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Agenda Cultural de Proença-a-Nova - Outubro de 2018

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dos argumentos que atestam que esta é uma espécie na qual vale a pena apostar,<br />

sendo uma mais-valia num território como <strong>Proença</strong>-a-<strong>Nova</strong>, on<strong>de</strong> se encontra perfeitamente<br />

adaptada.<br />

Apesar dos <strong>de</strong>safios levantados pelo facto <strong>de</strong> ter um período <strong>de</strong> conservação relativamente<br />

curto, o medronho é uma boa fonte <strong>de</strong> antioxidantes e apresenta uma<br />

quantida<strong>de</strong> razoável <strong>de</strong> vitaminas. Rui Lopes, chef e nutricionista, tem sido um<br />

gran<strong>de</strong> impulsionador do consumo do medronho, principalmente em fresco, pois “o<br />

fruto apresenta ativida<strong>de</strong> probiótica, com vantagens ao nível do trânsito intestinal”<br />

e acrescenta que “o valor biológico do fruto é referido em inúmeros trabalhos <strong>de</strong><br />

investigação pelas amplas proprieda<strong>de</strong>s nutricionais”.<br />

Além disso, o potencial gastronómico <strong>de</strong>ste fruto é variado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a doçaria, passando<br />

pelos molhos salgados, bebidas ou sobremesas. Têm também surgido algumas<br />

inovações, com o aparecimento <strong>de</strong> gelados, bombons, cosméticos, varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> medronho aromatizadas, licores, compotas e cocktails, como o Alvitão,<br />

uma bebida inspirada na caipirinha, mas que utiliza aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> medronho e<br />

que foi criada pelo Centro Social <strong>Cultural</strong> e Desportivo Alvitense. Na opinião <strong>de</strong> Rui<br />

Lopes, a razão pela qual o medronho não tem expressão como têm outros frutos<br />

vermelhos pren<strong>de</strong>-se pelo facto <strong>de</strong> estes po<strong>de</strong>rem ser produzidos em estufa, o que<br />

diminuiu drasticamente o risco <strong>de</strong> investimento e aumenta a rentabilida<strong>de</strong> da sua<br />

produção. “As explorações para a plantação organizada do medronho, num mo<strong>de</strong>lo<br />

rentável não foram ainda suficientemente estudadas e validadas, apesar <strong>de</strong> termos<br />

no território quem esteja a fazer esse trabalho muito bem feito. Não existe ainda<br />

uma estratégia pala a fileira do medronho, e é por aqui que temos <strong>de</strong> começar:<br />

assumir o medronho <strong>de</strong> uma vez por todas como o fruto vermelho da Bacia do<br />

Mediterrâneo”, conclui.<br />

10<br />

Fruto fresco tem maior rentabilida<strong>de</strong><br />

No concelho <strong>de</strong> <strong>Proença</strong>-a-<strong>Nova</strong> são vários os produtores que viram no medronho<br />

uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio rentável. A cultura está abrangida por financiamento<br />

comunitário e a área plantada <strong>de</strong> medronhal aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente nos<br />

últimos anos, com várias plantações orientadas a entrar em produção nos próximos<br />

dois a três anos. É o caso da plantação <strong>de</strong> Tiago Cristóvão que plantou duas mil<br />

plantas em novembro <strong>de</strong> 2013, fruto <strong>de</strong> uma candidatura ao Pro<strong>de</strong>r para a Instalação<br />

<strong>de</strong> Jovens Agricultores, numa área <strong>de</strong> dois hectares. A sua projeção aponta<br />

para uma produção <strong>de</strong> 10 mil toneladas em 2020, exclusivamente para consumo<br />

em fresco.<br />

A Escola Superior Agrária <strong>de</strong> Coimbra elaborou um estudo <strong>de</strong> mercado sobre as<br />

potencialida<strong>de</strong>s do medronho na região centro on<strong>de</strong> concluiu que a aguar<strong>de</strong>nte

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