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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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414 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS<br />

cargas, podem existir concentrações de tensão em um<br />

eixo devido a chavetas, acoplamentos e transições repentinas<br />

em sua área de seção transversal (Seção 5.8).<br />

Portanto, para projetar um eixo de forma adequada, é<br />

necessário levar em conta todos esses efeitos.<br />

Nesta seção, discutiremos alguns dos aspectos importantes<br />

do projeto de eixos uniformes usados para<br />

transmitir potência. Esses eixos são frequentemente<br />

submetidos a cargas aplicadas a polias e engrenagens<br />

acopladas, como mostra a Figura ll.lla. Visto que as<br />

cargas podem ser aplicadas ao eixo em vários ângulos,<br />

o momento fletor interno e o momento de torção em<br />

qualquer seção transversal podem ser determinados<br />

substituindo-se as cargas por suas contrapartes estaticamente<br />

equivalentes e então decompondo essas cargas<br />

em componentes em dois planos perpendiculares<br />

(Figura ll.llb). A seguir, podemos traçar os diagramas<br />

de momento fletor para as cargas em cada plano,<br />

e o momento interno resultante em qualquer seção ao<br />

longo do eixo será determinado por adição vetorial,<br />

M = YMx2 + Mz2 (Figura 11.11c). Além de sujeitos<br />

ao momento, os segmentos do eixo também estão<br />

sujeitos a diferentes torques internos (Figura ll.llb ).<br />

Aqui, vemos que, para obter equilíbrio, o torque desenvolvido<br />

em uma engrenagem tem de equilibrar o<br />

torque desenvolvido na outra engrenagem. Para levar<br />

em conta a variação geral do torque ao longo do<br />

eixo, podemos traçar também um diagrama de torque<br />

(Figura ll.lld).<br />

Uma vez definidos os diagramas de momento e<br />

torque, é possível investigar certas seções críticas ao<br />

longo do eixo nas quais a combinação de um momento<br />

resultante M e um torque T cria a pior situação de<br />

tensão. A propósito, o momento de inércia do eixo é<br />

o mesmo em torno de qualquer eixo diametral e, visto<br />

que esse eixo representa um dxo principal de inércia<br />

para a seção transversal, podemos aplicar a fórmula<br />

da flexão usando o momento resultante para obter<br />

a tensão de flexão máxima. Como mostra a Figura<br />

11.11e, essa tensão ocorrerá em dois elementos, C e<br />

D, cada um localizado no contorno externo do eixo.<br />

Se essa seção também tiver de resistir a um torque<br />

T, então desenvolve-se também uma tensão de cisalhamento<br />

máxima nesses elementos (Figura 11.11f).<br />

Além do mais, as forças externas também criarão<br />

tensão de cisalhamento no eixo determinada por<br />

r = VQ!It; todavia, essa tensão geralmente contribuirá<br />

com uma distribuição de tensão muito menor na<br />

seção transversal em comparação com a desenvolvida<br />

por flexão e torção. Em alguns casos, ela deve ser<br />

investigada, porém, por simplicidade, desprezaremos<br />

seu efeito na análise que faremos em seguida. Então,<br />

em geral, o elemento crítico D (ou C) sobre o eixo<br />

está sujeito ao estado plano de tensão, como mostra a<br />

Figura 11.11g, na qual<br />

Me<br />

Te<br />

(J = -- e r=- I J<br />

Se a tensão normal admissível ou a tensão de cisalhamento<br />

admissível for conhecida, as dimensões<br />

do eixo serão baseadas na utilização dessas equações<br />

e na seleção de uma teoria da falha adequada. Por<br />

exemplo, se soubermos que o material é dútil, então<br />

seria adequado usar a teoria da tensão de cisalhamento<br />

máxima. Como dissemos na Seção 10.7, essa teoria<br />

exige que a tensão de cisalhamento admissível, que é<br />

determinada pelos resultados de um teste de tração<br />

simples, seja igual à tensão de cisalhamento máxima<br />

no elemento. Usando a equação de transformação de<br />

tensão (Equação 9.7), para o estado de tensão na Figura<br />

ll.llg, temos<br />

T adm = ) ( Y + r2<br />

=<br />

)(;y +<br />

(cy<br />

Visto que I= 7Tc4/4 e J = 7Tc4!2, essa equação torna-se<br />

- 2 v 2 2<br />

T adm - --3 M + T<br />

7TC<br />

Resolvendo para o raio do eixo, obtemos<br />

(11.2)<br />

A aplicação de qualquer outra teoria da falha resultará,<br />

é claro, em uma formulação diferente para c.<br />

Todavia, em todos os casos poderá ser necessário aplicar<br />

essa formulação a várias 'seções críticas' ao longo<br />

do eixo para determinar a combinação particular de M<br />

e T que dá o maior valor para c.<br />

O exemplo a seguir ilustra o proc<strong>ed</strong>imento numericamente.<br />

O eixo na Figura 11.12a é suportado por mancais _cm<br />

as correias das polias estão sujeitas às tensões mostrad­<br />

A e B. Devido à transmissão de potência de e para o etxo.<br />

Determine o menor diâmetro do eixo pela teoria da tensao<br />

de cisalhamento máxima, com Tadm = 50 MPa.<br />

SOLUÇÃO<br />

As reaçoes dos apmos foram calculadas e sao mos<br />

diagrama de corpo livre do eixo (Figura 11.12b). Os<br />

- . - tradas ncr<br />

mas de momento fietor para Mx eM, são mostrados<br />

r as 11.12c e 11.12d, respectivamente. O diagrama de

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