Caderno de Resumos Seminário GEPI
Seminário de Pesquisa dos GEPI Rousseau – Kant UFMA: Página | 1 Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant
- Page 2 and 3: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 4 and 5: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 6 and 7: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 8 and 9: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 10 and 11: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 12 and 13: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 14 and 15: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 16 and 17: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 18 and 19: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 20 and 21: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 22 and 23: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 24 and 25: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 26 and 27: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 28 and 29: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 30 and 31: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 32 and 33: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 34 and 35: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 36 and 37: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 38 and 39: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 40 and 41: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 42 and 43: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 44 and 45: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 46 and 47: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 48 and 49: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
- Page 50 and 51: Seminário de Pesquisa dos GEPI Rou
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 1<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 2<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
SEMINÁRIO DE PESQUISA DOS <strong>GEPI</strong> ROUSSEAU – KANT UFMA:<br />
POLÍTICA, ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO EM ROUSSEAU E KANT<br />
De 16 a 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2019<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 3<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
CADERNO DE RESUMOS<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO<br />
REITORA<br />
Nair Portela Silva Coutinho<br />
VICE-REITOR<br />
Fernando Carvalho Silva<br />
PRÓ-REITOR DE PESQUISA, PÓS -GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO<br />
Prof. Dr. Allan Kar<strong>de</strong>c Duailibe Barros Filho<br />
DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS<br />
Prof. Dr. Francisco <strong>de</strong> Jesus Silva <strong>de</strong> Sousa<br />
COORDENADOR DO <strong>GEPI</strong> ROUSSEAU<br />
Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha<br />
COORDENADORA DO <strong>GEPI</strong> KANT<br />
Profa. Dra. Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
COMISSÃO ORGANIZADORA<br />
Profa. Dra. Ana Caroline Amorim Oliveira (UFMA)<br />
Prof. Dr. Flávio Luíz <strong>de</strong> Castro Freitas (UFMA)<br />
Prof. Dr. José Assunção Fernan<strong>de</strong>s Leite (UFMA)<br />
Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha - Coor<strong>de</strong>nador do <strong>GEPI</strong> Rousseau (UFMA) e Proponente do evento<br />
Profa. Dra. Maria Constança Peres Pissarra (PUC/SP)<br />
Profa. Dra. Maria Olília Serra (UFMA)<br />
Profa. Doutoranda Maria do Socorro Gonçalves da Costa (UFMA)<br />
Profa. Dra. Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho – Coor<strong>de</strong>nadora do <strong>GEPI</strong> Kant (UFMA))<br />
COMISSÃO CIENTÍFICA<br />
Profa. Dra. Custódia Alexandra Almeida Martins (UMinho)<br />
Prof. Dr. Edmilson Menezes dos Santos (UFS)<br />
Prof. Dr. Francisco Jozivan Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lima (UFPI)<br />
COMISSÃO DISCENTE DE APOIO<br />
Antonio Carlos Borges da Silva – PPGCult-UFMA<br />
Edilene Pereira Boaes – PRO-FILO-UFMA<br />
Edílson Vilaço <strong>de</strong> Lima – PRO-FILO-UFMA<br />
Elayne <strong>de</strong> Araujo Pereira – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Evilásio Barbosa da Silva- Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Fabíola da Silva Caldas – PPGCult-UFMA<br />
Francyhélia Benedita Men<strong>de</strong>s Sousa – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Francyscleyton dos Santos da Silva – PPGCult-UFMA<br />
Gabriel Antonio da Silva Campelo – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Hiago Christian Cor<strong>de</strong>iro – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Jaime do Nascimento – Curso <strong>de</strong> filosofia - UFMA<br />
Joás <strong>de</strong> Jesus Ribeiro – PPGCult-UFMA<br />
Joselle Maria Couto e Lima – PPGCult-UFMA<br />
Mickael dos Santos Costa – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Patrício Sândalo <strong>de</strong> Rezen<strong>de</strong> – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Roney Francisco Lima Luna – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Ruy Castro <strong>de</strong> Souza Abreu – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Steves Dickinson Almeida Lima – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Taynara Pereira Silveira – Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
Thiago Diniz Santos – PPGCult-UFMA<br />
PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO<br />
Adriana Silva Sales<br />
Roberto Araújo
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 4<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
FICHA TÉCNICA<br />
CAPA<br />
Sansão Hortegal Neto<br />
PREPARAÇÃO DOS ORIGINAIS<br />
Luciano da Silva Façanha<br />
Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
DIAGRAMAÇÃO<br />
Sansão Hortegal Neto<br />
CATALOGAÇÃO DE DADOS: INSCRIÇÕES E MINICURSOS<br />
Luciano da Silva Façanha<br />
Sansão Hortegal Neto<br />
REVISÃO<br />
Luciano da Silva Façanha<br />
HOMEPAGE<br />
http://www.seminariogepiufma.k6.com.br/<br />
WEB DESIGNER<br />
Sansão Hortegal Neto<br />
PROJETO GRÁFICO E ARTÍSTICO<br />
Sansão Hortegal Neto<br />
REALIZAÇÃO<br />
GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA INTERDISCIPLINAR ROUSSEAU – <strong>GEPI</strong> ROUSSEAU - UFMA<br />
GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA INTERDISCIPLINAR IMMANUEL KANT – <strong>GEPI</strong> KANT - UFMA<br />
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO DO ESTADO DO MARANHÃO – FAPEMA<br />
APOIO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH<br />
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA – DEFIL – UFMA<br />
PROGRAMAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTUTRA E SOCIEDADE – PGCult - UFMA
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 5<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
FICHA CATALOGÁFICA<br />
<strong>Resumos</strong> do <strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
(6: 2019, São Luís – MA)<br />
Programa e <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> <strong>Resumos</strong> do <strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Política, Estética e<br />
Representação em Rousseau e Kant, São Luís, 2019 / Luciano da Silva Façanha e Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho (editores e<br />
organizadores)<br />
São Luís, MA: UFMA, 2019.<br />
77 p. ISSN 2357-8254<br />
1. Filosofia. 2. Rousseau. 3. Kant. 4. Diálogos. 5. Representação. 6. Liberda<strong>de</strong>. 7. Justiça e Dignida<strong>de</strong>. 8 Façanha, Luciano da<br />
Silva. 9. Carvalho, Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 6<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
APRESENTAÇÃO:<br />
O SEMINÁRIO DE PESQUISA DOS <strong>GEPI</strong> ROUSSEAU – KANT UFMA:<br />
POLÍTICA, ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO EM ROUSSEAU E KANT,<br />
promovido pelo Grupo <strong>de</strong> Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Jean-Jacques Rousseau<br />
UFMA/CNPq, Grupo <strong>de</strong> Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Kant-UFMA/CNPq,<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cultura e Socieda<strong>de</strong> (PGCult) e o Departamento <strong>de</strong><br />
Filosofia, tem como objetivo fomentar discussões e <strong>de</strong>bates em torno das<br />
temáticas: Política, Estética e Representação, colocando a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />
Maranhão no centro dos <strong>de</strong>bates mais atualizados acerca do filósofo genebrino Jean-<br />
Jacques Rousseau e do filósofo <strong>de</strong> Königsberg, Immanuel Kant, no âmbito das Ciências<br />
Humanas e Sociais, com vista a produção do conhecimento das pesquisas relacionadas<br />
às temáticas e aos filósofos. Assim, a II edição do <strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa do <strong>GEPI</strong><br />
Rousseau UFMA e a I edição do <strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa do <strong>GEPI</strong> Kant UFMA, a serem<br />
realizadas em abril <strong>de</strong> 2019, em São Luís, propõe reunir professores universitários,<br />
graduandos e pós-graduandos <strong>de</strong> vários estados brasileiros, professores e alunos da re<strong>de</strong><br />
municipal e estadual <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong>mais membros da comunida<strong>de</strong> para um rico <strong>de</strong>bate<br />
sobre o tema: Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant. Destacamos que<br />
o evento é aguardado tanto pelos discentes e docentes da UFMA como pela comunida<strong>de</strong><br />
estudiosa nos referidos autores, no sentido <strong>de</strong> não apenas socializar o conhecimento,<br />
mas principalmente possibilitar o intercâmbio <strong>de</strong> pesquisas, aprendizados, práticas e<br />
teorias. Dessa forma, justifica-se, esse evento em função do estabelecimento e<br />
fortalecimento do diálogo entre os Grupos <strong>de</strong> Pesquisa com a comunida<strong>de</strong> acadêmica,<br />
mas também, um intercâmbio intelectual entre professores, pesquisadores e alunos <strong>de</strong><br />
graduação e pós-graduação da Instituição e <strong>de</strong> outras IES, ao tempo em que preten<strong>de</strong><br />
firmar-se no calendário permanente <strong>de</strong> eventos científicos da UFMA.<br />
Sejam muito bem-vindos!!!<br />
Luciano da Silva Façanha<br />
Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 7<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O s conteúdos dos resumos são <strong>de</strong> inteira responsabilida<strong>de</strong> dos autores.<br />
SUMÁRIO<br />
PROGRAMAÇÃO GERAL ............................................................................................ 12<br />
A PROPOSTA DE FORMAÇÃO CIDADÃ ROUSSEUNIANA E AS PRÁTICAS AUTO-<br />
EDUCATIVAS DAS ASSESSORIAS JURÍDICAS UNIVERSITÁRIAS POPULARES<br />
(AJUPS)........................................................................................................................... 20<br />
TEATRO E REPRESENTAÇÃO: A MÍMESIS COMO REFORÇO DO AMOR-<br />
PRÓPRIO SEGUNDO JEAN-JACQUES ROUSSEAU................................................... 21<br />
MORAL E AUTONOMIA NA PERSPECTIVA DA INTERIORIDADE.......................... 22<br />
O TEATRO COMO DESENCANTAMENTO DE INSTRUMENTO DA EDUCAÇÃO<br />
MORAL SEGUNDO JEAN-JACQUES ROUSSEAU...................................................... 23<br />
TEATRO E CORRUPÇÃO HUMANA: UMA CRÍTICA AO TEATRO ENQUANTO<br />
FOMENTADOR DA DESIGUALDADE A PARTIR DE J-J. ROUSSEAU. ..................... 24<br />
UMA INTERPRETAÇÃO ROUSSEAUNIANA SOBRE O TEATRO ............................. 25<br />
A ÁGUA DE NARCISO E O RETRATO DE VALÉRIO: VAIDADE E NARCISISMO EM<br />
OVÍDIO E ROUSSEAU .................................................................................................. 26<br />
KANT E A ABORDAGEM ANTROPOLÓGICA PRAGMÁTICA DO GOSTO ............. 27<br />
DA NATUREZA LIVRE A CORRUPÇÃO: ANÁLISE DA CONDIÇÃO DO HOMEM NO<br />
ESTADO DE NATUREZA EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU ...................................... 29<br />
ESCLARECIMENTO E MORAL: UMA PERSPECTIVA DE PROGRESSO EM KANT<br />
........................................................................................................................................ 30<br />
A LIBERDADE SUBORDINADA ................................................................................... 31<br />
A TRAGÉDIA E A COMÉDIA NA CARTA A D’ALEMBERT ........................................ 32<br />
O IMEDIATO DA ESCRITA E DA LITERATURA EM ROUSSEAU ............................. 33
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 8<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O ENFRENTAMENTO POLÍTICO-FILOSÓFICO DE KANT EM SUA CRÍTICA À<br />
RELIGIÃO POSITIVA E A NECESSIDADE DE FOMENTAR O ESCLARECIMENTO<br />
EM ASSUNTOS DE RELIGIÃO. .................................................................................... 34<br />
DE UM TEATRO GENEBRINO: POSICIONAMENTO DE JEAN JACQUES ROUSSEAU<br />
ACERCA DOS ESPETÁCULOS EM GENEBRA. .......................................................... 36<br />
EDUCAÇÃO EM ROUSSEAU: UM DIÁLOGO ENTRE NATUREZA E CULTURA .... 37<br />
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA BUCÓLICA: O CAMPONÊS SOB A LUZ DOS<br />
OLHOS DA POESIA E FILOSOFIA DE HESÍODO E ROUSSEAU. ............................. 38<br />
DAS PAIXÕES ÀS PAIXÕES? UMA REFLEXÃO A PARTIR DOS APONTAMENTOS<br />
DE ROUSSEAU SOBRE A LINGUAGEM...................................................................... 39<br />
ENSAIO: SOBRE A FESTA DO BUMBA-MEU-BOI DO MARANHÃO E A QUESTÃO<br />
DOS ESPETÁCULOS EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU............................................. 40<br />
A MONARQUIA ABSOLUTISTA EM XEQUE: A SOBERANIA NO PENSAMENTO DE<br />
ROUSSEAU E AS CRÍTICAS AOS PODERES ILEGÍTIMOS....................................... 41<br />
ESTADO DE NATUREZA, PIEDADE E RECONHECIMENTO SOCIAL NO SEGUNDO<br />
DISCURSO DE ROUSSEAU........................................................................................... 42<br />
HISTÓRIA E MORAL: A TELEOLOGIA NA FILOSOFIA KANTIANA ...................... 43<br />
O FILÓSOFO COMO MÉDICO DA CIVILIZAÇÃO E O MATERIALISMO DO SÁBIO<br />
........................................................................................................................................ 44<br />
O ATOR CIDADÃO CONSTRUÍDO A PARTIR DA VISÃO FILOSÓFICA DE JEAN-<br />
JACQUES ROUSSEAU .................................................................................................. 45<br />
QUERELAS DOS ILUSTRES FILÓSOFOS DO SÉCULO XVIII: A QUERELA DO<br />
TEATRO EM JEAN- JACQUES ROUSSEAU. ............................................................... 46<br />
A QUERELA DO PANTEÍSMO: A REDESCOBERTA ALEMÃ DE SPINOZA E SEUS<br />
ECOS NA FILOSOFIA KANTIANA............................................................................... 47
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 9<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
CONSIDERAÇÕES FILOSÓFICAS ACERCA DA MORALIDADE E DO SEU<br />
FUNDAMENTO: NIETZSCHE EM DIÁLOGO (UNILATERAL) COM KANT NO<br />
CAMPO DO ÉTHOS E DA PRÁXIS ................................................................................ 49<br />
CONSIDERAÇÕES SOBRE A AUTONOMIA DA VONTADE A PARTIR DO<br />
ESCLARECIMENTO E DA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES DE<br />
KANT .............................................................................................................................. 50<br />
LIBERDADE COMO AUTONOMIA EM KANT: A PROPÓSITO DA EMANCIPAÇÃO.<br />
........................................................................................................................................ 51<br />
“A REBELIÃO CONSTANTE CONTRA SI MESMO”: A CRÍTICA DE ARENDT À<br />
NOÇÃO DE VONTADE GERAL EM ROUSSEAU ........................................................ 52<br />
DISCIPLINA, AUTONOMIA E MORAL: A PROPOSTA EDUCACIONAL EM KANT 53<br />
DISSENSOS SOBRE A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO TEATRO PARA OS FILÓSOFOS<br />
VOLTAIRE, DIDEROT E ROUSSEAU. ......................................................................... 54<br />
O ESTADO DEMOCRÁTICO EM ROUSSEAU ............................................................ 55<br />
CONSIDERAÇÕES ACERCA DE ALGUNS CONCEITOS E DEFINIÇÕES<br />
PRELIMINARES DA FILOSOFIA TRANSCENDENTAL DE IMMANUEL KANT. ..... 56<br />
KANT, HABERMAS E O CRITICISMO ENTRE A RELIGIÃO E A POLÍTICA .......... 57<br />
À PAZ PERPÉTUA: UMA LEITURA SOBRE O PROJETO DA FILOSOFIA POLÍTICA<br />
DE KANT ........................................................................................................................ 58<br />
NUANCES DE UMA ANTROPOLOGIA NA OBRA ENSAIO SOBRE A ORIGEM DAS<br />
LÍNGUAS NO QUAL SE FALA DA MELODIA E DA IMITAÇÃO MUSICAL DE JEAN-<br />
JACQUES ROUSSEAU .................................................................................................. 59<br />
O DISCURSO DO FILÓSOFO KANT SOBRE A REPRESENTAÇÃO FEMININA ...... 60<br />
ROUSSEAU E GOUGES: DIÁLOGOS SOBRE O PROGRESSO HUMANO E O<br />
TEATRO ......................................................................................................................... 61
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 10<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
LIBERDADE E ESTADO NA REVOLUÇÃO DOS BICHOS: ALGUMAS<br />
OBSERVAÇÕES A PARTIR DO TEXTO SOBRE O ESCLARECIMENTO DE KANT. 62<br />
DOS PRINCÍPIOS PUROS DA MORALIDADE NA FUNDAMENTAÇÃO DA<br />
METAFISICA DOS COSTUMES À FORMAÇÃO MORAL NO SOBRE A PEDAGOGIA<br />
........................................................................................................................................ 63<br />
JUÍZO POLÍTICO ARENDTIANO: UMA APROPRIAÇÃO DO JUÍZO ESTÉTICO<br />
KANTIANO COMO POSSIBILIDADE DE JUÍZO POLÍTICO ADEQUADO À<br />
PLURALIDADE HUMANA............................................................................................ 64<br />
A LIBERDADE TRANSCENDENTAL COMO CONDIÇÃO DE POSSIBILIDADE PARA<br />
O PENSAR POR SI.......................................................................................................... 65<br />
FILOSOFIA PRÁTICA KANTIANA E ETHOS JORNALÍSTICO - BASES<br />
FILOSÓFICAS DA ÉTICA DA IMPRENSA -................................................................. 66<br />
EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO CIDADÃ E PRUDÊNCIA EM KANT ............................... 67<br />
ROUSSEAU E KANT: OS DESAFIOS DE UMA EDUCAÇÃO EM CONFORMIDADE<br />
COM A NATUREZA ....................................................................................................... 68<br />
A TEORIA DO CONHECIMENTO DE KANT: O CONHECIMENTO PURO E<br />
EMPIRICO ..................................................................................................................... 69<br />
CONSIDERAÇÃO SOBRE O IDEAL DO BELO NA CRÍTICA DA FACULDADE DO<br />
JUÍZO DE KANT. ........................................................................................................... 70<br />
A PEDAGOGIA DE ROUSSEAU.................................................................................... 71<br />
FILOSOFIA INFANTIL: EDUCAÇÃO PARA AS PAIXÕES DE EMÍLIO DO<br />
ROUSSEAU .................................................................................................................... 72<br />
A VELHICE REPRESENTADA NO PALCO E O ANTIGO REGIME POLÍTICO ATÉ<br />
SÉCULO XVIII ............................................................................................................... 73<br />
UM RELAÇÃO ENTRE REINO DOS FINS ENQUANTO IDEAL, E SOCIEDADE
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 11<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
ÉTICA ENQUANTO POSSIBILIDADE ......................................................................... 74<br />
O PROGRESSO DIANTE DO ESPELHO: ROUSSEAU E A CRÍTICA À ARTE........... 75<br />
A PROPOSTA PRAGMÁTICO-DISCURSIVA DE JÜRGEN HABERMAS, COMO<br />
REFORMULAÇÃO DO IMPERATIVO CATEGÓRICO DE IMMANUEL KANT........ 76
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 12<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
PROGRAMAÇÃO GERAL<br />
O SEMINÁRIO DE PESQUISA DOS <strong>GEPI</strong> ROUSSEAU – KANT<br />
UFMA: POLÍTICA, ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO EM ROUSSEAU E<br />
KANT, ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2019, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />
Maranhão – UFMA. Os Congressos consistirão em Minicursos, Comunicações,<br />
Mesas-redondas e Conferências.<br />
O tempo <strong>de</strong> exposição será <strong>de</strong> quinze minutos para os participantes das<br />
comunicações e uma hora para as conferências dos participantes convidados.<br />
Dia 16 <strong>de</strong> ABRIL - Terça-Feira (1º Dia)<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
Térreo do CCH<br />
8:00 às<br />
11:00<br />
Cre<strong>de</strong>nciamento<br />
Apresentação dos minicursos:<br />
1) República, Política e Representação<br />
em Rousseau;<br />
MANHÃ<br />
Auditório Mário<br />
Meireles, Auditório<br />
"A" do CCH<br />
8:00 às 12:00<br />
2) Republicanismo, Cidadania e<br />
Resistência em Kant.<br />
Ministrantes: Profa. Dra. Maria<br />
Constança Peres Pissarra (PUCSP) e<br />
Prof. Dr. Francisco Jozivan Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Lima (UFPI)<br />
TURNO<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
TARDE<br />
Térreo do CCH<br />
Auditório Ribamar<br />
Cal<strong>de</strong>ira, Auditório<br />
"B" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação:<br />
Profa. Ms. Priscila<br />
<strong>de</strong> Oliveira Silva<br />
14:00 às<br />
17:00<br />
14:00 às<br />
15:45<br />
14:00<br />
14:15<br />
14:30<br />
Cre<strong>de</strong>nciamento<br />
MESA ROUSSEAU<br />
Ana Beatriz Carvalho <strong>de</strong> Sousa<br />
O TEATRO COMO DESENCANTAMENTO<br />
DE INSTRUMENTO DA EDUCAÇÃO<br />
MORAL SEGUNDO JEAN-JACQUES<br />
ROUSSEAU<br />
Ana Cristina Araújo Marques e<br />
Domingos Dutra dos Santos<br />
DISSENSOS SOBRE A FUNÇÃO<br />
PEDAGÓGICA DO TEATRO PARA OS<br />
FILÓSOFOS VOLTAIRE, DIDEROT E<br />
ROUSSEAU.<br />
Elayne <strong>de</strong> Araújo Pereira<br />
UMA<br />
INTERPRETAÇÃO<br />
ROUSSEAUNIANA SOBRE O TEATRO
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 13<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
Auditório Ribamar<br />
Cal<strong>de</strong>ira, Auditório<br />
"B" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Prof.<br />
Ms. Itanielson<br />
Coqueiro<br />
14:45<br />
15:00<br />
15:15<br />
15:30<br />
Gustavo Pinto Macau e Hudson<br />
Vinicius Pereira Silva<br />
DE UM TEATRO GENEBRINO:<br />
Posicionamento <strong>de</strong> Jean Jacques<br />
Rousseau acerca dos espetáculos em<br />
Genebra.<br />
Irlene Veruska Batista da Silva e<br />
Tainnara Cristina Pinheiro<br />
Hernan<strong>de</strong>z<br />
TEATRO E REPRESENTAÇÃO: A<br />
MÍMESIS COMO REFORÇO DO AMOR-<br />
PRÓPRIO SEGUNDO JEAN-JACQUES<br />
ROUSSEAU<br />
Irlene Veruska Batista da Silva e<br />
Tainnara Cristina Pinheiro<br />
Hernan<strong>de</strong>z<br />
Teatro e corrupção humana: Uma<br />
crítica ao teatro enquanto fomentador<br />
da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> J-<br />
J.Rousseau<br />
Kevin <strong>de</strong> Abreu Ferreira<br />
Querelas dos Ilustres Filósofos do<br />
século XVIII: a querela do teatro em<br />
Jean-Jacques Rousseau.<br />
15:45 à 16:00 COFFE BREAK<br />
16:00 às<br />
17:45<br />
16:00<br />
16:15<br />
16:30<br />
16:45<br />
17:00<br />
Mesa Kant<br />
Ana Cristina Araújo Marques e<br />
Domingos Dutra dos Santos<br />
DISCIPLINA, AUTONOMIA E MORAL: a<br />
proposta educacional em Kant<br />
Bruno Bogéa Lima<br />
Esclarecimento e Moral: Uma<br />
Perspectiva <strong>de</strong> Progresso em Kant<br />
Kevin <strong>de</strong> Abreu Ferreira<br />
Consi<strong>de</strong>rações acerca <strong>de</strong> alguns<br />
conceitos e <strong>de</strong>finições preliminares da<br />
Filosofia Transcen<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> Immanuel<br />
Kant.<br />
Matheus Costa e Costa<br />
Uma relação entre Reino dos fins<br />
enquanto i<strong>de</strong>al, e socieda<strong>de</strong> ética<br />
enquanto possibilida<strong>de</strong><br />
Mickael dos Santos Costa<br />
O ENFRENTAMENTO POLÍTICO-<br />
FILOSÓFICO DE KANT EM SUA CRÍTICA<br />
À RELIGIÃO POSITIVA E A<br />
NECESSIDADE DE FOMENTAR O<br />
ESCLARECIMENTO EM ASSUNTOS DE<br />
RELIGIÃO.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 14<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
17:15<br />
17:30<br />
Rafael Ribeiro <strong>de</strong> Souza<br />
HISTÓRIA E MORAL: A TELEOLOGIA NA<br />
FILOSOFIA KANTIANA<br />
Rafaela Cristina Barros Gomes e<br />
Trinne Cristine Pimentel Costa<br />
Consi<strong>de</strong>rações sobre a autonomia da<br />
vonta<strong>de</strong> a partir do Esclarecimento e da<br />
Fundamentação da metafísica dos<br />
costumes <strong>de</strong> Kant<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
NOITE<br />
Auditório B –<br />
Ribamar Cal<strong>de</strong>ira<br />
18:00<br />
Conferência <strong>de</strong> abertura “O sentido<br />
político da representação teatral em<br />
Rousseau”<br />
Ministrante: Profa. Dra. Maria<br />
Constança Peres Pissarra (PUC/SP)<br />
Mo<strong>de</strong>rador: Prof. Dr. Luciano Silva<br />
Façanha<br />
Dia 17 <strong>de</strong> ABRIL - Quarta-Feira (2º Dia)<br />
TURNO LOCAL LOCAL ATIVIDADE<br />
MANHÃ<br />
Auditório Mário<br />
Meireles,<br />
Auditório "A" do<br />
CCH<br />
8:00 às<br />
10:00<br />
10:00 às<br />
12:00<br />
Minicurso 1: Republicanismo,<br />
Cidadania e Resistência em Kant.<br />
Ministrante: Prof. Dr. Francisco<br />
Jozivan Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lima (UFPI)<br />
Minicurso 2: República, Política e<br />
Representação em Rousseau.<br />
Ministrante: Profa. Dra. Maria<br />
Constança Peres Pissarra (PUC/SP)<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
TARDE<br />
Auditório Mário<br />
Meireles, Auditório<br />
"A" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Prof.<br />
Ms. Danielton<br />
Melônio<br />
14:00 às<br />
15:45<br />
14:00<br />
MESA KANT<br />
Carllyanne Helena Costa Tavares<br />
DOS PRINCÍPIOS PUROS DA<br />
MORALIDADE NA FUNDAMENTAÇÃO DA<br />
METAFÍSICA DOS COSTUMES À<br />
FORMAÇÃO MORAL NO SOBRE A<br />
PEDAGOGIA
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 15<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
Auditório Mário<br />
Meireles, Auditório<br />
"A" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Profa.<br />
Ms. Lussandra<br />
Barbosa <strong>de</strong> Carvalho<br />
14:15<br />
14:30<br />
14:45<br />
15:00<br />
15:15<br />
15:30<br />
15:45 à<br />
16:00<br />
16:00 às<br />
17:30<br />
16:00<br />
16:15<br />
16:30<br />
16:45<br />
17:00<br />
17:15<br />
Delma <strong>de</strong> Fátima Alves Melo<br />
CONSIDERAÇÃO SOBRE O IDEAL DO<br />
BELO NA CRÍTICA DA FACULDADE DO<br />
JUÍZO DE KANT.<br />
Eduardo Lynnik Ribeiro Rodrigues<br />
A TEORIA DO CONHECIMENTO DE<br />
KANT: O CONHECIMENTO PURO E<br />
EMPÍRICO<br />
Gregory Ferreira Neves<br />
A LIBERDADE TRANSCENDENTAL<br />
COMO CONDIÇÃO DE POSSIBILIDADE<br />
PARA O PENSAR POR SI<br />
João Gabriel Costa Ferreira Maia<br />
À PAZ PERPÉTUA: UMA LEITURA<br />
SOBRE O PROJETO DA FILOSOFIA<br />
POLÍTICA DE KANT<br />
Karoliny Costa Silva<br />
EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO CIDADÃ E<br />
PRUDÊNCIA EM KANT<br />
Moisses Bacelar Campelo<br />
LIBERDADE E ESTADO NA REVOLUÇÃO<br />
DOS BICHOS: ALGUMAS<br />
OBSERVAÇÕES A PARTIR DO TEXTO<br />
SOBRE O ESCLARECIMENTO DE KANT.<br />
COFFE BREAK<br />
MESA ROUSSEAU<br />
Diego Miranda Aragão<br />
A PROPOSTA DE FORMAÇÃO CIDADÃ<br />
ROUSSEUNIANA E AS PRÁTICAS AUTO-<br />
EDUCATIVAS DAS ASSESSORIAS<br />
JURÍDICAS<br />
UNIVERSITÁRIAS<br />
POPULARES (AJUPs)<br />
Jacenil<strong>de</strong> Sousa Diniz<br />
ENSAIO: SOBRE A FESTA DO BUMBA-<br />
MEU-BOI DO MARANHÃO E A QUESTÃO<br />
DOS ESPETÁCULOS EM JEAN-JACQUES<br />
ROUSSEAU.<br />
Raphaelle Garcês Silva<br />
ESTADO DE NATUREZA, PIEDADE E<br />
RECONHECIMENTO SOCIAL NO<br />
SEGUNDO DISCURSO DE ROUSSEAU<br />
Simony <strong>de</strong> Sousa Faria<br />
A PEDAGOGIA DE ROUSSEAU<br />
Taynara Pereira Silveira<br />
EDUCAÇÃO EM ROUSSEAU: UM<br />
DIÁLOGO ENTRE NATUREZA E<br />
CULTURA<br />
Valdilene Oliveira Pinto<br />
FILOSOFIA INFANTIL: EDUCAÇÃO PARA
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 16<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
AS PAIXÕES DE EMÍLIO DO ROUSSEAU<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
TARDE<br />
Auditório Mário<br />
Ribamar Cal<strong>de</strong>ira<br />
"B" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação:<br />
Profa. Ms. Maria do<br />
Socorro Gonçalves<br />
da Costa<br />
Auditório Ribamar<br />
Cal<strong>de</strong>ira, Auditório<br />
"B" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Prof.<br />
Ms. Leonardo Silva<br />
Sousa<br />
14:00 às<br />
16:15<br />
14:00<br />
14:15<br />
14:30<br />
14:45<br />
15:00<br />
15:15<br />
15:30<br />
15:45<br />
16:00<br />
15:45 à<br />
16:00<br />
16:00 às<br />
17:15<br />
16:00<br />
16:15<br />
16:30<br />
MESA ROUSSEAU<br />
Adonay Ramos Moreira e Francimil<strong>de</strong>s Carvalho<br />
Queiroz<br />
O PROGRESSO DIANTE DO ESPELHO: ROUSSEAU<br />
E A CRÍTICA À ARTE<br />
Ariane Santos Ribeiro Melônio<br />
A ÁGUA DE NARCISO E O RETRATO DE VALÉRIO:<br />
VAIDADE E NARCISISMO EM OVÍDIO E ROUSSEAU<br />
Cláudia da Silva<br />
A CONCEPÇÃO DE HOMEM NATURAL EM<br />
ROUSSEAU<br />
Gabriel Antonio da Silva Campelo<br />
ROUSSEAU, KANT E A EDUCAÇÃO NATURAL<br />
Klisman Lucas <strong>de</strong> Sousa Castro<br />
O IMEDIATO DA ESCRITA E DA LITERATURA EM<br />
ROUSSEAU<br />
Lussandra Barbosa <strong>de</strong> Carvalho<br />
DAS PAIXÕES ÀS PAIXÕES? UMA REFLEXÃO A<br />
PARTIR DOS APONTAMENTOS DE ROUSSEAU<br />
SOBRE A LINGUAGEM<br />
Rafaela Cristina Barros Gomes e Trinne Cristinne<br />
Pimentel Costa<br />
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA BUCÓLICA: O<br />
CAMPONÊS SOB A LUZ DOS OLHOS DA POESIA E<br />
FILOSOFIA DE HESÍODO E ROUSSEAU.<br />
Steves Dickinson Almeida Lima<br />
NUANCES DE UMA ANTROPOLOGIA NA OBRA<br />
ENSAIO SOBRE A ORIGEM DAS LÍNGUAS NO<br />
QUAL SE FALA DA MELODIA E DA IMITAÇÃO<br />
MUSICAL DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />
Gabriel Antonio da Silva Campelo<br />
ROUSSEAU, KANT E A EDUCAÇÃO NATURAL<br />
COFFE BREAK<br />
MESA ROUSSEAU<br />
Agnaeldo Áquila Viana dos Santos<br />
A LIBERDADE SUBORDINADA<br />
Elenil<strong>de</strong>s Silva Santos<br />
O ESTADO DEMOCRÁTICO EM ROUSSEAU<br />
Joás <strong>de</strong> Jesus Ribeiro<br />
A VELHICE REPRESENTADA NO PALCO E O<br />
ANTIGO REGIME POLÍTICO ATÉ SÉCULO XVIII
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 17<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
16:45<br />
17:00<br />
Lídia Cristina Costa Nunes<br />
A TRAGÉDIA E A COMÉDIA NA CARTA A<br />
D'ALEMBERT<br />
Ruan Cláudio da Silva Rosa<br />
A MONARQUIA ABSOLUTA EM XEQUE: A<br />
SOBERANIA NO PENSAMENTO DE ROUSSEAU E<br />
AS CRÍTICAS AOS PODERES ILEGÍTIMOS<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
Conferência <strong>de</strong> encerramento “O<br />
sentido social da estética em Kant”<br />
NOITE<br />
Auditório Mário<br />
Meireles, Auditório<br />
"A" do CCH<br />
18:00<br />
19:00<br />
Ministrante: Prof. Dr. Francisco<br />
Jozivan Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lima (UFPI)<br />
Mo<strong>de</strong>radora: Profa. Dra. Zilmara <strong>de</strong><br />
Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho.<br />
Leitura Dramática do Pigmalião<br />
“O Papel do Ator no Iluminismo<br />
francês”<br />
Prof. Doutorando Hel<strong>de</strong>rson Mariani<br />
(PUC/SP)<br />
Dia 18 <strong>de</strong> ABRIL - Quinta-Feira (3º Dia)<br />
TURNO LOCAL HORÁRIO ATIVIDADE<br />
TARDE<br />
Auditório Mário<br />
Meireles, Auditório<br />
"A" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação:<br />
Profa. Dra. Maria<br />
Olília Serra<br />
08:00 às<br />
09:45<br />
08:00<br />
08:15<br />
08:30<br />
08:45<br />
09:00<br />
MESA ROUSSAU - KANT -<br />
DIÁLOGOS<br />
Barbara Rodrigues Barbosa<br />
ROUSSEAU E GOUGES: DIÁLOGOS SOBRE O<br />
PROGRESSO HUMANO E O TEATRO<br />
Cristiano Leonardo <strong>de</strong> Allan Kar<strong>de</strong>c Capovilla<br />
Luz e Fábio Palácio <strong>de</strong> Azevedo<br />
FILOSOFIA PRÁTICA KANTIANA E ETHOS<br />
JORNALÍSTICO - BASES FILOSÓFICAS DA ÉTICA DA<br />
IMPRENSA<br />
Danielton Campos Melonio<br />
KANT E A ABORDAGEM ANTROPOLÓGICA<br />
PRAGMÁTICA DO GOSTO<br />
Edna Selma David Silva<br />
LIBERDADE COMO AUTONOMIA EM KANT: A<br />
PROPÓSITO DA EMANCIPAÇÃO.<br />
Flávio Luiz <strong>de</strong> Castro Freitas<br />
O FILÓSOFO COMO MÉDICO DA CIVILIZAÇÃO E O<br />
MATERIALISMO DO SÁBIO
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 18<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
Auditório Mário<br />
Meireles, Auditório<br />
"A" do CCH<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Prof.<br />
Dr. Flávio Luiz <strong>de</strong><br />
Castro Freitas<br />
09:15<br />
09:30<br />
06:45 à<br />
10:00<br />
10:00 às<br />
11:45<br />
10:00<br />
10:15<br />
10:30<br />
10:45<br />
11:00<br />
11:15<br />
11:30<br />
Hel<strong>de</strong>rson Mariani Pires<br />
O ATOR CIDADÃO, CONSTRUÍDO A PARTIR DA<br />
VISÃO FILOSÓFICA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU.<br />
Wescley Fernan<strong>de</strong>s Araújo Freire<br />
KANT, HABERMAS E O CRITICISMO ENTRE A<br />
RELIGIÃO E A POLÍTICA<br />
COFFE BREAK<br />
MESA ROUSSEAU - KANT -<br />
DIÁLOGOS<br />
Fabíola da Silva Caldas<br />
A QUERELA DO PANTEÍSMO: A REDESCOBERTA<br />
ALEMÃ DE SPINOZA E SEUS ECOS NA FILOSOFIA<br />
KANTIANA<br />
Isabel Cristina Costa Freire<br />
O DISCURSO DO FILÓSOFO KANT SOBRE A<br />
REPRESENTAÇÃO FEMININA<br />
Hernani Veloso <strong>de</strong> Carvalho<br />
MORAL E AUTONOMIA NA PERSPECTIVA DA<br />
INTERIORIDADE<br />
Kamila Fernanda Barbosa Sampaio<br />
JUÍZO POLÍTICO ARENDTIANO: UMA<br />
APROPRIAÇÃO DO JUÍZO ESTÉTICO KANTIANO<br />
COMO POSSIBILIDADE DE JUÍZO POLÍTICO<br />
ADEQUADO À PLURALIDADE HUMANA<br />
Lorena Moreira Pinto<br />
"A REBELIÃO CONSTANTE CONTRA SI MESMO": A<br />
CRÍTICA DE ARENDT À NOÇÃO DE VONTADE<br />
GERAL EM ROUSSEAU<br />
Rodrigo Antonio Iturra Wolff<br />
A PROPOSTA PRAGMÁTICO-DISCURSIVA DE<br />
JÜRGEN HABERMAS, COMO REFORMULAÇÃO DO<br />
IMPERATIVO CATEGÓRICO DE IMMANUEL KANT.<br />
Wainer Furtado Neves<br />
CONSIDERAÇÕES FILOSÓFICAS ACERCA DA<br />
MORALIDADE E DO SEU FUNDAMENTO:<br />
NIETZSCHE EM DIÁLOGO (UNILATERAL) COM<br />
KANT NO CAMPO DO ÉTHOS E DA PRÁXIS
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 19<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
Os conteúdos dos resumos são <strong>de</strong> inteira responsabilida<strong>de</strong> dos autores.<br />
<strong>Resumos</strong> da<br />
SEMINÁRIO DE PESQUISA DOS <strong>GEPI</strong> ROUSSEAU – KANT UFMA: POLÍTICA,<br />
ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO EM ROUSSEAU E KANT<br />
CADERNO DE RESUMOS<br />
São Luís-MA<br />
2019
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 20<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A PROPOSTA DE FORMAÇÃO CIDADÃ ROUSSEUNIANA E AS PRÁTICAS<br />
AUTO-EDUCATIVAS DAS ASSESSORIAS JURÍDICAS UNIVERSITÁRIAS<br />
POPULARES (AJUPS)<br />
Diego Miranda Aragão<br />
Prof. Dr. José Ernandi Men<strong>de</strong>s<br />
UECE (Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino - MAIE)<br />
Bolsista pela CAPES/CNPQ)<br />
rua.diego@hotmail.com<br />
RESUMO: A obra rousseauniana nos coloca diante <strong>de</strong> um projeto filosóficoeducacional<br />
que apresenta a formação humana como pilar central. Nessa perspectiva, a<br />
centralida<strong>de</strong> da educação é vista como prática social responsável por direcionar nosso<br />
processo <strong>de</strong> humanização e <strong>de</strong> compreensão do real. O autor lança as bases da educação<br />
mo<strong>de</strong>rna e é o primeiro a centrar na própria criança o processo educacional. Além das<br />
contribuições para o campo educativo, a proposta filosófico-política <strong>de</strong> Rousseau po<strong>de</strong><br />
encontrar elos <strong>de</strong> aproximação com práticas auto-educativas <strong>de</strong>senvolvidas fora dos<br />
espaços formais <strong>de</strong> ensino, tal como as Assessorias Jurídicas Universitárias Populares<br />
(AJUPs). O objetivo <strong>de</strong>ssa pesquisa constitui em uma tentativa <strong>de</strong> aproximar elementos<br />
da concepção <strong>de</strong> formação humana rousseauniana a alguns dos princípios educativos<br />
pelos quais são orientadas as práticas <strong>de</strong>ssa experiência <strong>de</strong> jovens universitários<br />
chamada AJUP e <strong>de</strong>monstrar a relevância <strong>de</strong>ssa aproximação em termos teóricos e<br />
práticos. Para tal, foi utilizada a pesquisa teórico-bibliográfica, <strong>de</strong> caráter exploratório e<br />
embasada em estudos <strong>de</strong>senvolvidos na disciplina “Teorias da Educação” do Mestrado<br />
Intercampi em Educação e Ensino, radicados, em parte, em obras seminais <strong>de</strong> Rousseau,<br />
tal como “O Emílio”. Como resultado <strong>de</strong>ssa pesquisa, po<strong>de</strong>mos afirmar a relevância da<br />
contribuição recíproca da relação formação cidadã rousseauniana e práticas autoeducativas<br />
das assessorias estudantis. Se o trabalho educativo das AJUPs viabiliza uma<br />
crítica ao universo jurídico, possibilitando vislumbrar um horizonte <strong>de</strong> formação com<br />
vieses dialógicos, emancipatórios e horizontais, tal horizonte po<strong>de</strong> vir a ser construído<br />
com base em elementos da proposta <strong>de</strong> formação cidadã rousseauniana. Por fim, esses<br />
pontos <strong>de</strong> contato po<strong>de</strong>m servir, também, para a atualização do pensamento <strong>de</strong>sse autor<br />
em projetos <strong>de</strong> formação alternativos na contemporaneida<strong>de</strong>.<br />
Palavras-chave: Formação cidadã. Proposta rousseauniana. AJUP. Práticas autoeducativas.<br />
Contribuições recíprocas.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 21<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
TEATRO E REPRESENTAÇÃO: A MÍMESIS COMO REFORÇO DO AMOR-<br />
PRÓPRIO SEGUNDO JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />
Irlene Veruska Batista da Silva<br />
Graduanda Filosofia –UFMA/ Bolsista PIBIC-CNPq<br />
E-mail: irleneveruska305@gmail.com<br />
Tainnara Cristina Pinheiro Hernan<strong>de</strong>z<br />
Graduanda Filosofia –UFMA/ Bolsista PIBIC-CNPq<br />
E-mail: tainnarahernan<strong>de</strong>z@hotmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha<br />
Professor da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
E-mail: lucianosfacanha@hotmail.com<br />
RESUMO: Objetiva-se fazer uma breve explanação sobre a problemática da<br />
representação teatral a partir da crítica realizada pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau<br />
(1712-1778) em sua obra Carta a D’Alembert sobre os espetáculos. Na referida obra em<br />
que se baseia esta pesquisa, Rousseau apresenta uma crítica à representação social<br />
através das artes, com ênfase no teatro francês do século XVIII. A representação das<br />
peças teatrais faz do teatro o espelho da virtu<strong>de</strong> e dos costumes do homem <strong>de</strong>generado<br />
pela civilização, reforçando assim, as “mascaras socias” e o amor-próprio. Em<br />
contraposição ao Teatro, Rousseau propõe as festas populares para a retirada das<br />
“mascaras”, po<strong>de</strong>ndo manifestar a autêntica Natureza <strong>de</strong> cada individuo. A Carta a<br />
D’Alembert nasceu em resposta ao verbete Genebra, escrito no tomo VII da<br />
Enciclopédia por D’Alembert, no qual este exaltava as qualida<strong>de</strong>s do Teatro e sugeria<br />
inaugurar uma companhia <strong>de</strong> comediantes em Genebra que até então era proibida na<br />
cida<strong>de</strong> do genebrino. Na Carta, Rousseau apresenta sua crítica aos efeitos nocivos da<br />
representação do teatro para formação da virtu<strong>de</strong> dos espectadores e atribui aos jogos e<br />
espetáculos cívicos uma importância pedagógica em oposição aos espetáculos teatrais.<br />
Assim, partindo <strong>de</strong>sse contexto, iremos, tratar sobre essa dualida<strong>de</strong> que se evi<strong>de</strong>ncia<br />
como um jogo <strong>de</strong> oposição entre uma socieda<strong>de</strong> corrompida pelos espetáculos teatrais e<br />
outra livre dos efeitos corruptores da cena teatral. Nessa última, o único espetáculo<br />
possível, segundo o filósofo , é aquele em que o próprio espectador é o espetáculo, ou<br />
seja: as festas populares.<br />
Palavras-chave: Jean-Jacques Rousseau; Carta a d’Alembert; Teatro; Representação;<br />
Festa.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 22<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
MORAL E AUTONOMIA NA PERSPECTIVA DA INTERIORIDADE<br />
Prof. Ms. Hernani Veloso <strong>de</strong> Carvalho<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão – PARFOR<br />
hersophos@hotmail.com<br />
RESUMO: Este trabalho preten<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar a crítica <strong>de</strong> J-J Rousseau ao i<strong>de</strong>al do<br />
progresso como o ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> sua estruturação filosófica, cujo percurso consiste<br />
também na <strong>de</strong>sconstrução e reconstrução <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>ário moral sob a ótica da<br />
interiorida<strong>de</strong>. Objetivamente, centralizaremos tal análise nas obras O discurso sobre as<br />
ciências e as artes (1750), O discurso sobre a origem e os fundamentos da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong><br />
entre homens (1753) e na obra Emílio – ou Da educação (1762). No tocante ao romance<br />
filosófico, a personagem Emílio sedimenta por meio <strong>de</strong> auto experiência, o<br />
conhecimento informal <strong>de</strong> si em relação à natureza, às coisas e aos homens.<br />
Metodologicamente, discorreremos sobre a temática com base em pesquisa bibliográfica<br />
e como pressupostos teóricos, utilizaremos: Rousseau (2004; 1983), Dalbosco (2011),<br />
Freitas (2003), Boto (2005), Cambi (1999) e outros pesquisadores e comentadores que<br />
po<strong>de</strong>rão contribuir para a elucidação da abordagem aqui proposta, qual seja: a crítica <strong>de</strong><br />
J-J Rousseau e a educação moral sob a ótica da interiorida<strong>de</strong>. A aplicabilida<strong>de</strong> do<br />
respectivo trabalho é <strong>de</strong> natureza ampla, porém, <strong>de</strong>stacamos a sua importância <strong>de</strong>cisiva<br />
nos campos da Filosofia, da Ética, da Estética e da Educação.<br />
Palavras-Chave: Rousseau. Moral. Educação. Emílio. Interiorida<strong>de</strong>.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 23<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O TEATRO COMO DESENCANTAMENTO DE INSTRUMENTO DA<br />
EDUCAÇÃO MORAL SEGUNDO JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />
Ana Beatriz Carvalho <strong>de</strong> Sousa<br />
Graduanda do Curso <strong>de</strong> Filosofia – UFMA<br />
canabeatriz03@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha<br />
lucianosfacanha@hotmail.com<br />
RESUMO: O filósofo Jean Jacques Rousseau no século XVIII, expõe uma critica<br />
acerca do Teatro, ao escrever a Carta a d’Alembert sobre os espetáculos em 1758. O<br />
filósofo questiona a função social do Teatro com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoar o gosto e os<br />
costumes dos Genebrinos, como instrumento educacional apresentado pelo filosofo<br />
d’Alembert, que escreve o verbete Genebra elaborado para o tomo VII da Enciclopédia.<br />
Na Carta a d’Alembert, Rousseau problematiza algumas questões acerca dos<br />
espetáculos, como por exemplo se são bons ou maus para a socieda<strong>de</strong> genebrina, e<br />
afirma em sua reflexão que o Teatro não tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformar os cidadãos.<br />
O tema principal da Carta consiste na exposição <strong>de</strong> argumentos contra as sugestões <strong>de</strong><br />
d’Alembert <strong>de</strong> restabelecer espetáculos <strong>de</strong> comédia na República Genebrina. Dessa<br />
forma, Rousseau discorrerá na Carta, seus questionamentos em virtu<strong>de</strong> das afirmações<br />
<strong>de</strong> d’Alembert para a formação <strong>de</strong> uma república como Genebra. Portanto, essa<br />
apresentação visa esclarecer as indagações sobre o teatro no século das luzes, apontada<br />
por Rousseau.<br />
Palavras-chave: Rousseau. Teatro. Educação. D’Alembert. Genebra
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 24<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
TEATRO E CORRUPÇÃO HUMANA: UMA CRÍTICA AO TEATRO<br />
ENQUANTO FOMENTADOR DA DESIGUALDADE A PARTIR DE J-J.<br />
ROUSSEAU.<br />
Tainnara Cristina Pinheiro Hernan<strong>de</strong>z 1<br />
Graduanda em Filosofia/UFMA<br />
Irlene Veruska Batista da Silva 2<br />
Graduanda em Filosofia/UFMA<br />
Orientador: Luciano da Silva Façanha 3<br />
Doutorado em Filosofia-UFMA<br />
RESUMO: Objetiva-se discorrer sobre como a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> surge entre os homens,<br />
discussão que é apresentada na obra conhecida como o Discurso sobre a origem e os<br />
fundamentos da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre os homens do filósofo Jean Jacques – Rousseau,<br />
partindo assim para a análise <strong>de</strong> como ela é refletida no Teatro mo<strong>de</strong>rno. A obra em<br />
questão apresenta dois tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> - natural/física e política/moral -, sendo<br />
esta última a que consiste no pensamento da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> referente à concepção <strong>de</strong> rico<br />
e pobre, honrado e <strong>de</strong>sonrado, isto é, esclarecendo as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>, vício e costumes<br />
que estão presentes na narrativa teatral, on<strong>de</strong> o homem vivência o amor-próprio, ou<br />
seja, vive e compreen<strong>de</strong> sua própria existência a partir do julgamento <strong>de</strong> outros,<br />
enquanto o amor-<strong>de</strong>-si é mo<strong>de</strong>rado pela pieda<strong>de</strong> natural que po<strong>de</strong> ser entendida como a<br />
virtu<strong>de</strong> do homem selvagem, dado que ela era responsável pelo sentimento <strong>de</strong><br />
compaixão com o outro. O filosofo genebrino, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o homem natural não é bom<br />
e nem mal, uma vez que, não conhece tais “conceitos”, tendo como “voz” <strong>de</strong> justiça a<br />
pieda<strong>de</strong> natural, entretanto, quando ele se torna sociável é corrompido, já que, para<br />
Rousseau a sociabilida<strong>de</strong> causou a corrupção dos homens, por essa razão o homem<br />
civilizado passa a assimilar o que seria bonda<strong>de</strong> e malda<strong>de</strong>. Nesta perspectiva, nossa<br />
pesquisa trata <strong>de</strong> uma investigação <strong>de</strong> cunho estritamente bibliográfico a ser<br />
<strong>de</strong>senvolvida através da análise hermenêutico-filosófica dos conceitos centrais<br />
apontados.<br />
Palavras-chave: Rousseau. Desigualda<strong>de</strong>. Homem. Teatro. Política/Moral.<br />
1<br />
Tainnara Cristina Pinheiro Hernan<strong>de</strong>z, Graduanda <strong>de</strong> Filosofia em Licenciatura Plena- UFMA. Bolsista<br />
PIBIC/CNPq. E-mail: tainnarahernan<strong>de</strong>z@hotmail.com<br />
2<br />
Irlene Veruska Batista da Silva, Graduanda <strong>de</strong> Filosofia em Licenciatura Plena- UFMA. Bolsista<br />
PIBIC/CNPq. E-mail: irleneveruska305@gmail.com<br />
3<br />
Luciano da Silva Façanha, Doutorado em Filosofia- UFMA. E-mail: lucianosfacanha@hotmail.com
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 25<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
UMA INTERPRETAÇÃO ROUSSEAUNIANA SOBRE O TEATRO<br />
Elayne <strong>de</strong> Araujo Pereira<br />
Graduanda do Curso <strong>de</strong> Filosofia-UFMA<br />
Email: elaynearaujofilo@gmail.com<br />
RESUMO: Jean-Jacques Rousseau faz uma análise do homem mediante as experiências<br />
em socieda<strong>de</strong> e sinaliza a corrupção da sua natureza no século das luzes. Ao mesmo<br />
tempo em que os inspiradores do movimento da ilustração, os homens <strong>de</strong> letras voltamse<br />
para a i<strong>de</strong>ia do progresso guiado pela razão que implica no aprimoramento do homem<br />
e por fim na transformação da socieda<strong>de</strong>, o genebrino observa um movimento contrário,<br />
<strong>de</strong> que a história dos homens é um progresso da <strong>de</strong>generação. Em vista disso, Jean-<br />
Jacques, ao se manifestar contra o verbete Genebra, escrito por d’Alembert para o<br />
volume VII da Enciclopédia, realiza algumas reflexões sobre o teatro perante os<br />
espetáculos consi<strong>de</strong>rados plausíveis para educar os homens, afirmando que os prazeres<br />
predispostos pelo teatro incitam as paixões exacerbadas e os vícios <strong>de</strong>senfreados nos<br />
costumes da socieda<strong>de</strong> ocasionando a <strong>de</strong>pravação e o afastamento <strong>de</strong> si mesmo, pois o<br />
homem natural não tem a necessida<strong>de</strong> dos espetáculos para educar-se em Genebra.<br />
Assim, abordaremos sobre as analises apontadas pelo filósofo na obra A Carta<br />
D'Alembert sobre os espetáculos com intuito <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r suas consi<strong>de</strong>rações a<br />
respeito da negação do teatro <strong>de</strong> classe na República <strong>de</strong> Genebra.<br />
Palavras-chave: Rousseau. Teatro. Socieda<strong>de</strong>. Educação.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 26<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A ÁGUA DE NARCISO E O RETRATO DE VALÉRIO: VAIDADE E<br />
NARCISISMO EM OVÍDIO E ROUSSEAU<br />
Ariane Santos Ribeiro Melonio<br />
E-mail: arianesanrib@gmail.com<br />
Luciano da Silva Façanha (orientador)<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão – UFMA<br />
RESUMO: O mito <strong>de</strong> Narciso é uma das narrativas mais conhecidas no Oci<strong>de</strong>nte, tendo<br />
várias versões que foram contadas ao longo da história. Duas são as mais conhecidas, a<br />
do poeta romano Ovídio (séc. I d. C) no poema As Metamorfoses (Livro III 339-510) e a<br />
versão do mito apresentada pelo geógrafo grego Pausânias em Descrição da Grécia<br />
(séc. II d. C). O mito narrado por Ovídio conta que uma ninfa grávida <strong>de</strong>u à luz um belo<br />
menino chamado Narciso. A mãe foi alertada pelo adivinho Tirésias que o filho que<br />
tivera teria uma vida longa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não nunca contemplasse a sua própria imagem.<br />
Eis que passado os anos, Narciso se vê refletido nas águas, se enamora por si mesmo e<br />
assim, <strong>de</strong>finha e morre. Este mito inspirou outras produções literárias. É possível<br />
encontrar traços e marcas estruturais do mito <strong>de</strong> Narciso em expressões artísticas<br />
diversas, como na música, na poesia e no teatro. Tais narrativas tem afinida<strong>de</strong>s com o<br />
mito original, mas sem reproduzi-lo por completo. A versão teatral Narciso ou o amante<br />
<strong>de</strong> si mesmo, escrita pelo jovem Jean-Jacques Rousseau em 1733 e encenada em 1752<br />
pela Comédie Française, é uma <strong>de</strong>ssas variações mo<strong>de</strong>rnas para o mito antigo. Na<br />
comédia, Rousseau <strong>de</strong>senvolve duas histórias paralelas: uma é o casamento <strong>de</strong> Valério<br />
com Angélica, e outra é o matrimônio <strong>de</strong> Lucinda e Cleonte (Leandro). No dia do<br />
casamento <strong>de</strong> Valério, sua irmã prega-lhe uma peça, tentando “curar” o seu irmão <strong>de</strong><br />
sua vaida<strong>de</strong> excessiva, que é motivo <strong>de</strong> chacota diante da socieda<strong>de</strong>. Assim, juntamente<br />
com Marta, a criada, coloca um retrato <strong>de</strong> Valério com a<strong>de</strong>reços femininos na<br />
pentea<strong>de</strong>ira do rapaz. Valério se aproxima do móvel com o objetivo <strong>de</strong> arrumar-se para o<br />
casamento. Em seguida, Valério observa em cima da sua pentea<strong>de</strong>ira um retrato e não<br />
percebe que é ele mesmo que está ali representado na imagem com características <strong>de</strong><br />
mulher. Valério se apaixona pela sua própria imagem “feminina” pintada no retrato. Ele<br />
parte em busca <strong>de</strong> sua nova “amada” sem saber que ele próprio é o objeto <strong>de</strong> seu amor. A<br />
trama se <strong>de</strong>senrola a partir <strong>de</strong>sse fato, levando o leitor ou, no caso os espectadores da<br />
plateia, a conhecer mais sobre como Valério resolve essa questão até o fim da peça.<br />
Nesse sentido, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é comparar a versão <strong>de</strong> Ovídio do mito <strong>de</strong><br />
Narciso e a versão teatral do mito feita por Rousseau na comédia, buscando as<br />
semelhanças e diferenças existentes entre o Narciso <strong>de</strong> Ovídio e o “Narciso” <strong>de</strong><br />
Rousseau. Sendo assim, para <strong>de</strong>senvolver o trabalho apresenta-se inicialmente o mito <strong>de</strong><br />
Narciso contado pelo poeta romano e em seguida a peça teatral Narciso ou o amante <strong>de</strong><br />
si mesmo <strong>de</strong> Rousseau. Por fim, realiza-se a comparação propriamente dita entre os<br />
escritos, buscando explicitar as similitu<strong>de</strong>s e distinções entre os personagens por ora<br />
<strong>de</strong>finidos como objeto <strong>de</strong>ste estudo.<br />
Palavras-chave: Narcisismo. Vaida<strong>de</strong>. Luxo. Retrato. Rousseau.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 27<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
KANT E A ABORDAGEM ANTROPOLÓGICA PRAGMÁTICA DO GOSTO<br />
Danielton Campos Melonio<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão – UFMA/ CAPES-FAPEMA<br />
dasein.da@gmail.com<br />
RESUMO: A questão do gosto se apresenta no século XVIII como um tema<br />
amplamente <strong>de</strong>- batido. O conceito <strong>de</strong> gosto, suas características, seus fundamentos, o<br />
juízo <strong>de</strong> gosto, e a relação do gosto com a produção artística, foram alguns dos<br />
problemas sobre os quais diversos filósofos e artistas se <strong>de</strong>bruçaram durante o Século<br />
das Luzes. Immanuel Kant (1724-1804) foi um dos intelectuais da época que participou<br />
<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>bate, aprofundando a investigação sobre o gosto, buscando encontrar o<br />
princípio a priori que po<strong>de</strong>ria funda- mentar o julgamento e a manifestação linguística<br />
<strong>de</strong> tal ajuizamento por meio do juízo <strong>de</strong> gosto. No espírito <strong>de</strong> sua Filosofia Crítica, e<br />
orientado pelo método transcen<strong>de</strong>ntal, Kant publica em 1790 a Crítica da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Julgar (Kritik <strong>de</strong>r Urteilskraft). Nessa obra Kant objetiva, entre outras questões,<br />
<strong>de</strong>monstrar o fundamento que sustenta a possibili- da<strong>de</strong> da valida<strong>de</strong> universal da<br />
comunicação do juízo <strong>de</strong> gosto, partindo do pressuposto <strong>de</strong> que ele é um juízo subjetivo.<br />
Na terceira Crítica Kant apresenta uma abordagem trans- cen<strong>de</strong>ntal do gosto,<br />
<strong>de</strong>compondo-o em partes cada vez mais simples, buscando encontrar as condições <strong>de</strong><br />
possibilida<strong>de</strong> que permitem a valida<strong>de</strong> universal da comunicação entre os seres humanos<br />
do juízo <strong>de</strong> gosto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das condições concretas do julgamento. Na CFJ a<br />
abordagem kantiana “purifica” o gosto e seu juízo <strong>de</strong> elementos da experiência humana<br />
concreta no mundo. Há, segundo Kant, um critério metodológico que exige que o juízo<br />
do gosto puro seja produzido sem as interferências empíricas que possam “conta- minar”<br />
o ajuizamento sobre o gosto, distinguindo-se assim do juízo sobre o agradável e o juízo<br />
sobre o bom ou o útil. A investigação sobre a questão do gosto se <strong>de</strong>sdobra em outros<br />
escritos da produção kantiana. Em 1798 é publicada a obra Antropologia <strong>de</strong> um ponto<br />
<strong>de</strong> vista pragmático (Anthropologie in pragmatischer Hinsicht), resultado das li- ções<br />
ministradas por Kant nos semestres <strong>de</strong> inverno na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Königsberg entre os<br />
anos <strong>de</strong> 1772 a 1796. O conteúdo ministrado nestes cursos anuais era <strong>de</strong>stinado não<br />
somente a um pequeno círculo acadêmico, mas ao gran<strong>de</strong> público, pois Kant pretendia<br />
que sua abordagem antropológica pragmática fosse acessível a todos como “cidadãos do<br />
mundo”. A abordagem antropológica pragmática é distinta da filosofia crítica kantiana.<br />
Por meio da Antropologia Kant apresenta um conteúdo concreto da experiência dos seres<br />
humanos no mundo, buscando expor uma Antropologia para a práxis da vida, sendo entendida<br />
como uma teoria para orientar a experiência concreta da vida humana, visando<br />
realizar a mediação entre a razão pura e a razão prática. Nesse sentido, a abordagem antropológica<br />
pragmática exposta por Kant não visa “purificar” a experiência humana das<br />
condições concretas, apartando tal experiência <strong>de</strong> suas vicissitu<strong>de</strong>s tangíveis. Diferente<br />
da abordagem crítica transcen<strong>de</strong>ntal, que buscava encontrar o fundamento a priori, separando<br />
tal fundamento da experiência humana concreta, a abordagem antropológica pragmática<br />
parte <strong>de</strong>sta vivência, tomando-a como “fundamento”: o ser humano concreto, no<br />
interior <strong>de</strong> suas experiências práticas, eis o ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> Kant para expor a abordagem<br />
que apresenta na Antropologia. Diante disso, é possível supor que há diferenças entre<br />
a abordagem transcen<strong>de</strong>ntal (exposta na terceira Crítica) e a abordagem antropológica<br />
pragmática (apresentada na Antropologia) sobre a questão do gosto. Sendo assim, o objetivo<br />
<strong>de</strong>ste estudo é apresentar o conceito <strong>de</strong> gosto a partir <strong>de</strong> uma abordagem antropológica<br />
pragmática, exposta na obra Antropologia <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista pragmático, <strong>de</strong><br />
autoria <strong>de</strong> Immanuel Kant. Para o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho, primeiramente, expõe-
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 28<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
se uma análise inicial distinguindo a abordagem transcen<strong>de</strong>ntal da abordagem antropológica<br />
pragmática sobre o gosto, i<strong>de</strong>ntificando suas diferenças. Em seguida, a pesquisa discorre<br />
sobre o conceito <strong>de</strong> gosto apresentado por Kant na Antropologia. Num terceiro momento,<br />
o trabalho expõe as observações antropológicas sobre o gosto exibidas por Kant<br />
em sua obra, em especial a questão das relações do gosto com a moda e o luxo, e a questão<br />
do gosto artístico.<br />
Palavras-chave: Gosto. Antropologia pragmática. Método Transcen<strong>de</strong>ntal. Kant.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 29<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
DA NATUREZA LIVRE A CORRUPÇÃO: ANÁLISE DA CONDIÇÃO DO<br />
HOMEM NO ESTADO DE NATUREZA EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />
Cláudia da Silva 4<br />
Luciano da Silva Façanha 5<br />
Resumo: A presente análise investiga a condição <strong>de</strong> Homem no estado <strong>de</strong> natureza <strong>de</strong><br />
Rousseau exposta em sua obra A origem e os fundamentos da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre os<br />
homens, on<strong>de</strong> o autor apresenta <strong>de</strong> forma hipotética um estado puro, feliz, e um homem<br />
bom. Esta pesquisa da qual se trará aqui, não se resume aos fatos históricos, mas,<br />
sobretudo ao i<strong>de</strong>al rousseauniano <strong>de</strong> estado <strong>de</strong> natureza on<strong>de</strong> o homem vive livre, sem<br />
<strong>de</strong>sejos e moralida<strong>de</strong>, resaltando que este talvez nunca tenha existido ou venha existir.<br />
Rousseau pressupõe que para conhecermos a origem da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>vemos primeiro<br />
conhecer o homem na sua origem e totalida<strong>de</strong>, pois é necessário que saibamos quais<br />
circunstancias o tornaram da forma em que se encontram atual. No estado natural o<br />
homem não conhece o uso da máquina, seu corpo é seu único instrumento. A liberda<strong>de</strong><br />
é o que mais diferencia o homem dos outros animais, ele pensa e ver-se superior aos<br />
<strong>de</strong>mais ao seu ambiente natural. O homem é um ser influenciado tanto por sua natureza<br />
interna quanto pela a externa.<br />
Palavras-chave: Estado <strong>de</strong> Natureza. Origem e Tímido. Homem. Desigualda<strong>de</strong> Nula.<br />
Corrupção.<br />
4<br />
Mestranda do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cultura e Socieda<strong>de</strong> (UFMA) Pesquisadora do GEPi<br />
Rousseau – UFMA/CNPq Professora do IESMA/Faculda<strong>de</strong> Católica. E-mail: marvite.mc@hotmail.com<br />
5<br />
Coor<strong>de</strong>nador do <strong>GEPI</strong> Rousseau – UFMA/CNPq/FAPEMA Professor Doutor do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />
Cultura e Socieda<strong>de</strong>–UFMA Professor do DEFIL – UFMA. E-mail: lucianosfacanha@hotmail.com
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 30<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
ESCLARECIMENTO E MORAL: UMA PERSPECTIVA DE PROGRESSO EM<br />
KANT<br />
Bruno Bogéa Lima<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
Graduando em f i losofia ( UFMA), vinculado ao<br />
<strong>GEPI</strong>/ KANT/ UFMA/ CNPq<br />
RESUMO: O presente t rabalho objetiva pontuar o papel imprescindível que o esclarecimento<br />
kantiano exerce não só para o melhoramento intelectual, mas t ambém humano, pois o<br />
homem caminha para estes f ins á medida que se esclarece. Dessa forma, preten<strong>de</strong>- se criticar<br />
o estado <strong>de</strong> menorida<strong>de</strong> do qual o homem é culpado, <strong>de</strong>nominado por Kant <strong>de</strong> comodismo e<br />
rebanho que são, por sinal, nocivos e <strong>de</strong>sonrosos e, por conseguinte, acarretar- se- i a um <strong>de</strong>sprogresso<br />
social, moral e politico. Sendo assim, a porta <strong>de</strong> saída que configurar- se- i a em um<br />
progresso humano, se daria, segundo Kant, através do esclarecimento, isto é, fazendo uso do seu<br />
próprio entendimento sem a tutela <strong>de</strong> outro. Nessa perspectiva, o estado <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong> é<br />
importante não apenas para alguns sujeitos, mas t ambém para os dirigentes do estado. Para<br />
aqueles, pois, fazer uso <strong>de</strong>sse gênero <strong>de</strong> sabedoria chamada razão, é sinônimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencanto, t<br />
emor, inquietação, preocupações com o futuro, angustia, insegurança, em uma palavra,<br />
<strong>de</strong>sprazer, visto que agir <strong>de</strong> acordo com as inclinações, portanto, animalida<strong>de</strong>, é o que os incita,<br />
neste sentido o estado <strong>de</strong> pasto é t ão mais importante que fazer uso do seu próprio<br />
entendimento. Para este, por conseguinte, se arborizando em saber melhor do que os súditos, o<br />
que é o bem <strong>de</strong>stes, con<strong>de</strong>nam o povo a uma constante menorida<strong>de</strong>. Outrossim, preten<strong>de</strong>- se<br />
pontuar que o f im último do homem é a moral, assim sendo, para que se possa edificar uma t<br />
al doutrina dos costumes, se faz necessário afirmar a autonomia do homem, essa, por sua<br />
vez, se configura a partir da vonta<strong>de</strong>, is to é, a razão pratica, capacida<strong>de</strong> que este tem <strong>de</strong><br />
legislar sobre si mesmo, por consequência, da a sua própria lei. Assim, o esclarecimento é uma<br />
ponte para que se possa atingir um f im moral.<br />
Palavras-chave: Kant. Esclarecimento. Moral. Humanida<strong>de</strong> Progresso.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 31<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A LIBERDADE SUBORDINADA<br />
Agnaeldo Áquila Viana dos Santos 6<br />
agnaeldo2@bol.com.br<br />
Fundação <strong>de</strong> Amparo á Pesquisa ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico -MA<br />
Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho 7<br />
RESUMO: Este artigo A liberda<strong>de</strong> Subordinada se propõe a fazer uma análise filosófica da<br />
obra Antígona <strong>de</strong> Sófocles a partir da categoria liberda<strong>de</strong>, isto é, a liberda<strong>de</strong> subordinada à<br />
razão. Neste sentido propomos também analisar três conceitos filosóficos em relação à liberda<strong>de</strong><br />
no texto: à <strong>de</strong>sobediência civil, à tirania e a autonomia, em consonância a esses textos<br />
trabalharemos os filósofos Henry David Thoreau, Etienne <strong>de</strong> La Boetie e Immanuel Kant,<br />
respectivamente a que <strong>de</strong>stacaremos os postulados <strong>de</strong> Kant sobre as atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Antígona se<br />
estas foram autônomas ou heterônomas com base na relação da <strong>de</strong>sobediência civil com o ato<br />
tirânico <strong>de</strong> Creonte (rei <strong>de</strong> Tebas). Nesse sentido levantamos um problema com base na obra <strong>de</strong><br />
Kant: A <strong>de</strong>sobediência civil <strong>de</strong> Antígona partiu <strong>de</strong> um ato autônomo (saída <strong>de</strong> uma menorida<strong>de</strong>)<br />
ou <strong>de</strong> um ato heterônimo (porque in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua inclinação, esta foi violenta em relação<br />
ao direito positivo)? O trabalho tem como objetivo geral analisar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Antígona em<br />
relação ao edito proibidor <strong>de</strong> Creonte <strong>de</strong> impedir o ritual fúnebre e consequentemente à<br />
<strong>de</strong>sobediência <strong>de</strong> Antígona. Esta pesquisa foi pautada por meio da analise bibliográfica e teve<br />
como alicerce teórico a obra A Critica da Razão Pura (2001) e a Fundamentação da Metafísica<br />
dos Costumes (1974) que nortearam no escopo filosófico da analise da obra. Por isso, a natureza<br />
da pesquisa foi qualitativa, pois o dialogo ocorreu somente com textos bibliográficos, ou seja,<br />
não objetivou um resultado quantitativo.<br />
PALAVRAS-CHAVES: Análise, Liberda<strong>de</strong>, Natureza, Dialogo, Costumes.<br />
6<br />
Estudante do 2° período <strong>de</strong> Filosofia/UFMA. Membro do <strong>GEPI</strong>-KANT e vinculado a pesquisa (CNPq).<br />
Virtu<strong>de</strong>, Direito e Política: relações possíveis entre prudência e vida pública a partir <strong>de</strong> Kant.<br />
7<br />
Professora doutora em Filosofia/UFMA. Coor<strong>de</strong>nadora do grupo <strong>GEPI</strong>-KANT.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 32<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A TRAGÉDIA E A COMÉDIA NA CARTA A D’ALEMBERT<br />
Lidia Cristina Costa Nunes<br />
E-mail: lidia.sbvida@gmail.com<br />
Orientador: Luciano da Silva Façanha Pitágoras do Maranhão<br />
RESUMO: O trabalho visa <strong>de</strong>monstrar a importância e a influência nas relações sociais<br />
e políticas dos gêneros literários: tragédia e a comédia na Carta a D’Alembert sobre os<br />
espetáculos <strong>de</strong> Jean-Jacques Rousseau, cidadão <strong>de</strong> Genebra. Sabe-se que tanto a<br />
tragédia como a comédia tiveram a mesma origem: festas <strong>de</strong>dicadas a Dionísio, <strong>de</strong>us do<br />
vinho e das festivida<strong>de</strong>s. A palavra tragédia vem do grego tragoidía (tragos= bo<strong>de</strong>) e<br />
(oidí= canto) canto do bo<strong>de</strong>. A palavra comédia também <strong>de</strong> origem grega komoidía<br />
(komos= remete o sentido <strong>de</strong> procissão). Enquanto a tragédia era apreciada pelos nobres<br />
a comédia era acolhida pela população e era <strong>de</strong>nominada gênero menor. Esses dois<br />
gêneros eram apreciados na Grécia e seus apetrechos são as máscaras usadas pelos<br />
atores das peças. Rousseau na Carta a D’Alembert se indaga sobre os espetáculos se<br />
esses são bons ou ruins e chega à conclusão que essa pergunta é vaga <strong>de</strong>mais e afirma<br />
que o homem é uno modificado pelas suas religiões, governos, costumes tornando-os<br />
diferentes entre si. Há várias espécies <strong>de</strong> espetáculos e esses são feitos para povos<br />
<strong>de</strong>terminados, para o prazer e não para a utilida<strong>de</strong>, tendo como objetivo maior dar<br />
diversão e satisfação ao povo.O espetáculo tinha um efeito que reafirmava o caráter<br />
nacional e a energia para toda paixão humana. Porém limitava a reforçar e não mudar<br />
costumes. A comédia tem o papel <strong>de</strong> ser boa para os bons e má para os maus. A tragédia<br />
comovia seus espectadores por meio <strong>de</strong> todas as paixões retratadas por ela tendo o papel<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar nos seus ouvintes sentimentos opostos aos que eram atribuídos às<br />
personagensfavorecendo à ignorância <strong>de</strong> seus atores e não a arte, também uma ilusão<br />
que nunca produziu ato <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>.<br />
Palavras- chave: Tragédia, Comédia, Rousseau, Espetáculo, Carta a D’Alembert.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 33<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O IMEDIATO DA ESCRITA E DA LITERATURA EM ROUSSEAU<br />
Klisman Lucas <strong>de</strong> Sousa Castro<br />
UFMA (Mestrando Interdisciplinar em Cultura e Socieda<strong>de</strong>)/ CAPES<br />
klismanlucas1995@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha<br />
RESUMO: Após recolher-se à solidão, Rousseau sente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar-se.<br />
Ele escreveu sobre sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> torna-se nulo. Mas que escrita é essa? É uma escrita<br />
<strong>de</strong> natureza passageira, que representa sempre um recomeço, um movimento infinito. A<br />
relação do filósofo com a literatura é ao mesmo tempo negativa e positiva, pois, para ele<br />
escrever é um mal, um caminho para a mentira da literatura, é cair na vaida<strong>de</strong> dos<br />
costumes literários, ao mesmo tempo que, escrever é entrar numa relação <strong>de</strong> entusiasmo<br />
com a verda<strong>de</strong>, liberda<strong>de</strong> e virtu<strong>de</strong>. Nesse sentido, o propósito <strong>de</strong>ste trabalho é analisar<br />
o caminho percorrido por Jean- Jacques Rousseau após opor-se a socieda<strong>de</strong> que ele<br />
consi<strong>de</strong>rava corrompida, buscando a transparência não somente para os outros, mas para<br />
si. E por esse motivo <strong>de</strong>scobre a insuficiência da literatura tradicional e sente a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar outra literatura. Ele tem como objetivo criar uma narração<br />
histórica, revelar o imediato que têm o incomparável sentimento. Para falar <strong>de</strong> si,<br />
Rousseau rompe com as regras do discurso clássico. Coloca-se no domínio da<br />
autenticida<strong>de</strong>. A palavra autêntica, livre para se <strong>de</strong>sconstruir. Que escapa a todo controle<br />
e toda discussão, nada é proibido, mas nunca está satisfeita. Do mesmo modo, o<br />
genebrino não preocupou-se em apegar-se a nenhum estilo específico, sem apresentar<br />
compromisso com fronteiras limitadoras <strong>de</strong> escrita. O que acaba sendo parte da história<br />
<strong>de</strong> Rousseau, visitar diversos caminhos para escrever. O genebrino consegue, portanto,<br />
sentir-se ora Jean-Jacques e ora Rousseau, uma proprieda<strong>de</strong> contínua que une e separa o<br />
imediato e a formalida<strong>de</strong>.<br />
Palavras-chave: Escrita. Literatura. Transparência. Rousseau
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 34<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O ENFRENTAMENTO POLÍTICO-FILOSÓFICO DE KANT EM SUA<br />
CRÍTICA À RELIGIÃO POSITIVA E A NECESSIDADE DE FOMENTAR O<br />
ESCLARECIMENTO EM ASSUNTOS DE RELIGIÃO.<br />
Mickael dos Santos Costa<br />
UFMA-Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cultura e Socieda<strong>de</strong>.<br />
mickaellcosta@gmail.com<br />
Orientador: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
RESUMO: Embora Kant reconhecesse o tratamento tolerante dispensado por<br />
Fre<strong>de</strong>rico, o Gran<strong>de</strong>, à religião positiva, é impossível <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> notar a maneira como<br />
este filósofo se refere a ela no texto Resposta à pergunta: que é esclarecimento?(1783)<br />
acusando-a <strong>de</strong> ser não apenas a mais prejudicial, como também a mais <strong>de</strong>sonrosa forma<br />
<strong>de</strong> tutela sobre os homens, sendo por isso mesmo, imprescindível que os indivíduos se<br />
tornassem autônomos em sua maneira <strong>de</strong> pensar, servindo-se com segurança, em<br />
matéria <strong>de</strong> religião, <strong>de</strong> seu próprio entendimento. Em outro opúsculo, Que significa<br />
orientar-se no pensamento? (1786), Kant é enfático em sua afirmação <strong>de</strong> que “somente<br />
a razão, e não um suposto misterioso sentido da verda<strong>de</strong>, uma exaltada intuição sob o<br />
nome <strong>de</strong> fé, na qual a tradição ou a revelação po<strong>de</strong>m ser enxertadas sem o<br />
consentimento da razão” é necessária para a orientação do homem. Apesar disso, é<br />
preciso que se reconheça que embora criticasse a religião positiva Kant não era hostil<br />
em relação àquilo que entendia ser a verda<strong>de</strong>ira religião, uma religião organizada e<br />
orientada nos mol<strong>de</strong>s práticos da razão. No entanto, a partir <strong>de</strong> 1786 Kant passou a<br />
enfrentar sérios problemas com a política religiosa exercida por Fre<strong>de</strong>rico Guilherme II<br />
que teve como um <strong>de</strong> seus ministros Johann Christoph Von Wöllner. Entre os éditos<br />
publicados por Wöllner estava o <strong>de</strong> que qualquer livro que tratasse do assunto religioso<br />
<strong>de</strong>veria ser examinado e somente se fosse aprovado po<strong>de</strong>ria ser publicado. Diante <strong>de</strong>ste<br />
cenário, ainda em Que significa orientar-se no pensamento? Kant se dirige àqueles que<br />
ele chama <strong>de</strong> “homens <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> espiritual e <strong>de</strong> vistas largas” e os questiona se já<br />
haviam refletido no que estavam fazendo e aon<strong>de</strong> chegariam com seus ataques à razão,<br />
caso o procedimento que eles haviam iniciado tomasse proporções ainda maiores.<br />
Porém, apesar dos esforços <strong>de</strong> Kant, em 1791 foi instalada em Berlim uma comissão<br />
protestante para a realização do exame <strong>de</strong> todos os livros que seriam publicados,<br />
informa Klein (2015, p. 154), que: “Com isso, a Berlinische Monastsschrift, principal<br />
meio <strong>de</strong> publicação dos filósofos do esclarecimento teve <strong>de</strong> sair da Prússia e transferir<br />
suas ativida<strong>de</strong>s em 1792 <strong>de</strong> Berlim para Jena”. Kant ficou indignado com essas medidas<br />
e em setembro do mesmo ano isto é, 1791, ele publicou na Berlinische Monastsschrift<br />
um ensaio intitulado “Sobre o fracasso <strong>de</strong> toda tentativa filosófica na Teodiceia”. Anos<br />
seguintes, apesar do édito <strong>de</strong> 1971 os censores não recusaram a publicação nem <strong>de</strong> A<br />
Religião nos limites da simples razão (1793), nem <strong>de</strong> O fim <strong>de</strong> todas as coisas (1794).<br />
No entanto, em 1794 Kant recebeu uma carta reprobatória do rei com a or<strong>de</strong>m expressa<br />
<strong>de</strong> não escrever sobre assuntos religiosos. Por causa da censura, Kant <strong>de</strong>cidiu que se<br />
absteria “<strong>de</strong> toda exposição pública concernente à religião, quer natural quer revelada,<br />
tanto nos escritos quanto nas lições escritas” fato que assim aconteceu até a morte do<br />
monarca. Neste sentido, embora Kant se <strong>de</strong>nominasse como “como o mais fiel súdito” e<br />
não fosse favorável nem incitasse a uma revolução, por acreditar que esta não estaria<br />
jamais na origem <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira reforma, e uma vez tendo recebido a proibição se<br />
absteve <strong>de</strong> escrever sobre religião, é possível perceber que no tempo que lhe foi<br />
possível, no uso <strong>de</strong> sua razão pública há um verda<strong>de</strong>iro enfrentamento políticofilosófico<br />
por parte <strong>de</strong> Kant em sua crítica à religião positiva por seu caráter tutelar
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 35<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
sobre os homens, ao mesmo tempo em que este filósofo aponta para a importância e a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fomentar o esclarecimento em assuntos <strong>de</strong> religião.<br />
Palavras-chave: Kant1. Esclarecimento2. Liberda<strong>de</strong>3. Religião4. Autonomia5.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 36<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
DE UM TEATRO GENEBRINO: POSICIONAMENTO DE JEAN JACQUES<br />
ROUSSEAU ACERCA DOS ESPETÁCULOS EM GENEBRA.<br />
Hudson Vinicius Pereira Silva<br />
Graduando em filosofia/UFMA<br />
E-mail: hudson.hudson64@gmail.com<br />
Gustavo Pinto Macau<br />
Graduando em filosofia/UFMA<br />
E-mail: macauguga@gmail.com<br />
Orientador: Luciano Da Silva Façanha.<br />
Doutorado em filosofia/ UFMA<br />
RESUMO: O presente trabalho tem por intuito abordar o tema sobre os espetáculos em<br />
Genebra, na concepção <strong>de</strong> Rousseau, para isto irei apresentar o contexto da obra Carta a<br />
D’Alembert escrita em 1757. D´Alembert se dirige a Genebra por meio <strong>de</strong> um verbete, na<br />
Enciclopédia questionando o duro sistema que proíbe fortemente os espetáculos. Segundo<br />
o visitante, o temor <strong>de</strong> que os costumes presentes nos espetáculos estimulassem o gosto<br />
pelos enfeites e por toda libertinagem presente no teatro, que proporciona um<br />
<strong>de</strong>sligamento com os bons costumes, trazendo assim uma corrupção para o povo<br />
genebrino e seus jovens, <strong>de</strong>veriam ser repensadas. Mediante a isso, surge a figura ilustre<br />
do filosofo Jean-Jacques Rousseau, respon<strong>de</strong>ndo em nome <strong>de</strong> todo povo genebrino o<br />
verbete posto na Enciclopédia en<strong>de</strong>reçado a Genebra. Em sua resposta a D´Alembert,<br />
Rousseau vai explicar <strong>de</strong> forma categórica todas as implicações que teria em Genebra, ao<br />
instalar um teatro ali naquela cida<strong>de</strong>. Rousseau ressalta que precisa-se ater a uma<br />
preocupação <strong>de</strong> pensar naquela civilização, em seu caráter social do povo em que está<br />
pensando expor aos espetáculos, e também por que ele acredita que o teatro não seja bom<br />
em Genebra, o teatro leva o seu público a um prazeroso divertimento, não po<strong>de</strong>ndo por<br />
conseguinte ensinar, fazendo com que houvesse uma perda das virtu<strong>de</strong>s existentes,<br />
transformando-as em vícios. Desta forma pretendo fazer um breve panorama acerca das<br />
representações <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> Genebra, através da obra <strong>de</strong> Rousseau, utilizando como<br />
fundamento teórico principal A Carta a D’Alembert- Sobre os espetáculos, nesta<br />
perspectiva trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> cunho estritamente bibliográfico a ser<br />
<strong>de</strong>senvolvida na análise <strong>de</strong> conceitos centrais.<br />
Palavras-Chave: Rousseau. Espetáculos. Genebra. Virtu<strong>de</strong>. Representações.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 37<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
EDUCAÇÃO EM ROUSSEAU: UM DIÁLOGO ENTRE NATUREZA E<br />
CULTURA<br />
Taynara Pereira Silveira<br />
PGCult-UFMA/CAPES<br />
nara.pereira68@gmail.com<br />
Orientador: Luciano da Silva Façanha<br />
RESUMO: A pesquisa <strong>de</strong> natureza teórica aborda estrutura da origem das línguas no<br />
homem natural do filósofo Jean-Jacques Rousseau. Desta forma, objetiva-se analisar<br />
sob a i<strong>de</strong>ia da realida<strong>de</strong> ficcional rousseauniana a partir da problemática em volta da<br />
Natureza. Neste sentido, é essencial a compreensão da natureza como referencial para<br />
enten<strong>de</strong>r a gênese linguista e educação do genebrino. De fato, a Natureza se concilia<br />
com a educação do aluno ficcional, on<strong>de</strong> a lei da natureza <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>terminar sua<br />
trajetória. Sobretudo, a Natureza não <strong>de</strong>ve ser entendida <strong>de</strong> forma dicotômica, mas<br />
como um sistema alterado <strong>de</strong> acordo com o progresso dos homens. Portanto, tal<br />
conceito transita entre os sentidos <strong>de</strong> essência, origem e instinto. Tendo em vista nas<br />
obras Ensaio sobre a Origem das Línguas, o Discurso sobre a Origem e os<br />
Fundamentos da Desigualda<strong>de</strong> entre os Homens e o Emílio a via <strong>de</strong> análise para<br />
dialogar sobre a Educação, veremos como a linguagem se tornou o princípio <strong>de</strong><br />
mudança para o pleno <strong>de</strong>senvolvimento da razão a partir dos conceitos <strong>de</strong> Natureza e<br />
Cultura. Assim, observaremos que esta ocasião resgata a origem primitiva, pois o canto<br />
e a dança coletivos foram os instrumentos que estabeleceram as comparações e<br />
<strong>de</strong>terminaram o julgar. Em seu plano <strong>de</strong> origem, Rousseau percebeu na língua que<br />
incen<strong>de</strong>ia o coração um instrumento que aten<strong>de</strong> aos preceitos da educação e eleva a<br />
alma.<br />
Palavras-chave: Educação. Cultura. Natureza. Rousseau. Gênese.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 38<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA BUCÓLICA: O CAMPONÊS SOB A<br />
LUZ DOS OLHOS DA POESIA E FILOSOFIA DE HESÍODO E ROUSSEAU.<br />
Rafaela Cristina Barros Gomes Trinne<br />
E-mail: rafacbgomes@outlook.com<br />
Cristinne Pimentel Costa<br />
Orientador: Luciano da Silva Façanha<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão – (UFMA)<br />
RESUMO: Este trabalho tem por finalida<strong>de</strong> uma análise sobre a importância da literatura <strong>de</strong><br />
resgate e apreciação da vida bucólica tomando como base as seguintes obras: “os prefácios <strong>de</strong><br />
Júlia ou a nova Heloísa” <strong>de</strong> Rousseau e “os trabalhos e os dias” <strong>de</strong> Hesíodo tendo em vista as<br />
similitu<strong>de</strong>s das obras, <strong>de</strong>stacando seus pontos <strong>de</strong> convergência e fazendo o apontamento da<br />
questão da literatura bucólica. Ambos os autores <strong>de</strong>monstram uma preocupação com aqueles<br />
esquecidos, no caso, os camponeses que vivem isolados e afastados. Há uma similitu<strong>de</strong> nas<br />
obras, visto que, ambas valorizam e estimam pelo camponês, valorizando sua labuta com a terra.<br />
Em Hesíodo po<strong>de</strong>mos ver que o trabalho dignifica o homem e ele enxerga na agricultura uma<br />
virtu<strong>de</strong>, esse homem laborioso é o virtuoso, da mesma forma Rousseau percebe virtu<strong>de</strong> no<br />
homem <strong>de</strong> vida simples, que vive distante das aparências. Ambos <strong>de</strong>nunciam a vida ociosa dos<br />
ricos e nobres que é enaltecida pela literatura <strong>de</strong> suas épocas e, por isso, buscam enaltecer o<br />
camponês que se encontra tão <strong>de</strong>preciado que enxerga sua vida como uma <strong>de</strong>sgraça ou<br />
con<strong>de</strong>nação divina. O importante <strong>de</strong>ssa literatura bucólica é reavivar a autoestima do camponês,<br />
retirar as máscaras dos falsos virtuosos e coroar aquele que realmente a tem, o homem <strong>de</strong> vida<br />
laboriosa. Ambos retratam também a corrupção do homem, a questão dos vícios, o homem<br />
corrompido pelas paixões. Apesar <strong>de</strong> a agricultura ser a primeira ativida<strong>de</strong> coletiva a surgir, é a<br />
mais <strong>de</strong>smerecida, banalizada. Ambos os autores <strong>de</strong>monstram uma preocupação com aqueles<br />
esquecidos, no caso, os camponeses que vivem isolados e afastados. Pela primeira vez na<br />
Grécia, o agricultor tem sua voz através <strong>de</strong> Hesíodo que <strong>de</strong>nuncia os absurdos pelos quais os<br />
lavradores passam em relação as injustiças que lhes acometem, o poeta retrata um heroísmo<br />
nessa luta do trabalhador com a terra.<br />
Palavras-chave: Rousseau. Hesíodo. Camponês. Virtu<strong>de</strong>. Trabalho.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 39<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
DAS PAIXÕES ÀS PAIXÕES? UMA REFLEXÃO A PARTIR DOS<br />
APONTAMENTOS DE ROUSSEAU SOBRE A LINGUAGEM<br />
Lussandra Barbosa <strong>de</strong> Carvalho<br />
E-mail: lus.barbosa@hotmail.com<br />
RESUMO: Nacionalmente, nos últimos anos, é perceptível um rebaixamento do discurso<br />
em diálogos e <strong>de</strong>bates que resulta diariamente em mal entendidos propagados por fake<br />
news, que servem para disseminar o ódio, sobretudo, nos polos da esfera política.<br />
Objetiva-se analisar o modo com que esse processo nos torna simultaneamente vítimas e<br />
algozes do ato <strong>de</strong> comunicar e <strong>de</strong> que forma não somente a verda<strong>de</strong>, mas também a<br />
linguagem é “<strong>de</strong>struída” ao se a<strong>de</strong>quar a tal fenômeno. Para fundamentar tal reflexão,<br />
parte-se <strong>de</strong> obras do filósofo Jean-Jacques Rousseau como o Ensaio sobre a Origem das<br />
Línguas.<br />
Palavras-chave: Linguagem. Paixões. Fake News. Verda<strong>de</strong>. Rousseau.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 40<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
ENSAIO: SOBRE A FESTA DO BUMBA-MEU-BOI DO MARANHÃO E A<br />
QUESTÃO DOS ESPETÁCULOS EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU.<br />
Jacenil<strong>de</strong> Sousa Diniz<br />
Graduanda <strong>de</strong> Filosofia Instituição: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
E-mail: jacenil<strong>de</strong>sousa@hotmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha<br />
RESUMO: De cunho teórico, a presente pesquisa preten<strong>de</strong> investigar os aspectos<br />
essenciais que norteiam a natureza da festa do bumba-meu-boi no Estado do Maranhão,<br />
os elementos que o compõem, frutos ainda <strong>de</strong> sua produção originária, que ao longo do<br />
tempo conseguiu serem mantidas com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, fazendo jus as raízes <strong>de</strong>ssa festa<br />
popular, bem como os componentes que possam ter sido alterados, per<strong>de</strong>ndo assim as<br />
formas tradicionais em que fora pensado. A cada ano, milhares <strong>de</strong> pessoas se reúnem<br />
vindas <strong>de</strong> todos os lugares, do Brasil e do mundo, para assistir a beleza do bumba-meuboi<br />
Maranhense refletida nas penas, nos trajes brilhantes, nos passos das coreografias,<br />
na batida dos pan<strong>de</strong>irões, no som da orquestra, na letra e melodia da música, em cada<br />
mínimo <strong>de</strong>talhe, entretanto, diante da reunião <strong>de</strong> inúmeras pessoas, surge vários<br />
questionamentos que causam inquietações não menos variadas: quantas <strong>de</strong>ssas pessoas<br />
conseguem perceber e sentir a veracida<strong>de</strong> naquilo que está sendo apresentado? Será que<br />
não se corre o risco <strong>de</strong> apenas oferecer mais uma espécie <strong>de</strong> entretenimento, tornando-se<br />
uma forma <strong>de</strong> mercadoria que contribui para lotar os hotéis e pousadas da cida<strong>de</strong>? Tais<br />
questões encontram espaço e fundamento, não para respostas <strong>de</strong>finitivas, mas em vistas<br />
do caráter reflexivo tão próprio da filosofia, no pensamento do filósofo Jean-Jacques<br />
Rousseau, precisamente no Tomo VII da Encyclopédie, quando o Genebrino escreve a<br />
Carta a D’alambert sobre os espetáculos e traz a tona a discussão sobre os aspectos <strong>de</strong><br />
veracida<strong>de</strong> em torno do teatro, das festas populares e a possibilida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>svirtuamento,<br />
corrupção e perda dos aspectos e elementos que contribuem para manutenção dos<br />
sentimentos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos povos <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada cultura.<br />
Palavras-chave: Bumba-meu-boi, Maranhão, Espetáculos, Festas populares,<br />
Corrupção.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 41<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A MONARQUIA ABSOLUTISTA EM XEQUE: A SOBERANIA NO<br />
PENSAMENTO DE ROUSSEAU E AS CRÍTICAS AOS PODERES<br />
ILEGÍTIMOS<br />
Ruan Cláudio da Silva Rosa<br />
Mestre em História Social (PPGHis/UFMA)<br />
RESUMO: Nesta pesquisa, preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar a singularida<strong>de</strong> da concepção <strong>de</strong> soberania<br />
<strong>de</strong>senvolvida por Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em sua obra O Contrato Social,<br />
publicada em 1762, e, assim, compreen<strong>de</strong>r a forma tal qual o autor iria se inserir no <strong>de</strong>bate<br />
intelectual da época referente à questão da soberania. Utilizaremos como fontes outras obras <strong>de</strong><br />
Rousseau, principalmente o Discurso sobre a origem e os fundamentos da Desigualda<strong>de</strong> entre<br />
os Homens, pois enten<strong>de</strong>mos que para uma melhor compreensão do Contrato Social surge como<br />
necessida<strong>de</strong> repensar as relações entre essas duas obras. O recorte da pesquisa centra-se mais<br />
diretamente na análise dos livros I e II da obra O Contrato Social, haja vista que esse é o trecho<br />
da obra que aborda diretamente as questões ligadas aos fundamentos do pacto social e da<br />
soberania. Para interpretar o texto rousseauniano, utilizaremos como aporte teórico algumas<br />
concepções ligadas ao materialismo histórico dialético. Recorreremos, também, ao arcabouço<br />
teórico-metodológico <strong>de</strong>nominado contextualismo linguístico ou radical, método difundido pelo<br />
historiador inglês Quentin Skinner, que tem como ponto central a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se inserir o<br />
texto estudado ao contexto sócio-histórico e intelectual no qual foi <strong>de</strong>senvolvido. Para tanto,<br />
buscaremos analisar o seu contexto histórico, a formação do autor, e os principais conceitos<br />
referentes à sua teoria política. Por meio da intertextualida<strong>de</strong>, preten<strong>de</strong>mos refletir sobre como<br />
seu texto se insere em relação aos pensadores políticos do seu tempo, e assim refletir se a obra<br />
serve como resposta ou refutação para algumas questões do período. Neste ponto, a<strong>de</strong>ntraremos<br />
na questão das possíveis leituras da obra O Contrato Social, arriscando-nos a pensar um aspecto<br />
bastante criticado do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido por Quentin Skinner, que consiste na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
se pensar a intenção do autor por trás da escrita da obra analisada.<br />
Palavras-chave: Rousseau; Contrato Social; Soberania; Legitimida<strong>de</strong>; História<br />
Intelectual.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 42<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
ESTADO DE NATUREZA, PIEDADE E RECONHECIMENTO SOCIAL NO<br />
SEGUNDO DISCURSO DE ROUSSEAU<br />
Raphaelle Garcês da Silva<br />
Graduanda em Filosofia – UFMA<br />
Orientador: Luciano Façanha<br />
RESUMO: O estado <strong>de</strong> natureza em Jean Jacques Rousseau, não limita-se ao meio<br />
ambiente no seu sentido físico-natural. Falar do homem no estado <strong>de</strong> natureza é tratar <strong>de</strong><br />
alguém que não teve contato com a socieda<strong>de</strong> civil, que vive ainda conforme a sua<br />
constituição original, que saiu das mãos da natureza, para melhor usar as palavras do<br />
Rousseau. Ao tentar compreen<strong>de</strong>r o conceito <strong>de</strong> reconhecimento, Rousseau fundamentase<br />
para tal no papel das paixões. Primeiramente retoma o pressuposto apresentado pelo<br />
genebrino que é encontrado já no estado <strong>de</strong> natureza que é uma primeira forma <strong>de</strong><br />
relação entre os indivíduos, a saber, o sentimento <strong>de</strong> pieda<strong>de</strong>. Rousseau argumenta que<br />
um animal jamais passa sem inquietar-se diante <strong>de</strong> outro animal morto <strong>de</strong> sua espécie. A<br />
pieda<strong>de</strong> toca por primeiro o coração humano, <strong>de</strong>spertando nele a existência do outro.<br />
Para tornar-se sensível e piedoso, o homem precisará dar- se conta <strong>de</strong> que seus<br />
semelhantes sofrem as mesmas dores que ele próprio é capaz <strong>de</strong> sofrer. Este sentimento,<br />
no estado primitivo, ocupa o lugar das leis, dos costumes e das virtu<strong>de</strong>s, e sendo algo<br />
natural no indivíduo, possibilita que um auxilie o outro na conservação <strong>de</strong> toda a<br />
espécie. Sendo assim, analisaremos estado <strong>de</strong> natureza, pieda<strong>de</strong> e reconhecimento<br />
social a partir da obra do genebrino.<br />
Palavras-chave: Rousseau. Homem. Natureza. Socieda<strong>de</strong>. Pieda<strong>de</strong>
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 43<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
HISTÓRIA E MORAL: A TELEOLOGIA NA FILOSOFIA KANTIANA<br />
Rafael Ribeiro <strong>de</strong> Souza<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão (Graduando em Filosofia)/PIBIC/FAPEMA<br />
ribeiro.soouza@gmail.com<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
RESUMO: A filosofia da história elaborada por Kant distingue-se no interior <strong>de</strong> seu<br />
sistema filosófico como uma i<strong>de</strong>ia reguladora segundo a qual tudo na natureza tem em<br />
vista uma finalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolve-se <strong>de</strong> maneira progressiva. Assim, quando aplicada<br />
ao homem, esta idéia pressupõe o <strong>de</strong>senvolvimento gradual <strong>de</strong> suas disposições<br />
naturais. Dentre estas disposições, a disposição para a moralida<strong>de</strong> aparece como aquela<br />
que tem origem no caráter racional da espécie humana e consiste, portanto, em seu fim<br />
último. Na obra I<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma História Universal <strong>de</strong> um Ponto <strong>de</strong> Vista Cosmopolita,<br />
nota-se que, no homem, o caráter teleológico da natureza <strong>de</strong>senvolve-se quando em<br />
socieda<strong>de</strong> e através da cultura. Neste mesmo cenário, também é clara a intenção<br />
kantiana <strong>de</strong> conceber uma história do homem na qual o mundo fenomênico (natureza)<br />
está em harmonia com a finalida<strong>de</strong> moral, uma vez que mesmo a aparência <strong>de</strong><br />
moralida<strong>de</strong> surgida do progresso da cultura aproxima o homem do verda<strong>de</strong>iro respeito<br />
pela lei moral. Além disso, percebe-se uma reafirmação <strong>de</strong>sta perspectiva na<br />
Fundamentação da Metafísica dos Costumes, na qual Kant, ao apresentar as<br />
formulações do imperativo categórico, coloca <strong>de</strong>ntre os fundamentos <strong>de</strong>ste a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
um possível reino dos fins. Este reino dos fins estaria, por sua vez, em analogia ao reino<br />
da natureza: a finalida<strong>de</strong> moral dos seres racionais posta como um possível reino da<br />
natureza. Nesse contexto, observa-se a intrínseca ligação que é tecida na teleologia em<br />
seus aspectos teórico e prático. O objeto <strong>de</strong>ste trabalho consiste, portanto, em<br />
<strong>de</strong>monstrar a continuida<strong>de</strong> do sistema kantiano em ambos os contextos <strong>de</strong> sua filosofia,<br />
estabelecendo uma correspondência entre a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> reino da natureza; o progresso da<br />
humanida<strong>de</strong> na perspectiva da filosofia da história; e os princípios práticos que<br />
embasam o imperativo categórico na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e dão<br />
respaldo ao reino dos fins.<br />
Palavras-chave: Teleologia. Progresso. Moral. Cultura. História.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 44<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O FILÓSOFO COMO MÉDICO DA CIVILIZAÇÃO E O MATERIALISMO DO<br />
SÁBIO<br />
Flávio Luiz <strong>de</strong> Castro Freitas<br />
UFMA/PGCULT – UFMA<br />
f_lcf@hotmail.com/fldcfl@gmail.com<br />
RESUMO: A presente comunicação preten<strong>de</strong> investigar o seguinte problema: em que<br />
consiste a interpretação realizada por Gilles Deleuze acerca do materialismo do sábio<br />
apresentado por Jean-Jacques Rousseau no movimento do pensamento que vai da Nova<br />
Heloísa às Confissões? Para <strong>de</strong>senvolver essa pergunta, postulamos como hipótese<br />
interpretativa que, para Deleuze, o materialismo do sábio é parte integrante da<br />
atualização do projeto do filósofo como médico da civilização, especificamente naquilo<br />
que tange à construção das relações entre o empírico e o transcen<strong>de</strong>ntal, ou seja, entre as<br />
sensações, os princípios e os valores. Semelhante hipótese interpretativa possui um<br />
aspecto histórico-cronológico e outro esquemático-estrutural. Do ponto <strong>de</strong> vista histórico<br />
cronológico, Deleuze publicou sua compreensão sobre o materialismo do sábio no<br />
artigo, <strong>de</strong> 1962, intitulado <strong>de</strong> Jean- Jacques Rousseau – Precursor <strong>de</strong> Kafka, <strong>de</strong> Céline<br />
e <strong>de</strong> Ponge. Ocorre que no mesmo ano, Deleuze também publicou seu primeiro gran<strong>de</strong><br />
trabalho a respeito da filosofia <strong>de</strong> Nietzsche, cujo título é Nietzsche e a filosofia. Por<br />
outro lado, <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista esquemático-estrutural, no artigo sobre Rousseau,<br />
tratando especificamente da Nova Heloísa, Deleuze caracteriza o materialismo do sábio<br />
como sendo um método profundo por meio do qual é possível conjurar o “peso do<br />
passado” por meio do presente. Paralelamente a isso, em Nietzsche e a filosofia,<br />
Deleuze expõe a tría<strong>de</strong> dos filósofos do futuro, isto é, o filósofo como tipologista, como<br />
sintomatologista e como genealogista. Assim, compreen<strong>de</strong>mos o materialismo do sábio<br />
como uma ferramenta capaz <strong>de</strong> relacionar o empírico e o transcen<strong>de</strong>ntal no projeto do<br />
filósofo como médico da civilização.<br />
Palavras-chave: Deleuze, Rousseau, sensações, passado, médico.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 45<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O ATOR CIDADÃO CONSTRUÍDO A PARTIR DA VISÃO FILOSÓFICA DE<br />
JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />
Hel<strong>de</strong>rson Mariani Pires<br />
Orientadora <strong>de</strong> doutorado: Prof. Maria Constança Peres Pissarra<br />
PUC-SP;bolsista CAPES/PROSUP<br />
E-mail: hel<strong>de</strong>rmariani@terra.com.br<br />
RESUMO: Pensar que o teatro po<strong>de</strong> reverberar em outras coisas, <strong>de</strong>pois da cena, é<br />
pensar, <strong>de</strong> novo e como sempre se discutiu, quais as funções do teatro. Existe uma<br />
função pedagógica? Uma função política? Se nos voltamos para o teatro grego antigo,<br />
as respostas são claras: existiam funções que o teatro cumpria na pólis, que eram <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
promover a catarse purificadora dos espectadores, até promover a reflexão sobre os<br />
pontos principais que embasavam a vida social e política. O espectador era o cidadão; e<br />
tudo que havia na pólis <strong>de</strong>veria contribuir para sua formação, incluindo o teatro, local <strong>de</strong><br />
reunião <strong>de</strong> todos. O termo citoyen foi muito utilizado e discutido no século XVIII; <strong>de</strong>bates<br />
filosóficos e políticos sobre a noção do que vem a ser cidadania sempre inflamaram os<br />
ânimos. Da observação atenta que os philosophes faziam da natureza humana, algumas<br />
características semelhantes apareciam: a busca por um coletivo; a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pertencimento, <strong>de</strong> fazer parte <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> associação humana. As visões sobre o<br />
termo citoyen, que tantas vezes apareceu na Enciclopédia, vai ter no teatro um palco para<br />
suas discussões. Para que serve o teatro numa República? Vários vão tentar respon<strong>de</strong>r,<br />
incluindo Rousseau, que não foi partidário <strong>de</strong> um regime político estabelecido pela força,<br />
para ele, a lei só po<strong>de</strong>ria ser efetivamente cumprida quando houvesse i<strong>de</strong>ntificação entre<br />
o seu conteúdo e o cidadão. Ele concebeu a “festa pública”, um espetáculo ao ar livre para<br />
“substituir” os espetáculos fechados parisienses; ela será um espaço para essa<br />
i<strong>de</strong>ntificação buscada por Rousseau se concretizar: todos são cidadãos, sujeitos atuantes<br />
nesses espetáculos; ele escreve na Carta a D’Alembert sobre os espetáculos: “Como! Não<br />
<strong>de</strong>ve haver nenhum espetáculo numa República? Pelo contrário, <strong>de</strong>ve haver muitos <strong>de</strong>les.<br />
Nas Repúblicas eles nasceram, nelas os vemos brilhar com um real ar <strong>de</strong> festa. A que<br />
povos convém mais reunir muitas vezes seus cidadãos e travar entre eles os doces laços<br />
do prazer e da alegria, do que aos que têm tantas razões para se amarem e para<br />
permanecerem unidos para sempre? Já temos os prazeres <strong>de</strong>ssas festas públicas; tenhamonos<br />
em ainda maior número, e ficarei ainda mais encantado.”<br />
Palavras-chave: Ator, cidadão, teatro, República, política.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 46<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
QUERELAS DOS ILUSTRES FILÓSOFOS DO SÉCULO XVIII: A QUERELA<br />
DO TEATRO EM JEAN- JACQUES ROUSSEAU.<br />
Kevin <strong>de</strong> Abreu Ferreira<br />
Graduando em Filosofia<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.<br />
kferreir4@hotmail.com<br />
Doutor Luciano da Silva Façanha<br />
<strong>GEPI</strong> ROUSSEAU, DEFIL-UFMA.<br />
RESUMO: A presente comunicação tem como ponto <strong>de</strong> partida a querela acerca do<br />
teatro iniciada com a publicação do verbete Genebra no Tomo VII da Enciclopedie, a<br />
qual o filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau <strong>de</strong>stina uma réplica crítica em sua<br />
Carta à d’Alembert sobre os espetáculos. O verbete oficialmente escrito por d’Alembert,<br />
no qual é <strong>de</strong>fendida a instituição <strong>de</strong> um teatro cômico na república <strong>de</strong> Genebra, gera toda<br />
uma querela com o genebrino, que tem como fundamento crítico o problema da mimesis<br />
e a <strong>de</strong>generação do sujeito civil por meio <strong>de</strong> sua própria civilida<strong>de</strong>. Há, contudo, uma<br />
problemática para além: a dupla <strong>de</strong>stinação da carta à d’Alembert e à François-Marie<br />
Arouet (Voltaire), autor com o qual o Cidadão <strong>de</strong> Genebra já <strong>de</strong>batia o problema do<br />
Teatro, particularmente das comédias. É por meio <strong>de</strong>sse verbete, da carta à d’Alembert<br />
sobre os espetáculos, e da réplica que esse mesmo <strong>de</strong>stinou a Rousseau que se buscou<br />
investigar tal querela sobre os espetáculos teatrais.<br />
Palavras-chave: Rousseau, Jean-Jacques. Teatro. Mímesis. Enciclopedie. Voltaire.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 47<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A QUERELA DO PANTEÍSMO: A REDESCOBERTA ALEMÃ DE SPINOZA E<br />
SEUS ECOS NA FILOSOFIA KANTIANA<br />
Fabíola da Silva Caldas<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
fabiolacaldas04@hotmail.com<br />
RESUMO: Pesquisa <strong>de</strong> natureza teórica versando sobre a querela do panteísmo<br />
(Pantheismusstreit), que se <strong>de</strong>senvolve na Alemanha do séc. XVIII, e seus ecos na<br />
filosofia kantiana. Objetiva-se explicitar a interpretação que os alemães fizeram da<br />
filosofia <strong>de</strong> Spinoza, associando seu pensamento ao panteísmo, bem como a proporção<br />
que essa associação tomou no contexto da querela do panteísmo, levada à cabo por<br />
Friedrich Jacobi, <strong>de</strong>fensor do fi<strong>de</strong>ísmo, e por Moses Men<strong>de</strong>lssohn, representante do<br />
Esclarecimento berlinense, tal qual Lessing – na ocasião já falecido, mas acusado por<br />
Jacobi <strong>de</strong> espinosista, leia-se panteísta e ateu, acusação grave consi<strong>de</strong>rando-se o repúdio<br />
que se tinha na ocasião pelo espinosismo. A querela do panteísmo que teve início em<br />
função <strong>de</strong> uma interpretação panteísta do espinosismo, acaba por <strong>de</strong>senvolver-se na<br />
direção <strong>de</strong> uma problemática mais ampla, isto é, numa gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do<br />
Esclarecimento, sendo, nessa medida Kant pressionado a intervir na discussão, o que<br />
finalmente ocorre no opúsculo, intitulado Que significa orientar-se no pensamento?.<br />
Para o <strong>de</strong>senvolvimento da presente investigação serão utilizadas como fontes<br />
bibliográficas: a parte 1 da Ética <strong>de</strong>monstrada à maneira dos geômetras, principal obra<br />
<strong>de</strong> Benedictus <strong>de</strong> Spinoza, que trata da concepção <strong>de</strong> Deus apresentada pelo autor;<br />
Espinosa e o espinosismo, <strong>de</strong> Moreau, para a compreensão da querela do panteísmo;<br />
Crítica da Razão Pura, <strong>de</strong> Immanuel Kant, fundamental para a compreensão dos<br />
resultados acerca da investigação dos limites da razão pura e do lugar da fé em face<br />
<strong>de</strong>sses limites; e, O que significa orientar-se no pensamento? também <strong>de</strong> Kant, para o<br />
entendimento dos conceitos <strong>de</strong> fé racional e orientação do pensamento na dimensão do<br />
suprassensível.<br />
Palavras-chave: Querela do panteísmo. Spinoza. Razão. Fé. Kant.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 48<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 49<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
CONSIDERAÇÕES FILOSÓFICAS ACERCA DA MORALIDADE E DO SEU<br />
FUNDAMENTO: NIETZSCHE EM DIÁLOGO (UNILATERAL) COM KANT<br />
NO CAMPO DO ÉTHOS E DA PRÁXIS<br />
Wainer Furtado Neves 8<br />
wainer.neves@ifma.edu.br<br />
RESUMO: É inegável que as contribuições filosóficas <strong>de</strong> Kant e Nietzsche fundamentaram<br />
todo o edifício da racionalida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna e pós mo<strong>de</strong>rna, tal assertiva nos autoriza a um<br />
diálogo pertinente às urgências e aos propósitos <strong>de</strong> nossa contemporaneida<strong>de</strong>, em especial<br />
no que se refere a título <strong>de</strong> uma exigência normativa, seja ela nos planos moral, jurídico,<br />
político e econômico que se inserem em <strong>de</strong>bate nos dias atuais. Um convite preliminar nos é<br />
feito, entre as encruzilhadas que Kant nos coloca através do seu universalismo ético sob<br />
uma base sólida <strong>de</strong> um racionalismo se constitui sua ética <strong>de</strong>ontológica e normativa, por<br />
outra vertente filosófica, apresenta-se Nietzsche, por meio <strong>de</strong> uma genealogia da moral que<br />
acaba por nos apresentar uma ética não- normativa, em <strong>de</strong>fesa da individualida<strong>de</strong> e da<br />
singularida<strong>de</strong>, totalmente incapaz <strong>de</strong> fundar um pacto com pretensões <strong>de</strong> universalida<strong>de</strong>, tal<br />
qual queria Kant. Kant nos abriu um horizonte para a constituição <strong>de</strong> um pensamento<br />
palpável que garantiu fundamentações filosóficas práticas em consonância universalista<br />
<strong>de</strong>sembocando na legitimação dos direitos humanos universais, já Nietzsche, não menos<br />
importante, sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra temporalida<strong>de</strong> intelectiva fez ressoar nossas inclinações,<br />
virtu<strong>de</strong>s, vícios, como elementos latentes da própria condição humana. O imperativo<br />
categórico, eleito por Kant, vincula a vonta<strong>de</strong> humana à lei moral por intermédio da<br />
universalida<strong>de</strong> necessária das máximas <strong>de</strong>ssa vonta<strong>de</strong>, numa ligação que reivindica valida<strong>de</strong><br />
objetiva e universal, que nenhuma experiência po<strong>de</strong> prover. Para um bom interprete <strong>de</strong><br />
Kant, é possível perceber um projeto audacioso do filósofo quanto ao seu universalismo<br />
ético, mas Nietzsche acabou por nos apresentar, pelo víeis da sua intempestivida<strong>de</strong><br />
filosófica, a <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> tal projeto. Nietzsche, ao contrário, <strong>de</strong>nunciou a “falácia” da<br />
pretensão universalista dos valores e <strong>de</strong> uma valida<strong>de</strong> incondicionada <strong>de</strong> <strong>de</strong>veres e<br />
obrigações. Vale ressaltar que, ambos filósofos, Kant e Nietzsche, partiram <strong>de</strong> métodos<br />
<strong>de</strong> investigações opostos, enquanto Kant dispôs do método transcen<strong>de</strong>ntal, Nietzsche nos<br />
apresentou o método genealógico, eminentemente crítico. A ética kantiana, representa a<br />
ética do <strong>de</strong>ver, uma ética normativa sob pressupostos valorativos que prescrevem regras<br />
para o agir tendo por referência valores em si e com força cogente universal, nesse sentido,<br />
<strong>de</strong>ontológico. A ética em Nietzsche é genealógica, volta-se para um exame da gênese dos<br />
valores morais, bem como do valor <strong>de</strong>ssa gênese, ao invés <strong>de</strong> perguntar pelas condições <strong>de</strong><br />
possibilida<strong>de</strong> dos juízos sintéticos a priori que garante fundamento universal da lei moral tal<br />
qual fizera Kant. Nietzsche partiu da <strong>de</strong>núncia da própria pergunta kantiana: “no âmbito<br />
prático da razão, é possível juízos sintéticos a priori no domínio da práxis humana, ou seja,<br />
da moral e da ética?”, em Nietzsche, os juízos sintéticos são erros fundamentais. O<br />
propósito inicial neste trabalho preliminar é revisitar as consi<strong>de</strong>rações filosóficas das<br />
relações entre ética e moral através <strong>de</strong> Kant em sua ética normativa do <strong>de</strong>ver e Nietzsche<br />
sob uma ética não – normativa, mas, sobretudo existencial.<br />
Palavras-chave: Universalismo. Normativida<strong>de</strong>. Ética. Moral. Genealogia. Existência.<br />
8<br />
Graduado pela Licenciatura em Filosofia na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão. Especialista em<br />
Docência do Ensino Superior pelo Instituto <strong>de</strong> Ensino Superior Franciscano do Maranhão e Especialista<br />
em Filosofia da Arte (Estética) pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão. Mestre em Socieda<strong>de</strong> e Cultura<br />
pelo Programa <strong>de</strong> Pós-graduação em Cultura e Socieda<strong>de</strong> na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.<br />
Atualmente professor EBTT em cargo efetivo no Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia do Maranhão.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 50<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
CONSIDERAÇÕES SOBRE A AUTONOMIA DA VONTADE A PARTIR DO<br />
ESCLARECIMENTO E DA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS<br />
COSTUMES DE KANT<br />
Trinne Cristine Pimentel Costa<br />
trinecristine@gmail.com<br />
Rafaela Cristina Barros Gomes<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão (UFMA)<br />
Orientador: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana Carvalho<br />
RESUMO: Em Resposta à pergunta: que é o esclarecimento?, Kant convida seus<br />
contemporâneos a pensarem por si mesmos, isto é, a terem coragem <strong>de</strong> fazer uso do seu<br />
próprio entendimento sem a ajuda <strong>de</strong> outrem, em outras palavras, a saírem da<br />
menorida<strong>de</strong>, agindo autonomamente. Desse modo, o esclarecimento tem como<br />
exigência o pensar autônomo, que significa seguir as leis que a própria razão se dá. Nessa<br />
perspectiva, o esclarecimento, uma vez levado a cabo envolve vários aspectos do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento humano em socieda<strong>de</strong>, como o político. Entretanto, também o aspecto<br />
moral po<strong>de</strong> ser aí percebido, haja vista que Kant está falando do uso prático da razão.<br />
Nesse sentido, po<strong>de</strong>-se dizer que o esclarecimento favorece a moralida<strong>de</strong>, já que esta tem<br />
seu fundamento numa lei a priori da razão. Na Fundamentação da metafísica dos<br />
costumes, o filósofo apresenta a vonta<strong>de</strong> como razão prática, isto é, como uma vonta<strong>de</strong><br />
que possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agir segundo a representação <strong>de</strong> leis que ela mesma se dá, as<br />
leis morais. Isso justificaria o texto sobre o Esclarecimento criticar <strong>de</strong> forma tão incisiva<br />
a tutela efetivada pela religião, por prescrever regras morais (heterônomas). Objetiva-se<br />
assinalar a convergência entre essas duas obras no que se refere à capacida<strong>de</strong><br />
autolegisladora da razão, <strong>de</strong>monstrando que a maiorida<strong>de</strong> engloba o agir moral.<br />
Palavras-chave: Esclarecimento; Autonomia; Razão Prática; Ética.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 51<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
LIBERDADE COMO AUTONOMIA EM KANT: A PROPÓSITO DA<br />
EMANCIPAÇÃO.<br />
Edna Selma David Silva<br />
Mestra em Filosofia pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />
Doutoranda em Filosofia pela Universida<strong>de</strong> Estadual do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Orientador: Edgar da Rocha Marques<br />
Professora do ensino básico e tecnológico da Escola <strong>de</strong> Aplicação da UFMA – COLUN<br />
Email: ednaselmad@gmail.com<br />
RESUMO: O trabalho tem como proposta analisar a relação entre liberda<strong>de</strong> e<br />
autonomia na filosofia <strong>de</strong> Kant, na medida em que tais conceitos se referenciam, e como<br />
tal relação constitui uma condição fundamental para a emancipação. Aborda-se<br />
inicialmente a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> como autonomia como análogo à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />
como espontaneida<strong>de</strong>, pelo fato da primeira produzir sua própria causa, resultante <strong>de</strong><br />
uma vonta<strong>de</strong> livre <strong>de</strong> toda e qualquer influência externa. Propõe a distinção entre<br />
liberda<strong>de</strong> positiva e negativa, cujas constituem uma relação que perpassa a<br />
espontaneida<strong>de</strong> epistêmica à espontaneida<strong>de</strong> prática, e ainda relacionam-se <strong>de</strong> modo<br />
imprescindível no que tange à sujeição da vonta<strong>de</strong> à lei moral, a qual se revela como<br />
condição da liberda<strong>de</strong> prática. Expõe a lei moral como factum da razão, dada pela<br />
consciência <strong>de</strong> sua obrigatorieda<strong>de</strong> que, mediada pelo <strong>de</strong>ver, resulta na liberda<strong>de</strong>.<br />
Destaca o movimento livre do pensar por si mesmo, como condição do esclarecimento,<br />
cujo processo revela paulatinamente a saída da menorida<strong>de</strong> da qual o próprio homem é<br />
culpado, segundo Kant. Mostra o uso público da razão como exercício da autonomia, na<br />
medida em que tal uso favorece a liberda<strong>de</strong>. Realça a distinção que Kant faz entre o uso<br />
público e o uso privado da razão, a partir da relação <strong>de</strong>sta com os propósitos que cada<br />
<strong>de</strong>stes usos implica para compreen<strong>de</strong>r qual <strong>de</strong>sses favorece o esclarecimento. Destaca a<br />
emancipação como resultado da crítica que o indivíduo faz <strong>de</strong> si mesmo e das condições<br />
históricas no qual está inserido, constituindo-se num processo dinâmico <strong>de</strong><br />
transformação da realida<strong>de</strong>, na qual a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> se faz possível.<br />
Palavras – chave: liberda<strong>de</strong>, autonomia, razão, esclarecimento, emancipação.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 52<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
“A REBELIÃO CONSTANTE CONTRA SI MESMO”: A CRÍTICA DE<br />
ARENDT À NOÇÃO DE VONTADE GERAL EM ROUSSEAU<br />
Lorena Moreira Pinto<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
2911lorena@gmail.com<br />
Maria Olilia Serra<br />
RESUMO: O trabalho tem como objetivo apresentar a crítica <strong>de</strong> Hannah Arendt à i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> geral em Rousseau no segundo capítulo da obra “Sobre a Revolução”<br />
(1962). Para tanto, será feita uma breve introdução sobre o livro, em seguida a análise<br />
sobre a “apropriação” dos revolucionários da teoria rousseriana: as razões que levaram ao<br />
seu uso e suas implicações. Na obra “Sobre a Revolução” Arendt empreen<strong>de</strong> uma<br />
investigação sobre os fenômenos da Revolução Francesa e da Revolução Americana,<br />
ressaltando seus impactos sobre o pensamento político. A Revolução Francesa iniciou<br />
com o propósito da liberda<strong>de</strong>, mas falhou em constituir disso um interesse e um<br />
princípio para a fundação quando se <strong>de</strong>parou com a questão social, a miséria do povo.<br />
Em uma tentativa <strong>de</strong> dar legitimida<strong>de</strong> e tornar-se uma unida<strong>de</strong> durável diante da<br />
urgência da questão do povo, a teoria da vonta<strong>de</strong> geral serviu como substituto do<br />
consentimento, conferindo uma aparente união entre essas duas figuras: os<br />
revolucionários e o povo. A equivalência entre vonta<strong>de</strong> e interesse na teoria <strong>de</strong> Rousseau<br />
é conveniente para os revolucionários em converter o múltiplo em um: não é preciso o<br />
<strong>de</strong>bate, a troca <strong>de</strong> opiniões, basta a sua unanimida<strong>de</strong>. Segundo Arendt, tal substituição<br />
parte <strong>de</strong> uma experiência simples: “dois interesses conflitantes se unem quando estão<br />
diante <strong>de</strong> um terceiro que se opõe a ambos” (ARENDT, 1962, p. 114). Contudo, a<br />
oposição se centraliza nos “interesses” do próprio cidadão, no conflito particular <strong>de</strong> suas<br />
vonta<strong>de</strong>s, tornando-o elemento <strong>de</strong> sua própria <strong>de</strong>sconfiança. Arendt nos oferece uma<br />
análise esclarecedora dos paradigmas que os fenômenos das revoluções estabeleceram<br />
para o pensamento político: os pilares da <strong>de</strong>mocracia, a vonta<strong>de</strong> e a igualda<strong>de</strong>; por outro<br />
lado, também nos apresenta em sua crítica as contradições da revolução: a violência<br />
como instrumento político e, no caso da Revolução Francesa, o radicalismo do terror da<br />
virtu<strong>de</strong>.<br />
Palavras-chave: Revolução. Povo. Rousseau. Vonta<strong>de</strong>. Virtu<strong>de</strong>.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 53<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
DISCIPLINA, AUTONOMIA E MORAL: A PROPOSTA EDUCACIONAL EM<br />
KANT<br />
Ana Cristina Araújo Marques 9<br />
Domingos Dutra dos Santos 10<br />
RESUMO<br />
A pesquisa fará uma análise da concepção <strong>de</strong> Kant acerca da educação, situando o<br />
filósofo no contexto histórico do século XVIII para compreen<strong>de</strong>r a relação entre<br />
educação e moral. Objetiva buscar um conceito <strong>de</strong> finalida<strong>de</strong> da educação na<br />
perspectiva kantiana. O filósofo valorizou a educação familiar como base da formação<br />
do indivíduo, e atribuiu à escola, outras finalida<strong>de</strong>s. A educação em Kant apresenta uma<br />
preocupação com a conduta do homem, pensando no bom cidadão, e no homem<br />
disciplinado. Para tratar <strong>de</strong> uma educação, que tem como priorida<strong>de</strong> a autonomia,<br />
discutimos alguns fatos históricos que tiveram ligação direta e indireta em seus estudos<br />
sobre a formação do indivíduo. Tendo como base fundamental os conceitos presentes no<br />
texto Resposta à pergunta: O que é o Esclarecimento?, O que nos levará a uma análise<br />
do conceito <strong>de</strong> minorida<strong>de</strong> e a obra Sobre a Pedagogia na qual privilegiamos os<br />
estágios da educação, tal como vistos por Kant e, a importante questão da formação do<br />
caráter, procuraremos explicitar uma educação votada para a moral, visto que a<br />
educação moral é a forma mais apropriada para aproximar o homem <strong>de</strong> sua perfeição<br />
sendo a mesma imprescindível para que os indivíduos tornem-se autônomos<br />
intelectualmente e esclarecidos, e porque ele é a única criatura que precisa ser educada.<br />
Caberão, por fim, algumas consi<strong>de</strong>rações com vistas a contemporaneizar à problemática<br />
kantiana sem, contudo, termos a pretensão <strong>de</strong> chegar a um resultado final, mas, pelo<br />
contrário, apenas propormos a reflexão e a discussão acerca do tema.<br />
Palavras-Chave: Kant. Educação. Moral. Autonomia.<br />
9<br />
Aluna Graduada do curso <strong>de</strong> Letras pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.<br />
10<br />
Aluno Graduando do curso <strong>de</strong> Filosofia pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 54<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
DISSENSOS SOBRE A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO TEATRO PARA OS<br />
FILÓSOFOS VOLTAIRE, DIDEROT E ROUSSEAU.<br />
Domingos Dutra dos Santos 11<br />
Ana Cristina Araújo Marques 12<br />
Resumo: Análise filosófica sobre as reflexões <strong>de</strong> Jean-Jacques Rousseau presente na obra A<br />
Carta a d’Alembert sobre os espetáculos (1758). Trataremos <strong>de</strong> apresentar os contrapontos da<br />
função pedagógica do teatro, relacionando as concepções dos Enciclopedistas do Século XVIII,<br />
Voltaire (1694-1778), Di<strong>de</strong>rot (1713-1784) e Rousseau (1712-1778). Assim, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da pesquisa será realizado a partir da interpretação, discussão e análise argumentativo-filosófica<br />
da Carta a D’Alembert sobre os espetáculos e do Discurso sobre a origem da ciência e as artes<br />
do filósofo Rousseau, principal texto para o tema em questão. Complementaremos com textos <strong>de</strong><br />
alguns especialistas e comentadores Jean Starobinski, Luiz Roberto Salinas Fortes e Franklin <strong>de</strong><br />
Matos. Estudo empreendido a partir das reflexões <strong>de</strong> Rousseau sobre o teatro. Constitui-se <strong>de</strong> três<br />
etapas: na primeira apontaremos a função pedagógica do teatro para os iluministas; na segunda<br />
apresentaremos as circunstancias <strong>de</strong> composição da obra Carta a D’Alembert; como também<br />
ressaltaremos seu interesse na instauração <strong>de</strong> um espetáculo teatral na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Genebra; na<br />
terceira, i<strong>de</strong>ntificaremos os dilemas da função pedagógica do teatro ressaltados por Rousseau.<br />
Palavras-chave: Rousseau, Teatro, Genebra, Função pedagógica.<br />
11<br />
Aluno Graduando do curso <strong>de</strong> Filosofia pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.<br />
12<br />
Aluna Graduada do curso <strong>de</strong> Letras pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 55<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O ESTADO DEMOCRÁTICO EM ROUSSEAU 13<br />
Elenil<strong>de</strong>s Silva Santos 14<br />
RESUMO: O Discurso sobre a Economia Política e o Contrato Social são obras em que<br />
o filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau sinaliza o seu pensamento acerca tanto da<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> estado, quanto <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia. O estado civil na concepção rousseriana é<br />
simplesmente uma pessoa moral, que tem o objetivo <strong>de</strong> garantir o pacto social feito<br />
pelos homens no nascimento da socieda<strong>de</strong> civil, para assim assegurar a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cada indivíduo. Em suma, o estado <strong>de</strong>ve estar atento e bem direcionado, para procurar<br />
estabelecer o amor do povo pela nação, fazer com que cada um respeite as leis (<strong>de</strong>vem<br />
ser feitas pelos membros da comunida<strong>de</strong>, uma vez que eles <strong>de</strong>vem se submeter a elas,<br />
isso será capaz <strong>de</strong> consolidar a liberda<strong>de</strong> cívica) e para que vivam <strong>de</strong> forma simples, só<br />
assim não fará muito esforço para torná-los felizes. No que se refere a <strong>de</strong>mocracia,<br />
Rousseau prescreve um regime <strong>de</strong>mocrático, baseado justamente numa <strong>de</strong>mocracia<br />
direta ou participativa, prospectada por meio <strong>de</strong> assembleias on<strong>de</strong> há um encontro <strong>de</strong><br />
todos os cidadãos, capazes <strong>de</strong> opinar mediante os problemas coletivos. Daí o regime<br />
<strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong>ve ser instalado nos estados pequenos, para que os indivíduos possam se<br />
conhecer entre si e assumir sua responsabilida<strong>de</strong> como cidadão. Vale lembrar que o<br />
autor faz pon<strong>de</strong>rações no que se mostra a <strong>de</strong>mocracia, uma vez que a mesma está a todo<br />
momento “sujeita às guerras civis e as agitações intestinas” 15 . Como isso o estado<br />
<strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong>ve ser uma planta que merece ser cuidada <strong>de</strong> forma coletiva e<br />
constitucional, mediante uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> geral. O que Rousseau propõe com o<br />
estado <strong>de</strong>mocrático é abalizar o exercício da cidadania, que promove a liberda<strong>de</strong> e<br />
igualda<strong>de</strong> cívica dos homens. É preciso ressaltar também que no entendimento do<br />
pensador iluminista, há dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> (estado) em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pessoas haver <strong>de</strong>mocracia, mostrando que é uma busca incessante pelo aperfeiçoamento<br />
<strong>de</strong> um estado <strong>de</strong>mocrático cada vez mais capaz <strong>de</strong> não restringir os direitos <strong>de</strong> cada<br />
humano assistido pelo estado <strong>de</strong> natureza. Com isso, a nossa comunicação pen<strong>de</strong>nte<br />
elucidar o estado <strong>de</strong>mocrático como forma <strong>de</strong> governo que floresce a emanação do<br />
po<strong>de</strong>r pelo povo e mostrar que a soberania popular é capaz <strong>de</strong> reger o governo,<br />
canalizando para respon<strong>de</strong>r se nós sabemos o que é preciso ser feito para realizar a<br />
<strong>de</strong>mocracia e sua forma <strong>de</strong> conserva-la, diante da mesma em um mundo <strong>de</strong> tensões.<br />
Palavras-chaves: Estado. Democracia. Cidadania. Cidadão. Rousseau.<br />
13<br />
Este trabalho tem como orientador o professor Dr. William Freitas da Universida<strong>de</strong> Estadual do<br />
Maranhão<br />
14<br />
Acadêmica do 4º período do curso <strong>de</strong> Filosofia da Universida<strong>de</strong> Estadual do Maranhão e bolsista do<br />
Programa <strong>de</strong> Iniciação à Docência (PIBID). E-mail: elenil<strong>de</strong>s1999@gmail.com<br />
15<br />
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O Contrato Social. Tradução <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Santos Machado. São Paulo:<br />
Editora Nova Cultura, 2000. (Coleção Os Pensadores)
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 56<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
CONSIDERAÇÕES ACERCA DE ALGUNS CONCEITOS E DEFINIÇÕES<br />
PRELIMINARES DA FILOSOFIA TRANSCENDENTAL DE IMMANUEL<br />
KANT.<br />
Kevin <strong>de</strong> Abreu Ferreira<br />
Graduando em licenciatura em Filosofia<br />
kferreir4@hotmail.com<br />
Profa. Dra. Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
<strong>GEPI</strong> KANT, DEFIL-UFMA<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
RESUMO: A presente comunicação tem como proposta principal a exposição <strong>de</strong><br />
conceitos fundamentais da Filosofia Transcen<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> Immanuel Kant, enten<strong>de</strong>ndo-os<br />
como condição <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> para a compreensão da crítica efetivada pelo filósofo à<br />
tradição filosófica. Para tanto, buscou-se investigar como Kant conceituou e <strong>de</strong>finiu sua<br />
proposta <strong>de</strong> uma filosofia crítica, isto é, filosofia que reflete sobre seus próprios<br />
fundamentos por meio e a partir da faculda<strong>de</strong> da razão em geral e à respeito <strong>de</strong> todo o<br />
conhecimento a priori puro, que constitui sua filosofia transcen<strong>de</strong>ntal, por meio da qual<br />
indaga como são possíveis juízos sintéticos a priori, juízos construídos através das<br />
categorias do entendimento, bem como sua relação com os fenômenos, propondo-se<br />
como propedêutica à ciência. É a partir da apresentação <strong>de</strong> conceitos chave e suas<br />
<strong>de</strong>finições, como a priori, a posteriori, transcen<strong>de</strong>ntal, sensível, fenômeno, noumeno,<br />
que se preten<strong>de</strong> mostrar o rompimento com concepções muito <strong>de</strong>fendidas pela tradição,<br />
como é o caso do inatismo e da transcendência, buscando-se compreen<strong>de</strong>r<br />
analiticamente como tal proposta significou um divisor <strong>de</strong> águas na história da filosofia,<br />
e em suas diversas interações e variações posteriores ao sistema crítico kantiano,<br />
representando um marco teórico para toda a filosofia e ciências que se seguiram<br />
posteriormente.<br />
Palavras-chave: Kant, Immanuel. Crítica. Transcen<strong>de</strong>ntal. Conceitos. Definições.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 57<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
KANT, HABERMAS E O CRITICISMO ENTRE A RELIGIÃO E A POLÍTICA<br />
Wescley Fernan<strong>de</strong>s Araujo Freire<br />
wescley.fernan<strong>de</strong>s@ufma.br<br />
Prof. Dr. Luiz Bernardo Leite <strong>de</strong> Araújo<br />
Doutorando em Filosofia pelo PPGFIL-UERJ / Bolsista (BD) FAPEMA<br />
RESUMO: A partir da apresentação do criticismo acerca do sentido da experiência<br />
religiosa, <strong>de</strong>terminado pelo uso prático da razão no contexto do problema do<br />
estabelecimento da fronteira discursiva entre Filosofia e Religião, o presente trabalho<br />
analisa a correção reconstrutiva da crítica <strong>de</strong> Habermas às pretensões filosóficas <strong>de</strong> Kant<br />
intencionadas em A Religião nos Limites da Simples Razão (1793), particularmente no<br />
que diz respeito às suas consequências para a filosofia prática. Para Habermas, o<br />
criticismo <strong>de</strong> Kant expõe- se a críticas em virtu<strong>de</strong> da “contradição” da razão teórica em<br />
<strong>de</strong>terminar as condições <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> do conhecimento e, igualmente, estabelecer<br />
pretensões <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> sobre conteúdos dogmáticos da religião. Se por um lado a<br />
filosofia transcen<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> Kant <strong>de</strong>sinflaciona racionalmente o sentido da experiência<br />
religiosa tendo em vista interesses práticos, por outro reivindica uma atitu<strong>de</strong> epistêmica<br />
que “reduz” os conteúdos dogmáticos da religião positiva a dimensão moral. Como<br />
explica Habermas, o criticismo não preserva o “núcleo opaco” das tradições religiosas<br />
históricas ao <strong>de</strong>terminar o conteúdo moral da “fé pura da razão”. Sob as premissas do<br />
pensamento pós-metafísico, Habermas reconstrói discursivamente, mediante o “uso<br />
público da razão”, a tentativa <strong>de</strong> Kant <strong>de</strong> atribuir um conteúdo prático ao <strong>de</strong>ver (Sollen)<br />
<strong>de</strong> obediência aos mandamentos divinos. Em 2004, durante o International Symposium<br />
on Kant, Habermas apresentou a conferência Die Grenze zwischen Glauben und Wissen.<br />
Zur Wirkungsgeschichte und aktuellen Be<strong>de</strong>utung von Kants Religionsphilosophie,<br />
posteriormente inserida na obra Zwischen Naturalismus und Religion (2005), on<strong>de</strong> põe<br />
a seguinte questão: “Será que – na perspectiva <strong>de</strong> um pensamento pós-metafísico – o<br />
uso prático da razão po<strong>de</strong>ria apren<strong>de</strong>r algo da força <strong>de</strong> articulação das religiões<br />
mundiais?” Habermas propõe como resposta a essa questão a “tradução” dos potenciais<br />
semânticos (intuições morais) dos conteúdos religiosos das gran<strong>de</strong>s religiões como<br />
resultado <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> aprendizagem cooperativa entre cidadãos religiosos e<br />
cidadãos seculares, capaz <strong>de</strong> reproduzir a solidarieda<strong>de</strong> civil (fonte <strong>de</strong> integração social)<br />
requerida pelo ethos <strong>de</strong>mocrático liberal.<br />
Palavras-chave: Criticismo. Uso prático da razão. Reconstrução. Religião. Política.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 58<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
À PAZ PERPÉTUA: UMA LEITURA SOBRE O PROJETO DA FILOSOFIA<br />
POLÍTICA DE KANT<br />
João Gabriel Costa Ferreira Maia 16<br />
Graduando em Filosofia (UFMA), vinculado ao <strong>GEPI</strong> KANT/UFMA/CNPq<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
Resumo: o presente artigo tem como objetivo analisar conceitos fundamentais da<br />
filosofia política do filósofo prussiano Immanuel Kant. Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa<br />
introdutória ao tema da paz, que é o sustentáculo do pensamento político do autor.<br />
Buscar-se-á com isto enten<strong>de</strong>r a relação dialética dos homens em socieda<strong>de</strong>, bem como<br />
dos Estados entre si e dos homens com os estados. Há, neste sentido, uma proposta que<br />
vigora rumo ao que Kant indica ser o objetivo central da política, a saber, a fundação e a<br />
produção da paz. Pensar tal objetivo político é, sobretudo, pensar a paz enquanto<br />
realização efetiva do próprio direito. Ou seja, remete ao convívio em socieda<strong>de</strong><br />
articulado nos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma constituição civil legal que, por sua vez, almeja o<br />
progresso da humanida<strong>de</strong>. Ora, para Kant, o processo histórico-político que está<br />
diretamente ligado ao progresso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não do julgamento do que é ou não moral, mas<br />
se constitui na tentativa <strong>de</strong> “conduzir a humanida<strong>de</strong> à realização <strong>de</strong> um objetivo moral<br />
<strong>de</strong>vido, a saber, a convivência pacifica em socieda<strong>de</strong>”. Destarte, tendo por base os<br />
textos À Paz Perpetua e Metafísica dos Costumes, busca-se explicitar as condições para<br />
a paz no pensamento kantiano.<br />
Palavras-chave: Paz; Socieda<strong>de</strong>; Direito; Política.<br />
16<br />
Graduando em Filosofia na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão; 5º período.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 59<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
NUANCES DE UMA ANTROPOLOGIA NA OBRA ENSAIO SOBRE A<br />
ORIGEM DAS LÍNGUAS NO QUAL SE FALA DA MELODIA E DA<br />
IMITAÇÃO MUSICAL DE JEAN- JACQUES ROUSSEAU<br />
Steves Dickinson Almeida Lima<br />
steves2999@hotmail.com<br />
Orientador: Luciano da Silva Façanha 17<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão - UFMA<br />
Uma das características da obra Ensaio Sobre a Origem das Línguas no qual se fala da<br />
Melodia e da imitação musical, <strong>de</strong> Jean-Jacques Rousseau, é a preocupação em<br />
<strong>de</strong>screver ou <strong>de</strong>monstrar uma linha <strong>de</strong> raciocínio crítico sobre uma possível origem <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terminados problemas que a socieda<strong>de</strong> enfrentava no período do iluminismo. A<br />
questão da linguagem po<strong>de</strong> ser observada na Obra já mencionada como um elemento<br />
fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento da cultura, pois neste ensaio, o autor trata da<br />
questão histórica como algo diretamente ligado à linguagem. Gran<strong>de</strong>s foram as<br />
transformações promovidas pelo iluminismo que é consi<strong>de</strong>rado um dos maiores marcos<br />
na história da filosofia oci<strong>de</strong>ntal, cronologicamente situado no florescer da filosofia<br />
mo<strong>de</strong>rna, é neste contexto que Rousseau escreve suas obras <strong>de</strong> uma forma muito<br />
particular pois diverge <strong>de</strong> outros autores do mesmo período. Jean-Jacques Rousseau não<br />
se entregou a um louvor ao racionalismo da mesma forma que alguns <strong>de</strong> seus<br />
contemporâneos o fizera, ao divergir <strong>de</strong> alguns outros filósofos, o autor estabeleceu uma<br />
crítica ao avanço cultural ao se posicionar sobre questões etnocêntricas que po<strong>de</strong>m ser<br />
observadas como um dos traços característicos do iluminismo. Rousseau fala sobre o<br />
progresso com ressalvas, da mesma forma trata <strong>de</strong> questões culturais, principalmente ao<br />
escrever sobre os ditos avanços culturais <strong>de</strong> seu tempo. Na Obra Ensaio Sobre a Origem<br />
das Línguas no qual se fala da Melodia e da imitação Musical, Rousseau apresenta<br />
alguns argumentos que apontam para um percurso entre o estado bestial e o cultural, por<br />
meio <strong>de</strong> uma teoria da linguagem. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong> apresentar possíveis<br />
nuances <strong>de</strong> uma antropologia cultural na obra já citada, elegendo pelo menos duas<br />
abordagens possíveis, a saber: a etnologia e a questão e a crítica ao etnocentrismo, que<br />
são possíveis <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar nos escritos <strong>de</strong> Jean-Jacques Rousseau, apesar <strong>de</strong> não se<br />
tratar <strong>de</strong> uma antropologia propriamente dita.<br />
Palavras-chave: Linguagem; Iluminismo; Etnologia; Antropologia cultural;<br />
Etnocentrismo.<br />
17<br />
Professor Dr pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão. lucianosfacanha@hotmail.com
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 60<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O DISCURSO DO FILÓSOFO KANT SOBRE A REPRESENTAÇÃO<br />
FEMININA<br />
Isabel Cristina Costa Freire<br />
Mestranda-PPGE-UFMA<br />
filocoruja@yahoo.com.br<br />
Orientadora: Iran <strong>de</strong> Maria Leitão Nunes<br />
PPGE-UFMA<br />
iran<strong>de</strong>maria@hotmail.com<br />
RESUMO: Este trabalho analisa o discurso do filósofo Kant sobre a Representação<br />
Feminina. Para tanto utilizamos pesquisa bibliográfica na obra do filósofo Kant <strong>de</strong>ntre<br />
outras fontes <strong>de</strong> pesquisas. Dessa forma, resgatamos brevemente o papel das mulheres<br />
na história até chegar ao século XVIII para discutir as questões dos direitos das<br />
mulheres assim como o entendimento e esclarecimento das mesmas que faz uso do<br />
exercício racional. Em seguida <strong>de</strong>screvemos a representação feminina perpassada nos<br />
conceitos estéticos Kantianos sobre o belo e o sublime e a <strong>de</strong>terminação do gosto pela<br />
sensação. Outro ponto a consi<strong>de</strong>rar será a natureza feminina interligada a categoria do<br />
belo como <strong>de</strong>finição da expressão dos sentimentos ressaltando os <strong>de</strong>talhes do “belo<br />
sexo” como referencial do sublime. O filósofo em questão retrata as mulheres com<br />
interesses contrários a natureza <strong>de</strong>las. E no exercício <strong>de</strong> tais funções essas mulheres são<br />
observadas como um ornamento que instiga uma fria admiração. Sendo assim, quando<br />
adotam uma postura entendida como tipicamente masculina acabam afastando-se<br />
imediatamente do objeto primeiro <strong>de</strong> sua ciência. E ainda, são encontradas no caráter<br />
espiritual e nos traços <strong>de</strong>terminantes do referido sexo na qual as mulheres exprimem<br />
forte sentimento inato por tudo que é portador <strong>de</strong> beleza. Além disso, as mesmas exigem<br />
do outro sexo as qualida<strong>de</strong>s e sublimida<strong>de</strong> inerentes a sua alma. Concluímos que Kant<br />
trata da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> a partir das diferenciações dos sexos ressaltando os conceitos <strong>de</strong><br />
belo e sublime.<br />
Palavras-chave: Kant. Mulheres. Entendimento. Belo. Sublime.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 61<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
ROUSSEAU E GOUGES: DIÁLOGOS SOBRE O PROGRESSO HUMANO E O<br />
TEATRO<br />
Barbara Rodrigues Barbosa<br />
brodriguesbarbosa@gmail.com<br />
Orientadora: Jacira <strong>de</strong> Freitas<br />
UNIFESP<br />
RESUMO: Olympe <strong>de</strong> Gouges (1748-1743) foi conhecida entre seus contemporâneos<br />
por ser uma filosofa e pensadora política cujos trabalhos, quer fossem peças teatrais,<br />
panfletos, livros ou cartas, propunham reformas e mudanças sociais profundas. Sabe-se<br />
também <strong>de</strong> sua admiração por Rousseau, alegando até mesmo ser o autor genebrino seu<br />
“pai espiritual” (1971). Todavia, apesar <strong>de</strong> ter um papel fundamental na filosofia<br />
política <strong>de</strong> sua época, a autora permanece praticamente <strong>de</strong>sconhecida nos nossos dias,<br />
levando-se em conta majoritariamente apenas dois <strong>de</strong> seus trabalhos: sua peça<br />
antiescravagista Zamore et Mirza (1788), ou sua obra mais conhecida, Déclaration <strong>de</strong>s<br />
droits <strong>de</strong> la femme et <strong>de</strong> la citoyenne (1789). Essa exposição não intenciona tratar <strong>de</strong><br />
nenhum dos textos mencionados acima, mas antes dar foco a peça consi<strong>de</strong>rada a maior<br />
contribuição <strong>de</strong> Gouges à história da filosofia política. Le bonheur primitif <strong>de</strong> l’homme,<br />
ou les rêveries patriotique (1789), exerce um duplo papel: em primeiro lugar <strong>de</strong><br />
homenagem a Rousseau e, <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong> resposta aos seus Discursos. Interessava a autora<br />
discutir a natureza humana e qual impacto a ciência e a educação produziam na<br />
capacida<strong>de</strong> humana <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong> e felicida<strong>de</strong>, propondo o resgate da felicida<strong>de</strong> das<br />
socieda<strong>de</strong>s primitivas. Para alcançar essa objetivo, Olympe argumentava que homens e<br />
mulheres <strong>de</strong>viam levar a sério sua cooperação com a socieda<strong>de</strong>, começando com a<br />
formação familiar e alcançando até mesmo o modo como se fazia teatro. Essa<br />
apresentação preocupa-se, portanto, com o diálogo crítico que Gouges estabelece com o<br />
pensamento <strong>de</strong> Rousseau, <strong>de</strong>stacando especialmente as questões sobre a felicida<strong>de</strong><br />
humana e o papel do teatro em sua prevenção ou promoção. Ao juntar os <strong>de</strong>bates sobre<br />
o estado <strong>de</strong> natureza e o lugar do teatro nas socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, a autora francesa<br />
coloca em confluência i<strong>de</strong>ais aparentemente díspares na intenção <strong>de</strong> mostrar o papel da<br />
virtu<strong>de</strong> no progresso humano, apresentando uma visão feminina plausível aos Discursos<br />
<strong>de</strong> Jean-Jacques.<br />
Palavras-chave: Olympe <strong>de</strong> Gouges, Jean-Jacques Rousseau, Teatro, Socieda<strong>de</strong><br />
Primitiva, Felicida<strong>de</strong> humana.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 62<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
LIBERDADE E ESTADO NA REVOLUÇÃO DOS BICHOS: ALGUMAS<br />
OBSERVAÇÕES A PARTIR DO TEXTO SOBRE O ESCLARECIMENTO DE<br />
KANT<br />
Moisses Bacelar Campelo<br />
Mestrando Interdisciplinar em Cultura e Socieda<strong>de</strong><br />
mocamoisses@gmail.com<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
UFMA<br />
RESUMO: A obra Revolução dos Bichos <strong>de</strong> George Orwell, romance-sátira que se<br />
passa na granja do Sr.Jones e palco on<strong>de</strong> ocorre uma revolução dos bichos que,<br />
insatisfeitos com as condições sociopolíticas e li<strong>de</strong>rados pelo novo lí<strong>de</strong>r Napoleão,<br />
mudam todo o contexto <strong>de</strong> convivência e relações sociais na fazenda. Rico em<br />
metáforas e comparações políticas, Orwell explícita que o Estado totalitário intervém,<br />
em uma linguagem kantiana, no uso público da razão, na liberda<strong>de</strong> individual e na<br />
coletivida<strong>de</strong> humana ao ponto <strong>de</strong> controlar a até mesmo as leis, isto é, a autonomia é<br />
perdida e cria uma heteronomia baseada em uma utopia <strong>de</strong> uma suposta socieda<strong>de</strong> que<br />
se torna <strong>de</strong>struidora da liberda<strong>de</strong> individual <strong>de</strong> pensar. O Estado segundo Kant <strong>de</strong>ve<br />
criar-se condições para proteção da liberda<strong>de</strong> e não ser contrário ao exercício <strong>de</strong>sta.<br />
Kant é atual por que sua obra propõe a saída do homem da menorida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> o medo e<br />
insegurança, como na obra <strong>de</strong> Orwell, servem <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> raciocínio para o<br />
distanciamento da maiorida<strong>de</strong>, pois em um mundo on<strong>de</strong> tudo é <strong>de</strong>finido pelo governo<br />
não há mais espaço para liberda<strong>de</strong> e autonomia e o resultado é perda da garantia da<br />
liberda<strong>de</strong> fundamentada na moral do homem, originalmente legislador <strong>de</strong> si mesmo.<br />
Nenhuma coação ou heteronomia são possíveis na liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar por si e expressar<br />
esse pensar publicamente. Kant é <strong>de</strong>fensor da liberda<strong>de</strong> e contra toda forma <strong>de</strong><br />
totalitarismo. Objetiva-se aplicar o tema da liberda<strong>de</strong> e autonomia no texto <strong>de</strong> Kant O<br />
que é o esclarecimento é aplicado na obra <strong>de</strong> George Orwell Revolução dos Bichos e<br />
fundamentando assim a crítica ao Estado totalitário.<br />
Palavras-chave: Liberda<strong>de</strong>. Estado. Kant. Orwell
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 63<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
DOS PRINCÍPIOS PUROS DA MORALIDADE NA FUNDAMENTAÇÃO DA<br />
METAFISICA DOS COSTUMES À FORMAÇÃO MORAL NO SOBRE A<br />
PEDAGOGIA<br />
Carllyanne Helena Costa Tavares<br />
Graduanda em filosofia (UFMA), vinculada ao <strong>GEPI</strong><br />
KANT/UFMA/CNPq<br />
Email: carllyhelena@gmail.com<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
RESUMO: O presente trabalho aborda como a educação na perspectiva kantiana é vital<br />
para a formação moral da criança e, portanto, para a realização <strong>de</strong> ações por <strong>de</strong>ver, logo<br />
norteadas pela escolha <strong>de</strong> máximas passíveis <strong>de</strong> universalização. Tendo em vista isso,<br />
objetiva-se <strong>de</strong>monstrar que os princípios a priori fundantes da moralida<strong>de</strong>,<br />
possibilitadores do uso ético da liberda<strong>de</strong>, apresentado na Fundamentação da metafísica<br />
dos costumes, possui um alcance no pensamento kantiano que vai muito além da sua<br />
formulação teórica, o que, evi<strong>de</strong>ntemente, a própria obra po<strong>de</strong> permitir inferir, contudo,<br />
preten<strong>de</strong>-se explicitar sua possibilida<strong>de</strong> prática através da obra Sobre a pedagogia, uma<br />
vez que nesta Kant <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> uma educação que, proporcionando a formação integral do<br />
homem, portanto, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as suas disposições naturais, prime pelo<br />
pensar, por assim dizer, pelo esclarecimento, convergindo, <strong>de</strong>sse modo, para uma<br />
educação que promova a moralização, ou seja, a ação consciente e livre do indivíduo,<br />
ser capaz <strong>de</strong> escolher bons fins, isto é, fins aprovados por todos e que po<strong>de</strong>m ser os fins<br />
<strong>de</strong> cada um, daí porque é importante que o educando aja bem a partir <strong>de</strong> suas próprias<br />
máximas (leis subjetivas, nascidas do entendimento humano) e não por hábito ou<br />
coação, o que implicaria não na formação <strong>de</strong> ações autônomas, mas heterônomas,<br />
impostas, coagidas. Desse modo, através da educação moral há que se fundar um caráter<br />
pronto para agir segundo as máximas da humanida<strong>de</strong>, evitando-se, assim, as amarras e<br />
limitações <strong>de</strong> uma vida heteronomamente construída, e <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> eticida<strong>de</strong>.<br />
Palavras-chave: Imperativo categórico. Autonomia. Liberda<strong>de</strong>. Educação. Kant
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 64<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
JUÍZO POLÍTICO ARENDTIANO: UMA APROPRIAÇÃO DO JUÍZO<br />
ESTÉTICO KANTIANO COMO POSSIBILIDADE DE JUÍZO POLÍTICO<br />
ADEQUADO À PLURALIDADE HUMANA<br />
Kamila Fernanda Barbosa Sampaio<br />
Mestranda em Cultura e Socieda<strong>de</strong> / Bolsista CAPES<br />
E-mail: kamilasampaio92@outlook.com<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo principal evi<strong>de</strong>nciar a apropriação<br />
que Hannah Arendt faz do juízo reflexionante estético kantiano, como tentativa <strong>de</strong><br />
extrair uma filosofia política <strong>de</strong> Kant. O ponto <strong>de</strong> partida se dá no ensaio A crise na<br />
cultura: sua importância social e política, no qual Arendt faz uma análise da cultura e<br />
socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> massas, evi<strong>de</strong>nciando que são fenômenos do mundo mo<strong>de</strong>rno e apontando<br />
uma eminente ameaça da socieda<strong>de</strong> massas ao mundo comum, ou seja, espaço <strong>de</strong><br />
compartilhamento <strong>de</strong> ações e discursos entre os homens – o espaço público. Nesse<br />
sentido, ao falar <strong>de</strong> arte e política, a autora lança o olhar para o fato <strong>de</strong> que esses dois<br />
elementos partilham um lugar comum, isto é, arte e política são, ambos, fenômenos do<br />
mundo público, necessitando <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> aparência para que possam se efetivar.<br />
Arte e política apresentam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar o que se processa individualmente,<br />
e essa comunicação se dá no mundo comum. É ao aproximar arte e política que a autora<br />
vê a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apropriação das características do juízo estético kantiano, tais como<br />
a comunicabilida<strong>de</strong>, sensus communis, mentalida<strong>de</strong> alargada, evi<strong>de</strong>nciando que essas<br />
características possibilitam lidar com as tensões que são próprias da pluralida<strong>de</strong> humana.<br />
Palavras-chave: Juízo. Política. Arte. Mundo. Pluralida<strong>de</strong>.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 65<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A LIBERDADE TRANSCENDENTAL COMO CONDIÇÃO DE<br />
POSSIBILIDADE PARA O PENSAR POR SI<br />
Gregory Ferreira Neves<br />
Graduando do Curso <strong>de</strong> Filosofia/UFMA<br />
Integrante da Residência Pedagógica/CAPES<br />
Integrante do <strong>GEPI</strong> KANT/UFMA/CNPq<br />
gregoryferreira1947@gmail.com<br />
Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
Professora do Depto. <strong>de</strong> Filosofia da UFMA e do Mestrado<br />
Interdisciplinar em Cultura e Socieda<strong>de</strong><br />
ziljesus@yahoo.com.br<br />
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo explicitar como o conceito <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong> está relacionado com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> esclarecimento em Kant. Na obra Crítica da<br />
Razão Pura, mais especificamente na Terceira Antinomia da Razão Pura, o filósofo<br />
mostra que é possível admitir uma causalida<strong>de</strong> natural e uma causalida<strong>de</strong> livre. Com<br />
isso, Kant consegue fundar as bases para uma espontaneida<strong>de</strong> absoluta ou liberda<strong>de</strong><br />
transcen<strong>de</strong>ntal, possibilitando uma liberda<strong>de</strong> prática. Assim, o intuito <strong>de</strong>sta<br />
comunicação, é <strong>de</strong>monstrar que a possibilida<strong>de</strong> da liberda<strong>de</strong>, apresentada na Terceira<br />
Antinomia, constitui-se como condição <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outras coisas, para o<br />
opúsculo Resposta à pergunta: O que é esclarecimento?, on<strong>de</strong> o autor expõe que o<br />
pensar por si, isto é, o livre pensar é condição para o homem sair da sua menorida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>sse modo a liberda<strong>de</strong> é a chave para um agir social autônomo nas suas mais diversas<br />
esferas, a política, a moral, a social, a religiosa etc...<br />
Palavras-chave: Kant; Liberda<strong>de</strong>; Esclarecimento; Autonomia.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 66<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
FILOSOFIA PRÁTICA KANTIANA E ETHOS JORNALÍSTICO - BASES<br />
FILOSÓFICAS DA ÉTICA DA IMPRENSA -<br />
Fábio Palácio <strong>de</strong> Azevedo<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
fabiopalacio@uol.com.br<br />
Cristiano Capovilla<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão<br />
capovillacristiano@gmail.com<br />
RESUMO: Por seu dinamismo e complexida<strong>de</strong>, as mo<strong>de</strong>rnas socieda<strong>de</strong>s urbanoindustriais<br />
são movidas a um gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> informações. A fim <strong>de</strong> que cumpram<br />
suas funções preditivas e <strong>de</strong> atualização e orientação social, essas informações <strong>de</strong>vem<br />
ser, tanto quanto possível, confiáveis e não arbitrárias. Dessas exigências nasceu o<br />
jornalismo, forma <strong>de</strong> conhecimento público que se atém ao campo da informação<br />
verificável. Instituição fundante das repúblicas liberais – das quais <strong>de</strong>scen<strong>de</strong> como filha<br />
dileta, ao lado <strong>de</strong> partidos políticos e movimentos cívicos –, a ativida<strong>de</strong> jornalística foi<br />
influenciada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seus primórdios, por importantes movimentos intelectuais<br />
burgueses. Isso inclui, com <strong>de</strong>staque, o mais célebre <strong>de</strong> todos: o Iluminismo. Os<br />
princípios éticos da ativida<strong>de</strong> jornalística – dos quais <strong>de</strong>riva seu arcabouço técnico –<br />
provêm da <strong>de</strong>nsa reflexão moral realizada por nomes como Immanuel Kant, que<br />
contribuíram para edificar a ética mo<strong>de</strong>rna. Este trabalho preten<strong>de</strong> retomar as<br />
formulações iluministas a partir da obra <strong>de</strong> Kant, mostrando como a filosofia prática<br />
<strong>de</strong>senvolvida pelo autor alemão influenciou profundamente a constituição do mo<strong>de</strong>rno<br />
ethos jornalístico. Trata-se <strong>de</strong> tema sempre presente em cursos <strong>de</strong> ética e <strong>de</strong>ontologia<br />
em jornalismo, porém poucas vezes abordado com a profundida<strong>de</strong> merecida. Em nosso<br />
percurso, traçamos primeiramente um quadro da filosofia moral do Iluminismo a partir<br />
dos trabalhos <strong>de</strong> Immanuel Kant, <strong>de</strong>stacando em particular a obra Fundamentação da<br />
Metafísica dos Costumes. Revisitamos a analítica kantiana que parte da boa vonta<strong>de</strong>,<br />
passa pelo <strong>de</strong>ver – imposto pelo imperativo categórico – e chega à liberda<strong>de</strong> das<br />
<strong>de</strong>terminações morais. Em segundo momento, acessamos os modos pelos quais a<br />
racionalização kantiana contribuiu para a conformação do mo<strong>de</strong>rno ethos da imprensa,<br />
analisando em particular o documento International Principles of Professional Ethics in<br />
Journalism, espécie <strong>de</strong> código internacional <strong>de</strong> ética do jornalismo, elaborado sob os<br />
auspícios da Unesco. À guisa <strong>de</strong> conclusão, pontuamos o contexto contemporâneo em<br />
que se dão os <strong>de</strong>bates sobre a ética jornalística, e alinhavamos algumas observações<br />
sobre a importância da formulação kantiana para o contexto atual. Hoje, <strong>de</strong>svelar os<br />
elementos filosóficos que sustentam a ética da imprensa, apresentando-a como tributária<br />
<strong>de</strong> longa tradição <strong>de</strong> pensamento moral, é iniciativa que contribui para robustecer os<br />
alicerces do jornalismo como instituição. Trata- se <strong>de</strong> movimento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância,<br />
ainda mais no momento em que esse serviço <strong>de</strong> natureza pública sofre com o vilipêndio<br />
das tendências relativistas que emolduram o fenômeno do assim chamado pósmo<strong>de</strong>rnismo.<br />
Palavras-chave: Ética iluminista; filosofia kantiana; ethos jornalístico; pósmo<strong>de</strong>rnismo.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 67<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO CIDADÃ E PRUDÊNCIA EM KANT<br />
Karoliny Costa Silva<br />
karoliny_s@hotmail.com<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão – UFMA<br />
RESUMO: Em Sobre a Pedagogia, Kant traz à luz uma educação acerca da formação<br />
do homem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância, consi<strong>de</strong>rando ser este a única criatura que tem que ser<br />
educada. Essa educação, por sua vez, compreen<strong>de</strong> cuidados e formação, e é composta<br />
pela disciplina – parte negativa da educação –, e pela instrução, parte positiva. O<br />
homem <strong>de</strong>ve ser, na educação, disciplinado, cultivado, pru<strong>de</strong>nte e, assim, caminha-se<br />
para a moralização. Na presente comunicação objetiva-se tratar especificamente da<br />
educação para a civilida<strong>de</strong>, por meio da qual se preten<strong>de</strong> que o homem se torne<br />
pru<strong>de</strong>nte, estabelecendo uma correlação entre as consi<strong>de</strong>rações sobre a prudência nesse<br />
texto com a tematização sobre o mesmo tema que aparece na Fundamentação da<br />
metafísica dos costumes, em que filósofo prussiano discorre sobre os imperativos,<br />
<strong>de</strong>ntre eles, os imperativos hipotéticos, caracterizando estes últimos como aqueles que<br />
expressam uma ação prática pautada em alcançar a realização <strong>de</strong> um fim <strong>de</strong>sejado,<br />
dividindo-os em imperativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>streza ou habilida<strong>de</strong> e imperativos <strong>de</strong> prudência. Ora,<br />
a prudência seria a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolher os meios para alcançar o bem-estar próprio, e<br />
tem sentido duplo: o primeiro se remete a um certo tipo <strong>de</strong> prudência “pública” que<br />
estaria ligada às relações com o mundo, e é a habilida<strong>de</strong> em utilizar as pessoas para suas<br />
intenções por meio da sua influência sobre elas; o segundo sentido, é a prudência<br />
privada, que é a argúcia em agrupar todas essas intenções e utilizá-las para uma<br />
vantagem pessoal. Relacionando as duas obras percebe-se que a educação tem como<br />
objetivo não apenas a moralização do homem, mas também a sua socialização, visto o<br />
inegável fato <strong>de</strong> que esta é marcada por relações pragmáticas. O homem, através da<br />
cultura, tornando-se pru<strong>de</strong>nte, reconhece seu lugar na socieda<strong>de</strong> agindo, assim, com<br />
poli<strong>de</strong>z, refinamento, gentileza. Desse modo, a disciplina e a cultura, são<br />
imprescindíveis para o <strong>de</strong>senvolvimento da capacida<strong>de</strong> humana <strong>de</strong> conviver socialmente<br />
e escolher, <strong>de</strong>ntre os fins visados, os que contribuem à perfeição da humanida<strong>de</strong>, sendo<br />
esse um passo indispensável para a moralida<strong>de</strong>. Pois que, civilida<strong>de</strong> não quer dizer que<br />
a socieda<strong>de</strong> seja moral, e é por isso que o filósofo diz que a educação é um exercício<br />
que tem <strong>de</strong> ser aperfeiçoado através das gerações. Assim, ao se falar <strong>de</strong> aperfeiçoamento<br />
da socieda<strong>de</strong> civil, fala-se também do aperfeiçoamento da educação. A formação do<br />
homem para o a<strong>de</strong>quado convívio social, através da educação, tem em vista não<br />
simplesmente o presente, mas um estado melhor no futuro.<br />
Palavras-chave: Educação. Prudência. Formação. Cultura. Imperativos.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 68<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
ROUSSEAU E KANT: OS DESAFIOS DE UMA EDUCAÇÃO EM<br />
CONFORMIDADE COM A NATUREZA<br />
Gabriel Antonio da Silva Campelo<br />
Graduando em Filosofia/UFMA e integrante do<br />
<strong>GEPI</strong> KANT/UFMA/CNPq<br />
gabrielcampelo_@hotmail.com<br />
Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
Professora do Departamento <strong>de</strong> Filosofia da UFMA e do<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cultura e Socieda<strong>de</strong>/UFMA<br />
ziljesus@yahoo.com.br<br />
RESUMO: Levando em consi<strong>de</strong>ração no Emílio a afirmação <strong>de</strong> que “tudo <strong>de</strong>genera nas<br />
mãos dos homens’’, afirmação esta que ganha consistência se relacionada a sua crítica<br />
ao progresso, o presente texto preten<strong>de</strong> centrar-se na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que, não obstante, tal<br />
constatação Rousseau enten<strong>de</strong> que os homens, e <strong>de</strong> modo mais específico as crianças,<br />
po<strong>de</strong>m ser educadas <strong>de</strong> modo a minimizar essa <strong>de</strong>generação, para tanto, uma outra<br />
forma <strong>de</strong> educar precisa ser acionada, uma capaz <strong>de</strong> possibilitar que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância o<br />
que há <strong>de</strong> natural na criança seja preservado, evitando-se, assim, que se enraíze nesta o<br />
que há <strong>de</strong> artificial, corrompendo-a. Em função disso, po<strong>de</strong>-se observar que o genebrino<br />
ao indicar o que ele <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> os três mestres da educação elenca a Natureza como o<br />
primeiro mestre. Kant leitor <strong>de</strong> Rousseau, no texto Sobre a pedagogia. Ao tratar da<br />
educação da criança, também insistirá que está <strong>de</strong>verá ocorrer em conformida<strong>de</strong> com a<br />
natureza, excluindo-se, por exemplo, instrumentos artificiais ou a inserção <strong>de</strong> hábitos,<br />
sob pena <strong>de</strong>stes arruinarem o que é natural, nessa perspectiva, essa primeira educação é<br />
meramente negativa, uma vez que nada acrescenta <strong>de</strong> novo, permitindo apenas que a<br />
natureza não estorve. Objetiva-se apresentar pontos comuns aos dois filósofos,<br />
apontando ainda <strong>de</strong> que forma essa educação segundo a natureza po<strong>de</strong> contribuir para<br />
que o homem seja livre.<br />
Palavras-chave: Educação; Natureza; Liberda<strong>de</strong>. Rousseau; Kant.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 69<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A TEORIA DO CONHECIMENTO DE KANT: O CONHECIMENTO PURO E<br />
EMPIRICO<br />
Eduardo Lynnik Ribeiro Rodrigues<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão-UFMA<br />
eduardolynnik94@gmail.com<br />
Flavio Luiz <strong>de</strong> Castro Freitas<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão-UFMA<br />
RESUMO: Immanuel Kant (1724 1804) é reputado como o maior filósofo após os<br />
antigos gregos. Nasceu em Königsberg, Prússia Oriental, como filho <strong>de</strong> um artesão<br />
humil<strong>de</strong>; estudou no Colégio Fri<strong>de</strong>ricianum e na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Königsberg, na qual<br />
se tornou professor catedrático. Não foi casado, não teve filhos e nunca saiu da sua<br />
cida<strong>de</strong> natal. Levou uma vida extremamente metódica; conta-se que os habitantes <strong>de</strong> sua<br />
cida<strong>de</strong> acertavam os seus relógios quando o viam sair para passear às 3 h e 30 min da<br />
tar<strong>de</strong>. Sua reflexão filosófica foi muito abrangente pois "todo interesse <strong>de</strong> minha razão<br />
(tanto o especulativo quanto o prático) concentra-se nas três seguintes perguntas: 1. Que<br />
posso saber? 2. Que <strong>de</strong>vo fazer? 3. Que me é dado esperar?" (Kant, 1988, p. 8331. Grifo<br />
no original) O objetivo do trabalho é apresentar sucintamente a resposta kantiana à<br />
primeira <strong>de</strong>ssas três perguntas. A parte mais importante da obra <strong>de</strong> Kant, as publicações<br />
do chamado período crítico, somente aconteceu quando ele já tinha 57 anos. A sua<br />
teoria do conhecimento ou, como se diria em termos atuais, a sua epistemologia aparece<br />
já na primeira obra crítica: Crítica da razão pura (1781). Duas respostas antagônicas à<br />
questão da origem e da possibilida<strong>de</strong> do conhecimento existiam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os antigos gregos:<br />
o racionalismo e o empirismo. Na época <strong>de</strong> Kant o racionalismo dominava no<br />
continente (França, Alemanha, ...); na ilha britânica, o empirismo era hegemônico.<br />
Como exporemos a seguir, para o filósofo na sua fase crítica, as duas concepções eram<br />
insuficientes e problemáticas. O seu esforço epistemológico preten<strong>de</strong>u dar conta da<br />
ciência da época, explicando como foi possível a produção científica, em especial, a<br />
Geometria Euclidiana e a Mecânica Newtoniana.<br />
Palavras-chave: Kante, razão, metódico, reflexão, critico
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 70<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
CONSIDERAÇÃO SOBRE O IDEAL DO BELO NA CRÍTICA DA<br />
FACULDADE DO JUÍZO DE KANT.<br />
Delma <strong>de</strong> Fátima Alves Melo 18<br />
<strong>de</strong>fatima<strong>de</strong>lma@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Flávio Luiz <strong>de</strong> Castro Freitas<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão - UFMA- Pinheiro<br />
A presente comunicação preten<strong>de</strong> explicitar o conceito <strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> beleza tal qual foi<br />
apresentado por Kant na obra Crítica da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juízo. Para tanto, enten<strong>de</strong>mos<br />
que Kant distingue, em meio às suas <strong>de</strong>finições, os significados <strong>de</strong> estética, belo e beleza.<br />
Isso significa que a diferenciação do gosto <strong>de</strong> cada pessoa <strong>de</strong>corre das relações entre as<br />
imagens e os objetos que cada indivíduo aprecia. Mais especificamente, o gosto <strong>de</strong>corre<br />
dos vínculos entre a faculda<strong>de</strong> da imaginação e a representação. Sendo assim, o gosto,<br />
para Kant, é a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajuizamento <strong>de</strong> um objeto ou <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong> representação<br />
mediante uma complacência ou <strong>de</strong>scomplacência in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> todo interesse. Por sua<br />
vez, em termos kantianos, o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> beleza é uma beleza fixada por um conceito <strong>de</strong><br />
conformida<strong>de</strong> a fins objetiva. Esse tipo <strong>de</strong> beleza não pertence a nenhum objeto <strong>de</strong> um juízo<br />
<strong>de</strong> gosto totalmente puro, mas ao <strong>de</strong> um juízo <strong>de</strong> gosto em parte intelectualizado. Sem<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> frisar a advertência kantiana que preconiza a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representar o<br />
i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uma beleza a<strong>de</strong>rente para fins <strong>de</strong>terminados. Nesse caso, uma bela residência,<br />
uma bela árvore ou belo jardim.<br />
Palavras-chave: Kant. Belo. Beleza. Imaginação. Representação.<br />
18<br />
Graduanda do curso <strong>de</strong> Licenciatura em Ciências Humanas, pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão,<br />
Centro Universitário <strong>de</strong> Pinheiro. Habilitação em filosofia. CNPq. Bolsista do Programa Residência<br />
Pedagógica- CAPES. E-mail: <strong>de</strong>fatima<strong>de</strong>lma@gmail.com
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 71<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A PEDAGOGIA DE ROUSSEAU<br />
Simony <strong>de</strong> Sousa Faria<br />
simony.faria@hotmail.com<br />
Orientadora: Profa. Dra. Thais Andrea Carvalho <strong>de</strong> Figueiredo Lopes<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão Departamento <strong>de</strong> Filosofia<br />
RESUMO: O estudo objetivou compreen<strong>de</strong>r a pedagogia <strong>de</strong> Jean Jacques Rousseau.<br />
Rousseau foi consi<strong>de</strong>rado um expoente entre pensadores europeus no século XVIII, e sua<br />
obra inspirou vários âmbitos da socieda<strong>de</strong> no que diz respeito às reformas políticas e<br />
educacionais. Quanto aos pressupostos básicos <strong>de</strong> Rousseau a respeito da educação,<br />
<strong>de</strong>stacava-se a crença na bonda<strong>de</strong> natural do homem. Diante disso, a educação<br />
possibilitaria levar o homem a agir por interesses naturais e não às regras impostas e<br />
artificiais, o que <strong>de</strong>squalificaria o caráter natural do próprio homem <strong>de</strong> agir como dono<br />
<strong>de</strong> si mesmo. A<strong>de</strong>mais, outra caraterística importante <strong>de</strong> Rousseau em relação à educação<br />
natural, era a não aceitação <strong>de</strong> uma pedagogia intelectualizada e formal. Para o filósofo o<br />
homem não era apenas constituído por intelecto, <strong>de</strong>sse modo, suas disposições primárias<br />
como sentido, instinto, emoções e sentimentos, eram dimensões dignas <strong>de</strong> confiança.<br />
Rousseau combateu pressupostos vigentes na época como, por exemplo, que a educação<br />
da criança <strong>de</strong>veria ser direcionada aos interesses dos adultos e da vida adulta. Acentua<br />
concepções em que as crianças são seres com suas próprias características e diante disso,<br />
crianças não <strong>de</strong>veriam ser vistas como uma pessoa adulta, bem como que a educação era<br />
fundamental e necessária para as adaptações, porém acreditava que conhecimento, atitu<strong>de</strong>s<br />
só eram válidos se passassem por transformações, diferentemente do pensamento vigente na<br />
época. Jean Jacques Rousseau afirmava que a educação não vem <strong>de</strong> fora, é a expressão<br />
livre da criança no seu contato com a natureza. Diante do exposto, a pesquisa enfatiza<br />
que, na sua época, Rousseau formulou princípios educacionais e pedagógicos que<br />
permanecem até os dias atuais, principalmente quando afirmava que: “a verda<strong>de</strong>ira finalida<strong>de</strong><br />
da educação era ensinar a criança a viver e apren<strong>de</strong>r a exercer a liberda<strong>de</strong>”. Diante do<br />
supracitado, po<strong>de</strong>-se afirmar, também, que as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Rousseau influenciam diferentes<br />
correntes pedagógicas, principalmente as tendências não diretivas, no século XX.<br />
Palavras-chave: Pedagogia, Transformação, Liberda<strong>de</strong>, Educação.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 72<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
FILOSOFIA INFANTIL: EDUCAÇÃO PARA AS PAIXÕES DE<br />
EMÍLIO DO ROUSSEAU<br />
Valdilene Olive 19 ira Pinto<br />
valdileneoliveira792@yahoo.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Flávio Luiz <strong>de</strong> Castro Freitas<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão – UFMA- Pinheiro<br />
RESUMO: O objetivo do presente trabalho consiste em analisar o processo educacional <strong>de</strong><br />
uma criança sugerido por Rosseau, para tanto será utilizado a obra Emilio ou da Educação,<br />
visando assim, como seria a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino, ensino este que po<strong>de</strong>rá ajudar cada criança,<br />
<strong>de</strong> maneira a não tirar <strong>de</strong>la o prazer <strong>de</strong> ser criança. Para tanto através dos diversos conceitos<br />
contidos na obra iremos enfatizar <strong>de</strong> maneira mais precisa os conceitos do amor em si, que<br />
por sua vez é um amor que não se <strong>de</strong>ixa ser cobrado nem tão pouco se <strong>de</strong>ixa ser exigido<br />
pela socieda<strong>de</strong>, pois tudo o que você como criança adquiriu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascer até se tornar um<br />
homem, foi lhe permitido com liberda<strong>de</strong> e naturalida<strong>de</strong>, sem intervenção do meio social. O<br />
homem natural é tudo para si, ele é uno <strong>de</strong>vido a sua natureza e se torna o ser absoluto, ao<br />
qual a única relação que ele teria e tem é consigo mesmo ou com seu semelhante, esse é o<br />
processo do <strong>de</strong>senvolvimento natural da criança. Para tanto através <strong>de</strong>ssa gran<strong>de</strong> obra<br />
buscaremos <strong>de</strong>monstrar aspectos que estimulem e proporcionem o bom <strong>de</strong>senvolvimento<br />
educacional <strong>de</strong> maneira prazerosa e sem per<strong>de</strong>r a essência enquanto criança, <strong>de</strong>spertando o<br />
interesse à pratica <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento, pois o i<strong>de</strong>al é mostrar o funcionamento <strong>de</strong> uma<br />
criação sem intervenção da socieda<strong>de</strong>.<br />
Palavras– chave: Rousseau. Emílio. Amor em si. Paixões. Educação.<br />
19<br />
Graduanda do curso <strong>de</strong> Licenciatura em Ciências Humanas. Habilitação em Filosofia. Matrícula:<br />
2014065539. E- mail: valdileneoliveira792@yahoo.com Bolsista Residência pedagógica.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 73<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A VELHICE REPRESENTADA NO PALCO E O ANTIGO REGIME<br />
POLÍTICO ATÉ SÉCULO XVIII<br />
Joás <strong>de</strong> Jesus Ribeiro<br />
Instituição: Mestrado Interdisciplinar em Cultura e Socieda<strong>de</strong>/PGcult-UFMA<br />
E-mail: aca<strong>de</strong>mfiloso@hotmail.com<br />
RESUMO: Na Carta à D’Alembert sobre os espetáculos, Rousseau critica a forma <strong>de</strong><br />
representação que idosos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Genebra teriam mediante a exaltação do ridículo<br />
ou <strong>de</strong>sprezo para com aqueles que possuem mais ida<strong>de</strong>s e tradições mais antigas. Ao<br />
ampliar para o sentimento <strong>de</strong> mudanças políticas e sociais do século XVIII, consi<strong>de</strong>ra-se<br />
as implicações que resultaram nas futuras transformações que a Europa e o Oci<strong>de</strong>nte<br />
passaram a partir do rompimento com os antigos regimes políticos. A repulsa pelos<br />
sistemas que caíram a partir do século das Luzes <strong>de</strong>monstra que não foi fácil esse processo<br />
<strong>de</strong> ruptura com a tradição e as novas propostas apresentadas pelo Iluminismo. A<br />
preocupação <strong>de</strong> Jean-Jacques Rousseau, po<strong>de</strong> não apenas ser resumida na questão da<br />
representação teatral, mas numa metáfora para a representação social concernente ao<br />
sentimento político, científico e social. A ausência <strong>de</strong> um referencial após a suplantação<br />
dos antigos costumes, abriu caminho para novos mo<strong>de</strong>los, os quais apresentaram os<br />
mesmo problemas estruturas que a socieda<strong>de</strong> do XVIII tanto questionou, e que inclusive<br />
resultou na Revolução <strong>de</strong> 1789, período que o filósofo não vivenciou, entretanto seus<br />
escritos estavam presentes no sentimento <strong>de</strong> reestruturação <strong>de</strong> novos regimes. Contudo,<br />
seus alertas mal compreendidos por seus opositores se provaram eficazes ao longo prazo<br />
nos eventos históricos que ocorreram. Assim, o que observou o pensador a frente do seu<br />
tempo, posteriormente pô<strong>de</strong> ser percebido por seus leitores e estudiosos. Além <strong>de</strong><br />
consi<strong>de</strong>rar aspectos da cida<strong>de</strong> genebrina, a Carta proporciona uma reflexão sobre os<br />
efeitos das mudanças para os consi<strong>de</strong>rados bons costumes na socieda<strong>de</strong>.<br />
Palavras-chave: Costumes, Iluminismo, Metáfora, Regimes, Representação.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 74<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
UM RELAÇÃO ENTRE REINO DOS FINS ENQUANTO IDEAL, E<br />
SOCIEDADE ÉTICA ENQUANTO POSSIBILIDADE<br />
Matheus Costa e Costa<br />
Bacharel em Teologia - <strong>Seminário</strong> Teológico Batista do Sul do Brasil (2015)<br />
Graduando do curso <strong>de</strong> Licenciatura em Filosofia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão (UFMA)<br />
Membro do grupo <strong>de</strong> estudo e pesquisa interdisciplinar em Kant/UFMA (<strong>GEPI</strong> KANT/UFMA)<br />
E-mail: math.2costa@gmail.com<br />
Orientadora: Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho<br />
RESUMO: Na obra “Fundamentação da metafísica dos costumes” Kant <strong>de</strong>senvolve o<br />
conceito <strong>de</strong> reino dos fins, uma ligação sistemática entre vários seres racionais sob leis<br />
comuns, um reino que tem vista a relação <strong>de</strong>sses seres racionais uns com os outros como<br />
fins, e é compreendido por Kant apenas como um i<strong>de</strong>al. Isto posto, em "A religião nos<br />
limites da simples razão", Kant apresentará a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um estado <strong>de</strong> natureza<br />
ético, entendido aqui como, associação dos homens sob simples leis da virtu<strong>de</strong>, que se<br />
distingue essencialmente da forma e da constituição <strong>de</strong> um estado <strong>de</strong> natureza político,<br />
que está comunitariamente sob leis <strong>de</strong> direito públicas, logo sobre leis da coação. A<br />
presente comunicação tem como objetivo examinar a relação entre o conceito <strong>de</strong> reino<br />
dos fins, entendida que como um i<strong>de</strong>al, e a socieda<strong>de</strong> ética que <strong>de</strong> acordo com Kant po<strong>de</strong><br />
existir em plena comunida<strong>de</strong> política e inclusive consistir em todos os membros <strong>de</strong>la,<br />
como a realização possível no mundo fenomênico <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>al, analisando em que<br />
medida o reino dos fins seria passível também <strong>de</strong> realização, avaliando, assim, as<br />
congruências entre esses conceitos.<br />
Palavras-chave: Kant; Reino dos Fins; Socieda<strong>de</strong> Ética; I<strong>de</strong>al; Ética;
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 75<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
O PROGRESSO DIANTE DO ESPELHO: ROUSSEAU E A CRÍTICA<br />
À ARTE<br />
Adonay Ramos Moreira<br />
Mestrando do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Cultura e Socieda<strong>de</strong> da UFMA<br />
E-mail: fernandodrummond74@yahoo.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Flávio Luiz <strong>de</strong> Castro Freitas<br />
Coautora: Francimil<strong>de</strong>s Carvalho Queiroz<br />
Pós-graduanda em Direito da Família, da Infância e Juventu<strong>de</strong> da UNDB<br />
E-mail: francarvalhoqueiroz@gmail.com<br />
Orientadora: Profa. Dra. Bruna Barbieri Waquim<br />
RESUMO: O entusiasmo <strong>de</strong>spertado pelas ciências e as artes na mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veu-se,<br />
sobretudo, ao alcance que esses conhecimentos propiciaram ao homem <strong>de</strong> então.<br />
Entanto, alguns pensadores foram além <strong>de</strong>sse entusiasmo e apontaram nesse progresso<br />
uma face negligenciada. Entre esses pensadores encontra-se Jean-Jacques Rousseau.<br />
Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar o discurso <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconstrução<br />
<strong>de</strong> tal visão a partir do “Discurso sobre as ciências e as artes”. Para tal, utilizou-se tanto<br />
a leitura sistemática do presente discurso, quanto a leitura comparada <strong>de</strong> outros autores,<br />
tais como Bacon, Pascal, Shakespeare, Cervantes e Da Vinci. Assim, com o olhar do<br />
filósofo genebrino, percebe-se que ante o véu do progresso escon<strong>de</strong>-se a face <strong>de</strong> um<br />
homem alienado <strong>de</strong> sua própria natureza.<br />
Palavras-chave: Filosofia. História. Arte. Ciência. Progresso.
<strong>Seminário</strong> <strong>de</strong> Pesquisa dos <strong>GEPI</strong> Rousseau – Kant UFMA: Página | 76<br />
Política, Estética e Representação em Rousseau e Kant<br />
A PROPOSTA PRAGMÁTICO-DISCURSIVA DE JÜRGEN HABERMAS,<br />
COMO REFORMULAÇÃO DO IMPERATIVO CATEGÓRICO DE<br />
IMMANUEL KANT.<br />
Msc. Rodrigo Iturra Wolff 20<br />
IFMA: Instituto fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.<br />
E-mail: rodrigo.wolff@ifma.edu.br<br />
RESUMO: Esta comunicação preten<strong>de</strong> ter como referência para or<strong>de</strong>nar o<br />
agir, o <strong>de</strong>bate em torno da moral kantiana mediante a conexão Frankfurt/<br />
Königsberg. É no campo da Ética, Moral e Política que propomos<br />
diagnosticar no contexto da contemporaneida<strong>de</strong>, a Ética do Discurso <strong>de</strong><br />
Jürgen Habermas como mote argumentativo, viabilizado pelo agir<br />
comunicativo, para que seja ressonância na contemporaneida<strong>de</strong>, da herança<br />
da filosofia <strong>de</strong> Immanuel Kant no que diz respeito à fundamentação moral<br />
presente no projeto Aufklärung que apoiado na i<strong>de</strong>ia do pressuposto moral<br />
da liberda<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>ntal, fundamenta-se na ética nos universais porém<br />
se contrapõe na perspectiva da legitimida<strong>de</strong> do discurso em Habermas que<br />
se sustenta na ética do discurso. Ruptura ou complementarieda<strong>de</strong>?<br />
Palavras-chave: Ética do discurso, Aufklärung, legitimida<strong>de</strong>.<br />
20<br />
Professor EBTT do Instituto Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão. Graduado em Filosofia pela UFMA - Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão, Especialização em Ética Contemporânea (IESMA- Instituto <strong>de</strong> Educação Superior<br />
do Maranhão) Mestre em Filosofia UFPB-Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba.