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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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304 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS<br />

8.2 Estado de tensão causado<br />

por cargas combinadas<br />

Nos capítulos anteriores, desenvolvemos métodos<br />

para determinar as distribuições de tensão em<br />

um elemento submetido a uma força axial interna, a<br />

uma força de cisalhamento, a um momento fletor ou<br />

a um momento de torção. Entretanto, na maioria das<br />

vezes, a seção transversal de um elemento está sujeita<br />

a vários desses tipos de cargas simultaneamente, e o resultado<br />

é que o método da superposição, se aplicável,<br />

pode ser usado para determinar a distribuição da tensão<br />

resultante provocada pelas cargas. Para aplicar a<br />

superposição, em primeiro lugar, é preciso determinar<br />

a distribuição de tensão devido a cada carga e, então,<br />

essas distribuições são superpostas para determinar a<br />

distribuição de tensão resultante. Como afirmamos na<br />

Seção 4.3, o princípio da superposição pode ser usado<br />

para essa finalidade contanto que exista uma relação<br />

linear entre a tensão e as cargas. Além disso, a geometria<br />

do elemento não deve sofrer mudança significativa<br />

quando as cargas são aplicadas. Isso é necessário para<br />

assegurar que a tensão produzida por uma carga não<br />

esteja relacionada com a tensão produzida por qualquer<br />

outra carga. A discussão ficará restrita ao cumprimento<br />

desses dois critérios.<br />

Os problemas nesta seção, que envolvem cargas combinadas,<br />

servem como uma revisão básica da aplicação<br />

de muitas das equações de tensão importantes mencionadas<br />

anteriormente. É necessário compreender muito<br />

bem como essas equações são aplicadas, como indicado<br />

nos capítulos anteriores, se quisermos resolver com sucesso<br />

os problemas apresentados no final desta seção. Os<br />

exemplos a seguir devem ser cuidadosamente estudados<br />

antes de passarmos para a resolução dos problemas.<br />

O seguinte proc<strong>ed</strong>imento nos dá um modo geral para definir as componentes da tensão normal e da tensão de<br />

cisalhamento em um ponto de um elemento quando ele é submetido a vários tipos diferentes de cargas simultaneamente.<br />

Consideramos que o material é homogêneo e se comporta de um modo linear elástico. Além disso, o princípio<br />

de Saint-Venant exige que o ponto onde a tensão deve ser determinada esteja bem distante de quaisquer descontinuidades<br />

na seção transversal ou de pontos de carga aplicada.<br />

Carga interna<br />

• Secione o elemento perpendicularmente a seu eixo no ponto onde a tensão deve ser determinada e obtenha as componentes<br />

internas da força normal e da força de cisalhamento resultantes, bem como as componentes dos momentos<br />

fletor e de torção.<br />

"As componentes da força devem agir passando pelo centrai de da seção transversal, e as componentes do momento<br />

devem ser calculadas em torno dos eixos do centroide, os quais representam os eixos principais de inércia para a<br />

seção transversal.<br />

Tensão normal média<br />

• Calcule a componente da tensão associada a cada carga interna. Para cada caso, represente o efeito como uma distribuição<br />

de tensão que age sobre toda a área da seção transversal ou mostre a tensão sobre um elemento do material<br />

localizado em um ponto específico na seção transversal.<br />

Força normal<br />

"A força normal interna é desenvolvida por uma distribuição de tensão normal uniforme determinada por if = PIA ·<br />

Força de cisalhamento<br />

"A força de cisalhamento interna em um elemento submetido a flexão é desenvolvida por uma distribuição da tensão<br />

de cisalhamento determinada pela fórmula do cisalhamento, r = VQ!It. Todavia, deve-se tomar um cuidado especial<br />

ao aplicar essa equação, como observamos na Seção 7.3.<br />

Momento fletor<br />

• Para elementos retos, o momento fletor interno é desenvolvido por uma distribuição de tensão normal que varia<br />

linearmente de zero no eixo neutro a máxima no contorno externo do elemento. A distribuição de tensão é determinada<br />

pela fórmula da flexão, (J" = -My/1. Se o elemento for curvo, a distribuição de tensão é não linear e é<br />

determinada por (J" = My![Ae(R - y)].<br />

Momento de torção<br />

" Para eixos e tubos circulares, o momento de torção interno é desenvolvido por uma distribuição da tensão de cisalhamento<br />

que varia linearmente da linha central do eixo até um máximo no contorno externo do eixo. A distribuição<br />

da tensão de cisalhamento é determinada pela fórmula da torção, r = Tp/J. Se o elemento for um tubo fechado de<br />

par<strong>ed</strong>e fina, use if = T/2A111t.

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