Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

rayra.arantes
from rayra.arantes More from this publisher
23.02.2019 Views

424 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1/ p = d2vldx2• Usando essa simplificação, agora a Equação 12.4 pode ser expressa como (12.5) Também é possível escrever essa equação de duas formas alternativas. Se diferenciarmos cada lado em relação a x e substituirmos V= dM!dx (Equação 6.2), obteremos d ( d2v) - EI- = V(x) dx dx2 (12.6) Se diferenciarmos mais uma vez, usando -w = dV!dx (Equação 6.1), obteremos (12.7) Na maioria dos problemas, a rigidez à flexão será constante ao longo do comprimento da viga. Considerando que seja esse o caso, os resultados que obtivemos serão reordenados no seguinte conjunto de equações: d4v EI dx 4 = -w(x) (12.8) d3v EI dx 3 = V(x) (12.9) d2v EI dx 2 = M(x) (12.10) A solução de qualquer dessas equações requer integrações sucessivas para obter a deflexão v da linha elástica. Para cada integração é necessário introduzir uma 'constante de integração' e então resolver para todas as constantes de modo a obter uma solução única para um problema particular. Por exemplo, se a carga distribuída for expressa em função de x e a Equação 12.8 for usada, teremos de avaliar quatro constantes de integração; contudo, se o momento fletor interno M for determinado e a Equação 12.10 for usada, teremos de determinar somente duas constantes de integração. A escolha da equação com a qual começar depende do problema. Entretanto, de modo geral é mais fácil determinar o momento interno M em função de x, integrar duas vezes e avaliar somente duas constantes de integração. Lembre-se de que na Seção 6.1 dissemos que se a carga sobre uma viga for descontínua, isto é, consistir em uma série de várias cargas distribuídas e concentradas, teremos de escrever várias funções para o momento interno, cada uma delas válida dentro da região entre A !'''\--------------' D · B C ···!:? (a) p HBHHf 1 IV HHHUl (b) (c) Figura 12.7 as descontinuidades. Além disso, por questão de conveniência ao escrever cada expressão de momento, a origem de cada coordenada x pode ser selecionada arbitrariamente. Por exemplo, considere a viga mostrada na Figura 12.7a. O momento interno nas regiões AB, BC e CD pode ser expresso em termos das coordenadas selecionadas xl'x 2 e x3, como mostra a Figura 12.7b ou 12.7c ou, na verdade, de qualquer maneira que resulte M = f(x) na forma mais simples possível. Uma vez integradas essas funções com a utilização da Equação 12.10 e das constantes de integração determinadas, as funções darão a inclinação e a deflexão (linha elástica) para cada região da viga para a qual são válidas. Convenção de sinais e coordenadas. p I v Quando aplicarmos as equações 12.8 a 12.10, é importante usar os sinais corretos para M, V ou w, como estabelecido pela convenção de sinais que foi usada na dedução dessas equações. A título de revisão, esses termos são mostrados em suas direções positivas na Figura 12.Sa. Além do mais, lembre-se de que a deflexão positiva, v, é para cima, e o resultado é que o ângulo de inclinação positiva f) será medido na direção anti-horária em relação ao eixo x, quando este for positivo para a direita. A razão disso é mostrada na Figura 12.8b. Nesse caso, os aumentos positivos dx e dv em x e v provocam um aumento em f) no sentido anti-horário. Por outro lado, se x positivo for orientado para a esquerda, então (} será positivo em sentido horário (Figura 12.8c).

DEFLEXÃO EM VIGAS E EIXOS 425 v +M +M +V +V Convenção de sinal positivo O' (a) Convenção de sinal positivo (b) O' Convenção de sinal positivo (c) Figura 12.8 Devemos salientar que, considerando dv/dx muito pequeno, o comprimento horizontal original do eixo da viga e o arco de sua linha elástica serão aproximadamente os mesmos. Em outras palavras, ds nas figuras 12.8b e 12.8c será aproximadamente igual a dx, visto que ds = V(dx)2 + (dv)2 = V1 + (dvldx) 2 dx = dx. O resultado é que consideramos que pontos sobre a linha elástica são deslocados no sentido vertical e não horizontal. Além disso, visto que o ângulo de inclinação e será muito pequeno, seu valor em radianos pode ser determinado diretamente por e= tg e = dv/dx. Condições de contorno e continuidade. As constantes de integração são determinadas pela avaliação das funções para cisalhamento, momento, inclinação ou deslocamento em um determinado ponto na viga no qual o valor da função é conhecido. Esses valores são denominados condições de contorno. A Tabela 12.1 apresenta várias condições de contorno possíveis utilizadas frequentemente para resolver problemas de v 1 2 3 4 5 6 ll =O M o Rolete Ll o M=O Pino ll=O Rolete ll = O Pino (! = 0 ll = O Extremidade fixa ?=== v o M = O Extremidade livre 7 M=O Pino ou articulação interna deflexão em uma viga (ou eixo). Por exemplo, se a viga estiver apoiada sobre um rolete ou um pino (1, 2, 3, 4), o deslocamento será nulo nesses pontos. Além disso, se esses apoios estiverem localizados nas extremidades da viga (1, 2), o momento fletor interno na viga também deve ser nulo. No caso do apoio fixo (5), a inclinação e o deslocamento são ambos nulos, ao passo que a viga de extremidades livres (6) tem momento e cisalhamento nulos. Por fim, se dois segmentos de uma viga estiverem ligados por um pino ou articulação 'interna' (7), o momento deve ser nulo nesse acoplamento. Se não for possível usar uma única coordenada x para expressar a equação para a inclinação ou para a linha elástica de uma viga, deve-se usar as condições de continuidade para calcular algumas das constantes de integração. Por exemplo, considere a viga na Figura 12.9a. Aqui ambas as coordenadas x escolhidas têm origem em A. Cada uma delas é válida somente dentro das regiões O :S x1 :S a e a s x 2 :S (a + b ). Uma vez obtidas as funções para a inclinação e a deflexão, elas

424 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS<br />

1/ p = d2vldx2• Usando essa simplificação, agora a Equação<br />

12.4 pode ser expressa como<br />

(12.5)<br />

Também é possível escrever essa equação de duas<br />

formas alternativas. Se diferenciarmos cada lado em<br />

relação a x e substituirmos V= dM!dx (Equação 6.2),<br />

obteremos<br />

d ( d2v)<br />

- EI- = V(x)<br />

dx dx2<br />

(12.6)<br />

Se diferenciarmos mais uma vez, usando -w = dV!dx<br />

(Equação 6.1), obteremos<br />

(12.7)<br />

Na maioria dos problemas, a rigidez à flexão será<br />

constante ao longo do comprimento da viga. Considerando<br />

que seja esse o caso, os resultados que obtivemos<br />

serão reordenados no seguinte conjunto de equações:<br />

d4v<br />

EI dx 4 = -w(x)<br />

(12.8)<br />

d3v<br />

EI dx 3 = V(x)<br />

(12.9)<br />

d2v<br />

EI dx 2 = M(x)<br />

(12.10)<br />

A solução de qualquer dessas equações requer integrações<br />

sucessivas para obter a deflexão v da linha<br />

elástica. Para cada integração é necessário introduzir<br />

uma 'constante de integração' e então resolver para<br />

todas as constantes de modo a obter uma solução única<br />

para um problema particular. Por exemplo, se a carga<br />

distribuída for expressa em função de x e a Equação<br />

12.8 for usada, teremos de avaliar quatro constantes<br />

de integração; contudo, se o momento fletor interno M<br />

for determinado e a Equação 12.10 for usada, teremos<br />

de determinar somente duas constantes de integração.<br />

A escolha da equação com a qual começar depende<br />

do problema. Entretanto, de modo geral é mais fácil<br />

determinar o momento interno M em função de x, integrar<br />

duas vezes e avaliar somente duas constantes de<br />

integração.<br />

Lembre-se de que na Seção 6.1 dissemos que se a<br />

carga sobre uma viga for descontínua, isto é, consistir<br />

em uma série de várias cargas distribuídas e concentradas,<br />

teremos de escrever várias funções para o momento<br />

interno, cada uma delas válida dentro da região entre<br />

A !'''\--------------' D<br />

· B C ···!:?<br />

(a)<br />

p<br />

HBHHf 1<br />

IV<br />

HHHUl<br />

(b)<br />

(c)<br />

Figura 12.7<br />

as descontinuidades. Além disso, por questão de conveniência<br />

ao escrever cada expressão de momento, a<br />

origem de cada coordenada x pode ser selecionada arbitrariamente.<br />

Por exemplo, considere a viga mostrada<br />

na Figura 12.7a. O momento interno nas regiões AB,<br />

BC e CD pode ser expresso em termos das coordenadas<br />

selecionadas xl'x 2<br />

e x3, como mostra a Figura 12.7b<br />

ou 12.7c ou, na verdade, de qualquer maneira que resulte<br />

M = f(x) na forma mais simples possível. Uma vez<br />

integradas essas funções com a utilização da Equação<br />

12.10 e das constantes de integração determinadas, as<br />

funções darão a inclinação e a deflexão (linha elástica)<br />

para cada região da viga para a qual são válidas.<br />

Convenção de sinais e coordenadas.<br />

p<br />

I<br />

v<br />

Quando<br />

aplicarmos as equações 12.8 a 12.10, é importante<br />

usar os sinais corretos para M, V ou w, como estabelecido<br />

pela convenção de sinais que foi usada na d<strong>ed</strong>ução<br />

dessas equações. A título de revisão, esses termos são<br />

mostrados em suas direções positivas na Figura 12.Sa.<br />

Além do mais, lembre-se de que a deflexão positiva, v,<br />

é para cima, e o resultado é que o ângulo de inclinação<br />

positiva f) será m<strong>ed</strong>ido na direção anti-horária em relação<br />

ao eixo x, quando este for positivo para a direita. A<br />

razão disso é mostrada na Figura 12.8b. Nesse caso, os<br />

aumentos positivos dx e dv em x e v provocam um aumento<br />

em f) no sentido anti-horário. Por outro lado, se<br />

x positivo for orientado para a esquerda, então (} será<br />

positivo em sentido horário (Figura 12.8c).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!