpático e a uma<br />

apresentação divertida. Caprichámos na<br />

apresentação. Foi perfeita. O produto<br />

era, de facto, muitíssimo simpático e a<br />

apresentação ultradivertida. O Mariano,<br />

presidente da rede, gostou muito e<br />

deu-nos os parabéns pela performance.<br />

O problema veio depois. O Mariano,<br />

fumando o seu “puro”, confirmou que o<br />

produto era perfeito para a sua rede, nós<br />

éramos pessoas com luz própria, carisma<br />

e simpatia... tudo perfeito. Relativamente<br />

aos preços de compra, quase não olhou<br />

para eles, o que nos pareceu estranho.<br />

Apenas perguntou, uma única vez e<br />

em tom solene: “Esses são os vossos<br />

melhores preços?”. Respondemos,<br />

perentoriamente, que sim. Nesse preciso<br />

momento, o Mariano disse: “Ok, nem<br />

vou olhar para os preços de compra. No<br />

entanto, na vossa brilhante apresentação,<br />

falta o mais importante. A que preços<br />

podemos vender os vossos pneus?”<br />

Ficámos quase paralisa<strong>dos</strong>. De facto,<br />

o Mariano tinha carradas de razão.<br />

Deu-nos uma grande lição. E ainda<br />

deu uma estocada final, afirmando,<br />

perentoriamente, que, na sua<br />

organização, to<strong>dos</strong> os pontos de<br />

venda conseguiam, em 80% <strong>dos</strong> casos,<br />

vender aos clientes as marcas que<br />

mais margem lhes garantiam. Hoje,<br />

esta equação é ainda mais verdade.<br />

De que serve um estupendo preço de<br />

compra se, depois, não conseguimos<br />

vender os produtos com um preço de<br />

venda minimamente compensador<br />

em termos de margem? Atualmente,<br />

passamos demasiado tempo a negociar<br />

preços de compra e nunca discutimos<br />

preços de venda. Comercializar marcas<br />

que garantam preços de venda sem<br />

pressão concorrencial, é absolutamente<br />

fundamental para um negócio de<br />

pneus próspero e rentável. u<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


C<br />

revistapneus_maio2019.pdf 2 20/05/2019 16:00:45<br />

M<br />

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Salão<br />

Forte<br />

presença<br />

<strong>dos</strong> pneus<br />

A 6.ª edição da expoMECÂNICA<br />

voltou a bater um novo recorde,<br />

com 254 expositores, três<br />

pavilhões e um total de 16.035<br />

visitantes. Várias empresas de<br />

pneus marcaram presença neste<br />

certame dedicado ao aftermarket<br />

Por: João Vieira<br />

Da estreia para a 6.ª edição, o Salão<br />

de Equipamentos, Serviços<br />

e Peças Auto cresceu 142% em<br />

número de expositores e 129%<br />

em área ocupada. E foi o segundo ano<br />

consecutivo que o evento acrescentou um<br />

pavilhão ao seu espaço. A seguir fazemos<br />

referência às empresas de pneus que estiveram<br />

presentes no certame.<br />

1 Alcaide & Salco<br />

Criada recentemente, a Alcaide & Salco é um<br />

novo posto de pneus localizado em Leça da Palmeira.<br />

Faz parte de dois grupos, <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />

e Grupo Salco, e esteve presente na feira<br />

com o objetivo de mostrar os serviços que executa<br />

para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. A parte da<br />

recauchutagem mereceu, também, destaque,<br />

assim como a apresentação de novos pneus,<br />

como o modelo Asymmetric 5 da Goodyear.<br />

2 Euro Tyre<br />

Especialista na distribuição de pneus, a Euro<br />

Tyre apresentou-se na expoMECÂNICA com um<br />

nova imagem e algumas novidades das marcas<br />

Achilles e Infinity, que representa em exclusivo<br />

para Portugal, nomeadamente os modelos<br />

Radial 2233 UHP e Ecomax UHP. Com um<br />

stock que se situa entre as 125 mil e 130 mil<br />

unidades, a Euro Tyre vende, em média, entre<br />

Portugal e Espanha, cerca de <strong>55</strong> mil pneus por<br />

mês. Cobre cerca de 75% do território nacional<br />

com duas entregas diárias. Para Telmo Barradas,<br />

purchasing manager da unidade de pneus,<br />

“no topo das nossas prioridades está o stock,<br />

seguindo-se-lhe a disponibilidade, o serviço e<br />

só depois o preço. Embora to<strong>dos</strong> este fatores<br />

sejam essenciais na nossa atividade, apostamos<br />

na rentabilidade. O que vendemos tem de<br />

ser rentável”.<br />

3 Recambios Frain Portugal<br />

A funcionar desde o dia 1 de janeiro, a empresa<br />

aproveitou a realização da expoMECÂNICA para<br />

se apresentar aos profissionais do setor. Francisco<br />

Dorado, gerente, fez um balanço muito<br />

positivo: “Fiquei muito satisfeito com a afluência<br />

<strong>dos</strong> visitantes ao nosso stand, onde apresentámos<br />

a gama da Nokian, que representamos<br />

em exclusivo para Portugal. Fizemos uma<br />

reunião com os distribuidores da marca, que<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


expoMECÂNICA 2019<br />

contou com a presença de um representante<br />

da Nokian, onde apresentámos a estratégia<br />

para os próximos anos”. Tratando-se de uma<br />

empresa com grande experiência no mercado<br />

do pós-venda, pois está presente em Espanha<br />

desde 1992, tem como objetivo replicar o modelo<br />

de negócio no nosso país, conforme disse<br />

Francisco Dorado. “A filosofia da empresa<br />

sempre foi dar um serviço integral às oficinas,<br />

desde pneus, passando pelas peças, equipamentos<br />

e serviços diversos. Queremos trazer<br />

este conceito para Portugal, mas será um processo<br />

por fases, feito com calma e ponderação”,<br />

alertou.<br />

5 RSM<br />

A Recauchutagem São Mamede (RSM), com<br />

sede em Guimarães, tem como foco principal<br />

da sua atividade a recauchutagem de pneus a<br />

frio, em específico pneus pesa<strong>dos</strong> e comerciais.<br />

Atualmente, conta com 30 funcionários. Com 18<br />

anos de experiência a atuar, essencialmente, no<br />

mercado nacional, encontra-se, hoje, em franca<br />

expansão internacional, com o objetivo claro<br />

do aumento de relações comerciais, sustentado<br />

pela qualidade <strong>dos</strong> seus produtos e serviços e<br />

pelo pós-venda, essencial no acompanhamento<br />

<strong>dos</strong> clientes. No stand, estavam expostos alguns<br />

pisos novos de marcas representadas pela<br />

1<br />

um serviço de gestão de frotas, com assistência<br />

rápida disponível 24 horas e cobertura europeia.<br />

José Lameira, responsável de operações,<br />

estava satisfeito com a presença da empresa<br />

na feira, que reforçou os laços de proximidade<br />

com os clientes. Fator que é, de resto, muito<br />

valorizado pela empresa.<br />

7 Tiremaster<br />

A empresa de Leça da Palmeira, que, curiosamente,<br />

está situada a escassas centenas<br />

de metros da expoMECÂNICA, esteve bastante<br />

ativa nos três dias da feira. Rafael Louzán,<br />

gerente, destacou os três eixos distintos da<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5 6<br />

7<br />

4 Sobralpneus<br />

Apresentou a sua nova representação de<br />

pneus agrícolas e agroindustriais da marca<br />

Vredestein, para além de divulgar a marca<br />

Marshal e as jantes Alcoa. António Eduardo,<br />

gerente, referiu: “A Vredestein encaixa na<br />

nossa estratégia, pois dispõe de uma extensa<br />

gama de produtos, desde os tratores vinhateiros<br />

até aos de maiores dimensões, passando<br />

pelos pequenos equipamentos, enfardadeiras<br />

e ceifeiras. Com esta representação, estaremos<br />

mais perto <strong>dos</strong> clientes de pneus agrícolas,<br />

competindo com um produto de excelência”.<br />

A Sobralpneus aproveitou a feira para<br />

receber os clientes e confraternizar, num ambiente<br />

mais descontraído.<br />

8<br />

empresa, como Marangoni e Vipal. Para Eugénio<br />

Pereira, sócio-gerente, o balanço foi muito<br />

positivo, tendo realizado muitos contactos com<br />

transportadoras e público em geral.<br />

6 Seiça<br />

No ano em que comemora o seu 60.° aniversário,<br />

a Seiça apresentou-se com uma imagem<br />

moderna e renovada, de acordo com os objetivos<br />

de crescimento que a empresa pretende<br />

atingir. Pioneira no setor da reconstrução de<br />

pneus, é, hoje, uma referência no mercado da<br />

recauchutagem e fornece algumas das principais<br />

empresas de transporte em Portugal.<br />

Atualmente, dedica-se, também, à comercialização<br />

de pneus novos multimarca e dispõe de<br />

empresa: posto de venda ao público, no qual<br />

presta o serviço a veículos ligeiros, comerciais,<br />

4x4, pesa<strong>dos</strong> e de engenharia civil; assistência<br />

a frotas de camiões 24 horas, 365 dias por ano;<br />

revenda, que assenta numa estratégia clara de<br />

multimarca/multiproduto. Além da distribuição<br />

<strong>dos</strong> produtos da Z Tyre, do Grupo Zenises, a Tiremaster<br />

deu particular ênfase à Westlake, uma<br />

das marcas da ZC Rubber, que dispõe de uma<br />

ampla gama de modelos para veículos de turismo<br />

(SUV incluí<strong>dos</strong>) e comerciais ligeiros.<br />

8 Xarepa<br />

A empresa sintrense apresentou como novidade<br />

o Fleetpulse, um kit de monitorização da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus, que pode ser montado em<br />

qualquer tipo de jante. A marca de jantes de alumínio<br />

Accuride, que a empresa representa em<br />

exclusivo para o nosso país, estava presente<br />

com alguns modelos. Sobre estas jantes, João<br />

Silvestre, gerente, afirmou que “são o futuro no<br />

setor <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>. Nos EUA, de onde<br />

são originais, 80% <strong>dos</strong> camiões usa este tipo de<br />

jantes. Graças ao seu menor peso, asseguram<br />

uma poupança de travões e combustível. E em<br />

matéria de segurança, as jantes em alumínio<br />

não têm rival”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Reportagem<br />

Espírito<br />

de união<br />

A AB Tyres juntou, no primeiro dia do mês de junho, os seus principais parceiros para<br />

anunciar uma nova estratégia de rede para o futuro, alicerçada na confiança e grande<br />

espírito de união, conforme ficou demonstrado na convenção que decorreu no Luso<br />

Por: João vieira<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Convenção AB Partner<br />

A<br />

Convenção AB Partner realizou-se<br />

no Grande Hotel do<br />

Luso, tendo contado com<br />

mais de 100 parceiros, que<br />

participaram, ativamente,<br />

nesta jornada de trabalho, a qual incluiu<br />

uma apresentação do Grupo Alves Bandeira<br />

e das empresas Alves Bandeira Tyres e Alves<br />

Bandeira Tyres Internacional, uma análise<br />

do mercado automóvel nacional, por António<br />

Cavaco, da ACAP, diversos workshops e<br />

ainda uma Mesa Redonda, que contou com<br />

a presença do diretor da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

como um <strong>dos</strong> moderadores. Rui Bandeira,<br />

CEO do Grupo Alves Bandeira, deu as boas-<br />

-vindas a to<strong>dos</strong> os presentes e apresentou os<br />

objetivos do grupo para os próximos anos,<br />

sempre com o foco no cliente. O responsável<br />

relembrou os desafios que as empresas vão<br />

enfrentar a curto prazo, nomeadamente a<br />

falta de recursos humanos e a alteração de<br />

paradigma quanto à fonte energética que<br />

moverá os veículos do futuro.<br />

CONCEITO AB PARTNER VAI EVOLUIR<br />

A Convenção AB Partner marca o início de<br />

uma era para a relação da AB Tyres com os<br />

seus parceiros oficinas. “Realizámos esta<br />

convenção com o propósito de mostrar ao<br />

mercado, em geral, e aos nossos parceiros,<br />

em particular, a nossa proposta de valor<br />

futuro”, disse Filipe Bandeira, responsável<br />

da AB Tyres.<br />

Durante o segundo semestre deste ano,<br />

toda a equipa da AB Tyres estará dedicada<br />

a transmitir aos parceiros a nova estratégia<br />

FALKEN CONQUISTA MERCADO<br />

O responsável de vendas da Falken para a Península Ibérica, Yuri Peréz<br />

Alonso, começou por apresentar a história da marca criada em 1983 e que<br />

pertence ao fabricante japonês Sumitomo Rubber Industries, o quinto<br />

maior produtor mundial de pneus. A empresa construiu uma rede de<br />

vendas de cerca de 8.000 revendedores de pneus em toda a Europa, onde<br />

se incluem os parceiros AB Partner. “Dentro da indústria global de pneus,<br />

a Falken é vista como a marca mais inovadora e a mais jovem, que está<br />

na linha da frente do desenvolvimento tecnológico, como comprova o<br />

recém criado Advanced 4D Nano Design, um processo de construção<br />

que melhora a eficiência <strong>dos</strong> pneus nos parâmetros referi<strong>dos</strong> na etiqueta<br />

europeia: economia de combustível, nível de ruído e aderência em piso<br />

molhado”, referiu Yuri Alonso.<br />

Graças a esta nova tecnologia, a Falken lançou o modelo Ecorun, o<br />

primeiro pneu da marca com etiqueta “AA”, desenvolvido especificamente<br />

para veículos elétricos e híbri<strong>dos</strong>. A Falken desenvolveu, também, o Silent<br />

Core, que consiste numa camada inovadora de espuma de poliuretano que<br />

reveste o interior do pneu e reduz o ruído até 10 decibéis. O revestimento<br />

muito leve da espuma não afeta o desempenho <strong>dos</strong> pneus e graças à sua<br />

resistência ao desgaste, dura toda a vida útil do pneu. Outra novidade<br />

tecnológica apresentada foi o Sensing Core, que transforma o pneu num<br />

sensor. É capaz de detetar o nível de tração do pneu e a perda de pressão<br />

através de algoritmos de software, sem qualquer hardware adicional, como<br />

os sensores.<br />

A nível de produto, Yuri Alonso destacou os pneus UHP para automóveis e<br />

SUV, nomeadamente os modelos Azenis FK510 e FK510 Azenis SUV, que<br />

obtiveram a qualificação “Exemplar”, concedida pela Auto Bild no último<br />

teste importante de pneus de verão feito por esta revista alemã. Serão cerca<br />

de 40 as novas medidas que a Falken lançará este ano para a sua gama de<br />

pneus de verão destinada a automóveis e SUV. Para veículos comerciais,<br />

a Falken dispõe do modelo Van11, gama Euroall modelo de verão Linam<br />

Van01 e Eurowinter Van01 para inverno.<br />

Para homenagear a memória de Carlos Viñas, diretor ibérico da Falken<br />

recentemente falecido, foi decidido oferecer anualmente um prémio<br />

a uma personalidade do setor que se tenha destacado pelo contributo<br />

ao desenvolvimento da marca no mercado. Este ano, o prestigiado<br />

prémio foi oferecido a Paulo Santos, diretor de vendas da AB Tyres, pelo<br />

exemplar trabalho desenvolvido ao longo <strong>dos</strong> últimos anos na promoção e<br />

divulgação da marca Falken no nosso país.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Reportagem Convenção AB Partner<br />

da empresa no que diz respeito à criação de<br />

um novo conceito de rede oficinal, que tem<br />

como grande mais-valia as sinergias que<br />

o Grupo Alves Bandeira aporta, nomeadamente<br />

os mais de 15.000 clientes ativos de<br />

que dispõe e as muitas dezenas de postos de<br />

abastecimento de combustíveis espalha<strong>dos</strong><br />

por todo o país.<br />

“Temos como foco apostar em marcas exclusivas<br />

e trabalhar mais de perto com os<br />

nossos parceiros. Vamos, também, incluir no<br />

nosso portefólio mais dois produtos: peças e<br />

lubrificantes. No caso das peças, temos uma<br />

parceria com a AS Parts, do Grupo Nors, que<br />

garante o fornecimento de uma gama completa<br />

de produtos premium para veículos<br />

ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, e também equipamento<br />

oficinal”, afirmou Filipe Bandeira.<br />

A convenção foi o fórum ideal para a direção<br />

da AB Tyres pensar em conjunto com os<br />

seus parceiros os moldes de funcionamento<br />

futuro da nova rede e, assim, ajudá-los a<br />

desenvolverem o seu negócio, muito focado<br />

nos pneus. A atual rede AB Partner<br />

conta com 146 parceiros. “O nosso objetivo<br />

é cobrir todo o território nacional e termos<br />

um grande parceiro em to<strong>dos</strong> os concelhos.<br />

O limite mínimo para conseguirmos essa<br />

cobertura são 200 parceiros, mas tem muito<br />

a ver com a zona geográfica de cada um”,<br />

frisou Filipe Bandeira.<br />

FUTURO DESAFIANTE<br />

Relativamente ao desenvolvimento do projeto<br />

da nova rede AB Partner, Filipe Bandeira<br />

esclareceu: “Vamos ter sempre uma equipa<br />

comercial dedicada no terreno, que serão os<br />

nossos interlocutores, junto <strong>dos</strong> clientes e<br />

irão explicar a nossa proposta de mais valor<br />

para as oficinas. O novo conceito de rede<br />

AB Partner está a ser criado e vai ser implementado<br />

por fases até ao final deste ano.<br />

Quando mostramos o projeto aos parceiros,<br />

a recetividade é muito positiva e é nesse<br />

sentido que queremos continuar a evoluir.<br />

Estamos bastante esperançosos. E dado o<br />

trabalho, profissionalismo e empenho de<br />

toda a equipa, estamos confiantes no sucesso<br />

do novo projeto”.<br />

Para informar os parceiros sobre a estratégia<br />

de criação de valor, foram realiza<strong>dos</strong> vários<br />

workshops, onde se destacou a exclusividade<br />

das marcas de pneus comercializadas,<br />

nomeadamente Falken e Davanti, a nova<br />

parceria com a AS Parts e ainda um brainstorming<br />

com to<strong>dos</strong> os convida<strong>dos</strong>, que serviu<br />

para ouvir as suas necessidades e, também,<br />

a troca de ideias acerca do que pode e deve<br />

ser melhorado.<br />

Foram, também, delinea<strong>dos</strong> novos objetivos<br />

para os próximos anos, bem como<br />

as potencialidades que o novo conceito<br />

de rede poderá trazer e os novos desafios<br />

que surgirão. A possibilidade de alargar as<br />

áreas de negócio <strong>dos</strong> parceiros AB Partner,<br />

foi um <strong>dos</strong> principais assuntos discuti<strong>dos</strong><br />

nesta convenção, podendo, assim, surgir<br />

novidades no futuro acerca deste tópico.<br />

No final da convenção, houve uma Mesa<br />

Redonda, onde os moderadores convida<strong>dos</strong><br />

lançaram diversas questões à plateia sobre<br />

o comércio de pneus no geral. Foi um <strong>dos</strong><br />

momentos altos do evento, pois permitiu<br />

ouvir diversas opiniões sobre alguns <strong>dos</strong><br />

temas que mais preocupam os profissionais<br />

do setor na atualidade e no futuro.<br />

A AB Tyres pretende continuar a realizar este<br />

evento anualmente, pois ações como esta<br />

contribuem para a melhoria e evolução da<br />

empresa, através da identificação de problemas<br />

existentes e as suas possíveis resoluções.<br />

Para que a cada dia que passa seja possível<br />

servir melhor e com mais profissionalismo<br />

os clientes. u<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


PNEUS DAVANTI REFORÇAM NOTORIEDADE<br />

Comercializa<strong>dos</strong> em exclusivo pela AB Tyres<br />

há apenas oito meses, os pneus Davanti já conseguiram<br />

conquistar a confiança <strong>dos</strong> parceiros<br />

e clientes finais. Peter Cross e Sean Maddocks,<br />

respetivamente diretor-geral e diretor<br />

de vendas da Davanti, estiveram presentes<br />

na convenção para apresentarem a gama<br />

completa da marca e reforçarem o compromisso<br />

de oferecerem um produto de segmento<br />

quality com um preço muito competitivo e<br />

elevada qualidade. Totalmente desenvolvi<strong>dos</strong><br />

pelo departamento técnico que a marca dispõe<br />

no Reino Unido, os pneus Davanti têm pisos<br />

próprios e exclusivos, bem como uma gama<br />

muito completa para veículos ligeiros, 4×4 e<br />

comerciais, com foco especial nas medidas<br />

superiores a 17” e, também, Run Flat. Os<br />

pneus da Davanti são testa<strong>dos</strong> e dispõem<br />

de certificado TÜV e IDIADA, bem como<br />

etiquetas energéticas com grande prestação.<br />

De referir que to<strong>dos</strong> os pneus Davanti são<br />

vendi<strong>dos</strong> com uma “Garantia de vida”, que<br />

assegura a substituição de qualquer pneu que<br />

esteja defeituoso devido ao processo de fabrico<br />

ou apresente danos irreparáveis resultante do<br />

desgaste habitual de estrada.<br />

Com o objetivo de aumentar a notoriedade<br />

junto do cliente final, a Davanti tem apostado<br />

em grandes ações de marketing, sendo, atualmente,<br />

parceiro oficial do Everton Footbal<br />

Club. Em Portugal, é fornecedor exclusivo de<br />

pneus para a Racing School, uma escola de<br />

condução de veículos desportivos que funciona<br />

no Autódromo Internacional do Algarve<br />

(AIA). Para além de um teste à resistência e<br />

performance <strong>dos</strong> pneus Davanti modelo DX,<br />

é, também, um modo eficaz de comprovar o<br />

excelente desempenho em condições extremas<br />

de condução.<br />

A Davanti foi lançada em 2015, depois de<br />

alguns anos de desenvolvimento e testes. Em<br />

quatro anos, a marca já oferece uma gama<br />

que abrange to<strong>dos</strong> os segmentos do mercado.<br />

Desde o lançamento que a marca tem conhecido<br />

crescimento de vendas, comercializando,<br />

atualmente, os seus pneus em cinco continentes.<br />

“Os pneus Davanti são produzi<strong>dos</strong> numa<br />

das mais avançadas fábrica do mundo. Isto dá<br />

aos clientes um excelente value for money, tal<br />

como os excelentes resulta<strong>dos</strong> que têm obtido<br />

nas vendas e a eficiência da sua cadeia de<br />

distribuição”, concluiu Peter Cross.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


MáquinadoTempo<br />

Raízes<br />

militares<br />

A Petlas Tire Industry and Trade<br />

Company surgiu em 1976,<br />

na Turquia. Mas não como a<br />

conhecemos hoje. A empresa<br />

foi formada pelas dificuldades<br />

<strong>dos</strong> tempos, nomeadamente<br />

devido ao embargo aplicado<br />

ao país em 1974 para equipar<br />

aviões militares<br />

Por: Joana Calado<br />

1976<br />

A Petlas é fundada<br />

sob o nome de Petlas<br />

Tire Industry and<br />

Trade Company<br />

1993<br />

Primeira campanha<br />

de pneus para aviões<br />

militares das forças<br />

armadas turcas<br />

1997<br />

Transferência de ações<br />

conclui processo de<br />

privatização da Petlas<br />

2004<br />

Obtenção de certifica<strong>dos</strong><br />

de sistema de gestão<br />

ambiental ISO 14001 e<br />

sistema de qualidade<br />

ISO 9001:2000<br />

2005<br />

Aquisição da Petlas<br />

pelo AKO Group<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Petlas<br />

No ano da criação da Petlas, a Turquia<br />

estava há dois anos sob embargo,<br />

depois da sua invasão ao<br />

Chipre, o que conduziu à criação<br />

de uma política cuja base era dar respostas<br />

às necessidades da defesa, recorrendo<br />

sempre a recursos nacionais. Assim, a 19<br />

de agosto de 1976, foi criada a Petlas Tire<br />

Industry and Trade Company, empresa estatal<br />

cujo único objetivo era fabricar pneus<br />

para equipar os caças da força aérea turca.<br />

A jornada não foi fácil para a empresa de<br />

pneus. Depois de 13 anos de pesquisa e<br />

desenvolvimento, em 1989 é produzido o<br />

primeiro pneu Petlas. Ao longo <strong>dos</strong> anos,<br />

o fabricante melhorou e aumentou a sua<br />

capacidade de produção, contando, hoje,<br />

com um espaço de, aproximadamente, dois<br />

milhões de milhas quadradas, no qual está<br />

localizada a fábrica, com cerca de 250 mil<br />

milhas quadradas.<br />

A Petlas manteve-se a trabalhar para as<br />

forças armadas turcas durante mais de 20<br />

anos, tendo, em 1993, implementado a sua<br />

primeira campanha de marketing para os<br />

pneus que fabricava para a força aérea. Nessa<br />

altura, já decorriam os processos de negociação<br />

para a privatização da empresa, tendo<br />

estes demorado sete anos a ficar concluí<strong>dos</strong>.<br />

A empresa só viria a ser privatizada em 1997.<br />

Este foi um ponto de viragem para a Petlas,<br />

que começou a apostar cada vez mais na<br />

certificação da qualidade. Mas seriam precisos<br />

mais 10 anos para ver a Petlas tomar o<br />

rumo que, hoje, conhecemos. Quando, em<br />

2005, o AKO Group adquiriu o fabricante<br />

de pneus turco, começou a desenhar-se a<br />

mudança de estratégia dentro da empresa,<br />

até aqui especializada apenas em pneus<br />

para aplicações militares.<br />

Em 2007, a empresa produziu os primeiros<br />

pneus radiais para tratores e, a partir<br />

daí, abriu as portas a vários segmentos de<br />

mercado. Hoje, a Petlas está presente nas<br />

mais variadas áreas e gamas. É uma das<br />

principais marcas no mundo <strong>dos</strong> pneus,<br />

contando com mais de 40 anos de história<br />

e presença em 98 países. u<br />

Petlas é fundada<br />

a 19 de agosto<br />

1976<br />

2.150<br />

Pessoas trabalham<br />

na Petlas<br />

Petlas opera em<br />

98<br />

países<br />

Área coberta das instalações é de<br />

250.000<br />

milhas quadradas<br />

m 2<br />

Localizada numa área com<br />

2.000.000<br />

milhas quadradas<br />

2007<br />

Início da produção de<br />

pneus radiais de tratores<br />

2008<br />

Início da produção de<br />

pneus de inverno para<br />

automóveis de passageiros<br />

com jantes de 13” a 16”,<br />

em mais de 100 tamanhos<br />

2010<br />

Produção <strong>dos</strong> primeiros<br />

pneus PCR e UHP de<br />

17” e 18”. Investimento<br />

em pneus TBR<br />

2011<br />

Produção <strong>dos</strong> primeiros<br />

pneus UHP DE 19”,<br />

pneus LVR quatro<br />

estações e SUV (A/T)<br />

2012<br />

Produção <strong>dos</strong><br />

primeiros pneus A/T<br />

SUV de inverno com<br />

conhecimento da Petlas<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


tGn<br />

d<br />

Entrevista<br />

O nosso negócio<br />

em Portugal é<br />

maduro, rentável<br />

e sustentável<br />

A Goodyear Dunlop Iberia atravessa um <strong>dos</strong> melhores perío<strong>dos</strong> da sua história. Alberto<br />

Granadino, diretor-geral, garante que, em Portugal, o negócio é maduro, rentável e<br />

sustentável. Uma entrevista que vale a pena ler do princípio ao fim<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

As marcas Goodyear e Dunlop<br />

dispensam apresentações. Em<br />

Portugal e Espanha, o negócio<br />

assenta numa lógica de organização<br />

ibérica, tendo como responsável máximo<br />

Alberto Granadino. Numa entrevista<br />

concedida à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o diretor-geral<br />

abordou o mercado, os novos produtos e<br />

o futuro.<br />

Como foi o desempenho da Goodyear em<br />

2018 a nível mundial, especialmente na<br />

Península Ibérica?<br />

2018 foi um bom ano para a Goodyear. Regressámos<br />

aos resulta<strong>dos</strong> positivos nas nossas<br />

operações globais. Na EMEA (Europa, Médio<br />

Oriente e África), região onde estão inseri<strong>dos</strong><br />

os países da Península Ibérica, encerrámos<br />

o exercício de 2018 com um pequeno crescimento,<br />

cujo número total andou perto do<br />

milhão de pneus vendi<strong>dos</strong>. Se formos analisar<br />

os merca<strong>dos</strong> de Espanha e Portugal, constatamos<br />

que voltámos a crescer nos segmentos<br />

chave, aqueles que trazem valor acrescentado<br />

(como o das jantes de 17” e superiores), que<br />

é onde nos interessa liderar no futuro.<br />

Quais são as perspetivas para 2019 em<br />

relação a novos projetos, vendas e investimentos<br />

a nível global?<br />

Existem muitos projetos que a Goodyear tem<br />

em curso atualmente, o que nos permitirá<br />

ter uma posição de liderança no futuro.<br />

Recentemente, anunciámos investimentos<br />

importantes na modernização de duas das<br />

nossas fábricas mais importantes da Europa<br />

(Hannau e Fulda, ambas na Alemanha), onde<br />

são produzi<strong>dos</strong> muitos pneus que se vendem<br />

em Portugal. A Goodyear investirá 106<br />

milhões de euros nessas duas fábricas, de<br />

modo a torná-las mais competitivas. O que<br />

significa isto? Com esta transformação, ambas<br />

as unidades terão capacidade para produzir<br />

até três milhões de pneus do segmento mais<br />

rentável e procurado, o que tem início nas<br />

jantes de 17”. Também está em fase final de<br />

desenvolvimento a construção de uma nova<br />

fábrica no Luxemburgo, chamada Mercury,<br />

na qual foram investi<strong>dos</strong> 77 milhões de<br />

euros e que terá capacidade para produzir<br />

500 mil pneus por ano. A Mercury utilizará<br />

um processo patenteado com estações de<br />

trabalho altamente automatizadas e interligadas,<br />

que utilizam tecnologias de fabrico<br />

adaptáveis para produzir, de forma eficiente,<br />

pneus de primeira qualidade em pequenas<br />

quantidades sob pedido, dependendo das<br />

necessidades <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de reposição e<br />

de equipamento original.<br />

E quanto ao lançamento de novos produtos<br />

em 2019?<br />

Há semanas, teve lugar, no Circuito Ascari,<br />

perto de Málaga, um evento muito importante<br />

para a Goodyear. Assinalou-se o lançamento<br />

mundial da nova linha Eagle F1 para o<br />

segmento consumer e foi dado a conhecer o<br />

novo posicionamento da marca. No circuito<br />

Ascari, a Goodyear apresentou, perante mais<br />

de 1.000 clientes de todo o mundo, incluindo,<br />

naturalmente, os do mercado português, os<br />

seus novos pneus para o segmento UHP e a<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Alberto Granadino, Diretor-Geral da Goodyear Dunlop Iberia<br />

al<br />

ber<br />

oraa<br />

ino<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Entrevista<br />

Alberto Granadino<br />

gama que lhe permite regressar ao segmento<br />

UUHP. O Eagle F1 Asymmetric 5 é o novo<br />

modelo para o segmento UHP, que encurta<br />

a distância de travagem em 4% e assegura,<br />

também, maior precisão na direção. Estará<br />

disponível para jantes de 17” a 22”, com<br />

larguras de 205 a 315 mm e séries 50 a 25,<br />

podendo ser monta<strong>dos</strong> em modelos que<br />

variam entre o Volkswagen Golf e veículos<br />

de grandes dimensões, como Mercedes-Benz<br />

o Eagle F1 SuperSport RS, um pneu de circuito<br />

homologado para estrada destinado a<br />

veículos tão especiais como os Porsche 911<br />

GT2 RS ou GT3 RS, de modo a atingir melhores<br />

tempos em circuito. Mas as novidades<br />

de produto não dizem apenas respeito ao<br />

segmento consumer. No mundo das duas<br />

rodas, lançámos um novo modelo hypersport,<br />

chamado Dunlop SportSmart Mk3, e, nos<br />

camiões, apresentámos as novas gamas de<br />

trabalhando em conjunto com os principais<br />

fabricantes de automóveis para dar resposta<br />

às necessidades destes. A nossa liderança em<br />

equipamento de origem permite-nos trabalhar<br />

em conjunto com as principais marcas<br />

de automóveis. Audi, BMW, Mercedes-Benz,<br />

Porsche, Citroën, Renault, Maserati, Jaguar,<br />

Land Rover e muitas outras marcas, trabalham<br />

com a Goodyear para desenvolver os pneus<br />

que são monta<strong>dos</strong> de fábrica nas viaturas e<br />

O mundo da mobilidade está a mudar rapidamente<br />

e nós devemos adaptar-nos a essas alterações<br />

Classe C e BMW Série 3. Inclusivamente, as<br />

versões standard do Porsche 911. Acima deste<br />

ícone, apresentámos, também, a gama Eagle<br />

F1 SuperSport, que contempla três pneus<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para serem utiliza<strong>dos</strong> em<br />

estrada e em circuito, com três níveis claramente<br />

diferencia<strong>dos</strong>. Para uma utilização<br />

em estrada e algumas incursões ocasionais<br />

em circuito, existe o Eagle F1 SuperSport,<br />

com jantes de 18” a 21”, projetado para veículos<br />

compactos e desportivos de elevado<br />

desempenho, tal como o Volkswagen Golf<br />

GTI, para berlinas de elevado rendimento,<br />

como BMW M3 e Mercedes-AMG C63, ou<br />

para superdesportivos de utilização diária,<br />

como o Porsche 911 Turbo. A seguir, existe<br />

o Eagle F1 SuperSport R, para uma utilização<br />

50% em estrada e 50% em circuito, estado<br />

disponível, também, em jantes de 18” a 21”.<br />

Foi desenvolvido para versões mais focadas<br />

no desempenho, como Volkswagen Golf GTI<br />

Clubsport, BMW M4 CS ou Porsche 911 GT3.<br />

Mas a principal estrela desta nova gama é<br />

pneus de longo curso K-Max e FuelMax Gen2.<br />

Toda esta panóplia de novidades reforça a<br />

nossa posição no mercado e traduz que a<br />

Goodyear não deixa de investir para colocar<br />

no mercado os melhores pneus, sendo uma<br />

garantia para os clientes que confiam em nós.<br />

Que visão tem a Goodyear em relação ao<br />

pneu do futuro?<br />

O mundo da mobilidade está a mudar muito<br />

rapidamente e nós, como elemento chave<br />

dessa mobilidade, devemos adaptar-nos às<br />

alterações. Nos últimos tempos, temos assistido<br />

a fabricantes tradicionais de automóveis<br />

a entrar em novos negócios relaciona<strong>dos</strong> com<br />

a mobilidade, como, por exemplo, o carsharing<br />

ou as scooters elétricas urbanas. O que<br />

sabemos é que os automóveis do futuro continuarão<br />

a necessitar de pneus. E esses pneus<br />

terão de ser capazes de estar conecta<strong>dos</strong> com<br />

o veículo, de receber e transmitir informação<br />

e de ser inteligentes. Neste sentido, a<br />

Goodyear está a fazer grandes progressos,<br />

que, em seguida, são coloca<strong>dos</strong> à venda no<br />

mercado de substituição. O melhor exemplo<br />

de como deve ser o pneu conectado<br />

do futuro é-nos trazido pela parceria que<br />

temos com a Tesloop, uma empresa que<br />

opera com veículos autónomos da Tesla no<br />

estado norte-americano da Califórnia. Esses<br />

veículos percorrem uma média de até 27 mil<br />

km por mês. Os pneus Goodyear utiliza<strong>dos</strong><br />

integram sensores, cujo objetivo é melhorar<br />

a gestão global do pneu e maximizar o seu<br />

tempo de atividade na frota, sendo capazes<br />

de medir e registar, de forma contínua, a pressão<br />

e a temperatura. Esta valiosa informação<br />

é combinada com outros da<strong>dos</strong> do veículo<br />

e conecta-se aos algoritmos armazena<strong>dos</strong><br />

na “nuvem” da Goodyear para melhorar as<br />

operações globais da frota e prever quando<br />

os pneus necessitam de serviço ou de serem<br />

substituí<strong>dos</strong>, podendo ser programadas as<br />

mudanças na mesma altura em que se recarregam<br />

as baterias. Tudo isto, que parece<br />

muito futurista no segmento consumer, já<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


está a ser aplicado na unidade de negócio<br />

de camião, onde todas estas características<br />

fazem parte do pacote de serviços e soluções<br />

que oferecemos às frotas e aos transportadores<br />

que trabalham connosco e que fazem<br />

parte do programa Goodyear Total Mobility.<br />

Considera positiva a participação em salões<br />

internacionais? Que benefícios traz<br />

para a Goodyear?<br />

saber antecipar as necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />

e dar-lhes o apoio que estes necessitam de<br />

um fabricante são essenciais para mantermos<br />

a estabilidade como um <strong>dos</strong> principais<br />

players do setor.<br />

Qual o segmento de pneus que considera<br />

ter mais futuro? Porquê?<br />

O de jantes de 17” para cima. Isso mesmo é<br />

demonstrado pelo crescimento de 8,3% ao<br />

ano alcançado na região EMEA no segmento<br />

UHP nos últimos tempos. Em Portugal, o crescimento<br />

de dois dígitos em 2018 neste tipo<br />

de produtos é outro bom exemplo, refletindo<br />

a tendência do parque circulante de veículos,<br />

que cada vez utiliza jantes de maior diâmetro.<br />

Devemos, também, prestar especial atenção<br />

ao mercado de veículos elétricos e “eletrifica<strong>dos</strong>”,<br />

que, em Portugal, tem mais vantagens<br />

fiscais do que em Espanha. Neste segmento,<br />

também são requisita<strong>dos</strong> pneus para jantes<br />

de 17” em diante. A posição da Goodyear<br />

também é muito forte nesta área. O Tesla<br />

Model X monta pneus Goodyear Eagle F1<br />

em jantes de 22”, o Jaguar I-PACE equipa com<br />

Eagle F1 de 20” e o mais recente Audi e-tron<br />

faz uso de pneus Eagle F1 em jantes de 21”,<br />

para citar três exemplos atuais.<br />

Quais são, hoje, os maiores desafios para<br />

um fabricante de pneus?<br />

Sem dúvida que operamos num mercado<br />

Há quanto tempo está a Goodyear presente<br />

no mercado português?<br />

Esta pergunta não poderia ter vindo em<br />

melhor altura. Em 2019, celebramos 60<br />

anos desde que a Goodyear foi constituída<br />

como empresa em Portugal, o que aconteceu<br />

em março de 1959. Com seis décadas<br />

no mercado, podemos afirmar que a nossa<br />

experiência em Portugal é sólida e madura.<br />

E em relação à Vulco, que análise faz?<br />

A Vulco é a nossa rede abandeirada e tem<br />

uma presença muito destacada em Portugal,<br />

onde conta, após as últimas adições, com 40<br />

oficinas. Atualmente, temos uma cobertura<br />

muito boa, que nos permite prestar serviço<br />

a qualquer cliente em zonas estratégicas do<br />

país. Mas não descartamos novas adesões,<br />

desde que nos permitam melhorar a cobertura<br />

em áreas chave. Os planos para a<br />

rede passam pela continuidade da aposta<br />

na formação e no apoio, em linha com os<br />

planos que temos vindo a executar nos últimos<br />

anos. Assim como começar a pensar<br />

em como adaptar os modelos de negócio às<br />

necessidades <strong>dos</strong> condutores do futuro, que<br />

não serão iguais aos atuais devido à evolução<br />

da mobilidade.<br />

Que comparação faz entre os merca<strong>dos</strong><br />

português e espanhol?<br />

Ambos os merca<strong>dos</strong> são maduros e estáveis,<br />

em 2019, celebramos 60 anos desde que a goodyear<br />

foi constituída como empresa em Portugal<br />

A Goodyear está presente internacionalmente<br />

apenas no Salão de Genebra, que<br />

é visto como uma montra fantástica para<br />

mostrarmos as nossas inovações e a visão<br />

que temos acerca do pneu do futuro. Na<br />

nossa empresa, to<strong>dos</strong> os dias milhares de<br />

engenheiros trabalham afincadamente para<br />

desenvolver e melhorar os nossos produtos,<br />

assim como a pensar como devem ser<br />

eles no futuro. E, isso, é algo que outros fabricantes<br />

não fazem. Por esse motivo, um<br />

certame como o de Genebra é o local ideal<br />

para mostrarmos ao grande público a aposta<br />

continuada que fazemos na área da inovação.<br />

Que medidas entende serem prioritárias<br />

para garantir a sustentabilidade do negócio<br />

de pneus em Portugal?<br />

O nosso negócio em Portugal é maduro, rentável<br />

e sustentável, pelo que a prioridade<br />

é continuarmos a fazer as coisas como nos<br />

últimos anos. Ganhar quota de mercado nos<br />

pneus para jantes de grandes dimensões,<br />

muito complexo, no qual existem muitos<br />

fatores que devemos gerir. O que mais nos<br />

tem afetado nos últimos tempos é o aumento<br />

do preço das matérias-primas, algo que é,<br />

de resto, transversal a to<strong>dos</strong> os fabricantes.<br />

Quanto mais aumentam os preços <strong>dos</strong> materiais<br />

com que são fabrica<strong>dos</strong> os pneus, mais<br />

caros fica produzi-los e, logicamente, nem<br />

sempre é possível transferir esse aumento<br />

de custo para o mercado. Outros fatores que<br />

nos afetam diretamente são práticas como<br />

a venda de pneus usa<strong>dos</strong>, algo que acarreta<br />

grandes riscos para o condutor, já que não é<br />

possível garantir as condições mínimas de<br />

segurança com este tipo de produtos.<br />

Que perspetivas tem a Goodyear para o<br />

mercado português?<br />

O mercado português, enquanto for maduro<br />

e estável, continuará a ser uma prioridade<br />

para a Goodyear. No início deste ano, Portugal<br />

registou um crescimento percentual<br />

superior ao mercado espanhol.<br />

ainda que existam, logicamente, diferenças<br />

notáveis em alguns aspetos entre os dois. Por<br />

exemplo, Portugal cresceu no ano passado<br />

e tem vindo a crescer em 2019 comparativamente<br />

a Espanha a nível de sell out. Este<br />

crescimento ocorre tanto no que diz respeito<br />

ao mercado total como no segmento das jantes<br />

de 17” para cima. Em Espanha, devido ao<br />

clima e à geografia do país, as temperaturas<br />

são mais extremas do que em Portugal e levou<br />

a que os pneus All Season, que não eram<br />

vendi<strong>dos</strong> em Portugal, ganhassem expressão<br />

no mercado espanhol. Esta é outra diferença<br />

notável entre os dois merca<strong>dos</strong> da Península<br />

Ibérica. O espanhol é mais sensível ao clima<br />

do que o português. Por isso, na Goodyear<br />

Iberia, operamos em dois merca<strong>dos</strong> com<br />

semelhanças e diferenças entre eles, razão<br />

pela qual parte <strong>dos</strong> nossos equipamentos<br />

são ibéricos e outros são específicos para o<br />

mercado português, de modo a dar resposta<br />

às necessidades específicas <strong>dos</strong> clientes portugueses.<br />

u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Entrevista<br />

A Tiremaster<br />

encontra-se<br />

numa fase de<br />

expansão<br />

Sereno, humilde, low profile. Rafael Louzán<br />

pertence à terceira geração de um grupo que<br />

foi fundado, em 1942, no país vizinho, por Jesús<br />

Louzán Giráldez, seu avô. Há cerca de oito anos,<br />

o Grupo Louzan criou a Tiremaster, que, tal como<br />

destaca o gerente nesta entrevista, se encontra<br />

numa fase de expansão<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Rafael Louzán, Gerente da Tiremaster<br />

A<br />

Tiremaster nasceu há cerca de oito anos em Leça da Palmeira<br />

pelas mãos do Grupo Louzan, que considerou interessante<br />

entrar, de forma direta, no mercado português. Numa<br />

entrevista concedida à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Rafael Louzán,<br />

gerente, que representa a terceira geração de um grupo fundado, em<br />

1942, pelo seu avô, Jesús Louzán Giráldez, no país vizinho, abordou a<br />

história da Tiremaster, os projetos de expansão e as grandes apostas<br />

da empresa.<br />

Qual é a história que está por detrás da Tiremaster?<br />

A Louzan, que é, hoje, um grupo, consiste na 15.ª maior empresa de<br />

distribuição de pneus em Espanha. Há cerca de oito anos, adquiriu,<br />

em Portugal, a Bompneu, que estava a atravessar uma situação económica<br />

muito difícil. Esta é a origem da Tiremaster, que, quando foi<br />

criada, já tinha este nome. Os clientes da Bompneu, bem como a sua<br />

equipa, já eram muito bons. Foi isso que nos animou a dar este passo<br />

em Portugal. Antes de criarmos a Tiremaster, entrevistámos cada um<br />

<strong>dos</strong> colaboradores da Bompneu. Percebemos logo o enorme potencial<br />

que havia para entrar no mercado português de forma direta. O<br />

Grupo Louzan, que está localizado em Porriño, perto da fronteira com<br />

Portugal, é proprietária da Tiremaster. Eu faço parte da terceira geração<br />

do negócio, que começou com o meu avô, há 77 anos.<br />

Pode dizer-se que a Tiremaster aposta em três eixos distintos?<br />

Absolutamente. O primeiro, é o ponto de venda ao público, no qual<br />

prestamos serviço a veículos ligeiros, comerciais, 4x4, pesa<strong>dos</strong> e de<br />

engenharia civil. Desde o tratamento de toda a parte <strong>dos</strong> pneus, serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> e manutenção de automóveis ligeiros. O segundo, é a<br />

assistência a frotas de camiões 24 horas por dia, 365 dias por ano.<br />

Para esse efeito, dispomos de duas carrinhas e um camião-grua, bem<br />

como uma equipa de técnicos com mais de 15 anos de experiência.<br />

Além disso, a Tiremaster pertence a uma rede líder de assistência 24<br />

horas a pneus da Península Ibérica (SEAS 24 Horas S.L.), que, por sua<br />

vez, integra o grupo europeu TEN, o que nos possibilita dar assistência<br />

noturna. O terceiro, é a revenda de pneus, com base numa estratégia<br />

clara multimarca/multiproduto.<br />

A Tiremaster encontra-se, atualmente, numa fase de expansão...<br />

De facto, a Tiremaster está a atravessar uma fase mais “expansiva”.<br />

Implementámo-nos no norte de Portugal, onde criámos um armazém<br />

e ampliámos a equipa comercial. Mas estamos a operar, também, na<br />

zona de Lisboa. Somos 15 pessoas na Tiremaster. Até há pouco tempo,<br />

tínhamos apenas uma oficina. Agora, temos um armazém também,<br />

que nos permite fazer uma distribuição a nível nacional e não apenas<br />

na região norte de Portugal. Em 2018, contratámos um comercial para<br />

a zona sul e estamos a expandir o nosso negócio. Dentro de pouco<br />

tempo, prevemos abrir um armazém em Lisboa. Vendemos pouco<br />

para fora da região norte, mas queremos expandir-nos para sul. O<br />

novo armazém vai ajudar. O nosso objetivo é duplicar a faturação<br />

dentro de dois anos.<br />

Como define a Tiremaster?<br />

A Tiremaster é uma empresa séria e sólida, que não está obcecada<br />

com volumes nem com vendas. Pensa e define bem os seus objetivos.<br />

Gosta de fazer as coisas com calma. Dentro de pouco tempo,<br />

pretendemos abrir um armazém no sul de Portugal para expandirmos<br />

o nosso negócio. Queremos dar um passo de cada vez. Não somos<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Entrevista<br />

Rafael Louzán<br />

um distribuidor de volume nem uma empresa<br />

que faz negócio de qualquer maneira,<br />

olhando apenas para o preço. Esta forma de<br />

estar no mercado foi-me passada pelo meu<br />

avô e pelo meu pai. Queremos replicar na<br />

zona sul o bom trabalho que temos feito no<br />

norte de Portugal. Pertenço a uma família<br />

trabalhadora. A família Louzan não gosta<br />

de protagonismo. Prefere, antes, trabalhar<br />

em silêncio e deixar os resulta<strong>dos</strong> aparecer.<br />

Qual é a especialidade da Tiremaster?<br />

Para além de to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong><br />

com pneus, fazemos mecânica rápida (distribuições,<br />

pastilhas, mudanças de óleo...),<br />

que assegura cerca de 25% do nosso volume<br />

total de faturação. Mas é nossa intenção aumentar<br />

essa percentagem. Além disso, somos<br />

distribuidores, há muitos anos, de Michelin e<br />

Hankook (esta de forma direta em Portugal).<br />

Mas comercializamos Continental, Mabor,<br />

Goodyear, Bridgestone, Firestone... E, depois,<br />

somos representantes exclusivos da Z Tyre,<br />

do Grupo Zenises, e da Westlake, uma das<br />

marcas da ZC Rubber. Comercializamos pneus<br />

a tiremaster é uma empresa séria e sólida, que<br />

não está obcecada com volumes nem com vendas<br />

para os segmentos premium, quality e budget.<br />

E para veículos de passageiros, comerciais<br />

ligeiros e camiões. O volume de faturação<br />

da Tiremaster, no que aos pneus diz respeito,<br />

divide-se entre ligeiros e de camião, numa<br />

relação de 50% para cada lado.<br />

As marcas Westlake e Z Tyre são as grandes<br />

apostas da empresa?<br />

Sem dúvida. São duas marcas muito importantes,<br />

ainda que cada uma pelas suas razões.<br />

A Westlake é uma marca de projeção, que,<br />

dentro de cinco, seis ou sete anos, será um<br />

player muito importante a nível mundial. Já<br />

a Z Tyre, tem um conceito distinto. É produzida,<br />

tal como a Westlake, na China, mas foi<br />

desenhada na Europa para o mercado europeu.<br />

É uma marca de altas prestações. O que<br />

vendemos na Z Tyre são, sobretudo, pneus<br />

para jantes de 17” e superiores, uma vez que<br />

concorre no mercado de gama alta. No caso<br />

da Westlake, que é uma marca mais generalista,<br />

tem uma oferta mais vasta (começa<br />

em jantes de 13”) e concorre numa gama<br />

média. Ambas representamos em regime de<br />

exclusividade para Portugal, ainda que, no<br />

caso da Z Tyre, a comercialização seja feita<br />

através de 40 agentes exclusivos, mais localiza<strong>dos</strong><br />

no norte de Portugal. Já a Westlake,<br />

vendemos diretamente às casas de pneus.<br />

Todas as encomendas saem, atualmente, do<br />

nosso armazém, em Leça da Palmeira. Na zona<br />

norte, dispomos de entregas bi-diárias. No<br />

resto do país, asseguramos o fornecimento<br />

em 24 horas. Com a abertura do armazém em<br />

Lisboa, a nossa intenção é assegurar entregas<br />

bi-diárias também no sul.<br />

A Westlake prepara-se para ser uma marca<br />

de referência a nível mundial?<br />

Prepara-se. É interessante verificar o processo<br />

que está a ser levado a cabo pelo governo<br />

chinês, que eliminou uma série de marcas<br />

para ficar apenas com algumas importantes<br />

a nível mundial. A ZC Rubber, proprietária da<br />

Westlake, é o principal fabricante de pneus<br />

na China e o 10.° a nível mundial. A Westlake<br />

é 100% participada pelo governo chinês, ao<br />

contrário de outras marcas deste país que<br />

encontramos no mercado, cuja participação<br />

do governo chinês é de 25%. A Westlake é<br />

uma aposta forte do governo chinês. E dentro<br />

de poucos anos, terá um crescimento exponencial<br />

em qualidade e quota de mercado<br />

a nível mundial. É esta a mudança que está<br />

a acontecer no mundo <strong>dos</strong> pneus chineses.<br />

Que balanço faz da participação da Tiremaster<br />

na expoMECÂNICA 2019?<br />

Destacámos na feira as duas marcas próprias<br />

que representamos em regime de exclusividade<br />

para Portugal, Westlake e Z Tyre, que<br />

oferecem uma garantia única no mercado. E<br />

que explica porque apostamos tanto nelas.<br />

To<strong>dos</strong> os fabricantes de pneus oferecem garantia<br />

contra defeitos de fabrico. É de lei. Mas<br />

a vantagem da Westlake e da Z Tyre, é que<br />

incluem uma garantia adicional de satisfação<br />

de 30 dias. O que significa que, durante este<br />

período, se o cliente, por alguma razão, não<br />

gostar <strong>dos</strong> pneus depois de tê-los experimentado,<br />

pode perfeitamente devolvê-los sem<br />

ter de dar sequer uma explicação. Tirando a<br />

Westlake e a Z Tyre, nenhuma marca faz isto.<br />

Mais: estas duas marcas ainda dispõem de<br />

garantia que dura todo o ciclo de vida do<br />

pneu. Em caso de desgaste, furo ou toque<br />

num passeio, é colocado um pneu novo no lugar<br />

do danificado para que o condutor possa<br />

continuar a desfrutar do produto e gastá-lo<br />

até ao final da sua vida útil. u<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Empresa<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Tuga <strong>Pneus</strong><br />

Nova marca para<br />

empilhadores<br />

A Tuga <strong>Pneus</strong> tem apostado na diversificação de mercado com os pneus<br />

para pesa<strong>dos</strong> e, mais recentemente, com uma nova marca de pneus para<br />

empilhadores, denominada Velox<br />

Por: João Vieira<br />

Com as novas instalações a funcionar<br />

em pleno, Filipe Sereno<br />

decidiu incrementar a venda de<br />

pneus para empilhadores com<br />

a nova marca Velox. Trata-se de um pneu<br />

maciço fabricado, na Índia, que a empresa<br />

comercializa, em exclusivo, para a Península<br />

Ibérica. “Quisemos reforçar a nossa presença<br />

no mercado de pneus para empilhadores<br />

com uma marca de qualidade e um serviço<br />

especial. Deslocamo-nos às instalações <strong>dos</strong><br />

clientes para ir buscar as rodas com os pneus<br />

maciços usa<strong>dos</strong> e devolvemos as rodas com<br />

os pneus novos já monta<strong>dos</strong>. É um serviço<br />

que faz a diferença”, refere Filipe Sereno.<br />

Para realizar este serviço, a Tuga <strong>Pneus</strong><br />

dispõe de uma prensa específica, que faz<br />

a desmontagem e montagem do pneu com<br />

toda a segurança. Embora este mercado<br />

seja reduzido, a concorrência é menor e<br />

as vendas ajudam a empresa a aumentar a<br />

sua quota de mercado nestes segmentos,<br />

juntamente com pneus de camião e jantes.<br />

BALANÇO POSITIVO<br />

Em termos globais, o ano de 2018 foi positivo<br />

para a Tuga <strong>Pneus</strong>. “Crescemos no segmento<br />

de pneus para camião, onde conseguimos<br />

vender mais unidades, e baixámos um pouco<br />

as vendas nos pneus de turismo. Mas conseguimos<br />

ganhar nas outras áreas”, revela<br />

Filipe Sereno.<br />

A nível de produto para veículos ligeiros,<br />

para além das marcas premium, a empresa<br />

comercializa marcas provenientes da China.<br />

Está a fazer quatro entregas diárias com carrinhas<br />

próprias na zona do Porto e para o<br />

restante país trabalha com transportadoras.<br />

A Tuga <strong>Pneus</strong> dispõe de dois armazéns, com<br />

uma área de 5.000 m 2 , um stock médio de<br />

30.000 pneus e uma equipa de 15 colaboradores.<br />

Sobre o futuro do comércio de pneus, no<br />

geral, Filipe Sereno é da opinião que “vão<br />

aparecer mais dificuldades para os distribuidores,<br />

porque o mercado não está a<br />

crescer. Pelo contrário, está estabilizado. E<br />

a concorrência está cada vez mais agressiva,<br />

principalmente da parte <strong>dos</strong> fabricantes, que<br />

chegam diretamente à oficina”.<br />

A concluir, Filipe Sereno afirma: “O futuro<br />

não me parece que seja muito risonho.<br />

Temos de manter uma estrutura pequena,<br />

minimizar to<strong>dos</strong> os custos e diversificar os<br />

merca<strong>dos</strong>. Queremos consolidar as vendas<br />

com a mesma equipa. Vender o dobro ou o<br />

triplo não me interessa, porque isso obriga a<br />

aumentar a estrutura. Interessa sim, ter uma<br />

base pequena para ser competitivo”. u<br />

Tuga <strong>Pneus</strong><br />

Administrador Filipe Sereno | Sede Rua Serpa Pinto, n.° 161, 4050 – 585 Porto | Telefone 229 687 004 | Fax 229 686 427<br />

Email geral@tugapneus.pt | Site www.tugapneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Racing Mania<br />

FALKEN É MAIS-VALIA<br />

A oficina de Penacova aposta na parceria com a AB Tyres desde<br />

o seu nascimento, ainda em Coimbra. A marca Falken é encarada<br />

como uma mais-valia para o negócio<br />

A<br />

Racing Mania surgiu em<br />

Coimbra, há dois anos, num<br />

armazém que João Pedro,<br />

proprietário da oficina, já<br />

dispunha. Mas, seis meses<br />

depois, o responsável começou a pensar<br />

em grande. E adquiriu os dois lotes onde,<br />

hoje, se erguem, majestosamente, os edifícios.<br />

Durante o tempo em que as obras<br />

decorreram, o proprietário foi adquirindo<br />

os equipamentos que considerou necessários<br />

para se distinguir <strong>dos</strong> outros, porque,<br />

tal como indica, “não queria ser mais uma<br />

oficina”.<br />

Ainda em Coimbra, João Pedro começou<br />

a sua aventura juntamente com a Falken,<br />

sendo a marca da Sumitomo Rubber Company,<br />

hoje, a maior aposta da empresa.<br />

O proprietário define-a, aliás, como uma<br />

“aposta de qualidade”. Por isso, não é de<br />

estranhar que se encontre nas suas instalações<br />

máquinas topo de gama para todo<br />

e qualquer serviço, desde a montagem de<br />

pneus Run Flat até pneus pesa<strong>dos</strong>. Muitas<br />

máquinas que existem na oficina são importadas,<br />

pelo que são pouco utilizadas<br />

em Portugal.<br />

Da calibragem ao diagnóstico, a Racing<br />

Mania está em todas as frentes. João Pedro<br />

explica: “Alinhamos, por exemplo, a direção<br />

de um veículo, mas ele continua com um<br />

ligeiro desvio. Temos uma máquina que<br />

mede a tração do pneu na estrada e que<br />

nos permite perceber se existe algum defeito<br />

no pneu”. Nesse caso, é possível entregar o<br />

pneu à marca para que este seja trocado.<br />

“Sugerimos os pneus Falken aos clientes<br />

essencialmente pela excelente relação<br />

qualidade/preço que apresentam. Estamos<br />

perante um bom pneu comercializado a um<br />

preço bastante acessível”, frisa João Pedro. E<br />

as vendas falam por si. O proprietário afirma<br />

que, anualmente, a Racing Mania comercializa<br />

entre 600 a 1.000 pneus Falken. Só no<br />

passado mês de março, a oficina colocou<br />

500 unidades Falken no mercado.<br />

Tendo dois armazéns ao seu dispor, João<br />

Pedro optou por “separar as águas”. Num<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Publireportagem<br />

HÁ 15 ANOS COM A AB TYRES<br />

Parceria de sucesso<br />

Com um stock de cerca de 700<br />

pneus, entre ligeiros, Run Flat e<br />

pesa<strong>dos</strong>, João Pedro desdobra-se<br />

em elogios para com a empresa<br />

que tem sido sua parceira há mais<br />

de uma década, salientando a<br />

disponibilidade e a proximidade com<br />

o cliente. “Há 15 anos, quando tive a<br />

minha primeira oficina, já trabalhava<br />

com a AB Tyres”, recorda. A aposta<br />

para o futuro passa por aumentar<br />

a gama da marca, mantendo o<br />

produto, mas adicionando medidas<br />

diferentes para continuar a satisfazer<br />

as necessidades do cliente. O<br />

objetivo, esse, é claro: “Queremos<br />

continuar a atingir (e, se possível,<br />

superar) os objetivos que temos<br />

defini<strong>dos</strong> com a Falken”, adianta.<br />

faz todo e qualquer serviço para veículos<br />

ligeiros. Já o armazém contíguo, está altamente<br />

preparado para receber veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

No que toca à maquinaria, dispondo<br />

a maioria <strong>dos</strong> equipamentos de montagem<br />

e calibragem de pneus pesa<strong>dos</strong> de um comando<br />

ligado por fio, os que se encontram<br />

na Racing Mania são wireless, o que faz com<br />

que o mecânico que as opere tenha total<br />

liberdade de movimentos, facto que lhe<br />

permite realizar outras tarefas.<br />

APOSTA NA “ELETRIFICAÇÃO”<br />

Como nem só de pneus vive esta oficina,<br />

João Pedro levanta o véu para nos revelar<br />

que já se encontra a apostar na formação<br />

RACING MANIA<br />

Gerente<br />

João Pedro<br />

Morada<br />

Zona Industrial da Alagoa, Lote B4/<br />

B5, 3360 - 052 Figueira de Lorvão<br />

(Penacova)<br />

Telemóvel<br />

916 702 449<br />

Email<br />

joaopedro@racingmania.pt<br />

para começarem a intervencionar veículos<br />

elétricos. O proprietário vai ainda mais longe<br />

e revela que pretende mesmo colocar postos<br />

de carregamento nas suas instalações,<br />

devido à parca oferta existente na região.<br />

Para além <strong>dos</strong> postos de carregamento<br />

para veículos elétricos, o proprietário está<br />

ainda a preparar uma pequena sala de espera<br />

para oferecer aos clientes uma forma<br />

mais cómoda de esperar enquanto o seu<br />

veículo recarrega as baterias. Ainda a pensar<br />

no futuro e apostando nos veículos elétricos,<br />

João Pedro não esquece os motores<br />

de combustão e tem nas suas instalações<br />

uma área totalmente dedicada à reparação<br />

de injetores e turbocompressores. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Notícias<br />

Empresas<br />

Quer participar<br />

nos Dunlop Days?<br />

A Dunlop dá, pela primeira vez, início, em Portugal e Espanha,<br />

aos Dunlop Days. Esta atividade pretende permitir a qualquer<br />

motociclista que use pneus Dunlop na sua moto rodar com os<br />

mesmos em circuito e com um custo muito contido, já que apenas<br />

terá de despender €40. Os Dunlop Days contam com um completo<br />

programa, composto por seis datas em circuitos de primeira<br />

categoria, distribuí<strong>dos</strong> por toda a Península Ibérica, o qual dará<br />

oportunidade a qualquer motociclista, indepedentemente da sua<br />

origem, de rodar com a sua moto em circuito. O tiro de partida<br />

será dado a 16 de junho no Motorland com a primeira etapa,<br />

terminando, no mês de dezembro, em Jerez. A mecânica para<br />

participar nos Dunlop Days é simples. Uma vez adquirido o jogo de<br />

pneus nas oficinas aderentes, o cliente terá de solicitar às mesmas<br />

um código de validação, que deverá introduzir no seu registo no<br />

site www.dunlopdays.com após selecionar a data e o circuito em<br />

que pretende rodar e pagar €40, nos quais se incluem o seguro e os<br />

custos de gestão. Os lugares disponíveis por circuito são limita<strong>dos</strong>.<br />

Pirelli lançou novela gráfica<br />

para contar a sua história<br />

A Pirelli condensa os seus 147 anos de história em formato de novela gráfica digital de<br />

cinco episódios, que poderá ser seguida no site da marca, em www.pirelli.com. A tecnologia<br />

e a inovação, em termos de produto, a cultura corporativa e a comunicação,<br />

conduzem sempre o espetador para um mundo que mistura técnicas de ilustração,<br />

imagens históricas e gráficos em movimento, que goza de opções de aceder a conteúdo<br />

extra em cada entrega. O projeto procura difundir os episódios mais importantes<br />

da história da Pirelli ao grande público, a partir de materiais procedentes do arquivo<br />

da Fundação Pirelli e das passagens recolhidas pelo livro “Pirelli. Inovação e paixão”,<br />

do professor Carlo Bellavite Pellegrini e publicado por Il Mulino. Os cinco episódios,<br />

acompanha<strong>dos</strong> por uma banda sonora e ilustrações, cobrem toda a história da empresa,<br />

desde a sua fundação, em 1872, até à atualidade. Os últimos 147 anos da Pirelli são<br />

protagoniza<strong>dos</strong> por pessoas, tecnologia e por um espírito pioneiro reconhecido por<br />

todo o mundo, complementado por uma importante tradição histórica e uma cultura<br />

corporativa que une a indústria e a humanidade.<br />

Euro Tyre anuncia<br />

acordo com EUROMASTER<br />

A Euro Tyre continua a investir em parcerias, firmando, desta feita,<br />

um acordo com a rede EUROMASTER para comercialização de pneus<br />

e peças auto. A EUROMASTER é uma das maiores redes de serviço<br />

de pneus e mecânica rápida na Europa desde o seu início, em 1963,<br />

cobrindo todo o tipo de viaturas, desde turismo até 4x4, passando<br />

por comerciais. Por seu turno, a Euro Tyre dispõe do maior stock e<br />

capacidade de resposta nacional, mantendo-se na linha da frente<br />

do serviço de excelência. Esta parceria estabelecida com a Euro Tyre<br />

abrange mais de 70 oficinas da rede EUROMASTER em Portugal.<br />

ContiService inicia segunda fase<br />

da Certificação de Qualidade<br />

No âmbito do plano de atividades definido com vista à Certificação da Qualidade <strong>dos</strong><br />

agentes da rede ContiService, que está, neste momento na sua segunda fase, decorreu<br />

mais uma ação de formação que teve a oficina como tema central. A organização oficinal<br />

no interior e no exterior, a importância de uma boa organização, a gestão de equipas<br />

e o plano de formação, foram alguns <strong>dos</strong> tópicos aborda<strong>dos</strong> nesta ação de formação<br />

ministrada pela Polivalor. Com esta formação, pretendeu-se dotar os participantes<br />

de ferramentas que lhes permitam otimizar e melhorar procedimentos internos e de<br />

organização, com vista à obtenção de ganhos de eficácia e de rentabilidade. Segundo<br />

Sandra Melo, responsável pela rede ContiService, a organização do espaço de trabalho<br />

e tudo o que lhe está subjacente, bem como a gestão de equipas, “são os dois pontos<br />

identifica<strong>dos</strong> como fundamentais para um bom desempenho em qualquer área de<br />

negócio. No final da ação, os nossos parceiros estavam francamente satisfeitos com os<br />

conteú<strong>dos</strong> ministra<strong>dos</strong>, reconhecendo a sua elevada importância”, referiu.<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


LASO põe o “País a Rolar”<br />

com a Bridgestone<br />

A Bridgestone lançou o quarto episódio da webserie “País a Rolar”, onde apresenta o<br />

seu cliente LASO Transportes. A empresa nasceu em 2007 e dedica-se aos transportes<br />

especiais, sendo uma das líderes na Europa, que conta com mais de 960 colaboradores<br />

em Portugal. “Na LASO, temos o lema de ultrapassar obstáculos e de aplicarmos,<br />

diariamente, esta ideia no nosso trabalho. Sendo que o pneu é uma das peças mais<br />

importantes de qualquer transporte. É com a Bridgestone que encontramos a fiabilidade<br />

que necessitamos no dia a dia. Acreditamos que, com o apoio da Bridgestone,<br />

não há obstáculo que nos consiga abrandar”, afirma Paulo Franco, administrador<br />

da LASO Transportes. Sobre a escolha desta empresa, André Bettencourt, diretor de<br />

marketing da Bridgestone Europe Sucursal em Portugal, afirmou que “a LASO é uma<br />

das empresas que mais contribui para desenvolver o país e trabalha numa área difícil,<br />

como é a <strong>dos</strong> transportes especiais, onde a segurança da equipa, <strong>dos</strong> procedimentos e<br />

<strong>dos</strong> equipamentos impacta o sucesso do negócio”. Poderá acompanhar os episódios e<br />

saber mais sobre esta webserie na página de Facebook da Bridgestone Portugal.<br />

Campeonato Europeu de<br />

Camiões FIA com a Goodyear<br />

Com o início da temporada de 2019, a Goodyear confirma o seu<br />

compromisso de longo prazo com as corridas de camiões. Para o<br />

fabricante de pneus, é um orgulho anunciar o prolongamento da<br />

sua parceria com a FIA enquanto fornecedor exclusivo de pneus<br />

do Campeonato Europeu de Camiões por mais três anos, até<br />

2021. To<strong>dos</strong> os participantes competirão, exclusivamente, com<br />

pneus Goodyear Truck Racing. A exclusiva relação alargada com<br />

a FIA e com a Associação Europeia de Corridas de Camiões (ETRA)<br />

proporciona à Goodyear o cenário perfeito para mostrar as suas<br />

inovadoras capacidades tecnológicas em pneus para camiões,<br />

assim como para testar novas tecnologias para pneus em condições<br />

exigentes e competitivas. Os pneus Goodyear Truck Racing são<br />

fabrica<strong>dos</strong> na medida 315/70 R22,5 e utilizam uma carcaça similar<br />

à <strong>dos</strong> pneus Goodyear de série para camiões.<br />

BKT e Cesvi juntos<br />

pela floresta amazónica<br />

Acertar num pneu BKT, montar um puzzle em dois minutos, dar um pontapé numa<br />

bola e fazer golo. Foi este o desafio lançado pela BKT na BAUMA 2019: um circuito<br />

para desportivos experimenta<strong>dos</strong> mas, também, para sinceros amantes do ambiente,<br />

como evocado pelo nome da iniciativa, “Play and stay green!”. Um jogo simples, mas<br />

que irá contribuir, de modo concreto, para sustentar a vida da floresta Amazónica. Graças<br />

à colaboração com a Cesvi, para os 350 participantes que percorreram o circuito<br />

com sucesso, serão mesmo plantadas e protegidas 350 árvores. O planeta está em<br />

perigo, mas a BKT tem-no sempre presente. É, por isso, que se empenha, constantemente,<br />

na pesquisa de processos de materiais mais sustentáveis, além de participar<br />

em projetos internacionais de salvaguarda do ambiente. Partindo da conceção de um<br />

simples jogo, a BKT cumpre, assim, um novo passo na dimensão da responsabilidade<br />

ambiental. E o prémio a ganhar é, como sempre, de altíssimo valor: contribuir para<br />

tornar o mundo um lugar melhor para to<strong>dos</strong>.<br />

Aguesport é o novo<br />

representante da Sportiva<br />

Anteriormente a cargo da rede ContiService, a Sportiva, marca de<br />

pneus do Grupo Continental, passa, agora, a ser distribuída, em<br />

exclusivo, pela Aguesport. As duas empresas assinaram o acordo<br />

de exclusividade, válido para os próximos cinco anos. A Aguesport,<br />

liderada por Pedro Conceição, pretende, assim, juntar à sua oferta<br />

de produtos uma marca com o carimbo de um líder de mercado.<br />

Com a Sportiva, a empresa sediada em Águeda aumenta o seu<br />

portefólio com uma marca de produção europeia e com o aval da<br />

Continental.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Notícias<br />

Empresas<br />

Goodyear desenvolve protótipo<br />

de pneu para concept Citroën<br />

A Goodyear ficou encarregue de desenvolver o C100, um protótipo de pneu feito<br />

à medida para o protótipo Citroën 19_19, um concept eleito pela Citroën para<br />

comemorar o seu centenário, tendo sido desenhado para oferecer exclusividade,<br />

conforto e privacidade. A Goodyear desenvolveu um pneu exclusivo para<br />

este automóvel, em que se destacam, principalmente, as suas dimensões e uma<br />

estética que combina com o espetacular design do 19_19. O protótipo de pneu<br />

Goodyear C100 foi desenvolvido para oferecer a comodidade e a performance<br />

inteligente que este veículo único requer. Ainda que o C100 seja um projeto puramente<br />

concetual, algumas das tecnologias de que faz uso, como a estrutura<br />

alta e estreita, são já uma realidade, enquanto que, outras, como as capacidades<br />

inteligentes <strong>dos</strong> pneus, estão em desenvolvimento.<br />

Rodrigues & Filhos estabelece<br />

parceria com STARMAXX<br />

A marca STARMAXX passou, desde o passado dia 2 de maio, a ter<br />

como novo importador em Portugal para todas as categorias de<br />

produto a empresa Rodrigues & Filhos. Sediada em Braga, é uma<br />

das mais antigas empresas do setor em Portugal e decidiu, agora,<br />

dar uma nova dimensão ao seu segmento de distribuição, com este<br />

acordo selado, recentemente, com o fabricante de origem turca.<br />

“Vimos como muito aliciante este desafio que nos foi lançado pelo<br />

importante fabricante europeu, porque a marca tem uma gama<br />

de produtos que encaixa perfeitamente na nossa estratégia”,<br />

disse Fernando Rodrigues, administrador da empresa bracarense,<br />

com mais de 60 anos de atividade, que vê nesta parceria uma<br />

oportunidade excelente para servir to<strong>dos</strong> os clientes e, ao mesmo<br />

tempo, explorar novos merca<strong>dos</strong> onde a sua empresa ainda não<br />

estava presente. José Saraiva, diretor comercial da empresa e<br />

elemento fundamental deste projeto, afirmou: “A qualidade <strong>dos</strong><br />

seus produtos e a extensão de gama da marca será um real valor<br />

acrescentado que iremos proporcionar a to<strong>dos</strong> os clientes”.<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

participa em ação de limpeza<br />

No âmbito do Encontro anual de Quadros, os colaboradores da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal participaram numa ação de limpeza na praia da Vagueira, em<br />

Vagos, Aveiro. Dividi<strong>dos</strong> em sete grupos, os colaboradores tiveram uma manhã<br />

diferente, onde contribuíram, ativamente, para a limpeza de praias e recolha de<br />

plásticos. A ação foi coordenada pela Surfrider Foundation, organização mundial<br />

sem fins lucrativos dedicada à proteção e valorização ambiental, nomeadamente<br />

<strong>dos</strong> lagos, rios e oceanos. Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

(CPP), destaca a importância destas iniciativas como alertas para a necessidade<br />

de preservação <strong>dos</strong> oceanos e promoção da proteção do meio ambiente.<br />

“Ações como estas mobilizam as pessoas e geram mudanças de comportamento,<br />

ao mesmo tempo que o voluntariado ambiental assume-se como uma atividade<br />

cívica cada vez mais importante na sociedade atual”.<br />

Tiresur inaugura<br />

armazém no Brasil<br />

Perante o crescimento do volume de negócios da Tiresur no Brasil, o<br />

distribuidor acaba de inaugurar um armazém no estado de Espírito<br />

Santo, ampliando, deste modo, a sua presença numa das regiões mais<br />

importantes do Brasil, como é o caso do sudeste, eixo geográfico<br />

estratégico para o abastecimento da zona central e sul do continente<br />

americano. A presença comercial da Tiresur verifica-se na maior parte<br />

da América Latina e não deixa de crescer em termos de número de<br />

países para onde já exporta, batendo recordes de faturação ano após<br />

ano. Daí que tenha sido necessário contar com dois novos centros<br />

logísticos, que aumentam, consideravelmente, a capacidade de stock<br />

da Tiresur a nível global. Deste modo, a Tiresur conta já com um<br />

total de nove armazéns, <strong>dos</strong> quais quatro estão situa<strong>dos</strong> no Brasil<br />

(Salvador da Baía, Fortaleza, Recife e Espírito Santo), quatro em<br />

Espanha (Granada, Madrid, Barcelona e Santiago de Compostela) e<br />

um em Portugal (Lisboa). Este último, em breve será ampliado com<br />

a construção de um importante centro logístico, cujo terreno foi,<br />

recentemente, adquirido.<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Trelleborg TLC Plus recebe “2019 Disruptor Excellence Award”<br />

O TLC Plus da Trelleborg Wheel Systems é um sistema de controlo avançado, baseado em sensores que medem a pressão <strong>dos</strong> pneus. Na Big<br />

Disruption Conference, realizada, em Amsterdão, nos dias 11 e 12 de abril, a empresa recebeu o “2019 Disruptor Excellence Award”, que celebra<br />

inovações disruptivas. A solução inovadora para medir a pressão <strong>dos</strong> pneus do trator em tempo real para, depois, compará-lo com o objetivo de<br />

pressão ótima, sugerido pela aplicação TLC Plus, foi reconhecido como um grande fator na indústria de agricultura de precisão. O júri foi formado<br />

por executivos seniores de grandes empresas globais com experiência específica em inovação corporativa e transformação digital. Lorenzo Ciferri,<br />

vice-presidente de marketing e comunicações da Trelleborg Wheel Systems, destacou: “O nosso processo de transformação digital começou há<br />

alguns anos, com base na nossa estratégia de oferecer ferramentas inovadoras aos clientes para otimizar as suas operações agrícolas, melhorar a<br />

eficiência das suas máquinas e garantir o desenvolvimento sustentável para a agricultura”.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Grupo Soledad renova<br />

plataforma B2B<br />

O Grupo Soledad atualizou a sua plataforma B2B com um design<br />

renovado que procura facilitar o processo de compra, melhorar o<br />

acesso às informações de cada produto e oferecer novas funções<br />

que lhe permitam adaptar-se melhor ao produto e às necessidades<br />

do setor. A empresa continua na vanguarda e está comprometida<br />

com a inovação na distribuição. Por isso, a plataforma B2B também<br />

terá acesso, através da Amazon, à assistente Alexa, que permitirá<br />

formalizar pedi<strong>dos</strong> ou solicitar informações sobre produtos, preços,<br />

prazos de fornecimento e características mais importantes. Tudo<br />

por voz. A Plataforma B2B dispõe de um menu mais visual e<br />

intuitivo, onde as informações mais úteis, gráficos e informações<br />

visuais predominam. Todas estas diferentes opções tornam o B2B<br />

do Grupo Soledad personalizado para cada um <strong>dos</strong> seus milhares<br />

de utilizadores, já que é a própria oficina que decide como deseja<br />

configurar a sua plataforma e quais as informações que precisam<br />

de ter em to<strong>dos</strong> os momentos.<br />

Ricardo Pereira é o novo embaixador<br />

da Nokian em Portugal<br />

Ricardo Alexandre Martins Soares Pereira, conhecido, simplesmente, como Ricardo,<br />

ex-guarda-redes da seleção portuguesa de futebol, é o embaixador da marca Nokian<br />

em Portugal. Utilizador habitual <strong>dos</strong> pneus Nokian nas suas viaturas, Ricardo privilegia<br />

a boa aderência <strong>dos</strong> pneus em estradas secas e molhadas e o baixo ruído de rolamento.<br />

Recentemente, deslocou-se à Pneubase, oficina da rede Euromaster, para montar<br />

o mais recente produto da marca finlandesa, os novos Powerproof. Concebi<strong>dos</strong> para a<br />

condução a alta velocidade, os novos pneus UHP Nokian Powerproof mantêm-se seguros,<br />

precisos e exatos tanto em estradas molhadas como secas. O comportamento<br />

extremamente estável proporciona uma direção muito precisa e oferece tranquilidade<br />

tanto em mudanças de faixa a alta velocidade como em travagens súbitas. A associação<br />

entre Ricardo e a Nokian não podia ser mais clara para os responsáveis da marca.<br />

Tal como Ricardo, a Nokian quer ser o n.º1 da escolha <strong>dos</strong> portugueses. Esta parceria<br />

estratégica reforça a posição da Nokian e a sua assinatura de marca.<br />

©L2ARCHIVE<br />

Nexen Tire inaugura complexo “univerCITY Nexen”<br />

A Nexen Tire anunciou que realizou a cerimónia de inauguração da “univerCITY Nexen”, que deverá ser a força motriz para o crescimento futuro,<br />

no passado dia 30 de abril de 2019. Localizada no complexo industrial de Magok, em Seul, a “univerCITY Nexen” tem um edifício de mais de 57.000<br />

m 2 , com oito andares superiores e dois andares subterrâneos, que inclui complexos comerciais e de pesquisa. O espaço de trabalho foi concebido<br />

como um ambiente de inovação aberta para maximizar a concentração e o trabalho em equipa. Para ajudar a preparar o caminho para uma<br />

tecnologia mais inteligente, entre as várias instalações estão um centro de pesquisa e desenvolvimento (R&D) que pode prever e implementar<br />

desempenhos ideais, como fabricação de produtos OE, tecnologia AI e técnica virtual de pneus. Existe, também, um centro de desempenho para<br />

avaliar a performance de pneus e veículos, bem como um centro de pesquisa de materiais para analisar diversas dimensões nano e macro.<br />

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54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


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Notícias<br />

Empresas<br />

Dispnal Iberia assina<br />

acordo com Petlas<br />

Trelleborg avança com projeto<br />

para redução de CO 2<br />

A Trelleborg Wheel Systems irá redesenhar completamente o processo de produção<br />

de vapor no Sri Lanka, introduzindo uma caldeira de biomassa avançada. Este é um<br />

investimento importante, que não só reduzirá a pegada ambiental da fábrica, como,<br />

também, melhorará a eficiência da produção. As instalações da Trelleborg, localizadas<br />

em Makola, perto de Colombo, empregam mais de 850 pessoas e produzem pneus<br />

sóli<strong>dos</strong> para o manuseamento de materiais e indústrias portuárias. Embora a produção<br />

de vapor seja essencial para o processo de cura de pneus, é tradicionalmente feita<br />

numa caldeira a óleo, que é responsável pelas emissões de CO 2. Agora, a Trelleborg<br />

está a investir numa caldeira de biomassa avançada que reduz as referidas emissões<br />

em mais de 90%.<br />

A Dispnal Iberia, empresa do Grupo Dispnal, anunciou a assinatura<br />

de um acordo com a Petlas para a distribuição exclusiva da marca<br />

de pneus turca em Espanha no que às gamas de turismo (verão<br />

e inverno), van, SUV/4x4 e camião diz respeito, mantendo a<br />

distribuição exclusiva para Portugal de todas as gamas deste<br />

fabricante europeu. Em comunicado, a Dispnal Iberia destaca que<br />

“a Petlas fabrica, na Europa, pneus de turismo, van, SUV/4x4,<br />

camião, agrícolas, industriais, OTR e de avião, dispondo de todas<br />

as certificações de qualidade em conformidade com a norma ISO<br />

9001 e o certificado de garantia de qualidade industrial AQAP-110”.<br />

Rui Chorado, presidente do Grupo Dispnal, destaca que “a ampla<br />

gama de pneus, de qualidade inquestionável, assegura uma oferta<br />

de valor superior aos pontos de venda <strong>dos</strong> nossos clientes. Com a<br />

marca Petlas e a colaboração indispensável <strong>dos</strong> nossos clientes,<br />

oferecemos o melhor serviço do mercado. É uma tripla cooperação<br />

entre fabricante, distribuidores e cliente final”.<br />

Pirelli celebra 25 anos do seu slogan<br />

“A potência sem controlo de nada serve”. Este slogan, lançado há, exatamente, 25<br />

anos, identificou a Pirelli a nível mundial. A empresa dedicou o seu Relatório Anual de<br />

2018 a esta famosa frase, celebrando a efeméride com as reflexões de três escritores<br />

internacionais, uma peça audiovisual e uma coleção de imagens que abordam as suas<br />

múltiplas interpretações. O lançamento do slogan, “A potência sem controlo de nada<br />

serve”, realizou-se em conjunto com uma campanha que ilustrava Carl Lewis, fotografado<br />

por Annie Leibowitz, na clássica posição do velocista nos tacos de partida das<br />

corridas de velocidade, calçando uns sapatos vermelhos de tacão alto. A fotografia,<br />

realizada no Texas, em 1994, é um ícone da criatividade publicitária e transmite uma<br />

mensagem que permaneceu vigente com o passar <strong>dos</strong> anos pela sua grande vinculação<br />

com o produto final: o pneu. Ao mesmo tempo, foi superado os limites do campo<br />

material, porque num veículo, como na vida, “a potência sem controlo de nada serve”.<br />

Esta reflexão intemporal tem interpretações inesgotáveis e ainda hoje guia homens e<br />

mulheres de qualquer geração com o propósito de encontrar um equilíbrio entre dois<br />

elementos, à priori, contraditórios.<br />

ContiService: formação<br />

em equipamento de origem<br />

A rede ContiService, no âmbito do ambicioso plano de formação<br />

definido para 2019, promoveu, em Lisboa e no Porto, ações<br />

direcionadas para técnico de serviços rápi<strong>dos</strong> em manutenção de<br />

equipamento de origem. Com esta formação, pretendeu dotar-se<br />

os participantes de ferramentas que lhes permitam proceder à<br />

manutenção correta do veículo, em função <strong>dos</strong> padrões e das<br />

normas definidas pelo fabricante do mesmo. O conteúdo do módulo<br />

contemplou diversas temáticas, desde o comando do motor,<br />

substituição do kit e distribuição, seguindo a informação técnica<br />

fornecida pelo fabricante do veículo. O sistema de redução de<br />

emissão de gases poluentes, AdBlue, Éolis (PSA) e a manutenção<br />

<strong>dos</strong> sistemas de transmissão preconizada pelo fabricante, foram,<br />

igualmente, objeto de discussão e conversação entre os forman<strong>dos</strong>.<br />

Segundo Sandra Melo, responsável pela rede, “o programa Training<br />

Academy, desenvolvido pelo ContiService, tem como objetivo<br />

proporcionar aos agentes um plano de formação que potencie o seu<br />

negócio no dia a dia e dar um acompanhamento personalizado e<br />

pormenorizado às necessidades de cada um no que diz respeito à<br />

formação técnica – pneus e mecânica – que permitirá prestar um<br />

melhor serviço”.<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Vulco, Galusal e<br />

Alcaide juntas no Porto<br />

A Vulco, rede de oficinas apoiada pela Goodyear<br />

Dunlop, especializada em pneus e mecânica rápida,<br />

continua a crescer e acaba de anunciar a incorporação<br />

de uma nova oficina na cidade do Porto.<br />

A abertura deste espaço representa um antes e depois,<br />

dado que é a primeira vez que dois <strong>dos</strong> maiores<br />

clientes da Vulco em Portugal unem esforços para<br />

desenvolver um projeto comum. A oficina, situada<br />

na Rua Veloso Salgado, conta com modernas instalações<br />

e está equipada para prestar assistência a veículos<br />

de turismo, SUV, 4x4 e, também, camiões. Esta<br />

nova abertura consiste na oficina número 40 que a<br />

Vulco tem associada em Portugal, juntando-se às<br />

mais de 290 que, atualmente, compõem a rede em<br />

Espanha. A inauguração da oficina, que teve lugar<br />

no passado dia 14 de maio, contou com a presença<br />

de Alberto Granadino, diretor-geral da Goodyear<br />

Dunlop Iberia, e de Mario Recio, diretor de retail da<br />

Goodyear Dunlop Iberia, além de outros responsáveis<br />

da empresa. Por parte do Grupo Salco, marcou<br />

presença o seu diretor executivo, Agustín Salinas. Já<br />

em representação da <strong>Pneus</strong> do Alcaide, esteve David<br />

Laureano.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Notícias<br />

Empresas<br />

Procura-se piloto Michelin<br />

A aliança, iniciada em 2018 pela Michelin e pelo Motor & Sport Institute, ganha maior impulso com as novas ações conjuntas durante o ano de<br />

2019. O patrocínio da equipa Teo Martín Esports no simracing continuará a ser a principal aposta. Faz pouco mais de um ano que a Michelin se<br />

tornou no patrocinador oficial da equipa de simracing MSi eSports e no patrocinador do Motor & Sport Institute (MSi). A aposta da Michelin na<br />

disciplina <strong>dos</strong> eSports assumiu uma nova dimensão com um êxito absoluto na sua primeira temporada. Agora, em 2019, o acordo de colaboração<br />

entre ambas as entidades torna-se ainda mais forte e vai para além do âmbito das competições de videojogos. Enquanto patrocinador do MSi, a<br />

imagem da Michelin tornou-se visível nas suas instalações, um complexo de 15.000 m 2 dedicado à competição, ao ensino e à tecnologia, sempre<br />

centra<strong>dos</strong> no mundo <strong>dos</strong> motores. As exclusivas instalações da Teo Martín, únicas em Espanha, contam com tecnologia de ponta e equipamento<br />

de última geração para impulsionar o talento académico e desportivo, assim como para oferecer novas experiências aos aficiona<strong>dos</strong> do automobilismo.<br />

O ponto forte da colaboração entre a Michelin e a MSi voltará a ser o campeonato “Procura-se piloto Michelin”, que celebra, em 2019, a<br />

sua segunda edição. Uma competição com que se espera encontrar o futuro talento <strong>dos</strong> eSports na disciplina de simracing. A segunda edição do<br />

concurso contará com o mesmo formato de rondas de qualificação para a grande final, que, desta vez, será disputada ao abrigo das finais das ESL<br />

Mapfre Racing Series, que terão lugar em dezembro. O vencedor do concurso conquistará a oportunidade de pilotar um F3 em circuito.<br />

ACAP realiza ação de sensibilização em Coimbra<br />

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal), através da sua Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> (CEPP), regressou, no início de junho,<br />

às estradas nacionais, para verificar o estado em que se encontram os pneus <strong>dos</strong> automobilistas portugueses, na nova edição da campanha de<br />

sensibilização pública dirigida aos condutores: “<strong>Pneus</strong>? Muito mais que um acessório, a sua segurança”. Desta vez, a ação foi realizada na cidade<br />

de Coimbra. A ACAP tem levado a cabo ações de sensibilização junto <strong>dos</strong> condutores nas cidades de Lisboa e Porto, iniciando, agora, um plano<br />

mais abrangente a nível nacional, que integra outras zonas do<br />

país, para além <strong>dos</strong> grandes centros urbanos. Esta campanha,<br />

tal como todas as campanhas promovidas pela ACAP, tem como<br />

objetivo a promoção da segurança, a eficiência económica e<br />

ambiental do transporte rodoviário, procurando-se sensibilizar<br />

os automobilistas para a importância <strong>dos</strong> “sapatos” <strong>dos</strong> seus automóveis.<br />

Nas edições anteriores, a campanha revelou resulta<strong>dos</strong><br />

preocupantes, nomeadamente em relação à profundidade<br />

do piso e da pressão <strong>dos</strong> pneus. Em 2018, foi realizado check-up<br />

a cerca de 900 viaturas, verificando-se que, quanto ao desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus (grau, uniformidade e profundidade do desenho da<br />

banda de rodagem), 35% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não estavam<br />

em conformidade e que 48% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não tinham<br />

a pressão correta. No que respeita ao estado global <strong>dos</strong> pneus<br />

verifica<strong>dos</strong>, 32% foi mesmo considerado muito perigoso para<br />

a circulação rodoviária. Às campanhas promovidas pela ACAP/<br />

CEPP, associam-se, ainda, a Valorpneu, a Quercus, a ANSR (Autoridade<br />

Nacional de Segurança Rodoviária), o IMT (Instituto<br />

da Mobilidade e <strong>dos</strong> Transportes), a PSP (Polícia de Segurança<br />

Pública) e a GNR (Guarda Nacional Republicana).<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


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Notícias<br />

Produto<br />

Yokohama aposta forte<br />

na gama GEOLANDAR<br />

A Yokohama iniciou a comercialização do GEOLANDAR X-CV,<br />

um pneu de estrada da gama GEOLANDAR para SUV. O pneu<br />

está disponível em 23 medidas, desde 275/40 R22 108W<br />

até 2<strong>55</strong>/<strong>55</strong> R18 109W. A denominação “CV” do GEOLANDAR<br />

X-CV significa, em inglês, “Crossover Vehicles” (veículos<br />

crossover). É um pneu de utilização 100% de estrada<br />

desenvolvido, especificamente, para este segmento, cada<br />

vez mais popular, de médios e grandes crossovers e SUV<br />

de alto rendimento, que oferecem um desempenho em alta<br />

velocidade e manobrabilidade. Além de cumprir com to<strong>dos</strong><br />

os requisitos de segurança, conforto, durabilidade e eficiência<br />

de combustível ideal para SUV, o GEOLANDAR X-CV dispõe da<br />

designação M+S. Adicionalmente, todas as medidas do pneu<br />

têm código de velocidade “W”, indicado para velocidades<br />

de até 270 km/h. O pneu conta com um piso assimétrico de<br />

quatro sulcos retos e uma combinação de lâminas em 2D e 3D.<br />

Falken AZENIS FK510<br />

equipa Porsche Macan<br />

A Falken foi aprovada como fornecedor de equipamento original para a atual geração<br />

do Porsche Macan com o modelo Azenis FK510, nas medidas 235/60 R18 e 2<strong>55</strong>/<strong>55</strong> R18.<br />

A versão para SUV deste pneu tem código de velocidade “W” (até 270 km/h) e um índice<br />

de carga de 103 e 105. Este pneu para SUV incorpora, com sucesso, um novo e inovador<br />

design que lhe permite oferecer resposta de direção precisa, cujo perfil aumenta perfeitamente<br />

a flexibilidade das paredes laterais. O que se traduz num conforto extraordinário<br />

de condução, garantindo um desempenho muito equilibrado. Este pneu está adaptado<br />

às exigências do Porsche Macan graças a tecnologias como o ACP (pressão constante,<br />

adaptada na sigla em inglês), o que aumenta a potência de travagem, a estabilidade e a<br />

dinâmica de condução.<br />

Bridgestone inova<br />

com lançamentos para a BMW<br />

A Bridgestone, o principal fornecedor de pneus da BMW, está a dinamizar o mercado com a mais recente<br />

tecnologia do setor. As novas versões das Séries X5, 8 e 3 lançadas pela marca alemã vieram comprovar<br />

isso, todas elas dotadas de pneus Bridgestone como equipamento de origem. Os pneus de equipamento<br />

de origem que a Bridgestone fornece foram especificamente desenvolvi<strong>dos</strong> para cada tipo de veículo, um<br />

processo que pode levar mais de dois anos. Isto levou a Bridgestone a reduzir a resistência ao rolamento<br />

para níveis inéditos, diminuindo o consumo de combustível e melhorando a vida útil do pneu, enquanto<br />

tem continuamente melhorado a segurança, travagem, condução e conforto. Ao mesmo tempo, fornece<br />

a Tecnologia Run Flat, criada e aperfeiçoada para permitir que os veículos continuem a andar com pneus<br />

fura<strong>dos</strong>, e a tecnologia Ologic, desenvolvida, especificamente, para atender aos pedi<strong>dos</strong> exclusivos de<br />

veículos elétricos, como os BMW i3, i3s e i8.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Michelin Track<br />

Connect: o pneu<br />

conectado<br />

Com o lançamento do Michelin Track Connect<br />

na Europa, em 2018, a Michelin tornou-<br />

-se no primeiro fabricante do mercado a<br />

oferecer um pneu conectado para os condutores<br />

que desejam melhorar a experiência<br />

de condução em circuito durante os track days.<br />

Agora, a Michelin lança esta oferta no mercado<br />

português. Uma inovadora solução, derivada<br />

da tecnologia utilizada em competição,<br />

com a qual os condutores podem dispor de<br />

aconselhamento e informação personalizada<br />

para ajustar a pressão <strong>dos</strong> pneus de<br />

forma adequada, em função das condições<br />

do circuito, com o objetivo de melhorar a performance.<br />

O sistema funciona graças à aplicação<br />

Michelin Track Connect, que o condutor<br />

pode instalar no seu smartphone, e aos sensores<br />

instala<strong>dos</strong> no interior <strong>dos</strong> pneus, que estão<br />

encarregues de receber e enviar a informação<br />

a um recetor que se coloca no interior do<br />

veículo. O recetor transmite a informação à<br />

app Michelin Track Connect.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Notícias<br />

Produto<br />

Continental lança primeiro pneu para autocarros elétricos<br />

Os autocarros elétricos são, regra geral, mais pesa<strong>dos</strong> do que os seus congéneres Diesel devido ao peso das baterias. Para responder a esta necessidade,<br />

é necessário combinar aderência, robustez e capacidade de carga superior face a um pneu “convencional”. A Continental dá resposta<br />

a esta necessidade com os novos pneus Conti Urban HA3 315/60 R22.5 154/148J (156/150F). Estes pneus, para to<strong>dos</strong> os eixos, direciona<strong>dos</strong> para<br />

o transporte urbano de passageiros, apresentam uma aderência excelente e uma capacidade de carga até oito toneladas por eixo, ou seja 0,5<br />

toneladas a mais do que o convencional. O Conti Urban HA3 apresenta um índice de carga superior graças à sua carcaça robusta, com elevada<br />

densidade e espessura de aço. Dispõe, também, de um composto do piso com elevada durabilidade, com uma elevada proporção de borracha<br />

natural, o que aumenta a resistência à abrasão, cortes múltiplos e arrancamentos, proporcionando uma longa vida útil à utilização total do potencial<br />

de quilometragem do pneu.<br />

Aeolus oferece garantia<br />

de 100% para os seus pneus<br />

Na compra de pneus Aeolus, o cliente recebe uma garantia de 100% por dois anos. A<br />

Aeolus é a única marca a oferecer este tipo de garantia neste segmento. Tal significa que o<br />

cliente será totalmente reembolsado, independentemente da causa, se o pneu tiver de ser<br />

substituído dentro de dois anos. Esta garantia, juntamente com a garantia de revestimento e<br />

assistência rodoviária 24 horas por dia e 7 dias por semana, comprova a sólida relação preço/<br />

qualidade <strong>dos</strong> pneus Aeolus. Desde 2016 que os pneus são produzi<strong>dos</strong> sob licença e com o<br />

know-how da Pirelli. Isto resultou em pneus com tecnologia de alta qualidade e baixo preço<br />

por quilómetro. Os pneus são tão fiáveis que a fábrica está disposta a oferecer uma garantia<br />

extra, além da garantia standard. O que dá aos utilizadores paz de espírito durante dois anos<br />

após a compra, visto que estes não terão de despender dinheiro se os pneus precisarem de<br />

ser repara<strong>dos</strong>. A Aeolus está a usar o lema “Dare us” (Desafie-nos), para lançar a sua nova<br />

campanha de garantia.<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


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Notícias<br />

Produto<br />

Michelin amplia gama<br />

de pneus para<br />

camiões e reboques<br />

Os X Multi HD D, para eixo motriz, e X Multi T2, para<br />

eixo de reboques de plataforma baixa, destina<strong>dos</strong> ao<br />

setor do transporte polivalente regional de médio curso,<br />

chegam ao mercado com performances melhores,<br />

graças a um desenho inovador da banda de rolamento<br />

e a uma estrutura de carcaça reforçada. Os pneus<br />

Michelin X Multi HD D, nas medidas 315/70 R22.5 e<br />

315/80 R22.5, foram desenvolvi<strong>dos</strong> para eixos motrizes<br />

de unidades tratoras, destinadas ao transporte regional<br />

com condições de utilização mais duras, como<br />

são os transportes especiais, o acesso a zonas não<br />

asfaltadas no ambiente rural e/ou de obras.<br />

A sigla HD significa Heavy Duty (Trabalhos<br />

Duros). Já os pneus Michelin X Multi T2,<br />

nas medidas 205/65 R17.5, 215/75 R17.5,<br />

235/75 R17.5 e 245/70 R17.5, foram concebi<strong>dos</strong><br />

para equipar os eixos <strong>dos</strong> reboques<br />

de plataforma baixa destina<strong>dos</strong>, ao<br />

transporte de veículos ou ao transporte<br />

excecional. A característica comum destes<br />

novos pneus é a sua robustez.<br />

Vipal comemora recuperação do<br />

mercado de recauchuta<strong>dos</strong> na Europa<br />

A Vipal teve uma importante participação no processo para assegurar competitividade e<br />

equidade comercial contra a importação de pneus asiáticos. Prova disso, é a forte ação da<br />

empresa no processo de combate às práticas de dumping e de concessão de subsídios em<br />

relação à importação de pneus asiáticos para a Europa, ameaça iniciada em 2012 e que vinha<br />

prejudicando sobremaneira o mercado de renovações de pneus. A empresa mantém estreita<br />

relação com os recauchutadores e promove a sua valorização. No caso da formatação da lei<br />

anti-dumping, não foi diferente. Em 2016, após uma mobilização do setor em que a Vipal<br />

estava presente desde o início, foi formada a Commission Implementing Regulation (CIR),<br />

grupo que teve como finalidade investigar as possíveis irregularidades comerciais praticadas<br />

na importação de produtos da Ásia. Neste processo, a Vipal uniu forças com associações e<br />

entidades para assegurar competitividade e equidade a este mercado. Os esforços deram<br />

resultado. A comissão aprovou um documento que confirmava a irregularidade em relação<br />

à importação de pneus da China para a Europa, o qual foi publicado no Official Journal<br />

of the European Union, em outubro de 2018. Assim, os valores comerciais destes pneus<br />

importa<strong>dos</strong> voltaram a patamares competitivos, equilibrando novamente os preços junto <strong>dos</strong><br />

compradores.<br />

“Replicat -X”: a sapatilha<br />

que uniu a Puma à Pirelli<br />

O som de um carro de competição é claramente reconhecido e representa sinónimo de<br />

potência. A Pirelli, empresa lendária da indústria <strong>dos</strong> pneus, está a aproveitar este facto<br />

há mais de um século, tanto dentro como fora <strong>dos</strong> circuitos. Em breve, esta emoção será<br />

transferida da pista para o calçado. A Puma e a Pirelli uniram esforços para controlar<br />

o processo. A partir da combinação do pneu Cinturato Blue, utilizado na categoria<br />

rainha do mundo motorizado, com o legado no desporto automóvel da Puma, surge a<br />

nova Replicat-X, concebida para ter um desempenho como um automóvel moderno,<br />

cujas prestações emanam do circuito para a estrada. A Replicat-X conta com uma sola<br />

sobredimensionada fabricada em borracha a 100 por 100, com um cómodo “sockliner”<br />

moldado. O desenho da sola replica o do Cinturato Blue, concebido para assegurar a<br />

máxima tração no asfalto molhado e assegurando aderência e controlo para os pés. A nova<br />

Replicat-X, com o seu esquema de cores de lançamento está disponível desde o dia 15 de<br />

maio no site da marca.<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Continental apresenta<br />

nova gama para<br />

aplicações portuárias<br />

A Continental vai estrear o seu novo portefólio de<br />

pneus para portos no TOC Europe, que acontece de 18<br />

a 20 de junho, em Roterdão, na Holanda. A nova gama<br />

foi desenvolvida para dar resposta às exigências <strong>dos</strong><br />

veículos utiliza<strong>dos</strong> nas operações <strong>dos</strong> terminais. Com<br />

este novo portefólio de pneus, especificamente projeta<strong>dos</strong><br />

para aplicações de carregamento e transporte,<br />

a Continental torna-se fornecedor completo de soluções<br />

para operações portuárias. Com o lançamento<br />

de três novos pneus radiais para aplicações portuárias,<br />

o ContiRT20 em tamanhos de 24”, o ContainerMaster<br />

Radial e o StraddleMaster Radial, a Continental inicia<br />

um novo capítulo na sua história portuária. Os pneus<br />

são perfeitamente adequa<strong>dos</strong> para vários tipos de<br />

veículos utiliza<strong>dos</strong> em aplicações de carregamento e<br />

transporte, incluindo empilhadoras pesadas, manipuladores<br />

de contentores vazios, reach stackers, straddle<br />

carriers e tratores de terminal.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Serviço<br />

Sabe como<br />

otimizá-las?<br />

Tal como acontece em qualquer outro negócio ou empresa, o sucesso<br />

ou fracasso de uma oficina depende de inúmeros fatores. No entanto, existe<br />

um elemento fundamental na receita para o êxito: o trabalho bem feito<br />

Para prestar um ótimo serviço, é<br />

necessário contar com os melhores<br />

profissionais. Mas, também,<br />

com instalações e equipamentos<br />

adequa<strong>dos</strong>, além de uma estrutura e orga-<br />

nização sólidas na qual cada um saiba qual<br />

é a sua função e como a deve executar. Uma<br />

oficina deve funcionar de forma fluida. Tem<br />

de ser como uma máquina perfeitamente<br />

oleada, na qual todas as engrenagens se<br />

unem com um mesmo objetivo: a satisfação<br />

do cliente. Em seguida, indicamos diferentes<br />

pontos cruciais para otimizar as tarefas e<br />

facilitar um pouco mais o percurso da oficina<br />

rumo ao sucesso.<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Tarefas comuns na oficina<br />

PONTOS CRUCIAIS<br />

Para otimizar tarefas numa oficina, há que<br />

ter em conta diversos fatores:<br />

l Em primeiro lugar, o fator humano. Os<br />

profissionais devem ter a preparação técnica<br />

e os conhecimentos necessários para<br />

realizarem o respetivo trabalho de forma<br />

eficiente. É sua obrigação estar em constante<br />

formação, mantendo-se atualizado<br />

relativamente às novas tecnologias. Além<br />

disso, a oficina deve saber manter os seus<br />

profissionais motiva<strong>dos</strong> para que se entreguem<br />

a 100%.<br />

l Por outro lado, as instalações e os equipamentos<br />

têm de cumprir to<strong>dos</strong> os requisitos<br />

em matéria de eficiência, manutenção e<br />

segurança.<br />

l Por último, está a própria organização<br />

da oficina e a realização <strong>dos</strong> processos e<br />

procedimentos necessários ao tratamento<br />

eficaz <strong>dos</strong> veículos que lhe chegam.<br />

Em seguida, veremos como conjugar estes<br />

fatores para conseguir otimizar os resulta<strong>dos</strong><br />

quando se realizam as tarefas mais<br />

comuns numa oficina de mecânica.<br />

TRABALHO NO FOSSO<br />

O fosso de inspeção é o local onde o mecânico<br />

verifica o estado da zona inferior<br />

do veículo, detetando possíveis fugas ou<br />

problemas na direção e suspensão, entre<br />

outros. Atualmente, existem fossos de inspeção<br />

autoportantes. Vêm de fábrica com<br />

tudo o que é necessário para serem transporta<strong>dos</strong><br />

e instala<strong>dos</strong> imediatamente na<br />

cavidade do fosso. Estes novos fossos são<br />

denomina<strong>dos</strong> “pisos modulares” e ajudam<br />

a melhorar a eficiência, diminuindo os custos,<br />

agilizando o trabalho e facilitando o<br />

respetivo transporte.<br />

SISTEMAS ELETRÓNICOS<br />

Os mecânicos já conhecem o funcionamento<br />

básico quando se trata de trabalhar<br />

com sistemas elétricos, sejam de arranque<br />

ou auxiliares. No entanto, atualmente, a<br />

maioria <strong>dos</strong> automóveis tem sistemas eletrónicos<br />

basea<strong>dos</strong> em mini-centralinas, as<br />

quais importa conhecer e dominar. Para<br />

reprogramar ou substituir as centralinas<br />

eletrónicas que gerem o funcionamento do<br />

motor, é necessário ter um equipamento de<br />

diagnóstico adequado aos da<strong>dos</strong> do fabricante.<br />

Além disso, há que ter em conta que<br />

qualquer interrupção durante o processo de<br />

programação da centralina a deixará inutilizada,<br />

pelo que será necessário manter<br />

em funcionamento a bateria do automóvel<br />

(ligando-a a um gerador alternativo), assegurar<br />

que o portátil onde estão os da<strong>dos</strong><br />

não vai ficar sem bateria, ou que não há<br />

qualquer elemento que possa interferir no<br />

diagnóstico (telemóveis, por exemplo). Estas<br />

premissas são básicas, sobretudo tendo em<br />

conta que o custo de uma nova centralina<br />

pode rondar os €1.000.<br />

SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS<br />

É uma das operações mais comuns e simples<br />

com que um mecânico tem de lidar.<br />

Neste caso, não existem truques, segre<strong>dos</strong><br />

ou conselhos para otimizar esta tarefa, para<br />

além da própria prática e da utilização do<br />

equipamento adequado.<br />

ALINHAMENTO DA DIREÇÃO<br />

Para alinhar corretamente um veículo, é<br />

necessário ter bem claros conceitos como<br />

camber ou caster, que, em traços gerais, se<br />

referem aos desvios e inclinações nos eixos<br />

<strong>dos</strong> veículos provoca<strong>dos</strong> por pancadas, desgaste<br />

das suspensões ou <strong>dos</strong> pneus, entre<br />

outros. A melhor opção para otimizar o alinhamento<br />

da direção em veículos é contar<br />

com um sistema totalmente informatizado<br />

baseado em sensores (quatro, seis ou até<br />

oito) que se colocam no veículo e transmitem<br />

a informação a um computador, onde<br />

é processado um modelo 3D com todas as<br />

modificações a realizar para que o veículo<br />

volte aos valores de calibragem de fábrica.<br />

INTERVENCIONAR TRAVÕES<br />

É básico contar com o equipamento necessário<br />

para montar e desmontar pastilhas<br />

e discos de travão, assim como com as<br />

ferramentas necessárias para estabelecer<br />

um diagnóstico correto (um calibrador para<br />

medir a grossura do disco, por exemplo).<br />

Há que ter em conta que existem diversos<br />

tipos de travões. Por exemplo, dentro <strong>dos</strong><br />

travões de disco podemos encontrar discos<br />

ventila<strong>dos</strong> ou discos sóli<strong>dos</strong>. É imprescindível<br />

saber que se deve respeitar sempre o<br />

tipo de travões que o veículo traz de série.<br />

Há outro leque de conselhos que se devem<br />

seguir para otimizar esta tarefa ou, pelo menos,<br />

para não se perder tempo em dilemas<br />

absur<strong>dos</strong>. Por exemplo, ao retirar as pastilhas<br />

de travão pode fazer-se uma marca para<br />

saber o sítio e a orientação em que devem<br />

ser colocadas as novas pastilhas.<br />

SUBSTITUIÇÃO DA EMBRAIAGEM<br />

O sistema de transmissão, formado por embraiagem<br />

e caixa de velocidades, é outra<br />

das revisões e reparações mais frequentes<br />

numa oficina de mecânica. Para otimizar o<br />

processo de substituição da embraiagem,<br />

podem seguir-se vários conselhos. Por um<br />

lado, é necessário, antes de proceder à instalação<br />

da mesma, verificar se há óleo na<br />

junta do volante do motor ou da caixa de<br />

velocidades. Em caso afirmativo, há que<br />

proceder à limpeza ou substituição das<br />

mesmas. O mesmo se passa para cardans<br />

e rolamentos. Por outro lado, no momento<br />

de instalar peças, como o disco ou o prato, é<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67


Serviço<br />

Tarefas comuns na oficina<br />

necessário usar o centrador de embraiagem<br />

para que tudo fique perfeitamente ajustado.<br />

AMORTECEDORES<br />

O bom estado <strong>dos</strong> amortecedores é essencial<br />

para a estabilidade do veículo.<br />

Existem inúmeros tipos de amortecedor,<br />

dependendo do sistema de suspensão que<br />

utilizem (hidráulicos, de rigidez variável)<br />

ou do tipo de condução para o qual foram<br />

concebi<strong>dos</strong>. Logicamente, qualquer bom<br />

mecânico deve saber como e onde instalar<br />

cada um deles. Hoje, também existe outra<br />

solução que pode ajudar os mecânicos a<br />

poupar muito tempo e dinheiro na oficina.<br />

Trata-se <strong>dos</strong> amortecedores telescópicos<br />

pré-monta<strong>dos</strong>. São amortecedores que já<br />

vêm monta<strong>dos</strong> de fábrica e que poupam<br />

muito trabalho no processo de montagem.<br />

Além disso, existe uma grande variedade<br />

de amortecedores de diferentes fabricantes<br />

para praticamente to<strong>dos</strong> os modelos de<br />

automóveis atuais. Também é conveniente<br />

destacar que a maioria das oficinas de mecânica<br />

não inclui o alinhamento da direção<br />

no serviço de substituição <strong>dos</strong> amortecedores<br />

e que isso poderá ser uma importante<br />

vantagem competitiva.<br />

MANUTENÇÃO GERAL<br />

Trata-se de tarefas de manutenção geral<br />

que podem, inclusivamente, ser realizadas<br />

por alguém que não seja profissional. Por<br />

isso, os principais pontos para otimizar<br />

estas tarefas têm que ver com o funcionamento<br />

da oficina. Ou seja, a chave está na<br />

organização do trabalho e em quem deve<br />

realizar estas operações básicas de manutenção.<br />

Não se trata de discriminação, mas<br />

sim de organização e hierarquia. Isso irá<br />

ajudar quem o faz a familiarizar-se com as<br />

tarefas e a ir realizando, progressivamente,<br />

tarefas de maior dificuldade. Seria um erro<br />

para a produtividade da oficina colocar os<br />

mecânicos mais especialistas a realizar este<br />

tipo de tarefas.<br />

SUBSTITUIÇÃO DE VIDROS<br />

Também há que ter em conta alguns serviços<br />

que significam uma vantagem para<br />

o cliente, como, por exemplo, a instalação<br />

de vidros e o tratamento <strong>dos</strong> mesmos com<br />

resinas acrílicas que repelem a água. Por<br />

outro lado, há que considerar outra série de<br />

aspetos, como, por exemplo, a recalibragem<br />

ou autocalibragem <strong>dos</strong> sistemas ADAS de<br />

ajuda à condução. Por outro lado, quando<br />

se realizam outras operações com vidros<br />

(instalação de películas de escurecimento),<br />

deve usar-se o poliéster e nunca o vinil.<br />

INSTALAÇÕES PARA MELHORAR EFICIÊNCIA<br />

Por último, as instalações em geral da oficina<br />

também devem cumprir certos requisitos.<br />

A saber:<br />

l Um bom acesso é fundamental para facilitar<br />

a entrada <strong>dos</strong> clientes e para um bom<br />

atendimento por parte do mecânico.<br />

l A distribuição da oficina também é essencial.<br />

To<strong>dos</strong> os departamentos e áreas<br />

de trabalho devem estar perfeitamente<br />

separa<strong>dos</strong> e delimita<strong>dos</strong>. Cada zona deve<br />

ser exclusiva (salvo exceções) de cada profissional<br />

especializado. Área de mecânica, de<br />

carroçaria, de pintura, armazéns de peças,<br />

armazéns de resíduos… Todas devem estar<br />

separadas umas das outras.<br />

l Para facilitar o trabalho em qualquer<br />

destas áreas ou o acesso às ferramentas e<br />

equipamentos, é necessário manter todas<br />

as zonas o mais limpas e ordenadas possível.<br />

É importante ter um equipamento para<br />

lavagem de peças no exterior do recinto.<br />

l Para garantir o funcionamento de todas as<br />

ferramentas, também é necessário verificar<br />

o bom estado da instalação elétrica e se<br />

a potência contratada é suficiente. Neste<br />

campo, também se melhorará a eficiência<br />

e se reduzirá a fatura energética.<br />

l Para que os mecânicos possam desempenhar<br />

o respetivo trabalho de forma<br />

adequada, é essencial que não existam<br />

obstáculos ou elementos mal coloca<strong>dos</strong><br />

que dificultem o trabalho. Naturalmente,<br />

to<strong>dos</strong> os perigos devem estar sinaliza<strong>dos</strong> de<br />

acordo com a legislação de modo a evitar<br />

pancadas, quedas ou queimaduras.<br />

l E, por fim, mas da máxima importância,<br />

numa oficina devem ser proporcionadas<br />

as condições ambientais ideais para que<br />

os profissionais possam desenvolver o seu<br />

trabalho comodamente. Isto inclui condições<br />

de temperatura, humidade, ventilação<br />

e iluminação adequadas. u<br />

68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


OUTROS PONTOS CRUCIAIS<br />

PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA<br />

DIAGNÓSTICO<br />

Conhecer e dominar as operações de<br />

diagnóstico <strong>dos</strong> veículos é essencial.<br />

Uma oficina deve ter um equipamento<br />

de diagnóstico, para se comunicar com<br />

a centralina e fazer um diagnóstico do<br />

veículo o mais rápido e exato possível.<br />

É um equipamento indispensável em<br />

qualquer oficina.<br />

PREVISÃO E PLANIFICAÇÃO<br />

DOS TRABALHOS<br />

Há que ter bem claro quais são os projetos<br />

a curto e médio prazos e como, quando e<br />

quem os vai desenvolver. Também se tem<br />

de gerir corretamente a carga de trabalho.<br />

Um profissional com demasiadas urgências<br />

é suscetível de cometer erros, diminui a<br />

qualidade do seu trabalho e/ou sente stress.<br />

ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />

É uma das tarefas mais comuns numa<br />

oficina, visto que o mecânico lida<br />

diretamente com os clientes. Portanto, um<br />

bom atendimento também é importante<br />

para o sucesso da oficina. É imprescindível<br />

contar com uma zona de receção onde<br />

atender os clientes, longe de ruí<strong>dos</strong><br />

e fumos, assim como disponibilizar outros<br />

méto<strong>dos</strong> de comunicação para além<br />

da visita presencial (telefone, página web,<br />

redes sociais). Há que estabelecer excelentes<br />

políticas internas de controlo de qualidade,<br />

que permitam evitar o desperdício de tempo<br />

e de recursos na repetição de trabalhos<br />

mal realiza<strong>dos</strong>.<br />

ANÁLISES PERIÓDICAS<br />

Outro ponto fundamental é a realização<br />

de consultorias ou análises periódicas<br />

que permitam apurar as qualidades<br />

e as debilidades da oficina. Isto é essencial<br />

para reforçar os pontos fortes e tratar<br />

de minimizar os pontos fracos. Qual<br />

o departamento que oferece menos<br />

rentabilidade à oficina? A que se deve esse<br />

mau desempenho? Em que medida é culpa<br />

<strong>dos</strong> profissionais, <strong>dos</strong> equipamentos<br />

ou da própria organização da oficina?<br />

Como solucionar o problema?<br />

TRABALHO DE EQUIPA<br />

Uma oficina é um local de trabalho<br />

onde os profissionais não estão isentos<br />

de viver momentos de stress ou cansaço,<br />

que diminuem o seu rendimento laboral.<br />

Para evitar que este stress seja produzido<br />

pelo próprio trabalho e se repercuta<br />

negativamente no rendimento do<br />

trabalhador e na própria segurança deste,<br />

são necessários vários fatores: motivação,<br />

especialização e descanso. Evidentemente<br />

que também é fundamental o trabalho em<br />

equipa. No entanto, por vezes, este termo é<br />

mal interpretado, sendo associado ao facto<br />

de toda a equipa se ajudar entre si e de to<strong>dos</strong><br />

os trabalhos se realizarem em conjunto.<br />

Não obstante, o trabalho em equipa<br />

numa oficina (e em qualquer outro âmbito)<br />

também significa saber até onde vão<br />

as competências de cada um ou respeitar<br />

as ferramentas, equipamentos ou espaço<br />

de trabalho do colega para não interferir<br />

nas funções do mesmo.<br />

Em suma, para aperfeiçoar as tarefas mais<br />

comuns numa oficina, é essencial ter<br />

o equipamento adequado, mas, também,<br />

uma correta organização e gestão <strong>dos</strong><br />

recursos, além de uma aposta na formação<br />

e no valor <strong>dos</strong> profissionais. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 69


Avaliação Obrigatória<br />

Melhor de<br />

dois mun<strong>dos</strong><br />

Equipado com uma evoluída motorização híbrida, que inclui tecnologia i-MMD<br />

(intelligent Multi Mode Drive), o Honda CR-V Hybrid reúne o melhor de dois<br />

mun<strong>dos</strong>, ao tornar a convivência entre combustão e eletricidade numa simbiose<br />

perfeita. Na versão 2WD Elegance, custa uns elitistas €41.925<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Honda CR-V Hybrid 2WD Elegance<br />

Tanto cumpre os requisitos <strong>dos</strong> chefes<br />

de família como vai ao encontro<br />

das necessidades <strong>dos</strong> jovens condutores<br />

que pretendem aumentar<br />

o seu agregado familiar. O CR-V Hybrid, que,<br />

na versão 2WD, paga Classe 1 com Via Verde,<br />

é o primeiro SUV híbrido da Honda na Europa.<br />

O seu ex-líbris deve-se, precisamente,<br />

ao sistema híbrido de elevada performance<br />

que o move A Honda recorreu à tecnologia<br />

i-MMD (intelligent Multi Mode Drive), de mo<strong>dos</strong><br />

múltiplos, que compreende dois motores<br />

elétricos, uma unidade de controlo de<br />

potência, um motor a gasolina, baterias de<br />

iões de lítio e uma transmissão de relação fixa,<br />

que oferece eleva<strong>dos</strong> níveis de refinamento,<br />

capacidade de resposta e eficiência.<br />

PRESENÇA VISTOSA<br />

Com um design exterior renovado, sofisticado<br />

e desportivo, o CR-V Hybrid destaca-se pelas<br />

linhas arqueadas largas pelos contornos<br />

mais abruptos no capot e na secção traseira,<br />

bem como pela evolução da linguagem es-<br />

tilística da Honda, que se encontra expressa<br />

na zona frontal, com os seus característicos<br />

faróis, que integram, de série, luzes de LED.<br />

Pintado de branco e equipado com jantes de<br />

18”, este SUV nipónico exibe uma presença<br />

vistosa, nunca passando despercebido. Até<br />

tem um certo ar “americanizado” por incrível<br />

que possa parecer.<br />

Espaçoso, bem construído, recheado de<br />

equipamento, rodeado de fortes medidas<br />

de segurança e dotado de inúmeros locais<br />

de arrumação, o habitáculo convence em<br />

to<strong>dos</strong> os domínios. A bagageira continua ampla.<br />

Mais confortável, mais funcional e mais<br />

conectado do que nunca, o interior aposta<br />

num design, elegante, que transmite uma<br />

sensação de força e de solidez, enquanto a<br />

grande variedade de materiais, altamente<br />

táteis, reforça o ambiente premium.<br />

O CR-V Hybrid registou, também, melhorias<br />

ao nível da qualidade de condução, resposta<br />

da direção, controlo da carroçaria e gestão<br />

<strong>dos</strong> níveis de ruído, vibração e aspereza. Mas<br />

a característica mais marcante deste SUV é<br />

mesmo o sistema híbrido que o move. Concebido<br />

para oferecer o melhor de dois mun<strong>dos</strong>,<br />

torna a convivência entre combustão<br />

e eletricidade numa simbiose perfeita. O<br />

CR-V Hybrid está equipado com um eficiente<br />

motor que funciona de acordo com o ciclo<br />

Atkinson. Trata-se do 2.0 i-VTEC a gasolina,<br />

de 145 cv, que é complementado por dois<br />

motores elétricos (ainda que um deles atue<br />

como gerador para recarregar as baterias),<br />

perfazendo um total de 184 cv de potência<br />

e 315 Nm de binário.<br />

COCKTAIL TECNOLÓGICO<br />

A tecnologia i-MMD (intelligent Multi Mode<br />

Drive) da Honda permite, como o próprio<br />

nome indica, mudar, de forma automática<br />

e inteligente, entre os três mo<strong>dos</strong> de condução,<br />

proporcionando elevada eficiência.<br />

No modo “EV” (100% elétrico), o conjunto<br />

de baterias, de iões de lítio, alojado no piso<br />

da bagageira, alimenta o motor elétrico de<br />

propulsão. No modo “Hybrid”, o motor de<br />

combustão fornece energia ao gerador que,<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71


Avaliação Obrigatória<br />

Honda CR-V Hybrid 2WD Elegance<br />

Bridgestone Dueler H/L 33<br />

Confiança total<br />

w O Honda CR-V Hybrid que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />

com Bridgestone Dueler H/L 33, de medida 235/60R18 103H, em<br />

ambos os eixos. Segurança, estabilidade e excelente desempenho em<br />

autoestrada são as três principais características anunciadas por este<br />

pneu. Projetado para proporcionar baixa resistência ao rolamento, o<br />

Dueler H/L 33 desempenha um papel fundamental para que o CR-V<br />

Hybrid ofereça boa manobrabilidade, elevada estabilidade e economia<br />

de combustível. Amplamente elogiada por dispor de uma extensa linha<br />

de pneus projeta<strong>dos</strong> para condições que variam entre estradas comuns<br />

e terrenos mais difíceis, a gama Dueler da Bridgestone foi selecionada<br />

como equipamento de origem para os principais SUV de classe premium<br />

mundial. Como o CR-V Hybrid. A confiança do fabricante nipónico de<br />

automóveis no fabricante nipónico de pneus é, por isso, total.<br />

por sua vez, a direciona para o motor elétrico.<br />

No modo motor de combustão, este está,<br />

diretamente, ligado às rodas motrizes através<br />

de uma embraiagem de bloqueio (denominada<br />

“embraiagem lock-up”). Na maior parte<br />

das situações de condução urbana, o CR-V<br />

Hybrid alterna entre o modo híbrido e o modo<br />

100% elétrico, oferecendo, assim, a melhor<br />

eficiência em todas as situações.<br />

Os controlos do seletor de condução do CR-V<br />

Hybrid estão posiciona<strong>dos</strong> na consola central,<br />

exibindo um design estilo interruptor<br />

compacto em vez de alavanca convencional.<br />

As posições “Park”, “Neutral” e “Drive” são selecionadas<br />

premindo os respetivos botões,<br />

ao passo que a seleção da marcha-atrás<br />

(“Reverse”) lembra o “premir do gatilho”, tal<br />

e qual como se faz com a ativação do travão<br />

de estacionamento eletrónico. Mas há mais.<br />

O botão “Sport”, por seu turno, faz com que o<br />

acelerador e a direção tenham uma resposta<br />

mais célere para o sistema híbrido. Já o botão<br />

“Econ”, permite tornar a condução mais<br />

eficiente, sendo toda esta gestão efetuada<br />

pelo sistema híbrido mediante a análise de<br />

diversos parâmetros, por mais que o condutor<br />

“force” determinadas situações. Caso a<br />

bateria disponha de carga suficiente, o botão<br />

“EV” permite circular em modo 100% elétrico<br />

durante, aproximadamente, 2 km, dependendo,<br />

claro está, do estilo de condução e<br />

da velocidade.<br />

Confortável, eficaz e fácil de conduzir, o CR-V<br />

Tecnologia não<br />

falta no Honda CR-V<br />

Hybrid, que dispõe<br />

de três mo<strong>dos</strong> de<br />

condução<br />

MOTOR DE COMBUSTÃO<br />

Tipo<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1993<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

81,0x96,7<br />

Taxa de compressão 13,0:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 145/6200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 175/4000<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c./i-VTEC, 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção eletrónica multiponto<br />

RENDIMENTO COMBINADO<br />

Potência máxima (cv) 184<br />

Binário máximo (Nm) 315<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

automática de variação contínua<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,0<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (320)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (310)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

Multilink<br />

Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 180<br />

0-100 km/h (s) 8,8<br />

CONSUMO (L/100 KM)<br />

Extra-urb./comb./urb. 5,4/5,3/5,0<br />

Emissões de CO 2<br />

(g/km) 120<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4600/18<strong>55</strong>/1679<br />

Distância entre eixos (mm) 2663<br />

Vias frente/trás (mm) 1601/1630<br />

Altura ao solo (mm) 182<br />

Capacidade do depósito (l) 57<br />

Capacidade da mala (l) 497 a 1694<br />

Peso (kg) 1614<br />

Relação peso/potência comb. (kg/cv) 8,77<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx18”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 235/60R18<br />

PNEUS DE TESTE<br />

Bridgestone Dueler<br />

H/L 33, 235/60R18 103H<br />

PREÇO (s/ despesas) €41.925<br />

Unidade testada €41.925<br />

Imposto Único Circulação (IUC) €197,69<br />

Hybrid oferece boas prestações com consumos<br />

reduzi<strong>dos</strong>. E em vez de recorrer a uma<br />

transmissão convencional, dispõe de uma<br />

relação fixa, que cria ligação direta entre os<br />

componentes móveis, resultando numa transferência<br />

de binário mais suave. Esta opção<br />

faz com que o sistema da Honda seja mais<br />

compacto e mais refinado comparativamente<br />

a uma transmissão planetária eCVT, normalmente<br />

utilizada por outros veículos híbri<strong>dos</strong>.<br />

Dotado de travões maiores com função regenerativa<br />

em desaceleração e equipado com<br />

sistema start/stop, o CR-V Hybrid custa, na<br />

versão 2WD Elegance, €41.925. E, desde o dia<br />

1 de maio de 2019, passou a dispor de sete<br />

anos de garantia sem limite de quilómetros,<br />

a que acresce ainda a oferta de sete anos de<br />

assistência em viagem. u<br />

72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019


Em Estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Ford Fiesta Active+ 1.5 TDCi<br />

Ar de SUV<br />

É a versão mais descomprometida do Ford Fiesta. Chama-se<br />

Active e recorre, no caso da unidade ensaiada, aos préstimos<br />

do motor 1.5 TDCi de 85 cv, que traz acoplada caixa manual de<br />

seis velocidades. Mas nem só de visual exuberante vive este<br />

utilitário com ar de SUV. O posto de condução ergonómico,<br />

a boa qualidade de construção e a elevada competência dinâmica,<br />

são outros argumentos deste modelo. Aos quais se<br />

juntam as boas prestações e os consumos comedi<strong>dos</strong> em todas<br />

as situações. O habitáculo cumpre os requisitos exigíveis para<br />

um automóvel deste segmento e, em matéria de segurança<br />

e equipamento, o Fiesta Active está bem apetrechado. Equipado<br />

com direção comunicativa,<br />

caixa precisa e travões<br />

competentes, este utilitário<br />

consegue ser envolvente e<br />

proporcionar bons momentos<br />

ao volante. A estabilidade<br />

elevada, a tração superior e o<br />

pisar sólido, contribuem para<br />

alcançar um desempenho<br />

digno <strong>dos</strong> mais rasga<strong>dos</strong> elogios.<br />

Por €25.206, valor que<br />

não deixa de ser competitivo, a Ford criou um modelo que<br />

ganha o seu espaço e que prima pela diferença.<br />

Škoda Karoq 2.0 TDI Style<br />

Mundo de aventura<br />

Depois do Kodiaq e antes do Kamiq, a Škoda lançou o Karoq, o<br />

seu SUV de dimensões médias. Equipado com cockpit virtual e<br />

inúmeros dispositivos de assistência à condução, este modelo<br />

checo foi projetado para a aventura. Nesta unidade, dotada<br />

do nível de equipamento Style, a presença de alguns extras<br />

contribui para a elevada agradabilidade a bordo. Contudo, na<br />

sua essência, o Karoq é um SUV bem construído, elegante e<br />

recheado de soluções Simply Clever. Pelo que não precisa de<br />

muitos extras para impor as suas qualidades. O habitáculo espaçoso,<br />

o posto de condução correto e a elevada competência<br />

dinâmica tornam a convivência com este modelo bastante salutar.<br />

O Karoq é a companhia<br />

ideal. Seja na azáfama do<br />

quotidiano, seja nas escapadelas<br />

aos fins de semana.<br />

O motor 2.0 TDI de 150 cv,<br />

associado a caixa manual<br />

de seis velocidades, é uma<br />

boa opção para combinar<br />

boas prestações com consumos<br />

reduzi<strong>dos</strong>. Por tudo<br />

isto, €34.217 pedi<strong>dos</strong> para esta versão acabam por ser um<br />

valor mais do que justo. Quem não quiser despender tanto,<br />

tem à sua disposição versões mais acessíveis.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1499<br />

Potência máxima (cv/rpm) 85/3750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 215/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 170<br />

0-100 km/h (s) 12,6<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,2<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 103<br />

Preço €25.206<br />

IUC €128,96<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1968<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 340/1750-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 9,0<br />

Consumo comb. WLTP (l/100 km) 5,6<br />

Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 148<br />

Preço €34.217<br />

IUC €227,65<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73


Em Estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Mercedes-Benz A 160<br />

Amargo de boca<br />

Não só é o Classe A mais acessível da gama como é, também, a<br />

versão de entrada na oferta a gasolina. Equipado com um motor<br />

de 1,3 litros com 109 cv, que traz acoplada caixa manual de seis<br />

velocidades, o A 160 deixa um amargo de boca a quem o conduz.<br />

Tudo porque as prestações são sofríveis e a agradabilidade<br />

de condução ressente-se bastante, ainda que o conforto seja a<br />

nota mais dominante. Longe do acerto dinâmico e do visual mais<br />

“encorpado” das versões Diesel mais céleres (que, muitas vezes,<br />

recorrem a extras que as tornam mais acutilantes), o A 160 dispõe<br />

de um acabamento que dispensa grandes elaborações. Tudo em<br />

nome de um preço de venda<br />

mais apelativo. São €26.400<br />

euros sem extras. Ainda assim,<br />

“salva-se” o posto de condução<br />

muito bom, a elevada<br />

qualidade de construção, o<br />

ambiente interior evoluído,<br />

os inúmeros dispositivos de<br />

segurança e, claro, está o sedutor<br />

sistema MBUX, com o<br />

qual se estabelece diálogo na terceira pessoa do singular. O espaço<br />

disponível para ocupantes e bagagem convence, tal como<br />

os consumos.<br />

Peugeot Rifter GT Line 1.5 BlueHDi<br />

Viver em harmonia<br />

Espaçosa, funcional, confortável e fácil de conduzir. A Peugeot<br />

Rifter vem demonstrar que não são apenas os SUV<br />

e monovolumes que conseguem proporcionar uma vida<br />

preenchida, onde trabalho e lazer podem muito bem andar<br />

de mãos dadas. Pintada de opcional castanho “Copper”<br />

metalizado (€360) e acabamento GT Line (meio caminho<br />

andado para que não passe despercebida), a Rifter deve<br />

à ampla superfície vidrada a luminosidade que invade o<br />

habitáculo, deixando a descoberto os inúmeros locais de<br />

arrumação, o espaço amplo para ocupantes e bagagem e o<br />

posto de condução ergonómico. Equipada com o competente<br />

motor 1.5 BlueHDi<br />

de 130 cv, que traz acoplada<br />

caixa manual de seis<br />

velocidades, a Rifter oferece<br />

um desempenho dinâmico<br />

eficaz e à prova de<br />

erro. Não é propriamente<br />

envolvente (nem tinha de<br />

sê-lo), mas porta-se “como<br />

deve ser”. O seu principal trunfo, não desfazendo a segurança<br />

nem o equipamento, é mesmo a facilidade com que<br />

se adapta a qualquer tarefa. Muito graças às portas laterais<br />

deslizantes. Os €32.450 pedi<strong>dos</strong> pela versão GT Line é que<br />

não estão ao alcance de todas as bolsas.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1332<br />

Potência máxima (cv/rpm) 109/<strong>55</strong>00<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 180/1375-3500<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 10,9<br />

Consumo comb. (l/100 km) 5,8<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 137<br />

Preço €26.400<br />

IUC €158,92<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1499<br />

Potência máxima (cv/rpm) 130/3750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 183<br />

0-100 km/h (s) n.d.<br />

Consumo comb. WLTP (l/100 km) 5,9<br />

Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 1<strong>55</strong><br />

Preço €32.450<br />

IUC €158,92<br />

74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019

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