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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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DEFORMAÇÃO 49<br />

z<br />

os ângulos de cada lado. Assim, pela Equação 2.3,<br />

!::.s' = (1 + E)!::.s em relação às retas LU, .:ly e .:lz, os comprimentos<br />

aproximados dos lados do paralelepíp<strong>ed</strong>o são<br />

(1 + E)Llx<br />

e os ângulos aproximados entre os lados, mais uma vez<br />

definidos originalmente pelos lados Llx, .:ly e Llz, são<br />

X<br />

(a)<br />

Corpo não<br />

deformado<br />

(b)<br />

(1 + Ey)dy<br />

Elemento<br />

deformado<br />

(c)<br />

Figura 2.3<br />

Componentes cartesianas da deformação.<br />

Usando as definições anteriores de deformação normal<br />

e deformação por cisalhamento, mostraremos agora<br />

como elas podem ser usadas para descrever a deformação<br />

do corpo (Figura 2.3a). Para isso, imagine que o<br />

corpo está subdividido em pequenos elementos como<br />

o mosrado a Figura 2.3b. Esse elemento é retangular,<br />

suas d1mensoes, quando não deformado, são LU, .:ly e<br />

6z e ele está localizado na vizinhança de um ponto no<br />

corpo (Figura 2.3a). Considerando que as dimensões<br />

do elemento são muito pequenas, sua forma, quando<br />

d formado, será a de um paralelepíp<strong>ed</strong>o (Figura 2.3c),<br />

VIsto que segmentos de reta muito pequenos permanecerão<br />

aproximadamente retas após a deformação<br />

do co . po. Para chegar a isso, temos de considerar, em<br />

pnmeuo lugar, como a deformação normal muda os<br />

co<br />

.<br />

'<br />

mpnmentos dos lados do elemento retangular e em<br />

egUI a, como a deformação por cisalhamento muda<br />

s 'd<br />

7T' 7T' 7T'<br />

2-Yxy 2-Yy z 2-Yxz<br />

Observe, em particular, que as deformações normais<br />

causam uma mudança no volume do elemento<br />

retangular, ao passo que deformações por cisalhamento<br />

provocam uma mudança em sua forma. É claro que<br />

ambos os efeitos ocorrem simultaneamente durante a<br />

deformação.<br />

Então, resumindo, o estado de deformação em um<br />

ponto de um corpo exige a especificação de três deformações<br />

normais, E , E e E , e três deformações por<br />

X y Z<br />

cisalhamento, y , y e y . Essas deformações descrexy<br />

yz<br />

xz<br />

vem completamente a deformação de um elemento<br />

de volume retangular do material localizado no ponto<br />

e orientado de modo que seus lados são originalmente<br />

paralelos aos eixos x, y, z. Uma vez definidas<br />

essas deformações em todos os pontos no corpo, a<br />

forma deformada do corpo poderá ser descrita. Devemos<br />

acrescentar, ainda, que, conhecido o estado de<br />

deformação em um ponto, definido por suas seis componentes,<br />

é possível determinar as componentes da<br />

deformação em um elemento orientado no ponto em<br />

qualquer outra direção. Discutiremos essa questão no<br />

Capítulo 10.<br />

Análise de pequenas deformações. A maioria<br />

dos projetas de engenharia envolve aplicações para<br />

as quais são permitidas somente pequenas deformações.<br />

Por exemplo, quase todas as estruturas e máquinas<br />

parecem ser rígidas, e as deformações que ocorrem<br />

durante a utilização dificilmente são percebidas. Além<br />

disso, ainda que a deflexão de um elemento como uma<br />

chapa fina ou haste delgada seja aparentemente grande,<br />

o material de que ele é feito poderá estar submetido<br />

somente a deformações muito pequenas. Portanto,<br />

neste livro, consideraremos que as deformações que<br />

ocorrem no interior de um corpo são quase infinitesimais,<br />

de modo que as deformações normais que ocorrem<br />

dentro do material são muito pequenas em comparação<br />

com a unidade (ou seja, comparadas a 1), isto<br />

é, E < < 1. Esta premissa, baseada na intensidade da deformação,<br />

tem ampla aplicação prática na engenharia<br />

e, em geral, é denominada análise de pequenas deformações.<br />

Como exemplo, ela permite as aproximações<br />

sen e= e, cos e= 1 e tg e = e, contanto que e seja muito<br />

pequeno.

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