REVISTA_Abril2019_consciente

identificar opções e alternativas
de resolução numa base
negociativa sólida, por forma
a obter um acordo, que será
elaborado e aceite, e deverá
ser homologado (por um magistrado
judicial ou por um
conservador do registo civil).
De facto, os tempos
modernos exigem caminhos
que promovam o
empowerment, a autodeterminação
dos indivíduos. A filosofia
da mediação baseia-se
sem dúvida no princípio de
que as pessoas envolvidas
num conflito são as que melhor
sabem como resolvê-lo. A
mediação constitui um processo
estruturado, dotado de
informalidade e de flexibilidade,
numa pretensão de win
win situation! Neste ambiente,
ao decidirem por si, existe
um intrínseco comprometimento
e portanto uma maior
probabilidade de serem acordos
mais duráveis e responsáveis.
A MF é um instrumento
que visa a paz das famílias, a
paz pessoal e social, e a procura
do bem-estar das pessoas.
O Mediador Pedro Morais refere
no entanto, que a MF não
tem tido a atenção devida, referindo
a pouca divulgação
da mediação e que muitas
pessoas ainda recorrem ao
tribunal por desconhecimento
deste serviço. Uma fraqueza
que condiciona todo o potencial
da mediação familiar em
particular, mas a mediação de
conflitos no geral. Pedro Morais
refere que os campos de
atuação são infindáveis. A
mediação trabalha o relacionamento
interpessoal por isso
as áreas são enormes. O ideal
seria uma sociedade pautada
por relacionamentos que adotassem
a ideologia da mediação:
cooperação, diálogo, não
dependência da solução em
relação a um terceiro e responsabilidade
de cada um
nas decisões que toma. Até lá
chegarmos seria importante
que a mediação fosse desenvolvida
nas escolas, comunidade
e empresas. Os resultados
seriam benéficos socialmente.
Os conflitos não iriam
terminar mas a forma como
os abordaríamos seria muito
mais satisfatória que a atual
que é pautada essencialmente
pela imposição e não pela cooperação.
Um esforço e investimento
que o IMAP tem concretizado,
desenvolvendo iniciativas
que promovam estas
novas abordagens da mediação,
nomeadamente disponibilizando
formação especializada
nestas áreas.
A mediação é sem
dúvida ainda um diamante
por lapidar. É uma forma
de estar na vida. Imagine uma
sociedade onde se promova a
resolução de conflitos através
da mediação nas escolas, nos
intermináveis conflitos da dinâmica
escolar; nas dinâmicas
familiares – as guerras abertas
entre elementos familiares
e em especial com os nossos
idosos; nas empresas – nas
dinâmicas entre colegas de
trabalho, e entre estes e as
chefias…
O conflito faz parte da nossa vida!
Há que o acolher e transformá-lo em algo positivo!
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