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GESTÃO Otimizar tarefas comuns na oficina<br />
REPORTAGEM Convenção AB Partner decorreu no Luso<br />
A revista n.º 1<br />
<strong>dos</strong> profissionais<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
<strong>55</strong><br />
Junho 2019<br />
ANO IX | 5 euros<br />
Periodicidade: Trimestral<br />
Entrevista alberto granadino<br />
A Goodyear Dunlop Iberia atravessa um <strong>dos</strong><br />
melhores perío<strong>dos</strong> da sua história. O diretorgeral<br />
<strong>dos</strong> dois países explica porquê<br />
LEIRILIS<br />
APOSTA NOS PNEUS<br />
Empresa distribuidora de peças<br />
pretende ser uma referência<br />
também nesta área de negócio<br />
TIRESUR<br />
NOVO ARMAZÉM<br />
2020 promete ser um ano<br />
histórico para a organização<br />
liderada por Armando Lima<br />
MERCADO SUV<br />
Calçado<br />
da moda<br />
Tendência do segmento | Potencial de crescimento | Opinião <strong>dos</strong> players
GAMA ACTUALIZADA<br />
ÓLEOS DE MOTOR<br />
E CAIXAS DE VELOCIDADES<br />
QUALIDADE / PREÇO / PERFORMANCE<br />
PARA SI E PARA OS SEUS CLIENTES!<br />
LONGEVIDADE<br />
E EFICIÊNCIA<br />
RESISTÊNCIA<br />
À OXIDAÇÃO<br />
FLUIDEZ<br />
A FRIO<br />
LIMPEZA<br />
DO MOTOR<br />
RESISTÊNCIA À<br />
TEMPERATURA<br />
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PSA RETAIL: psaretail.ppe@mpsa.com | 219 497 730<br />
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Competência e<br />
profissionalismo<br />
JOÃO VIEIRA, Diretor<br />
A<br />
formação de profissionais<br />
qualifica<strong>dos</strong> é um fator da<br />
máxima importância para<br />
que a experiência <strong>dos</strong> automobilistas<br />
quando visitam<br />
determinada oficina seja algo que satisfaça<br />
plenamente as suas necessidades, tornando-se<br />
num aspeto diferenciador que ajuda a fidelizar<br />
o cliente final. A questão da formação é vital<br />
para o sucesso do negócio e para a criação de<br />
valor no ponto de venda.<br />
Também a forma como o consumidor procura<br />
informação e procede à compra está a mudar.<br />
Cada vez mais, as soluções digitais ganham<br />
relevância no negócio, pelo que as oficinas de<br />
pneus têm necessariamente de acompanhar<br />
esta tendência. A comunicação com o cliente<br />
através das novas plataformas digitais, como<br />
Facebook, WhatsApp ou Instagram, deverá<br />
ser uma aposta permanente das oficinas para<br />
conseguirem atrair as novas gerações de condutores.<br />
Embora o mundo digital abra novas oportunidades<br />
de comunicação e interação, também<br />
contribui para oferecer demasiada informação<br />
ao consumidor final, colocando-o, em determinadas<br />
ocasiões, numa posição superior aos<br />
profissionais das casas de pneus. Este fator não<br />
é negativo, mas requer uma adaptação de<br />
to<strong>dos</strong> os intervenientes deste novo processo<br />
de venda, que conta com uma referência de<br />
preço muito clara. De facto, o preço deixa de<br />
ser um fator diferenciador, pois está acessível<br />
online em to<strong>dos</strong> os sites das marcas e do retalho.<br />
Mas se o negócio <strong>dos</strong> pneus tem sempre associado<br />
um serviço de montagem, este tem de<br />
ser feito com o máximo de qualidade. Neste<br />
momento, a pressão de preços baixos ofereci<strong>dos</strong><br />
ao consumidor final têm forçado as casas<br />
de pneus a perder qualidade. Mas o sucesso<br />
do negócio de pneus assenta numa relação de<br />
confiança entre a loja e o cliente final. E essa<br />
confiança só existe se os produtos tiverem qualidade.<br />
Só com uma boa oferta de produto se<br />
consegue criar lealdade no consumidor final e<br />
uma rede de clientes para sustentar o negócio.<br />
Cada vez mais, é fundamental que as casas de<br />
pneus saibam onde querem estar no futuro,<br />
garantindo um justo valor <strong>dos</strong> seus serviços, de<br />
forma a poderem remunerar devidamente os<br />
colaboradores de que dispõem e a equiparem-<br />
-se para continuar a evoluir, garantindo sempre<br />
mais qualidade nos serviços que prestam.<br />
Como é óbvio, a sustentabilidade das casas<br />
de pneus exige uma gestão rigorosa do negócio,<br />
com especial atenção para as vertentes<br />
da gestão financeira, comercial e de recursos<br />
humanos. Estratégias erradas e campanhas<br />
agressivas que pouca margem deixam para<br />
suportar os custos das empresas, são o princípio<br />
do fim de muitas casas de pneus.<br />
Mas temos de perceber que os preços também<br />
descem motiva<strong>dos</strong> pelo facto de haver, no<br />
mercado, empresas que não funcionam com<br />
as mesmas regras daquelas que cumprem a lei,<br />
existindo total impunidade sobre operadores<br />
que, deliberadamente, não honram os seus<br />
compromissos financeiros. Deveria trabalhar-se<br />
mais em soluções para ajudar a combater este<br />
flagelo. É preciso mais fiscalização, maior critério<br />
e mais certificação para abrir uma empresa e<br />
mantê-la aberta ao público. Ao mesmo tempo,<br />
o público continua a ser pouco exigente e a<br />
maioria não valoriza a importância do pneu<br />
na sua segurança. Continuar a eleger apenas<br />
o preço como fator de compra, é manter as<br />
empresas menos capazes no mercado. E, isso,<br />
é uma questão cultural que passa por marcas e<br />
autoridades trabalharem em conjunto.<br />
Os desafios coloca<strong>dos</strong> pelo mercado e os níveis<br />
de exigência do consumidor final vão continuar<br />
a pressionar os operadores a prestar um serviço<br />
de maior qualidade e de oferta diversificada.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Dunlop SportSmart Mk3<br />
Inteligência<br />
desportiva<br />
Com o lançamento do SportSmart Mk3, a Dunlop chega aos cinco novos modelos<br />
hypersport, no espaço de dois anos. A nova gama garante uma aderência 20%<br />
superior em piso molhado e 23% mais eficaz em piso seco<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
Dunlop continua a dar cartas<br />
nas gamas de pneus<br />
hypersport. Com o lançamento<br />
do SportSmart<br />
Mk3, o fabricante chega<br />
aos cinco novos modelos<br />
nesta categoria para motos, em apenas dois<br />
anos. E não se trata de uma gama de pneus<br />
comum. Até porque vinca o compromisso<br />
da marca em proporcionar um produto para<br />
cada tipo de motociclista. Os testes realiza<strong>dos</strong><br />
no circuito da Dunlop, em Mireval,<br />
confirmam, de resto, um aumento de aderência:<br />
20% em piso molhado; 23% em piso<br />
seco. O SportSmart Mk3 cria, desta forma,<br />
um novo segmento na gama hypersport, estando<br />
centrado no desempenho dinâmico<br />
em estrada, juntamente com o SportsSmart<br />
TT, concebido para uma combinação de utilização<br />
em estrada e em pista.<br />
NOVO COMPOSTO<br />
O SportSmart Mk3 conta com um composto<br />
MultiTread (MT) completamente novo e com<br />
um trio de compostos, no pneu traseiro, que<br />
garantem aos motociclistas uma maior confiança<br />
nas condições mais difíceis. Tudo isso<br />
contribui para o supracitado aumento de<br />
aderência: 20% em piso molhado; 23% em<br />
piso seco. Ou seja, não comprometendo o desempenho<br />
em piso molhado e melhorando a<br />
aderência em condições de piso seco.<br />
A tecnologia MT contém um composto central<br />
da banda de rolamento resistente, proporcionando<br />
uma forte tração e também se<br />
estendendo sob a matéria mais macia <strong>dos</strong><br />
ombros, para ajudar a reforçar a construção.<br />
Além disso, o composto MT para os ombros<br />
conta com a nova resina de aderência em piso<br />
húmido da Dunlop, combinada com as recentes<br />
tecnologias Hi Silica e Fine Carbon. Uma<br />
mistura “exótica” e que garante um tempo de<br />
aquecimento mais rápido, elevando o potencial<br />
do pneu em curva, mesmo nas condições<br />
mais frias.<br />
Segundo o fabricante, as maiores vantagens<br />
que estes compostos proporcionam ao motociclista<br />
são a “confiança e a estabilidade no<br />
momento de travar forte”, além de permitirem<br />
que o próprio utilizador avalie melhor os níveis<br />
de aderência ao rolar a grande velocidade.<br />
O agressivo padrão do piso complementa a<br />
tecnologia: aumenta a aderência sobre piso<br />
molhado, sem comprometer a quilometragem.<br />
Mais: ao maximizar a evacuação ≠da água,<br />
mas limitando o movimento que sentiriam<br />
os motociclistas com um desenho normal, o<br />
SportSmart Mk3 assegura grandes prestações<br />
em todas as condições da estrada, um rápido<br />
aquecimento e um desgaste uniforme. Tudo<br />
em prol de uma performance duradoura. ♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Equipamento do mês<br />
Ravaglioli RAV262AGR e RAV308H.2AGR<br />
Jogada dupla<br />
A PCC, empresa especialista em equipamento oficinal, lançou no mercado dois<br />
novos elevadores de colunas independentes da marca italiana Ravaglioli. Ambos são<br />
adaptáveis a tratores agrícolas. Um é eletromecânico, outro eletrohidráulico<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
PCC acaba de lançar no mercado<br />
não um, mas dois elevadores da<br />
Ravaglioli. A empresa especialista<br />
em equipamentos oficinais<br />
aposta, desta forma, forte na conceituada<br />
marca italiana, fundada em 1958, que é,<br />
atualmente, um <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />
mundiais do setor e líder europeu no fabrico<br />
de elevadores e equipamentos para<br />
pneus, com níveis de exportação de 85%<br />
e presente em to<strong>dos</strong> os continentes e em<br />
mais de 140 países.<br />
Os dois elevadores da Ravaglioli, agora comercializa<strong>dos</strong><br />
pela empresa de Vila Nova de<br />
Famalicão, respondem pelas designações<br />
de RAV262AGR (versão eletromecânica)<br />
e RAV308H.2AGR (versão eletrohidráulica,<br />
sem fios).<br />
TRABALHO FACILITADO<br />
Os novos elevadores da Ravaglioli, adapta<strong>dos</strong><br />
para veículos agrícolas, são compostos<br />
por duas colunas independentes com 8.500<br />
kg de capacidade cada. Este sistema permite<br />
ao utilizador um perfeito acesso ao veículo,<br />
facilitando assim, os serviços em travões e<br />
pneus. Ambas as colunas são equipadas com<br />
adaptadores frontais e traseiros (S300A2).<br />
O primeiro modelo (RAV262AGR) tem um<br />
motor com 3,7 kW e uma capacidade, por<br />
coluna, de 8.500 kg. O tempo de subida estimado,<br />
anunciado pelo fabricante, é de 135’’.<br />
Por seu turno, o segundo modelo<br />
(RAV308H.2AGR) conta com um motor um<br />
pouco menos potente (3 kW) e uma capacidade<br />
de 670 kg por coluna. O tempo de<br />
subida é de 120´´e de descida de 70’’.<br />
A PCC insere-se no setor do comércio de<br />
equipamentos auto, com implementação<br />
do sistema de qualidade em conformidade<br />
com a norma NP EN ISO 9001:2015. Além<br />
disso, a empresa famalicense disponibiliza<br />
aos parceiros e clientes o projeto de implementação,<br />
acompanhamento da obra<br />
e respetiva montagem de todo o tipo de<br />
soluções auto. Representante das principais<br />
marcas de equipamentos auto, conhecidas<br />
internacionalmente pela sua qualidade, a<br />
PCC disponibiliza um forte apoio pós-venda<br />
a to<strong>dos</strong> os clientes. ♦<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Mercado<br />
Acima e abaixo<br />
Em abril de 2019, o mercado de pneus novos de substituição, em Portugal, no<br />
segmento Consumer, caiu 5,8% face a igual mês de 2018. Já no acumulado <strong>dos</strong><br />
primeiros quatro meses deste ano, verificou-se uma ligeira subida: 1,3%<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Segundo da<strong>dos</strong> do Europool a que<br />
tivemos acesso, em abril de 2019,<br />
no que ao mercado de pneus novos<br />
de substituição disse respeito,<br />
venderam-se, em Portugal, no segmento<br />
Consumer (ligeiros de passageiros, comerciais<br />
ligeiros e 4x4), 247.639 unidades, ou seja,<br />
menos 15.203 comparativamente ao período<br />
homólogo do ano anterior. O que, na prática,<br />
traduziu-se numa descida de 5,8%. Quanto<br />
ao acumulado <strong>dos</strong> primeiros quatro meses<br />
deste ano, registou-se uma pequena subida,<br />
1,3% (989.296 unidades contra 977.074 transacionadas<br />
entre janeiro e abril de 2018).<br />
Na divisão por categorias, no quarto mês<br />
de 2019, o mercado nacional “absorveu”<br />
213.791 pneus radiais para veículos de passageiros<br />
(-6,7% do que em abril de 2018),<br />
19.538 pneus radiais para veículos comerciais<br />
ligeiros (+0,9%) e 14.310 pneus 4x4 (-0,2%).<br />
No acumulado de janeiro a abril de 2019,<br />
por comparação com os primeiros quatro<br />
meses de 2018, o Europool revela que foram<br />
vendi<strong>dos</strong> no nosso país 856.812 pneus radiais<br />
para veículos de passageiros (+1,5%), 76.440<br />
pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />
(+0,8%) e 56.044 pneus 4x4 (-1,5%).<br />
Analisando os segmentos, em abril de 2019,<br />
a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />
com 114.979 (-3,9%), seguindo-se os budget,<br />
com 77.629 (+2,5%), e os mid, com 54.788<br />
(-18%). No acumulado de janeiro a abril de<br />
2019, os números alteram-se para 457.594<br />
pneus premium (-4,3%), 273.478 pneus budget<br />
(+3,5%) e 2<strong>55</strong>.182 pneus mid (+11,4%)<br />
comparativamente aos quatro primeiros<br />
meses de 2018.<br />
Quanto à tipologia, em abril de 2019, foram<br />
comercializa<strong>dos</strong> 74.149 pneus HRD, ou<br />
seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para cima<br />
(+11,6%), 14.184 pneus SUV/4x4 (-1,1%),<br />
11.366 pneus RFT (+38,7%) e 1.400 pneus<br />
All Season (+38,6%). Números que, no acumulado<br />
de janeiro a abril de 2019, alteram-se<br />
para 273.663 pneus HRD (+7,1%), <strong>55</strong>.918<br />
pneus SUV/4x4 (-1,7%), 50.096 pneus<br />
RFT (+21,8%) e 6.381 pneus All Season<br />
(+45,5%). ♦<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Europool<br />
UNIDADES ABRIL 2018 ABRIL 2019 VARIAÇÃO<br />
Passageiros 229.134 213.791 -6,7%<br />
Comerciais 19.363 19.538 +0,9%<br />
4x4 14.345 14.310 -0,2%<br />
TOTAL 262.842 247.639 -5,8%<br />
All Season 1.010 1.400 +38,6%<br />
HRD 66.457 74.149 +11,6%<br />
RFT 8.193 11.366 +38,7%<br />
SUV/4x4 14.345 14.184 -1,1%<br />
Budget 75.752 77.629 +2,5%<br />
Mid 66.780 54.788 -18%<br />
Premium 119.675 114.979 -3,9%<br />
12” <strong>55</strong> 70 +27,3%<br />
13” 12.574 10.374 -17,5%<br />
14” 37.568 33.146 -11,8%<br />
15” 72.596 62.280 -14,2%<br />
16” 72.945 67.052 -8,1%<br />
17” 41.788 47.669 +14,1%<br />
18” 16.444 17.465 +6,2%<br />
19” 5.029 5.903 +17,4%<br />
20” 1.683 1.802 +7,1%<br />
21” 1.223 1.170 -4,3%<br />
22” 290 131 -54,8%<br />
23” 0 9 -<br />
UNIDADES JAN./ABR. 2018 JAN./ABR. 2019 VARIAÇÃO<br />
Passageiros 844.328 856.812 +1,5%<br />
Comerciais 75.847 76.440 +0,8%<br />
4x4 56.899 56.044 -1,5%<br />
Total 977.074 989.296 +1,3%<br />
All Season 4.387 6.381 +45,5%<br />
HRD 2<strong>55</strong>.4<strong>55</strong> 273.663 +7,1%<br />
RFT 41.126 50.096 +21,8%<br />
SUV/4x4 173.504 133.365 -23,1%<br />
Budget 264.279 273.478 +3,5%<br />
Mid 229.036 2<strong>55</strong>.182 +11,4%<br />
Premium 478.117 457.594 -4,3%<br />
12” 119 168 +41,2%<br />
13” 40.341 41.842 +3,7%<br />
14” 134.640 138.483 +2,9%<br />
15” 268.872 265.081 -1,4%<br />
16” 271.993 266.692 -1,9%<br />
17” 1<strong>55</strong>.811 165.867 +6,5%<br />
18” 65.278 73.807 +13,1%<br />
19” 23.050 21.140 -8,3%<br />
20” 6.982 8.397 +20,3%<br />
21” 3.7<strong>55</strong> 3.710 -1,2%<br />
22” 583 728 +24,9%<br />
23” -4 14 -350%<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
Calçado<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
<strong>Pneus</strong> para SUV<br />
da moda<br />
Os SUV são a grande tendência europeia no mundo automóvel. As vendas anuais<br />
crescem a uma média de 30 a 40%. Mas e os pneus que os equipam? Também<br />
estarão em alta no mercado nacional? Para este artigo, contactámos diversos<br />
fabricantes e distribuidores. Mas só alguns nos deram respostas<br />
Por: Jorge Flores<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> para SUV<br />
Mais do que um produto<br />
de estação, os pneus<br />
ligeiros para veículos<br />
SUV equipam, sobretudo,<br />
uma forte tendência<br />
da indústria<br />
automóvel. Um segmento com crescimento<br />
médio anual, em toda a Europa, entre os<br />
30 e os 40%. Mas os números deste tipo de<br />
pneus não condizem, porém, com a enorme<br />
procura <strong>dos</strong> modelos que equipam.<br />
Embora, muitas vezes, estes pneus se cruzem,<br />
na essência, com os 4x4 (ambos pertencem<br />
à categoria Consumer), ambos têm<br />
especificações próprias. Desde logo, porque<br />
um veículo SUV não terá, necessariamente,<br />
uma versão 4x4, dispensando o recurso a<br />
este tipo de “calçado”. Pela mesma razão,<br />
um pneu para SUV não foi concebido de<br />
raiz para lidar com as mesmas “agressões”<br />
de um pneu todo-o-terreno. São realidades<br />
paralelas, mas algo distintas.<br />
Mas quem melhor <strong>dos</strong> que cinco fabricantes<br />
(e um distribuidor) para explicar a importância<br />
deste segmento de mercado no<br />
competitivo setor <strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />
BRIDGESTONE: SEGMENTO DEPENDENTE<br />
Em resposta à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, André<br />
Bettencourt, diretor de marketing da Bridgestone<br />
Europe – Sucursal em Portugal,<br />
começou por chamar a atenção para a<br />
“forte quebra” que este segmento sofreu<br />
em 2018. “Segundo da<strong>dos</strong> do Europool, o<br />
segmento de mercado 4x4/SUV caiu 24%,<br />
mas, na realidade, o importante é perceber<br />
se o mercado teve uma quebra ou se,<br />
porventura, voltou a valores mais realistas<br />
com o consumo nacional”, adiantou. Segundo<br />
estu<strong>dos</strong> que a Bridgestone levou<br />
a cabo nos últimos três anos, “o consumo<br />
de pneus 4x4/SUV esteve bastante acima<br />
da tendência das vendas deste tipo de<br />
veículos, em especial os SUV com jantes<br />
superiores a 18”. Como tal, este segmento<br />
de mercado terá estado, em 2016 e 2017,<br />
muito condicionado por vendas de pneus<br />
para exportação e essa situação acabou<br />
por condicionar os resulta<strong>dos</strong> em 2018,<br />
onde se terá verificado uma redução dessa<br />
atividade”, explicou o responsável, que<br />
não duvida de que estamos perante um<br />
“segmento cada vez mais condicionado<br />
pelas vendas de veículos crossover e SUV,<br />
em detrimento <strong>dos</strong> veículos ‘tradicionais’,<br />
como os todo-o-terreno”. Mais: “Nos últimos<br />
anos, graças à tendência da venda deste<br />
tipo de veículos (mais vocaciona<strong>dos</strong> para<br />
utilização em estrada) vimos surgirem<br />
medidas de grandes dimensões, que outrora<br />
não existiam neste segmento e que<br />
se limitavam a jantes de 15”, 16” e 17”. Por<br />
estes motivos, vemos, hoje, venderem-se<br />
pneus em jantes de 18”, 19”, 20” e 21” que<br />
outrora eram apenas presença nos veículos<br />
ligeiros. Este incremento tem trazido<br />
ao segmento de mercado outra dinâmica,<br />
mas, acima de tudo, outra realidade no que<br />
diz respeito à gestão de stocks de to<strong>dos</strong> os<br />
operadores no mercado”, assinalou ainda<br />
André Bettencourt.<br />
“A escolha como equipamento de origem<br />
Bridgestone Dueler AT001<br />
É a principal estrela do conceituado fabricante nipónico neste segmento. “Um pneu para<br />
condutores de veículos SUV e 4x4 que procurem uma boa capacidade de tração, autolimpeza,<br />
resistência aos furos e cortes, sem sacrificar a segurança em estrada (um fator onde muitos <strong>dos</strong><br />
pneus deste segmento não são fortes)”, adiantou André Bettencourt, diretor de marketing da<br />
Bridgestone Europe – Sucursal em Portugal à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
tem, ainda hoje, um peso muito grande,<br />
em especial quando acoplado a esse fator<br />
temos uma medida específica ou tecnologia<br />
associada como, por exemplo, Run<br />
Flat. No caso <strong>dos</strong> veículos SUV, a escolha<br />
está mais relacionada com esse fator, mas,<br />
no caso <strong>dos</strong> veículos todo-o-terreno, a opção<br />
de compra vai sempre para o tipo de<br />
utilização que se dá ao veículo, optando<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
C<br />
revistapneus_maio2019.pdf 1 20/05/2019 16:00:40<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> para SUV<br />
Continental EcoContact6<br />
Em destaque no portefólio da marca alemã, nesta categoria. “Trata-se de um modelo de elevado<br />
teor tecnológico, que proporciona melhorias substanciais. Oferece mais 20% de quilometragem,<br />
uma resistência em rolamento 15% menor, melhor precisão de direção e menores distâncias de<br />
travagem em pisos molha<strong>dos</strong> e secos”, adiantou Bruno Santos, da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal.<br />
os clientes por escolher um pneu misto<br />
que permita maior tração e resistência a<br />
cortes e furos”, explicou. “Dentro desta tipologia<br />
de consumidor, existem ainda os<br />
verdadeiros apaixona<strong>dos</strong> pela evasão, que,<br />
não raramente, fazem viagens até destinos<br />
longínquos, como Marrocos, em que<br />
os pneus têm de ir a rolar durante muitos<br />
quilómetros e, depois, desempenhar uma<br />
função fora de estrada. Nestes casos, os<br />
pneus mistos ou A/T como internamente<br />
grande parte das marcas os designam (All<br />
Terrain, ou To<strong>dos</strong> os Terrenos), são os mais<br />
indica<strong>dos</strong>”, avançou. E continuou: “Em 2017,<br />
lançámos o Dueler AT 001, que é o pneu<br />
indicado para este tipo de utilizações e que<br />
tem obtido resulta<strong>dos</strong> muito positivos junto<br />
destes clientes pela sua capacidade roladora<br />
(silencioso e confortável) e resistência<br />
a cortes. No entanto, este tipo de cliente é<br />
cada vez mais residual e, no geral, a venda<br />
de pneus neste segmento vive, essencialmente,<br />
da presença como equipamento<br />
de origem, da disponibilidade do produto<br />
e do preço”.<br />
Por tudo isto, na sua opinião, o sucesso<br />
da venda deste segmento, no nosso país,<br />
continuará a estar “dependente do sucesso<br />
das vendas de veículos crossover e SUV”.<br />
Não há outra forma. “As vendas de veículos<br />
todo-o-terreno não são residuais, mas<br />
fruto da legislação atual, acabam por ser<br />
bastante afetadas e, como tal, vemos que<br />
os pneus mistos ou fora-de-estrada (M/T)<br />
acabarão por se tornar irrelevantes nas vendas<br />
globais deste segmento. No entanto,<br />
fruto das decisões de alguns construtores<br />
de automóveis, baseadas na utilização particamente<br />
estradista <strong>dos</strong> crossover e SUV,<br />
os pneus que passarão a equipar as suas<br />
viaturas serão mais e mais pneus ligeiros.<br />
Desta forma, as vendas poderão ser afetadas,<br />
mas nunca se sabe se alguma marca<br />
automóvel não tirará da cartola um modelo<br />
que possa, novamente, revolucionar o mercado<br />
de veículos 4x4 e, consequentemente,<br />
as vendas deste tipo de pneus. Para já, não<br />
é essa a tendência”, garantiu.<br />
CONTINENTAL:<br />
POTENCIAL DE CRESCIMENTO<br />
Bruno Santos, gestor de produto da Continental<br />
<strong>Pneus</strong> Portugal, por sua vez, considera<br />
que estamos perante um segmento<br />
com potencial para crescer. “O segmento<br />
SUV assistiu a um enorme crescimento e<br />
diversificação da oferta nos últimos anos<br />
no mercado automóvel português e europeu,<br />
em especial, no equipamento de<br />
origem. Nos últimos cinco anos, as vendas<br />
de veículos do segmento SUV cresceram<br />
46%, em média, por ano, em Portugal.<br />
Hoje, o segmento SUV representa quase<br />
1/3 do mercado de ligeiros de passageiros.<br />
O mercado de substituição de pneus SUV só<br />
pode beneficiar deste crescimento”, disse.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Na sua visão, os SUV têm características<br />
que os “distinguem de outros automóveis.<br />
Combinam a elegância de um sedan, o espírito<br />
aventureiro de um jipe, o comportamento<br />
dinâmico de um desportivo, mas<br />
são suficientemente confortáveis, práticos<br />
e adaptam-se a qualquer circunstância do<br />
dia a dia”, referiu. “Os SUV têm centro de<br />
gravidade e peso mais eleva<strong>dos</strong>, quando<br />
compara<strong>dos</strong> com os utilitários ‘tradicionais’,<br />
conjugado com a exigência de um<br />
comportamento dinâmico, com estabilidade<br />
e agilidade, elevando os padrões de<br />
conforto. Obrigam a um grande desafio<br />
na investigação e desenvolvimento <strong>dos</strong><br />
pneus”, sublinhou Bruno Santos.<br />
“Nas categorias de SUV (desportivos, luxuosos,<br />
SUV compactos, mini SUV e outros SUV<br />
4x2), os pneus são utiliza<strong>dos</strong>, maioritariamente,<br />
em estrada. Nestas categorias, os<br />
condutores privilegiam o comportamento<br />
dinâmico com estabilidade e agilidade, bem<br />
como com eleva<strong>dos</strong> padrões de segurança<br />
e conforto”, explicou. Por sua vez, nas categorias<br />
de SUV 4x4 e pick-up para utilização<br />
mista e/ou fora de estrada, “os condutores<br />
privilegiam robustez e tração, conjugadas<br />
com características de condução em estrada,<br />
tais como segurança e conforto”,<br />
reforçou. “Obviamente, que a notoriedade<br />
da marca e a recomendação do ponto de<br />
venda são outros fatores a ter em conta e<br />
que influenciam o consumidor na escolha<br />
da marca de pneus, bem como o equipamento<br />
de origem do veículo”, acrescentou<br />
o responsável da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />
crente de que o segmento SUV vai<br />
“continuar a crescer e a diversificar a oferta,<br />
em especial no equipamento de origem”.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> para SUV<br />
Porquê? “Os principais construtores de automóveis<br />
têm feito, nos últimos anos, uma<br />
grande aposta neste segmento, com o lançamento<br />
de novos modelos. Logo, o mercado<br />
de substituição só poderá beneficiar<br />
deste aumento <strong>dos</strong> modelos disponíveis.<br />
Além de que o aumento generalizado da<br />
idade do parque automóvel, em Portugal,<br />
leva a que, ao longo da vida útil do automóvel,<br />
este tenha de substituir mais vezes<br />
os pneus”, rematou.<br />
KUMHO TYRE: MERCADO EM ALTA<br />
Luis Hernández, diretor de marketing da<br />
Kumho Tyre Ibérica, considera que, tanto<br />
em Portugal como em grande parte da Europa,<br />
este “é um mercado em alta, como<br />
consequência da também elevada produção<br />
deste tipo de veículos”, começou por<br />
afirmar. Mais vai mais longe: “É um mercado<br />
onde muitas marcas do segmento budget<br />
não têm presença e têm mais relevância as<br />
Kumho Crugen KL33<br />
Coqueluche da Kumho Tyre entre os pneus destinado aos SUV e 4x4 é o Crugen KL33. Um<br />
produto que prima pelas qualidades em termos de conforto de condução, poupança de combustível<br />
e aderência em pisos secos e molha<strong>dos</strong>. Por sua vez, o mais recente lançamento do fabricante, neste<br />
segmento, é o Venture AT61.<br />
marcas premium e algumas quality. Por sua<br />
vez, dentro destas últimas, existem marcas<br />
que se especializaram neste mercado”, revelou<br />
Luis Hernández à nossa revista.<br />
De modo geral, acrescentou, “em qualquer<br />
segmento de pneus, o elemento essencial<br />
é a segurança. Mas no mercado SUV/4x4,<br />
esta questão assume ainda maior relevância,<br />
uma vez que os veículos são maiores e<br />
mais pesa<strong>dos</strong>, pelo que as prestações do<br />
pneu devem estar em consonância com o<br />
modelo”, contou. “Na hora de escolher um<br />
pneu adequado, neste segmento, entram<br />
em jogo mais fatores do que num pneu de<br />
turismo, como pode ser o caso da utilização<br />
que o veículo terá, as estradas por onde<br />
andará; se será na estrada ou fora dela; se<br />
terá uma utilização mista; e, dependendo<br />
da proporcionalidade, com diferentes percentagens<br />
on/off road”. Em resumo, “o fator<br />
chave é poder compaginar os critérios de<br />
segurança e utilização com um preço razoável”,<br />
acrescentou. Quando ao futuro,<br />
Luis Hernández é otimista. “Quanto às inovações<br />
tecnológicas, é certo de que, tanto<br />
fabricantes de veículos como de pneus,<br />
colocam grande parte <strong>dos</strong> seus esforços<br />
em avanços para os turismos, já que são<br />
a maior parte do parque. À medida que<br />
esses avanços forem surgindo, logo aparecerão<br />
nesse mercado, tanto utilitários,<br />
como desportivos (totalmente elétricos) e,<br />
consequentemente, pneus especiais para<br />
esse tipo de veículos”, sublinhou o responsável<br />
da Kumho Tyre Ibérica.<br />
YOKOHAMA IBERIA: ABRANDAR RITMO<br />
Maria Eduarda e Andrés A. Castro, responsáveis<br />
da Yokohama Iberia, sustentam a sua<br />
opinião com base nos números. “Segundo<br />
da<strong>dos</strong> do Europool, no acumulado de 2018,<br />
registou-se uma subida de 3,2%, no que<br />
ao mercado de pneus novos de substituição<br />
disse respeito. Quer dizer, 2.868.331<br />
unidades, contra 2.780.517 colocadas em<br />
2017. No entanto, no caso do segmento 4x4,<br />
verificou-se uma diminuição no consumo.<br />
Esta tendência continua a manifestar-se<br />
no primeiro trimestre de 2019”, afirmaram.<br />
De seguida, completaram o seu raciocínio:<br />
“Sendo evidente que os SUV são um segmento<br />
que está, atualmente, em expansão<br />
(e convém realçar que, em Portugal, no ano<br />
de 2018, os SUV representaram 28% do mercado<br />
de ligeiros de passageiros, quando,<br />
há 10 anos, representavam apenas 1,4%),<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> para SUV<br />
Yokohama Geolandar MT G003<br />
Principal modelo da Yokohama no segmento. “Um verdadeiro MT (Mud Terrain), destinado a<br />
4x4, pick-up e SUV, com aplicação de 80% fora de estrada e 20% de estrada. O conceito do produto<br />
aponta uma excelente quilometragem, uma tração insuperável em terrenos mais difíceis e uma<br />
comodidade superlativa dentro do segmento on/off. Conta com um desenho agressivo do piso e do<br />
flanco”, garantem os responsáveis do fabricante japonês.<br />
podemos interpretar este decréscimo no<br />
consumo de pneus com o facto de as viaturas<br />
4x4 da década de 90 serem cada vez<br />
menos, já que com vendas em alta e oferta<br />
de novos modelos, os SUV ‘invadiram’ o mercado,<br />
roubando espaço a outros segmentos.<br />
Após dois anos fortes na venda de viaturas<br />
novas, é normal que, nos anos seguintes,<br />
se note um abrandamento do mercado de<br />
pneus de substituição”, salientaram ambos.<br />
Mas o que procuram os utilizadores? Os<br />
responsáveis não hesitam: “A segurança<br />
é um <strong>dos</strong> fatores determinantes para os<br />
proprietários de veículos SUV/4x4 na hora<br />
de escolher o automóvel. Em estrada, o desempenho<br />
da travagem é a prioridade número<br />
um para os consumidores de pneus de<br />
elevado desempenho (UHP) para veículos<br />
SUV, seguido da capacidade de aderência<br />
em pisos molhado e seco. O que significa?<br />
Os condutores procuram sistemas que proporcionem<br />
a um SUV a flexibilidade de um<br />
utilitário. Em suma, o condutor de um SUV<br />
procura o mesmo que qualquer utilizador:<br />
conduzir com tranquilidade e desfrutar da<br />
viagem”, asseguraram.<br />
“O segmento automóvel que mais cresce<br />
na Europa é o <strong>dos</strong> SUV e Portugal não fica<br />
fora desta tendência. O volume de vendas<br />
<strong>dos</strong> SUV revela um forte crescimento<br />
em todas as marcas e as previsões para os<br />
próximos anos seguem o mesmo ritmo de<br />
crescimento. A verdade é que os fabricantes<br />
alargaram a sua oferta de SUV. Nos últimos<br />
cinco anos, foram introduzi<strong>dos</strong> no mercado<br />
64 novos modelos no segmento e estão<br />
43 modelos em processo de lançamento.<br />
Conclui-se que um novo modelo de automóvel<br />
requer um novo modelo de pneus<br />
adaptado às necessidades <strong>dos</strong> condutores.<br />
Isso refletir-se-á num crescimento natural<br />
deste segmento de pneus a curto e médio<br />
prazos. Definitivamente, o conceito veio<br />
para ficar”, frisaram.<br />
MICHELIN: MENOR INTENSIDADE<br />
Nuno Ferreira, responsável de relações<br />
institucionais da Michelin, considera que<br />
“o mercado 4x4, em Portugal, esteve em<br />
crescimento de forma ininterrupta até 2015.<br />
A partir dessa altura, com algumas oscilações,<br />
manteve-se mais ou menos estável.<br />
No entanto, a tendência continua a ser de<br />
crescimento”, afirmou. Quais as virtudes<br />
que estes pneus devem ter? “São veículos<br />
que, pelas suas características, necessitam<br />
de pneus que suportem as enormes cargas<br />
dinâmicas, sem esquecer que o utilizador<br />
exige a máxima segurança, precisão de<br />
condução, duração, conforto, ruído otimizado<br />
e, no caso de 4x4 radicais, resistência<br />
e tração”, explicou Nuno Ferreira, que não<br />
deixou de dar a sua perspetiva quanto ao<br />
futuro desta categoria de pneus. “O segmento<br />
SUV/4x4 experimentou um enorme<br />
crescimento nos últimos anos, chegando<br />
a alcançar, atualmente, cerca de 6% do<br />
mercado. A previsão é que continue a ter<br />
um crescimento percentual acima do que<br />
existe em turismo, ainda que com menos<br />
Michelin Pilot Sport 4 SUV<br />
Grande novidade no catálogo do fabricante francês. Especialmente concebido para veículos SUV,<br />
beneficia das vantagens e últimas tecnologias desenvolvidas para as gamas de altas performances<br />
da Michelin. “Permite desfrutar de uma utilização confortável em cidade, de uma precisão de<br />
condução em estrada e de um excelente comportamento do veículo, tanto em piso seco como<br />
molhado.<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> para SUV<br />
intensidade do que até agora”, defendeu<br />
o responsável da Michelin.<br />
DISPNAL: IMPORTÂNCIA CRESCENTE<br />
Mas o que pensará um distribuidor de<br />
pneus sobre este mercado em particular?<br />
Luís Martins, general market manager Portugal<br />
& Espanha da Dispnal <strong>Pneus</strong>, expressou<br />
o seu ponto de vista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
“Analisando as contas finais do mercado<br />
automóvel em 2018, concluímos, uma vez<br />
mais, o crescente interesse <strong>dos</strong> automobilistas<br />
portugueses pelos modelos deste<br />
segmento, sendo o mesmo acompanhado<br />
pelo crescimento da oferta por parte <strong>dos</strong><br />
principais fabricantes de automóveis. O<br />
segmento <strong>dos</strong> SUV é, sem dúvida, aquele<br />
que mais tem crescido nos últimos tempos<br />
em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>. Portugal não é exceção,<br />
e podemos encontrar dois SUV no<br />
top 5 das vendas nacionais: Nissan Qashqai<br />
e Renault Captur. O mercado de substituição<br />
de pneus reflete esta mesma tendência<br />
de crescimento, evidente para todo o segmento<br />
SUV e com especial relevo nas jantes<br />
de 16”, 17”, 18” e 19’’”, assegurou.<br />
“A oferta da Dispnal nas marcas Toyo, Mickey<br />
Thompson, Cooper, Petlas e Nankang, entre<br />
outras que fazem parte do nosso portefólio,<br />
reflete o foco que temos e o grau de especialização<br />
neste tipo de produto, relativamente<br />
ao qual não deixamos de informar e alertar<br />
os nossos clientes para a importância crescente<br />
do mesmo”. Luís Martins elencou, de<br />
seguida, os critérios que considera cruciais<br />
neste segmento: “Segurança, economia,<br />
comportamento em estrada e, nas curtas<br />
incursões fora de estrada (na maioria <strong>dos</strong><br />
casos), o conforto e o rendimento quilométrico,<br />
que são sempre fatores decisivos<br />
na compra, sendo que o design <strong>dos</strong> pisos<br />
e a parede lateral também é considerado<br />
na hora de eleger o pneu para este tipo de<br />
viaturas. As nossas marcas respondem com<br />
Toyo Proxes Sport SUV<br />
É a mais recente aposta da Dispnal. “Responde às necessidades de um comportamento em<br />
estrada focado nas prestações incondicionalmente desportivas. Os condutores mais exigentes não<br />
abdicam de características como uma direcionalidade rigorosa e um comportamento exemplar<br />
em condições de condução em piso molhado”, adiantou Luís Martins. Concebido e desenvolvido<br />
com o propósito de “responder a estas necessidades críticas, sem esquecer o conforto de eleição em<br />
condução e um rendimento quilométrico superior”, acrescentou. A tecnologia é de última geração:<br />
Nano Balance.<br />
distinção a to<strong>dos</strong> os parâmetros mais relevantes<br />
na hora de eleger um pneu SUV/4x4.<br />
Existe ainda o nicho de mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
mais ‘trialeiros’, mais fora de estrada, onde<br />
as nossas marcas Toyo, Mickey Thompson e<br />
Cooper se destacam pela oferta de qualidade<br />
superior e referencial”, disse.<br />
Além disso, “é fundamental vender ao<br />
cliente final o produto adequado ao seu<br />
tipo de utilização, que poderá variar entre<br />
100% estrada até 80 a 100% fora de<br />
estrada. Fundamental para a satisfação do<br />
cliente final é a seleção correta do pneu que<br />
melhor se adequa à sua utilização diária”,<br />
enfatizou o responsável. O futuro para este<br />
tipo de pneus? “Com muitas propostas a<br />
chegarem a este segmento, destaque para<br />
os SUV elétricos, onde serão introduzi<strong>dos</strong><br />
este ano o Audi e-tron e o Mercedes-Benz<br />
EQC para fazer ‘companhia’ aos Jaguar I-<br />
-PACE e Tesla Model X. Este segmento do<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus continuará a crescer.<br />
As nossas marcas continuam a lançar novos<br />
produtos e novas medidas de pneus, com o<br />
foco sempre voltado para a qualidade <strong>dos</strong><br />
produtos e para a rentabilidade <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes na comercialização <strong>dos</strong> mesmos.<br />
Sendo que queremos sempre disponibilizar<br />
os melhores produtos do mercado, não<br />
deixamos de trabalhar to<strong>dos</strong> os dias com o<br />
objetivo de assegurar aos nossos clientes<br />
as melhores taxas de rentabilidade para o<br />
seu negócio. Queremos ser os campeões<br />
da rentabilidade para os nossos clientes”,<br />
reforçou Luís Martins. u<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
www.hankooktire.com/es<br />
O pneu de Altas<br />
Prestações<br />
que junta o<br />
desportivismo e a<br />
sustentabilidade<br />
O equilíbrio<br />
perfeito entre<br />
o rendimento,<br />
o conforto e a<br />
segurança<br />
A escolha mais<br />
inteligente e<br />
ecológica para o<br />
condutor atual<br />
SINTA A CONEXÃO<br />
O que o separa da estrada é o que o une a ela<br />
Portugal_<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>_190x270mm.indd 1 2019. 4. 30. 오후 3:51
Atualidade<br />
Dois em um<br />
A Goodyear revelou, no Salão de Genebra, em março, o seu mais recente protótipo<br />
de pneu. O AERO tanto circula em estrada como serve de hélice para os automóveis<br />
voadores autónomos do futuro<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Nada menos do que um pneu<br />
“dois em um”. É, desta forma,<br />
que a Goodyear classifica o AERO,<br />
concebido para os automóveis<br />
voadores autónomos do futuro. Este protótipo<br />
funcionaria tanto como um pneu<br />
para circular em estrada como uma hélice<br />
para voar pelos céus. “Ao longo de mais de<br />
120 anos, a Goodyear perseguiu, obsessivamente,<br />
as inovações e as invenções, associando-se<br />
aos pioneiros no impulsionar da<br />
mudança e das descobertas no mundo do<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Goodyear AERO<br />
tes para os pneus, enquanto que, outras,<br />
poderão tornar-se na base de novas ideias<br />
e produtos para o futuro. “Os protótipos<br />
da Goodyear pretendem desencadear um<br />
debate sobre os pneus e as tecnologias de<br />
transporte, rumo a um novo ecossistema de<br />
mobilidade”, afirmou Chris Helsel.<br />
Entre as diversas características inovadoras<br />
do protótipo AERO, encontra-se o design<br />
multimodal: conceito multimodal de rotor<br />
de inclinação. Serve como um trem motriz<br />
para transferir e absorver forças para e a<br />
partir da estrada, numa orientação tradicional<br />
e como um sistema de propulsão<br />
de avião, para proporcionar uma elevação,<br />
noutra orientação. Aplicado a veículos capazes<br />
de o fazer, o AERO daria aos futuros<br />
passageiros a liberdade de se moverem na<br />
perfeição da estrada para o céu.<br />
Outro <strong>dos</strong> ex-líbris do AERO é a sua estrutura<br />
não pneumática. Os braços do protótipo<br />
proporcionam apoio para suportar o peso<br />
do veículo ou atuam como lâminas de ventilador,<br />
de modo a garantir elevação quando<br />
o pneu esteja inclinado. Este pneu, sem ar<br />
único, utiliza uma estrutura não pneumática<br />
que é suficientemente flexível para amortecer<br />
os impactos quando se conduz em estrada,<br />
sendo suficientemente resistente para girar<br />
às elevadas velocidades necessárias para que<br />
os rotores criem uma elevação vertical.<br />
PROPULSÃO MAGNÉTICA<br />
Do rol de características do AERO, faz parte<br />
a propulsão magnética. Este protótipo utilizaria<br />
a força magnética para proporcionar<br />
propulsão sem fricção. Tal permitiria alcançar<br />
elevadas velocidades de rotação necessárias<br />
para conduzir o veículo no solo e quando a<br />
roda estivesse inclinada, de modo a levantar<br />
transporte”, referiu Chris Helsel, diretor de<br />
Tecnologia da Goodyear. “Com as empresas<br />
de mobilidade, que procuram, no céu, a resposta<br />
para os desafios do transporte urbano<br />
e do congestionamento, o nosso trabalho<br />
em arquiteturas e materiais avança<strong>dos</strong> para<br />
pneus levou-nos a imaginar uma roda que<br />
poderia servir como um pneu tradicional na<br />
estrada e como um sistema de propulsão<br />
no céu”, acrescentou o responsável.<br />
DESIGN MULTIMODAL<br />
Embora o AERO seja um design puramente<br />
concetual, a Goodyear encontra-se a desenvolver<br />
algumas das suas tecnologias<br />
mais importantes, como uma estrutura<br />
não pneumática e capacidades inteligeno<br />
veículo no ar e propulsioná-lo para a frente.<br />
Já a deteção ótica que integra, faz uso de<br />
sensores de fibra ótica basea<strong>dos</strong> em luz<br />
para monitorizar as condições da estrada,<br />
o desgaste do pneu e a respetiva integridade<br />
estrutural. Quanto à Inteligência<br />
Artificial, o AERO inclui um processador<br />
de IA integrado, destinado a combinar a<br />
informação <strong>dos</strong> sensores do pneu com os<br />
da<strong>dos</strong> das comunicações veículo-veículo<br />
(V2V) e veículo-infraestrutura (V2I). O processador<br />
de IA analisa estes fluxos de da<strong>dos</strong><br />
para recomendar uma determinada ação<br />
(permitir que um veículo se adapte a um<br />
modo de voo ou condução), identificar e<br />
resolver eventuais problemas relaciona<strong>dos</strong><br />
com os pneus antes que estes ocorram. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Atualidade<br />
Leirilis aposta nos pneus<br />
Desafio<br />
aceite<br />
Pedro Nascimento aceitou<br />
o desafio de introduzir a<br />
comercialização de pneus<br />
na atividade da Leirilis.<br />
O objetivo é tornar a<br />
empresa distribuidora<br />
de peças também num<br />
player de referência<br />
nesta nova área<br />
de negócio<br />
Por: Jorge Flores<br />
Pedro Nascimento é um <strong>dos</strong> “históricos”<br />
do setor <strong>dos</strong> pneus em<br />
Portugal. E um homem que gosta<br />
de estímulos profissionais. Recentemente,<br />
abraçou o projeto de introduzir a<br />
comercialização de pneus na atividade da<br />
Leirilis, empresa conceituada na distribuição<br />
de peças. “O setor <strong>dos</strong> pneus é sempre<br />
um grande desafio, pois está em constante<br />
mudança. Estou inserido no ramo há mais<br />
de 20 anos e aprendo to<strong>dos</strong> os dias. Sou e<br />
serei sempre um homem de desafios. E este,<br />
particularmente, diz-me muito. Aceitei-o<br />
pela Leirilis e, em especial, pelos seus responsáveis.<br />
Partilhamos os mesmos ideais,<br />
carisma, eficiência e ambição”, afirma.<br />
Uma aliança forte. “A Leirilis entrou no capital<br />
social da PneuImpex, dando início a uma<br />
estratégia em que ambas as empresas retiram<br />
vantagens. A PneuImpex lançou-se na<br />
distribuição de peças na Região Autónoma<br />
da Madeira e, em contrapartida, a Leirilis<br />
inicia-se no mercado <strong>dos</strong> pneus, equipamentos<br />
e acessórios em Portugal”, explica<br />
Pedro Nascimento. E acrescenta: “O meu conhecimento<br />
do mercado <strong>dos</strong> pneus leva-me<br />
a iniciar, dentro da organização Leirilis, a<br />
nova área de negocio que até então não<br />
existia. Sabendo que, dificilmente, qualquer<br />
distribuidor de peças consegue entrar no<br />
mercado de pneus, aceitei o desafio, pois<br />
acredito que será mais fácil para a Leirilis<br />
conseguir ser um verdadeiro player de referência<br />
em Portugal na área <strong>dos</strong> pneus”.<br />
PNEUS E EQUIPAMENTOS<br />
A empresa já comercializa equipamentos<br />
para o setor <strong>dos</strong> pneus. A tendência<br />
será para a área de pneus crescer dentro<br />
da empresa? “Sim. A Leirilis já comercializava<br />
equipamentos de roda da marca<br />
Bosch, produzi<strong>dos</strong> pela Sicam, em Itália.<br />
Da mesma fábrica, saem os equipamentos<br />
para a Beissbarth. A Bosch abandonou a<br />
produção deste tipo de equipamentos,<br />
abrindo-se uma janela de oportunidade<br />
para comercializarmos a Sicam em exclusivo<br />
para Portugal. É uma marca de alta<br />
qualidade de equipamentos de roda profissionais<br />
e temos como intenção fazê-la<br />
crescer dentro da nossa empresa”, sublinha<br />
Pedro Nascimento.<br />
Em termos de volume de negócio, o objetivo<br />
será a área <strong>dos</strong> pneus “crescer a par<br />
com os nossos clientes”, adianta. “Apesar de<br />
ser uma nova área de negócio, acreditamos<br />
que poderá ter um incremento substancial<br />
na faturação total da empresa”, juntamente<br />
com os clientes que “arranquem, também,<br />
com pneus”, esclarece. “No entanto”, avisa a<br />
mesma fonte, “é prematuro falarmos sobre<br />
este assunto”.<br />
CRIAR BASES SÓLIDAS<br />
No segmento premium, a Leirilis comercializa<br />
marcas como Michelin, Bridgestone,<br />
Goodyear e Continental. Entre os pneus<br />
quality, estará a Firestone (para a gama<br />
de pneus comerciais) e a Hankook. “Para<br />
marcas com a melhor qualidade a preço<br />
mais económico, apostamos na Debica e,<br />
em exclusivo para Portugal, na marca Atlas,<br />
produzida pela Linglong”, reforça Pedro<br />
Nascimento à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
Neste primeiro ano, mais importante do<br />
que os números, “a nossa preocupação<br />
é criar bases sólidas, tanto para a Leirilis,<br />
como para os nossos parceiros”, assegura. “A<br />
empresa cresce com os seus clientes e, para<br />
isso, a nossa estratégia está bem definida.<br />
Estamos a formar técnicos especialistas em<br />
pneus dentro das oficinas e a preparar os<br />
nossos clientes para a entrada <strong>dos</strong> pneus<br />
nas peças”, conclui. u<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Atualidade<br />
Horizonte<br />
longínquO<br />
2020 promete ser um ano histórico para a Tiresur Portugal. A inauguração do armazém<br />
de 8.000 m 2 , num terreno total de 24.500 m 2 , em Alverca do Ribatejo, será um forte<br />
contributo para a empresa alargar o seu horizonte<br />
Por: Jorge Flores<br />
Q<br />
uanto mais panorâmica for a<br />
visão, melhores são as perspetivas<br />
de futuro de uma empresa.<br />
Armando Lima, diretor-geral da<br />
Tiresur Portugal, está ciente disso e explicou<br />
à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> os motivos que levaram<br />
a empresa a investir num terreno com 24.500<br />
m 2 de área total, <strong>dos</strong> quais 8.000 m 2 são armazém,<br />
em Alverca do Ribatejo - cuja imagem<br />
revelamos, em exclusivo, pela primeira vez.<br />
Um projeto ambicioso? “É realmente ambicioso<br />
e uma grande aposta da empresa no<br />
nosso país. Mas vamos por partes. Surgiu-nos<br />
uma boa oportunidade de investimento aqui,<br />
em Alverca do Ribatejo, muito próximo da<br />
localização das atuais instalações, onde já<br />
nos sentimos verdadeiramente em casa e<br />
onde os clientes já nos identificam”, começa<br />
por adiantar. “Além disso”, acrescenta, “é uma<br />
região dotada de excelentes vias de comunicação<br />
e que nos permite ter uma localização<br />
estratégica para atender todo o mercado nacional.<br />
Por fim, temos ainda a componente<br />
de que esta região está a valorizar muito em<br />
termos imobiliários, o que, de certa forma, nos<br />
dá garantias de valorização do nosso ativo<br />
e, consequentemente, da empresa em si”.<br />
Na opinião do responsável, este era um<br />
passo “absolutamente necessário para o<br />
crescimento e consolidação da Tiresur em<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Novo armazém da Tiresur<br />
Portugal”. Porquê? “Temos um plano estratégico<br />
a curto/médio prazo muito claro e bem<br />
definido. Queremos crescer não só a nível<br />
de volume de unidades e de faturação, nos<br />
produtos que já oferecemos ao mercado,<br />
mas, acima de tudo, crescer em áreas que<br />
definimos como estratégicas, como poderão<br />
ser os pneus de camião, agrícolas, industriais<br />
e OTR. Para isso, precisamos, literalmente, de<br />
espaço e condições de serviço melhoradas”,<br />
sublinha Armando Lima, acrescentando, de<br />
seguida, que, “com estas novas instalações,<br />
vamos poder trabalhar melhor e prestar um<br />
serviço de excelência aos clientes, que são a<br />
razão da nossa existência e a nossa motivação<br />
para crescermos e melhorarmos, dia após dia”.<br />
CONCEITO 360<br />
O investimento da Tiresur Portugal insere-se<br />
no conceito 360 da empresa. “No ano passado,<br />
iniciámos esta filosofia, tanto na central<br />
do grupo, em Espanha, como nas várias<br />
filiais: Portugal, Brasil e Panamá. Sob o lema<br />
“Sim, temos o que procura!”, queremos que<br />
os clientes vejam em nós um parceiro forte<br />
e, acima de tudo, um operador capacitado<br />
para fornecer pneus para todas as aplicações<br />
e segmentos existentes no mercado. Desde<br />
pneus de moto a pneus ligeiros (turismo, 4x4/<br />
SUV, comerciais), pneus de camião, agrícolas e<br />
industriais. Temos uma oferta muito ampla e<br />
completa a nível de marcas premium, quality<br />
e budget. Basicamente, queremos ser uma<br />
solução para toda e qualquer necessidade<br />
que os clientes possam ter a nível de pneus”,<br />
explica Armando Lima à nossa revista.<br />
O responsável admite que o investimento<br />
no novo espaço representa um esforço financeiro<br />
significativo. “Sim, claramente. A<br />
aposta, no nosso país, iniciou-se há cerca<br />
de seis anos. De então para cá, felizmente,<br />
tem sido sempre a crescer, fruto de muito<br />
trabalho e de uma aposta em marcas fortes,<br />
com produtos de qualidade comprovada e<br />
reconhecida no mercado. A empresa quer<br />
continuar a crescer no nosso país e, para isso,<br />
é preciso investir e criar melhores condições<br />
de trabalho e serviço”, garante.<br />
CALENDÁRIO DE FORMAÇÃO<br />
Mas o que poderemos, então, esperar do<br />
novo armazém da Tiresur Portugal? “Além<br />
do claro aumento da nossa capacidade de<br />
armazenagem, vai permitir melhorar muito<br />
o nosso nível de serviço, já que nos ajudará<br />
a ser mais eficientes em termos operacionais<br />
e, consequentemente, mais competitivos.<br />
Teremos melhores condições de trabalho e<br />
com as novas instalações vamos, por exemplo,<br />
poder cumprir um sonho antigo, que é<br />
ter um calendário anual de formação para<br />
os clientes. Desde formação técnica, teórica<br />
e prática nos mais varia<strong>dos</strong> capítulos, a<br />
apresentações e lançamentos de produto”,<br />
enfatiza o diretor-geral da Tiresur Portugal.<br />
“O novo armazém vai permitir-nos avançar<br />
na nossa visão de Qualidade-Fiabilidade-<br />
-Continuidade! Aspetos fundamentais, relaciona<strong>dos</strong><br />
com as marcas e produtos que<br />
representamos e vendemos, assim como<br />
relaciona<strong>dos</strong> com a nossa equipa humana,<br />
que, com melhores condições, pode ser<br />
ainda melhor”, frisa.<br />
Segundo Armando Lima, o novo armazém<br />
obrigará a reforçar a força laboral.<br />
“Sim, sem dúvida. Vamos crescer e, isso,<br />
fará, certamente, com que tenhamos de<br />
reforçar a equipa. Não tanto pela questão<br />
da quantidade, mas sim pela componente<br />
da qualidade, por forma a podermos prestar<br />
um melhor serviço aos clientes. Além<br />
disso, ao queremos crescer em áreas consideradas<br />
muito técnicas, vai obrigar-nos a<br />
ter profissionais ainda mais qualifica<strong>dos</strong> e<br />
especialistas nessas áreas. De acordo com<br />
o responsável, o novo espaço deverá estar<br />
operacional já “no final do primeiro trimestre<br />
do próximo ano”, até porque o objetivo é que<br />
“2020 seja um ano histórico para a nossa<br />
empresa!”, conclui. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Opinião<br />
Preço de compra<br />
ou preço de venda?<br />
A estória que, aqui, vos<br />
conto remonta ao final<br />
<strong>dos</strong> anos 90, trabalhava<br />
eu num fabricante<br />
alemão de pneus, com<br />
responsabilidades<br />
repartidas pelos merca<strong>dos</strong><br />
português e espanhol<br />
Luís Martins<br />
General Market Manager Portugal<br />
& Spain da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
Na altura, em Espanha, tínhamos<br />
um problema de volume de<br />
vendas com uma das marcas<br />
e procurávamos dar-lhe uma<br />
nova vida, que passava por encontrar<br />
uma rede de dimensão nacional que<br />
tivesse interesse em fazer um trabalho de<br />
dedicação à marca. Encontrámos a rede<br />
perfeita, “patrocinada” por um fabricante<br />
concorrente, onde grande parte de<br />
nós tinha trabalhado e nascido para o<br />
comércio <strong>dos</strong> pneus. Preparámos, então,<br />
a estratégia, que passava por manter<br />
os clientes que já comercializavam a<br />
marca e introduzi-la, nesta rede, com<br />
um nível de preços de compra inferiores<br />
ao <strong>dos</strong> clientes “antigos”, mediante um<br />
acordo de volume que justificaria este<br />
nível inferior de preços de compra. Para<br />
além <strong>dos</strong> preços de compra “afina<strong>dos</strong>”,<br />
preparámos um pacote promocional<br />
da marca, em consonância com as<br />
ambições que tínhamos para a marca<br />
e o grau de sofisticação do cliente.<br />
Preparámos a mais sofisticada,<br />
espetacular e divertida apresentação de<br />
que havia memória. Sim, divertida. É que,<br />
na altura, muita gente no comércio de<br />
pneus confundia seriedade com sisudez,<br />
esquecendo-se de uma das leis básicas<br />
do comércio: ninguém compra nada<br />
a um vendedor aborrecido. Ou pode<br />
até comprar, se este vendedor, além de<br />
chato, for insistente. Mas tenhamos a<br />
certeza que será apenas para se livrar<br />
dele e não por prazer. Prazer. Acredite ou<br />
não, é isto que os clientes procuram.<br />
Oferecer prazer é, definitivamente,<br />
a melhor maneira de cativar<br />
uma pessoa. E nós tínhamos<br />
de cativar o presidente da<br />
citada rede... o Mariano.<br />
Com uma apresentação,<br />
é a mesma coisa.<br />
Ninguém<br />
resiste a um produto simpático e a uma<br />
apresentação divertida. Caprichámos na<br />
apresentação. Foi perfeita. O produto<br />
era, de facto, muitíssimo simpático e a<br />
apresentação ultradivertida. O Mariano,<br />
presidente da rede, gostou muito e<br />
deu-nos os parabéns pela performance.<br />
O problema veio depois. O Mariano,<br />
fumando o seu “puro”, confirmou que o<br />
produto era perfeito para a sua rede, nós<br />
éramos pessoas com luz própria, carisma<br />
e simpatia... tudo perfeito. Relativamente<br />
aos preços de compra, quase não olhou<br />
para eles, o que nos pareceu estranho.<br />
Apenas perguntou, uma única vez e<br />
em tom solene: “Esses são os vossos<br />
melhores preços?”. Respondemos,<br />
perentoriamente, que sim. Nesse preciso<br />
momento, o Mariano disse: “Ok, nem<br />
vou olhar para os preços de compra. No<br />
entanto, na vossa brilhante apresentação,<br />
falta o mais importante. A que preços<br />
podemos vender os vossos pneus?”<br />
Ficámos quase paralisa<strong>dos</strong>. De facto,<br />
o Mariano tinha carradas de razão.<br />
Deu-nos uma grande lição. E ainda<br />
deu uma estocada final, afirmando,<br />
perentoriamente, que, na sua<br />
organização, to<strong>dos</strong> os pontos de<br />
venda conseguiam, em 80% <strong>dos</strong> casos,<br />
vender aos clientes as marcas que<br />
mais margem lhes garantiam. Hoje,<br />
esta equação é ainda mais verdade.<br />
De que serve um estupendo preço de<br />
compra se, depois, não conseguimos<br />
vender os produtos com um preço de<br />
venda minimamente compensador<br />
em termos de margem? Atualmente,<br />
passamos demasiado tempo a negociar<br />
preços de compra e nunca discutimos<br />
preços de venda. Comercializar marcas<br />
que garantam preços de venda sem<br />
pressão concorrencial, é absolutamente<br />
fundamental para um negócio de<br />
pneus próspero e rentável. u<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
C<br />
revistapneus_maio2019.pdf 2 20/05/2019 16:00:45<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Salão<br />
Forte<br />
presença<br />
<strong>dos</strong> pneus<br />
A 6.ª edição da expoMECÂNICA<br />
voltou a bater um novo recorde,<br />
com 254 expositores, três<br />
pavilhões e um total de 16.035<br />
visitantes. Várias empresas de<br />
pneus marcaram presença neste<br />
certame dedicado ao aftermarket<br />
Por: João Vieira<br />
Da estreia para a 6.ª edição, o Salão<br />
de Equipamentos, Serviços<br />
e Peças Auto cresceu 142% em<br />
número de expositores e 129%<br />
em área ocupada. E foi o segundo ano<br />
consecutivo que o evento acrescentou um<br />
pavilhão ao seu espaço. A seguir fazemos<br />
referência às empresas de pneus que estiveram<br />
presentes no certame.<br />
1 Alcaide & Salco<br />
Criada recentemente, a Alcaide & Salco é um<br />
novo posto de pneus localizado em Leça da Palmeira.<br />
Faz parte de dois grupos, <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
e Grupo Salco, e esteve presente na feira<br />
com o objetivo de mostrar os serviços que executa<br />
para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. A parte da<br />
recauchutagem mereceu, também, destaque,<br />
assim como a apresentação de novos pneus,<br />
como o modelo Asymmetric 5 da Goodyear.<br />
2 Euro Tyre<br />
Especialista na distribuição de pneus, a Euro<br />
Tyre apresentou-se na expoMECÂNICA com um<br />
nova imagem e algumas novidades das marcas<br />
Achilles e Infinity, que representa em exclusivo<br />
para Portugal, nomeadamente os modelos<br />
Radial 2233 UHP e Ecomax UHP. Com um<br />
stock que se situa entre as 125 mil e 130 mil<br />
unidades, a Euro Tyre vende, em média, entre<br />
Portugal e Espanha, cerca de <strong>55</strong> mil pneus por<br />
mês. Cobre cerca de 75% do território nacional<br />
com duas entregas diárias. Para Telmo Barradas,<br />
purchasing manager da unidade de pneus,<br />
“no topo das nossas prioridades está o stock,<br />
seguindo-se-lhe a disponibilidade, o serviço e<br />
só depois o preço. Embora to<strong>dos</strong> este fatores<br />
sejam essenciais na nossa atividade, apostamos<br />
na rentabilidade. O que vendemos tem de<br />
ser rentável”.<br />
3 Recambios Frain Portugal<br />
A funcionar desde o dia 1 de janeiro, a empresa<br />
aproveitou a realização da expoMECÂNICA para<br />
se apresentar aos profissionais do setor. Francisco<br />
Dorado, gerente, fez um balanço muito<br />
positivo: “Fiquei muito satisfeito com a afluência<br />
<strong>dos</strong> visitantes ao nosso stand, onde apresentámos<br />
a gama da Nokian, que representamos<br />
em exclusivo para Portugal. Fizemos uma<br />
reunião com os distribuidores da marca, que<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
expoMECÂNICA 2019<br />
contou com a presença de um representante<br />
da Nokian, onde apresentámos a estratégia<br />
para os próximos anos”. Tratando-se de uma<br />
empresa com grande experiência no mercado<br />
do pós-venda, pois está presente em Espanha<br />
desde 1992, tem como objetivo replicar o modelo<br />
de negócio no nosso país, conforme disse<br />
Francisco Dorado. “A filosofia da empresa<br />
sempre foi dar um serviço integral às oficinas,<br />
desde pneus, passando pelas peças, equipamentos<br />
e serviços diversos. Queremos trazer<br />
este conceito para Portugal, mas será um processo<br />
por fases, feito com calma e ponderação”,<br />
alertou.<br />
5 RSM<br />
A Recauchutagem São Mamede (RSM), com<br />
sede em Guimarães, tem como foco principal<br />
da sua atividade a recauchutagem de pneus a<br />
frio, em específico pneus pesa<strong>dos</strong> e comerciais.<br />
Atualmente, conta com 30 funcionários. Com 18<br />
anos de experiência a atuar, essencialmente, no<br />
mercado nacional, encontra-se, hoje, em franca<br />
expansão internacional, com o objetivo claro<br />
do aumento de relações comerciais, sustentado<br />
pela qualidade <strong>dos</strong> seus produtos e serviços e<br />
pelo pós-venda, essencial no acompanhamento<br />
<strong>dos</strong> clientes. No stand, estavam expostos alguns<br />
pisos novos de marcas representadas pela<br />
1<br />
um serviço de gestão de frotas, com assistência<br />
rápida disponível 24 horas e cobertura europeia.<br />
José Lameira, responsável de operações,<br />
estava satisfeito com a presença da empresa<br />
na feira, que reforçou os laços de proximidade<br />
com os clientes. Fator que é, de resto, muito<br />
valorizado pela empresa.<br />
7 Tiremaster<br />
A empresa de Leça da Palmeira, que, curiosamente,<br />
está situada a escassas centenas<br />
de metros da expoMECÂNICA, esteve bastante<br />
ativa nos três dias da feira. Rafael Louzán,<br />
gerente, destacou os três eixos distintos da<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5 6<br />
7<br />
4 Sobralpneus<br />
Apresentou a sua nova representação de<br />
pneus agrícolas e agroindustriais da marca<br />
Vredestein, para além de divulgar a marca<br />
Marshal e as jantes Alcoa. António Eduardo,<br />
gerente, referiu: “A Vredestein encaixa na<br />
nossa estratégia, pois dispõe de uma extensa<br />
gama de produtos, desde os tratores vinhateiros<br />
até aos de maiores dimensões, passando<br />
pelos pequenos equipamentos, enfardadeiras<br />
e ceifeiras. Com esta representação, estaremos<br />
mais perto <strong>dos</strong> clientes de pneus agrícolas,<br />
competindo com um produto de excelência”.<br />
A Sobralpneus aproveitou a feira para<br />
receber os clientes e confraternizar, num ambiente<br />
mais descontraído.<br />
8<br />
empresa, como Marangoni e Vipal. Para Eugénio<br />
Pereira, sócio-gerente, o balanço foi muito<br />
positivo, tendo realizado muitos contactos com<br />
transportadoras e público em geral.<br />
6 Seiça<br />
No ano em que comemora o seu 60.° aniversário,<br />
a Seiça apresentou-se com uma imagem<br />
moderna e renovada, de acordo com os objetivos<br />
de crescimento que a empresa pretende<br />
atingir. Pioneira no setor da reconstrução de<br />
pneus, é, hoje, uma referência no mercado da<br />
recauchutagem e fornece algumas das principais<br />
empresas de transporte em Portugal.<br />
Atualmente, dedica-se, também, à comercialização<br />
de pneus novos multimarca e dispõe de<br />
empresa: posto de venda ao público, no qual<br />
presta o serviço a veículos ligeiros, comerciais,<br />
4x4, pesa<strong>dos</strong> e de engenharia civil; assistência<br />
a frotas de camiões 24 horas, 365 dias por ano;<br />
revenda, que assenta numa estratégia clara de<br />
multimarca/multiproduto. Além da distribuição<br />
<strong>dos</strong> produtos da Z Tyre, do Grupo Zenises, a Tiremaster<br />
deu particular ênfase à Westlake, uma<br />
das marcas da ZC Rubber, que dispõe de uma<br />
ampla gama de modelos para veículos de turismo<br />
(SUV incluí<strong>dos</strong>) e comerciais ligeiros.<br />
8 Xarepa<br />
A empresa sintrense apresentou como novidade<br />
o Fleetpulse, um kit de monitorização da<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus, que pode ser montado em<br />
qualquer tipo de jante. A marca de jantes de alumínio<br />
Accuride, que a empresa representa em<br />
exclusivo para o nosso país, estava presente<br />
com alguns modelos. Sobre estas jantes, João<br />
Silvestre, gerente, afirmou que “são o futuro no<br />
setor <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>. Nos EUA, de onde<br />
são originais, 80% <strong>dos</strong> camiões usa este tipo de<br />
jantes. Graças ao seu menor peso, asseguram<br />
uma poupança de travões e combustível. E em<br />
matéria de segurança, as jantes em alumínio<br />
não têm rival”. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Reportagem<br />
Espírito<br />
de união<br />
A AB Tyres juntou, no primeiro dia do mês de junho, os seus principais parceiros para<br />
anunciar uma nova estratégia de rede para o futuro, alicerçada na confiança e grande<br />
espírito de união, conforme ficou demonstrado na convenção que decorreu no Luso<br />
Por: João vieira<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Convenção AB Partner<br />
A<br />
Convenção AB Partner realizou-se<br />
no Grande Hotel do<br />
Luso, tendo contado com<br />
mais de 100 parceiros, que<br />
participaram, ativamente,<br />
nesta jornada de trabalho, a qual incluiu<br />
uma apresentação do Grupo Alves Bandeira<br />
e das empresas Alves Bandeira Tyres e Alves<br />
Bandeira Tyres Internacional, uma análise<br />
do mercado automóvel nacional, por António<br />
Cavaco, da ACAP, diversos workshops e<br />
ainda uma Mesa Redonda, que contou com<br />
a presença do diretor da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
como um <strong>dos</strong> moderadores. Rui Bandeira,<br />
CEO do Grupo Alves Bandeira, deu as boas-<br />
-vindas a to<strong>dos</strong> os presentes e apresentou os<br />
objetivos do grupo para os próximos anos,<br />
sempre com o foco no cliente. O responsável<br />
relembrou os desafios que as empresas vão<br />
enfrentar a curto prazo, nomeadamente a<br />
falta de recursos humanos e a alteração de<br />
paradigma quanto à fonte energética que<br />
moverá os veículos do futuro.<br />
CONCEITO AB PARTNER VAI EVOLUIR<br />
A Convenção AB Partner marca o início de<br />
uma era para a relação da AB Tyres com os<br />
seus parceiros oficinas. “Realizámos esta<br />
convenção com o propósito de mostrar ao<br />
mercado, em geral, e aos nossos parceiros,<br />
em particular, a nossa proposta de valor<br />
futuro”, disse Filipe Bandeira, responsável<br />
da AB Tyres.<br />
Durante o segundo semestre deste ano,<br />
toda a equipa da AB Tyres estará dedicada<br />
a transmitir aos parceiros a nova estratégia<br />
FALKEN CONQUISTA MERCADO<br />
O responsável de vendas da Falken para a Península Ibérica, Yuri Peréz<br />
Alonso, começou por apresentar a história da marca criada em 1983 e que<br />
pertence ao fabricante japonês Sumitomo Rubber Industries, o quinto<br />
maior produtor mundial de pneus. A empresa construiu uma rede de<br />
vendas de cerca de 8.000 revendedores de pneus em toda a Europa, onde<br />
se incluem os parceiros AB Partner. “Dentro da indústria global de pneus,<br />
a Falken é vista como a marca mais inovadora e a mais jovem, que está<br />
na linha da frente do desenvolvimento tecnológico, como comprova o<br />
recém criado Advanced 4D Nano Design, um processo de construção<br />
que melhora a eficiência <strong>dos</strong> pneus nos parâmetros referi<strong>dos</strong> na etiqueta<br />
europeia: economia de combustível, nível de ruído e aderência em piso<br />
molhado”, referiu Yuri Alonso.<br />
Graças a esta nova tecnologia, a Falken lançou o modelo Ecorun, o<br />
primeiro pneu da marca com etiqueta “AA”, desenvolvido especificamente<br />
para veículos elétricos e híbri<strong>dos</strong>. A Falken desenvolveu, também, o Silent<br />
Core, que consiste numa camada inovadora de espuma de poliuretano que<br />
reveste o interior do pneu e reduz o ruído até 10 decibéis. O revestimento<br />
muito leve da espuma não afeta o desempenho <strong>dos</strong> pneus e graças à sua<br />
resistência ao desgaste, dura toda a vida útil do pneu. Outra novidade<br />
tecnológica apresentada foi o Sensing Core, que transforma o pneu num<br />
sensor. É capaz de detetar o nível de tração do pneu e a perda de pressão<br />
através de algoritmos de software, sem qualquer hardware adicional, como<br />
os sensores.<br />
A nível de produto, Yuri Alonso destacou os pneus UHP para automóveis e<br />
SUV, nomeadamente os modelos Azenis FK510 e FK510 Azenis SUV, que<br />
obtiveram a qualificação “Exemplar”, concedida pela Auto Bild no último<br />
teste importante de pneus de verão feito por esta revista alemã. Serão cerca<br />
de 40 as novas medidas que a Falken lançará este ano para a sua gama de<br />
pneus de verão destinada a automóveis e SUV. Para veículos comerciais,<br />
a Falken dispõe do modelo Van11, gama Euroall modelo de verão Linam<br />
Van01 e Eurowinter Van01 para inverno.<br />
Para homenagear a memória de Carlos Viñas, diretor ibérico da Falken<br />
recentemente falecido, foi decidido oferecer anualmente um prémio<br />
a uma personalidade do setor que se tenha destacado pelo contributo<br />
ao desenvolvimento da marca no mercado. Este ano, o prestigiado<br />
prémio foi oferecido a Paulo Santos, diretor de vendas da AB Tyres, pelo<br />
exemplar trabalho desenvolvido ao longo <strong>dos</strong> últimos anos na promoção e<br />
divulgação da marca Falken no nosso país.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Reportagem Convenção AB Partner<br />
da empresa no que diz respeito à criação de<br />
um novo conceito de rede oficinal, que tem<br />
como grande mais-valia as sinergias que<br />
o Grupo Alves Bandeira aporta, nomeadamente<br />
os mais de 15.000 clientes ativos de<br />
que dispõe e as muitas dezenas de postos de<br />
abastecimento de combustíveis espalha<strong>dos</strong><br />
por todo o país.<br />
“Temos como foco apostar em marcas exclusivas<br />
e trabalhar mais de perto com os<br />
nossos parceiros. Vamos, também, incluir no<br />
nosso portefólio mais dois produtos: peças e<br />
lubrificantes. No caso das peças, temos uma<br />
parceria com a AS Parts, do Grupo Nors, que<br />
garante o fornecimento de uma gama completa<br />
de produtos premium para veículos<br />
ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, e também equipamento<br />
oficinal”, afirmou Filipe Bandeira.<br />
A convenção foi o fórum ideal para a direção<br />
da AB Tyres pensar em conjunto com os<br />
seus parceiros os moldes de funcionamento<br />
futuro da nova rede e, assim, ajudá-los a<br />
desenvolverem o seu negócio, muito focado<br />
nos pneus. A atual rede AB Partner<br />
conta com 146 parceiros. “O nosso objetivo<br />
é cobrir todo o território nacional e termos<br />
um grande parceiro em to<strong>dos</strong> os concelhos.<br />
O limite mínimo para conseguirmos essa<br />
cobertura são 200 parceiros, mas tem muito<br />
a ver com a zona geográfica de cada um”,<br />
frisou Filipe Bandeira.<br />
FUTURO DESAFIANTE<br />
Relativamente ao desenvolvimento do projeto<br />
da nova rede AB Partner, Filipe Bandeira<br />
esclareceu: “Vamos ter sempre uma equipa<br />
comercial dedicada no terreno, que serão os<br />
nossos interlocutores, junto <strong>dos</strong> clientes e<br />
irão explicar a nossa proposta de mais valor<br />
para as oficinas. O novo conceito de rede<br />
AB Partner está a ser criado e vai ser implementado<br />
por fases até ao final deste ano.<br />
Quando mostramos o projeto aos parceiros,<br />
a recetividade é muito positiva e é nesse<br />
sentido que queremos continuar a evoluir.<br />
Estamos bastante esperançosos. E dado o<br />
trabalho, profissionalismo e empenho de<br />
toda a equipa, estamos confiantes no sucesso<br />
do novo projeto”.<br />
Para informar os parceiros sobre a estratégia<br />
de criação de valor, foram realiza<strong>dos</strong> vários<br />
workshops, onde se destacou a exclusividade<br />
das marcas de pneus comercializadas,<br />
nomeadamente Falken e Davanti, a nova<br />
parceria com a AS Parts e ainda um brainstorming<br />
com to<strong>dos</strong> os convida<strong>dos</strong>, que serviu<br />
para ouvir as suas necessidades e, também,<br />
a troca de ideias acerca do que pode e deve<br />
ser melhorado.<br />
Foram, também, delinea<strong>dos</strong> novos objetivos<br />
para os próximos anos, bem como<br />
as potencialidades que o novo conceito<br />
de rede poderá trazer e os novos desafios<br />
que surgirão. A possibilidade de alargar as<br />
áreas de negócio <strong>dos</strong> parceiros AB Partner,<br />
foi um <strong>dos</strong> principais assuntos discuti<strong>dos</strong><br />
nesta convenção, podendo, assim, surgir<br />
novidades no futuro acerca deste tópico.<br />
No final da convenção, houve uma Mesa<br />
Redonda, onde os moderadores convida<strong>dos</strong><br />
lançaram diversas questões à plateia sobre<br />
o comércio de pneus no geral. Foi um <strong>dos</strong><br />
momentos altos do evento, pois permitiu<br />
ouvir diversas opiniões sobre alguns <strong>dos</strong><br />
temas que mais preocupam os profissionais<br />
do setor na atualidade e no futuro.<br />
A AB Tyres pretende continuar a realizar este<br />
evento anualmente, pois ações como esta<br />
contribuem para a melhoria e evolução da<br />
empresa, através da identificação de problemas<br />
existentes e as suas possíveis resoluções.<br />
Para que a cada dia que passa seja possível<br />
servir melhor e com mais profissionalismo<br />
os clientes. u<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
PNEUS DAVANTI REFORÇAM NOTORIEDADE<br />
Comercializa<strong>dos</strong> em exclusivo pela AB Tyres<br />
há apenas oito meses, os pneus Davanti já conseguiram<br />
conquistar a confiança <strong>dos</strong> parceiros<br />
e clientes finais. Peter Cross e Sean Maddocks,<br />
respetivamente diretor-geral e diretor<br />
de vendas da Davanti, estiveram presentes<br />
na convenção para apresentarem a gama<br />
completa da marca e reforçarem o compromisso<br />
de oferecerem um produto de segmento<br />
quality com um preço muito competitivo e<br />
elevada qualidade. Totalmente desenvolvi<strong>dos</strong><br />
pelo departamento técnico que a marca dispõe<br />
no Reino Unido, os pneus Davanti têm pisos<br />
próprios e exclusivos, bem como uma gama<br />
muito completa para veículos ligeiros, 4×4 e<br />
comerciais, com foco especial nas medidas<br />
superiores a 17” e, também, Run Flat. Os<br />
pneus da Davanti são testa<strong>dos</strong> e dispõem<br />
de certificado TÜV e IDIADA, bem como<br />
etiquetas energéticas com grande prestação.<br />
De referir que to<strong>dos</strong> os pneus Davanti são<br />
vendi<strong>dos</strong> com uma “Garantia de vida”, que<br />
assegura a substituição de qualquer pneu que<br />
esteja defeituoso devido ao processo de fabrico<br />
ou apresente danos irreparáveis resultante do<br />
desgaste habitual de estrada.<br />
Com o objetivo de aumentar a notoriedade<br />
junto do cliente final, a Davanti tem apostado<br />
em grandes ações de marketing, sendo, atualmente,<br />
parceiro oficial do Everton Footbal<br />
Club. Em Portugal, é fornecedor exclusivo de<br />
pneus para a Racing School, uma escola de<br />
condução de veículos desportivos que funciona<br />
no Autódromo Internacional do Algarve<br />
(AIA). Para além de um teste à resistência e<br />
performance <strong>dos</strong> pneus Davanti modelo DX,<br />
é, também, um modo eficaz de comprovar o<br />
excelente desempenho em condições extremas<br />
de condução.<br />
A Davanti foi lançada em 2015, depois de<br />
alguns anos de desenvolvimento e testes. Em<br />
quatro anos, a marca já oferece uma gama<br />
que abrange to<strong>dos</strong> os segmentos do mercado.<br />
Desde o lançamento que a marca tem conhecido<br />
crescimento de vendas, comercializando,<br />
atualmente, os seus pneus em cinco continentes.<br />
“Os pneus Davanti são produzi<strong>dos</strong> numa<br />
das mais avançadas fábrica do mundo. Isto dá<br />
aos clientes um excelente value for money, tal<br />
como os excelentes resulta<strong>dos</strong> que têm obtido<br />
nas vendas e a eficiência da sua cadeia de<br />
distribuição”, concluiu Peter Cross.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
MáquinadoTempo<br />
Raízes<br />
militares<br />
A Petlas Tire Industry and Trade<br />
Company surgiu em 1976,<br />
na Turquia. Mas não como a<br />
conhecemos hoje. A empresa<br />
foi formada pelas dificuldades<br />
<strong>dos</strong> tempos, nomeadamente<br />
devido ao embargo aplicado<br />
ao país em 1974 para equipar<br />
aviões militares<br />
Por: Joana Calado<br />
1976<br />
A Petlas é fundada<br />
sob o nome de Petlas<br />
Tire Industry and<br />
Trade Company<br />
1993<br />
Primeira campanha<br />
de pneus para aviões<br />
militares das forças<br />
armadas turcas<br />
1997<br />
Transferência de ações<br />
conclui processo de<br />
privatização da Petlas<br />
2004<br />
Obtenção de certifica<strong>dos</strong><br />
de sistema de gestão<br />
ambiental ISO 14001 e<br />
sistema de qualidade<br />
ISO 9001:2000<br />
2005<br />
Aquisição da Petlas<br />
pelo AKO Group<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Petlas<br />
No ano da criação da Petlas, a Turquia<br />
estava há dois anos sob embargo,<br />
depois da sua invasão ao<br />
Chipre, o que conduziu à criação<br />
de uma política cuja base era dar respostas<br />
às necessidades da defesa, recorrendo<br />
sempre a recursos nacionais. Assim, a 19<br />
de agosto de 1976, foi criada a Petlas Tire<br />
Industry and Trade Company, empresa estatal<br />
cujo único objetivo era fabricar pneus<br />
para equipar os caças da força aérea turca.<br />
A jornada não foi fácil para a empresa de<br />
pneus. Depois de 13 anos de pesquisa e<br />
desenvolvimento, em 1989 é produzido o<br />
primeiro pneu Petlas. Ao longo <strong>dos</strong> anos,<br />
o fabricante melhorou e aumentou a sua<br />
capacidade de produção, contando, hoje,<br />
com um espaço de, aproximadamente, dois<br />
milhões de milhas quadradas, no qual está<br />
localizada a fábrica, com cerca de 250 mil<br />
milhas quadradas.<br />
A Petlas manteve-se a trabalhar para as<br />
forças armadas turcas durante mais de 20<br />
anos, tendo, em 1993, implementado a sua<br />
primeira campanha de marketing para os<br />
pneus que fabricava para a força aérea. Nessa<br />
altura, já decorriam os processos de negociação<br />
para a privatização da empresa, tendo<br />
estes demorado sete anos a ficar concluí<strong>dos</strong>.<br />
A empresa só viria a ser privatizada em 1997.<br />
Este foi um ponto de viragem para a Petlas,<br />
que começou a apostar cada vez mais na<br />
certificação da qualidade. Mas seriam precisos<br />
mais 10 anos para ver a Petlas tomar o<br />
rumo que, hoje, conhecemos. Quando, em<br />
2005, o AKO Group adquiriu o fabricante<br />
de pneus turco, começou a desenhar-se a<br />
mudança de estratégia dentro da empresa,<br />
até aqui especializada apenas em pneus<br />
para aplicações militares.<br />
Em 2007, a empresa produziu os primeiros<br />
pneus radiais para tratores e, a partir<br />
daí, abriu as portas a vários segmentos de<br />
mercado. Hoje, a Petlas está presente nas<br />
mais variadas áreas e gamas. É uma das<br />
principais marcas no mundo <strong>dos</strong> pneus,<br />
contando com mais de 40 anos de história<br />
e presença em 98 países. u<br />
Petlas é fundada<br />
a 19 de agosto<br />
1976<br />
2.150<br />
Pessoas trabalham<br />
na Petlas<br />
Petlas opera em<br />
98<br />
países<br />
Área coberta das instalações é de<br />
250.000<br />
milhas quadradas<br />
m 2<br />
Localizada numa área com<br />
2.000.000<br />
milhas quadradas<br />
2007<br />
Início da produção de<br />
pneus radiais de tratores<br />
2008<br />
Início da produção de<br />
pneus de inverno para<br />
automóveis de passageiros<br />
com jantes de 13” a 16”,<br />
em mais de 100 tamanhos<br />
2010<br />
Produção <strong>dos</strong> primeiros<br />
pneus PCR e UHP de<br />
17” e 18”. Investimento<br />
em pneus TBR<br />
2011<br />
Produção <strong>dos</strong> primeiros<br />
pneus UHP DE 19”,<br />
pneus LVR quatro<br />
estações e SUV (A/T)<br />
2012<br />
Produção <strong>dos</strong><br />
primeiros pneus A/T<br />
SUV de inverno com<br />
conhecimento da Petlas<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37
tGn<br />
d<br />
Entrevista<br />
O nosso negócio<br />
em Portugal é<br />
maduro, rentável<br />
e sustentável<br />
A Goodyear Dunlop Iberia atravessa um <strong>dos</strong> melhores perío<strong>dos</strong> da sua história. Alberto<br />
Granadino, diretor-geral, garante que, em Portugal, o negócio é maduro, rentável e<br />
sustentável. Uma entrevista que vale a pena ler do princípio ao fim<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
As marcas Goodyear e Dunlop<br />
dispensam apresentações. Em<br />
Portugal e Espanha, o negócio<br />
assenta numa lógica de organização<br />
ibérica, tendo como responsável máximo<br />
Alberto Granadino. Numa entrevista<br />
concedida à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o diretor-geral<br />
abordou o mercado, os novos produtos e<br />
o futuro.<br />
Como foi o desempenho da Goodyear em<br />
2018 a nível mundial, especialmente na<br />
Península Ibérica?<br />
2018 foi um bom ano para a Goodyear. Regressámos<br />
aos resulta<strong>dos</strong> positivos nas nossas<br />
operações globais. Na EMEA (Europa, Médio<br />
Oriente e África), região onde estão inseri<strong>dos</strong><br />
os países da Península Ibérica, encerrámos<br />
o exercício de 2018 com um pequeno crescimento,<br />
cujo número total andou perto do<br />
milhão de pneus vendi<strong>dos</strong>. Se formos analisar<br />
os merca<strong>dos</strong> de Espanha e Portugal, constatamos<br />
que voltámos a crescer nos segmentos<br />
chave, aqueles que trazem valor acrescentado<br />
(como o das jantes de 17” e superiores), que<br />
é onde nos interessa liderar no futuro.<br />
Quais são as perspetivas para 2019 em<br />
relação a novos projetos, vendas e investimentos<br />
a nível global?<br />
Existem muitos projetos que a Goodyear tem<br />
em curso atualmente, o que nos permitirá<br />
ter uma posição de liderança no futuro.<br />
Recentemente, anunciámos investimentos<br />
importantes na modernização de duas das<br />
nossas fábricas mais importantes da Europa<br />
(Hannau e Fulda, ambas na Alemanha), onde<br />
são produzi<strong>dos</strong> muitos pneus que se vendem<br />
em Portugal. A Goodyear investirá 106<br />
milhões de euros nessas duas fábricas, de<br />
modo a torná-las mais competitivas. O que<br />
significa isto? Com esta transformação, ambas<br />
as unidades terão capacidade para produzir<br />
até três milhões de pneus do segmento mais<br />
rentável e procurado, o que tem início nas<br />
jantes de 17”. Também está em fase final de<br />
desenvolvimento a construção de uma nova<br />
fábrica no Luxemburgo, chamada Mercury,<br />
na qual foram investi<strong>dos</strong> 77 milhões de<br />
euros e que terá capacidade para produzir<br />
500 mil pneus por ano. A Mercury utilizará<br />
um processo patenteado com estações de<br />
trabalho altamente automatizadas e interligadas,<br />
que utilizam tecnologias de fabrico<br />
adaptáveis para produzir, de forma eficiente,<br />
pneus de primeira qualidade em pequenas<br />
quantidades sob pedido, dependendo das<br />
necessidades <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de reposição e<br />
de equipamento original.<br />
E quanto ao lançamento de novos produtos<br />
em 2019?<br />
Há semanas, teve lugar, no Circuito Ascari,<br />
perto de Málaga, um evento muito importante<br />
para a Goodyear. Assinalou-se o lançamento<br />
mundial da nova linha Eagle F1 para o<br />
segmento consumer e foi dado a conhecer o<br />
novo posicionamento da marca. No circuito<br />
Ascari, a Goodyear apresentou, perante mais<br />
de 1.000 clientes de todo o mundo, incluindo,<br />
naturalmente, os do mercado português, os<br />
seus novos pneus para o segmento UHP e a<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Alberto Granadino, Diretor-Geral da Goodyear Dunlop Iberia<br />
al<br />
ber<br />
oraa<br />
ino<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Entrevista<br />
Alberto Granadino<br />
gama que lhe permite regressar ao segmento<br />
UUHP. O Eagle F1 Asymmetric 5 é o novo<br />
modelo para o segmento UHP, que encurta<br />
a distância de travagem em 4% e assegura,<br />
também, maior precisão na direção. Estará<br />
disponível para jantes de 17” a 22”, com<br />
larguras de 205 a 315 mm e séries 50 a 25,<br />
podendo ser monta<strong>dos</strong> em modelos que<br />
variam entre o Volkswagen Golf e veículos<br />
de grandes dimensões, como Mercedes-Benz<br />
o Eagle F1 SuperSport RS, um pneu de circuito<br />
homologado para estrada destinado a<br />
veículos tão especiais como os Porsche 911<br />
GT2 RS ou GT3 RS, de modo a atingir melhores<br />
tempos em circuito. Mas as novidades<br />
de produto não dizem apenas respeito ao<br />
segmento consumer. No mundo das duas<br />
rodas, lançámos um novo modelo hypersport,<br />
chamado Dunlop SportSmart Mk3, e, nos<br />
camiões, apresentámos as novas gamas de<br />
trabalhando em conjunto com os principais<br />
fabricantes de automóveis para dar resposta<br />
às necessidades destes. A nossa liderança em<br />
equipamento de origem permite-nos trabalhar<br />
em conjunto com as principais marcas<br />
de automóveis. Audi, BMW, Mercedes-Benz,<br />
Porsche, Citroën, Renault, Maserati, Jaguar,<br />
Land Rover e muitas outras marcas, trabalham<br />
com a Goodyear para desenvolver os pneus<br />
que são monta<strong>dos</strong> de fábrica nas viaturas e<br />
O mundo da mobilidade está a mudar rapidamente<br />
e nós devemos adaptar-nos a essas alterações<br />
Classe C e BMW Série 3. Inclusivamente, as<br />
versões standard do Porsche 911. Acima deste<br />
ícone, apresentámos, também, a gama Eagle<br />
F1 SuperSport, que contempla três pneus<br />
desenvolvi<strong>dos</strong> para serem utiliza<strong>dos</strong> em<br />
estrada e em circuito, com três níveis claramente<br />
diferencia<strong>dos</strong>. Para uma utilização<br />
em estrada e algumas incursões ocasionais<br />
em circuito, existe o Eagle F1 SuperSport,<br />
com jantes de 18” a 21”, projetado para veículos<br />
compactos e desportivos de elevado<br />
desempenho, tal como o Volkswagen Golf<br />
GTI, para berlinas de elevado rendimento,<br />
como BMW M3 e Mercedes-AMG C63, ou<br />
para superdesportivos de utilização diária,<br />
como o Porsche 911 Turbo. A seguir, existe<br />
o Eagle F1 SuperSport R, para uma utilização<br />
50% em estrada e 50% em circuito, estado<br />
disponível, também, em jantes de 18” a 21”.<br />
Foi desenvolvido para versões mais focadas<br />
no desempenho, como Volkswagen Golf GTI<br />
Clubsport, BMW M4 CS ou Porsche 911 GT3.<br />
Mas a principal estrela desta nova gama é<br />
pneus de longo curso K-Max e FuelMax Gen2.<br />
Toda esta panóplia de novidades reforça a<br />
nossa posição no mercado e traduz que a<br />
Goodyear não deixa de investir para colocar<br />
no mercado os melhores pneus, sendo uma<br />
garantia para os clientes que confiam em nós.<br />
Que visão tem a Goodyear em relação ao<br />
pneu do futuro?<br />
O mundo da mobilidade está a mudar muito<br />
rapidamente e nós, como elemento chave<br />
dessa mobilidade, devemos adaptar-nos às<br />
alterações. Nos últimos tempos, temos assistido<br />
a fabricantes tradicionais de automóveis<br />
a entrar em novos negócios relaciona<strong>dos</strong> com<br />
a mobilidade, como, por exemplo, o carsharing<br />
ou as scooters elétricas urbanas. O que<br />
sabemos é que os automóveis do futuro continuarão<br />
a necessitar de pneus. E esses pneus<br />
terão de ser capazes de estar conecta<strong>dos</strong> com<br />
o veículo, de receber e transmitir informação<br />
e de ser inteligentes. Neste sentido, a<br />
Goodyear está a fazer grandes progressos,<br />
que, em seguida, são coloca<strong>dos</strong> à venda no<br />
mercado de substituição. O melhor exemplo<br />
de como deve ser o pneu conectado<br />
do futuro é-nos trazido pela parceria que<br />
temos com a Tesloop, uma empresa que<br />
opera com veículos autónomos da Tesla no<br />
estado norte-americano da Califórnia. Esses<br />
veículos percorrem uma média de até 27 mil<br />
km por mês. Os pneus Goodyear utiliza<strong>dos</strong><br />
integram sensores, cujo objetivo é melhorar<br />
a gestão global do pneu e maximizar o seu<br />
tempo de atividade na frota, sendo capazes<br />
de medir e registar, de forma contínua, a pressão<br />
e a temperatura. Esta valiosa informação<br />
é combinada com outros da<strong>dos</strong> do veículo<br />
e conecta-se aos algoritmos armazena<strong>dos</strong><br />
na “nuvem” da Goodyear para melhorar as<br />
operações globais da frota e prever quando<br />
os pneus necessitam de serviço ou de serem<br />
substituí<strong>dos</strong>, podendo ser programadas as<br />
mudanças na mesma altura em que se recarregam<br />
as baterias. Tudo isto, que parece<br />
muito futurista no segmento consumer, já<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
está a ser aplicado na unidade de negócio<br />
de camião, onde todas estas características<br />
fazem parte do pacote de serviços e soluções<br />
que oferecemos às frotas e aos transportadores<br />
que trabalham connosco e que fazem<br />
parte do programa Goodyear Total Mobility.<br />
Considera positiva a participação em salões<br />
internacionais? Que benefícios traz<br />
para a Goodyear?<br />
saber antecipar as necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />
e dar-lhes o apoio que estes necessitam de<br />
um fabricante são essenciais para mantermos<br />
a estabilidade como um <strong>dos</strong> principais<br />
players do setor.<br />
Qual o segmento de pneus que considera<br />
ter mais futuro? Porquê?<br />
O de jantes de 17” para cima. Isso mesmo é<br />
demonstrado pelo crescimento de 8,3% ao<br />
ano alcançado na região EMEA no segmento<br />
UHP nos últimos tempos. Em Portugal, o crescimento<br />
de dois dígitos em 2018 neste tipo<br />
de produtos é outro bom exemplo, refletindo<br />
a tendência do parque circulante de veículos,<br />
que cada vez utiliza jantes de maior diâmetro.<br />
Devemos, também, prestar especial atenção<br />
ao mercado de veículos elétricos e “eletrifica<strong>dos</strong>”,<br />
que, em Portugal, tem mais vantagens<br />
fiscais do que em Espanha. Neste segmento,<br />
também são requisita<strong>dos</strong> pneus para jantes<br />
de 17” em diante. A posição da Goodyear<br />
também é muito forte nesta área. O Tesla<br />
Model X monta pneus Goodyear Eagle F1<br />
em jantes de 22”, o Jaguar I-PACE equipa com<br />
Eagle F1 de 20” e o mais recente Audi e-tron<br />
faz uso de pneus Eagle F1 em jantes de 21”,<br />
para citar três exemplos atuais.<br />
Quais são, hoje, os maiores desafios para<br />
um fabricante de pneus?<br />
Sem dúvida que operamos num mercado<br />
Há quanto tempo está a Goodyear presente<br />
no mercado português?<br />
Esta pergunta não poderia ter vindo em<br />
melhor altura. Em 2019, celebramos 60<br />
anos desde que a Goodyear foi constituída<br />
como empresa em Portugal, o que aconteceu<br />
em março de 1959. Com seis décadas<br />
no mercado, podemos afirmar que a nossa<br />
experiência em Portugal é sólida e madura.<br />
E em relação à Vulco, que análise faz?<br />
A Vulco é a nossa rede abandeirada e tem<br />
uma presença muito destacada em Portugal,<br />
onde conta, após as últimas adições, com 40<br />
oficinas. Atualmente, temos uma cobertura<br />
muito boa, que nos permite prestar serviço<br />
a qualquer cliente em zonas estratégicas do<br />
país. Mas não descartamos novas adesões,<br />
desde que nos permitam melhorar a cobertura<br />
em áreas chave. Os planos para a<br />
rede passam pela continuidade da aposta<br />
na formação e no apoio, em linha com os<br />
planos que temos vindo a executar nos últimos<br />
anos. Assim como começar a pensar<br />
em como adaptar os modelos de negócio às<br />
necessidades <strong>dos</strong> condutores do futuro, que<br />
não serão iguais aos atuais devido à evolução<br />
da mobilidade.<br />
Que comparação faz entre os merca<strong>dos</strong><br />
português e espanhol?<br />
Ambos os merca<strong>dos</strong> são maduros e estáveis,<br />
em 2019, celebramos 60 anos desde que a goodyear<br />
foi constituída como empresa em Portugal<br />
A Goodyear está presente internacionalmente<br />
apenas no Salão de Genebra, que<br />
é visto como uma montra fantástica para<br />
mostrarmos as nossas inovações e a visão<br />
que temos acerca do pneu do futuro. Na<br />
nossa empresa, to<strong>dos</strong> os dias milhares de<br />
engenheiros trabalham afincadamente para<br />
desenvolver e melhorar os nossos produtos,<br />
assim como a pensar como devem ser<br />
eles no futuro. E, isso, é algo que outros fabricantes<br />
não fazem. Por esse motivo, um<br />
certame como o de Genebra é o local ideal<br />
para mostrarmos ao grande público a aposta<br />
continuada que fazemos na área da inovação.<br />
Que medidas entende serem prioritárias<br />
para garantir a sustentabilidade do negócio<br />
de pneus em Portugal?<br />
O nosso negócio em Portugal é maduro, rentável<br />
e sustentável, pelo que a prioridade<br />
é continuarmos a fazer as coisas como nos<br />
últimos anos. Ganhar quota de mercado nos<br />
pneus para jantes de grandes dimensões,<br />
muito complexo, no qual existem muitos<br />
fatores que devemos gerir. O que mais nos<br />
tem afetado nos últimos tempos é o aumento<br />
do preço das matérias-primas, algo que é,<br />
de resto, transversal a to<strong>dos</strong> os fabricantes.<br />
Quanto mais aumentam os preços <strong>dos</strong> materiais<br />
com que são fabrica<strong>dos</strong> os pneus, mais<br />
caros fica produzi-los e, logicamente, nem<br />
sempre é possível transferir esse aumento<br />
de custo para o mercado. Outros fatores que<br />
nos afetam diretamente são práticas como<br />
a venda de pneus usa<strong>dos</strong>, algo que acarreta<br />
grandes riscos para o condutor, já que não é<br />
possível garantir as condições mínimas de<br />
segurança com este tipo de produtos.<br />
Que perspetivas tem a Goodyear para o<br />
mercado português?<br />
O mercado português, enquanto for maduro<br />
e estável, continuará a ser uma prioridade<br />
para a Goodyear. No início deste ano, Portugal<br />
registou um crescimento percentual<br />
superior ao mercado espanhol.<br />
ainda que existam, logicamente, diferenças<br />
notáveis em alguns aspetos entre os dois. Por<br />
exemplo, Portugal cresceu no ano passado<br />
e tem vindo a crescer em 2019 comparativamente<br />
a Espanha a nível de sell out. Este<br />
crescimento ocorre tanto no que diz respeito<br />
ao mercado total como no segmento das jantes<br />
de 17” para cima. Em Espanha, devido ao<br />
clima e à geografia do país, as temperaturas<br />
são mais extremas do que em Portugal e levou<br />
a que os pneus All Season, que não eram<br />
vendi<strong>dos</strong> em Portugal, ganhassem expressão<br />
no mercado espanhol. Esta é outra diferença<br />
notável entre os dois merca<strong>dos</strong> da Península<br />
Ibérica. O espanhol é mais sensível ao clima<br />
do que o português. Por isso, na Goodyear<br />
Iberia, operamos em dois merca<strong>dos</strong> com<br />
semelhanças e diferenças entre eles, razão<br />
pela qual parte <strong>dos</strong> nossos equipamentos<br />
são ibéricos e outros são específicos para o<br />
mercado português, de modo a dar resposta<br />
às necessidades específicas <strong>dos</strong> clientes portugueses.<br />
u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Entrevista<br />
A Tiremaster<br />
encontra-se<br />
numa fase de<br />
expansão<br />
Sereno, humilde, low profile. Rafael Louzán<br />
pertence à terceira geração de um grupo que<br />
foi fundado, em 1942, no país vizinho, por Jesús<br />
Louzán Giráldez, seu avô. Há cerca de oito anos,<br />
o Grupo Louzan criou a Tiremaster, que, tal como<br />
destaca o gerente nesta entrevista, se encontra<br />
numa fase de expansão<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Rafael Louzán, Gerente da Tiremaster<br />
A<br />
Tiremaster nasceu há cerca de oito anos em Leça da Palmeira<br />
pelas mãos do Grupo Louzan, que considerou interessante<br />
entrar, de forma direta, no mercado português. Numa<br />
entrevista concedida à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Rafael Louzán,<br />
gerente, que representa a terceira geração de um grupo fundado, em<br />
1942, pelo seu avô, Jesús Louzán Giráldez, no país vizinho, abordou a<br />
história da Tiremaster, os projetos de expansão e as grandes apostas<br />
da empresa.<br />
Qual é a história que está por detrás da Tiremaster?<br />
A Louzan, que é, hoje, um grupo, consiste na 15.ª maior empresa de<br />
distribuição de pneus em Espanha. Há cerca de oito anos, adquiriu,<br />
em Portugal, a Bompneu, que estava a atravessar uma situação económica<br />
muito difícil. Esta é a origem da Tiremaster, que, quando foi<br />
criada, já tinha este nome. Os clientes da Bompneu, bem como a sua<br />
equipa, já eram muito bons. Foi isso que nos animou a dar este passo<br />
em Portugal. Antes de criarmos a Tiremaster, entrevistámos cada um<br />
<strong>dos</strong> colaboradores da Bompneu. Percebemos logo o enorme potencial<br />
que havia para entrar no mercado português de forma direta. O<br />
Grupo Louzan, que está localizado em Porriño, perto da fronteira com<br />
Portugal, é proprietária da Tiremaster. Eu faço parte da terceira geração<br />
do negócio, que começou com o meu avô, há 77 anos.<br />
Pode dizer-se que a Tiremaster aposta em três eixos distintos?<br />
Absolutamente. O primeiro, é o ponto de venda ao público, no qual<br />
prestamos serviço a veículos ligeiros, comerciais, 4x4, pesa<strong>dos</strong> e de<br />
engenharia civil. Desde o tratamento de toda a parte <strong>dos</strong> pneus, serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> e manutenção de automóveis ligeiros. O segundo, é a<br />
assistência a frotas de camiões 24 horas por dia, 365 dias por ano.<br />
Para esse efeito, dispomos de duas carrinhas e um camião-grua, bem<br />
como uma equipa de técnicos com mais de 15 anos de experiência.<br />
Além disso, a Tiremaster pertence a uma rede líder de assistência 24<br />
horas a pneus da Península Ibérica (SEAS 24 Horas S.L.), que, por sua<br />
vez, integra o grupo europeu TEN, o que nos possibilita dar assistência<br />
noturna. O terceiro, é a revenda de pneus, com base numa estratégia<br />
clara multimarca/multiproduto.<br />
A Tiremaster encontra-se, atualmente, numa fase de expansão...<br />
De facto, a Tiremaster está a atravessar uma fase mais “expansiva”.<br />
Implementámo-nos no norte de Portugal, onde criámos um armazém<br />
e ampliámos a equipa comercial. Mas estamos a operar, também, na<br />
zona de Lisboa. Somos 15 pessoas na Tiremaster. Até há pouco tempo,<br />
tínhamos apenas uma oficina. Agora, temos um armazém também,<br />
que nos permite fazer uma distribuição a nível nacional e não apenas<br />
na região norte de Portugal. Em 2018, contratámos um comercial para<br />
a zona sul e estamos a expandir o nosso negócio. Dentro de pouco<br />
tempo, prevemos abrir um armazém em Lisboa. Vendemos pouco<br />
para fora da região norte, mas queremos expandir-nos para sul. O<br />
novo armazém vai ajudar. O nosso objetivo é duplicar a faturação<br />
dentro de dois anos.<br />
Como define a Tiremaster?<br />
A Tiremaster é uma empresa séria e sólida, que não está obcecada<br />
com volumes nem com vendas. Pensa e define bem os seus objetivos.<br />
Gosta de fazer as coisas com calma. Dentro de pouco tempo,<br />
pretendemos abrir um armazém no sul de Portugal para expandirmos<br />
o nosso negócio. Queremos dar um passo de cada vez. Não somos<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Entrevista<br />
Rafael Louzán<br />
um distribuidor de volume nem uma empresa<br />
que faz negócio de qualquer maneira,<br />
olhando apenas para o preço. Esta forma de<br />
estar no mercado foi-me passada pelo meu<br />
avô e pelo meu pai. Queremos replicar na<br />
zona sul o bom trabalho que temos feito no<br />
norte de Portugal. Pertenço a uma família<br />
trabalhadora. A família Louzan não gosta<br />
de protagonismo. Prefere, antes, trabalhar<br />
em silêncio e deixar os resulta<strong>dos</strong> aparecer.<br />
Qual é a especialidade da Tiremaster?<br />
Para além de to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong><br />
com pneus, fazemos mecânica rápida (distribuições,<br />
pastilhas, mudanças de óleo...),<br />
que assegura cerca de 25% do nosso volume<br />
total de faturação. Mas é nossa intenção aumentar<br />
essa percentagem. Além disso, somos<br />
distribuidores, há muitos anos, de Michelin e<br />
Hankook (esta de forma direta em Portugal).<br />
Mas comercializamos Continental, Mabor,<br />
Goodyear, Bridgestone, Firestone... E, depois,<br />
somos representantes exclusivos da Z Tyre,<br />
do Grupo Zenises, e da Westlake, uma das<br />
marcas da ZC Rubber. Comercializamos pneus<br />
a tiremaster é uma empresa séria e sólida, que<br />
não está obcecada com volumes nem com vendas<br />
para os segmentos premium, quality e budget.<br />
E para veículos de passageiros, comerciais<br />
ligeiros e camiões. O volume de faturação<br />
da Tiremaster, no que aos pneus diz respeito,<br />
divide-se entre ligeiros e de camião, numa<br />
relação de 50% para cada lado.<br />
As marcas Westlake e Z Tyre são as grandes<br />
apostas da empresa?<br />
Sem dúvida. São duas marcas muito importantes,<br />
ainda que cada uma pelas suas razões.<br />
A Westlake é uma marca de projeção, que,<br />
dentro de cinco, seis ou sete anos, será um<br />
player muito importante a nível mundial. Já<br />
a Z Tyre, tem um conceito distinto. É produzida,<br />
tal como a Westlake, na China, mas foi<br />
desenhada na Europa para o mercado europeu.<br />
É uma marca de altas prestações. O que<br />
vendemos na Z Tyre são, sobretudo, pneus<br />
para jantes de 17” e superiores, uma vez que<br />
concorre no mercado de gama alta. No caso<br />
da Westlake, que é uma marca mais generalista,<br />
tem uma oferta mais vasta (começa<br />
em jantes de 13”) e concorre numa gama<br />
média. Ambas representamos em regime de<br />
exclusividade para Portugal, ainda que, no<br />
caso da Z Tyre, a comercialização seja feita<br />
através de 40 agentes exclusivos, mais localiza<strong>dos</strong><br />
no norte de Portugal. Já a Westlake,<br />
vendemos diretamente às casas de pneus.<br />
Todas as encomendas saem, atualmente, do<br />
nosso armazém, em Leça da Palmeira. Na zona<br />
norte, dispomos de entregas bi-diárias. No<br />
resto do país, asseguramos o fornecimento<br />
em 24 horas. Com a abertura do armazém em<br />
Lisboa, a nossa intenção é assegurar entregas<br />
bi-diárias também no sul.<br />
A Westlake prepara-se para ser uma marca<br />
de referência a nível mundial?<br />
Prepara-se. É interessante verificar o processo<br />
que está a ser levado a cabo pelo governo<br />
chinês, que eliminou uma série de marcas<br />
para ficar apenas com algumas importantes<br />
a nível mundial. A ZC Rubber, proprietária da<br />
Westlake, é o principal fabricante de pneus<br />
na China e o 10.° a nível mundial. A Westlake<br />
é 100% participada pelo governo chinês, ao<br />
contrário de outras marcas deste país que<br />
encontramos no mercado, cuja participação<br />
do governo chinês é de 25%. A Westlake é<br />
uma aposta forte do governo chinês. E dentro<br />
de poucos anos, terá um crescimento exponencial<br />
em qualidade e quota de mercado<br />
a nível mundial. É esta a mudança que está<br />
a acontecer no mundo <strong>dos</strong> pneus chineses.<br />
Que balanço faz da participação da Tiremaster<br />
na expoMECÂNICA 2019?<br />
Destacámos na feira as duas marcas próprias<br />
que representamos em regime de exclusividade<br />
para Portugal, Westlake e Z Tyre, que<br />
oferecem uma garantia única no mercado. E<br />
que explica porque apostamos tanto nelas.<br />
To<strong>dos</strong> os fabricantes de pneus oferecem garantia<br />
contra defeitos de fabrico. É de lei. Mas<br />
a vantagem da Westlake e da Z Tyre, é que<br />
incluem uma garantia adicional de satisfação<br />
de 30 dias. O que significa que, durante este<br />
período, se o cliente, por alguma razão, não<br />
gostar <strong>dos</strong> pneus depois de tê-los experimentado,<br />
pode perfeitamente devolvê-los sem<br />
ter de dar sequer uma explicação. Tirando a<br />
Westlake e a Z Tyre, nenhuma marca faz isto.<br />
Mais: estas duas marcas ainda dispõem de<br />
garantia que dura todo o ciclo de vida do<br />
pneu. Em caso de desgaste, furo ou toque<br />
num passeio, é colocado um pneu novo no lugar<br />
do danificado para que o condutor possa<br />
continuar a desfrutar do produto e gastá-lo<br />
até ao final da sua vida útil. u<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Empresa<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Tuga <strong>Pneus</strong><br />
Nova marca para<br />
empilhadores<br />
A Tuga <strong>Pneus</strong> tem apostado na diversificação de mercado com os pneus<br />
para pesa<strong>dos</strong> e, mais recentemente, com uma nova marca de pneus para<br />
empilhadores, denominada Velox<br />
Por: João Vieira<br />
Com as novas instalações a funcionar<br />
em pleno, Filipe Sereno<br />
decidiu incrementar a venda de<br />
pneus para empilhadores com<br />
a nova marca Velox. Trata-se de um pneu<br />
maciço fabricado, na Índia, que a empresa<br />
comercializa, em exclusivo, para a Península<br />
Ibérica. “Quisemos reforçar a nossa presença<br />
no mercado de pneus para empilhadores<br />
com uma marca de qualidade e um serviço<br />
especial. Deslocamo-nos às instalações <strong>dos</strong><br />
clientes para ir buscar as rodas com os pneus<br />
maciços usa<strong>dos</strong> e devolvemos as rodas com<br />
os pneus novos já monta<strong>dos</strong>. É um serviço<br />
que faz a diferença”, refere Filipe Sereno.<br />
Para realizar este serviço, a Tuga <strong>Pneus</strong><br />
dispõe de uma prensa específica, que faz<br />
a desmontagem e montagem do pneu com<br />
toda a segurança. Embora este mercado<br />
seja reduzido, a concorrência é menor e<br />
as vendas ajudam a empresa a aumentar a<br />
sua quota de mercado nestes segmentos,<br />
juntamente com pneus de camião e jantes.<br />
BALANÇO POSITIVO<br />
Em termos globais, o ano de 2018 foi positivo<br />
para a Tuga <strong>Pneus</strong>. “Crescemos no segmento<br />
de pneus para camião, onde conseguimos<br />
vender mais unidades, e baixámos um pouco<br />
as vendas nos pneus de turismo. Mas conseguimos<br />
ganhar nas outras áreas”, revela<br />
Filipe Sereno.<br />
A nível de produto para veículos ligeiros,<br />
para além das marcas premium, a empresa<br />
comercializa marcas provenientes da China.<br />
Está a fazer quatro entregas diárias com carrinhas<br />
próprias na zona do Porto e para o<br />
restante país trabalha com transportadoras.<br />
A Tuga <strong>Pneus</strong> dispõe de dois armazéns, com<br />
uma área de 5.000 m 2 , um stock médio de<br />
30.000 pneus e uma equipa de 15 colaboradores.<br />
Sobre o futuro do comércio de pneus, no<br />
geral, Filipe Sereno é da opinião que “vão<br />
aparecer mais dificuldades para os distribuidores,<br />
porque o mercado não está a<br />
crescer. Pelo contrário, está estabilizado. E<br />
a concorrência está cada vez mais agressiva,<br />
principalmente da parte <strong>dos</strong> fabricantes, que<br />
chegam diretamente à oficina”.<br />
A concluir, Filipe Sereno afirma: “O futuro<br />
não me parece que seja muito risonho.<br />
Temos de manter uma estrutura pequena,<br />
minimizar to<strong>dos</strong> os custos e diversificar os<br />
merca<strong>dos</strong>. Queremos consolidar as vendas<br />
com a mesma equipa. Vender o dobro ou o<br />
triplo não me interessa, porque isso obriga a<br />
aumentar a estrutura. Interessa sim, ter uma<br />
base pequena para ser competitivo”. u<br />
Tuga <strong>Pneus</strong><br />
Administrador Filipe Sereno | Sede Rua Serpa Pinto, n.° 161, 4050 – 585 Porto | Telefone 229 687 004 | Fax 229 686 427<br />
Email geral@tugapneus.pt | Site www.tugapneus.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Racing Mania<br />
FALKEN É MAIS-VALIA<br />
A oficina de Penacova aposta na parceria com a AB Tyres desde<br />
o seu nascimento, ainda em Coimbra. A marca Falken é encarada<br />
como uma mais-valia para o negócio<br />
A<br />
Racing Mania surgiu em<br />
Coimbra, há dois anos, num<br />
armazém que João Pedro,<br />
proprietário da oficina, já<br />
dispunha. Mas, seis meses<br />
depois, o responsável começou a pensar<br />
em grande. E adquiriu os dois lotes onde,<br />
hoje, se erguem, majestosamente, os edifícios.<br />
Durante o tempo em que as obras<br />
decorreram, o proprietário foi adquirindo<br />
os equipamentos que considerou necessários<br />
para se distinguir <strong>dos</strong> outros, porque,<br />
tal como indica, “não queria ser mais uma<br />
oficina”.<br />
Ainda em Coimbra, João Pedro começou<br />
a sua aventura juntamente com a Falken,<br />
sendo a marca da Sumitomo Rubber Company,<br />
hoje, a maior aposta da empresa.<br />
O proprietário define-a, aliás, como uma<br />
“aposta de qualidade”. Por isso, não é de<br />
estranhar que se encontre nas suas instalações<br />
máquinas topo de gama para todo<br />
e qualquer serviço, desde a montagem de<br />
pneus Run Flat até pneus pesa<strong>dos</strong>. Muitas<br />
máquinas que existem na oficina são importadas,<br />
pelo que são pouco utilizadas<br />
em Portugal.<br />
Da calibragem ao diagnóstico, a Racing<br />
Mania está em todas as frentes. João Pedro<br />
explica: “Alinhamos, por exemplo, a direção<br />
de um veículo, mas ele continua com um<br />
ligeiro desvio. Temos uma máquina que<br />
mede a tração do pneu na estrada e que<br />
nos permite perceber se existe algum defeito<br />
no pneu”. Nesse caso, é possível entregar o<br />
pneu à marca para que este seja trocado.<br />
“Sugerimos os pneus Falken aos clientes<br />
essencialmente pela excelente relação<br />
qualidade/preço que apresentam. Estamos<br />
perante um bom pneu comercializado a um<br />
preço bastante acessível”, frisa João Pedro. E<br />
as vendas falam por si. O proprietário afirma<br />
que, anualmente, a Racing Mania comercializa<br />
entre 600 a 1.000 pneus Falken. Só no<br />
passado mês de março, a oficina colocou<br />
500 unidades Falken no mercado.<br />
Tendo dois armazéns ao seu dispor, João<br />
Pedro optou por “separar as águas”. Num<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Publireportagem<br />
HÁ 15 ANOS COM A AB TYRES<br />
Parceria de sucesso<br />
Com um stock de cerca de 700<br />
pneus, entre ligeiros, Run Flat e<br />
pesa<strong>dos</strong>, João Pedro desdobra-se<br />
em elogios para com a empresa<br />
que tem sido sua parceira há mais<br />
de uma década, salientando a<br />
disponibilidade e a proximidade com<br />
o cliente. “Há 15 anos, quando tive a<br />
minha primeira oficina, já trabalhava<br />
com a AB Tyres”, recorda. A aposta<br />
para o futuro passa por aumentar<br />
a gama da marca, mantendo o<br />
produto, mas adicionando medidas<br />
diferentes para continuar a satisfazer<br />
as necessidades do cliente. O<br />
objetivo, esse, é claro: “Queremos<br />
continuar a atingir (e, se possível,<br />
superar) os objetivos que temos<br />
defini<strong>dos</strong> com a Falken”, adianta.<br />
faz todo e qualquer serviço para veículos<br />
ligeiros. Já o armazém contíguo, está altamente<br />
preparado para receber veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
No que toca à maquinaria, dispondo<br />
a maioria <strong>dos</strong> equipamentos de montagem<br />
e calibragem de pneus pesa<strong>dos</strong> de um comando<br />
ligado por fio, os que se encontram<br />
na Racing Mania são wireless, o que faz com<br />
que o mecânico que as opere tenha total<br />
liberdade de movimentos, facto que lhe<br />
permite realizar outras tarefas.<br />
APOSTA NA “ELETRIFICAÇÃO”<br />
Como nem só de pneus vive esta oficina,<br />
João Pedro levanta o véu para nos revelar<br />
que já se encontra a apostar na formação<br />
RACING MANIA<br />
Gerente<br />
João Pedro<br />
Morada<br />
Zona Industrial da Alagoa, Lote B4/<br />
B5, 3360 - 052 Figueira de Lorvão<br />
(Penacova)<br />
Telemóvel<br />
916 702 449<br />
Email<br />
joaopedro@racingmania.pt<br />
para começarem a intervencionar veículos<br />
elétricos. O proprietário vai ainda mais longe<br />
e revela que pretende mesmo colocar postos<br />
de carregamento nas suas instalações,<br />
devido à parca oferta existente na região.<br />
Para além <strong>dos</strong> postos de carregamento<br />
para veículos elétricos, o proprietário está<br />
ainda a preparar uma pequena sala de espera<br />
para oferecer aos clientes uma forma<br />
mais cómoda de esperar enquanto o seu<br />
veículo recarrega as baterias. Ainda a pensar<br />
no futuro e apostando nos veículos elétricos,<br />
João Pedro não esquece os motores<br />
de combustão e tem nas suas instalações<br />
uma área totalmente dedicada à reparação<br />
de injetores e turbocompressores. ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Notícias<br />
Empresas<br />
Quer participar<br />
nos Dunlop Days?<br />
A Dunlop dá, pela primeira vez, início, em Portugal e Espanha,<br />
aos Dunlop Days. Esta atividade pretende permitir a qualquer<br />
motociclista que use pneus Dunlop na sua moto rodar com os<br />
mesmos em circuito e com um custo muito contido, já que apenas<br />
terá de despender €40. Os Dunlop Days contam com um completo<br />
programa, composto por seis datas em circuitos de primeira<br />
categoria, distribuí<strong>dos</strong> por toda a Península Ibérica, o qual dará<br />
oportunidade a qualquer motociclista, indepedentemente da sua<br />
origem, de rodar com a sua moto em circuito. O tiro de partida<br />
será dado a 16 de junho no Motorland com a primeira etapa,<br />
terminando, no mês de dezembro, em Jerez. A mecânica para<br />
participar nos Dunlop Days é simples. Uma vez adquirido o jogo de<br />
pneus nas oficinas aderentes, o cliente terá de solicitar às mesmas<br />
um código de validação, que deverá introduzir no seu registo no<br />
site www.dunlopdays.com após selecionar a data e o circuito em<br />
que pretende rodar e pagar €40, nos quais se incluem o seguro e os<br />
custos de gestão. Os lugares disponíveis por circuito são limita<strong>dos</strong>.<br />
Pirelli lançou novela gráfica<br />
para contar a sua história<br />
A Pirelli condensa os seus 147 anos de história em formato de novela gráfica digital de<br />
cinco episódios, que poderá ser seguida no site da marca, em www.pirelli.com. A tecnologia<br />
e a inovação, em termos de produto, a cultura corporativa e a comunicação,<br />
conduzem sempre o espetador para um mundo que mistura técnicas de ilustração,<br />
imagens históricas e gráficos em movimento, que goza de opções de aceder a conteúdo<br />
extra em cada entrega. O projeto procura difundir os episódios mais importantes<br />
da história da Pirelli ao grande público, a partir de materiais procedentes do arquivo<br />
da Fundação Pirelli e das passagens recolhidas pelo livro “Pirelli. Inovação e paixão”,<br />
do professor Carlo Bellavite Pellegrini e publicado por Il Mulino. Os cinco episódios,<br />
acompanha<strong>dos</strong> por uma banda sonora e ilustrações, cobrem toda a história da empresa,<br />
desde a sua fundação, em 1872, até à atualidade. Os últimos 147 anos da Pirelli são<br />
protagoniza<strong>dos</strong> por pessoas, tecnologia e por um espírito pioneiro reconhecido por<br />
todo o mundo, complementado por uma importante tradição histórica e uma cultura<br />
corporativa que une a indústria e a humanidade.<br />
Euro Tyre anuncia<br />
acordo com EUROMASTER<br />
A Euro Tyre continua a investir em parcerias, firmando, desta feita,<br />
um acordo com a rede EUROMASTER para comercialização de pneus<br />
e peças auto. A EUROMASTER é uma das maiores redes de serviço<br />
de pneus e mecânica rápida na Europa desde o seu início, em 1963,<br />
cobrindo todo o tipo de viaturas, desde turismo até 4x4, passando<br />
por comerciais. Por seu turno, a Euro Tyre dispõe do maior stock e<br />
capacidade de resposta nacional, mantendo-se na linha da frente<br />
do serviço de excelência. Esta parceria estabelecida com a Euro Tyre<br />
abrange mais de 70 oficinas da rede EUROMASTER em Portugal.<br />
ContiService inicia segunda fase<br />
da Certificação de Qualidade<br />
No âmbito do plano de atividades definido com vista à Certificação da Qualidade <strong>dos</strong><br />
agentes da rede ContiService, que está, neste momento na sua segunda fase, decorreu<br />
mais uma ação de formação que teve a oficina como tema central. A organização oficinal<br />
no interior e no exterior, a importância de uma boa organização, a gestão de equipas<br />
e o plano de formação, foram alguns <strong>dos</strong> tópicos aborda<strong>dos</strong> nesta ação de formação<br />
ministrada pela Polivalor. Com esta formação, pretendeu-se dotar os participantes<br />
de ferramentas que lhes permitam otimizar e melhorar procedimentos internos e de<br />
organização, com vista à obtenção de ganhos de eficácia e de rentabilidade. Segundo<br />
Sandra Melo, responsável pela rede ContiService, a organização do espaço de trabalho<br />
e tudo o que lhe está subjacente, bem como a gestão de equipas, “são os dois pontos<br />
identifica<strong>dos</strong> como fundamentais para um bom desempenho em qualquer área de<br />
negócio. No final da ação, os nossos parceiros estavam francamente satisfeitos com os<br />
conteú<strong>dos</strong> ministra<strong>dos</strong>, reconhecendo a sua elevada importância”, referiu.<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
LASO põe o “País a Rolar”<br />
com a Bridgestone<br />
A Bridgestone lançou o quarto episódio da webserie “País a Rolar”, onde apresenta o<br />
seu cliente LASO Transportes. A empresa nasceu em 2007 e dedica-se aos transportes<br />
especiais, sendo uma das líderes na Europa, que conta com mais de 960 colaboradores<br />
em Portugal. “Na LASO, temos o lema de ultrapassar obstáculos e de aplicarmos,<br />
diariamente, esta ideia no nosso trabalho. Sendo que o pneu é uma das peças mais<br />
importantes de qualquer transporte. É com a Bridgestone que encontramos a fiabilidade<br />
que necessitamos no dia a dia. Acreditamos que, com o apoio da Bridgestone,<br />
não há obstáculo que nos consiga abrandar”, afirma Paulo Franco, administrador<br />
da LASO Transportes. Sobre a escolha desta empresa, André Bettencourt, diretor de<br />
marketing da Bridgestone Europe Sucursal em Portugal, afirmou que “a LASO é uma<br />
das empresas que mais contribui para desenvolver o país e trabalha numa área difícil,<br />
como é a <strong>dos</strong> transportes especiais, onde a segurança da equipa, <strong>dos</strong> procedimentos e<br />
<strong>dos</strong> equipamentos impacta o sucesso do negócio”. Poderá acompanhar os episódios e<br />
saber mais sobre esta webserie na página de Facebook da Bridgestone Portugal.<br />
Campeonato Europeu de<br />
Camiões FIA com a Goodyear<br />
Com o início da temporada de 2019, a Goodyear confirma o seu<br />
compromisso de longo prazo com as corridas de camiões. Para o<br />
fabricante de pneus, é um orgulho anunciar o prolongamento da<br />
sua parceria com a FIA enquanto fornecedor exclusivo de pneus<br />
do Campeonato Europeu de Camiões por mais três anos, até<br />
2021. To<strong>dos</strong> os participantes competirão, exclusivamente, com<br />
pneus Goodyear Truck Racing. A exclusiva relação alargada com<br />
a FIA e com a Associação Europeia de Corridas de Camiões (ETRA)<br />
proporciona à Goodyear o cenário perfeito para mostrar as suas<br />
inovadoras capacidades tecnológicas em pneus para camiões,<br />
assim como para testar novas tecnologias para pneus em condições<br />
exigentes e competitivas. Os pneus Goodyear Truck Racing são<br />
fabrica<strong>dos</strong> na medida 315/70 R22,5 e utilizam uma carcaça similar<br />
à <strong>dos</strong> pneus Goodyear de série para camiões.<br />
BKT e Cesvi juntos<br />
pela floresta amazónica<br />
Acertar num pneu BKT, montar um puzzle em dois minutos, dar um pontapé numa<br />
bola e fazer golo. Foi este o desafio lançado pela BKT na BAUMA 2019: um circuito<br />
para desportivos experimenta<strong>dos</strong> mas, também, para sinceros amantes do ambiente,<br />
como evocado pelo nome da iniciativa, “Play and stay green!”. Um jogo simples, mas<br />
que irá contribuir, de modo concreto, para sustentar a vida da floresta Amazónica. Graças<br />
à colaboração com a Cesvi, para os 350 participantes que percorreram o circuito<br />
com sucesso, serão mesmo plantadas e protegidas 350 árvores. O planeta está em<br />
perigo, mas a BKT tem-no sempre presente. É, por isso, que se empenha, constantemente,<br />
na pesquisa de processos de materiais mais sustentáveis, além de participar<br />
em projetos internacionais de salvaguarda do ambiente. Partindo da conceção de um<br />
simples jogo, a BKT cumpre, assim, um novo passo na dimensão da responsabilidade<br />
ambiental. E o prémio a ganhar é, como sempre, de altíssimo valor: contribuir para<br />
tornar o mundo um lugar melhor para to<strong>dos</strong>.<br />
Aguesport é o novo<br />
representante da Sportiva<br />
Anteriormente a cargo da rede ContiService, a Sportiva, marca de<br />
pneus do Grupo Continental, passa, agora, a ser distribuída, em<br />
exclusivo, pela Aguesport. As duas empresas assinaram o acordo<br />
de exclusividade, válido para os próximos cinco anos. A Aguesport,<br />
liderada por Pedro Conceição, pretende, assim, juntar à sua oferta<br />
de produtos uma marca com o carimbo de um líder de mercado.<br />
Com a Sportiva, a empresa sediada em Águeda aumenta o seu<br />
portefólio com uma marca de produção europeia e com o aval da<br />
Continental.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
Notícias<br />
Empresas<br />
Goodyear desenvolve protótipo<br />
de pneu para concept Citroën<br />
A Goodyear ficou encarregue de desenvolver o C100, um protótipo de pneu feito<br />
à medida para o protótipo Citroën 19_19, um concept eleito pela Citroën para<br />
comemorar o seu centenário, tendo sido desenhado para oferecer exclusividade,<br />
conforto e privacidade. A Goodyear desenvolveu um pneu exclusivo para<br />
este automóvel, em que se destacam, principalmente, as suas dimensões e uma<br />
estética que combina com o espetacular design do 19_19. O protótipo de pneu<br />
Goodyear C100 foi desenvolvido para oferecer a comodidade e a performance<br />
inteligente que este veículo único requer. Ainda que o C100 seja um projeto puramente<br />
concetual, algumas das tecnologias de que faz uso, como a estrutura<br />
alta e estreita, são já uma realidade, enquanto que, outras, como as capacidades<br />
inteligentes <strong>dos</strong> pneus, estão em desenvolvimento.<br />
Rodrigues & Filhos estabelece<br />
parceria com STARMAXX<br />
A marca STARMAXX passou, desde o passado dia 2 de maio, a ter<br />
como novo importador em Portugal para todas as categorias de<br />
produto a empresa Rodrigues & Filhos. Sediada em Braga, é uma<br />
das mais antigas empresas do setor em Portugal e decidiu, agora,<br />
dar uma nova dimensão ao seu segmento de distribuição, com este<br />
acordo selado, recentemente, com o fabricante de origem turca.<br />
“Vimos como muito aliciante este desafio que nos foi lançado pelo<br />
importante fabricante europeu, porque a marca tem uma gama<br />
de produtos que encaixa perfeitamente na nossa estratégia”,<br />
disse Fernando Rodrigues, administrador da empresa bracarense,<br />
com mais de 60 anos de atividade, que vê nesta parceria uma<br />
oportunidade excelente para servir to<strong>dos</strong> os clientes e, ao mesmo<br />
tempo, explorar novos merca<strong>dos</strong> onde a sua empresa ainda não<br />
estava presente. José Saraiva, diretor comercial da empresa e<br />
elemento fundamental deste projeto, afirmou: “A qualidade <strong>dos</strong><br />
seus produtos e a extensão de gama da marca será um real valor<br />
acrescentado que iremos proporcionar a to<strong>dos</strong> os clientes”.<br />
Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />
participa em ação de limpeza<br />
No âmbito do Encontro anual de Quadros, os colaboradores da Continental<br />
<strong>Pneus</strong> Portugal participaram numa ação de limpeza na praia da Vagueira, em<br />
Vagos, Aveiro. Dividi<strong>dos</strong> em sete grupos, os colaboradores tiveram uma manhã<br />
diferente, onde contribuíram, ativamente, para a limpeza de praias e recolha de<br />
plásticos. A ação foi coordenada pela Surfrider Foundation, organização mundial<br />
sem fins lucrativos dedicada à proteção e valorização ambiental, nomeadamente<br />
<strong>dos</strong> lagos, rios e oceanos. Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />
(CPP), destaca a importância destas iniciativas como alertas para a necessidade<br />
de preservação <strong>dos</strong> oceanos e promoção da proteção do meio ambiente.<br />
“Ações como estas mobilizam as pessoas e geram mudanças de comportamento,<br />
ao mesmo tempo que o voluntariado ambiental assume-se como uma atividade<br />
cívica cada vez mais importante na sociedade atual”.<br />
Tiresur inaugura<br />
armazém no Brasil<br />
Perante o crescimento do volume de negócios da Tiresur no Brasil, o<br />
distribuidor acaba de inaugurar um armazém no estado de Espírito<br />
Santo, ampliando, deste modo, a sua presença numa das regiões mais<br />
importantes do Brasil, como é o caso do sudeste, eixo geográfico<br />
estratégico para o abastecimento da zona central e sul do continente<br />
americano. A presença comercial da Tiresur verifica-se na maior parte<br />
da América Latina e não deixa de crescer em termos de número de<br />
países para onde já exporta, batendo recordes de faturação ano após<br />
ano. Daí que tenha sido necessário contar com dois novos centros<br />
logísticos, que aumentam, consideravelmente, a capacidade de stock<br />
da Tiresur a nível global. Deste modo, a Tiresur conta já com um<br />
total de nove armazéns, <strong>dos</strong> quais quatro estão situa<strong>dos</strong> no Brasil<br />
(Salvador da Baía, Fortaleza, Recife e Espírito Santo), quatro em<br />
Espanha (Granada, Madrid, Barcelona e Santiago de Compostela) e<br />
um em Portugal (Lisboa). Este último, em breve será ampliado com<br />
a construção de um importante centro logístico, cujo terreno foi,<br />
recentemente, adquirido.<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Trelleborg TLC Plus recebe “2019 Disruptor Excellence Award”<br />
O TLC Plus da Trelleborg Wheel Systems é um sistema de controlo avançado, baseado em sensores que medem a pressão <strong>dos</strong> pneus. Na Big<br />
Disruption Conference, realizada, em Amsterdão, nos dias 11 e 12 de abril, a empresa recebeu o “2019 Disruptor Excellence Award”, que celebra<br />
inovações disruptivas. A solução inovadora para medir a pressão <strong>dos</strong> pneus do trator em tempo real para, depois, compará-lo com o objetivo de<br />
pressão ótima, sugerido pela aplicação TLC Plus, foi reconhecido como um grande fator na indústria de agricultura de precisão. O júri foi formado<br />
por executivos seniores de grandes empresas globais com experiência específica em inovação corporativa e transformação digital. Lorenzo Ciferri,<br />
vice-presidente de marketing e comunicações da Trelleborg Wheel Systems, destacou: “O nosso processo de transformação digital começou há<br />
alguns anos, com base na nossa estratégia de oferecer ferramentas inovadoras aos clientes para otimizar as suas operações agrícolas, melhorar a<br />
eficiência das suas máquinas e garantir o desenvolvimento sustentável para a agricultura”.<br />
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Notícias<br />
Empresas<br />
Grupo Soledad renova<br />
plataforma B2B<br />
O Grupo Soledad atualizou a sua plataforma B2B com um design<br />
renovado que procura facilitar o processo de compra, melhorar o<br />
acesso às informações de cada produto e oferecer novas funções<br />
que lhe permitam adaptar-se melhor ao produto e às necessidades<br />
do setor. A empresa continua na vanguarda e está comprometida<br />
com a inovação na distribuição. Por isso, a plataforma B2B também<br />
terá acesso, através da Amazon, à assistente Alexa, que permitirá<br />
formalizar pedi<strong>dos</strong> ou solicitar informações sobre produtos, preços,<br />
prazos de fornecimento e características mais importantes. Tudo<br />
por voz. A Plataforma B2B dispõe de um menu mais visual e<br />
intuitivo, onde as informações mais úteis, gráficos e informações<br />
visuais predominam. Todas estas diferentes opções tornam o B2B<br />
do Grupo Soledad personalizado para cada um <strong>dos</strong> seus milhares<br />
de utilizadores, já que é a própria oficina que decide como deseja<br />
configurar a sua plataforma e quais as informações que precisam<br />
de ter em to<strong>dos</strong> os momentos.<br />
Ricardo Pereira é o novo embaixador<br />
da Nokian em Portugal<br />
Ricardo Alexandre Martins Soares Pereira, conhecido, simplesmente, como Ricardo,<br />
ex-guarda-redes da seleção portuguesa de futebol, é o embaixador da marca Nokian<br />
em Portugal. Utilizador habitual <strong>dos</strong> pneus Nokian nas suas viaturas, Ricardo privilegia<br />
a boa aderência <strong>dos</strong> pneus em estradas secas e molhadas e o baixo ruído de rolamento.<br />
Recentemente, deslocou-se à Pneubase, oficina da rede Euromaster, para montar<br />
o mais recente produto da marca finlandesa, os novos Powerproof. Concebi<strong>dos</strong> para a<br />
condução a alta velocidade, os novos pneus UHP Nokian Powerproof mantêm-se seguros,<br />
precisos e exatos tanto em estradas molhadas como secas. O comportamento<br />
extremamente estável proporciona uma direção muito precisa e oferece tranquilidade<br />
tanto em mudanças de faixa a alta velocidade como em travagens súbitas. A associação<br />
entre Ricardo e a Nokian não podia ser mais clara para os responsáveis da marca.<br />
Tal como Ricardo, a Nokian quer ser o n.º1 da escolha <strong>dos</strong> portugueses. Esta parceria<br />
estratégica reforça a posição da Nokian e a sua assinatura de marca.<br />
©L2ARCHIVE<br />
Nexen Tire inaugura complexo “univerCITY Nexen”<br />
A Nexen Tire anunciou que realizou a cerimónia de inauguração da “univerCITY Nexen”, que deverá ser a força motriz para o crescimento futuro,<br />
no passado dia 30 de abril de 2019. Localizada no complexo industrial de Magok, em Seul, a “univerCITY Nexen” tem um edifício de mais de 57.000<br />
m 2 , com oito andares superiores e dois andares subterrâneos, que inclui complexos comerciais e de pesquisa. O espaço de trabalho foi concebido<br />
como um ambiente de inovação aberta para maximizar a concentração e o trabalho em equipa. Para ajudar a preparar o caminho para uma<br />
tecnologia mais inteligente, entre as várias instalações estão um centro de pesquisa e desenvolvimento (R&D) que pode prever e implementar<br />
desempenhos ideais, como fabricação de produtos OE, tecnologia AI e técnica virtual de pneus. Existe, também, um centro de desempenho para<br />
avaliar a performance de pneus e veículos, bem como um centro de pesquisa de materiais para analisar diversas dimensões nano e macro.<br />
©L2ARCHIVE<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
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Notícias<br />
Empresas<br />
Dispnal Iberia assina<br />
acordo com Petlas<br />
Trelleborg avança com projeto<br />
para redução de CO 2<br />
A Trelleborg Wheel Systems irá redesenhar completamente o processo de produção<br />
de vapor no Sri Lanka, introduzindo uma caldeira de biomassa avançada. Este é um<br />
investimento importante, que não só reduzirá a pegada ambiental da fábrica, como,<br />
também, melhorará a eficiência da produção. As instalações da Trelleborg, localizadas<br />
em Makola, perto de Colombo, empregam mais de 850 pessoas e produzem pneus<br />
sóli<strong>dos</strong> para o manuseamento de materiais e indústrias portuárias. Embora a produção<br />
de vapor seja essencial para o processo de cura de pneus, é tradicionalmente feita<br />
numa caldeira a óleo, que é responsável pelas emissões de CO 2. Agora, a Trelleborg<br />
está a investir numa caldeira de biomassa avançada que reduz as referidas emissões<br />
em mais de 90%.<br />
A Dispnal Iberia, empresa do Grupo Dispnal, anunciou a assinatura<br />
de um acordo com a Petlas para a distribuição exclusiva da marca<br />
de pneus turca em Espanha no que às gamas de turismo (verão<br />
e inverno), van, SUV/4x4 e camião diz respeito, mantendo a<br />
distribuição exclusiva para Portugal de todas as gamas deste<br />
fabricante europeu. Em comunicado, a Dispnal Iberia destaca que<br />
“a Petlas fabrica, na Europa, pneus de turismo, van, SUV/4x4,<br />
camião, agrícolas, industriais, OTR e de avião, dispondo de todas<br />
as certificações de qualidade em conformidade com a norma ISO<br />
9001 e o certificado de garantia de qualidade industrial AQAP-110”.<br />
Rui Chorado, presidente do Grupo Dispnal, destaca que “a ampla<br />
gama de pneus, de qualidade inquestionável, assegura uma oferta<br />
de valor superior aos pontos de venda <strong>dos</strong> nossos clientes. Com a<br />
marca Petlas e a colaboração indispensável <strong>dos</strong> nossos clientes,<br />
oferecemos o melhor serviço do mercado. É uma tripla cooperação<br />
entre fabricante, distribuidores e cliente final”.<br />
Pirelli celebra 25 anos do seu slogan<br />
“A potência sem controlo de nada serve”. Este slogan, lançado há, exatamente, 25<br />
anos, identificou a Pirelli a nível mundial. A empresa dedicou o seu Relatório Anual de<br />
2018 a esta famosa frase, celebrando a efeméride com as reflexões de três escritores<br />
internacionais, uma peça audiovisual e uma coleção de imagens que abordam as suas<br />
múltiplas interpretações. O lançamento do slogan, “A potência sem controlo de nada<br />
serve”, realizou-se em conjunto com uma campanha que ilustrava Carl Lewis, fotografado<br />
por Annie Leibowitz, na clássica posição do velocista nos tacos de partida das<br />
corridas de velocidade, calçando uns sapatos vermelhos de tacão alto. A fotografia,<br />
realizada no Texas, em 1994, é um ícone da criatividade publicitária e transmite uma<br />
mensagem que permaneceu vigente com o passar <strong>dos</strong> anos pela sua grande vinculação<br />
com o produto final: o pneu. Ao mesmo tempo, foi superado os limites do campo<br />
material, porque num veículo, como na vida, “a potência sem controlo de nada serve”.<br />
Esta reflexão intemporal tem interpretações inesgotáveis e ainda hoje guia homens e<br />
mulheres de qualquer geração com o propósito de encontrar um equilíbrio entre dois<br />
elementos, à priori, contraditórios.<br />
ContiService: formação<br />
em equipamento de origem<br />
A rede ContiService, no âmbito do ambicioso plano de formação<br />
definido para 2019, promoveu, em Lisboa e no Porto, ações<br />
direcionadas para técnico de serviços rápi<strong>dos</strong> em manutenção de<br />
equipamento de origem. Com esta formação, pretendeu dotar-se<br />
os participantes de ferramentas que lhes permitam proceder à<br />
manutenção correta do veículo, em função <strong>dos</strong> padrões e das<br />
normas definidas pelo fabricante do mesmo. O conteúdo do módulo<br />
contemplou diversas temáticas, desde o comando do motor,<br />
substituição do kit e distribuição, seguindo a informação técnica<br />
fornecida pelo fabricante do veículo. O sistema de redução de<br />
emissão de gases poluentes, AdBlue, Éolis (PSA) e a manutenção<br />
<strong>dos</strong> sistemas de transmissão preconizada pelo fabricante, foram,<br />
igualmente, objeto de discussão e conversação entre os forman<strong>dos</strong>.<br />
Segundo Sandra Melo, responsável pela rede, “o programa Training<br />
Academy, desenvolvido pelo ContiService, tem como objetivo<br />
proporcionar aos agentes um plano de formação que potencie o seu<br />
negócio no dia a dia e dar um acompanhamento personalizado e<br />
pormenorizado às necessidades de cada um no que diz respeito à<br />
formação técnica – pneus e mecânica – que permitirá prestar um<br />
melhor serviço”.<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Vulco, Galusal e<br />
Alcaide juntas no Porto<br />
A Vulco, rede de oficinas apoiada pela Goodyear<br />
Dunlop, especializada em pneus e mecânica rápida,<br />
continua a crescer e acaba de anunciar a incorporação<br />
de uma nova oficina na cidade do Porto.<br />
A abertura deste espaço representa um antes e depois,<br />
dado que é a primeira vez que dois <strong>dos</strong> maiores<br />
clientes da Vulco em Portugal unem esforços para<br />
desenvolver um projeto comum. A oficina, situada<br />
na Rua Veloso Salgado, conta com modernas instalações<br />
e está equipada para prestar assistência a veículos<br />
de turismo, SUV, 4x4 e, também, camiões. Esta<br />
nova abertura consiste na oficina número 40 que a<br />
Vulco tem associada em Portugal, juntando-se às<br />
mais de 290 que, atualmente, compõem a rede em<br />
Espanha. A inauguração da oficina, que teve lugar<br />
no passado dia 14 de maio, contou com a presença<br />
de Alberto Granadino, diretor-geral da Goodyear<br />
Dunlop Iberia, e de Mario Recio, diretor de retail da<br />
Goodyear Dunlop Iberia, além de outros responsáveis<br />
da empresa. Por parte do Grupo Salco, marcou<br />
presença o seu diretor executivo, Agustín Salinas. Já<br />
em representação da <strong>Pneus</strong> do Alcaide, esteve David<br />
Laureano.<br />
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Notícias<br />
Empresas<br />
Procura-se piloto Michelin<br />
A aliança, iniciada em 2018 pela Michelin e pelo Motor & Sport Institute, ganha maior impulso com as novas ações conjuntas durante o ano de<br />
2019. O patrocínio da equipa Teo Martín Esports no simracing continuará a ser a principal aposta. Faz pouco mais de um ano que a Michelin se<br />
tornou no patrocinador oficial da equipa de simracing MSi eSports e no patrocinador do Motor & Sport Institute (MSi). A aposta da Michelin na<br />
disciplina <strong>dos</strong> eSports assumiu uma nova dimensão com um êxito absoluto na sua primeira temporada. Agora, em 2019, o acordo de colaboração<br />
entre ambas as entidades torna-se ainda mais forte e vai para além do âmbito das competições de videojogos. Enquanto patrocinador do MSi, a<br />
imagem da Michelin tornou-se visível nas suas instalações, um complexo de 15.000 m 2 dedicado à competição, ao ensino e à tecnologia, sempre<br />
centra<strong>dos</strong> no mundo <strong>dos</strong> motores. As exclusivas instalações da Teo Martín, únicas em Espanha, contam com tecnologia de ponta e equipamento<br />
de última geração para impulsionar o talento académico e desportivo, assim como para oferecer novas experiências aos aficiona<strong>dos</strong> do automobilismo.<br />
O ponto forte da colaboração entre a Michelin e a MSi voltará a ser o campeonato “Procura-se piloto Michelin”, que celebra, em 2019, a<br />
sua segunda edição. Uma competição com que se espera encontrar o futuro talento <strong>dos</strong> eSports na disciplina de simracing. A segunda edição do<br />
concurso contará com o mesmo formato de rondas de qualificação para a grande final, que, desta vez, será disputada ao abrigo das finais das ESL<br />
Mapfre Racing Series, que terão lugar em dezembro. O vencedor do concurso conquistará a oportunidade de pilotar um F3 em circuito.<br />
ACAP realiza ação de sensibilização em Coimbra<br />
A ACAP (Associação Automóvel de Portugal), através da sua Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> (CEPP), regressou, no início de junho,<br />
às estradas nacionais, para verificar o estado em que se encontram os pneus <strong>dos</strong> automobilistas portugueses, na nova edição da campanha de<br />
sensibilização pública dirigida aos condutores: “<strong>Pneus</strong>? Muito mais que um acessório, a sua segurança”. Desta vez, a ação foi realizada na cidade<br />
de Coimbra. A ACAP tem levado a cabo ações de sensibilização junto <strong>dos</strong> condutores nas cidades de Lisboa e Porto, iniciando, agora, um plano<br />
mais abrangente a nível nacional, que integra outras zonas do<br />
país, para além <strong>dos</strong> grandes centros urbanos. Esta campanha,<br />
tal como todas as campanhas promovidas pela ACAP, tem como<br />
objetivo a promoção da segurança, a eficiência económica e<br />
ambiental do transporte rodoviário, procurando-se sensibilizar<br />
os automobilistas para a importância <strong>dos</strong> “sapatos” <strong>dos</strong> seus automóveis.<br />
Nas edições anteriores, a campanha revelou resulta<strong>dos</strong><br />
preocupantes, nomeadamente em relação à profundidade<br />
do piso e da pressão <strong>dos</strong> pneus. Em 2018, foi realizado check-up<br />
a cerca de 900 viaturas, verificando-se que, quanto ao desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus (grau, uniformidade e profundidade do desenho da<br />
banda de rodagem), 35% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não estavam<br />
em conformidade e que 48% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não tinham<br />
a pressão correta. No que respeita ao estado global <strong>dos</strong> pneus<br />
verifica<strong>dos</strong>, 32% foi mesmo considerado muito perigoso para<br />
a circulação rodoviária. Às campanhas promovidas pela ACAP/<br />
CEPP, associam-se, ainda, a Valorpneu, a Quercus, a ANSR (Autoridade<br />
Nacional de Segurança Rodoviária), o IMT (Instituto<br />
da Mobilidade e <strong>dos</strong> Transportes), a PSP (Polícia de Segurança<br />
Pública) e a GNR (Guarda Nacional Republicana).<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
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Notícias<br />
Produto<br />
Yokohama aposta forte<br />
na gama GEOLANDAR<br />
A Yokohama iniciou a comercialização do GEOLANDAR X-CV,<br />
um pneu de estrada da gama GEOLANDAR para SUV. O pneu<br />
está disponível em 23 medidas, desde 275/40 R22 108W<br />
até 2<strong>55</strong>/<strong>55</strong> R18 109W. A denominação “CV” do GEOLANDAR<br />
X-CV significa, em inglês, “Crossover Vehicles” (veículos<br />
crossover). É um pneu de utilização 100% de estrada<br />
desenvolvido, especificamente, para este segmento, cada<br />
vez mais popular, de médios e grandes crossovers e SUV<br />
de alto rendimento, que oferecem um desempenho em alta<br />
velocidade e manobrabilidade. Além de cumprir com to<strong>dos</strong><br />
os requisitos de segurança, conforto, durabilidade e eficiência<br />
de combustível ideal para SUV, o GEOLANDAR X-CV dispõe da<br />
designação M+S. Adicionalmente, todas as medidas do pneu<br />
têm código de velocidade “W”, indicado para velocidades<br />
de até 270 km/h. O pneu conta com um piso assimétrico de<br />
quatro sulcos retos e uma combinação de lâminas em 2D e 3D.<br />
Falken AZENIS FK510<br />
equipa Porsche Macan<br />
A Falken foi aprovada como fornecedor de equipamento original para a atual geração<br />
do Porsche Macan com o modelo Azenis FK510, nas medidas 235/60 R18 e 2<strong>55</strong>/<strong>55</strong> R18.<br />
A versão para SUV deste pneu tem código de velocidade “W” (até 270 km/h) e um índice<br />
de carga de 103 e 105. Este pneu para SUV incorpora, com sucesso, um novo e inovador<br />
design que lhe permite oferecer resposta de direção precisa, cujo perfil aumenta perfeitamente<br />
a flexibilidade das paredes laterais. O que se traduz num conforto extraordinário<br />
de condução, garantindo um desempenho muito equilibrado. Este pneu está adaptado<br />
às exigências do Porsche Macan graças a tecnologias como o ACP (pressão constante,<br />
adaptada na sigla em inglês), o que aumenta a potência de travagem, a estabilidade e a<br />
dinâmica de condução.<br />
Bridgestone inova<br />
com lançamentos para a BMW<br />
A Bridgestone, o principal fornecedor de pneus da BMW, está a dinamizar o mercado com a mais recente<br />
tecnologia do setor. As novas versões das Séries X5, 8 e 3 lançadas pela marca alemã vieram comprovar<br />
isso, todas elas dotadas de pneus Bridgestone como equipamento de origem. Os pneus de equipamento<br />
de origem que a Bridgestone fornece foram especificamente desenvolvi<strong>dos</strong> para cada tipo de veículo, um<br />
processo que pode levar mais de dois anos. Isto levou a Bridgestone a reduzir a resistência ao rolamento<br />
para níveis inéditos, diminuindo o consumo de combustível e melhorando a vida útil do pneu, enquanto<br />
tem continuamente melhorado a segurança, travagem, condução e conforto. Ao mesmo tempo, fornece<br />
a Tecnologia Run Flat, criada e aperfeiçoada para permitir que os veículos continuem a andar com pneus<br />
fura<strong>dos</strong>, e a tecnologia Ologic, desenvolvida, especificamente, para atender aos pedi<strong>dos</strong> exclusivos de<br />
veículos elétricos, como os BMW i3, i3s e i8.<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Michelin Track<br />
Connect: o pneu<br />
conectado<br />
Com o lançamento do Michelin Track Connect<br />
na Europa, em 2018, a Michelin tornou-<br />
-se no primeiro fabricante do mercado a<br />
oferecer um pneu conectado para os condutores<br />
que desejam melhorar a experiência<br />
de condução em circuito durante os track days.<br />
Agora, a Michelin lança esta oferta no mercado<br />
português. Uma inovadora solução, derivada<br />
da tecnologia utilizada em competição,<br />
com a qual os condutores podem dispor de<br />
aconselhamento e informação personalizada<br />
para ajustar a pressão <strong>dos</strong> pneus de<br />
forma adequada, em função das condições<br />
do circuito, com o objetivo de melhorar a performance.<br />
O sistema funciona graças à aplicação<br />
Michelin Track Connect, que o condutor<br />
pode instalar no seu smartphone, e aos sensores<br />
instala<strong>dos</strong> no interior <strong>dos</strong> pneus, que estão<br />
encarregues de receber e enviar a informação<br />
a um recetor que se coloca no interior do<br />
veículo. O recetor transmite a informação à<br />
app Michelin Track Connect.<br />
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Notícias<br />
Produto<br />
Continental lança primeiro pneu para autocarros elétricos<br />
Os autocarros elétricos são, regra geral, mais pesa<strong>dos</strong> do que os seus congéneres Diesel devido ao peso das baterias. Para responder a esta necessidade,<br />
é necessário combinar aderência, robustez e capacidade de carga superior face a um pneu “convencional”. A Continental dá resposta<br />
a esta necessidade com os novos pneus Conti Urban HA3 315/60 R22.5 154/148J (156/150F). Estes pneus, para to<strong>dos</strong> os eixos, direciona<strong>dos</strong> para<br />
o transporte urbano de passageiros, apresentam uma aderência excelente e uma capacidade de carga até oito toneladas por eixo, ou seja 0,5<br />
toneladas a mais do que o convencional. O Conti Urban HA3 apresenta um índice de carga superior graças à sua carcaça robusta, com elevada<br />
densidade e espessura de aço. Dispõe, também, de um composto do piso com elevada durabilidade, com uma elevada proporção de borracha<br />
natural, o que aumenta a resistência à abrasão, cortes múltiplos e arrancamentos, proporcionando uma longa vida útil à utilização total do potencial<br />
de quilometragem do pneu.<br />
Aeolus oferece garantia<br />
de 100% para os seus pneus<br />
Na compra de pneus Aeolus, o cliente recebe uma garantia de 100% por dois anos. A<br />
Aeolus é a única marca a oferecer este tipo de garantia neste segmento. Tal significa que o<br />
cliente será totalmente reembolsado, independentemente da causa, se o pneu tiver de ser<br />
substituído dentro de dois anos. Esta garantia, juntamente com a garantia de revestimento e<br />
assistência rodoviária 24 horas por dia e 7 dias por semana, comprova a sólida relação preço/<br />
qualidade <strong>dos</strong> pneus Aeolus. Desde 2016 que os pneus são produzi<strong>dos</strong> sob licença e com o<br />
know-how da Pirelli. Isto resultou em pneus com tecnologia de alta qualidade e baixo preço<br />
por quilómetro. Os pneus são tão fiáveis que a fábrica está disposta a oferecer uma garantia<br />
extra, além da garantia standard. O que dá aos utilizadores paz de espírito durante dois anos<br />
após a compra, visto que estes não terão de despender dinheiro se os pneus precisarem de<br />
ser repara<strong>dos</strong>. A Aeolus está a usar o lema “Dare us” (Desafie-nos), para lançar a sua nova<br />
campanha de garantia.<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />
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Notícias<br />
Produto<br />
Michelin amplia gama<br />
de pneus para<br />
camiões e reboques<br />
Os X Multi HD D, para eixo motriz, e X Multi T2, para<br />
eixo de reboques de plataforma baixa, destina<strong>dos</strong> ao<br />
setor do transporte polivalente regional de médio curso,<br />
chegam ao mercado com performances melhores,<br />
graças a um desenho inovador da banda de rolamento<br />
e a uma estrutura de carcaça reforçada. Os pneus<br />
Michelin X Multi HD D, nas medidas 315/70 R22.5 e<br />
315/80 R22.5, foram desenvolvi<strong>dos</strong> para eixos motrizes<br />
de unidades tratoras, destinadas ao transporte regional<br />
com condições de utilização mais duras, como<br />
são os transportes especiais, o acesso a zonas não<br />
asfaltadas no ambiente rural e/ou de obras.<br />
A sigla HD significa Heavy Duty (Trabalhos<br />
Duros). Já os pneus Michelin X Multi T2,<br />
nas medidas 205/65 R17.5, 215/75 R17.5,<br />
235/75 R17.5 e 245/70 R17.5, foram concebi<strong>dos</strong><br />
para equipar os eixos <strong>dos</strong> reboques<br />
de plataforma baixa destina<strong>dos</strong>, ao<br />
transporte de veículos ou ao transporte<br />
excecional. A característica comum destes<br />
novos pneus é a sua robustez.<br />
Vipal comemora recuperação do<br />
mercado de recauchuta<strong>dos</strong> na Europa<br />
A Vipal teve uma importante participação no processo para assegurar competitividade e<br />
equidade comercial contra a importação de pneus asiáticos. Prova disso, é a forte ação da<br />
empresa no processo de combate às práticas de dumping e de concessão de subsídios em<br />
relação à importação de pneus asiáticos para a Europa, ameaça iniciada em 2012 e que vinha<br />
prejudicando sobremaneira o mercado de renovações de pneus. A empresa mantém estreita<br />
relação com os recauchutadores e promove a sua valorização. No caso da formatação da lei<br />
anti-dumping, não foi diferente. Em 2016, após uma mobilização do setor em que a Vipal<br />
estava presente desde o início, foi formada a Commission Implementing Regulation (CIR),<br />
grupo que teve como finalidade investigar as possíveis irregularidades comerciais praticadas<br />
na importação de produtos da Ásia. Neste processo, a Vipal uniu forças com associações e<br />
entidades para assegurar competitividade e equidade a este mercado. Os esforços deram<br />
resultado. A comissão aprovou um documento que confirmava a irregularidade em relação<br />
à importação de pneus da China para a Europa, o qual foi publicado no Official Journal<br />
of the European Union, em outubro de 2018. Assim, os valores comerciais destes pneus<br />
importa<strong>dos</strong> voltaram a patamares competitivos, equilibrando novamente os preços junto <strong>dos</strong><br />
compradores.<br />
“Replicat -X”: a sapatilha<br />
que uniu a Puma à Pirelli<br />
O som de um carro de competição é claramente reconhecido e representa sinónimo de<br />
potência. A Pirelli, empresa lendária da indústria <strong>dos</strong> pneus, está a aproveitar este facto<br />
há mais de um século, tanto dentro como fora <strong>dos</strong> circuitos. Em breve, esta emoção será<br />
transferida da pista para o calçado. A Puma e a Pirelli uniram esforços para controlar<br />
o processo. A partir da combinação do pneu Cinturato Blue, utilizado na categoria<br />
rainha do mundo motorizado, com o legado no desporto automóvel da Puma, surge a<br />
nova Replicat-X, concebida para ter um desempenho como um automóvel moderno,<br />
cujas prestações emanam do circuito para a estrada. A Replicat-X conta com uma sola<br />
sobredimensionada fabricada em borracha a 100 por 100, com um cómodo “sockliner”<br />
moldado. O desenho da sola replica o do Cinturato Blue, concebido para assegurar a<br />
máxima tração no asfalto molhado e assegurando aderência e controlo para os pés. A nova<br />
Replicat-X, com o seu esquema de cores de lançamento está disponível desde o dia 15 de<br />
maio no site da marca.<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Continental apresenta<br />
nova gama para<br />
aplicações portuárias<br />
A Continental vai estrear o seu novo portefólio de<br />
pneus para portos no TOC Europe, que acontece de 18<br />
a 20 de junho, em Roterdão, na Holanda. A nova gama<br />
foi desenvolvida para dar resposta às exigências <strong>dos</strong><br />
veículos utiliza<strong>dos</strong> nas operações <strong>dos</strong> terminais. Com<br />
este novo portefólio de pneus, especificamente projeta<strong>dos</strong><br />
para aplicações de carregamento e transporte,<br />
a Continental torna-se fornecedor completo de soluções<br />
para operações portuárias. Com o lançamento<br />
de três novos pneus radiais para aplicações portuárias,<br />
o ContiRT20 em tamanhos de 24”, o ContainerMaster<br />
Radial e o StraddleMaster Radial, a Continental inicia<br />
um novo capítulo na sua história portuária. Os pneus<br />
são perfeitamente adequa<strong>dos</strong> para vários tipos de<br />
veículos utiliza<strong>dos</strong> em aplicações de carregamento e<br />
transporte, incluindo empilhadoras pesadas, manipuladores<br />
de contentores vazios, reach stackers, straddle<br />
carriers e tratores de terminal.<br />
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Serviço<br />
Sabe como<br />
otimizá-las?<br />
Tal como acontece em qualquer outro negócio ou empresa, o sucesso<br />
ou fracasso de uma oficina depende de inúmeros fatores. No entanto, existe<br />
um elemento fundamental na receita para o êxito: o trabalho bem feito<br />
Para prestar um ótimo serviço, é<br />
necessário contar com os melhores<br />
profissionais. Mas, também,<br />
com instalações e equipamentos<br />
adequa<strong>dos</strong>, além de uma estrutura e orga-<br />
nização sólidas na qual cada um saiba qual<br />
é a sua função e como a deve executar. Uma<br />
oficina deve funcionar de forma fluida. Tem<br />
de ser como uma máquina perfeitamente<br />
oleada, na qual todas as engrenagens se<br />
unem com um mesmo objetivo: a satisfação<br />
do cliente. Em seguida, indicamos diferentes<br />
pontos cruciais para otimizar as tarefas e<br />
facilitar um pouco mais o percurso da oficina<br />
rumo ao sucesso.<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Tarefas comuns na oficina<br />
PONTOS CRUCIAIS<br />
Para otimizar tarefas numa oficina, há que<br />
ter em conta diversos fatores:<br />
l Em primeiro lugar, o fator humano. Os<br />
profissionais devem ter a preparação técnica<br />
e os conhecimentos necessários para<br />
realizarem o respetivo trabalho de forma<br />
eficiente. É sua obrigação estar em constante<br />
formação, mantendo-se atualizado<br />
relativamente às novas tecnologias. Além<br />
disso, a oficina deve saber manter os seus<br />
profissionais motiva<strong>dos</strong> para que se entreguem<br />
a 100%.<br />
l Por outro lado, as instalações e os equipamentos<br />
têm de cumprir to<strong>dos</strong> os requisitos<br />
em matéria de eficiência, manutenção e<br />
segurança.<br />
l Por último, está a própria organização<br />
da oficina e a realização <strong>dos</strong> processos e<br />
procedimentos necessários ao tratamento<br />
eficaz <strong>dos</strong> veículos que lhe chegam.<br />
Em seguida, veremos como conjugar estes<br />
fatores para conseguir otimizar os resulta<strong>dos</strong><br />
quando se realizam as tarefas mais<br />
comuns numa oficina de mecânica.<br />
TRABALHO NO FOSSO<br />
O fosso de inspeção é o local onde o mecânico<br />
verifica o estado da zona inferior<br />
do veículo, detetando possíveis fugas ou<br />
problemas na direção e suspensão, entre<br />
outros. Atualmente, existem fossos de inspeção<br />
autoportantes. Vêm de fábrica com<br />
tudo o que é necessário para serem transporta<strong>dos</strong><br />
e instala<strong>dos</strong> imediatamente na<br />
cavidade do fosso. Estes novos fossos são<br />
denomina<strong>dos</strong> “pisos modulares” e ajudam<br />
a melhorar a eficiência, diminuindo os custos,<br />
agilizando o trabalho e facilitando o<br />
respetivo transporte.<br />
SISTEMAS ELETRÓNICOS<br />
Os mecânicos já conhecem o funcionamento<br />
básico quando se trata de trabalhar<br />
com sistemas elétricos, sejam de arranque<br />
ou auxiliares. No entanto, atualmente, a<br />
maioria <strong>dos</strong> automóveis tem sistemas eletrónicos<br />
basea<strong>dos</strong> em mini-centralinas, as<br />
quais importa conhecer e dominar. Para<br />
reprogramar ou substituir as centralinas<br />
eletrónicas que gerem o funcionamento do<br />
motor, é necessário ter um equipamento de<br />
diagnóstico adequado aos da<strong>dos</strong> do fabricante.<br />
Além disso, há que ter em conta que<br />
qualquer interrupção durante o processo de<br />
programação da centralina a deixará inutilizada,<br />
pelo que será necessário manter<br />
em funcionamento a bateria do automóvel<br />
(ligando-a a um gerador alternativo), assegurar<br />
que o portátil onde estão os da<strong>dos</strong><br />
não vai ficar sem bateria, ou que não há<br />
qualquer elemento que possa interferir no<br />
diagnóstico (telemóveis, por exemplo). Estas<br />
premissas são básicas, sobretudo tendo em<br />
conta que o custo de uma nova centralina<br />
pode rondar os €1.000.<br />
SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS<br />
É uma das operações mais comuns e simples<br />
com que um mecânico tem de lidar.<br />
Neste caso, não existem truques, segre<strong>dos</strong><br />
ou conselhos para otimizar esta tarefa, para<br />
além da própria prática e da utilização do<br />
equipamento adequado.<br />
ALINHAMENTO DA DIREÇÃO<br />
Para alinhar corretamente um veículo, é<br />
necessário ter bem claros conceitos como<br />
camber ou caster, que, em traços gerais, se<br />
referem aos desvios e inclinações nos eixos<br />
<strong>dos</strong> veículos provoca<strong>dos</strong> por pancadas, desgaste<br />
das suspensões ou <strong>dos</strong> pneus, entre<br />
outros. A melhor opção para otimizar o alinhamento<br />
da direção em veículos é contar<br />
com um sistema totalmente informatizado<br />
baseado em sensores (quatro, seis ou até<br />
oito) que se colocam no veículo e transmitem<br />
a informação a um computador, onde<br />
é processado um modelo 3D com todas as<br />
modificações a realizar para que o veículo<br />
volte aos valores de calibragem de fábrica.<br />
INTERVENCIONAR TRAVÕES<br />
É básico contar com o equipamento necessário<br />
para montar e desmontar pastilhas<br />
e discos de travão, assim como com as<br />
ferramentas necessárias para estabelecer<br />
um diagnóstico correto (um calibrador para<br />
medir a grossura do disco, por exemplo).<br />
Há que ter em conta que existem diversos<br />
tipos de travões. Por exemplo, dentro <strong>dos</strong><br />
travões de disco podemos encontrar discos<br />
ventila<strong>dos</strong> ou discos sóli<strong>dos</strong>. É imprescindível<br />
saber que se deve respeitar sempre o<br />
tipo de travões que o veículo traz de série.<br />
Há outro leque de conselhos que se devem<br />
seguir para otimizar esta tarefa ou, pelo menos,<br />
para não se perder tempo em dilemas<br />
absur<strong>dos</strong>. Por exemplo, ao retirar as pastilhas<br />
de travão pode fazer-se uma marca para<br />
saber o sítio e a orientação em que devem<br />
ser colocadas as novas pastilhas.<br />
SUBSTITUIÇÃO DA EMBRAIAGEM<br />
O sistema de transmissão, formado por embraiagem<br />
e caixa de velocidades, é outra<br />
das revisões e reparações mais frequentes<br />
numa oficina de mecânica. Para otimizar o<br />
processo de substituição da embraiagem,<br />
podem seguir-se vários conselhos. Por um<br />
lado, é necessário, antes de proceder à instalação<br />
da mesma, verificar se há óleo na<br />
junta do volante do motor ou da caixa de<br />
velocidades. Em caso afirmativo, há que<br />
proceder à limpeza ou substituição das<br />
mesmas. O mesmo se passa para cardans<br />
e rolamentos. Por outro lado, no momento<br />
de instalar peças, como o disco ou o prato, é<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67
Serviço<br />
Tarefas comuns na oficina<br />
necessário usar o centrador de embraiagem<br />
para que tudo fique perfeitamente ajustado.<br />
AMORTECEDORES<br />
O bom estado <strong>dos</strong> amortecedores é essencial<br />
para a estabilidade do veículo.<br />
Existem inúmeros tipos de amortecedor,<br />
dependendo do sistema de suspensão que<br />
utilizem (hidráulicos, de rigidez variável)<br />
ou do tipo de condução para o qual foram<br />
concebi<strong>dos</strong>. Logicamente, qualquer bom<br />
mecânico deve saber como e onde instalar<br />
cada um deles. Hoje, também existe outra<br />
solução que pode ajudar os mecânicos a<br />
poupar muito tempo e dinheiro na oficina.<br />
Trata-se <strong>dos</strong> amortecedores telescópicos<br />
pré-monta<strong>dos</strong>. São amortecedores que já<br />
vêm monta<strong>dos</strong> de fábrica e que poupam<br />
muito trabalho no processo de montagem.<br />
Além disso, existe uma grande variedade<br />
de amortecedores de diferentes fabricantes<br />
para praticamente to<strong>dos</strong> os modelos de<br />
automóveis atuais. Também é conveniente<br />
destacar que a maioria das oficinas de mecânica<br />
não inclui o alinhamento da direção<br />
no serviço de substituição <strong>dos</strong> amortecedores<br />
e que isso poderá ser uma importante<br />
vantagem competitiva.<br />
MANUTENÇÃO GERAL<br />
Trata-se de tarefas de manutenção geral<br />
que podem, inclusivamente, ser realizadas<br />
por alguém que não seja profissional. Por<br />
isso, os principais pontos para otimizar<br />
estas tarefas têm que ver com o funcionamento<br />
da oficina. Ou seja, a chave está na<br />
organização do trabalho e em quem deve<br />
realizar estas operações básicas de manutenção.<br />
Não se trata de discriminação, mas<br />
sim de organização e hierarquia. Isso irá<br />
ajudar quem o faz a familiarizar-se com as<br />
tarefas e a ir realizando, progressivamente,<br />
tarefas de maior dificuldade. Seria um erro<br />
para a produtividade da oficina colocar os<br />
mecânicos mais especialistas a realizar este<br />
tipo de tarefas.<br />
SUBSTITUIÇÃO DE VIDROS<br />
Também há que ter em conta alguns serviços<br />
que significam uma vantagem para<br />
o cliente, como, por exemplo, a instalação<br />
de vidros e o tratamento <strong>dos</strong> mesmos com<br />
resinas acrílicas que repelem a água. Por<br />
outro lado, há que considerar outra série de<br />
aspetos, como, por exemplo, a recalibragem<br />
ou autocalibragem <strong>dos</strong> sistemas ADAS de<br />
ajuda à condução. Por outro lado, quando<br />
se realizam outras operações com vidros<br />
(instalação de películas de escurecimento),<br />
deve usar-se o poliéster e nunca o vinil.<br />
INSTALAÇÕES PARA MELHORAR EFICIÊNCIA<br />
Por último, as instalações em geral da oficina<br />
também devem cumprir certos requisitos.<br />
A saber:<br />
l Um bom acesso é fundamental para facilitar<br />
a entrada <strong>dos</strong> clientes e para um bom<br />
atendimento por parte do mecânico.<br />
l A distribuição da oficina também é essencial.<br />
To<strong>dos</strong> os departamentos e áreas<br />
de trabalho devem estar perfeitamente<br />
separa<strong>dos</strong> e delimita<strong>dos</strong>. Cada zona deve<br />
ser exclusiva (salvo exceções) de cada profissional<br />
especializado. Área de mecânica, de<br />
carroçaria, de pintura, armazéns de peças,<br />
armazéns de resíduos… Todas devem estar<br />
separadas umas das outras.<br />
l Para facilitar o trabalho em qualquer<br />
destas áreas ou o acesso às ferramentas e<br />
equipamentos, é necessário manter todas<br />
as zonas o mais limpas e ordenadas possível.<br />
É importante ter um equipamento para<br />
lavagem de peças no exterior do recinto.<br />
l Para garantir o funcionamento de todas as<br />
ferramentas, também é necessário verificar<br />
o bom estado da instalação elétrica e se<br />
a potência contratada é suficiente. Neste<br />
campo, também se melhorará a eficiência<br />
e se reduzirá a fatura energética.<br />
l Para que os mecânicos possam desempenhar<br />
o respetivo trabalho de forma<br />
adequada, é essencial que não existam<br />
obstáculos ou elementos mal coloca<strong>dos</strong><br />
que dificultem o trabalho. Naturalmente,<br />
to<strong>dos</strong> os perigos devem estar sinaliza<strong>dos</strong> de<br />
acordo com a legislação de modo a evitar<br />
pancadas, quedas ou queimaduras.<br />
l E, por fim, mas da máxima importância,<br />
numa oficina devem ser proporcionadas<br />
as condições ambientais ideais para que<br />
os profissionais possam desenvolver o seu<br />
trabalho comodamente. Isto inclui condições<br />
de temperatura, humidade, ventilação<br />
e iluminação adequadas. u<br />
68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
OUTROS PONTOS CRUCIAIS<br />
PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA<br />
DIAGNÓSTICO<br />
Conhecer e dominar as operações de<br />
diagnóstico <strong>dos</strong> veículos é essencial.<br />
Uma oficina deve ter um equipamento<br />
de diagnóstico, para se comunicar com<br />
a centralina e fazer um diagnóstico do<br />
veículo o mais rápido e exato possível.<br />
É um equipamento indispensável em<br />
qualquer oficina.<br />
PREVISÃO E PLANIFICAÇÃO<br />
DOS TRABALHOS<br />
Há que ter bem claro quais são os projetos<br />
a curto e médio prazos e como, quando e<br />
quem os vai desenvolver. Também se tem<br />
de gerir corretamente a carga de trabalho.<br />
Um profissional com demasiadas urgências<br />
é suscetível de cometer erros, diminui a<br />
qualidade do seu trabalho e/ou sente stress.<br />
ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />
É uma das tarefas mais comuns numa<br />
oficina, visto que o mecânico lida<br />
diretamente com os clientes. Portanto, um<br />
bom atendimento também é importante<br />
para o sucesso da oficina. É imprescindível<br />
contar com uma zona de receção onde<br />
atender os clientes, longe de ruí<strong>dos</strong><br />
e fumos, assim como disponibilizar outros<br />
méto<strong>dos</strong> de comunicação para além<br />
da visita presencial (telefone, página web,<br />
redes sociais). Há que estabelecer excelentes<br />
políticas internas de controlo de qualidade,<br />
que permitam evitar o desperdício de tempo<br />
e de recursos na repetição de trabalhos<br />
mal realiza<strong>dos</strong>.<br />
ANÁLISES PERIÓDICAS<br />
Outro ponto fundamental é a realização<br />
de consultorias ou análises periódicas<br />
que permitam apurar as qualidades<br />
e as debilidades da oficina. Isto é essencial<br />
para reforçar os pontos fortes e tratar<br />
de minimizar os pontos fracos. Qual<br />
o departamento que oferece menos<br />
rentabilidade à oficina? A que se deve esse<br />
mau desempenho? Em que medida é culpa<br />
<strong>dos</strong> profissionais, <strong>dos</strong> equipamentos<br />
ou da própria organização da oficina?<br />
Como solucionar o problema?<br />
TRABALHO DE EQUIPA<br />
Uma oficina é um local de trabalho<br />
onde os profissionais não estão isentos<br />
de viver momentos de stress ou cansaço,<br />
que diminuem o seu rendimento laboral.<br />
Para evitar que este stress seja produzido<br />
pelo próprio trabalho e se repercuta<br />
negativamente no rendimento do<br />
trabalhador e na própria segurança deste,<br />
são necessários vários fatores: motivação,<br />
especialização e descanso. Evidentemente<br />
que também é fundamental o trabalho em<br />
equipa. No entanto, por vezes, este termo é<br />
mal interpretado, sendo associado ao facto<br />
de toda a equipa se ajudar entre si e de to<strong>dos</strong><br />
os trabalhos se realizarem em conjunto.<br />
Não obstante, o trabalho em equipa<br />
numa oficina (e em qualquer outro âmbito)<br />
também significa saber até onde vão<br />
as competências de cada um ou respeitar<br />
as ferramentas, equipamentos ou espaço<br />
de trabalho do colega para não interferir<br />
nas funções do mesmo.<br />
Em suma, para aperfeiçoar as tarefas mais<br />
comuns numa oficina, é essencial ter<br />
o equipamento adequado, mas, também,<br />
uma correta organização e gestão <strong>dos</strong><br />
recursos, além de uma aposta na formação<br />
e no valor <strong>dos</strong> profissionais. u<br />
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Avaliação Obrigatória<br />
Melhor de<br />
dois mun<strong>dos</strong><br />
Equipado com uma evoluída motorização híbrida, que inclui tecnologia i-MMD<br />
(intelligent Multi Mode Drive), o Honda CR-V Hybrid reúne o melhor de dois<br />
mun<strong>dos</strong>, ao tornar a convivência entre combustão e eletricidade numa simbiose<br />
perfeita. Na versão 2WD Elegance, custa uns elitistas €41.925<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Honda CR-V Hybrid 2WD Elegance<br />
Tanto cumpre os requisitos <strong>dos</strong> chefes<br />
de família como vai ao encontro<br />
das necessidades <strong>dos</strong> jovens condutores<br />
que pretendem aumentar<br />
o seu agregado familiar. O CR-V Hybrid, que,<br />
na versão 2WD, paga Classe 1 com Via Verde,<br />
é o primeiro SUV híbrido da Honda na Europa.<br />
O seu ex-líbris deve-se, precisamente,<br />
ao sistema híbrido de elevada performance<br />
que o move A Honda recorreu à tecnologia<br />
i-MMD (intelligent Multi Mode Drive), de mo<strong>dos</strong><br />
múltiplos, que compreende dois motores<br />
elétricos, uma unidade de controlo de<br />
potência, um motor a gasolina, baterias de<br />
iões de lítio e uma transmissão de relação fixa,<br />
que oferece eleva<strong>dos</strong> níveis de refinamento,<br />
capacidade de resposta e eficiência.<br />
PRESENÇA VISTOSA<br />
Com um design exterior renovado, sofisticado<br />
e desportivo, o CR-V Hybrid destaca-se pelas<br />
linhas arqueadas largas pelos contornos<br />
mais abruptos no capot e na secção traseira,<br />
bem como pela evolução da linguagem es-<br />
tilística da Honda, que se encontra expressa<br />
na zona frontal, com os seus característicos<br />
faróis, que integram, de série, luzes de LED.<br />
Pintado de branco e equipado com jantes de<br />
18”, este SUV nipónico exibe uma presença<br />
vistosa, nunca passando despercebido. Até<br />
tem um certo ar “americanizado” por incrível<br />
que possa parecer.<br />
Espaçoso, bem construído, recheado de<br />
equipamento, rodeado de fortes medidas<br />
de segurança e dotado de inúmeros locais<br />
de arrumação, o habitáculo convence em<br />
to<strong>dos</strong> os domínios. A bagageira continua ampla.<br />
Mais confortável, mais funcional e mais<br />
conectado do que nunca, o interior aposta<br />
num design, elegante, que transmite uma<br />
sensação de força e de solidez, enquanto a<br />
grande variedade de materiais, altamente<br />
táteis, reforça o ambiente premium.<br />
O CR-V Hybrid registou, também, melhorias<br />
ao nível da qualidade de condução, resposta<br />
da direção, controlo da carroçaria e gestão<br />
<strong>dos</strong> níveis de ruído, vibração e aspereza. Mas<br />
a característica mais marcante deste SUV é<br />
mesmo o sistema híbrido que o move. Concebido<br />
para oferecer o melhor de dois mun<strong>dos</strong>,<br />
torna a convivência entre combustão<br />
e eletricidade numa simbiose perfeita. O<br />
CR-V Hybrid está equipado com um eficiente<br />
motor que funciona de acordo com o ciclo<br />
Atkinson. Trata-se do 2.0 i-VTEC a gasolina,<br />
de 145 cv, que é complementado por dois<br />
motores elétricos (ainda que um deles atue<br />
como gerador para recarregar as baterias),<br />
perfazendo um total de 184 cv de potência<br />
e 315 Nm de binário.<br />
COCKTAIL TECNOLÓGICO<br />
A tecnologia i-MMD (intelligent Multi Mode<br />
Drive) da Honda permite, como o próprio<br />
nome indica, mudar, de forma automática<br />
e inteligente, entre os três mo<strong>dos</strong> de condução,<br />
proporcionando elevada eficiência.<br />
No modo “EV” (100% elétrico), o conjunto<br />
de baterias, de iões de lítio, alojado no piso<br />
da bagageira, alimenta o motor elétrico de<br />
propulsão. No modo “Hybrid”, o motor de<br />
combustão fornece energia ao gerador que,<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71
Avaliação Obrigatória<br />
Honda CR-V Hybrid 2WD Elegance<br />
Bridgestone Dueler H/L 33<br />
Confiança total<br />
w O Honda CR-V Hybrid que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />
com Bridgestone Dueler H/L 33, de medida 235/60R18 103H, em<br />
ambos os eixos. Segurança, estabilidade e excelente desempenho em<br />
autoestrada são as três principais características anunciadas por este<br />
pneu. Projetado para proporcionar baixa resistência ao rolamento, o<br />
Dueler H/L 33 desempenha um papel fundamental para que o CR-V<br />
Hybrid ofereça boa manobrabilidade, elevada estabilidade e economia<br />
de combustível. Amplamente elogiada por dispor de uma extensa linha<br />
de pneus projeta<strong>dos</strong> para condições que variam entre estradas comuns<br />
e terrenos mais difíceis, a gama Dueler da Bridgestone foi selecionada<br />
como equipamento de origem para os principais SUV de classe premium<br />
mundial. Como o CR-V Hybrid. A confiança do fabricante nipónico de<br />
automóveis no fabricante nipónico de pneus é, por isso, total.<br />
por sua vez, a direciona para o motor elétrico.<br />
No modo motor de combustão, este está,<br />
diretamente, ligado às rodas motrizes através<br />
de uma embraiagem de bloqueio (denominada<br />
“embraiagem lock-up”). Na maior parte<br />
das situações de condução urbana, o CR-V<br />
Hybrid alterna entre o modo híbrido e o modo<br />
100% elétrico, oferecendo, assim, a melhor<br />
eficiência em todas as situações.<br />
Os controlos do seletor de condução do CR-V<br />
Hybrid estão posiciona<strong>dos</strong> na consola central,<br />
exibindo um design estilo interruptor<br />
compacto em vez de alavanca convencional.<br />
As posições “Park”, “Neutral” e “Drive” são selecionadas<br />
premindo os respetivos botões,<br />
ao passo que a seleção da marcha-atrás<br />
(“Reverse”) lembra o “premir do gatilho”, tal<br />
e qual como se faz com a ativação do travão<br />
de estacionamento eletrónico. Mas há mais.<br />
O botão “Sport”, por seu turno, faz com que o<br />
acelerador e a direção tenham uma resposta<br />
mais célere para o sistema híbrido. Já o botão<br />
“Econ”, permite tornar a condução mais<br />
eficiente, sendo toda esta gestão efetuada<br />
pelo sistema híbrido mediante a análise de<br />
diversos parâmetros, por mais que o condutor<br />
“force” determinadas situações. Caso a<br />
bateria disponha de carga suficiente, o botão<br />
“EV” permite circular em modo 100% elétrico<br />
durante, aproximadamente, 2 km, dependendo,<br />
claro está, do estilo de condução e<br />
da velocidade.<br />
Confortável, eficaz e fácil de conduzir, o CR-V<br />
Tecnologia não<br />
falta no Honda CR-V<br />
Hybrid, que dispõe<br />
de três mo<strong>dos</strong> de<br />
condução<br />
MOTOR DE COMBUSTÃO<br />
Tipo<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1993<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
81,0x96,7<br />
Taxa de compressão 13,0:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 145/6200<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 175/4000<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c./i-VTEC, 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção eletrónica multiponto<br />
RENDIMENTO COMBINADO<br />
Potência máxima (cv) 184<br />
Binário máximo (Nm) 315<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
automática de variação contínua<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,0<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (320)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (310)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
Multilink<br />
Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 180<br />
0-100 km/h (s) 8,8<br />
CONSUMO (L/100 KM)<br />
Extra-urb./comb./urb. 5,4/5,3/5,0<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 120<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4600/18<strong>55</strong>/1679<br />
Distância entre eixos (mm) 2663<br />
Vias frente/trás (mm) 1601/1630<br />
Altura ao solo (mm) 182<br />
Capacidade do depósito (l) 57<br />
Capacidade da mala (l) 497 a 1694<br />
Peso (kg) 1614<br />
Relação peso/potência comb. (kg/cv) 8,77<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx18”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 235/60R18<br />
PNEUS DE TESTE<br />
Bridgestone Dueler<br />
H/L 33, 235/60R18 103H<br />
PREÇO (s/ despesas) €41.925<br />
Unidade testada €41.925<br />
Imposto Único Circulação (IUC) €197,69<br />
Hybrid oferece boas prestações com consumos<br />
reduzi<strong>dos</strong>. E em vez de recorrer a uma<br />
transmissão convencional, dispõe de uma<br />
relação fixa, que cria ligação direta entre os<br />
componentes móveis, resultando numa transferência<br />
de binário mais suave. Esta opção<br />
faz com que o sistema da Honda seja mais<br />
compacto e mais refinado comparativamente<br />
a uma transmissão planetária eCVT, normalmente<br />
utilizada por outros veículos híbri<strong>dos</strong>.<br />
Dotado de travões maiores com função regenerativa<br />
em desaceleração e equipado com<br />
sistema start/stop, o CR-V Hybrid custa, na<br />
versão 2WD Elegance, €41.925. E, desde o dia<br />
1 de maio de 2019, passou a dispor de sete<br />
anos de garantia sem limite de quilómetros,<br />
a que acresce ainda a oferta de sete anos de<br />
assistência em viagem. u<br />
72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019
Em Estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Ford Fiesta Active+ 1.5 TDCi<br />
Ar de SUV<br />
É a versão mais descomprometida do Ford Fiesta. Chama-se<br />
Active e recorre, no caso da unidade ensaiada, aos préstimos<br />
do motor 1.5 TDCi de 85 cv, que traz acoplada caixa manual de<br />
seis velocidades. Mas nem só de visual exuberante vive este<br />
utilitário com ar de SUV. O posto de condução ergonómico,<br />
a boa qualidade de construção e a elevada competência dinâmica,<br />
são outros argumentos deste modelo. Aos quais se<br />
juntam as boas prestações e os consumos comedi<strong>dos</strong> em todas<br />
as situações. O habitáculo cumpre os requisitos exigíveis para<br />
um automóvel deste segmento e, em matéria de segurança<br />
e equipamento, o Fiesta Active está bem apetrechado. Equipado<br />
com direção comunicativa,<br />
caixa precisa e travões<br />
competentes, este utilitário<br />
consegue ser envolvente e<br />
proporcionar bons momentos<br />
ao volante. A estabilidade<br />
elevada, a tração superior e o<br />
pisar sólido, contribuem para<br />
alcançar um desempenho<br />
digno <strong>dos</strong> mais rasga<strong>dos</strong> elogios.<br />
Por €25.206, valor que<br />
não deixa de ser competitivo, a Ford criou um modelo que<br />
ganha o seu espaço e que prima pela diferença.<br />
Škoda Karoq 2.0 TDI Style<br />
Mundo de aventura<br />
Depois do Kodiaq e antes do Kamiq, a Škoda lançou o Karoq, o<br />
seu SUV de dimensões médias. Equipado com cockpit virtual e<br />
inúmeros dispositivos de assistência à condução, este modelo<br />
checo foi projetado para a aventura. Nesta unidade, dotada<br />
do nível de equipamento Style, a presença de alguns extras<br />
contribui para a elevada agradabilidade a bordo. Contudo, na<br />
sua essência, o Karoq é um SUV bem construído, elegante e<br />
recheado de soluções Simply Clever. Pelo que não precisa de<br />
muitos extras para impor as suas qualidades. O habitáculo espaçoso,<br />
o posto de condução correto e a elevada competência<br />
dinâmica tornam a convivência com este modelo bastante salutar.<br />
O Karoq é a companhia<br />
ideal. Seja na azáfama do<br />
quotidiano, seja nas escapadelas<br />
aos fins de semana.<br />
O motor 2.0 TDI de 150 cv,<br />
associado a caixa manual<br />
de seis velocidades, é uma<br />
boa opção para combinar<br />
boas prestações com consumos<br />
reduzi<strong>dos</strong>. Por tudo<br />
isto, €34.217 pedi<strong>dos</strong> para esta versão acabam por ser um<br />
valor mais do que justo. Quem não quiser despender tanto,<br />
tem à sua disposição versões mais acessíveis.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1499<br />
Potência máxima (cv/rpm) 85/3750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 215/1750-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 170<br />
0-100 km/h (s) 12,6<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,2<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 103<br />
Preço €25.206<br />
IUC €128,96<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1968<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 340/1750-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 205<br />
0-100 km/h (s) 9,0<br />
Consumo comb. WLTP (l/100 km) 5,6<br />
Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 148<br />
Preço €34.217<br />
IUC €227,65<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73
Em Estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Mercedes-Benz A 160<br />
Amargo de boca<br />
Não só é o Classe A mais acessível da gama como é, também, a<br />
versão de entrada na oferta a gasolina. Equipado com um motor<br />
de 1,3 litros com 109 cv, que traz acoplada caixa manual de seis<br />
velocidades, o A 160 deixa um amargo de boca a quem o conduz.<br />
Tudo porque as prestações são sofríveis e a agradabilidade<br />
de condução ressente-se bastante, ainda que o conforto seja a<br />
nota mais dominante. Longe do acerto dinâmico e do visual mais<br />
“encorpado” das versões Diesel mais céleres (que, muitas vezes,<br />
recorrem a extras que as tornam mais acutilantes), o A 160 dispõe<br />
de um acabamento que dispensa grandes elaborações. Tudo em<br />
nome de um preço de venda<br />
mais apelativo. São €26.400<br />
euros sem extras. Ainda assim,<br />
“salva-se” o posto de condução<br />
muito bom, a elevada<br />
qualidade de construção, o<br />
ambiente interior evoluído,<br />
os inúmeros dispositivos de<br />
segurança e, claro, está o sedutor<br />
sistema MBUX, com o<br />
qual se estabelece diálogo na terceira pessoa do singular. O espaço<br />
disponível para ocupantes e bagagem convence, tal como<br />
os consumos.<br />
Peugeot Rifter GT Line 1.5 BlueHDi<br />
Viver em harmonia<br />
Espaçosa, funcional, confortável e fácil de conduzir. A Peugeot<br />
Rifter vem demonstrar que não são apenas os SUV<br />
e monovolumes que conseguem proporcionar uma vida<br />
preenchida, onde trabalho e lazer podem muito bem andar<br />
de mãos dadas. Pintada de opcional castanho “Copper”<br />
metalizado (€360) e acabamento GT Line (meio caminho<br />
andado para que não passe despercebida), a Rifter deve<br />
à ampla superfície vidrada a luminosidade que invade o<br />
habitáculo, deixando a descoberto os inúmeros locais de<br />
arrumação, o espaço amplo para ocupantes e bagagem e o<br />
posto de condução ergonómico. Equipada com o competente<br />
motor 1.5 BlueHDi<br />
de 130 cv, que traz acoplada<br />
caixa manual de seis<br />
velocidades, a Rifter oferece<br />
um desempenho dinâmico<br />
eficaz e à prova de<br />
erro. Não é propriamente<br />
envolvente (nem tinha de<br />
sê-lo), mas porta-se “como<br />
deve ser”. O seu principal trunfo, não desfazendo a segurança<br />
nem o equipamento, é mesmo a facilidade com que<br />
se adapta a qualquer tarefa. Muito graças às portas laterais<br />
deslizantes. Os €32.450 pedi<strong>dos</strong> pela versão GT Line é que<br />
não estão ao alcance de todas as bolsas.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1332<br />
Potência máxima (cv/rpm) 109/<strong>55</strong>00<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 180/1375-3500<br />
Velocidade máxima (km/h) 200<br />
0-100 km/h (s) 10,9<br />
Consumo comb. (l/100 km) 5,8<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 137<br />
Preço €26.400<br />
IUC €158,92<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1499<br />
Potência máxima (cv/rpm) 130/3750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 183<br />
0-100 km/h (s) n.d.<br />
Consumo comb. WLTP (l/100 km) 5,9<br />
Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 1<strong>55</strong><br />
Preço €32.450<br />
IUC €158,92<br />
74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2019