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Analytica 99

Artigo 1 Comparação interlaboratorial como mecanismo de validação de resultados de calibração de manômetros analógicos até 1000 psi Artigo 2 Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR Espectrometria de massas A técnica de ionização por Electrospray na espectrometria de massas Análise de minerais Incerteza em Sistemas de Medição Microbiologia Atualização regulatória sobre suplementos alimentares

Artigo 1
Comparação interlaboratorial como mecanismo de validação de resultados de calibração de manômetros analógicos até 1000 psi
Artigo 2
Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR
Espectrometria de massas
A técnica de ionização por Electrospray na espectrometria de massas
Análise de minerais
Incerteza em Sistemas de Medição
Microbiologia
Atualização regulatória sobre suplementos alimentares

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REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />

ARTIGO 1<br />

Comparação interlaboratorial como mecanismo<br />

de validação de resultados de calibração de<br />

manômetros analógicos até 1000 psi<br />

ARTIGO 2<br />

Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR<br />

R$25,00<br />

Espectrometria de Massas<br />

A técnica de ionização por Electrospray<br />

na espectrometria de massas<br />

E mais:<br />

Análise de minerais, Microbiologia, Metrologia


REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />

EDITORIAL<br />

Estejamos preparados para 2019 com<br />

capacitação e conhecimento<br />

Sem perder o foco, tampouco seu status de revista referência no setor de controle de qualidade<br />

industrial, apresentamos a <strong>Analytica</strong> <strong>99</strong>.<br />

Um dos destaques desta edição é o artigo que apresenta o estudo da comparação interlaboratorial<br />

da calibração de manômetro analógico, verificando a compatibilidade dos resultados de medição na<br />

faixa de 0 a 1.000 psi. Isso é muito importante, tendo em vista o crescente desenvolvimento industrial<br />

e a globalização das relações comerciais, que zelam pela qualidade e eficiência dos processos.<br />

Já na seção de Metrologia, há uma abordagem acerca da temperatura relacionada aos alimentos<br />

e quanto esse dado é importante para a saúde humana. Além disso, são levantadas outras<br />

questões técnicas sobre o tema, incluindo origens das medições e padronizações nesse quesito.<br />

A <strong>Analytica</strong> <strong>99</strong> também apresenta a seção de Microbiologia, cujo tema são os suplementos<br />

alimentares. Nesse artigo são abordados os microrganismos probióticos, que a cada dia têm<br />

adquirido maior relevância para as indústrias farmacêuticas e de suplementos alimentícios, com<br />

implicações para o controle microbiológico de qualidade e o desenvolvimento desses produtos.<br />

Todos os assuntos apresentados pela revista <strong>Analytica</strong> buscam fomentar o setor industrial, principalmente<br />

nas áreas de controle de qualidade, trazendo para os profissionais do segmento a maior<br />

amplitude possível de novidades e inovações. Neste ano em que se espera muito em crescimento<br />

econômico, recomendamos a todos estarem preparados para isso, com capacitação e conhecimento.<br />

Por fim, não deixe de ler nossa agenda, com os eventos que fomentarão o setor neste ano.<br />

Boa leitura!<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Expediente<br />

Realização: DEN Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />

Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />

Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral<br />

3


REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />

REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

ÍNDICE<br />

Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />

Artigo 1 10<br />

03 Editorial<br />

08 Agenda<br />

Comparação Interlaboratorial<br />

como mecanismo de validação<br />

de resultados de calibração de<br />

manômetros analógiocos<br />

até 1000 PSI<br />

Autores:<br />

*Manoel Paulo da Silva Lima 1<br />

**Antonelly Assis Gregorio de Sousa 2<br />

Artigo 2 16<br />

Avaliação dos nutrientes<br />

presentes nas águas do rio<br />

São Joãozinho, PR<br />

Autores:<br />

Thais de Souza Cordeiro<br />

Tanatiana Motyl<br />

José Roberto Caetano da Rocha*<br />

26 Microbiologia<br />

28 Metrologia<br />

32 Espectrometria<br />

de Massa<br />

4<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Análise de Minerais 34<br />

Informe<br />

36 Científico<br />

44 Em foco


Las do Brasil 31<br />

REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Analitica Lab 31<br />

Arena Técnica 41<br />

BCQ 52<br />

FCE Pharma 43<br />

Greiner 47<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Las do Brasil 9<br />

Nova Analítica 2 | 15<br />

Prime Cargo 51<br />

Sartorius 49<br />

Veolia 5<br />

Waters 35<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

6<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />

Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />

Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />

de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />

Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />

Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />

Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Antonelly Assis Gregorio de Sousa, Claudio Kiyoshi Hirai, Eduardo Pimenta de Almeida Melo, José Carlos Valente de Oliveira, José Roberto Caetano da Rocha,<br />

Manoel Paulo da Silva Lima, Oscar Vega Bustillos, Tanatiana Motyl, Thais de Souza Cordeiro e Victor M. Loayza


PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A revista <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos aos autores interessados. Caso sejam necessárias informações adicionais, entre em<br />

contato com a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente a revista <strong>Analytica</strong><br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos de<br />

teses etc. Os editores levarão em consideração<br />

para publicação toda e qualquer<br />

contribuição que possua correlação com<br />

análises industriais, instrumentação<br />

e controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores. Os autores<br />

deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular<br />

aqueles de natureza financeira<br />

relativos a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos<br />

que estejam relacionados com a contribuição<br />

e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o<br />

termo de compromisso assinado por<br />

todos os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação<br />

de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos<br />

em português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave e<br />

keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original,<br />

para uma perfeita reprodução. Se o autor<br />

preferir enviá-las por e-mail, pedimos que<br />

a resolução do escaneamento seja de 300<br />

¬¬¬-dpi, com extensão TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e ser enviados por e-mail, contendo<br />

título, nome e sobrenome completos dos<br />

autores e nome da instituição onde o<br />

estudo foi realizado. Além disso, o nome<br />

do autor correspondente, com endereço<br />

completo, fone/fax e e-mail também<br />

deverão constar, seguidos por Resumo,<br />

Palavras-chave, Abstract, Keywords,<br />

texto (com os tópicos Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão),<br />

Agradecimentos, Referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no<br />

texto com o sobrenome do respectivo<br />

autor, seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

A identificação completa de cada referência<br />

citada no texto deve vir listada<br />

na seção de Referências bibliográficas,<br />

dispostas pelo sobrenome do autor,<br />

seguido da sigla do prenome. Ex.:<br />

CARDOSO, F. H. Na sequência, deverão<br />

constar título e subtítulo do artigo, título<br />

do livro/periódico, volume, número/<br />

fascículo, páginas inicial e final, e ano<br />

(conforme NBR 6023 da ABNT).<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda<br />

não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />

Tendo em vista que a revista, além de sua natureza técnico-científica, tem um perfil comercial, a decisão sobre a<br />

publicação dos artigos também considera as definições nesta área. Além disso, por questões estratégicas, a revista<br />

é bimestral, o que incorre na possibilidade de menos textos serem publicados, considerando uma média de três<br />

artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos, liberando os autores para disponibilizarem seu<br />

material em outras publicações.<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Paolo Enryco – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 – cj. 412 – 01407-000 – São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações, acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

7


agenda<br />

Agenda 2019<br />

8<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

7º Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos<br />

Data: 15 a 17/04/2019<br />

Local: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP - São Carlos / SP<br />

Informações: eventos.abcm.org.br/mecsol2019/<br />

7th Latin American Pesticide Residue Workshop (LAPRW)<br />

Data: 05 a 09/05/2019<br />

Local: Foz do Iguaçu / PR<br />

Informações: contato@laprw2019.com.br | (55) 3220 9458<br />

3º Congresso Brasileiro de Qualidade em Laboratórios<br />

Data: 25 A 29/03/2019<br />

Local: On Line<br />

Informações: bit.ly/2tmN1gR / +55 31 9202-8224 / congresso@lincect.com.br<br />

FCE Pharma<br />

Data: 21 a 23/05/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: fcepharma.com.br<br />

42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química<br />

Data: 27 a 30/05/2019<br />

Local: Centro de Convenções Expoville - Joinville / SC<br />

Informações: sbq.org.br/42ra<br />

Analitica Latin America<br />

Data: 24 a 26/09/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: analiticanet.com.br<br />

30º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />

Data: 06 a 09/10/2019<br />

Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso - Maceió/AL<br />

Informações: sbmicrobiologia.org.br/30cbm2019/<br />

CURSOS<br />

Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />

18/03 a 01/04 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial NBR ISO/IEC 17025<br />

25/03 a 08/04 - Análise e interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />

01/04 a 17/04 - Gestão de riscos e oportunidades<br />

08/04 a 16/04 - Fundamentos da metrologia<br />

08/04 a 18/04 - Validação de métodos de ensaios<br />

15/04 a 26/04 - Avaliação de conformidade<br />

25/03 a 04/04 - Auditoria Interna<br />

Mais informações em: metrologia.org.br


L<br />

o<br />

re<br />

m


artigo 1<br />

REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Comparação Interlaboratorial<br />

como mecanismo de validação<br />

de resultados de calibração de<br />

manômetros analógiocos Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019 até 1000 PSI<br />

Autores:<br />

*Manoel Paulo da Silva Lima 1<br />

**Antonelly Assis Gregorio de Sousa 2<br />

1 Universidade Federal Fluminense - UFF<br />

1 Base Almirante Castro e Silva - BACS<br />

2 Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia - INMETRO<br />

2 Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade - agNSNQ<br />

*contato: manoel.paulo@marinha.mil.br<br />

**gregorio.sousa@marinha.mil.br<br />

oportunamente serão exigidos pela<br />

Agência Naval de Segurança Nuclear<br />

e Qualidade (AgNSNQ) em práticas<br />

dessa natureza.<br />

Palavras-chave: Laboratório. Interlaboratorial.<br />

Calibração. Manômetros.<br />

ABNT NBR ISO/IEC 17025.<br />

ção na<br />

Imagem ilustrativa<br />

10<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Resumo:<br />

Este artigo tem por objetivo apresentar<br />

o estudo da comparação interlaboratorial<br />

da calibração de manômetro<br />

analógico, realizado entre<br />

o laboratório de metrologia da Base<br />

Almirante Castro e Silva (BACS) da<br />

Marinha do Brasil (MB) e um laboratório<br />

de calibração acreditado, designado<br />

como referência, de acordo com<br />

a ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017,<br />

verificando a compatibilidade dos<br />

resultados de medição na faixa de 0<br />

a 1000 psi, utilizando o método de<br />

calibração da comparação direta com<br />

bomba comparativa de pressão, sendo<br />

o desempenho da medição avaliado<br />

pelas técnicas estatísticas do erro<br />

normalizado e z-score.<br />

Com as ressalvas das particularidades<br />

e requisitos dos programas<br />

de comparação interlaboratorial<br />

promovidos por provedores acreditados,<br />

o laboratório da BACS obteve<br />

resultados gerais satisfatórios, com<br />

análises complementares dos comportamentos<br />

dos erros médios em<br />

função da pressão, atingindo requisitos<br />

de maturidade metrológica que<br />

Abstract:<br />

This article intends to show the results<br />

of interlaboratory comparison<br />

of analog pressure gauge calibration,<br />

between the metrology's laboratory<br />

of the Base Almirante Castro<br />

e Silva (BACS) of the Brazilian Navy<br />

(MB) and an accredited calibration<br />

laboratory, designated as reference,<br />

according to ABNT NBR ISO/IEC<br />

17025:2017 verifying the compatibility<br />

of the measurement results in<br />

the range of 0 to 1000 psi, using the<br />

direct comparison calibration method<br />

with pressure pump, the measurement<br />

performance being evaluated<br />

by the statistical techniques of<br />

standard error and z-score.<br />

With the exception of the particularities<br />

and requirements of<br />

the interlaboratorial comparison<br />

programs promoted by accredited<br />

providers, the BACS laboratory obtained<br />

satisfactory general results,<br />

with complementary analyzes of<br />

the behavior of the average errors<br />

as a function of the pressure, reaching<br />

metrological maturity requirements<br />

that will be required by<br />

the Agency in due time Naval Nuclear<br />

Safety and Quality (AgNSNQ)<br />

in practices of this nature.<br />

Key-words: Laboratory. Interlaboratorial.<br />

Calibration. Pressure gauge.<br />

ABNT NBR ISO/IEC 17025.<br />

1. Introdução<br />

Com o crescente desenvolvimento<br />

industrial e a globalização das relações<br />

comerciais, a busca pela qualidade<br />

e eficiência dos processos produtivos<br />

tem exigido o estabelecimento<br />

de requisitos técnicos e de gestão<br />

cada vez mais rigorosos nas fases de<br />

contratação, projeto, desenvolvimento<br />

ou manutenção de produtos.<br />

Para laboratórios de calibração,<br />

os requisitos gerais são estabelecidos<br />

na norma ABNT NBR ISO/IEC<br />

17025:2017, adoção idêntica, em<br />

conteúdo técnico, estrutura e redação,<br />

à ISO/IEC 17025:2017, elaborada<br />

pelo Technical Committee on conformity<br />

assessment (ISO/CASCO), documento<br />

desenvolvido com o objetivo de<br />

promover a confiança na operação de<br />

laboratórios, de modo a permitir que<br />

eles demonstrem que operam competentemente<br />

e que são capazes de<br />

gerar resultados válidos.<br />

Para atendimento ao requisito de<br />

garantia da validade de resultados<br />

(ABNT, 2017), um laboratório de calibração<br />

precisa monitorar periodicamente<br />

a validade dos seus resultados<br />

de calibração. A comparação interlaboratorial<br />

trata-se de um ensaio de<br />

proficiência amplamente utilizado<br />

para calibrações, constituindo de uma<br />

organização, realização e avaliação<br />

de medições nos mesmos ou em


internos de cada laboratório. A figura ilustra também o artefato utili<br />

manômetro analógico classe A2, de 0 a 1000 psi, resolução de 5 psi, f<br />

2. METODOLOGIA<br />

conforme a NBR 14105-1 (ABNT, 2013). Os pontos de medição fora<br />

100, 200, 300, 400, 500, A 600, comparação 700, interlaboratorial 800, 900 e seguiu 1000 as diretrizes psi. para ensaios de pro<br />

itens similares por dois ou mais laboratórios,<br />

de acordo com condições<br />

predeterminadas (ABNT, 2011), sendo<br />

ferramenta essencial para “monitorar<br />

regularmente o desempenho de um<br />

laboratório” (EURACHEM, 2012 apud<br />

SILVA, 2013), além de proporcionar a<br />

identificação de problemas em métodos<br />

utilizados, efetividade de treinamentos<br />

ao pessoal e validação da<br />

incerteza declarada. A recente revisão<br />

da norma 17025, reforça o sentido<br />

de que os ensaios de proficiência são<br />

pilares para garantia da qualidade da<br />

medição.<br />

Nesse sentido, e alinhados aos programas<br />

estratégicos da Marinha do<br />

Brasil (MB), que demandam, além<br />

da capacitação de pessoal e desenvolvimento<br />

de tecnologias, ensaios<br />

e calibrações com confiabilidade<br />

que suportem decisões de projeto,<br />

construção e operação de sistemas<br />

de meios navais com propulsão nuclear,<br />

a Agência Naval de Segurança<br />

Nuclear e Qualidade (AgNSNQ) supervisionará<br />

as respectivas práticas<br />

metrológicas, cujo principal propósito<br />

é elevar a confiabilidade dos ensaios e<br />

calibrações realizador por laboratórios<br />

da MB.<br />

Assim, este artigo tem por objetivo<br />

apresentar o estudo da comparação<br />

interlaboratorial da calibração de manômetro<br />

analógico, realizado entre o<br />

laboratório de metrologia da Base Almirante<br />

Castro e Silva (BACS) da MB,<br />

localizado na Ilha do Mocanguê Grande<br />

– Niterói/RJ, e o laboratório de calibração<br />

CTJ Tecnologia e Confiabilida-de<br />

(designado como referência nesta<br />

comparação), acreditado pela CGCRE<br />

de acordo com Onde: a ABNT NBR ISO/IEC<br />

17025 sob o N° CAL 0477, localizado<br />

na Rodovia Washington Luiz, 14373 –<br />

Duque de Caxias, verificando a compatibilidade<br />

dos resultados de medição<br />

na faixa de 0 a 1000 psi.<br />

Com as ressalvas das particularidades<br />

e requisitos expressos na<br />

NIT-DICLA-026 (INMETRO, 2018),<br />

esse estudo de comparação interlaboratorial<br />

visa a adoção de boas<br />

práticas e a garantia de resultados<br />

confiáveis na calibração de manômetros<br />

dos meios da MB, adequando-se<br />

aos requisitos que serão<br />

exigidos para o reconhecimento de<br />

laboratórios pela AgNSNQ.<br />

De acordo com<br />

análises<br />

a prática<br />

dos dados.<br />

internacional, o desempenho da medição foi<br />

O método de calibração adotado pelos laboratórios foi a comparação direta<br />

estatísticas do erro ao padrão normalizado de cada laboratório, utilizando (OLIVEIRA bomba comparativa et al., de pressão, 2011) e z-score (<br />

conforme ilustrado na figura 1, com dois ciclos completos de carregamento e<br />

2016). Tais métodos descarregamento, são de acordo amplamente com procedimentos internos utilizados de cada laboratório.<br />

A figura ilustra também o artefato utilizado no programa, um manômetro<br />

em avaliações d<br />

resultados de medição (GUIMARÃES et al., 2009).<br />

Figura 1 – Ilustração da calibração do artefato analógico com padrã<br />

Os valores de En 1000 e psi. Z-score foram obtidos pelas equações 1 e 2, respect<br />

En= | Xpart − Xref |<br />

√ Upart 2 al., 2009). (1)<br />

+Uref 2<br />

Zs= | Xpart − Xref |<br />

para tratamento de resultados da NBR ISO/IEC 17043 (ABNT, 2011),<br />

AgNSNQ, por ocasião do início de execução de sua atribuição d<br />

competência de laboratórios na Marinha. A prática consistiu em se<br />

2. Metodologia<br />

A comparação (artefato) interlaboratorial para se-guiu as diretrizes laboratório para ensaios referência de para calibração inicial, seguido da calibração pelo<br />

comparação, preparação e seleção de pontos de m<br />

proficiência e orientações finalizando para tratamento<br />

de resultados comparações da NBR ISO/IEC e análises dos dados.<br />

o programa bilaboratorial com a compilação dos resu<br />

17043 (ABNT, 2011), que será adotada<br />

pela AgNSNQ, por ocasião do<br />

início de execução O método de sua atribuição de calibração adotado pelos laboratórios foi a comparação di<br />

de reconhecimento laboratório, de competência utilizando bomba comparativa de pressão, conforme ilust<br />

de laboratórios dois na Marinha. ciclos A completos prática<br />

consistiu em internos selecionar de o manô-<br />

cada laboratório. A figura ilustra também o artefato utiliz<br />

de carregamento e descarregamento, de acord<br />

metro (artefato) manômetro para a comparação, analógico classe A2, de 0 a 1000 psi, resolução de 5 psi, f<br />

preparação e seleção de pontos de<br />

conforme a NBR 14105-1 (ABNT, 2013). Os pontos de medição fora<br />

medição, transporte ao laboratório<br />

referência para 100, calibração 200, 300, inicial, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 psi.<br />

Figura 1 – Ilustração da calibração do artefato<br />

seguido Figura da calibração 1 – Ilustração pelo laborató-<br />

da calibração analógico com padrão do digital artefato analógico com padr<br />

rio da BACS, finalizando o programa<br />

bilaboratorial com a compilação dos resultados das medições, comparações e<br />

analógico classe A2, de 0 a 1000 psi, resolução de 5 psi, fabricado pela<br />

Ashcroft conforme a NBR 14105-1 (ABNT, 2013). Os pontos de medição<br />

foram pré-definidos em 0, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e<br />

De acordo com a prática internacional, o desempenho da medição foi avaliado<br />

pelas técnicas De acordo estatísticas com do erro a prática normalizado internacional, (OLIVEIRA et al., o desempenho 2011) e da medição foi a<br />

z-score (FRADIQUE; estatísticas INGLÊS, 2016). do erro Tais normalizado métodos são amplamente (OLIVEIRA utilizados et al., 2011) e z-score (F<br />

em avaliações de 2016). compatibilidade Tais métodos de resultados são de amplamente medição (GUIMARÃES utilizados et em avaliações d<br />

resultados de medição (GUIMARÃES et al., 2009).<br />

Os valores de En e Z-score foram obtidos pelas equações 1 e 2, respectivamente:<br />

Os valores de En e Z-score foram obtidos pelas equações 1 e 2, respecti<br />

En= (2)<br />

| Xpart − Xref |<br />

(1)<br />

√ Upart 2 +Uref 2<br />

Onde:<br />

| Xpart − Xref |<br />

Zs=<br />

s<br />

En = Erro normalizado;<br />

En = Erro normalizado;<br />

Xpart: resultado Onde: do erro médio do ponto de medição, obtido pela BACS;<br />

Xpart: resultado do erro de medição, obtido pela BACS<br />

Xref: resultado En do = erro Erro médio normalizado;<br />

ponto de medição, obtido pelo laboratório<br />

Xref: resultado de do referência; erro médio Xpart: resultado ponto do erro de médio medição, do ponto de obtido medição, obtido pelo pela labora BACS<br />

Upart: incerteza Xref: expandida resultado no ponto do de erro medição, médio obtido pela ponto BACS; de medição, obtido pelo laborató<br />

Upart: incerteza Uref: expandida incerteza expandida no no ponto de medição, de medição, obtido pelo laboratório obtido de pela BACS;<br />

(2)<br />

Upart: incerteza expandida no ponto de medição, obtido pela BACS;<br />

referência.<br />

Zs = Z-score;<br />

s: desvio padrão dos erros obtidos no ponto de medição.<br />

O desempenho foi avaliado de acordo com os seguintes critérios:<br />

En ≤ 1,0: resultado satisfatório;<br />

En > 1,0: resultado insatisfatório;<br />

|Zs| ≤ 2,0: resultado satisfatório;<br />

2


12<br />

artigo 1<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

desempenho foi avaliado de acordo com os seguintes critérios:<br />

O desempenho foi avaliado de acordo com os seguintes critérios:<br />

En 1,0: resultado satisfatório;<br />

En ≤ 1,0: resultado satisfatório;<br />

En 1,0: resultado insatisfatório;<br />

En > 1,0: resultado insatisfatório;<br />

|Zs| 2,0: resultado satisfatório;<br />

|Zs| ≤ 2,0: resultado satisfatório;<br />

2


1000,0 <strong>99</strong>5,7 4,6 3,1 0,5 4,6<br />

Pelos critérios de análise do desempenho, o laboratório da BACS obteve resultados<br />

satisfatórios em todos os pontos pelo erro normalizado e resultados não satisfatórios nos<br />

pontos 900 e 1000 psi pelo z-score.<br />

A figura 2 ilustra o gráfico de comportamento dos erros médios em função da pressão, com a<br />

observação de que os resultados obtidos pela BACS estão dentro do intervalo de tolerância<br />

admitida pela classe de exatidão do artefato (ABNT, 2013), tomando por base os erros da<br />

medição de referência.<br />

Figura 22 – Comportamento dos erros médios por por ponto ponto de medição de medição<br />

4. CONCLUSÕES<br />

4. Conclusões<br />

As comparações interlaboratoriais<br />

As comparações interlaboratoriais objetivam avaliar e comparar<br />

Referências<br />

os resultados para uma<br />

objetivam avaliar e comparar os resultados<br />

para uma mesma calibra-<br />

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).<br />

mesma calibração, determinando o desempenho dos laboratórios, ABNT com NBR base 14105-1:2013. num Medidores referencial, de pressão – Parte<br />

além de proporcionar a avaliação das condições da calibração, efetividade 1: Medidores analógicos de treinamentos de pressão com sensor e de elemento<br />

elástico – Requisitos de fabricação, classificação,<br />

ção, determinando o desempenho<br />

prover confiança aos clientes e organismos acreditadores (ILAC, 2008). A iniciativa das<br />

dos laboratórios, com base num<br />

ensaios e utilização. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.<br />

Organizações Militares envolvidas neste estudo está alinhada com Associação as diretrizes Brasileira de estratégicas<br />

Normas Técnicas (ABNT).<br />

referencial,<br />

para<br />

além<br />

a metrologia<br />

de proporcionar<br />

brasileira (CONMETRO, 2017), que visam incentivar ABNT NBR ISO/IEC a implementação 17025. Requisitos gerais depara a competência<br />

de laboratórios de ensaio e calibração. Rio de<br />

a avaliação<br />

novos<br />

das condições<br />

sistemas metrológicos<br />

da calibração,<br />

efetividade de treinamen-<br />

Janeiro: ABNT, 2017.<br />

e a expansão dos existentes nas organizações públicas.<br />

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).<br />

tos e prover<br />

Na<br />

confiança<br />

avaliação<br />

aos<br />

de<br />

clientes<br />

compatibilidade dos resultados de medição pelo ABNT erro NBR normalizado, ISO/IEC 17043. Avaliação nota-se de conformidade<br />

e organismos<br />

que<br />

acreditadores<br />

os resultados<br />

(ILAC,<br />

– requisitos gerais para ensaios de proficiência. Rio de<br />

do laboratório da BACS são confiáveis e satisfatórios, Janeiro: ABNT, haja 2011. vista que todos<br />

2008). A iniciativa<br />

os valores<br />

das<br />

de En<br />

Organizações<br />

Militares envolvidas neste es-<br />

Qualidade Industrial – CONMETRO. Resolução no 01,<br />

são menores que 1,0.<br />

Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e<br />

tudo está alinhada com as diretrizes<br />

estratégicas para a metrologia pelo critério z-score, estes não GUIMARÃES, J. V.; DIAS, M. H. Costa; SANTOS, José<br />

de 26 de julho de 2017. Diretrizes Estratégicas para a<br />

Metrologia Brasileira 2018-2022. 2017. 71 p.<br />

brasileira (CONMETRO, 2017), que ficam inválidos, haja vista a compatibilidade<br />

confirmada pelo erro patibility (EMC) labs in Brazil by measurement compa-<br />

C. A. dos. Proficiency testing of electromagnetic com-<br />

visam incentivar a implementação<br />

risons. Measurement Science and Technology. Vol. 20.<br />

de novos sistemas metrológicos e normalizado e as linhas de tendências<br />

paralelas observadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-<br />

2009. doi:10.1088/0957-0233/20/11/115107.<br />

a expansão dos existentes nas organizações<br />

públicas.<br />

comportamento dos erros médios. logia (INMETRO). NIT-DICLA-021. Expressão da incerteza<br />

de medição por laboratórios de calibração. Rio de<br />

Na avaliação de compatibilidade A operação consistente e as técnicas<br />

apresentadas denotam com-<br />

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-<br />

Janeiro, INMETRO, 2013.<br />

dos resultados de medição pelo<br />

nologia (INMETRO). NIT-DICLA-026. Requisitos para a<br />

erro normalizado, nota-se que os petência e maturidade metrológica Participação de Laboratórios em Atividades de Ensaio<br />

resultados do laboratório da BACS do laboratório da BACS que coadunará<br />

com as futuras exigências da International Laboratory Accreditation Cooperation<br />

de Proficiência. Rio de Janeiro, INMETRO, 2018.<br />

são confiáveis e satisfatórios, haja<br />

(ILAC). Benefícios para Laboratórios que Participam dos<br />

vista que todos os valores de En AgNSNQ.<br />

Programas de Ensaio de Proficiência. Austrália: ILAC,<br />

são menores que 1,0.<br />

2008. Disponível em: < http://www.inmetro.gov.br/<br />

Observando a qualidade das calibrações<br />

através do comportamento Os autores agradecem aos mi-<br />

OLIVEIRA, J. S.; COUTO, P. R. G.; OLIVEIRA, L. H. Para-<br />

5. Agradecimentos<br />

credenciamento/ILACPTPortugeseR.pdf >. Acesso em<br />

04 de outubro de 2018.<br />

dos erros médios em função da litares e civis envolvidos nas calibrações,<br />

a empresa CTJ Tecnolo-<br />

no intervalo de medição de 500 hPa a 1100 hPa. In: VI<br />

guassu de; Nunes, C. da S.; França, S. de C.; Riccomini,<br />

F. R.; Antunes, A. R. S. Comparação de pressão absoluta<br />

pressão, evidencia-se que os resultados<br />

estão contidos no intervalo<br />

de ± 2,5 psi, que representa a e cordialidade, e aos Comandos Do VI Congresso Brasileiro de Metrologia, 2011.<br />

gia e Confiabilidade pela presteza Congresso Brasileiro de Metrologia, 2011, Natal. Anais<br />

SILVA, Mário A. F. da; COSTA, Stella R. R. da; NOGUEImetade<br />

da tolerância admitida pela da Agência Naval de Segurança RA, R.; MOURA, Mário H. de. Causas-raiz de resultados<br />

classe de exatidão do artefato. Nuclear e Qualidade (AgNSNQ) e insatisfatórios em ensaios de proficiência na acreditação<br />

de laboratórios de calibração: diagnóstico de inves-<br />

Apesar dos resultados insatisfatórios<br />

nos pontos 900 e 1000 psi (BACS) pelo incentivo e apoio.<br />

celência em Gestão e Tecnologia, 2013, Rio de<br />

da Base Almirante Castro e Silva<br />

tigações realizadas pelos laboratórios. Simpósio de Ex-<br />

Janeiro.<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

13


Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo: 1<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

artigo 1<br />

comparação interlaboratorial<br />

como mecanismo de validação<br />

de resultados de calibração de<br />

manômetros analógicos até 1000psi.<br />

14<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

DOQ-CGCRE-017<br />

Orientação para realização de calibração de medidores analógicos<br />

de pressão.<br />

Norma publicada em: 04/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma publicada recentemente.<br />

Entidade: INMETRO.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

ABNT NBR ISO/IEC 17025<br />

Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e<br />

calibração<br />

Norma publicada em: 12/2017. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Certificação de produtos e de empresas. Avaliação da conformidade.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Este documento especifica os requisitos gerais para a competência,<br />

imparcialidade e operação consistente de laboratórios.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=384244<br />

NIT-DICLA-026<br />

Requisitos para a Participação de Laboratórios em Atividades de Ensaio<br />

de Proficiência.<br />

Norma publicada em: 03/2018. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Norma publicada recentemente.<br />

Entidade: INMETRO.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

ABNT NBR ISO/IEC 17043<br />

Avaliação da conformidade — Requisitos gerais para ensaios de proficiência<br />

Norma publicada em: 08/2017. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Certificação de produtos e de empresas. Avaliação da conformidade.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma especifica requisitos gerais para a competência de<br />

provedores de ensaio de proficiência e para o desenvolvimento e operação<br />

de programas de ensaio de proficiência. Estes requisitos gerais s e aplicam a<br />

todos os tipos de programas de ensaios de proficiência e podem ser utilizados<br />

como base para requisitos técnicos específicos em campos específicos de<br />

aplicação.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx<br />

ABNT NBR ISO/IEC 14105-1<br />

Medidores analógicos de pressão com sensor de elemento elástico —<br />

Requisitos de fabricação, classificação, ensaios e utilização<br />

Norma publicada em: 03/2013/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Medição de força, peso e pressão.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil<br />

Resumo: Esta parte da ABNT NBR 14105 estabelece os critérios para a<br />

fabricação, classificação, ensaios e utilização dos manômetros, vacuômetros<br />

e manovacuômetros com sensor de elemento elástico para indicação de pressão<br />

e/ou vácuo para uso industrial.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx<br />

FOR-CGCRE-008<br />

Informações sobre a participação do laboratório em atividades de<br />

ensaio de proficiência conforme Nit-Dicla-026.<br />

Norma publicada em: 11/2018 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Entidade: INMETRO.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

NF EN 472<br />

Pressure gauges with electrical limit contact devices<br />

Norma publicada em: 12/1<strong>99</strong>4/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Entidade: AFNOR.<br />

País de procedência/Região: França.<br />

https://www.boutique.afnor.org/standard/nf-en-472/pressure-gauges-vocabulary/article/780815/fa024032<br />

DIN 14421<br />

Pressure gauges (manometer) for fire pumps<br />

Norma publicada em: 04/2017/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-14421/267929410


artigo 2<br />

Avaliação dos nutrientes<br />

presentes nas águas<br />

do Rio São Joãozinho, PR<br />

Autores:<br />

Thais de Souza Cordeiro<br />

Tanatiana Motyl<br />

José Roberto Caetano da Rocha*<br />

Universidade Estaual do Paraná - Campus Paranaguá/Colegiado de<br />

Ciências Biológicas<br />

Contato: jose.rocha@unespar.edu.br<br />

Imagem ilustrativa<br />

16<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Resumo<br />

Com esse estudo avaliou-se os nutrientes presentes nas<br />

águas do rio São Joãozinho, bem como outros parâmetros<br />

físico-químicos que avaliaram a potabilidade e balneabilidade<br />

do referido rio. Esse rio está localizado no município de Pontal<br />

do Paraná, litoral do estado do Paraná. As amostras foram<br />

coletadas em dois períodos distintos do ano (o considerado<br />

de alta temporada e o de baixa temporada) e em nove pontos<br />

do referido rio, sendo que os parâmetros avaliados foram:<br />

nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, fosfato, turbidez, sólidos<br />

totais, pH e temperatura. Na quantificação dos íons utilizou-<br />

-se a técnica espectrofotométrica, especificamente o método<br />

azul de molibdênio para determinar o fósforo e os métodos<br />

de Griess e indofenol para determinar concentrações do elemento<br />

nitrogênio. Os resultados obtidos demonstraram que<br />

o Rio São Joãozinho ainda se encontra preservado da ação<br />

antrópica, devido principalmente ao pouco volume de água<br />

do leito do rio e ao seu difícil acesso.<br />

Palavras-chaves Nutrientes fosfatados, nutrientes<br />

nitrogenados, contaminação antrópica.<br />

Abstract<br />

This study evaluated the nutrients present in the waters<br />

of the São Joãozinho river, as well as other physical and<br />

chemical parameters that evaluated the potability and<br />

balneability of the river. This river is located in the municipality<br />

of Pontal do Paraná, on the coast of the state of Paraná.<br />

The samples were collected in two distinct periods of the<br />

year (considered high season and low season) and in nine<br />

points of the river, and the parameters evaluated were: nitrate,<br />

nitrite, ammoniacal nitrogen, phosphate, turbidity, total solids,<br />

pH and temperature. In the quantification of the ions the<br />

spectrophotometric technique was used, specifically the blue<br />

molybdenum method to determine the phosphorus and the<br />

Griess and indophenol methods to determine nitrogen element<br />

concentrations. The results obtained demonstrated that the<br />

São Joãozinho River is still preserved from anthropogenic<br />

action, mainly due to the low volume of water from its riverbed<br />

and its difficult access.<br />

Key-Words: Phosphates Nutrients, nitrogenous nutrients,<br />

anthropic contamination.


Introdução<br />

Com o passar do tempo, os ecossistemas<br />

aquáticos incorporam<br />

substâncias provenientes de causas<br />

naturais, ou seja, sem nenhuma<br />

contribuição humana. Normalmente<br />

essas concentrações são baixas,<br />

porém mesmo elas alteram o<br />

comportamento químico do corpo<br />

hídrico e seus usos mais relevantes.<br />

Entretanto, por vários fatores,<br />

algumas substâncias são lançadas<br />

intencionalmente em águas superficiais<br />

pela ação do homem, entre esses<br />

fatores se destacam a ocupação<br />

e o uso do solo (REIS; CAVALLET;<br />

ROCHA, 2014). Essa interferência<br />

antrópica produz sérios problemas<br />

na qualidade da água que é utilizada<br />

nas diferentes necessidades<br />

do consumo humano, e assim são<br />

necessárias investigações e investimentos<br />

para a recuperação desse<br />

recurso hídrico atingido (ROCHA;<br />

ROSA; CARDOSO, 2009).<br />

Nesse sentido, em rios e riachos<br />

próximos a esse tipo de atividade<br />

humana ocorre o processo de eutrofização<br />

das águas, devido a introdução<br />

elevada de macro-nutrientes na<br />

manutenção do solo. A eutrofização<br />

desse recurso hídrico é facilmente<br />

observável nas margens do mesmo,<br />

visto que se verifica o excesso de<br />

florações nessas margens, e também<br />

o assoreamento das mesmas<br />

(CUNHA; ROCHA, 2015). Assim o<br />

processo de eutrofização diminui a<br />

penetração de luz solar nas águas<br />

mais profundas, bem como a quantidade<br />

de oxigênio dissolvido nessa<br />

região e por sua vez a diminuição da<br />

diversidade de espécies aquáticas<br />

nesse ambiente hídrico (BRANCO,<br />

1986). Por esse motivo é importante<br />

avaliar o nível desses íons nessas<br />

reservas de águas continentais.<br />

Normalmente o processo de eutrofização<br />

dessas águas superficiais<br />

é desencadeado pelo excesso de nutrientes,<br />

que tenham em sua estrutura<br />

os elementos nitrogênio e fósforo, nas<br />

suas formas solúveis (SMAHA, GOBBI,<br />

2003). Não esquecendo que esses<br />

elementos estão entre os principais<br />

nutrientes que limitam a produtividade<br />

primária de grãos na agricultura,<br />

sendo assim a disponibilidade dos<br />

mesmos também influência a variedade<br />

e abundância dos organismos<br />

aquáticos (MARGUTI; FERREIRA FI-<br />

LHO; PIVELI, 2008).<br />

No caso do nitrogênio, ele chega<br />

aos ambientes aquáticos por três<br />

caminhos específicos: pelas solubilização<br />

de espécies gasosas em<br />

águas provenientes das chuvas, pela<br />

fixação biológica e pela origem alóctone,<br />

ou seja, depósitos realizados<br />

nessa região em que o elemento não<br />

era encontrado, mas foi transportado<br />

pelo recurso hídrico até esse local.<br />

Portanto os níveis de concentração de<br />

suas formas dissolvidas em um corpo<br />

hídrico são influenciados pelo tipo<br />

de vegetação e atividades do mesmo<br />

(FRANÇA; MORAES; ROCHA, 2017).<br />

As principais formas que o elemento<br />

nitrogênio é encontrado nos sistemas<br />

aquáticos são a amônia (NH3), o amônio<br />

(NH4+), o nitrito (NO2-), o nitrato<br />

(NO3-) e as diversas formas orgânicas<br />

dissolvidas e particuladas no seu entorno<br />

(SPIRO; STIGLIANI, 2009).<br />

O elemento nitrogênio, segundo<br />

Reis et al (2006), ocupa posição<br />

de destaque entre os elementos<br />

essenciais ao desenvolvimento de<br />

plantas. Ele está diretamente ligado<br />

a diferentes processos vitais que<br />

são vinculados ao desenvolvimento<br />

de plantas e seres vivos.<br />

Em meio aquático aeróbico prevalece<br />

a espécie mais oxidada do elemento<br />

nitrogênio, ou seja, nitrato (BAIRD,<br />

2008). Durante o processo natural de<br />

nitrificação do íon amônio e sua base<br />

fraca amônia são oxidadas por bactérias<br />

nitrosomonas formando nitrito<br />

e por bactérias nitrobácter formando<br />

o nitrato (BRANCO, 1986). Esse processo<br />

natural é facilitado na presença<br />

de espécies químicas oxidantes, que<br />

normalmente são adicionadas ao<br />

meio ambiente de forma intencional.<br />

Em ambos os casos as constantes de<br />

ionização de ácidos fracos e de bases<br />

fracas, aliado ao Princípio de Le<br />

Chatelier facilitam e promovem esse<br />

processo oxidativo (BROWN; LEMAY;<br />

BURSTEN, 2007).<br />

Já o fósforo é um elemento escasso<br />

na biosfera, porém essencial<br />

para o funcionamento e crescimento<br />

dos organismos vivos, e por sua vez<br />

daqueles presentes nos recursos<br />

aquáticos. Por ocorrer naturalmente<br />

em baixas concentrações, ele<br />

é considerado, em ecossistemas<br />

aquáticos, como o principal fator limitante<br />

de produtividade e por isso<br />

é apontado como um dos maiores<br />

responsáveis pelos processos de<br />

eutrofização (CASSOL et al, 2012).<br />

Devido às consequências da falta<br />

ou do excesso desses nutrientes nos<br />

corpos d'água é importante determinar<br />

as concentrações desses íons que<br />

estão disponíveis. O método oficial<br />

para se determinar a concentração de<br />

nitrito, e o mais frequentemente usado,<br />

é baseado na reação de Griess.<br />

Nesse processo ocorre a reação do<br />

nitrito, em meio ácido, com solução<br />

de sulfanilamida e o dicloridrato de<br />

naftil-1-etilenodiamina, obtendo-se<br />

assim uma solução rósea que apresenta<br />

maior intensidade de luz absorvida<br />

no comprimento de onda 545nm<br />

em relação à luz monocromática que<br />

foi inicialmente incidida na amostra<br />

(GREEN et al, 1982).<br />

Para quantificar o íon nitrato aplica-se<br />

a mesma metodologia utilizada<br />

para quantificar o íon nitrito. Como o<br />

íon nitrato não reage com as espécies<br />

anteriormente citadas, se processa a<br />

prévia redução do nitrato presente na<br />

amostra a nitrito conforme Equação<br />

4 (CORREA; ZACHARIAS; ROCHA,<br />

2016). Esse processo pode acontecer<br />

utilizando diferentes agentes<br />

redutores, no caso específico desse<br />

trabalho foi utilizado o zinco metálico<br />

conforme pode ser observado na<br />

equação 4 (HARRIS, 2001).<br />

O íon NH4+ pode ser determinado<br />

por diferentes metodologias analíticas,<br />

sendo que as mais utilizadas são<br />

as metodologias espectrofotométricas:<br />

método do indofenol (reação de<br />

Berthelot), procedimento de difusão<br />

de gás/indicador ácido-base e do reagente<br />

de Nessler (STANDEN; TALIA-<br />

ARD, 1<strong>99</strong>7; SILVA et al, 2006).<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

17


artigo 2<br />

18<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Autores:<br />

Thais de Souza Cordeiro<br />

Tanatiana Motyl<br />

José Roberto Caetano da Rocha*<br />

(reação de Berthelot), procedimento de difusão de gás/indicador ácido-base e do<br />

reagente de Nessler (STANDEN; TALIAARD, 1<strong>99</strong>7; SILVA et al, 2006).<br />

NO<br />

Zn<br />

NO<br />

NO<br />

(s)<br />

(g)<br />

+ 4H<br />

↔Zn<br />

+ 2H<br />

+ 3e<br />

−<br />

+ −<br />

aq)(3)(<br />

+ 2e<br />

↔NO<br />

↔NO<br />

+ 2H<br />

____________________________________________________________<br />

-<br />

3(aq)<br />

+ H O<br />

+ 2<br />

( aq<br />

+<br />

aq)( s)(<br />

-<br />

↔Zn<br />

+ 2H<br />

O<br />

g)( 2<br />

−<br />

+ −<br />

l)(2 aq)(2)(<br />

+ Zn<br />

+ e<br />

+ H O<br />

l)(<br />

+ NO<br />

+ 2<br />

−<br />

o<br />

aq)(<br />

l)(2)(2<br />

aq<br />

= + 0,96VE Eq.1<br />

0,763V E<br />

Eq.2<br />

= - 1,00V Eq.3 E<br />

= + 0,723V E Eq.4<br />

Já para determinar a concentração do elemento fósforo presente em águas<br />

Já para realiza-se determinar os ensaios a concentração<br />

do elemento fósforo presente em Paranaense e de outros estados em<br />

analíticos por onde aplicando transitam a turistas técnica do estado espectrofotométrica determinações analíticas região (RICE do et<br />

visível em 660nm. Os íons ortofosfatos se combinam com soluções<br />

al, 2012).<br />

de ácido ascórbico,<br />

águas realiza-se os ensaios analíticos visita a esse litoral, além de margearem<br />

diferentes e ácido propriedades nítrico rurais formando da realizados um complexo no pHmetro azul de bancada de<br />

Os ensaios potenciométricos foram<br />

aplicando glicerina, a técnica molibdato espectrofotométrica<br />

na<br />

de amônio<br />

molibdênio<br />

região do visível<br />

que<br />

em<br />

é<br />

660nm.<br />

quantificado<br />

região<br />

quando<br />

litorânea.<br />

se produz uma curva<br />

modelo<br />

analítica<br />

PHS-3E<br />

de<br />

PHTEK<br />

fósforo<br />

após<br />

na<br />

a calibração<br />

do equipamento com solução<br />

Os íons ortofosfatos se combinam<br />

com soluções forma de de ácido fosfato. ascórbico, A glicerina,<br />

luz monocromática Parte Experimental que é incidida em tampão cada pH uma 7,0 e com das solução soluções tampão<br />

padrões<br />

molibdato<br />

produzidas<br />

de amônio e<br />

é<br />

ácido<br />

absorvida, a) Área sendo de estudo que esse processo de absorção<br />

pH 4,0. Já as<br />

obedece<br />

determinações<br />

a Lei<br />

de<br />

de<br />

turbidez<br />

das amostras foram realizadas<br />

nítrico formando um complexo azul de A área de interesse desse estudo<br />

molibdênio Lambert-Beer que é quantificado (MASINI, quando<br />

se produz uma<br />

2008). foi às imediações do Rio São Joãozinho<br />

avaliadas quando o mesmo as concentrações cruza a Rodovia de<br />

no turbidímetro digital portátil TU2106<br />

Nesse<br />

curva<br />

estudo<br />

analítica<br />

foram<br />

de<br />

AKSO,<br />

nutrientes<br />

após a<br />

nitrogenados<br />

calibração equipamento<br />

com solução 0 NTU e poste-<br />

e<br />

fósforo na forma de fosfato. A luz monocromática<br />

fosfatados que é incidida presentes em cada nas águas Ao entorno do Rio da São ponte Joãozinho. posicionada Esse riormente é com um solução dos afluentes 100 NTU.<br />

Engenheiro Argus Thá Heyn (PR-407).<br />

uma das<br />

localizado<br />

soluções padrões<br />

do lado<br />

produzidas<br />

direito do sobre Rio o Guaraguaçú, referido rio foram sendo retiradas que a confluência<br />

Os ensaios<br />

desses<br />

espectrofotométricos<br />

dois rios<br />

é absorvida, sendo que esse processo amostras de oito posições geográficas foram realizados no espectrofotômetro<br />

Latitude UV/Vis SP-22 25 o Biospectro, 86’88’’ sul sendo<br />

de absorção está localizada obedece a Lei no de município Lambert-Beer<br />

diferentes. de Pontal Já do a amostra Paraná de apresentando número<br />

e Longitude<br />

(MASINI, 2008).<br />

48 o 72’38’’ oeste. nove foi O retirada Rio na Guaraguaçú desembocadura é considerado<br />

que todas as medidas<br />

um dos<br />

analíticas<br />

mais<br />

das<br />

Nesse estudo foram avaliadas as do referido rio com o Rio Guaraguaçú.<br />

Paranaense Todos os pontos devido geográficos ao volume estão terminação de água do e das branco, atividades que consistiu<br />

amostras foram precedidas pela de-<br />

concentrações importantes de nutrientes rios do nitrogenados<br />

litoral<br />

pesqueiras<br />

e fosfatados<br />

no<br />

presentes<br />

mesmo<br />

nas<br />

(SATO; descritos ANGULO, na Tabela 1. 2002). A importância da adição dos reativos de avaliar específicos as que<br />

águas do Rio São Joãozinho. Esse b) Metodologia<br />

formam o complexo colorido em água<br />

rio é um características dos afluentes localizado físico-químicas do Todas águas soluções do Rio São utilizadas Joãozinho destilada está no sem fato a adição de que da amostra. tanto<br />

lado direito o Rio do Guaraguaçú, Rio Guaraguaçú, como sendo<br />

que a confluência desses dois ram preparadas com reagentes de amoniacal foi determinada espectro-<br />

o seu nas afluente determinações cruzam analíticas a Rodovia fo-<br />

Engenheiro A concentração Argus Thá do Heyn nitrogênio<br />

rios está (PR-407) localizada que no município é uma das de rodovias grau analítico por onde utilizando transitam água turistas destilada<br />

litoral, para solubilizar além de margearem os mesmos. diferentes a reação propriedades amostra pelo método rurais infotometricamente<br />

do estado Paranaense em 630nm, e de após<br />

Pontal outros do Paraná estados apresentando em visita La-titude 25o86’88’’ sul e Longitude As medidas experimentais foram dofenol (STANDEN; TALIAARD, 1<strong>99</strong>7;<br />

esse<br />

48o72’38’’ da região oeste. O litorânea. Rio Guaraguaçú realizadas no Laboratório de Avaliação<br />

dos Impactos Ambientais de nitrogênio na forma de nitrato e ni-<br />

SILVA et al, 2006). As concentrações<br />

é considerado um dos mais importantes<br />

rios do litoral Paranaense devido da Região de Paranaguá (LAVIMA) trito foram determinadas pelo método<br />

ao volume PARTE de água EXPERIMENTAL<br />

e das atividades com temperatura de 23±2oC. de Griess em 545nm (GREEN et al,<br />

pesqueiras a) no mesmo Área de (SATO; estudo ANGU- Os métodos analíticos realizados<br />

para determinar quantitati-<br />

íon nitrato ocorreu após a sua redução<br />

1982), sendo que a determinação do<br />

LO, 2002). A importância de avaliar<br />

as características A físico-químicas área de interesse das vamente desse os estudo íons dissolvidos foi às imediações nas a nitrito do utilizando Rio São zinco Joãozinho em pó (CORáguas<br />

quando Rio São o Joãozinho mesmo cruza está no a Rodovia águas do Engenheiro Rio São Joãozinho, Argus bem Thá Heyn REA; ZACHARIAS; (PR-407). ROCHA, Ao entorno 2016).<br />

fato de que tanto o Rio Guaraguaçú, como para avaliar parâmetros físicos<br />

o referido são aqueles rio foram considerados retiradas amostras fósforo foi determinada oito posições espectrofo-<br />

A forma inorgânica do elemento<br />

como da o seu ponte afluente posicionada cruzam a Rodovia<br />

geográficas Engenheiro Argus diferentes. Thá Heyn Já a oficiais amostra por de entidades número nove que reali-<br />

foi retirada tometricamente na desembocadura pelo método azul do de<br />

sobre<br />

(PR-407) que é uma das rodovias zam monitoramento ambiental ou molibdênio em 660nm (MASINI, 2008).<br />

referido rio com o Rio Guaraguaçú. Todos os pontos geográficos estão descritos na<br />

Tabela 1.<br />

o<br />

o<br />

o<br />

= +


Resultados e<br />

Discussão<br />

O primeiro ensaio analítico realizado<br />

foi a medição dos valores<br />

de temperatura da amostra e os<br />

valores de temperatura do ar logo<br />

acima da amostra. Assim é possível<br />

indicar se está ocorrendo algum<br />

processo antrópico no local. Pois<br />

quanto mais próximo do equilíbrio<br />

entre as duas temperaturas menor<br />

é a possibilidade do fato. Na tabela<br />

2 são apresentados esses valores<br />

de temperatura, onde se percebe<br />

que a maior diferença é de 3oC.<br />

Os resultados dos ensaios gravimétricos<br />

realizados, para determinar a<br />

concentração de resíduos sólidos dissolvidos,<br />

estão representados na Tabela<br />

3. Por eles se percebe que esses<br />

valores estão abaixo dos valores preconizados<br />

pela Resolução 357/2005<br />

do Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />

(CONAMA). Nessa resolução<br />

o Conselho indica que, para esse tipo<br />

de recurso hídrico, os valores de resíduos<br />

sólidos dissolvidos não devem<br />

exceder a 500mg L-1. Demonstrando<br />

assim que nesse parâmetro físico-<br />

-químico o Rio São Joãozinho está<br />

dentro da normalidade.<br />

Ao observar os resultados analíticos<br />

apresentados na Figura 1, se percebe<br />

que todos os resultados obtidos<br />

em relação à concentração do íon fosfato,<br />

nas amostras de água do Rio São<br />

Joãozinho, estão acima da concentração<br />

máxima estabelecida pela Resolução<br />

357/2005 do CONAMA, ou seja,<br />

acima de 0,15mg L-1 do elemento<br />

fósforo na forma de fosfato. O resultado<br />

de maior concentração observado<br />

apresentou valor de quase 20 vezes<br />

acima do limite máximo estabelecido<br />

pela referida resolução. Verifica-se<br />

ainda que os valores da concentração<br />

de fósforo que foram obtidos durante<br />

a alta temporada são ligeiramente<br />

menores do que aqueles observados<br />

na baixa temporada. Provavelmente<br />

devido ao fato que nesse período do<br />

ano ocorrem maiores precipitações<br />

de água e desta forma maior diluição<br />

dos recursos hídricos avaliados. Já na<br />

época de baixa temporada o volume<br />

de precipitação de chuvas é menor e<br />

assim ocorre o aumento na concentração<br />

desse íon nessas águas continentais.<br />

Esses valores extremamente<br />

altos já foram percebidos por outros<br />

autores, sendo que os mesmo sugerem<br />

que o processo de contaminação<br />

está centrado na Gestão de Descarga<br />

de fertilizantes do Porto de Paranaguá<br />

é deficitário e arcaico. A Baía de<br />

Paranaguá recebe essa carga alta de<br />

fertilizante que são transferidos para<br />

os diferentes rios do litoral através do<br />

processo de marés.<br />

Além do elemento fósforo, outro<br />

parâmetro que apresentou valores<br />

diferentes daqueles estimados pela<br />

Resolução 357/2005 do CONAMA<br />

foi o pH, sendo que os mesmos estão<br />

representados na Figura 2. Percebe-<br />

-se que em ambos os períodos de<br />

amostragem os valores de pH estão<br />

abaixo da norma estabelecida para<br />

corpos hídricos da classe 3, ou seja,<br />

aqueles destinados para o consumo<br />

humano, após tratamento convencional<br />

ou avançado; para irrigação<br />

de culturas arbóreas, cerealíferas e<br />

forrageiras; para a pesca amadora;<br />

para a recreação de contato secundário;<br />

e também para eliminar a sede<br />

de animais cujo habitat é no entorno<br />

do referido recurso hídrico (BRASIL,<br />

2005). Esse resultado pode estar<br />

relacionado com a concentração<br />

de matéria orgânica dissolvida nas<br />

águas desse rio. Embora não foram<br />

realizados testes para determinar<br />

essa concentração é visível a presença<br />

dessas substâncias quando se<br />

observa a coloração dessas águas.<br />

Os valores de concentração de nitrogênio<br />

amoniacal são apresentados<br />

na Figura 3. Neles se percebe que<br />

esses valores se apresentam abaixo<br />

da especificação máxima estabelecida<br />

pela Resolução No 357/2005<br />

CONAMA, ou seja, 3,7mg L-1 de [N<br />

- NH4+] para águas cujos valores de<br />

pH sejam inferiores a 7,5. Observa-<br />

-se que durante a alta temporada a<br />

concentração de nitrogênio amoniacal<br />

é menor do que no período de<br />

baixa temporada. Esse fato é explicado<br />

pelas mesmas ocorrências<br />

relacionadas as concentrações de<br />

fosfato, ou seja, período do ano onde<br />

ocorrem os maiores valores de precipitação<br />

das chuvas.<br />

Outro fato importante relacionado<br />

com as concentrações de nitrogênio<br />

amoniacal são os valores de pH<br />

das amostras avaliadas. Se percebe<br />

que quanto maiores são os valores<br />

da concentração de nitrogênio<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

19


artigo 2<br />

Autores:<br />

Thais de Souza Cordeiro<br />

Tanatiana Motyl<br />

José Roberto Caetano da Rocha*<br />

20<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

amoniacal, menores são os de pH<br />

observados. Esse evento se explica<br />

pelo processo de solubilização do gás<br />

amônia (NH3) e posterior formação do<br />

íon amônio (NH4+). Em seguida o íon<br />

amônio sofre hidrólise liberando íons<br />

H3O+ fazendo com que o pH do ambiente<br />

em estudo apresente valores<br />

mais baixos (REIS et al, 2015).<br />

Nas amostras retiradas dos oito<br />

pontos geográficos do Rio São Joãozinho<br />

não foram detectadas a presença<br />

dos íons nitrito e nitrato. Já<br />

na amostra retirada da nona posição<br />

geográfica, ou seja, a amostra retirada<br />

na confluência do Rio São Joãozinho<br />

com o Rio Guaraguaçu não somente<br />

se detectou, mas também foi possível<br />

quantificar essas concentrações.<br />

Mesmo assim os valores de nitrato e<br />

de nitrito obtidos durante as análises<br />

dessas amostras estão muito abaixo<br />

dos valores máximos permitido na Resolução<br />

No 357/2005 do CONAMA. A<br />

concentração de nitrito encontrada<br />

nessas águas foi de 3% dos valores<br />

estabelecidos na Resolução CONA-<br />

MA. Enquanto que a concentração<br />

de nitrato determinada analiticamente<br />

pelo método de Griess, com pré redução<br />

a nitrito utilizando zinco em pó,<br />

foi de 7,7% dos valores estabelecidos<br />

pela mesma Resolução Normativa. A<br />

presença desses íons na confluência<br />

dos dois rios pode estar ligada ao<br />

fato de que o Rio Guaraguaçú recebe<br />

águas de outros rios que sofrem<br />

maior degradação ambiental. Assim é<br />

possível avaliar que o Rio São Joãozinho<br />

está ainda preservado em relação<br />

ao Rio Guaraguaçú.<br />

Os resultados dos ensaios turbidimétricos<br />

são apresentados na Figura<br />

4. Com eles se percebe que os valores<br />

deste parâmetro em ambas as amostragens<br />

estão dentro da normalidade.<br />

Conclusões<br />

Avaliando os resultados analíticos<br />

obtidos da concentração do elemento<br />

fósforo se percebe que as mesmas<br />

estão acima dos limites estabelecidos<br />

pela Resolução 357/2005 do CONA-<br />

MA. Essa ocorrência denota que os<br />

valores não podem ocorrer devido a<br />

algum processo de lixiviação de recursos<br />

naturais de fosfato. Caso esse<br />

fosse o fato as concentrações seriam<br />

constantes durante o ano ou ainda os<br />

valores mais altos estariam no período<br />

da alta temporada onde ocorre maior<br />

processo de precipitação de chuvas.<br />

Nos resultados obtidos das determinações<br />

analíticas se percebeu que<br />

as concentrações são mais elevadas<br />

justamente na época do ano em que<br />

ocorre menor processo de precipitação<br />

de águas. Assim acredita-se que<br />

o processo está mais ligado a contaminação<br />

de fertilizantes na Baía de<br />

Paranaguá e Antonina, com posterior<br />

carreamento para as águas continentais<br />

através do ciclo de marés.<br />

Avaliando todos os resultados analíticos,<br />

com exceção do fósforo, pode se<br />

afirmar que o Rio São Joãozinho está<br />

preservado ambientalmente. Este fato<br />

é explicado pelo pouco volume de<br />

água do mesmo, e dessa forma o Rio<br />

São Joãozinho não é navegável. Outro<br />

fato que auxilia nesse estado de conservação<br />

está ligado ao difícil acesso<br />

ao mesmo, são poucos os locais que<br />

existem plantações e que o mesmo<br />

cruza alguma rodovia.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem a UNESPAR<br />

- Campus Paranaguá pelo apoio e auxílios<br />

constantes, e a Fundação Araucária<br />

pelo aporte financeiro da bolsa<br />

de iniciação cientifica.<br />

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sobre a classificação dos corpos de<br />

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o seu enquadramento, bem como<br />

estabelece as condições e padrões de<br />

lançamento de efluentes, e dá outras<br />

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using sequential injection analysis.<br />

<strong>Analytica</strong> Chimica Acta, Vol. 344, n. 3,<br />

p. 281-289, 1<strong>99</strong>7<br />

FIGURA 1<br />

FIGURA 2<br />

concentração do elemento fósforo, Figura na forma 1 de - Resultados fosfato, pelo da concentração do elemento fósforo, na forma de fosfato, pelo<br />

libdênio. Foi utilizado Figura o espectrofotômetro 1 - Resultados Figura 2 - UV/Vis Resultados da concentração SP-22 dos valores do de elemento pH medidos fósforo, com o pHmetro na forma de bancada de fosfato, modelo pelo método de azul de molibdênio. Foi<br />

método de azul de molibdênio. Foi utilizado o espectrofotômetro UV/Vis SP-22<br />

as amostras retiradas utilizado em 9 posições o espectrofotômetro PHS-3E geográficas PHTEK do nas Rio UV/Vis amostras São SP-22 retiradas Biospectro das nove para posições analisar geográficas amostras do Rio São retiradas em 9 posições geográficas do<br />

odos diferentes do Rio ano. São • período Joãozinho Biospectro<br />

de Joãozinho baixa em temporada dois para<br />

dois períodos<br />

analisar<br />

de<br />

diferentes<br />

as amostras do ano.<br />

retiradas • Período período de de em<br />

baixa 9<br />

temporada<br />

posições de<br />

geográficas de turistas do nas Rio praias São Paranaenses.<br />

ias Paranaenses. • Período período de alta Joãozinho temporada. turistas em nas dois praias períodos Paranaenses. diferentes • período do de ano. alta temporada. • período de baixa temporada de<br />

turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

21


artigo 2<br />

FIGURA 2<br />

Autores:<br />

Thais de Souza Cordeiro<br />

Tanatiana Motyl<br />

José Roberto Caetano da Rocha*<br />

FIGURA 2<br />

FIGURA 2<br />

Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada mode<br />

PHS-3E PHTEK nas amostras retiradas das nove posições geográficas do Rio São<br />

Joãozinho em dois períodos diferentes do ano. • período de baixa temporada de<br />

turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />

Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos FIGURA com o 3 pHmetro de bancada modelo<br />

Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo<br />

PHS-3E<br />

PHS-3E<br />

PHTEK<br />

PHTEK<br />

nas<br />

nas amostras<br />

amostras<br />

retiradas<br />

retiradas<br />

das nove<br />

das<br />

posições<br />

nove<br />

geográficas<br />

posições<br />

do<br />

geográficas<br />

Rio São<br />

do Rio São<br />

Joãozinho em em dois períodos diferentes do ano. do • período ano. de • período baixa temporada de baixa de temporada de<br />

turistas nas praias Paranaenses. • período<br />

•<br />

de<br />

período<br />

alta temporada.<br />

de alta temporada.<br />

Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo PHS-3E PHTEK nas amostras<br />

retiradas das nove posições geográficas do Rio São Joãozinho em dois períodos diferentes do ano. Período de<br />

baixa temporada de turistas nas praias Paranaenses. Período de alta temporada.<br />

FIGURA 2<br />

FIGURA 2<br />

22<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Figura 3 - Resultados da concentração do nitrogênio amoniacal pelo método azul de indofenol. Foi utilizado o espectrofotômetro<br />

UV/Vis SP-22 Bioespectro para analisar as amostras Joãozinho retiradas em dois em períodos nove posições diferentes geográficas do ano. • período do de Rio baixa São temporada Joãozinho de<br />

PHS-3E PHTEK nas amostras retiradas das nove posições geográficas do Rio São<br />

em dois períodos do ano. Período de baixa temporada de turistas nas praias Paranaenses. Período de alta temporada.<br />

Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo<br />

PHS-3E PHTEK nas amostras retiradas das nove posições geográficas do Rio São<br />

Joãozinho em dois períodos diferentes do ano. • período de baixa temporada de<br />

turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />

Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo<br />

Figura 3 - Resultados da concentração turistas do nas nitrogênio praias Paranaenses. amoniacal • período de pelo alta temporada. método azul<br />

de indofenol. Foi utilizado o espectrofotômetro UV/Vis SP-22 Bioespectro para<br />

analisar as amostras retiradas em nove posições geográficas do Rio São Joãozinho em<br />

dois períodos do ano. • período de baixa temporada de turistas nas praias<br />

Paranaenses. • período de alta temporada.


FIGURA 4<br />

FIGURA 4<br />

FIGURA 4<br />

Figura 4 - Resultados dos valores de turbidez. Para tanto foi utilizado o turbidímetro<br />

Figura 4 - Resultados dos valores de turbidez. Para tanto foi utilizado o turbidímetro<br />

Figura 4 - Resultados dos valores de turbidez. Para tanto digital foi portátil utilizado TU2106 o turbidímetro AKSO para analisar digital as portátil amostras TU2106 retiradas AKSO em nove para posições<br />

analisar as amostras retiradas em nove posições geográficas geográficas do Rio do São Rio São Joãozinho em em dois dois períodos do ano. • Período período de baixa<br />

baixa temporada de turistas nas praias Paranaenses. Período temporada de alta de temporada. turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />

Figura digital 4 portátil - Resultados TU2106 AKSO para dos analisar valores as amostras de turbidez. retiradas em nove Para posições tanto foi utilizado o turbidímetro<br />

geográficas do Rio São Joãozinho em dois períodos do ano. • período de baixa<br />

digital<br />

temporada<br />

portátil<br />

de turistas<br />

TU2106<br />

nas praias<br />

AKSO<br />

Paranaenses.<br />

para<br />

• período<br />

analisar<br />

de alta temporada.<br />

as amostras retiradas em nove posições<br />

geográficas do Rio São Joãozinho em dois períodos do ano. • período de baixa<br />

temporada de turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />

̶ Tabela 1 Posição geográfica dos pontos de coleta no Rio São Joãozinho e Rio<br />

Guaraguaçú.<br />

Pontos de<br />

Identificação<br />

Localização<br />

Amostragem<br />

Sul Oeste<br />

1 Rio São Joãozinho 25,664530 48,518508<br />

2 Rio São Joãozinho 25,664888 48,518452<br />

3 Rio São Joãozinho 25,664917 48,518771<br />

4 Rio São Joãozinho 25,664925 48,518238<br />

5 Rio São Joãozinho 25,665014 48,518639<br />

6 Rio São Joãozinho 25,665047 48,518726<br />

7 Rio São Joãozinho 25,664853 48,518730<br />

8 Rio São Joãozinho 25,664770 48,518821<br />

9 Rio Guaraguaçú 25,860880 48,720380<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

23


artigo 2<br />

6 Rio São Joãozinho 25,665047 48,518726<br />

7 Rio São Joãozinho 25,664853 48,518730<br />

8 Rio São Joãozinho 25,664770 48,518821<br />

Autores:<br />

9 Rio Guaraguaçú 25,860880 48,720380 Thais de Souza Cordeiro<br />

Tanatiana Motyl<br />

José Roberto Caetano da Rocha*<br />

Tabela 2 ̶ Representação dos resultados de temperatura da água e do ar próximo ao<br />

de<br />

Amostragem<br />

leito do rio, para tanto foi utilizado um termômetro de bulbo de mercúrio.<br />

Pontos Baixa Temporada Alta Temporada<br />

Temperatura Temperatura Temperatura<br />

da Amostra / do da Amostra /<br />

o<br />

C<br />

Ar / o C<br />

o<br />

C<br />

Temperatura<br />

do Ar / o C<br />

1 19,5 19,0 22,0 24,0<br />

2 19,5 19,0 22,0 23,0<br />

3 19,0 20,0 22,0 24,0<br />

4 19,5 20,0 22,0 24,0<br />

5 19,5 21,0 22,0 23,0<br />

6 19,5 20,5 22,0 24,0<br />

7 19,5 20,0 22,0 23,0<br />

8 19,5 20,5 22,0 24,0<br />

9 20,0 23,0 21,0 22,0<br />

24<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

̶ Tabela 3 Representação dos resultados obtidos gravimetricamente de resíduos totais<br />

dissolvidos nas amostras retiradas dos nove pontos de amostragem do Rio São<br />

Joãozinho.<br />

Pontos de Baixa Temporada Alta Temporada<br />

Amostragem Média de resíduos / mg L -1 Média de resíduos / mg L -1<br />

1 47,3 78,0<br />

2 111,7 94,9<br />

3 141,6 116,0<br />

4 97,5 83,7<br />

5 73,5 79,5<br />

6 140,7 171,0<br />

7 153,4 91,7<br />

8 167,9 110,8<br />

9 280,2 85,6


Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo: 2<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

artigo 2<br />

Avaliação dos nutrientes PRESENTES<br />

NAS ÁGUAS DO RIO SÃO JOÃOZINHO, PR<br />

ISO 20468-1<br />

Guidelines for performance evaluation of treatment technologies for<br />

water reuse systems -- Part 1: General<br />

Norma publicada em: 11/2018/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Qualidade da água em geral.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça<br />

Abstract: This document gives guidelines on performance evaluation of treatment<br />

technologies for water reuse systems. It provides typical parameters<br />

of water quality and treatment efficiency that are associated with the performances<br />

of treatment technologies. It also includes a comparison of measured<br />

and target values, and provides treatment technology functional requirements<br />

and non-functional requirements.<br />

https://www.iso.org/standard/68137.html<br />

ISO 20469<br />

Guidelines for water quality grade classification for water reuse<br />

Norma publicada em: 11/2018/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Qualidade da água em geral.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DOS NUTRIENTES PRESENTES NAS ÁGUAS DO RIO SÃO<br />

JOÃOZINHO, PR.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça<br />

Abstract: This document provides guidelines for water quality grade classification<br />

to help users determine the suitability and quality of the reclaimed<br />

water for safe non-potable reuse applications, based on the level of exposure.<br />

The intention is to enable the water quality grade to be identified at the point<br />

of use.<br />

https://www.iso.org/standard/68138.html<br />

ISO 20468-1<br />

Water reuse in urban areas -- Guidelines for centralized water reuse<br />

system -- Part 1: Design principle of a centralized water reuse system<br />

Norma publicada em: 02/2018/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Qualidade da água em geral.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça<br />

Abstract: ISO 20760-1 provides guidelines for the planning and design of<br />

centralized water reuse systems and water reuse applications in urban areas<br />

https://www.iso.org/standard/68987.html<br />

ISO 20670<br />

Water reuse -- Vocabulary<br />

Norma publicada em: 12/2018/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Qualidade da água em geral. Meio Ambiente. Proteção da<br />

saúde. Segurança.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Artigo: AVALIAÇÃO DOS NUTRIENTES PRESENTES NAS ÁGUAS DO RIO SÃO<br />

JOÃOZINHO, PR.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça<br />

Abstract: This document defines terms and definitions commonly used in<br />

water reuse standards.<br />

https://www.iso.org/standard/68987.html<br />

ASTM D 6146<br />

Standard Guide for Monitoring Aqueous Nutrients in Watersheds<br />

Norma publicada em: 01/1<strong>99</strong>7/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Exame de água para substâncias químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: USA<br />

Abstract: This guide is intended to provide general guidance on a watershed<br />

monitoring program directed toward the plant nutrients nitrogen and phosphorus.<br />

The guide offers a series of general steps without setting forth a specific<br />

course of action. It gives assistance for developing a monitoring program but<br />

not a program for implementing measures to improve water quality.<br />

https://www.astm.org/Standards/D6146.htm<br />

DIN 4047-1<br />

Water engineering of agricultural lands - Terms - Part 1: General terms<br />

Norma publicada em: 12/2015/ Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-4047-1/242953441<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

25


Microbiologia<br />

Suplementos alimentares: atualização<br />

Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />

26<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Segundo a Anvisa, são produtos<br />

apresentados em formas farmacêuticas<br />

para ingestão oral com o<br />

objetivo de suplementar a alimentação<br />

com nutrientes, substâncias<br />

bioativas, enzimas ou probióticos.<br />

A categoria de suplementos alimentares<br />

foi criada para: contribuir<br />

para o acesso da população a suplementos<br />

alimentares seguros e<br />

de qualidade; reduzir o desnível de<br />

informações existente no mercado,<br />

principalmente, as alegações sem<br />

comprovação científica; facilitar<br />

o controle sanitário e a gestão do<br />

risco e eliminar obstáculos desnecessários<br />

à comercialização e à<br />

inovação do setor.<br />

Os suplementos alimentares têm<br />

como finalidade fornecer nutrientes,<br />

substâncias bioativas, enzimas<br />

ou probióticos à alimentação de indivíduos<br />

saudáveis. Já os medicamentos<br />

têm finalidade terapêutica<br />

ou medicamentosa comprovada,<br />

ou seja, são produtos destinados a<br />

prevenir, tratar ou curar doenças ou<br />

mitigar seus sintomas.<br />

O marco regulatório para suplementos<br />

alimentares está em<br />

vigor desde 27 de julho de 2018.<br />

A contar desta data, os produtos<br />

que já estavam no mercado devidamente<br />

regularizados terão 5<br />

anos para adequação. Os novos<br />

produtos devem se adequar à resolução<br />

imediatamente.<br />

O marco regulatório de suplementos<br />

alimentares é formado pela RDC<br />

nº 243/2018, que criou a categoria<br />

de suplementos alimentares e dispôs<br />

sobre os requisitos sanitários; a<br />

RDC nº 239/2018, que estabelece<br />

os aditivos alimentares e coadjuvantes<br />

de tecnologia autorizados para<br />

uso em suplementos alimentares; e<br />

a Instrução Normativa 28/2018, que<br />

estabelece as listas de constituintes,<br />

de limites de uso, de alegações e de<br />

rotulagem complementar dos suplementos<br />

alimentares.<br />

Além disso, a RDC nº 240/2018<br />

alterou a RDC nº 27/2010, para estabelecer<br />

categorias de suplementos<br />

alimentares isentos e com obrigatoriedade<br />

de registro sanitário, a<br />

RDC nº 241/2018 estabeleceu os<br />

requisitos para comprovação da<br />

segurança e dos benefícios à saúde<br />

dos probióticos para uso em alimentos,<br />

e a RDC nº 242/2018 alterou<br />

a legislação de medicamentos<br />

específicos para torná-la coerente<br />

com o novo marco regulatório de<br />

suplementos alimentares.<br />

Neste artigo, artigo abordaremos<br />

os microrganismos probióticos que<br />

tem adquirido a cada dia maior relevância<br />

para as indústrias farmacêuticas<br />

e de suplementos alimentícios,<br />

com implicações para o controle<br />

microbiológico de qualidade e no<br />

desenvolvimento destes produtos.<br />

Os microrganismos probióticos de<br />

acordo com a definição dada pela<br />

Food and Agriculture Organization<br />

of the United Nations (FAO) e Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS)<br />

são descritos com aqueles que se<br />

forem administrados em quantidade<br />

adequada são capazes de conferir<br />

benefícios aos seus consumidores.<br />

Os prebióticos são substâncias<br />

não digeríveis que oferecem um<br />

efeito fisiológico benéfico ao hospedeiro,<br />

estimulando seletivamente<br />

o crescimento favorável ou a atividade<br />

de um número limitado de<br />

bactérias autóctones.<br />

Os simbióticos são produtos<br />

que contêm tanto probióticos<br />

como prebióticos.<br />

Os microrganismos probióticos<br />

são aqueles de origem microbiana<br />

que tem a capacidade de estimular<br />

o crescimento de outros microrganismos.<br />

São microrganismos vivos que<br />

podem ser incluídos na preparação<br />

de uma ampla gama de produtos,<br />

incluindo alimentos, medicamentos e<br />

suplementos alimentícios, tais como<br />

matrizes alimentares que incluem<br />

produtos lácteos, carnes, vegetais,<br />

pães, vinho e como medicamentos<br />

são indicados para:<br />

• Manutenção e balanço da microbiota<br />

do cólon;<br />

• Redução do risco de distúrbios<br />

intestinais;<br />

• Redução do risco e duração das<br />

diarreias associados ao rotavírus, e<br />

ao uso de antibióticos (geralmente<br />

causada por Clostridium difficile)<br />

e diarreia do viajante;<br />

• Suprimento e aumento da biodisponibilidade<br />

e digestibilidade de<br />

nutrientes da dieta;<br />

• Alívio dos sintomas de má absorção<br />

intestinal;


• Redução do risco de doenças<br />

atópicas e alergias;<br />

• Indicação para o tratamento da<br />

encefalopatia hepática, doenças do<br />

trato urogenital, síndrome do intestino<br />

irritável, e doenças inflamatórias<br />

do intestino;<br />

• Diminuição dos níveis de colesterol<br />

sérico e de triglicerídeos;<br />

• Controle da pressão sanguínea;<br />

• Atividade anti-carcinogênica;<br />

• Modulação do sistema imune.<br />

As espécies de Lactobacillus e<br />

Bifidobacterium são as mais comumente<br />

utilizadas como tal, além<br />

destas o Saccharomyces cerevisae,<br />

Bacillus etc. também podem<br />

ser utilizadas como probióticos.<br />

As bactérias produtoras de ácido<br />

lático são Gram positivas, se<br />

caracterizam por produzir ácido<br />

lático a partir de carboidratos,<br />

sendo úteis para a fermentação<br />

de alimentos. Neste grupo podem<br />

ser incluídos as espécies de<br />

Lactobacillus, Lactococcus e<br />

Streptococcus thermophilus.<br />

Apresentam a forma de cocos,<br />

coco-bacilos ou bastonetes com<br />

as seguintes características; baixo<br />

conteúdo de G+C (< 55 mol%),<br />

ácido tolerantes não esporulados,<br />

são fastidiosos, e microaerófilos.<br />

O Bifidobacterium não produz<br />

a fermentação de alimentos e é<br />

taxonomicamente diferente das<br />

outras bactérias produtoras de<br />

ácido lático.<br />

Os produtos mais conhecidos<br />

de probióticos são os produtos<br />

lácteos e os alimentos fortificados,<br />

porém a cada dia tem surgido no<br />

mercado, na forma de comprimidos,<br />

cápsulas e sachês que contém<br />

bactérias na forma liofilizada.<br />

Os probióticos aprovados até o<br />

momento na Anvisa para alimentos<br />

constam no portal da Anvisa,<br />

conforme segue:<br />

Probióticos<br />

• Lactobacillus acidophilus<br />

• Lactobacillus casei shirota<br />

• Lactobacillus casei variedade<br />

rhamnosus<br />

• Lactobacillus casei variedade<br />

defensis<br />

• Lactobacillus paracasei<br />

• Lactococcus lactis<br />

• Bifidobacterium bifidum<br />

• Bifidobacterium animallis (incluindo<br />

a subespécie B. lactis)<br />

• Bifidobacterium longum<br />

• Enterococcus faecium<br />

Alegação<br />

“O (indicar a espécie do microrganismo)<br />

(probiótico) contribui para<br />

o equilíbrio da flora intestinal. Seu<br />

consumo deve estar associado a<br />

uma alimentação equilibrada e hábitos<br />

de vida saudáveis”.<br />

Requisitos específicos<br />

A quantidade mínima viável para<br />

os probióticos deve estar situada na<br />

faixa de 108 a 109 Unidades Formadoras<br />

de Colônias (UFC) na recomendação<br />

diária do produto pronto para<br />

o consumo, conforme indicação do<br />

fabricante. Valores menores podem<br />

ser aceitos, desde que a empresa<br />

comprove sua eficácia.<br />

A documentação referente à comprovação<br />

de eficácia, deve incluir:<br />

• Laudo de análise do produto<br />

que comprove a quantidade<br />

mínima viável do microrganismo<br />

até o final do prazo de validade.<br />

• Teste de resistência da cultura<br />

utilizada no produto à acidez gástrica<br />

e aos sais biliares.<br />

A quantidade do probiótico em<br />

UFC, contida na recomendação diária<br />

do produto pronto para consumo,<br />

deve ser declarada no rótulo,<br />

próximo à alegação.<br />

Referência<br />

Portal Anvisa, alimentos Probioticos.<br />

*Claudio Kiyoshi Hirai<br />

É farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ<br />

consultoria e qualidade, membro da American Society<br />

of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da<br />

Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

27


Metrologia<br />

A temperatura: elemento chave para a<br />

transformação de alimentos crus em cozidos<br />

28<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

A vida é feita de mudanças ou<br />

transformações e uma delas é a<br />

dos alimentos crus em cozidos. Já<br />

ouvi dizer várias vezes que nós “somos<br />

o que comemos” e, portanto,<br />

manter hábitos alimentares saudáveis<br />

é um dos pré-requisitos para<br />

uma melhor qualidade de vida.<br />

Mas, hábito saudável significa<br />

comer alimentos crus ou<br />

cozidos? Diferente dos demais<br />

animais, que se não houvesse a<br />

interferência do homem somente<br />

se alimentariam de alimentos<br />

crus, nós, seres humanos, temos<br />

a alternativa de, não apenas por<br />

hábito saudável, mas também por<br />

prazer e paladar, nos alimentarmos<br />

de alimentos crus e cozidos.<br />

Nessa mudança ou transformação<br />

de alimentos crus em cozidos,<br />

fenômenos químicos e físicos interessantes<br />

estão envolvidos. Ao<br />

passo em que durante o processo<br />

de cozimento os alimentos vão se<br />

aquecendo, suas moléculas vão<br />

se modificando, fazendo com que,<br />

após determinado tempo, cheguem<br />

ao que consideramos ponto<br />

ideal de cozimento.<br />

Ao nível do mar e em um recipiente<br />

qualquer aberto, ao ser<br />

aquecida, a água após determinado<br />

tempo chega no máximo à<br />

temperatura de 100 ºC (temperatura<br />

de ebulição). Se o alimento<br />

não estiver suficientemente cozido<br />

e você achar que está levando<br />

muito tempo para isso, de nada<br />

adianta aumentar a chama do gás<br />

de seu fogão, pois será desperdício.<br />

Ocorrerá neste caso apenas o<br />

aumento da vazão de vapor. O que<br />

estiver em processo de cozimento<br />

levará o mesmo tempo para chegar<br />

ao estado ideal, independentemente<br />

do tamanho da chama, já<br />

que a temperatura se manterá a<br />

mesma. Com o calor do aquecimento<br />

ocorre a mudança de fase<br />

da água do estado líquido para<br />

vapor e durante este processo a<br />

temperatura não aumenta. Porém,<br />

há a alternativa de se elevar<br />

a temperatura da água acima de<br />

100 ºC, aumentando-se a pressão<br />

dentro do recipiente onde o alimento<br />

está sendo cozido, e fazer<br />

com que o alimento cozinhe bem<br />

mais rápido. Para isto existem as<br />

chamadas “panelas de pressão”.<br />

A sequência de efeitos durante o<br />

funcionamento de uma panela de<br />

pressão, que consequentemente<br />

levam ao cozimento mais rápido<br />

dos alimentos, é a seguinte:<br />

- O calor da chama aquece a<br />

água nela contida até a temperatura<br />

de ebulição (100 ºC), à pressão<br />

normal, quando a panela foi hermeticamente<br />

fechada.<br />

- O calor da chama gera vapor,<br />

porém não aumenta a temperatura.<br />

Ele serve para fazer com que o<br />

processo de mudança de fase da<br />

água do estado líquido para vapor<br />

ocorra. Como o vapor gerado<br />

dentro da panela não tem saída,<br />

a pressão aumenta.<br />

- Com o aumento da pressão, a<br />

temperatura de ebulição da água<br />

passa a ser um pouco mais alta<br />

do que 100 ºC.<br />

- O calor da chama continua aumentando<br />

a pressão que, por sua<br />

vez, faz aumentar a temperatura<br />

de ebulição da água. Este ciclo<br />

continua até alcançar o regime<br />

estável determinado pela pressão<br />

máxima que a válvula de alívio (de<br />

segurança) da panela permite.<br />

Tal pressão corresponde ao peso<br />

colocado sobre a área da seção<br />

transversal do pequeno tubo que<br />

se projeta para fora, em geral, no<br />

meio da tampa da panela. A partir<br />

deste momento a panela não<br />

é mais hermética em termos de<br />

fechamento, pois permite uma<br />

vazão constante de vapor pela válvula<br />

de segurança. A temperatura<br />

máxima a que se pode chegar é<br />

em torno de 120 ºC e a pressão<br />

em torno de 180 kPa (1,8 atm).<br />

Sem entrar aqui na discussão<br />

dos pós e dos contra no uso das<br />

panelas de pressão, uma coisa é<br />

certa; elas vieram para facilitar<br />

a vida das pessoas!!!<br />

Como metrologistas, não poderíamos<br />

perder a oportunidade de<br />

aqui mudarmos um pouco o rumo<br />

da conversa e falarmos tecnicamente<br />

a respeito da grandeza física<br />

que viabiliza a transformação de<br />

alimentos crus em cozidos, independentemente<br />

de isso ocorrer por<br />

meio do uso de recipientes abertos,<br />

como uma panela comum, ou hermeticamente<br />

fechados, como uma<br />

panela de pressão. Referimo-nos à<br />

grandeza “temperatura”.<br />

A temperatura é uma das grandezas<br />

físicas mais conhecidas e<br />

mensuradas. Ela é uma medida da<br />

energia cinética média dos átomos<br />

de uma substância. Quando tocamos<br />

um corpo qualquer para sentirmos<br />

sua temperatura, na realidade,<br />

sentimos as vibrações térmicas<br />

dos átomos que o constituem.<br />

De maneira geral, a energia em<br />

uma molécula de gás é diretamente<br />

proporcional à temperatura<br />

absoluta. Conforme a temperatura<br />

aumenta, a energia cinética por<br />

molécula aumenta. Quando o gás<br />

é aquecido, suas moléculas se mo-


vem mais rapidamente. Isto produz<br />

um aumento de pressão, no caso<br />

de o gás estar confinado em um<br />

espaço de volume constante, ou<br />

um aumento de volume, no caso da<br />

pressão permanecer constante.<br />

Os átomos e moléculas em um<br />

gás nem sempre se deslocam<br />

a uma mesma velocidade. Isso<br />

significa que há um intervalo de<br />

energia (energia de movimento)<br />

entre as moléculas que se deslocam<br />

em direções aleatórias e a<br />

diferentes velocidades.<br />

Temperatura é também uma medida<br />

do calor ou energia térmica<br />

média das partículas em uma substância<br />

e não depende do número<br />

de partículas em um objeto. Por<br />

exemplo, a temperatura em uma<br />

panela pequena de água fervendo<br />

é a mesma que em uma panela<br />

grande, mesmo que esta seja maior<br />

e, portanto, possua também uma<br />

maior quantidade de moléculas.<br />

As escalas comumente usadas<br />

na medição de temperatura são<br />

a Escala Celsius (°C), a Escala<br />

Fahrenheit (°F) e a Escala Kelvin<br />

(K). O kelvin (K) é a unidade de<br />

temperatura termodinâmica no<br />

Sistema Internacional de Unidades<br />

(SI) e uma das sete unidades de<br />

base. O kelvin, até então, é definido<br />

como a fração de 1/273,16<br />

da temperatura termodinâmica do<br />

ponto triplo de água. Porém, a partir<br />

de 20 de maio de 2019 entra<br />

em vigor a nova definição baseada<br />

na constante de Bolzmann.<br />

A menor temperatura é o zero<br />

absoluto, no qual o movimento<br />

térmico de todas as partículas fundamentais<br />

na matéria atinge um<br />

mínimo, mas não necessariamente<br />

param de se movimentar. O zero<br />

absoluto é indicado como sendo 0<br />

K ou - 273,15 °C ou - 459,67 °F.<br />

Quando medimos temperatura,<br />

não estamos realmente medindo<br />

a verdadeira temperatura termodinâmica.<br />

Na realidade, estamos<br />

medindo T90, que é a temperatura<br />

da “Escala Internacional de Temperatura”<br />

(ITS-90), definida em 1<strong>99</strong>0.<br />

Ressonador acústico usado na determinação da constante de<br />

Boltzmann (imagem do NPL do Reino Unido)<br />

O ponto triplo da água depende<br />

de uma série de fatores incluindo<br />

pressão e a precisa composição<br />

da água. Por conta disso, em vez<br />

de se depender do ponto triplo da<br />

água, seria vantajoso se proceder<br />

como no caso de outras unidades.<br />

Isto é, relacionar a unidade (kelvin)<br />

a uma constante fundamental e fixar<br />

o valor desta constante. Para o<br />

kelvin, a constante correspondente<br />

é a constante de Boltzmann k,<br />

porque temperatura sempre aparece<br />

como energia térmica k·T nas<br />

leis fundamentais da física.<br />

Relembrando alguns conceitos,<br />

tem-se que a energia cinética de<br />

um gás ideal é igual a (1/2) m·v2,<br />

onde m é a massa e v é a velocidade.<br />

Segundo a Lei dos Gases<br />

Ideais, P·V = n·R·T = N·k·T, onde<br />

P é a pressão, V é o volume, n é<br />

o número de mols, R é a constante<br />

universal dos gases ideias, T é<br />

a temperatura, N é o número de<br />

moléculas e k (constante de Boltzmann)<br />

que é igual a R/NA, onde NA<br />

é a constante de Avogadro, sobre a<br />

qual não discutiremos aqui.<br />

A energia cinética média por<br />

molécula em um gás ideal é igual<br />

a (3/2) k·T. Portanto, a constante<br />

de Boltzmann correlaciona de forma<br />

direta a energia contida em<br />

cada molécula de um gás ideal<br />

com a sua temperatura.<br />

Para a redefinição, k teve de ser<br />

determinado com baixa incerteza<br />

através de diferentes e independentes<br />

métodos. Portanto, a determinação<br />

da constante de Boltzmann<br />

com alto nível de exatidão foi<br />

uma tarefa desafiadora para a metrologia<br />

internacional. Em princípio,<br />

a constante de Boltzmann foi determinada<br />

por meio de um termômetro<br />

de referência, medindo-se k·T a<br />

uma temperatura conhecida como<br />

a do ponto triplo da água.<br />

Os Institutos Nacionais de Metrologia<br />

(NMIs, sigla do termo em<br />

inglês) espalhados pelo mundo<br />

têm o compromisso de disseminar<br />

as unidades de medida do SI,<br />

a partir da padronização das mesmas,<br />

objetivando a confiabilidade<br />

dos resultados de medições realizadas<br />

nos vários níveis hierárquicos<br />

da metrologia. Referimo-<br />

-nos às medições realizadas nos<br />

próprios NMIs, chegando àquelas<br />

realizadas nos chamados “chão-<br />

-de-fábrica” de ambientes industrias<br />

ou até mesmo àquelas<br />

voltadas às relações comerciais<br />

nacionais ou internacionais. Uma<br />

dessas unidades é o kelvin.<br />

Por conta de certa “fragilidade”<br />

na definição do kelvin com base<br />

no ponto triplo da água, em 20<br />

maio de 2019, entra em vigor sua<br />

redefinição, assim como de outras<br />

unidades de base do Sistema Internacional<br />

de Unidades (SI). A<br />

redefinição destas se dá por meio<br />

de uma base sólida e invariável,<br />

consistindo de constantes fundamentais.<br />

O kelvin baseia-se, agora,<br />

na constante de Boltzmann, que<br />

pesquisadores do Physikalisch-<br />

-Technische Bundesanstalt (PTB),<br />

na Alemanha, determinaram por<br />

meio de um termômetro a gás de<br />

constante dielétrica.<br />

A constante de Boltzmann indica<br />

como a energia térmica de um gás<br />

(isto é, o movimento das partículas<br />

de um gás) depende da temperatura.<br />

Em um recipiente fechado, a<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

29


30<br />

Metrologia<br />

Parte principal do termômetro a gás de constante dielétrica do PTB<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

energia cinética pode ser medida pela determinação da<br />

pressão do gás. Isso pode ser feito por meio de um<br />

termômetro a gás acústico.<br />

As medições correspondentes realizadas nos institutos<br />

de metrologia da Inglaterra, Itália, França, China e<br />

Estados Unidos atingiram uma incerteza de medição de<br />

menos de 1 ppm (uma parte por milhão), preenchendo<br />

assim a primeira condição estabelecida pelo Comitê<br />

Consultivo de Termometria (CCT) para a redefinição do<br />

kelvin.<br />

Maiores informações sobre o termômetro a gás<br />

acústico podem ser encontradas no seguinte link da<br />

internet:<br />

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/<br />

work_packages/WP3/introduction/WP3_project_<br />

description.htm<br />

Outra condição, no entanto, estipulava que um segundo<br />

método independente alcançasse incertezas<br />

de medição igualmente pequenas. Por conta disso,<br />

o PTB lançou em 2007 o seu projeto com base na<br />

termometria a gás de constante dielétrica que atingiu<br />

1,9 ppm e que, portanto, atendeu à exatidão requerida.<br />

Este termômetro especial explora o fato do gás hélio<br />

variar a capacitância dos capacitores do termômetro<br />

e, consequentemente, tornar possível a determinação<br />

da massa específica do hélio a uma dada pressão por<br />

meio de medições elétricas, assim como, via massa<br />

específica, medir também a temperatura. As medições<br />

de capacitância podem ser realizadas com grande exatidão,<br />

sendo a incerteza de medição de poucas partes<br />

por bilhão.<br />

Porém, para se atingir tal exatidão, tudo deve estar<br />

em perfeita sintonia. Isto é, prezando pela obtenção da<br />

menor incerteza possível na determinação da constante<br />

de Boltzmann, houve a necessidade de se determinar<br />

em altas pressões (até 7 MPa) as propriedades dos materiais<br />

dos capacitores do referido termômetro e garan-<br />

tir que a pureza do gás hélio utilizado fosse melhor do<br />

que <strong>99</strong>,<strong>99</strong><strong>99</strong>9 %. Além disso, o melhor padrão do PTB<br />

para medições de pressão, que se baseia em balanças<br />

de pressão, teve que ser melhorado. Isto é, investiu-se<br />

na determinação da área efetiva de conjunto pistão-<br />

-cilindro utilizado em balança de pressão de referência<br />

com incerteza extremamente reduzida. Maiores detalhes<br />

sobre a metodologia utilizando o termômetro a gás<br />

de constante dielétrica podem ser encontrados no seguinte<br />

link da internet:<br />

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/<br />

work_packages/WP2/introduction/DCGT_method.htm<br />

Esses desenvolvimentos, que são únicos em todo<br />

o mundo, só foram bem sucedidos graças a projetos<br />

de cooperação dentro do PTB (especialmente<br />

com os dois grupos de trabalho em "Pressão" e em<br />

"Padrões Geométricos"), assim como graças à cooperação<br />

internacional em larga escala, envolvendo<br />

diferentes Institutos Nacionais de Metrologia.<br />

O valor atual da constante de Boltzmann é de<br />

1,380649·10-23 joules por kelvin (J·K-1).<br />

A redefinição do kelvin não causa efeito imediato na<br />

prática da medição ou na rastreabilidade das medições de<br />

temperatura e, para muitos usuários, isso passará despercebido.<br />

A redefinição estabelece as bases para futuras melhorias.<br />

Uma definição que não dependa de qualquer<br />

substância (água, por exemplo) e de restrições tecnológicas<br />

permite o desenvolvimento de novas e mais exatas<br />

técnicas que permitam e tornem as medições de temperatura<br />

rastreáveis ao SI, especialmente em temperaturas<br />

extremas.<br />

Com a redefinição, a orientação sobre a realização<br />

prática do kelvin dará suporte à sua ampla disseminação,<br />

por meio da descrição de métodos primários para<br />

a medição de termodinâmica temperatura e igualmente<br />

através das escalas definidas ITS-90 e PLTS-2000.<br />

Referências<br />

https://www.nist.gov/pml/redefining-kelvin<br />

https://studybay.com/blog/boltzmann-constant/<br />

https://www.significados.com.br/temperatura/<br />

http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-temperatura.htm<br />

https://www.bipm.org/utils/common/pdf/CC/CCT/Redefinition_of_the_<br />

kelvin_2016.pdf<br />

https://phys.org/news/2017-04-paving-redefinition-temperature.html<br />

https://www.ptb.de/cms/en/ptb/fachabteilungen/abt7/fb-74/ag-743/new-<br />

-determination-of-boltzmanns-constant.html<br />

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP3/<br />

introduction/WP3_project_description.htm<br />

https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP2/<br />

introduction/DCGT_method.htm<br />

http://iopscience.iop.org/journal/0026-1394/page/Focus_on_the_Boltzmann_Constant<br />

http://iopscience.iop.org/article/10.1088/0957-0233/17/10/R01/meta<br />

https://www.bipm.org/utils/common/pdf/SI-statement.pdf


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REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

31


Espectrometria de Massa<br />

A técnica de ionização por Electrospray na<br />

espectrometria de massas<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

A primeira conferência da Sociedade<br />

Brasileira de Espectrometria<br />

de Massas BrMASS foi realizada em<br />

novembro de 2005 na cidade de<br />

Campinas-SP. A conferência teve<br />

como destaque o ilustríssimo palestrante<br />

Prêmio Nobel John Beneth<br />

Fenn. No final da sua palestra, Fenn<br />

ressaltou que graças a sua pesquisa,<br />

a humanidade atingiu mais um<br />

passo para frente no entendimento<br />

da estrutura da matéria. Nas suas<br />

palavras: “Nós aprendemos como<br />

fazer os elefantes voarem”, referindo-se<br />

ao descobrimento da técnica<br />

de ionização Electrospray. Por meio<br />

desta técnica de ionização aplicada<br />

à espectrometria de massas, moléculas<br />

com massas molares acima<br />

de 1.000 Daltons (simbolicamente<br />

elefantes) são possíveis de serem<br />

ionizadas. Este descobrimento abre<br />

a possibilidade de explorar com<br />

mais detalhes as macromoléculas<br />

biológicas. Certamente a conferência<br />

BrMASS-2005 foi inesquecível.<br />

A espectrometria de massas com<br />

ionização por electrospray (ESI-MS)<br />

foi introduzida em 1984 por Masamichi<br />

Yamashita e John B. Fenn.<br />

Anteriormente ao trabalho destes<br />

pesquisadores, em 1968, Malcolm<br />

Dole e colaboradores já haviam<br />

realizado trabalhos, que não foram<br />

suficientemente satisfatórios, com<br />

espécies poliméricas, sugerindo a<br />

aplicação desta técnica como um<br />

possível modo de ionização para espectrometria<br />

de massas.<br />

Na ionização por electrospray<br />

(Figura 1) é formado um spray<br />

eletrostático da solução (analito)<br />

bombeada à um fluxo de alguns microlitros<br />

por minuto em um capilar<br />

metálico, sob um campo eletrostático,<br />

com uma tensão de 1 a 7<br />

Figura 1. Diagrama esquemático da fonte de íons eletrospray acoplado a um espectrômetro de<br />

massas Tandem (ESI-MS/MS)<br />

kV e cerca de 0,1mm de diâmetro<br />

interno. O capilar está posicionado<br />

a cerca de 1 a 3 cm de um contra-<br />

-eletrodo que conduz através de<br />

um orifício ao sistema de amostragem<br />

do espectrômetro de massas.<br />

O alto campo elétrico na ponta do<br />

capilar gera um acúmulo de cargas<br />

na superfície do líquido por migração<br />

eletroforética, produzindo uma<br />

deformação na gota que recebe o<br />

nome de cone de Taylor. À medida<br />

que o solvente evapora com o auxílio<br />

de gases nebulizante e secante<br />

(Turbo Heater), há um aumento da<br />

densidade de cargas da gota e, no<br />

momento em que esta densidade de<br />

cargas é capaz de vencer a tensão<br />

superficial do líquido, há um colapso<br />

e fissão da gota ascendente formando<br />

gotas menores descendentes.<br />

As gotas descendentes sofrem o<br />

mesmo processo de dessolvatação<br />

da gota ascendente formando novas<br />

gotículas cada vez menores, com<br />

menor massa, porém, com maior<br />

densidade de cargas que as gotas<br />

ascendentes.<br />

O processo de ionização por<br />

electrospray envolve três grandes<br />

etapas: 1) a produção da gota carregada<br />

na ponta do capilar, 2) a dessolvatação<br />

da gota carregada seguida<br />

de repetidas desintegrações para<br />

a formação de gotas menores e, 3)<br />

a formação dos íons na fase gasosa.<br />

A intensidade do sinal de um analito<br />

no electrospray não depende exclusivamente<br />

da concentração deste<br />

analito em solução. Isto porque,<br />

a presença de outros eletrolitos no<br />

sistema é determinante na intensidade<br />

do sinal de um íon a ser detectado.<br />

A faixa linear do electrospray,<br />

onde a concentração do analito é<br />

proporcional à intensidade do seu<br />

sinal, está localizada entre 10-6 e<br />

10-3 mol L-1. A presença de eletrólitos<br />

interferentes na solução podem<br />

alterar esta seção linear, mas por<br />

outro lado, a determinação de concentrações<br />

do analito inferiores a<br />

10-5 mol L-1 só é possível devido à<br />

presença de impurezas dos solventes<br />

que geralmente estão presentes<br />

nesta ordem de concentração.<br />

A ionização por electrospay é uma<br />

técnica de ionização suave que é tipicamente<br />

utilizada para determinar<br />

os pesos moleculares de proteínas,<br />

péptidos e outras macromoléculas<br />

biológicas. A ionização suave é<br />

uma técnica útil quando se considera<br />

moléculas biológicas de grande


massa molecular, como a supracitada, porque esse processo<br />

não fragmenta as macromoléculas em partículas<br />

carregadas menores, mas transforma a macromolécula<br />

em pequenas gotículas. Essas gotículas serão dessolvatadas<br />

em gotículas ainda menores, o que cria moléculas<br />

com cargas acopladas. Estes íons moleculares carregados<br />

e dessolvatados serão, então, guiados para o analisador<br />

de massas e detector, determinando a massa.<br />

A Figura 2 apresenta análise de uma das moléculas<br />

biológicas mais importantes no ser humano, a hemoglobina.<br />

A análise desta molécula nos laboratórios clínicos<br />

via Eletroforese envolvia procedimentos analíticos tediosos<br />

e demorados, exigindo dias para a conclusão. No<br />

entanto, por ESI-MS a análise exige apenas horas de trabalho.<br />

Os íons gerados no electrospray são geralmente<br />

protonados [M+H]+ formando clusters, dímeros ou íons<br />

adutos.<br />

Existem algumas vantagens claras na utilização de<br />

espectrometria de massa de ionização por electrospray<br />

como um método analítico. Uma delas é sua capacidade<br />

de lidar com amostras de grandes massas moleculares.<br />

Ideal para ser acoplada com a Cromatografia Líquida<br />

(HPLC), gera íons à pressão atmosférica sem necessidade<br />

de vácuo. Devido ser um modo de ionização branda,<br />

são formados íons sem fragmentação sendo ideal para<br />

acoplamento com espectrômetro de massas Tandem<br />

(Figura 1), onde no quadrupolo Q1, os íons precursores<br />

são selecionados, no Q2 denominada cela de colisão, os<br />

íons selecionados são fragmentados e no quadrupolo<br />

Q3, os íons produtos da fragmentação são monitorados.<br />

A sensibilidade para este instrumento é impressionante<br />

e, portanto, pode ser útil em medições quantitativas e<br />

qualitativas precisas.<br />

Algumas desvantagens da espectrometria de massa<br />

por ionização por electrospray também estão presentes.<br />

Uma grande desvantagem é que essa técnica não<br />

pode analisar misturas, pois existe baixa confiabilidade<br />

nos resultados. A limpeza da fonte de ionização não é<br />

simples, podendo se tornar excessivamente contaminada<br />

com resíduos de análises anteriores. Finalmente, as<br />

múltiplas cargas associadas aos íons moleculares podem<br />

gerar dados espectrais confusos. Esta confusão é<br />

ainda alimentada pela utilização de uma amostra mista,<br />

o que é mais uma razão pela qual as misturas devem ser<br />

evitadas quando se utiliza um espectrómetro de massa<br />

por ionização por electrospray.<br />

Fonte: Ho, C.S. Electrospray Ionization Mass Spectrometry.<br />

Figura 2: Espectros de massas da hemoglobina. O espectro superior apresenta<br />

os dados dos íons de cluster das globinas α e β obtido via ESI-MS. O espectro<br />

inferior é o espectro após a deconvolução na escala de massa verdadeira após a<br />

transformação via software.<br />

Referências bibliográficas<br />

• Ho, C.S. Electrospray ionization mass spectrometry. Clin. Biochem. Rev. 2003. Feb.<br />

24(1): 3-12.<br />

• Bruins, A. Mechanistic aspects of electrospray ionization. J. Chromatogr. A., 794<br />

(1<strong>99</strong>8) 345-357.<br />

• Martins H.A. Estudo de determinação de resíduos de glifosato e AMPA em<br />

amostras de soja e água via LC-ESI/MS/MS. Dissertação IPEN 2005.<br />

*Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente<br />

CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares<br />

IPEN/CNEN-SP - 55 11 3133 9343<br />

ovega@ipen.br - www.vegascience.blogspot.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

33


Análise de Minerais<br />

Incerteza em Sistemas de Medição<br />

Por Eduardo Pimenta de Almeida Melo*<br />

Medir ou mensurar significa,<br />

na prática, determinar o valor do<br />

mensurando, ou seja, o valor da<br />

grandeza específica a ser medida.<br />

O resultado de uma medição<br />

é uma estimativa do valor da<br />

grandeza, uma vez que o resultado<br />

de uma medição somente está<br />

completo se estiver acompanhado<br />

da incerteza da estimativa.<br />

Ou, conforme define o VIM (Vocabulário<br />

Internacional de Termos<br />

Básicos e Genéricos em Metrologia),<br />

incerteza é: “Um parâmetro associado<br />

ao resultado de uma medição,<br />

que caracteriza a dispersão de<br />

valores que poderiam ser razoavelmente<br />

atribuídas ao mensurando”.<br />

Os Materiais de Referência<br />

Certificados (MRC), na área de<br />

análises minerais, possuem suas<br />

incertezas popularmente conhecidas<br />

como “limites dos padrões”<br />

e são elas que definem os limites<br />

dentro dos quais se espera obter<br />

os resultados analíticos do MRC<br />

quando estes são analisados em<br />

métodos de análise confiáveis.<br />

Assim como os MRC possuem<br />

incertezas analíticas, a análise de<br />

qualquer amostra em um sistema<br />

de medição também as possui e<br />

estas estão, de certa forma, implícitas<br />

no resultado analítico informado<br />

reportado pelo mesmo.<br />

As incertezas do sistema de medição<br />

possuem, em teoria, dois com-<br />

ponentes: um componente aleatório<br />

e um componente sistemático ¹.<br />

O componente aleatório está diretamente<br />

correlacionado a variações<br />

espaciais ou temporais e manifesta-<br />

-se de forma imprevisível. Os efeitos<br />

destas variações podem ser observados<br />

em uma série de mensurações<br />

repetidas da grandeza. Ainda<br />

que não se possa eliminar um erro<br />

aleatório de um resultado de medição,<br />

ele pode ser reduzido, sendo<br />

que uma das formas de se fazê-lo é<br />

pelo aumento do número de observações,<br />

uma vez que a esperança<br />

matemática será igual a zero.<br />

“Muitas vezes ocorre na prática,<br />

especialmente no domínio da metrologia<br />

legal, (área que possui extrema<br />

influência sob os conceitos<br />

utilizados na análise mineral), que<br />

um equipamento é ensaiado através<br />

de uma comparação com um<br />

padrão de medição e as incertezas<br />

associadas com o padrão (MRC) e<br />

com o procedimento de comparação<br />

são desprezíveis relativamente<br />

à exatidão requerida do ensaio. Um<br />

exemplo é o uso de um conjunto de<br />

padrões de massa bem calibrados<br />

para verificar a exatidão de uma<br />

balança comercial. Em tais casos,<br />

como os componentes da incerteza<br />

são pequenos o bastante para serem<br />

ignorados, a medição pode ser<br />

vista como determinação do erro do<br />

equipamento sob ensaio.” ²<br />

¹ Para um aprofundamento sobre erros de medição, consulte as diretrizes do ISO GUM (2008).<br />

² PORTAL ACTION, http://www.portalaction.com.br/incerteza-de-medicao/12-incerteza-de-medicao<br />

Considerando o modelo analítico<br />

adotado para análises minerais<br />

(comparação com MRC), em geral,<br />

a incerteza de uma correção para<br />

um efeito sistemático, não, necessariamente,<br />

precisa ser incluída<br />

na incerteza do resultado fornecido<br />

pelo sistema de medição. Ainda<br />

que a incerteza proveniente do<br />

erro sistemático tenha sido avaliada,<br />

ela pode ser ignorada se sua<br />

contribuição é insignificante.<br />

Portanto, tão importante quanto<br />

utilizar MRC rastreáveis e de boa<br />

qualidade, equipamentos ajustados<br />

e calibrados, empregados treinados<br />

e conscientes de seu impacto sob o<br />

sistema de medição, é muito importante<br />

que se conduza estudos que<br />

permitam identificar as principais<br />

fontes de incerteza e entender a sua<br />

correlação com os resultados obtidos<br />

na mensuração. E, a partir disto,<br />

estabelecer uma relação de custo<br />

– benefício que indique o nível de<br />

esforço e o ganho efetivo a ser capturado<br />

pelo cliente com a redução<br />

das incertezas.<br />

Na próxima edição falaremos<br />

um pouco mais sobre as principais<br />

causas que levam um sistema de<br />

medição a apresentar um erro sistemático.<br />

Até lá...<br />

34<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Eduardo Pimenta de Almeida Melo<br />

é Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da CSN Mineração,<br />

MBA em Gestão Empresarial, Pós–Graduado em Gestão de Laboratórios e<br />

Especializado em Data Science. Coordenador da Comissão de Estudos para<br />

Amostragem e Preparação de Amostras em Minério de Ferro para a ABNT –<br />

Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722<br />

Telefone: 31 3749 1516<br />

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REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

35


Informe Científico<br />

Preparo de amostra e análise por GCMS SQ<br />

de carbamato de etila em Cachaça usando<br />

hidrogênio como gás de arraste<br />

Autores:<br />

Celso Blatt e Simone Nascimento<br />

Agilent Technologies Brasil<br />

Alameda Araguaia, 1142 – Alphaville, Barueri – SP<br />

celso_blatt@agilent.com<br />

Resumo<br />

Carbamato de etila é muito comum em bebidas alcoólicas e sua análise<br />

é feita geralmente por GCMS. Nesse trabalho foi desenvolvido um método<br />

simples de preparo da amostra para remoção de interferentes, principalmente<br />

os açucares para poder injetar direto no GCMS. A análise por GCMS foi feita<br />

no GC Intuvo com coluna planar DB-624ms e o espectrômetro de massa<br />

um quadrupolo simples no modo SCAN e SIM simultâneo. O gás de arraste<br />

hidrogênio foi fornecido pelo gerador de gases da PEAK. Os resultados são<br />

robustos e tanto no modo SCAN quando no modo SIM as curvas de calibração<br />

ficaram ótimas e atenderam os limites da legislação Brasileira.<br />

36<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Palavras Chave: Carbamato de Etila, GCMS, preparo de amostra, QuE-<br />

ChERS, Cachaça, hidrogênio<br />

Abstract<br />

Ethyl carbamate is very common in alcoholic beverages and its analysis is<br />

usually done by GCMS. In this work a simple method of sample preparation for<br />

removal of interferents was developed, mainly the sugars to be able to inject<br />

directly into the GCMS. GCMS analysis was performed on GC Intuvo with DB-<br />

-624ms planar column and the mass spectrometer was a single quadrupole<br />

in SCAN and Sim simultaneous mode. The carrier gas hydrogen was supplied<br />

by the PEAK gas generator. The results are robust and both in the SCAN mode<br />

and in the SIM mode the calibration curves have been optimal and have met<br />

the limits of the Brazilian legislation.<br />

Keywords: Ethyl Carbamate, GCMS, sampling preparation, QuEChERS,<br />

Cachaça, hydrogen<br />

1 - Introdução<br />

Carbamato de etila, também conhecido como uretana, é um éster etílico de<br />

um ácido carbâmico. Estudos em animal tem demonstrado o seu potencial<br />

carcinogênico (Baffa Junior e colaboradores, 2011). A grande presença do<br />

carbamato de etila em bebidas alcoólicas foi descoberta na metade dos anos<br />

1980. Foi descoberto que o carbamato de etila é formado da reação de etanol<br />

com a ureia. Esta reação ocorre mais em altas temperaturas e, portanto,<br />

altas concentrações de carbamato de etila são encontrados em bebidas que<br />

são aquecidas durante o processamento, tal como cachaça, whisky e outras<br />

bebidas destiladas. Adicionalmente, o aquecimento das garrafas durante o<br />

transporte e manuseio pode elevar o conteúdo de carbamato de etila. Na<br />

legislação do Brasil, o limite permitido de carbamato de etila é de 150 μg/L<br />

(Masson e colaboradores, 2014).<br />

Normalmente essa análise é feita por cromatografia em fase gasosa acoplada<br />

a espectrômetros de massa (GCMS), mas sempre precedida por um<br />

preparo de amostra. O preparo de amostra (Ryu e colaboradores, 2015) pode<br />

ser por extração liquido-liquido ou<br />

extração em fase solida com o objetivo<br />

de remover os açucares e outros<br />

compostos que não são voláteis<br />

e podem ficar retidos ou degradados<br />

no liner do GC ou no começo<br />

da coluna capilar. O preparo de<br />

amostra aplicado baseou-se no artigo<br />

publicado por Guerreiro e colaboradores<br />

(2018), onde apresentou<br />

uma fácil abordagem para remoção<br />

de co-extratos polares como açúcares<br />

e separação da fase aquosa de<br />

amostras de cachaça.<br />

A análise por GCMS geralmente<br />

é feita com hélio como gás de arraste<br />

e usando uma coluna capilar<br />

com media polaridade para reter o<br />

Carbamato de etila e o espectrômetro<br />

de massa no modo SIM para<br />

monitorar a massa especifica do<br />

composto. Uma alternativa ao uso<br />

do hélio como gás arraste é usar<br />

hidrogênio que pode ser de gerador<br />

de gás comercial e simplesmente<br />

trocando uma lente de saída da fonte<br />

de impacto de elétrons (Connor e<br />

Fidelis, 2018).


Fase alcoólica contendo<br />

carbamato de etila<br />

Fase aquosa, açúcares e<br />

outros co-extratos<br />

polares<br />

Figura 1: Diferentes tipos de amostras de cachaças<br />

após agitação com carbonato de potássio e<br />

repouso de 2min.<br />

2 – Materiais e<br />

Métodos<br />

2.1 – Preparo da amostra<br />

Para efeito salting-out, 5 g de<br />

carbonato de potássio foi adicionado<br />

a 10 mL de amostra em tubos de<br />

15mL com tampa e vortex por 20s<br />

foi aplicado. O tubo permaneceu em<br />

repouso por 2 minutos para separação<br />

visual de duas fases conforme a<br />

figura 1 apresenta, sendo a inferior<br />

aquosa e a superior alcoólica, em<br />

seguida 1 mL da fase superior foi<br />

transferida para vial de 2mL e injetado<br />

no GCMS Agilent.<br />

Para curva de calibração e controles<br />

de qualidade, uma mistura de<br />

40 % de água em etanol teve a adição<br />

do padrão de carbamato de etila<br />

e o protocolo de extração foi seguido<br />

conforme as amostras. Brancos foram<br />

realizados com a mesma mistura<br />

de água e etanol seguido pelo<br />

protocolo de preparo de amostra<br />

sem adição dos padrões.<br />

2.2 – Análise por GCMS<br />

O instrumento utilizado (figura 2) foi o GC Intuvo 9000 com injetor split/splitless<br />

acoplado a um espectrômetro de massa com um quadrupolo, 5977B,<br />

com fonte de ionização por impacto de elétrons. Para a injeção das amostras<br />

líquidas foi usado o injetor de amostras G4513A em conjunto com a bandeja<br />

de 150 amostras 7693. Segue abaixo as condições do método GCMS:<br />

·<br />

Gás de arraste: hidrogênio do gerador Peak Scientific Precision –<br />

Hydrogen Trace 250cc – <strong>99</strong>,<strong>99</strong><strong>99</strong>%<br />

·<br />

Volume injetado: 1 μL<br />

Modo de injeção: Splitless a 240 °C por 0,5 min e fluxo da purga de<br />

·<br />

60 mL/min<br />

Coluna Capilar: DB-624 UI, part number 122-1334UI-INT,<br />

30 m x 250 μm x 1.4 μm<br />

·<br />

Fluxo na coluna: Hidrogênio, fluxo constante a 1.2 mL/min<br />

Guard Chip Intuvo no modo Track Oven, temperatura do BUS (Intuvo)<br />

·<br />

em 250 °C<br />

Rampa no forno: 40 °C por 2 min; rampa de 20 °C/min até 250 °C;<br />

tempo de corrida de 12.5 min<br />

Temperatura da interface GCMS: 280 °C<br />

·<br />

Temperatura da fonte EI no MS 5977: 280 °C, quadrupolo a 150 °C<br />

Aquisição dos dados: modo SCAN e SIM simultâneos, SCAN de 33 a<br />

400, N=2 e SIM (62 e 74) dwell 50<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

37<br />

Vide Figura 2


Informe Científico<br />

Vide Figura 2: GCMS Intuvo/5977B com gerador de hidrogênio da PEAK usado para as análises de carbamato de etila em cachaça.<br />

38<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

3 – Resultados e<br />

Discussão<br />

O analito carbamato de etila é<br />

volátil e fácil de ser analisado por<br />

GCMS. Mas, as cachaças comerciais<br />

têm de 6 a 30 g/L de açúcar<br />

e esse açúcar não deve ser injetado<br />

no GCMS. É necessário um preparo<br />

de amostra para remover esses interferentes<br />

não voláteis da cachaça.<br />

O método de preparo aplicado de<br />

efeito salting-out mostrou ser bastante<br />

efetivo e rápido. Foram feitos<br />

testes de robustez com 100 injeções<br />

de cachaças comerciais extraídas<br />

e os resultados mostraram que<br />

a área teve uma variação entre 10 a<br />

15 % na área do analito para uma<br />

mesma amostra.<br />

O uso de padrão interno como<br />

carbamato de propila, butila ou o<br />

metila é recomendado para reduzir<br />

o coeficiente de variação proveniente<br />

dos diferentes tipos de composição<br />

da cachaça, onde cada<br />

marca tem sua própria receita de<br />

produção podendo apresentar diferentes<br />

interferentes, e também<br />

para minimizar possíveis variações<br />

de preparo de amostra em rotina<br />

do laboratório.<br />

A curva de calibração foi feita<br />

tanto em álcool etílico quanto em<br />

matriz de cachaça após preparo da<br />

amostra. As concentrações do carbamato<br />

de etila foram de 75, 150,<br />

300, 600 e 1200 μg/L. Como a legislação<br />

Brasileira pede 150 μg/L<br />

como máximo aceitável de carbamato,<br />

a curva foi feita com um ponto<br />

abaixo do limite e vários pontos<br />

acima para verificar a linearidade.<br />

A aquisição do sinal do carbamato<br />

de etila foi feita no modo de varredura<br />

(SCAN) e no modo de monitoramento<br />

dos íons selecionados<br />

(SIM) de maneira simultânea. Um<br />

dos objetivos era verificar a identidade<br />

e confirmar pelo espectro<br />

de massas o analito carbamato de<br />

etila através do modo SCAN e comparação<br />

com a biblioteca comercial<br />

da NIST. O outro modo de aquisição<br />

no modo SIM era para tornar<br />

a aquisição do sinal mais especifica<br />

ao carbamato, monitorando<br />

somente as massas 62 e 74 para<br />

quantificar com a massa 62 mais<br />

intensa e qualificar com a massa<br />

74. Uma vantagem do modo SIM<br />

é a maior sensibilidade porem nessa<br />

aplicação, tanto no modo SCAN<br />

quanto no modo SIM o carbamato<br />

de etila foi detectado com área excelente<br />

para o ponto mais baixo da<br />

curva. As figuras 3, 4 e 5 mostram<br />

as curvas de calibração no modo<br />

SCAN e SIM no solvente e SIM com<br />

a curva na matriz respectivamente.


comparação com a biblioteca comercial da NIST. O outro modo de aquisição no modo SIM era para tornar<br />

a aquisição do sinal mais especifica ao carbamato, monitorando somente as massas 62 e 74 para<br />

quantificar com a massa 62 mais intensa e qualificar com a massa 74. Uma vantagem do modo SIM é a<br />

maior sensibilidade porem nessa aplicação, tanto no modo SCAN quanto no modo SIM o carbamato de<br />

etila foi detectado com área excelente para o ponto mais baixo da curva. As figuras 3, 4 e 5 mostram as<br />

curvas de calibração no modo SCAN e SIM no solvente e SIM com a curva na matriz respectivamente.<br />

Figura 3: Curva do carbamato de etila no modo SCAN feito em solvente.<br />

Figura 3: Curva do carbamato de etila no modo SCAN feito em solvente.<br />

Figura 4: Curva do carbamato de etila no modo SIM feito em solvente.<br />

Figura 4: Curva do carbamato de etila no modo SIM feito em solvente.<br />

Figura 4: Curva do carbamato de etila no modo SIM feito em solvente.<br />

Figura 5: Curva do carbamato de etila no modo SIM na matriz.<br />

Figura 5: Curva do carbamato de etila no modo SIM na matriz.<br />

Figura 5: Curva do carbamato de etila no modo SIM na matriz.<br />

Os cromatogramas (figura 6) mostram a análise em 12,5 min onde o carbamato de etila sai em 7,026 min.<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

39


Informe Científico<br />

Os cromatogramas (figura 6) mostram a análise em 12,5 min onde o carbamato de etila sai em 7,026 min. O pico<br />

fica muito mais nítido no modo SIM mas se extrair o íon 62 do modo SCAN também pode se ver bem o pico do carbamato<br />

de etila no modo SCAN nesse ponto mais baixo da curva com 75 μg/L (figura 7).<br />

Figura 6: Cromatogramas no modo SIM e no modo SCAN da análise de carbamato de etila (7,026 min) em<br />

cachaça.<br />

Figura 6: Cromatogramas no modo SIM e no modo SCAN da análise de carbamato de etila (7,026 min) em cachaça.<br />

Figura 6: Cromatogramas no modo SIM e no modo SCAN da análise de carbamato de etila (7,026 min) em<br />

cachaça.<br />

40<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Figura 7: Cromatogramas do íon 62 extraído no modo SCAN e modo SIM para o carbamato de etila.<br />

Figura 7: Cromatogramas do íon 62 extraído no modo SCAN e modo SIM para o carbamato de etila.<br />

Figura 7: Cromatogramas do íon 62 extraído no modo SCAN e modo SIM para o carbamato de etila.


Informe Científico<br />

O uso de hidrogênio como gás de arraste em GCMS é tido como perigoso e também se diz que o vácuo<br />

não O uso fica de tão hidrogênio bom quanto como com gás o de gás arraste hélio em porque GCMS a é molécula tido como perigoso de hidrogênio e também é menor se diz e que mais o vácuo difícil não de fica retirar tão<br />

bom quanto com o gás hélio porque a molécula de hidrogênio é menor e mais difícil de retirar da câmara de vácuo.<br />

Nesse da câmara trabalho de foi vácuo. substituída Nesse a trabalho lente de saída foi substituída fonte de a íons lente de de 3 mm saída por da uma fonte de de 6 mm, íons a de G2589-20045. 3 mm por uma O uso de<br />

da 6 mm, lente a com G2589-20045. diâmetro maior O uso é recomendado lente com pelo diâmetro fabricante maior para ser é recomendado usado hidrogênio pelo fabricante como gás para de arraste ser usado para<br />

GCMS. com hidrogênio Essa é a única como modificação gás de arraste necessária, para GCMS. mas precisa Essa é dizer a única ao software modificação que está necessária, usando hidrogênio mas precisa como dizer gás<br />

de arraste. A figura 8 mostra o espectro obtido do carbamato de etila no GCMS usando hidrogênio e hélio como gás<br />

de ao arraste. software Se que observa está que usando o espectro hidrogênio é mesmo como tanto gás para de hélio arraste. quando A para figura hidrogênio, 8 mostra onde o espectro o match com obtido a NIST do<br />

foi carbamato de 882 para de hidrogênio etila no GCMS e 904 usando para hélio hidrogênio (máximo ou e hélio ideal é como 1000), gás ambos de arraste. usando o Se modo observa SCAN que e sem o espectro subtração é<br />

de mesmo background. tanto para hélio quando para hidrogênio, onde o match com a NIST foi de 882 para hidrogênio e<br />

904 para hélio (máximo ou ideal é 1000), ambos usando o modo SCAN e sem subtração de background.<br />

Figura 8: Espectros de massa obtidos do carbamato de etila por GCMS usando no primeiro exemplo o hidrogênio e no segundo o hélio como gás de arraste.<br />

Figura 8: Espectros de massa obtidos do carbamato de etila por GCMS usando no primeiro exemplo o<br />

hidrogênio e no segundo o hélio como gás de arraste.<br />

42<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

4 – Conclusões<br />

Com o processo de preparo de amostra simplificado e eficiente, as análises do Carbamato de etila por GCMS podem<br />

ficar mais baratas e rápidas. O uso do GCMS mostra a eficiência, linearidade para a faixa de concentração necessária,<br />

sensível 4 – Conclusões e permite a confirmação inequívoca da identidade do carbamato de etila. O GC Intuvo usa colunas planares<br />

e permite aquecimentos mais rápidos e uso da tecnologia micro fluídica que reduz volumes mortos e manutenções<br />

mais Com fáceis. o processo O uso do de hidrogênio preparo de como amostra gás de simplificado arraste apesar e de eficiente, ser um mito as entre análises os usuários do Carbamato de GCMS, de mostrou etila por ser<br />

eficiente, seguro e não alterou a sensibilidade, o desempenho da coluna e mesmo o espectro de massa se mostrou<br />

idêntico GCMS podem quando ficar comparado mais baratas com o espectro e rápidas. obtido O uso com do Hélio GCMS como mostra gás de a arraste. eficiência, O gerador linearidade PEAK usado para permite a faixa ser de<br />

instalado concentração na sala necessária, junto com o sensível GCMS e não e permite precisa de a confirmação linha de gás nem inequívoca reguladores da identidade gás entre o do gerador carbamato e o GC. de<br />

etila. O GC Intuvo usa colunas planares e permite aquecimentos mais rápidos e uso da tecnologia micro<br />

fluídica que reduz volumes mortos e manutenções mais fáceis. O uso do hidrogênio como gás de arraste<br />

apesar de ser um mito entre os usuários de GCMS, mostrou ser eficiente, seguro e não alterou a<br />

5 – Referências<br />

sensibilidade, o desempenho da coluna e mesmo o espectro de massa se mostrou idêntico quando<br />

comparado Bibliográficas<br />

com o espectro obtido com Hélio como gás de arraste. O gerador PEAK usado permite ser<br />

Baffa Junior, J. C. [ET AL] Ethyl-carbamate determination by gas chromatography-mass spectrometry at different stages of production of a traditional Brazilian spirit. Food<br />

instalado na sala junto com o GCMS e não precisa de linha de gás nem reguladores de gás entre o gerador<br />

Chemistry 129 (2011) 1383-1387.<br />

e o GC.<br />

Connor, E. [ET AL] The effect of draw out lens diameter on sensitivity of GC-MS analysis. PEAK Application Note, 2018 – www.peakscientific.com/articles<br />

Guerreiro, T. M. [ET AL] New Approach of QuEChERS and GC-MS Triple-Quadrupole for the Determination of Ethyl Carbamate Content in Brazilian cachaças, 2018; 5(April), 1–9.<br />

Masson, J. [ET AL] GC-MS analysis of ethyl carbamate in distilled sugar cane spirits from northern and southern regions of Minas Gerais. J. Inst. Brew, 2014; 120: 516-520<br />

Ryu, D. [ET AL] Determination of Ethyl Carbamate in Alcoholic Beverages and Fermented Foods Sold in Korea. Toxicol Res 2015 Sep; 31(3): 289-297.


24ª edição<br />

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA<br />

PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA<br />

NOVO HORÁRIO<br />

11h às 19 h<br />

FUTURO<br />

FARMACÊUTICO


em foco<br />

Não se trata apenas de desempenhar um papel cada vez mais importante e<br />

crucial no desenvolvimento, testes de diagnósticos clínicos cada vez mais inovadores,<br />

mas também em auxiliar no avanço, de uma tecnologia em ascensão que é a medicina<br />

de precisão. Abaixo, veremos como o atrelamos o poder da água ultrapura nos<br />

diagnósticos clínicos tem o potencial de transformar a saúde do paciente.<br />

Como a Água Ultrapura ajuda a melhorar os diagnósticos clínicos?<br />

Como experts em Purificação de Água para Laboratórios, nós da ELGA LabWater,<br />

somos estimulados pelo aumento do número de tecnologias inovadoras de diagnósticos<br />

A Água UltraPura em testes de Diagnóstico Clínico<br />

clínicos, e que estão atreladas as propriedades da água ultrapura. Por exemplo, a água<br />

ultrapura é um elemento crítico na recente tecnologia interoperativa em cirurgias de<br />

câncer, chamada MasSpec Pen.(1)<br />

44<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Detectando Tecnologias câncer inovadoras com uma de Como testes a Água diagnósticos Ultrapura ajuda clínicos gota de água é então analisado<br />

gota de água Recentemente ultrapura desenvolvido, a melhorar este os diagnósticos dispositivo de ionização por um espectrômetro portátil e descartável, massas<br />

Você sabia que podemos fazer a clínicos?<br />

conectado ao dispositivo, para determinar<br />

com se suspeita o perfil biomolecular de câncer. é O<br />

detecção libera uma de câncer pequena utilizando gota uma de água Como ultrapura experts em sobre Purificação o tecido<br />

única conteúdo gota de água molecular ultrapura? da E que gota de água Água para é então Laboratórios, analisado nós da por corresponde um espectrômetro ao tecido canceroso. de massas<br />

a qualidade da água influencia o ELGA LabWater, somos estimulados O mais relevante, é que os resultados<br />

são obtidos em dez (10)<br />

conectado ao dispositivo, para determinar se o perfil biomolecular é corresponde ao<br />

desenvolvimento de novos medicamentos?<br />

tecido Nós canceroso. da ELGA LabWater filogias<br />

inovadoras de diagnósticos segundos, e assim permite que<br />

pelo aumento do número de tecnocamos<br />

maravilhados em descobrir o clínicos, e que estão atreladas as médicos cirurgiões, identifiquem,<br />

O mais relevante, é que os resultados são obtidos em dez (10) segundos, e assim<br />

quão importante é a água ultrapura propriedades da água ultrapura. Por com precisão e em tempo real, os<br />

nos permite diagnósticos que clínicos! médicos cirurgiões, exemplo, identifiquem, a água ultrapura com é um precisão elemento<br />

crítico na recente tecnologia<br />

limites e em do tumor tempo – o real, que significa, os limites<br />

Não se trata apenas de desempenhar<br />

um papel cad a vez mais interoperativa em cirurgias de cân-<br />

que apenas as células cancerosas<br />

serão removidas e que as células<br />

sadias serão mantidas. Isto supera<br />

importante e crucial no desenvolvimento,<br />

testes de diagnósticos clínicer,<br />

chamada MasSpec Pen.(1)<br />

os métodos usados anteriormente,<br />

que além de consumirem muito<br />

cos cada vez mais inovadores, mas Tecnologias inovadoras de<br />

tempo, exigem um trabalho intensivo<br />

(Ex.: detecção por imagem,<br />

também em auxiliar no avanço, de testes diagnósticos clínicos<br />

uma tecnologia em ascensão que Recentemente desenvolvido, crio-preservação e microscopia),<br />

é a medicina de precisão. Abaixo, este dispositivo de ionização portátil<br />

e descartável, libera uma cuperação dos pacientes, por re-<br />

diminuindo assim o tempo de re-<br />

veremos como o atrelamos o poder<br />

da água ultrapura nos diagnósticos pequena gota de água ultrapura duzir o tempo de cirurgia e reduzir<br />

clínicos tem o potencial de transformar<br />

a saúde do paciente.<br />

câncer. O conteúdo molecular<br />

sobre o tecido com suspeita de os cuidados pós-operatórios.<br />

da


Uma gota de água ultrapura é<br />

crítica em diagnósticos clínicos<br />

Para a gota de água que extrai<br />

o conteúdo molecular do tecido,<br />

deve-se usar água ultrapura por<br />

vários motivos.<br />

Primeiro, utilizando água ultrapura<br />

evita-se o risco de que<br />

contaminantes interfiram no perfil<br />

molecular do tecido canceroso. De<br />

fato, a equipe de pesquisadores<br />

que desenvolveu este dispositivo<br />

baseado em espectrometria de<br />

massas, descobriu que utilizando<br />

água ultrapura, era possível gerar<br />

perfis moleculares mais claros<br />

quando comparado com as substâncias<br />

testadas anteriormente<br />

(etanol e uma mistura de etanol/<br />

água). (2)<br />

Segundo, a água ultrapura permite<br />

a extração química de compostos<br />

com baixo peso molecular,<br />

como metabólitos e lipídeos, do<br />

tecido. Finalmente, a água ultrapura<br />

é biocompatível com humanos,<br />

então este dispositivo é adequado<br />

para análises in-vivo, uma<br />

vez que não agride o danifica o<br />

tecido, ao contrário de outras técnicas<br />

de ionização, que danificam<br />

ou destroem o tecido-alvo.<br />

O papel da ELGA LabWater<br />

nos diagnósticos clínicos de<br />

precisão<br />

A medicina de precisão está<br />

transformando as áreas de healthcare<br />

e desenvolvimento de novos<br />

medicamentos e que dependem<br />

dos testes de diagnósticos clínicos<br />

– nos quais os sistemas de<br />

purificação de água são partes<br />

integrantes. Por exemplo, biomarcadores<br />

associados com doenças<br />

em pacientes, estão sendo cada<br />

vez mais monitorados pelas indústrias<br />

farmacêuticas, para predizer<br />

quais pacientes irão responder de<br />

forma favorável aos tratamentos,<br />

acelerando assim as pesquisas<br />

clínicas e fazendo com que novas<br />

drogas sejam disponibilizadas<br />

mais rapidamente aos pacientes a<br />

um custo reduzido.<br />

Esse perfil de biomarcadores<br />

dos pacientes se baseia em técnicas<br />

de diagnósticos, tais como<br />

cromatografia líquida acoplada a<br />

espectrometria de massa (LC-MS),<br />

porém a qualidade dos dados gerados<br />

por esses testes é totalmente<br />

dependente da qualidade da<br />

água utilizada. Isso porque a água<br />

de baixa qualidade pode conter<br />

impurezas, incluindo compostos<br />

orgânicos, inorgânicos, bactérias<br />

ou partículados que podem reduzir<br />

a precisão dos dados gerados por<br />

LC-MS, como perda de resolução,<br />

picos fantasmas e mudança nos<br />

tempos de retenção.<br />

Portanto, o alto grau de pureza<br />

da água fornecida por sistemas de<br />

purificação de água, como a linha<br />

PURELAB® da ELGA LabWater<br />

(3), pode garantir a confiabilidade<br />

dos perfis de biomarcadores, aumentando<br />

as taxas de sucesso de<br />

testes clínicos e possibilitando que<br />

os pacientes recebam tratamentos<br />

potencialmente transformadores.<br />

Testes de auto-diagnósticos –<br />

uma ajuda ou um obstáculo?<br />

O surgimento da medicina de<br />

precisão acompanhou o desenvolvimento<br />

de um mercado de<br />

kits para testes de diagnóstico<br />

em casa, incluindo kits para uma<br />

enorme variedade de condições,<br />

desde a infertilidade até o HIV. Especialistas<br />

dividem opiniões sobre<br />

esses auto-testes de diagnóstico<br />

- eles poderiam marcar uma nova<br />

era da medicina diagnóstica ou<br />

apenas ser um risco para a nossa<br />

saúde. (4).<br />

Por um lado, eles têm o potencial<br />

de fornecer kits de diagnóstico<br />

acessíveis para pessoas<br />

com pouco ou nenhum acesso a<br />

cuidados médicos em um mundo<br />

em desenvolvimento; mas, por<br />

outro lado, a remoção de testes<br />

diagnósticos do laboratório clínico<br />

profissional, por algumas vezes,<br />

gera resultados enganosos e não<br />

confiáveis. Como tal, o conselho<br />

regulatório atual é garantir que os<br />

kits de diagnósticos domésticos<br />

sejam sempre complementados<br />

por testes controlados em um laboratório<br />

clínico, onde as tecnologias<br />

analíticas mais atuais e água<br />

ultrapura de grau clínico podem<br />

garantir que a saúde do paciente<br />

não seja comprometida.<br />

Com iniciativas notáveis e inovações<br />

sendo desenvolvidas na<br />

área de diagnósticos clínicos, fica<br />

claro para nós da ELGA LabWater<br />

que esse é um momento incrivelmente<br />

interessante para a aplicação<br />

de água ultrapura como uma<br />

ferramenta biomédica.<br />

Referências:<br />

(1)https://eberlin.cm.utexas.edu/masspec-pen<br />

(2)https://www.360dx.com/molecular-diagnos-<br />

tics/ut-team-develops-mass-spec-based-device-<br />

-guiding-cancer-surgery<br />

(3)https://www.elgalabwater.com/products/<br />

purelab<br />

(4)https://www.elgalabwater.com/blog/home-<br />

-diagnostic-testing-kits-new-medical-era-or-risk-<br />

-our-health<br />

Saiba mais:<br />

www.veoliawatertech.com/latam<br />

watertech.marcom.latam@veolia.com<br />

11 3888-8800<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

45


em foco<br />

Inovação na cultura celular<br />

A melhor performance em cultura<br />

Os frascos da Greiner Bio-One são a solução ideal para o s<br />

Greiner Bio-One Brasil apresenta novas superfícies para frascos e placas para cultura de células<br />

46<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

Tampas:<br />

com e sem filtro<br />

A cultura celular é o processo<br />

pelo qual células são mantidas vivas<br />

e em crescimento fora de seu tecido<br />

original em condições controladas,<br />

que envolvem: a escolha de um<br />

meio de cultura correto com alguns<br />

suplementos, controle da temperatura<br />

de cultura em 37°C, que é a<br />

mesma temperatura do corpo humano,<br />

e controle do pH.<br />

Tais condições permitem que as<br />

células sejam mantidas vivas e viáveis<br />

crescendo em monocamadas<br />

ou em suspensão sob uma superfície<br />

plástica de uma placa ou frasco<br />

para cultura celular. Essa cultura<br />

bidimensional ou 2D é onde tudo<br />

começa, inclusive para a cultura 3D.<br />

O que determina se o cultivo celular<br />

ocorre por aderência ou em<br />

suspensão são as características de<br />

proliferação da própria célula, o que<br />

depende da capacidade de adesão<br />

Área de cultivo:<br />

25, 75 e 175 cm²<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Aonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />

Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

da mesma na superfície do frasco<br />

ou da placa de cultura.<br />

A Greiner Bio-One, destaque no<br />

segmento Life Science, apresenta<br />

um amplo portfólio para cultivo e<br />

análise de células, com opções de<br />

superfícies especialmente tratadas<br />

para melhorar o rendimento da cultura.<br />

Em se tratando do cultivo de células<br />

aderentes, a divisão BioScience<br />

da Greiner Bio-One Brasil apresenta<br />

duas opções de tratamento de superfície:<br />

a TC e a Advanced TCTM. A<br />

opção TC (do inglês Tissue Culture,<br />

ou seja, cultura de tecidos), incorpora<br />

na superfície plástica grupos<br />

polares, tornando-a hidrofílica, promovendo,<br />

assim, a adesão das células<br />

à superfície plástica do frasco<br />

de cultivo.<br />

Para o cultivo de células sensíveis,<br />

as quais possuem condições espe-<br />

• CELLSTAR® TC para células<br />

para otimizar o cultivo de célula<br />

• CELLSTAR® para células e<br />

hidrofóbica, indicada para cu<br />

necessitam de ancoragem para<br />

ciais de crescimento, foi desenvolvida<br />

a opção Advanced TCTM. Com<br />

• CELLSTAR® Cell-Repellent:<br />

Bio-One esta opção de sup<br />

uma tecnologia a adesão inovadora, celular essa su-perfície é especialmente onde as superfícies modificada hidrofóbica<br />

é indicada<br />

para otimizar impedir a adesão a e as adesão taxas de celular;<br />

proliferação • Advanced celular, principalmente TC: superfície ino<br />

em cultura com cultura redução eficaz ou ausência<br />

de soro. cultivo celular em condição d<br />

de células fasti<br />

Já a linha soro; de produtos para cultura<br />

de • células CELLCOAT®: em suspensão superfície possui<br />

duas opções extracelular de superfície como para colágeno tipo<br />

revest<br />

cultivo: uma ou superfície ainda proteínas hidrofóbica sintéticas co<br />

– geralmente utilizada para células<br />

de origem hematopoiéticas, e uma<br />

superfície de repelência de células<br />

(a Cell-Repellent).<br />

w<br />

A tecnologia Cell-Repellent é ideal<br />

para o cultivo celular em 3D, pois<br />

evita efetivamente a adesão das<br />

células na superfície do plástico,<br />

sendo sua utilização indicada para o<br />

cultivo de células onde as superfícies<br />

hidrofóbicas convencionais não<br />

são suficientes para impedir a adesão<br />

celular.<br />

A Greiner Bio-One tem a solução<br />

ideal em cultura celular para<br />

aumentar a produtividade no seu<br />

laboratório!<br />

Assessoria de Imprensa<br />

Greiner Bio-One Brasil<br />

info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/


Assista o vídeo<br />

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A melhor performance<br />

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A melhor performance em cultura celular<br />

Os frascos da Greiner Bio-One são a solução ideal para o seu laboratório<br />

Tampas:<br />

com e sem filtro<br />

Área de cultivo:<br />

25, 75 e 175 cm²<br />

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Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

• CELLSTAR® TC para células aderentes: superfície ideal<br />

para otimizar o cultivo de células aderentes;<br />

• CELLSTAR® para células em suspensão: superfície<br />

hidrofóbica, indicada para cultivo de células que não<br />

necessitam de ancoragem para proliferação;<br />

• CELLSTAR® Cell-Repellent: exclusividade da Greiner<br />

Bio-One esta opção de superfície evita efetivamente<br />

a adesão celular e é indicada para o cultivo de células<br />

onde as superfícies hidrofóbicas não são suficientes para<br />

impedir a adesão celular;<br />

• Advanced TC: superfície inovadora que possibilita uma<br />

cultura eficaz de células fastidiosas, por exemplo para<br />

cultivo celular em condição de ausência ou redução de<br />

soro;<br />

• CELLCOAT®: superfície revestida com proteínas da matriz<br />

extracelular como colágeno tipo I, fibronectina ou laminina<br />

ou ainda proteínas sintéticas como Poli-L ou Poli-D lisina.<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

47<br />

www.gbo.com/bioscience


em foco<br />

em foco<br />

Qualidade da água e monitoramento ambiental, uma preocupação global cada<br />

vez mais globalizada<br />

48<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

A água é um recurso natural indispensável<br />

ao ser humano e demais<br />

seres vivos além de ser a fonte de<br />

equilíbrio dos ecossistemas. Segundo<br />

a Organização Mundial da Saúde<br />

(OMS), todos têm direito a água potável,<br />

que não represente risco à saúde,<br />

em quantidade e custo acessível<br />

à população como um todo. A água<br />

própria para o consumo humano<br />

deve atender parâmetros microbiológicos,<br />

físicos e químicos que não<br />

ofereçam risco à saúde.<br />

Segundo o Ministério da Saúde, a<br />

água própria para o consumo deve<br />

estar livre de microrganismos patogênicos<br />

e não deve conter bactérias<br />

indicadoras de contaminação fecal.<br />

O principal representante desse<br />

grupo de bactérias é a Escherichia<br />

coli, microrganismo pertencente ao<br />

grupo dos coliformes.<br />

Os coliformes totais são constituídos<br />

pela família Enterobactereacea,<br />

bacilos Gram-negativos,<br />

não formadores de esporos, aeróbios<br />

ou anaeróbios facultativos,<br />

capazes de fermentar lactose<br />

com produção de gás a 35ºC entre<br />

24 e 48 horas. Nesse grupo<br />

as bactérias mais relevantes são:<br />

Klebsiela, Enterobacter, Escherichia<br />

coli, Citrobacter, sendo a E.<br />

coli presente somente no trato<br />

intestinal de animais de sangue<br />

quente. Os coliformes termotolerantes<br />

são subgrupos das<br />

bactérias do grupo coliforme que<br />

fermentam lactose a 44,5ºC ±<br />

0,2ºC em 24 horas e têm a Escherichia<br />

coli como o principal<br />

bioindicador de origem fecal presente<br />

na água.<br />

A análise bacteriológica de água é<br />

um método importante para a determinação<br />

da qualidade da água para<br />

consumo. Estas técnicas de análises<br />

são específicas e sensíveis aos microrganismos<br />

de água e alimento para<br />

consumo humano. A análise microbiológica<br />

da água pode ser utilizada para<br />

pesquisar a presença ou ausência de<br />

microrganismos, para quantificar os<br />

mesmos presentes, para identificar e<br />

caracterizar diferentes espécies. Diversos<br />

métodos laboratoriais de análises<br />

podem ser usados para cada uma<br />

dessas especificações<br />

A técnica de membrana filtrante<br />

é um dos métodos indicados para a<br />

quantificação de bactérias do grupo<br />

coliformes em água. Esta técnica se<br />

baseia na filtração de volumes adequados<br />

de água, em que as bactérias<br />

ficarão retidas na membrana, com<br />

porosidade de 0,45μm, que consegue<br />

reter os organismos com tamanhos<br />

maiores que seu poro.<br />

Para o processo de filtração, normalmente<br />

é utilizado um aparelho<br />

que consta um funil de filtração,<br />

suporte de membrana e frasco co-


letor. Após a passagem da água por<br />

esta membrana, os coliformes ficam<br />

retidos por terem um tamanho superior<br />

a 0,45μm. Estas membranas<br />

então são transferidas para a placa<br />

de Petri contendo o meio de cultura<br />

de acordo com as necessidades de<br />

crescimento do microrganismo em<br />

questão, as placas então são levadas<br />

para uma estufa a 35 ± 5º C por 24<br />

horas. Depois de incubadas as colônias<br />

são numeradas visualmente ou<br />

através de contagem automatizada.<br />

As principais vantagens desta<br />

técnica são:<br />

•Permite a contagem direta do<br />

número de microrganismo;<br />

•Possibilita a análise de um<br />

grande volume de amostras aumentando<br />

assim a sensibilidade do<br />

método;<br />

•Pode ser aplicada à água bruta e<br />

tratada;<br />

•Técnica recomendada pelo standard<br />

methods e farmacopeias para<br />

detecção de coliformes.<br />

Membranas, copos de filtração<br />

e todos os itens e acessórios necessários<br />

para realizar a técnica<br />

de membrana filtrante em seu<br />

laboratório você encontra na LAS<br />

do Brasil, distribuidora autorizada<br />

PALL em todo território nacional.<br />

LAS do Brasil<br />

+55 62 3085 1900<br />

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Sartoclear Dynamics® Lab<br />

Sua cultura de células filtrada com muito mais rapidez<br />

Inspirado pela indústria de plasma, o Sartoclear<br />

Dynamics® Lab baseia-se nos princípios da filtração body<br />

feed; os kits de clarificação prontos para uso permitem<br />

processamento rápido e conveniente de até 1.000 mL de<br />

amostra de cultura de células de mamífero.<br />

Como resultado, estes kits eliminam uma longa etapa de<br />

centrifugação, permitindo que a clarificação e a filtração<br />

estéril sejam realizadas em uma única etapa.<br />

Entre em contato conosco e conheça o Sartoclear<br />

Dynamics® Lab<br />

Sartorius do Brasil Ltda<br />

Tel.: 11 4362-8900 | E-mail: leadsbr@sartorius.com<br />

www.sartorius.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

49


em foco<br />

Sartoclear Dynamics ® Lab - sua cultura de células filtrada com muito mais<br />

rapidez<br />

50<br />

REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />

O Sartoclear Dynamics® Lab é um<br />

novo método para a colheita de culturas<br />

de células de mamíferos com altas<br />

densidades celulares. Ele apresenta<br />

resultados consistentes, facilidade de<br />

uso e rapidez excepcional, suas principais<br />

características – com aplicação em<br />

preparação de amostras analíticas, clarificação,<br />

Pesquisa &Desenvolvimento e<br />

filtração estéril.<br />

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etapa de centrifugação, permitindo<br />

que a clarificação e a filtração estéril sejam<br />

realizadas em uma única etapa. Os<br />

kits simplificam o processo, eliminando<br />

totalmente a etapa de centrifugação necessária<br />

para a clarificação.<br />

Cada kit Sartoclear Dynamics® Lab V é composto<br />

de bolsas de auxílio de filtro e unidades de filtração a<br />

vácuo que correspondem às suas necessidades.<br />

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