Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)
466 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 12 Vigas e eixos estaticamente indeterminados método superposição O método da superposição foi usado anteriormente para resolver cargas redundantes em barras com cargas axiais e eixos com cargas de torção. Para aplicar esse método à solução de vigas (ou eixos) estaticamente indeterminadas, em primeiro lugar é necessário identificar as reações de apoios redundantes como explicado na Seção 12.6. Ao remover essas reações da viga, obtemos a denominada viga primária, que é estaticamente determinada e estável e submetida somente a carga externa. Se adicionarmos a essa viga uma sucessão de vigas apoiadas de maneira semelhante, cada qual carregada com uma reação redundante separada, pelo princípio da superposição, obtemos a viga carregada propriamente dita. Por fim, para resolver para as reações redundantes, temos de escrever as condições de compatibilidade A p i r--- f_ f_ 2 2 Viga verdadeira (a) que existem nos apoios sobre os quais cada uma das reações redundantes age. Visto que as forças redundantes são determinadas diretamente dessa maneira esse método de análise é às vezes denominado méto: do da força. Uma vez obtidas as reações redundantes as outras reações sobre a viga são determinadas pela; três equações de equilíbrio. Para esclarecer esses conceitos, considere a viga mostrada na Figura 12.43a. Se escolhermos a reação B no rolete como a redundante, a viga primária é mostra da na Figura 12.43b; a viga com a reação redundante B " agindo sobre ela é a mostrada na Figura 12.43c. o deslocamento no rolete tem de ser nulo e, uma vez que o deslocamento do ponto B sobre a viga primária é v8, e que B " provoca o deslocamento do ponto B a uma distâncià v ' 8 para cima, podemos escrever a equação de compatibilidade em B como (+t) Os deslocamentos v8 e v ' 8 podem ser obtidos por meio de qualquer um dos métodos discutidos nas seções 12.2 a 12.5. Aqui nós os obtivemos dirctamente da tabela no Apêndice C. Temos Substituindo na equação de compatibilidade, obtemos e 11 p A A ------'Tvs I_ .... f_ L • --'-- ,--- 2 --+--- 2 ---1 B Reação redundante By removida (b) + B ,---- -- - L- - - - - - - - - - - - -trl • }'s Agora que B Y é conhecida, as reações na parede serão determinadas pelas três equações de equilíbrio aplicadas à viga inteira (Figura 12.43d). Os resultados são Ax = O B Somente a reação redundante By aplicada Y Ay (c) .t41-"' i p i -t l_ p 2 ; --+--- (d) 16 Figma 12.43 Como afirmamos na Seção 12.6, a escolha da reação redundante é arbitrária, desde que a viga primária permaneça estável. Por exemplo, o momento em A para a viga na Figura 12.44a também pode ser escolhido como a reação redundante. Nesse caso, a capacidade da viga de resistir a MA é removida e, portanto, a viga primária passa a ser uma viga apoiada no pino em A (Figura 12.44b ). Além disso, a reação redundante em A age
-- DEFLEXÃO EM VIGAS E EIXOS 467 (a) A --· p t , B !::__ !::_--J 2 2 Viga verdadeira 11 lheremos as forças nos apoios de rolete B e C como redundantes. A viga primária (estaticamente determinada) deforma-se como mostra a Figura 12.45b quando as forças redundantes são removidas. Cada força redundante deforma essa viga como mostram as figuras 12.45c e 12.45d, respectivamente. Por superposição, as equações de compatibilidade para os deslocamentos em B e C são (b) A, p ! B !::__-!::__ 2 2 Componente redundante MA removida + Somente a componente redundante MA aplicada Figura 12.44 sozinha sobre essa viga (Figura 12.44c ). Designando-se a inclinação em A provocada pela carga P por e A e inclinação em A provocada pela reação redundante M A por e, a equação de compatibilidade para a inclinação em A exige (r+) Logo, o= eA + e Usando novamente a tabela no Apêndice C, temos e (+ o (+ j,) O= v8 + v!J + v'B O= Vc +v(:+ v(: (12.22) Aqui as componentes do deslocamento v e v serão expressas em termos da incógnita B Y , e as componentes v ' e v ' , em termos da incógnita C Y . Quando esses deslocamentos são determinados e substituídos na Equação 12.22, essas equações podem ser resolvidas simultaneamente para as duas incógnitas B)' e C Y . Os seguintes exemplos ilustram a aplicação desse procedimento. Por questão de concisão, todos os deslocamentos e inclinações foram determinados usando a tabela no Apêndice C. (b) A I 2"!., t (a) A -·(·i}., pl t pl Pz B t c Viga verdadeira 11 Pz B t c v8 Vc D D =7t Reações redundantes B y e C y removidas + MA = - 3 16 P L Aplicada somente a reação redundante B y v8 c . v(; D :=! Esse é o mesmo resultado calculado anteriormente. Aqui o sinal negativo para MA significa simplesmente que M A age no sentido contrário da direção mostrada na Figura 12.44c. Outro exemplo que ilustra esse método é dado na Figura 12.45a. Nesse caso, a viga é indeterminada de segundo grau e, portanto, serão necessárias duas equações de compatibilidade para a solução. Esco- (d) A t-; 0J .., B + C y c± vB v(; D ;Jt Aplicada somente a reação redundante C y Figma 12.45
- Page 432 and 433: .. 416 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1
- Page 434 and 435: 418 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS cere
- Page 436 and 437: 420 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 300
- Page 438 and 439: 422 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS pl (
- Page 440 and 441: 424 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1/ p
- Page 442 and 443: 426 RESISTNCIA DOS MATERIAIS (a) (b
- Page 444 and 445: 428 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS EIdv
- Page 446 and 447: 430 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS dvl
- Page 448 and 449: 432 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS *12,
- Page 450 and 451: 434 RESISTNCIA DOS MATERIAIS *12.28
- Page 452 and 453: 436 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS (x -
- Page 454 and 455: 438 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O se
- Page 456 and 457: • 440 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
- Page 458 and 459: 442 RESISTÊICI.A DOS MATERIAIS 12.
- Page 460 and 461: 444 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O se
- Page 462 and 463: • 446 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
- Page 464 and 465: 448 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Teor
- Page 466 and 467: 450 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A 0,
- Page 468 and 469: 452 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 25 k
- Page 470 and 471: 454 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 5kN/
- Page 472 and 473: 456 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 12.9
- Page 474 and 475: 458 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS pl p
- Page 476 and 477: 460 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS OBSE
- Page 478 and 479: 462 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 13 k
- Page 480 and 481: 464 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS p p
- Page 484 and 485: 468 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O se
- Page 486 and 487: 470 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS 40 kN
- Page 488 and 489: 472 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 12.1
- Page 490 and 491: 4 7 4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ur
- Page 492 and 493: 476 RESISTÊNCii-\ DOS Mi-\TERii-\1
- Page 494 and 495: • 478 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
- Page 496 and 497: 480 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Essa
- Page 498 and 499: 482 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS .. C
- Page 500 and 501: 484 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS p +
- Page 502 and 503: 486 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS X Po
- Page 504 and 505: 488 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 13.1
- Page 506 and 507: 490 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 13.3
- Page 508 and 509: , 492 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 13
- Page 510 and 511: 494 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Deve
- Page 512 and 513: 496 RESISTÊNCI.II, DOS MATERIAIS S
- Page 514 and 515: 498 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Se a
- Page 516 and 517: 500 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ''13
- Page 518 and 519: 502 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 13.7
- Page 520 and 521: 504 RESISTÊNCiA DOS MATERIAIS Ciad
- Page 522 and 523: 506 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Para
- Page 524 and 525: 508 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 13.8
- Page 526 and 527: FLAMBAGEM DE COLUNAS 509 13.100. A
- Page 528 and 529: FLAMBAGEM DE COLUNAS 511 razão ref
- Page 530 and 531: FLAMBAGEM DE COLUNAS 513 P. Determi
466 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS<br />
12 Vigas e eixos<br />
estaticamente<br />
indeterminados<br />
método<br />
superposição<br />
O método da superposição foi usado anteriormente<br />
para resolver cargas r<strong>ed</strong>undantes em barras com cargas<br />
axiais e eixos com cargas de torção. Para aplicar esse<br />
método à solução de vigas (ou eixos) estaticamente indeterminadas,<br />
em primeiro lugar é necessário identificar<br />
as reações de apoios r<strong>ed</strong>undantes como explicado<br />
na Seção 12.6. Ao remover essas reações da viga, obtemos<br />
a denominada viga primária, que é estaticamente<br />
determinada e estável e submetida somente a carga externa.<br />
Se adicionarmos a essa viga uma sucessão de vigas<br />
apoiadas de maneira semelhante, cada qual carregada<br />
com uma reação r<strong>ed</strong>undante separada, pelo princípio da<br />
superposição, obtemos a viga carregada propriamente<br />
dita. Por fim, para resolver para as reações r<strong>ed</strong>undantes,<br />
temos de escrever as condições de compatibilidade<br />
A<br />
p<br />
i<br />
r--- f_ f_<br />
2 2<br />
Viga verdadeira<br />
(a)<br />
que existem nos apoios sobre os quais cada uma das<br />
reações r<strong>ed</strong>undantes age. Visto que as forças r<strong>ed</strong>undantes<br />
são determinadas diretamente dessa maneira<br />
esse método de análise é às vezes denominado méto:<br />
do da força. Uma vez obtidas as reações r<strong>ed</strong>undantes<br />
as outras reações sobre a viga são determinadas pela;<br />
três equações de equilíbrio.<br />
Para esclarecer esses conceitos, considere a viga<br />
mostrada na Figura 12.43a. Se escolhermos a reação B<br />
no rolete como a r<strong>ed</strong>undante, a viga primária é mostra <br />
da na Figura 12.43b; a viga com a reação r<strong>ed</strong>undante<br />
B " agindo sobre ela é a mostrada na Figura 12.43c. o<br />
deslocamento no rolete tem de ser nulo e, uma vez que<br />
o deslocamento do ponto B sobre a viga primária é v8,<br />
e que B " provoca o deslocamento do ponto B a uma<br />
distâncià v<br />
' 8 para cima, podemos escrever a equação<br />
de compatibilidade em B como<br />
(+t)<br />
Os deslocamentos v8 e v ' 8 podem ser obtidos por<br />
meio de qualquer um dos métodos discutidos nas seções<br />
12.2 a 12.5. Aqui nós os obtivemos dirctamente da<br />
tabela no Apêndice C. Temos<br />
Substituindo na equação de compatibilidade, obtemos<br />
e<br />
11<br />
p<br />
A<br />
A<br />
------'Tvs<br />
I_ .... f_ L • --'--<br />
,--- 2 --+--- 2 ---1 B<br />
Reação r<strong>ed</strong>undante By removida<br />
(b)<br />
+ B<br />
,---- -- - L- - - - - - - - - - - - -trl<br />
•<br />
}'s<br />
Agora que B Y<br />
é conhecida, as reações na par<strong>ed</strong>e serão<br />
determinadas pelas três equações de equilíbrio aplicadas<br />
à viga inteira (Figura 12.43d). Os resultados são<br />
Ax = O<br />
B<br />
Somente a reação r<strong>ed</strong>undante By aplicada Y<br />
Ay<br />
(c)<br />
.t41-"' i <br />
p<br />
i<br />
-t l_ p<br />
2 ; --+---<br />
(d) 16<br />
Figma 12.43<br />
Como afirmamos na Seção 12.6, a escolha da reação<br />
r<strong>ed</strong>undante é arbitrária, desde que a viga primária<br />
permaneça estável. Por exemplo, o momento em A<br />
para a viga na Figura 12.44a também pode ser escolhido<br />
como a reação r<strong>ed</strong>undante. Nesse caso, a capacidade da<br />
viga de resistir a MA é removida e, portanto, a viga primária<br />
passa a ser uma viga apoiada no pino em A (Figura<br />
12.44b ). Além disso, a reação r<strong>ed</strong>undante em A age