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Casamento Blindado - Renato e Cristiane Cardoso

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endurecido. O divórcio não estava nos planos de Deus. Não era uma opção quando Ele<br />

criou o casamento. No entanto, pelo coração petrificado do ser humano, Ele teve de<br />

tolerar — e até permitir — algo que tanto odeia. Consegue imaginar isso? Quando você<br />

endurece seu coração, nem Deus pode impedir o divórcio! Mas Ele não pode todas as<br />

coisas? Como não evita algo que tanto odeia? E pior: ainda legaliza! Não poderia ter<br />

proibido de uma vez? Deus não é um tirano. Ele respeita nossas escolhas, não vai<br />

invadir nosso coração e nos forçar a mudar. Nem Deus pode lhe ajudar quando você<br />

endurece o coração, que dirá seu cônjuge! Só você pode fazer alguma coisa para evitar o<br />

desastre.<br />

Mas antes você precisa entender o que é um coração de pedra. O que faz endurecer o<br />

coração de uma pessoa? Será que o seu coração está petrificado e você não sabe?<br />

Há muitas coisas que podem endurecer seu coração. Quando falamos de coração, nos<br />

referimos ao centro das emoções e sentimentos. Todo sentimento negativo que não é<br />

devidamente processado e eliminado do coração acaba se tornando pedra. Uma das<br />

principais é o orgulho.<br />

Orgulho é o concreto dos corações. A pessoa orgulhosa é cega aos seus erros. Em<br />

geral, se julga muito humilde e acha que o erro está sempre nos outros. Ela é a vítima<br />

incompreendida, tem alergia a admitir suas falhas, e prefere extrair um dente sem<br />

anestesia a pedir perdão. O orgulhoso, por se achar sempre certo, fica esperando a outra<br />

pessoa se rebaixar e ceder. É incapaz de ver o quão importante para a pessoa ferida é<br />

ver a outra reconhecer o erro e pedir desculpas. Muitos problemas seriam resolvidos se<br />

o orgulhoso apenas dissesse: “Me desculpe, eu errei, não vou mais fazer isso”. Mas<br />

prefere endurecer ainda mais o coração.<br />

Lembro-me de um casal de idosos, cujo casamento foi arranjado quando a moça tinha<br />

quatorze anos. A família, preocupada com o fato de ela ter personalidade muito forte,<br />

acreditava que o casamento seria uma boa forma de “domesticá-la”. Pobre rapaz! Na<br />

primeira briga, já na lua de mel (achou que demoraria mais do que isso?), ele disse uma<br />

bobagem, afirmando que a única mulher que amou na vida foi a namoradinha de<br />

infância, para a qual levava frutas quando tinha seus dez anos de idade. Agredida com<br />

aquela “revelação” descabida, ela guardou por décadas a informação: “ele não me ama e<br />

nunca vai me amar”. Ele, acreditando que ela é que estava errada, nunca pediu perdão.<br />

Ela, sentindo-se agredida, se empenhou em fazer da vida dele um verdadeiro inferno.<br />

O que ganharam com isso? Um casamento em ruínas, uma família despedaçada, anos

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