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Sutra de Lotus_20_08_12

Buddhist Book of Shakyamuni

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“É como se, por exemplo, houvesse uma longa estrada, com quinhentas<br />

Yojanas <strong>de</strong> comprimento, aci<strong>de</strong>ntada e perigosa, num lugar inóspito e<br />

aterrorizante. Um gran<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>seja viajar por essa estrada<br />

em busca <strong>de</strong> um tesouro <strong>de</strong> joias preciosas. Em meio a eles, há um guia<br />

inteligente, sábio e esclarecido, que conhece bem a estrada, seus trechos<br />

transitáveis e intransitáveis, e que <strong>de</strong>seja conduzir o grupo através <strong>de</strong>sse<br />

caminho difícil.”<br />

“Em meio à viagem, o grupo que ele está conduzindo torna-se fatigado<br />

e <strong>de</strong>seja voltar. Eles dizem ao guia: ‘estamos exaustos e receosos. Não po<strong>de</strong>mos<br />

seguir adiante. É muito longe. Queremos voltar agora.’”<br />

“Seu lí<strong>de</strong>r, que possui muitos expedientes, tem o seguinte pensamento:<br />

‘quão lamentáveis eles são. Como po<strong>de</strong>m renunciar ao gran<strong>de</strong> e precioso<br />

tesouro e <strong>de</strong>sejar voltar?’. Tendo este pensamento, através do po<strong>de</strong>r dos<br />

meios hábeis, ele cria uma cida<strong>de</strong> em meio à estrada perigosa, com trezentas<br />

Yojanas <strong>de</strong> extensão, e lhes diz: ‘Não tenham receio. Não voltem. Fiquem<br />

agora nesta gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> que eu criei especialmente para vocês. Se vocês<br />

entrarem nesta cida<strong>de</strong>, serão felizes e obterão a paz. E, se <strong>de</strong>sejarem prosseguir<br />

em busca do tesouro <strong>de</strong> joias, po<strong>de</strong>rão fazê-lo.’”<br />

“Então, o grupo exausto alegrou-se gran<strong>de</strong>mente, ganhando o que nunca<br />

houvera possuído, dizendo: ‘nós agora escapamos <strong>de</strong>ssa estrada ruim e obtivemos<br />

a felicida<strong>de</strong> e a paz’. Então, o grupo seguiu adiante e entrou na cida<strong>de</strong><br />

fantasma. Pensando que já tinham sido salvos, sentiram-se felizes e em paz.”<br />

“Naquela ocasião, o guia, sabendo que eles estavam <strong>de</strong>scansados e não<br />

mais fatigados, fez a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer, dizendo-lhes: ‘Todos vocês, vamos, sigamos.<br />

O tesouro <strong>de</strong> joias está próximo. A gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> era meramente uma<br />

miragem, algo que criei através da transformação para prover-lhes <strong>de</strong>scanso.’”<br />

“Monges, o Tathagata também é assim. Ele age agora como um gran<strong>de</strong><br />

guia para todos vocês. Ele sabe que os seres viventes abandonariam a<br />

travessia da estrada ruim dos tormentos do nascimento e da morte, que é<br />

aci<strong>de</strong>ntada, difícil e longa.”<br />

“Se os seres viventes ouvirem somente o Veículo do Buda, eles não <strong>de</strong>sejarão<br />

ver o Buda ou se aproximar <strong>de</strong>le. Em vez disso, pensarão: ‘o caminho<br />

do Buda é longo e distante; ele po<strong>de</strong> ser seguido apenas após muito trabalho<br />

e sofrimento’. O Buda sabe que seus pensamentos são débeis e rebaixados.<br />

Quando eles estão no meio do caminho, o Buda usa o po<strong>de</strong>r dos meios<br />

hábeis para pregar dois Nirvanas 63 com o intuito <strong>de</strong> prover-lhes um <strong>de</strong>s-<br />

63. Correspon<strong>de</strong>ntes aos Nirvanas do Ouvinte e do Pratyekabuda, que são os dois veículos menores.<br />

A Parábola da cida<strong>de</strong> fantasma<br />

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