Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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CARGA AXIAL 117 A c B A C P=60kN B,, _, 1----+---300 mm---1 '1 (a) i o O' ' / i D l E o• E c (b) u(MPa) · a O Figma 4.32 no material e uma deformação plástica corresponec, quando a carga for removida, o material responderá elasticamente e seguirá a reta CD de modo a recuperar um pouco da deformação plástica. Uma recuperação total até tensão zero no ponto O' só será possível se o elemento for estaticamente determinado, já que as reações dos apoios para o elemento devem ser nulas quando a carga for removida. Nessas circunstâno elemento será deformado permanentemente, de modo que a deformação permanente no elemento será e0, Todavia, se o elemento for estaticamente indett'rminado, a remoção da carga externa fará com que as forças dos apoios respondam à recuperação elástica CD. Como essas forças impedirão a total recuperação do elemento, induzirão nele tensões residuais. Para resolver um problema desse tipo, podemos considerar um ciclo completo de carregamento e, então, descarregamento do elemento como sendo a superposiçüo ele uma carga positiva (carregamento) a uma carga negativa (descarregamento). O carregamento, O a C, resulta em uma distribuição ele tensão plástica, ao passo que o descarregamento, ao longo ele CD, resulta somente em uma distribuição de tensão elástica. A superposição exige que as cargas se cancelem; contudo, as distribuições de tensão não se cancelarão e, portanto, permanecerão tensões residuais. O exemplo a seguir ilustra esses conceitos numericamente. ': haste mostrada na Figura 4.33a tem raio de 5 mm e feita de um material elástico perfeitamente plástico para 0 qual a-e = 420 MPa, E = 70 GPa (Figura 4.33c). Se uma . P = 60 kN for aplicada à haste e, então, retirada, determme a tensão residual na haste e o deslocamento permanente do colar em c. SOLUÇÃO O diạgrama de corpo livre da haste é mostrado na Figura 4.33b. r mspeção, a haste é estaticamente indeterminada. A aplica­ Çílo ela carga P provocará uma de três possibilidades, a saber: (c) Figma 4.33 E( mm/mm) ambos os segmentos AC e CB permanecem elásticos,AC é plástico enquanto CB é elástico, ou ambos,AC e CB, são plásticos.' Uma análise elástica, semelhante à discutida na Seção 4.4, produzirá FA = 45 kN e F8 = 15 kN nos apoios. Entretanto, isso resulta em uma tensão de 45 kN u AC = 2 = 573 MPa (compressão) > u e = 1T(0,005 m) 420 MPa no segmento AC, e 15kN uc8 = 2 = 1r(0,005 m) 191 MPa (tração) no segmento CB. Visto que o material no segmento AC escoará, consideraremos que AC se torna plástico, enquanto CB permanece elástico. Para esse caso, a máxima força desenvolvida possível em ACé (FA)e = ueA = 420(103) kN/m2 [1r(0,005 m)2] = 33,0kN e, pelo equilíbrio da haste (Figura 4.33b ) , FB = 60 kN - 33,0 kN = 27,0 kN A tensão em cada segmento da haste é, portanto, u AC = u e = 420 MPa (compressão) 27 O kN ' _ u c8 = 2 = 344 MP a (traça o) < 420 MP a ( OK) 1T(0,005 m) 'A possibilidade de CB se tornar plástica antes de AC não ocorrerá porque, quando o ponto C se deformar, a deformação em AC (visto que é mais curta) sempre será maior que a deformação em CB.

118 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Tensão residual. Para obter a tensão residual, também é Finalmente, necessário saber qual é a deformação em cada segmento resultante do carregamento. Visto que CB responde elasticamente, o c = E'AcL Ac = -0,006555 (100 mm) = 0,656 mm +- Resposta F8Lc8 (27,0 kN)(0,300m) 8 = -- = = 0001474 m c AE ?T(0,005 m?[70(106) kNjm2] ' Assim, E cB = = 0,001474 m = +O 04913 Lc8 0,300 m ,O Além disso, visto que 8 c é desconhecido, a deformação em AC é 0,001474 m = _0 01474 0,100m ' Portanto, quando P é aplicada, o comportamento tensão-deformação para o material no segmento CB passa de O para A' (Figura 4.33c), e o comportamento tensão-deformação para o material no segmento AC passa de O para B'. Se a carga P for aplicada na direção oposta, em outras palavras, a carga é removida; ocorre, então, uma resposta elástica e é preciso aplicar uma força contrária FA = 45 kN e uma força contrária F8 = 15 kN a cada segmento, respectivamente. Como calculamos antes, essas forças produzem tensões uAc = 573 MPa (tração) e uc8 = 191 MPa (compressão); como resultado, a tensão residual em cada elemento é ( u AC)r = -420 MP a + 573 MP a = 153 MP a ( u cs)r = 344 MP a - 191 MP a = 153 MP a Resposta Resposta Essa tensão de tração é a mesma para ambos os segmentos, o que era esperado. Observe também que o comportamento tensão-deformação para o segmento AC passa de B' para D' na Figura 4.33c, ao passo que o comportamento tensão-deformação para o material no segmento CB passa de A' para C'. Deslocamento permanente. Pela Figura 4.33c, a deformação residual em CB é (T E1CB = - = E 153(106) Pa 70(109) Pa = 0,002185 de modo que o deslocamento permanente de C é o c = E' csLc8 = 0,002185 (300 mm) = 0,656 mm+- Resposta Também podemos obter esse resultado determinando a deformação residual E' Ac em AC (Figura 4.33c ). Visto que a reta B' D' tem inclinação E, então ou E OE AC = = ( 420 + 153) 106 Pa = 0,008185 9 70(10 ) Pa Portanto, E'Ac = EAc + OEAc = -0,01474 + 0,008185 = -0,006555 4.87. Determine a tensão normal máxima desenvolvida na barra quando submetida a uma carga P = 8 kN. *4.88. Se a tensão normal admissível para a barra for uadm = 120 MPa, determine a força axial máxima P que pode ser aplicada à barra. p Problemas 4.87/88 4.89. A barra de aço tem as dimensões mostradas na figura. Determine a força axial máxima P que pode ser aplicada de modo a não ultrapassar uma tensão de tração admissível O"adm = 150 MPa. p 24 mm Pl'oblema 4.89 4.90. Determine a força axial máxima P que pode ser apli· cada à barra. A barra é feita de aço e tem tensão admissível O"adm = 147 MPa. 4.91. Determine a tensão normal máxima desenvolvida na barra quando sujeita a uma carga P = 8 kN. p 15mm Pl'oblemas 4.90/91 *4.92. Determine a tensão normal máxima desenvolvidaJiíi barra quando sujeita a uma carga P = 8 kN. p p ·t'>cl ,\ li d\'k dplll lt I

118 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS<br />

Tensão residual. Para obter a tensão residual, também é Finalmente,<br />

necessário saber qual é a deformação em cada segmento resultante<br />

do carregamento. Visto que CB responde elasticamente, o c = E'AcL Ac = -0,006555 (100 mm) = 0,656 mm +- Resposta<br />

F8Lc8 (27,0 kN)(0,300m)<br />

8 = -- = = 0001474 m<br />

c AE ?T(0,005 m?[70(106) kNjm2] '<br />

Assim,<br />

E cB = = 0,001474 m = +O 04913<br />

Lc8 0,300 m ,O<br />

Além disso, visto que 8 c é desconhecido, a deformação em AC é<br />

0,001474 m = _0 01474<br />

0,100m '<br />

Portanto, quando P é aplicada, o comportamento tensão-deformação<br />

para o material no segmento CB passa de O para<br />

A' (Figura 4.33c), e o comportamento tensão-deformação<br />

para o material no segmento AC passa de O para B'. Se a<br />

carga P for aplicada na direção oposta, em outras palavras,<br />

a carga é removida; ocorre, então, uma resposta elástica e é<br />

preciso aplicar uma força contrária FA = 45 kN e uma força<br />

contrária F8 = 15 kN a cada segmento, respectivamente.<br />

Como calculamos antes, essas forças produzem tensões<br />

uAc = 573 MPa (tração) e uc8 = 191 MPa (compressão);<br />

como resultado, a tensão residual em cada elemento é<br />

( u AC)r = -420 MP a + 573 MP a = 153 MP a<br />

( u cs)r = 344 MP a - 191 MP a = 153 MP a<br />

Resposta<br />

Resposta<br />

Essa tensão de tração é a mesma para ambos os segmentos,<br />

o que era esperado. Observe também que o comportamento<br />

tensão-deformação para o segmento AC passa de B' para D'<br />

na Figura 4.33c, ao passo que o comportamento tensão-deformação<br />

para o material no segmento CB passa de A' para C'.<br />

Deslocamento permanente. Pela Figura 4.33c, a deformação<br />

residual em CB é<br />

(T<br />

E1CB = - =<br />

E<br />

153(106) Pa<br />

70(109) Pa = 0,002185<br />

de modo que o deslocamento permanente de C é<br />

o c = E' csLc8 = 0,002185 (300 mm) = 0,656 mm+-<br />

Resposta<br />

Também podemos obter esse resultado determinando a<br />

deformação residual E' Ac em AC (Figura 4.33c ). Visto que a<br />

reta B' D' tem inclinação E, então<br />

ou<br />

E<br />

OE AC = =<br />

( 420 + 153) 106 Pa<br />

= 0,008185<br />

9<br />

70(10 ) Pa<br />

Portanto,<br />

E'Ac = EAc + OEAc = -0,01474 + 0,008185 = -0,006555<br />

4.87. Determine a tensão normal máxima desenvolvida na<br />

barra quando submetida a uma carga P = 8 kN.<br />

*4.88. Se a tensão normal admissível para a barra for<br />

uadm = 120 MPa, determine a força axial máxima P que pode<br />

ser aplicada à barra.<br />

p<br />

Problemas 4.87/88<br />

4.89. A barra de aço tem as dimensões mostradas na figura.<br />

Determine a força axial máxima P que pode ser aplicada<br />

de modo a não ultrapassar uma tensão de tração admissível<br />

O"adm = 150 MPa.<br />

p<br />

24 mm<br />

Pl'oblema 4.89<br />

4.90. Determine a força axial máxima P que pode ser apli·<br />

cada à barra. A barra é feita de aço e tem tensão admissível<br />

O"adm = 147 MPa.<br />

4.91. Determine a tensão normal máxima desenvolvida na<br />

barra quando sujeita a uma carga P = 8 kN.<br />

p<br />

15mm<br />

Pl'oblemas 4.90/91<br />

*4.92. Determine a tensão normal máxima desenvolvidaJiíi<br />

barra quando sujeita a uma carga P = 8 kN.<br />

p<br />

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