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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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112 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS<br />

(a) (b) (c) (d)<br />

Figura 4.23<br />

Em geral, valores específicos de K são apresentados<br />

em gráficos em manuais relacionados à análise<br />

de tensão, como os exemplos dados nas figuras 4.24 e<br />

4.25, respectivamente.* Em particular, observe que K é<br />

independente das propri<strong>ed</strong>ades do material da barra;<br />

mais exatamente, ele depende somente da geometria<br />

da barra e do tipo de descontinuidade. À m<strong>ed</strong>ida que o<br />

tamanho r da descontinuidade diminui, a concentração<br />

de tensão aumenta. Por exemplo, quando há uma mudança<br />

na seção transversal de uma barra, determina-se<br />

teoricamente que um canto vivo (Figura 4.23a) produz<br />

um fator de concentração de tensão maior que 3.<br />

Em outras palavras, a tensão normal máxima será três<br />

vezes maior do que a tensão normal média na menor<br />

seção transversal. Todavia, pode-se r<strong>ed</strong>uzir o fator para,<br />

digamos, 1,5, introduzindo-se um filete de rebaixo (Figura<br />

4.23b ). Uma r<strong>ed</strong>ução adicional pode ser obtida por meio<br />

de pequenas ranhuras ou furos na zona de transição (figuras<br />

4.23c e 4.23d). Em todos esses casos, a configuração do<br />

elemento ajuda a r<strong>ed</strong>uzir a rigidez do material em torno<br />

dos cantos, de modo que a deformação, e também a tensão,<br />

sejam distribuídas mais uniformemente por toda a barra.<br />

Os fatores de concentração de tensão dados nas figuras<br />

4.24 e 4.25 foram determinados com base em um carregamento<br />

estático, considerando que a tensão no material<br />

não ultrapassa o limite de proporcionalidade. Se o<br />

material for muito frágil, o limite de proporcionalidade<br />

pode ser igual à tensão de ruptura e, portanto, para esse<br />

material, a falha começará no ponto de concentração de<br />

tensão quando o limite de proporcionalidade for atingido.<br />

Em essência, uma trinca começará a formar-se nesse<br />

ponto e uma concentração de tensão mais alta se desenvolverá<br />

na ponta dessa trinca. Por sua vez, isso provoca a<br />

propagação da trinca pela seção transversal, resultando<br />

em fratura repentina. Por essa razão, é muito importante<br />

que se usem fatores de concentração de tensão em projetos<br />

nos quais são utilizados materiais frágeis. Por outro<br />

lado, se o material for dúctil e estiver submetido a uma<br />

carga estática, os projetistas normalmente desprezam a<br />

utilização de fatores de concentração de tensão, visto<br />

que nenhuma tensão que ultrapasse o limite de proporcionalidade<br />

resultará em uma trinca. Ao contrário, o material<br />

terá resistência de reserva devido a escoamento e<br />

endurecimento por deformação. Na próxima seção, discutiremos<br />

os efeitos causados por esse fenômeno.<br />

·•<br />

Veja Lipson, C e Juvinall, R. C, Handbook of stress and strength,<br />

Macmillan, 1963.<br />

Concentrações de tensão também são responsáveis<br />

por muitas falhas de elementos estruturais ou mecânicos<br />

sujeitos a carregamentos de fadiga. Nesses casos, uma<br />

concentração de tensão provocará trincas no material se<br />

a tensão ultrapassar o limite de tolerância do material<br />

seja ele dúctil ou frágil. Aqui, o material localizado n<br />

ponta da trinca permanece em estado frágil, e, portanto, a<br />

trinca continua a crescer, levando a uma fratura progressiva.<br />

Consequentemente, engenheiros envolvidos nos<br />

projetos desses elementos devem sempre procurar mo.<br />

dos de limitar o dano que pode ser causado por fadiga.<br />

J(<br />

J(<br />

3,0<br />

2,8<br />

2,6<br />

2,4<br />

2,2<br />

2,0<br />

1,8<br />

3,2<br />

3,0<br />

2,8<br />

2,6<br />

2,4<br />

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Figura 4.24<br />

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O'méd = (w - 2r)t<br />

0,2 0,3<br />

r<br />

w<br />

Figura 4.25<br />

0,4 0,5<br />

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