Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

rayra.arantes
from rayra.arantes More from this publisher
23.02.2019 Views

ToRÇÃO 171 SOLUÇÃO Torque elástico máximo. Exige-se que a tensão de cisalhamento na fibra externa seja 20 MPa. Pela fórmula da torção, temos r (MPa) 75 6 2 Te (0,05 m) 20(10 ) N/m = ( 'lT/2)[(0,05 m)4 - (0,03 m)4] Te = 3,42 kN · m Resposta As distribuições da tensão de cisalhamento e da tensão de deformação por cisalhamento para esse caso são mostradas na Figura 5.42b. Os valores na parede interna do tubo são obtidos por cálculo proporcional. Torque plástico. A distribuição da tensão de cisalhamento para esse caso é mostrada na Figura 5.42c. A aplicação da Equação 5.23 exige r= r e· Assim 10,05m 1 IOOSm mm 3 mm T p = 21T [20(106) Njm 2 ]p2 dp = 125,66(106)-p3 , = 4,10 kN · m Resposta Para esse tubo, T P representa um aumento de 20% na capacidade de torque em comparação com o torque elástico Te. Deformação por c:isalhamento do raio externo. O tubo torna-se totalmente plástico quando a deformação por cisalhamento na parede interna se torna 0,286(10-3) rad, como mostra a Figura 5.42c. Visto que a deformação por cisalhamento permanece linear na seção transversal, a deformação plástica nas fibras externas do tubo na Figura 5.42c é determinada por cálculo proporcional: /'o 50 mm 30mm 'Yo = 0,477(10-3) rad Resposta Um eixo maciço circular tem raio de 20 mm e comprimento de 1,5 m. A Figura 5.43a mostra um diagrama r-y elástico-plástico do material. Determine o torque necessário para torcer o eixo de çfJ = 0,6 rad. SOLUÇÃO Para resolver o problema, em primeiro lugar, obteremos a distribuição da deformação por cisalhamento. Uma vez conhecida essa distribuição, o torque aplicado pode ser determinado. A máxima deformação por cisalhamento ocorre na superfície do eixo, p = c. Visto que o ângulo de torção é çfJ = 0,6 rad para todo o comprimento de 1,5 m do eixo, então, usando a Equação 5.25 para o comprimento total, temos "-----'-----_[___ _____ 'Y (rad) 0,0016 0,008 (a) 'Ye = 0,0016 rad Distribuição da deformação por cisalhamento (b) T0 =75MPa Distribuição da tensão de cisalhamento (c) L ÇP=yp ; Figura 5.43 O 6 = 'Ymáx (1,5 m) ' (0,02 m) 'Ymáx = 0,008 rad A distribuição da tensão de deformação por cisalhamento, que sempre varia linearmente, é mostrada na Figura 5.43b. Observe que ocorre escoamento do material, já que 'Ymáx > 'Ye = 0,0016 rad na Figura 5.43a. O raio do núcleo elástico, p0, pode ser obtido por cálculo proporcional. Pela Figura 5.43b, = 0,02 m 0,0016 0,008 Pe = 0,004 m = 4 mm Tendo como base a distribuição da deformação por cisalhamento, a Figura 5.43c mostra a distribuição da tensão de cisalhamento, que é representada no gráfico sobre um segmento da linha radial. Agora, o torque pode ser obtido pela Equação 5.26. Substituindo os valores numéricos obtemos

172 RESISTéNCIA DOS MATERIAIS 7TTe 3 3 6 Pe ) 7T[75(106) N/m2] 6 [4(0,02 m)3 - (0,004 m)3] T = - (4c - = = 1,25 kN·m Resposta *5.1 O Te nsão residual Quando um eixo é submetido a deformações por cisalhamento plásticas provocadas por torção, a remoção do torque acarretará a permanência de parte da tensão de cisalhamento no eixo. Essa tensão é denominada tensão residual, e sua distribuição pode ser calculada pelos princípios de superposição e recuperação elástica. A recuperação elástica foi discutida na Seção 3.4 e refere-se ao fato de que, sempre que um material é deformado plasticamente, parte da deformação no material é recuperada quando a carga é retirada. Por exemplo, se um material for deformado até 1\, mostrada como o ponto C na curva r-y na Figura 5.44, a retirada da carga provocará uma tensão de cisalhamento inversa, de modo que o comportamento do material acompanhará o segmento de reta CD, criando uma certa quantidade de recuperação elástica da deformação por cisalhamento y1• Essa reta é paralela à porção inicial em linha reta AB do diagrama r-y e, assim, ambas as retas terão a mesma inclinação G, como indicado na figura. Para ilustrar como a distribuição de tensão residual pode ser determinada em um eixo, em primeiro lugar, consideraremos que o eixo está submetido a um torque plástico T P . Como explicamos na Seção 5.9, T cria uma distribuição de tensão de cisalhamento mostrada na Figura 5.45a. Consideraremos que essa distribuição é consequência da deformação do material y1 no con. torno externo do eixo, Figura 5.44. Consideraremos também que '}'1 é grande o suficiente para admitirmos que o raio do núcleo elástico aproxima-se de zero, isto é, y 1 >> 'Ye· Se T P for removido, o material tende are. cuperar-se elasticamente, acompanhando a reta CD. Visto que ocorre comportamento elástico, podemos sobrepor à distribuição de tensão na Figura 5.45a uma distribuição linear de tensão causada pela aplicação do T l cj / Comportamento elástic o plástico do material ·· .. . . •.... : ·..••. ··.: ... •.••.. • ·s•·• ------------Ye--------===t==r----- r \ A recperação \_: elástica máxima é 2ye -Ter----' D Figura 5.44 c Comportamento elástico do material Torque plástico aplicado que causa deformações plásticas por cisalhamento em todo o eixo (a) Torque plástico inverso que provoca deformações elásticas por cisaJhamento em todo o eixo (b) Distribuição de tensão de cisalhamento residual no eixo (c) + Tmáx - Te Torque elástico - plástico aplicado Torque elástico --plástico inverso (d) Figura 5.45 Distribuição de tensão de cisalhamento residual no eixo

ToRÇÃO 171<br />

SOLUÇÃO<br />

Torque elástico máximo. Exige-se que a tensão de cisalhamento<br />

na fibra externa seja 20 MPa. Pela fórmula da torção,<br />

temos<br />

r (MPa)<br />

75<br />

6<br />

2 Te (0,05 m)<br />

20(10 ) N/m = ( 'lT/2)[(0,05 m)4 - (0,03 m)4]<br />

Te = 3,42 kN · m Resposta<br />

As distribuições da tensão de cisalhamento e da tensão<br />

de deformação por cisalhamento para esse caso são mostradas<br />

na Figura 5.42b. Os valores na par<strong>ed</strong>e interna do tubo<br />

são obtidos por cálculo proporcional.<br />

Torque plástico. A distribuição da tensão de cisalhamento<br />

para esse caso é mostrada na Figura 5.42c. A aplicação da<br />

Equação 5.23 exige r= r e· Assim<br />

10,05m 1 IOOSm<br />

mm<br />

3 mm<br />

T p = 21T [20(106) Njm 2 ]p2 dp = 125,66(106)-p3 ,<br />

= 4,10 kN · m<br />

Resposta<br />

Para esse tubo, T P<br />

representa um aumento de 20% na capacidade<br />

de torque em comparação com o torque elástico Te.<br />

Deformação por c:isalhamento do raio externo. O tubo<br />

torna-se totalmente plástico quando a deformação por cisalhamento<br />

na par<strong>ed</strong>e interna se torna 0,286(10-3) rad, como<br />

mostra a Figura 5.42c. Visto que a deformação por cisalhamento<br />

permanece linear na seção transversal, a deformação<br />

plástica nas fibras externas do tubo na Figura 5.42c é determinada<br />

por cálculo proporcional:<br />

/'o<br />

50 mm 30mm<br />

'Yo = 0,477(10-3) rad<br />

Resposta<br />

Um eixo maciço circular tem raio de 20 mm e comprimento<br />

de 1,5 m. A Figura 5.43a mostra um diagrama r-y<br />

elástico-plástico do material. Determine o torque necessário<br />

para torcer o eixo de çfJ = 0,6 rad.<br />

SOLUÇÃO<br />

Para resolver o problema, em primeiro lugar, obteremos a distribuição<br />

da deformação por cisalhamento. Uma vez conhecida<br />

essa distribuição, o torque aplicado pode ser determinado.<br />

A máxima deformação por cisalhamento ocorre na superfície<br />

do eixo, p = c. Visto que o ângulo de torção é çfJ = 0,6<br />

rad para todo o comprimento de 1,5 m do eixo, então, usando<br />

a Equação 5.25 para o comprimento total, temos<br />

"-----'-----_[___ _____ 'Y (rad)<br />

0,0016 0,008<br />

(a)<br />

'Ye = 0,0016 rad<br />

Distribuição da deformação por cisalhamento<br />

(b)<br />

T0 =75MPa<br />

Distribuição da tensão de cisalhamento<br />

(c)<br />

L<br />

ÇP=yp ;<br />

Figura 5.43<br />

O 6 = 'Ymáx (1,5 m)<br />

' (0,02 m)<br />

'Ymáx = 0,008 rad<br />

A distribuição da tensão de deformação por cisalhamento,<br />

que sempre varia linearmente, é mostrada na Figura<br />

5.43b. Observe que ocorre escoamento do material, já que<br />

'Ymáx > 'Ye = 0,0016 rad na Figura 5.43a. O raio do núcleo<br />

elástico, p0, pode ser obtido por cálculo proporcional. Pela<br />

Figura 5.43b,<br />

= 0,02 m<br />

0,0016 0,008<br />

Pe = 0,004 m = 4 mm<br />

Tendo como base a distribuição da deformação por cisalhamento,<br />

a Figura 5.43c mostra a distribuição da tensão<br />

de cisalhamento, que é representada no gráfico sobre um<br />

segmento da linha radial. Agora, o torque pode ser obtido<br />

pela Equação 5.26. Substituindo os valores numéricos<br />

obtemos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!