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Sutra de Lotus_20_08_12

Buddhist Book of Shakyamuni

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“Honrado pelo Mundo, nós agora gostaríamos <strong>de</strong> contar uma parábola<br />

para esclarecer esse princípio.”<br />

“É como se houvesse uma pessoa que, na sua juventu<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixasse seu<br />

pai e fosse para longe, residindo num país distante, talvez <strong>de</strong>z, vinte ou quase<br />

cinquenta anos.”<br />

“Conforme ele foi envelhecendo, foi tornando-se pobre e necessitado,<br />

correndo nas quatro direções à procura <strong>de</strong> roupa e comida. Ele vagueou<br />

errantemente até que, aci<strong>de</strong>ntalmente, aproximou-se <strong>de</strong> sua terra natal.”<br />

“Seu pai, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, vinha procurando por seu filho, mas em vão. Em<br />

meio à busca, ele fixou-se numa cida<strong>de</strong>. Ali, sua morada era suntuosa, com<br />

ilimitados bens, joias, ouro, prata, lápis-lazúli, corais, âmbar, cristais, pérolas<br />

e outras preciosas joias. Seus celeiros e tesouros estavam abarrotados,<br />

havia muitos empregados, ministros e auxiliares, bem como incontáveis<br />

elefantes, cavalos, carruagens, gado e rebanho <strong>de</strong> ovelhas. O sucesso dos<br />

seus negócios estendia-se a outros países, havendo muitos comerciantes e<br />

mercadores seus.”<br />

“Então, o pobre filho, tendo vagueado por vários vilarejos e passado<br />

através <strong>de</strong> países e cida<strong>de</strong>s, finalmente chegou à cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> seu pai havia<br />

se estabelecido.”<br />

“O pai sempre estivera pensativo em seu filho. Embora eles estivessem<br />

separados por cerca <strong>de</strong> cinquenta anos, ele nunca falou sobre esse assunto<br />

para ninguém, mas simplesmente pon<strong>de</strong>rava sobre ele e, com o coração<br />

cheio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgosto, pensava: ‘Estou velho e <strong>de</strong>crépito. Possuo muitos bens<br />

e riquezas, ouro, prata, gemas preciosas, celeiros e armazéns abarrotados. É<br />

verda<strong>de</strong>iramente uma lástima que eu não tenha um filho! Um dia estarei<br />

prestes a morrer e, quando isto acontecer, minha fortuna será dilapidada e<br />

perdida por não ter ninguém para legá-la’. Isso era porque ele sempre pensava<br />

seriamente sobre seu filho: ‘Se eu pu<strong>de</strong>sse ter meu filho <strong>de</strong> volta, faria<br />

sua a minha fortuna. Tornar-me-ia satisfeito, feliz e não teria mais aflições.’”<br />

“Honrado pelo Mundo, o pobre filho, então, empregando-se como serviçal<br />

aqui e ali, inesperadamente chegou à casa <strong>de</strong> seu pai. Do portão, ele viu<br />

seu pai sentado num trono <strong>de</strong> Leão. Seus pés estavam <strong>de</strong>scansando numa<br />

banqueta cravejada <strong>de</strong> joias, e ele estava circundado reverentemente por<br />

Brahmans, Kshatriyas e magistrados. Colares <strong>de</strong> pérolas reais, avaliados em<br />

milhões, adornavam seu corpo. Aten<strong>de</strong>ntes e criados, segurando abanos<br />

brancos, postavam-se à sua direita e à sua esquerda. Acima <strong>de</strong>le, estava um<br />

dossel cravejado <strong>de</strong> joias sustentando flores e flâmulas pingentes. Águas<br />

fragrantes eram aspergidas no chão, e flores raras eram espalhadas sobre<br />

ele. Objetos preciosos eram enfileirados, entrando e saindo constantemen-<br />

Fé e compreensão<br />

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