Gestão do Ensino Superior - Privado Inovando na gestão com Estratégias Criativas
Prezados Leitores: Este e-book digital foi produzido a partir de muita experiência prática adquirida na gestão universitária por longos anos, atuando como Pró-reitor de Centro Universitário, Coordenador de Cursos e Professor contribuindo para a maximização de resultados nas IES privadas. Os indicadores do MEC quanto ao ensino superior privado – presencial, mostra que a queda, no país, no número de alunos é acentuada (2,6% em 2016) e, essa queda se potencializou em 2017/8, embora que ainda não tenhamos os dados oficiais para a sua comprovação, isso denota perdas capitalizadas do aumento no número de matrículas na educação superior ocorrido no periodo 2006 a 2015. Com menos matrículas, as IES privadas reagem ofertando mais vagas, porém com índice de ocupação menor na maioria de seus cursos. Isso, faz com que as instituições adiem investimentos e deixem de concentrar esforços na pesquisa, estagnando a expansão e reformulando seus currículos e quadro docente. Diante deste quadro, mesmo em grande parte estando associado à crise econômica e as incertezas no governo federal para o fomento de financiamentos estudantis, o cenário requer muita inovação e criatividade na captação e retenção de alunos. Espero que este e-book seja de grande valia para os executivos educacionais, e se torne uma excelente fonte de informações úteis de gestão universitária privada. Muito Obrigado!
Prezados Leitores:
Este e-book digital foi produzido a partir de muita experiência prática adquirida na gestão universitária por longos anos, atuando como Pró-reitor de Centro Universitário, Coordenador de Cursos e Professor contribuindo para a maximização de resultados nas IES privadas.
Os indicadores do MEC quanto ao ensino superior privado – presencial, mostra que a queda, no país, no número de alunos é acentuada (2,6% em 2016) e, essa queda se potencializou em 2017/8, embora que ainda não tenhamos os dados oficiais para a sua comprovação, isso denota perdas capitalizadas do aumento no número de matrículas na educação superior ocorrido no periodo 2006 a 2015.
Com menos matrículas, as IES privadas reagem ofertando mais vagas, porém com índice de ocupação menor na maioria de seus cursos. Isso, faz com que as instituições adiem investimentos e deixem de concentrar esforços na pesquisa, estagnando a expansão e reformulando seus currículos e quadro docente.
Diante deste quadro, mesmo em grande parte estando associado à crise econômica e as incertezas no governo federal para o fomento de financiamentos estudantis, o cenário requer muita inovação e criatividade na captação e retenção de alunos.
Espero que este e-book seja de grande valia para os executivos educacionais, e se torne uma excelente fonte de informações úteis de gestão universitária privada.
Muito Obrigado!
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INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
"Inovan<strong>do</strong> <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> <strong>com</strong><br />
<strong>Estratégias</strong> <strong>Criativas</strong>’’<br />
Prof. Dr. Re<strong>na</strong>to Silva<br />
E-mail: icaredi@terra.<strong>com</strong>.br<br />
Porto Alegre/RS<br />
Peça por E-mail:<br />
icaredi@terra.<strong>com</strong>.br
Ementa<br />
Matrotendências <strong>na</strong> Educação superior; O negócio Educação x<br />
Qualidade; Modalidade EAD; <strong>Gestão</strong> Acadêmica Inova<strong>do</strong>ra; Agregan<strong>do</strong><br />
Valor <strong>na</strong> relação Aluno/IES; Ciclo de vida <strong>do</strong>s cursos de graduação;<br />
Relação Causa/Efeito <strong>na</strong>s IES; <strong>Gestão</strong> Fi<strong>na</strong>nceira <strong>na</strong>s IES; Logistiva<br />
Reversa <strong>na</strong> Educação <strong>Superior</strong>.<br />
Preza<strong>do</strong>s Leitores:<br />
MENSAGEM DO PROF DR RENATO SILVA<br />
Este e-book digital foi produzi<strong>do</strong> a partir de muita experiência prática<br />
adquirida <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> universitária por longos anos, atuan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o Próreitor<br />
de Centro Universitário, Coorde<strong>na</strong><strong>do</strong>r de Cursos e Professor<br />
contribuin<strong>do</strong> para a maximização de resulta<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s IES privadas.<br />
Os indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> MEC quanto ao ensino superior priva<strong>do</strong> – presencial,<br />
mostra que a queda, no país, no número de alunos é acentuada (2,6%<br />
em 2016) e, essa queda se potencializou em 2017/8, embora que ainda<br />
não tenhamos os da<strong>do</strong>s oficiais para a sua <strong>com</strong>provação, isso denota<br />
perdas capitalizadas <strong>do</strong> aumento no número de matrículas <strong>na</strong> educação<br />
superior ocorri<strong>do</strong> no perio<strong>do</strong> 2006 a 2015.<br />
Com menos matrículas, as IES privadas reagem ofertan<strong>do</strong> mais vagas,<br />
porém <strong>com</strong> índice de ocupação menor <strong>na</strong> maioria de seus cursos. Isso,<br />
faz <strong>com</strong> que as instituições adiem investimentos e deixem de concentrar<br />
esforços <strong>na</strong> pesquisa, estag<strong>na</strong>n<strong>do</strong> a expansão e reformulan<strong>do</strong> seus<br />
currículos e quadro <strong>do</strong>cente.<br />
Diante deste quadro, mesmo em grande parte estan<strong>do</strong> associa<strong>do</strong> à crise<br />
econômica e as incertezas no governo federal para o fomento de<br />
fi<strong>na</strong>nciamentos estudantis, o cenário requer muita inovação e<br />
criatividade <strong>na</strong> captação e retenção de alunos.<br />
Espero que este e-book seja de grande valia para os executivos<br />
educacio<strong>na</strong>is, e se torne uma excelente fonte de informações úteis de<br />
<strong>gestão</strong> universitária privada.<br />
Muito Obriga<strong>do</strong>!<br />
Prof. Dr. Re<strong>na</strong>to Silva<br />
e-mail: icaredi@terra.<strong>com</strong>.br<br />
INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR
1. Macrotendências para a Educação <strong>Superior</strong><br />
Especialistas em educação, <strong>na</strong>s várias publicações de artigos e pesquisas<br />
da rede inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de universidades sobre as tendências mundiais de<br />
educação, ace<strong>na</strong>m que as novas tecnologias <strong>com</strong> acelerada evolução e<br />
paradigmas, irão revolucio<strong>na</strong>r o mo<strong>do</strong> <strong>com</strong>o enxergamos a educação. As<br />
indicações são de uma educação mais democrática e dinâmica, <strong>com</strong> práticas<br />
diferenciadas e meto<strong>do</strong>logia inova<strong>do</strong>ra para desenvolver habilidades <strong>do</strong><br />
aluno <strong>do</strong> futuro. Nisso, preveem-se que os currículos serão mais flexíveis e<br />
perso<strong>na</strong>liza<strong>do</strong>s <strong>com</strong> a profissão, e a educação a distância à medida que se<br />
consolida vai reduzin<strong>do</strong> barreiras entre professor e aluno.<br />
Ainda, alguns especialistas vão além dessas previsões dizen<strong>do</strong> que as IES<br />
irão atuar de forma fracio<strong>na</strong>da <strong>na</strong> prestação de serviços para o ensino.<br />
Umas só vão certificar, outras vão avaliar e terão aquelas que só vão<br />
disponibilizar conteú<strong>do</strong>s que ficarão mais acessíveis à sociedade em geral.<br />
Nisso, as previsões são de que:<br />
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As IES irão atuar de forma fragmentada;<br />
Os Currículos serão mais flexíveis e perso<strong>na</strong>liza<strong>do</strong>s, <strong>com</strong> conteú<strong>do</strong>s mais<br />
liga<strong>do</strong>s aos fatos e resulta<strong>do</strong>s.<br />
Estima-se que será o fim das discipli<strong>na</strong>s fixas. O aluno montará seu<br />
próprio currículo <strong>na</strong> sala de aula, em casa ou nos cursos a distância;<br />
As grandes IES vão se unir e criar grandes redes de aprendiza<strong>do</strong> e<br />
conteú<strong>do</strong> <strong>com</strong>partilha<strong>do</strong>;<br />
Alunos e professores poderão trocar informações entre si e as IES serão<br />
mais abertas;<br />
Novas experiências vão diversificar o ensino, in<strong>do</strong> além da aula<br />
tradicio<strong>na</strong>l. Não só professores, mas alunos poderão propor exercícios e<br />
méto<strong>do</strong>s de aprendizagem, basea<strong>do</strong> em projetos;<br />
Muitos alunos irão estudar em casa, rompen<strong>do</strong> o limite da instituição<br />
tradicio<strong>na</strong>l <strong>com</strong> aulas presenciais;<br />
Dentre outras.<br />
Importante salientar que para que essas tendências aconteçam de fato, a<br />
capacitação <strong>do</strong>cente e discente para <strong>com</strong> as TIC´s e as mídias sociais terão<br />
de avançar para que tu<strong>do</strong> isso esteja <strong>com</strong>pletamente integra<strong>do</strong>s ao ensino,<br />
e, para isso, requer-se disponibilidade de recursos para aquisições e<br />
desenvolvimento. O uso de plataformas são vantagens que facilitam o<br />
diálogo mais informal entre alunos e professores, ajudan<strong>do</strong> inclusive<br />
estimular o <strong>com</strong>partilhamento de práticas e experiências sobre os assuntos<br />
aborda<strong>do</strong>s em sala de aula.<br />
INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
"Inovan<strong>do</strong> <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> <strong>com</strong> <strong>Estratégias</strong> <strong>Criativas</strong>’’<br />
por Prof. Dr. Re<strong>na</strong>to Silva
2. O Negócio Educação versus Qualidade<br />
A Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio - OMC exerce um poder muito<br />
grande sobre as <strong>na</strong>ções <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> inteiro ao acumular funções executivas,<br />
legislativas e judiciárias <strong>do</strong> sistema de <strong>com</strong>ércio inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l aos<br />
interesses da maioria <strong>do</strong>s países membros. No que tange à educação, em<br />
to<strong>do</strong>s os países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> as atividades de ensino movimentam muito<br />
dinheiro tanto <strong>na</strong> modalidade presencial <strong>com</strong>o a distância. Nos grandes<br />
países, o setor educacio<strong>na</strong>l recebe grandes investimentos, porém pouco se<br />
sabe ainda sobre as consequências para a qualidade <strong>na</strong> educação, no que<br />
diz respeito ao acesso e equilíbrio <strong>do</strong> <strong>com</strong>ércio <strong>do</strong>s serviços de educação,<br />
que cresce em to<strong>do</strong>s os países.<br />
A <strong>com</strong>ercialização livre <strong>do</strong>s serviços de educação facilita operações <strong>com</strong>o<br />
a atuação de grandes grupos educacio<strong>na</strong>is estrangeiros e a aprovação de<br />
cursos <strong>na</strong> modalidade a distância vai modifican<strong>do</strong> as leis específicas <strong>do</strong><br />
ensino <strong>do</strong>s países, atingin<strong>do</strong> diversos níveis, desde o trei<strong>na</strong>mento<br />
profissio<strong>na</strong>l até os cursos de pós-graduação.<br />
Os grandes grupos consolida<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ensino, os chama<strong>do</strong>s “<strong>do</strong>nos<br />
mundiais <strong>do</strong> negócio da educação”, buscam a ampliação de novos merca<strong>do</strong>s<br />
para sua expansão, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong> os países em desenvolvimento um grande<br />
atrativo. Muitos têm <strong>na</strong> indústria <strong>do</strong> conhecimento, a educação <strong>com</strong>o um<br />
verdadeiro negócio, e isso parece ser uma tendência mundial.<br />
Nesse contexto, a educação passa a ser encarada <strong>com</strong>o um produto<br />
qualquer e cabe aos usuários avaliarem o que estão <strong>com</strong>pran<strong>do</strong>. Isto tem<br />
si<strong>do</strong> a tônica <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l daqueles investi<strong>do</strong>res que defendem a<br />
educação <strong>com</strong>o negócio, que pode lhe render bons rendimentos.<br />
A OMC reconhece <strong>com</strong>o formas de oferta de serviço educacio<strong>na</strong>l de livre<br />
<strong>com</strong>ércio, a atuação das instituições de ensino em outros países que não os<br />
de origem, o ensino no exterior para alunos estrangeiros que aderem a<br />
programas de intercâmbio e o estabelecimento de uma presença <strong>com</strong>ercial<br />
que implica <strong>na</strong> abertura de um campus no exterior ou <strong>na</strong> fusão <strong>com</strong> outras<br />
escolas. E, por fim, a oferta de especialistas para cursos especiais, palestras<br />
ou equipes de pesquisas.<br />
Ainda, segun<strong>do</strong> a OMC os serviços de educação são dividi<strong>do</strong>s em três<br />
principais categorias: os cursos presenciais no país, os cursos a distância e<br />
os cursos presenciais em outro país por meio de programas<br />
interinstitucio<strong>na</strong>is.<br />
Porém, tratar a educação <strong>com</strong>o negócio há de se considerar repercussões<br />
profundas acerca disso, pois caracterizar a educação <strong>com</strong>o serviço ou<br />
merca<strong>do</strong>ria coloca-se em dúvida o verdadeiro papel social <strong>do</strong> ensino,<br />
mesmo saben<strong>do</strong> que essa tal “educação <strong>com</strong>ercial” atende as exigências de<br />
merca<strong>do</strong>. Há de se discutir e avaliar se realmente essa mesma educação<br />
<strong>com</strong>ercial está apta a preparar as gerações para as dificuldades da<br />
sociedade e demandas de crescimento <strong>do</strong>s países.<br />
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<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
"Inovan<strong>do</strong> <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> <strong>com</strong> <strong>Estratégias</strong> <strong>Criativas</strong>’’<br />
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É reconheci<strong>do</strong> inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lmente que a educação seja vista <strong>com</strong>o um<br />
negócio <strong>com</strong>ercial, pelo fato de que a educação superior é o reflexo <strong>do</strong><br />
caráter mundial da aprendizagem e da pesquisa, e que a cooperação<br />
empresarial neste campo é essencial nos dias atuais, baseada em<br />
associações <strong>com</strong> confiança mutua e solidária.<br />
Em geral, é consenso que a educação não se limita a desenvolver<br />
capacidades científicas e técnicas para o meio empresarial, mas, também,<br />
tem o propósito de fortalecer a motivação das pessoas no desenvolvimento<br />
sustentável. Isso, num processo de aprendizagem para tomar decisões <strong>na</strong><br />
sociedade, <strong>na</strong> economia, <strong>na</strong> ecologia e a equidade de todas as<br />
<strong>com</strong>unidades, além de criar condições para traçar cenários futuros.<br />
Falar em educação de qualidade é considerar características essenciais<br />
voltadas ao apoio fundamenta<strong>do</strong> nos direitos de to<strong>do</strong>s, pois a educação de<br />
qualidade apoia to<strong>do</strong>s os direitos humanos. Ao longo <strong>do</strong>s tempos a<br />
qualidade <strong>na</strong> educação tem se transforma<strong>do</strong> em conceitos que se adaptam<br />
às realidades de um mun<strong>do</strong> que experimenta profundas transformações<br />
sociais e econômicas.<br />
Ao relembrarmos os pilares da educação para to<strong>do</strong>s: aprender a<br />
conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, to<strong>do</strong>s os<br />
estudantes são considera<strong>do</strong>s indivíduos membro de uma família, de uma<br />
<strong>com</strong>unidade e cidadão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, que aprende para se tor<strong>na</strong>r <strong>com</strong>petente.<br />
A educação de qualidade é significativa no presente e prepara as pessoas<br />
para o futuro, construin<strong>do</strong> conhecimentos, habilidades, <strong>com</strong>petências,<br />
atitudes e valores.<br />
3. Modalidade de <strong>Ensino</strong> a distância - EAD<br />
O ensino a distância está revolucio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> a educação superior no Brasil.<br />
Nos últimos anos, essa modalidade vem crescen<strong>do</strong> a um ritmo muito<br />
superior ao modelo presencial.<br />
Há de se considerar que a educação a distância é ape<strong>na</strong>s uma modalidade<br />
diferente de ensino. Inúmeras opções de cursos são oferecidas <strong>com</strong><br />
mensalidades mais em conta, num ambiente de aprendizagem interativo<br />
cada vez mais sofistica<strong>do</strong> <strong>com</strong> alta disponibilidade. É possível encontrar<br />
cursos a distância em praticamente qualquer lugar <strong>do</strong> Brasil, mesmo <strong>na</strong>s<br />
localidades mais distantes.<br />
A sua principal característica é a flexibilidade. Diferente das graduações<br />
presenciais tradicio<strong>na</strong>is, não há horário e locais fixos para estudar,<br />
permitin<strong>do</strong> <strong>com</strong> isso, que o aluno fique livre para a<strong>com</strong>panhar os conteú<strong>do</strong>s<br />
no horário mais conveniente. No entanto, <strong>com</strong>o em qualquer modalidade da<br />
graduação, é preciso bastante dedicação aos estu<strong>do</strong>s e atenção aos prazos,<br />
pois os cursos a distância têm mais rigor <strong>na</strong>s datas para entrega de<br />
trabalhos e realização de provas, <strong>com</strong> a vantagem de estudar de forma mais<br />
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tranquila, pois permite a conciliação <strong>do</strong> trabalho <strong>com</strong> os estu<strong>do</strong>s.<br />
De fato, essa facilidade <strong>com</strong> material didático e vídeo-aulas disponível o<br />
tempo to<strong>do</strong> e poden<strong>do</strong> ser acessa<strong>do</strong> a qualquer momento, <strong>com</strong> professores<br />
e tutores estan<strong>do</strong> à disposição para tirar dúvidas <strong>com</strong> grande interação<br />
entre to<strong>do</strong>s, inclusive entre os próprios alunos, tem proporcio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> grande<br />
vantagem <strong>na</strong> educação a distância.<br />
No que se refere a custos é bem mais barato que uma graduação<br />
presencial, pela própria diluição de custos pela grande quantidade de alunos<br />
numa mesma discipli<strong>na</strong>. Para o aluno há uma economia extra de tempo e<br />
dinheiro <strong>com</strong> transporte, por não precisar se deslocar to<strong>do</strong>s os dias até a<br />
faculdade. Com isso, o aluno economiza tempo e dinheiro <strong>com</strong> transporte.<br />
Em relação aos conteú<strong>do</strong>s das aulas, a vantagem é que tu<strong>do</strong> está disponível<br />
no ambiente virtual de aprendizagem, e podem ser acessadas a qualquer<br />
momento, quantas vezes o estudante desejar, de onde ele estiver <strong>com</strong> a<br />
vantagem da interação <strong>do</strong>s tutores e professores para tirar suas dúvidas ou<br />
ajudar em alguma questão, <strong>com</strong>o também, os chats e fóruns de discussão<br />
<strong>com</strong> os colegas de turma enriquecem o aprendiza<strong>do</strong>.<br />
No que tange a certificação <strong>do</strong> curso, o diploma emiti<strong>do</strong> por um curso<br />
superior a distância vale tanto quanto o de um curso presencial e a<br />
instituição tem autorização e reconhecimento <strong>do</strong> Ministério da Educação<br />
(MEC).<br />
No ensino a distância é possível encontrar cursos em diferentes áreas <strong>do</strong><br />
conhecimento, <strong>na</strong>s modalidades bacharela<strong>do</strong>, licenciatura e de formação<br />
tecnológica, <strong>com</strong>o por exemplo: Administração, Análise e Desenvolvimento<br />
de Sistemas, Artes Visuais, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, <strong>Gestão</strong><br />
de Recursos Humanos, <strong>Gestão</strong> Fi<strong>na</strong>nceira, <strong>Gestão</strong> Pública, Pedagogia,<br />
dentre outros.<br />
Atualmente, a IES que tiver pelo menos 01(um) curso credencia<strong>do</strong> tem a<br />
possibilidade de trabalhar 20% da carga horária <strong>com</strong> ensino a distância.<br />
Porém, cabe salientar que a simples utilização de uma brecha da legislação<br />
educacio<strong>na</strong>l para reduzir a carga horária presencial e, por conseguinte,<br />
custos, a qualidade não pode ser diminuída. Dessa forma, é possível<br />
introduzir novas atividades inova<strong>do</strong>ras a distância, que facilitem o<br />
aprendiza<strong>do</strong> por meio de to<strong>do</strong> esse universo de avanço tecnológico já<br />
vivencia<strong>do</strong> pelos estudantes.<br />
As IES também podem possuir programas <strong>com</strong>plexos de pós-graduação<br />
ministra<strong>do</strong>s a distância, aproveitan<strong>do</strong> a imagem e marca de qualidade. O<br />
importante é que o gestor tenha mais de ousadia e inovação nos negócios.<br />
Muitas IES acabam em muitas situações inovan<strong>do</strong> <strong>com</strong> o sistema híbri<strong>do</strong><br />
entre presencial e EAD, <strong>com</strong>o forma de atender necessidades culturais<br />
específicas <strong>na</strong> sua região de atuação.<br />
Se considerarmos que inovar é uma questão de sobrevivência para as<br />
IES, num modelo de <strong>gestão</strong> que entregue <strong>com</strong> menor custo, a possibilidade<br />
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<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
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<strong>do</strong> aluno se desenvolver <strong>com</strong> apoio presencial e a distância durante seu<br />
processo de formação, pode tor<strong>na</strong>r-se lucrativo para as IES.<br />
As IES quan<strong>do</strong> atuam <strong>com</strong> técnicas focadas <strong>na</strong> aprendizagem <strong>do</strong>s alunos,<br />
garantem o desenvolvimento de <strong>com</strong>petências profissio<strong>na</strong>is que o mun<strong>do</strong><br />
corporativo e produtivo necessita desse futuro profissio<strong>na</strong>l. Quan<strong>do</strong> o aluno<br />
trabalha mais nos projetos que integram <strong>com</strong>petências profissio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> que<br />
<strong>na</strong> transmissão de conteú<strong>do</strong> das antigas discipli<strong>na</strong>s, isso se tor<strong>na</strong> mais<br />
atrativo tanto para o aluno <strong>com</strong>o para a IES.<br />
Inegavelmente, a educação superior no Brasil pela maciça presença de<br />
IES privadas se constituiu num <strong>do</strong>s maiores merca<strong>do</strong>s inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de<br />
educação superior. Embora essa consolidação ocorra <strong>com</strong> poucos players,<br />
ela está movimentan<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong>, onde instituições de qualidade se aliam<br />
através de convênios ou consórcios e trocam experiências e somam forças.<br />
O momento ace<strong>na</strong> <strong>com</strong> muitas oportunidades de <strong>com</strong>posição no uso<br />
<strong>com</strong>partilha<strong>do</strong> de tecnologias, troca de experiências inova<strong>do</strong>ras <strong>na</strong> prática e<br />
no desenvolvimento da aprendizagem, assim <strong>com</strong>o <strong>na</strong> inovação, <strong>na</strong><br />
pesquisa e <strong>na</strong> relação <strong>com</strong> o meio produtivo e socioambiental.<br />
4. <strong>Gestão</strong> Acadêmica Inova<strong>do</strong>ra<br />
O simples fato de inovar pressupõe a quebra de paradigmas. Para os<br />
gestores educacio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> ensino superior a primeira etapa é entender,<br />
aceitar e assumir que a IES em determi<strong>na</strong><strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s pode não atingir to<strong>do</strong><br />
o seu potencial e que somente <strong>com</strong> mudanças pedagógicas claras e aceitas<br />
pelos alunos será possível mudar para maximizar os resulta<strong>do</strong>s.<br />
A inovação deve ser continuada no propósito de adequação da IES <strong>com</strong> as<br />
tendências e atender às novas necessidades impostas pelo merca<strong>do</strong> de<br />
trabalho. Nisso, a orientação deve ser para a excelência <strong>na</strong>s questões<br />
acadêmicas, levan<strong>do</strong> em conta o avanço das profissões e questões de<br />
merca<strong>do</strong>.<br />
É de fundamental importância entender <strong>com</strong>o agregar valor no to<strong>do</strong> sem<br />
perda de qualidade e que as mudanças possam ser percebidas pelos alunos<br />
<strong>com</strong>o uma verdadeira inovação que vai lhe dar frutos <strong>na</strong> sua formação.<br />
Então, vejamos, por exemplo, se a legislação permite a utilização de 20%<br />
da carga horária mínima <strong>na</strong>s atividades, porque não aproveitar essa<br />
oportunidade <strong>com</strong> a a<strong>do</strong>ção de um modelo pedagógico em que se estimule a<br />
formação autônoma <strong>do</strong> conhecimento e se desenvolvam habilidades e<br />
talentos <strong>do</strong>s alunos?<br />
Iniciativas dessa <strong>na</strong>tureza são essenciais no processo de inovação e, por<br />
conseguinte, podem agregar valor ao negócio. Para tanto, selecio<strong>na</strong>r os<br />
profissio<strong>na</strong>is certos é fundamental. Os <strong>do</strong>centes que estiverem à frente <strong>do</strong><br />
processo de ensi<strong>na</strong>r devem ter pleno entendimento da sua área, <strong>com</strong><br />
curiosidade aguçada, aprimoramento contínuo, iniciativa, pró-atividade e<br />
muita criatividade.<br />
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Neste intuito, a proposta pedagógica da IES tem de estar orientada para<br />
a otimização <strong>do</strong>s recursos disponibiliza<strong>do</strong>s numa visão empreende<strong>do</strong>ra,<br />
onde os serviços educacio<strong>na</strong>is atendem aos interesses <strong>do</strong>s públicos-alvo – o<br />
aluno e a sociedade.<br />
Ajustar as diretrizes curriculares à nova realidade pode se tor<strong>na</strong>r uma<br />
grande arma estratégica no processo de agregar valor. Como exemplo disto,<br />
podemos citar o curso de administração que, por ser generalista, passa por<br />
um processo de grande reformulação <strong>na</strong>s suas diretrizes curriculares, para<br />
atender a crescente e rápida transformação <strong>do</strong>s negócios organizacio<strong>na</strong>is.<br />
Diferente disso, os cursos tecnológicos já <strong>na</strong>sceram volta<strong>do</strong>s à<br />
modernidade e à prática e de curta duração, <strong>com</strong>o pontos altos no<br />
aprendiza<strong>do</strong>, pela sua característica modular. Porém, isso representa<br />
obrigatoriamente em quebra de paradigmas. A IES não pode ensi<strong>na</strong>r hoje<br />
da mesma forma que há anos atrás. A inovação deve ser contínua.<br />
Hoje, administrar uma IES privada num ambiente altamente<br />
concorrencial, exige escolhas e ações rápidas no gerenciamento. Isso é um<br />
trabalho multidiscipli<strong>na</strong>r, <strong>com</strong> a participação de to<strong>do</strong>s os segmentos da IES.<br />
Seguidamente os gestores são desafia<strong>do</strong>s a encontrar alter<strong>na</strong>tivas.<br />
Assim, embora em muitas IES onde o planejamento estratégico é mais<br />
reativo <strong>do</strong> que preventivo, faz-se necessário contemplar todas as situações<br />
estratégicas de inovação nos cursos e <strong>na</strong> infraestrutura, pois o merca<strong>do</strong> tem<br />
muita atenção sobre o negócio educação <strong>com</strong> qualidade.<br />
No âmbito da prática pedagógica, entre as diversas variáveis manipuladas<br />
dentro <strong>do</strong> programa acadêmico, podemos citar o número de horas-aula <strong>do</strong>s<br />
cursos de graduação. Um processo de nivelamento permite detectar as<br />
aulas redundantes de turmas de diferentes graduações que deixam de ser<br />
concentradas e alteram o ponto de equilíbrio econômico-fi<strong>na</strong>nceiro. Há<br />
atividades <strong>com</strong> potencial para reduzir custos, <strong>com</strong>o por exemplo, o ensino a<br />
distância e atividades <strong>com</strong>plementares baseadas em projetos.<br />
O reposicio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong>s cursos <strong>na</strong>s IES enquanto “Unidades Estratégicas<br />
de Negócios” requer a avaliação pontual das características de cada<br />
programa, área e objetivos estratégicos, fi<strong>na</strong>nceiros e merca<strong>do</strong>lógicos<br />
customiza<strong>do</strong>s.E, essas metas, levam ao cumprimento de objetivos traça<strong>do</strong>s<br />
por parte da coorde<strong>na</strong>ção de curso, que foca no desempenho acadêmico e a<br />
satisfação <strong>do</strong>s alunos. Isso pode ser chama<strong>do</strong> de atitude essencial para a<br />
IES, voltada para a descentralização controlada.<br />
A seguir vamos explorar algumas ideias inova<strong>do</strong>ras que podem ser<br />
perfeitamente praticadas pelas IES.<br />
No âmbito da prática pedagógica, entre as diversas variáveis manipuladas<br />
dentro <strong>do</strong> programa acadêmico, podemos citar o número de horas-aula <strong>do</strong>s<br />
cursos de graduação. Um processo de nivelamento permite detectar as<br />
aulas redundantes de turmas de diferentes graduações que deixam de ser<br />
concentradas e alteram o ponto de equilíbrio econômico-fi<strong>na</strong>nceiro.<br />
INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
"Inovan<strong>do</strong> <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> <strong>com</strong> <strong>Estratégias</strong> <strong>Criativas</strong>’’<br />
por Prof. Dr. Re<strong>na</strong>to Silva
Há atividades <strong>com</strong> potencial para reduzir custos, <strong>com</strong>o por exemplo, o<br />
ensino a distância e atividades <strong>com</strong>plementares baseadas em projetos.<br />
O reposicio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong>s cursos <strong>na</strong>s IES enquanto “Unidades Estratégicas<br />
de Negócios” requer a avaliação pontual das características de cada<br />
programa, área e objetivos estratégicos, fi<strong>na</strong>nceiros e merca<strong>do</strong>lógicos<br />
customiza<strong>do</strong>s.E, essas metas, levam ao cumprimento de objetivos traça<strong>do</strong>s<br />
por parte da coorde<strong>na</strong>ção de curso, que foca no desempenho acadêmico e a<br />
satisfação <strong>do</strong>s alunos. Isso pode ser chama<strong>do</strong> de atitude essencial para a<br />
IES, voltada para a descentralização controlada.<br />
A seguir vamos explorar algumas ideias inova<strong>do</strong>ras que podem ser<br />
perfeitamente praticadas pelas IES. Então, vejamos:<br />
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4.1 Inovan<strong>do</strong> <strong>com</strong> Projetos Integra<strong>do</strong>res<br />
Um grande avanço que tem si<strong>do</strong> pratica<strong>do</strong> <strong>na</strong> educação diz respeito à<br />
utilização de meto<strong>do</strong>logias baseada em “Projetos Integra<strong>do</strong>res”, onde a<br />
atividade curricular se relacio<strong>na</strong> entre teoria e prática <strong>com</strong> a formação<br />
pessoal, cidadã e profissio<strong>na</strong>l e <strong>com</strong> os objetivos <strong>do</strong> curso e perfil de egresso<br />
deseja<strong>do</strong>, crian<strong>do</strong> aderência e coerência ao fazer pedagógico.<br />
A a<strong>do</strong>ção dessa meto<strong>do</strong>logia tem si<strong>do</strong> justificada por uma concepção de<br />
significar e contextualizar a educação em um olhar sistêmico, representa<strong>do</strong><br />
pela pluralidade de aplicações <strong>do</strong>s saberes e consolidação de uma postura<br />
capaz de responder às demandas atuais.<br />
Como características principais <strong>do</strong>s projetos integra<strong>do</strong>res, podemos citar:<br />
Ÿ É um Componente Curricular, necessário para integralização da carga<br />
horária (relógio);<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
O custo deste <strong>com</strong>ponente está inseri<strong>do</strong> <strong>na</strong>s discipli<strong>na</strong>s uma vez que é um<br />
débito <strong>na</strong> carga horária já paga pelo aluno. Portanto, não há custo para o<br />
aluno ao cursá-la. Os valores das demais discipli<strong>na</strong>s não são altera<strong>do</strong>s<br />
mesmo <strong>com</strong> o regime da oferta híbrida (seriada e crédito);<br />
Aprovação por frequência;<br />
A avaliação <strong>do</strong> projeto integra<strong>do</strong>r <strong>com</strong>põe as notas das demais<br />
discipli<strong>na</strong>s;<br />
Possui professor responsável <strong>com</strong> carga horária específica (TP e TI);<br />
Tem horas atribuídas aos professores responsáveis pelo Projeto<br />
Integra<strong>do</strong>r;<br />
Possui Plano de <strong>Ensino</strong> enquanto é parte <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> das demais<br />
discipli<strong>na</strong>s, mas cumpre ao professor responsável pelo projeto integra<strong>do</strong>r<br />
elaborar o plano de atividades e cronograma.<br />
Todas as discipli<strong>na</strong>s presenciais e semipresenciais são 60 horas-relógio.<br />
A discipli<strong>na</strong> <strong>na</strong> modalidade semipresencial não precisa de Projeto<br />
Integra<strong>do</strong>r porque é desenvolvida em ambiente virtual de aprendizagem<br />
(AVA) em uma plataforma a distância, não existin<strong>do</strong> aula presencial.<br />
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Ÿ<br />
As discipli<strong>na</strong>s presenciais, conforme acor<strong>do</strong>s coletivos de trabalho (CCT)<br />
possuem aulas de 50, 45 e 40 minutos. Como as discipli<strong>na</strong>s são de 60<br />
horas-relógio e a duração das aulas são em menos tempo, é necessário o<br />
Projeto Integra<strong>do</strong>r (PI) para <strong>com</strong>pletar as horas faltantes.<br />
O planejamento e a apresentação <strong>do</strong> trabalho resultante <strong>do</strong> projeto<br />
integra<strong>do</strong>r, precisa contribuir para promover mudanças das estratégias<br />
didático-pedagógicas passan<strong>do</strong> de uma proposta passiva para uma em<br />
perspectivas de meto<strong>do</strong>logias, <strong>com</strong>o as ativas, onde o aluno/estudante é o<br />
agente principal responsável pela sua aprendizagem. As aprendizagens<br />
colaborativas inserem meto<strong>do</strong>logias interativas entre o aluno e professor,<br />
bem <strong>com</strong>o a técnica da sala de aula invertida, que inverte a lógica de<br />
organização da sala de aula, pois <strong>com</strong> ela os alunos aprendem o conteú<strong>do</strong><br />
em suas próprias casas, por meio de vídeo aulas ou outros recursos<br />
interativos.<br />
4.2 Usar mais projetos <strong>na</strong>s aulas<br />
Práticas meto<strong>do</strong>lógicas chamadas de "problem-based learning" e<br />
"project-based learning" (ensino basea<strong>do</strong> em problemas ou projetos).<br />
Neles, problemas fictícios ou reais da <strong>com</strong>unidade, é o ponto de partida <strong>do</strong><br />
aprendiza<strong>do</strong>. Os alunos aprendem <strong>na</strong> prática e, buscam, eles mesmos, as<br />
soluções, pois os projetos são desenvolvi<strong>do</strong>s sem o envolvimento tão direto<br />
<strong>do</strong> professor, em que os alunos aprendem não só o conteú<strong>do</strong>, mas a gerir um<br />
plano e lidar <strong>com</strong> erros. Para Cyrino e Toralles - Pereira (2004), o conteú<strong>do</strong><br />
deve estar sempre em processo de renovação e ampliação, inseri<strong>do</strong><br />
criticamente numa não uma realidade estática, mas em transformação <strong>com</strong><br />
todas as suas contradições. Criam-se, assim, desafios cognitivos<br />
permanentes para estudantes e professores.<br />
4.3 Foco <strong>na</strong> produção de conteú<strong>do</strong> pelos alunos<br />
A resolução de problemas (problematização) e projetos é parte de um<br />
ensino mais centra<strong>do</strong> <strong>na</strong> produção <strong>do</strong> próprio aluno. Ao <strong>do</strong>cente cabe à<br />
tarefa de mediar à interação <strong>na</strong> sala de aula e saber quais metas têm de ser<br />
alcançadas em cada projeto. É o aluno quem tem de buscar conteú<strong>do</strong>, e o<br />
professor tem que saber qual o objetivo da aula, e, nisso, as <strong>com</strong>petências e<br />
habilidades emergem. Para isso, não precisa de muita tecnologia, mas sim<br />
de capacitação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes.<br />
O grande desafio para as IES e, por conseguinte, aos seus professores é<br />
viabilizar uma aula que propicie esse disparo neural, as si<strong>na</strong>pses e o<br />
funcio<strong>na</strong>mento desses sistemas. Quan<strong>do</strong> o professor se engaja em<br />
conhecer a melhor forma de aprendizagem <strong>do</strong> seu aluno, saberá quais as<br />
estratégias mais adequadas que poderá utilizar, facilitan<strong>do</strong> o processo<br />
ensino – aprendizagem.<br />
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Aulas lúdicas tende a ter to<strong>do</strong> um efeito especial e desafia<strong>do</strong>r, pois as<br />
aulas são dinâmicas, divertidas, ricas em conteú<strong>do</strong> visual, onde o aluno<br />
tor<strong>na</strong>-se mais participante, questio<strong>na</strong><strong>do</strong>r e ativo <strong>na</strong> construção <strong>do</strong><br />
conhecimento. O conteú<strong>do</strong> propicia novas descobertas, novos saberes,<br />
mais dinâmico e flexível. Nesse processo, professor e aluno interagem mais<br />
ativamente, pois há a criação de novas possibilidades e meios de fazer o<br />
saber acontecer de fato. Nisso, se manifesta uma estratégia assertiva onde<br />
os conhecimentos e a educação, caminham juntos orientan<strong>do</strong> a revolução<br />
didática <strong>na</strong> sala de aula.<br />
4.4 Psicologia Positiva – “Aula em Harvard”<br />
Você sabia que, em Harvard, uma das mais prestigiadas universidades <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>, o curso mais popular e bem-sucedi<strong>do</strong> ensi<strong>na</strong> você a aprender a ser<br />
mais feliz?<br />
A aula de Psicologia Positiva ministrada por Shahar atrai 1400 alunos por<br />
semestre é aceita por 20% <strong>do</strong>s gradua<strong>do</strong>s de Harvard <strong>com</strong> uma discipli<strong>na</strong><br />
eletiva. De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> Shahar, a classe, que se concentra <strong>na</strong> felicidade, <strong>na</strong><br />
autoestima e <strong>na</strong> motivação, dá aos alunos as ferramentas para ter sucesso e<br />
enfrentar a vida <strong>com</strong> mais alegria. Este professor é considera<strong>do</strong> por alguns<br />
<strong>com</strong>o "o guru da felicidade", que destaca em sua aula 14 dicas principais<br />
para melhorar a qualidade <strong>do</strong> nosso status pessoal e contribuir para uma<br />
vida positiva. Então, vejamos quais são essas dicas:<br />
Ÿ Dica 1: Agradeça sempre a Deus por tu<strong>do</strong> o que você é e tem.<br />
Ÿ Dica 2: Pratique regularmente uma atividade física.<br />
Ÿ Dica 3: Tome sempre um bom café da manhã.<br />
Ÿ Dica 4: Seja assertivo.<br />
Ÿ Dica 5: Gaste seu dinheiro em viagens, cursos e aprendiza<strong>do</strong>.<br />
Ÿ Dica 6: Enfrente seus desafios, não fuja deles.<br />
Ÿ Dica 7: Coloque em to<strong>do</strong>s os lugares boas memórias, frases e fotos de<br />
seus entes queri<strong>do</strong>s.<br />
Ÿ Dica 8: Sempre cumprimente e seja bom <strong>com</strong> as outras pessoas.<br />
Ÿ Dica 9: Use sempre sapatos confortáveis.<br />
Ÿ Dica 10: Cuide da sua postura.<br />
Ÿ Dica 11: Ouça boa música e leia bons livros.<br />
Ÿ Dica 12: O que você <strong>com</strong>e tem um impacto direto <strong>na</strong> sua saúde e no seu<br />
humor.<br />
Ÿ Dica 13: Cuide-se e sinta-se atraente.<br />
Ÿ<br />
Dica 14: Fi<strong>na</strong>lmente, acredite em Deus, pois, <strong>com</strong> suas bênçãos, <strong>na</strong>da é<br />
impossível.<br />
Ainda, segun<strong>do</strong> o professor Sharar “A felicidade é <strong>com</strong>o um controle remoto,<br />
perdemos sempre, ficamos loucos procuran<strong>do</strong> por ele e muitas vezes, sem<br />
saber, estamos senta<strong>do</strong>s em cima dele”<br />
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5. Agregan<strong>do</strong> valor <strong>na</strong> Relação Aluno versus IES<br />
O curso de graduação é uma etapa importante <strong>na</strong> vida de um estudante,<br />
pois além de conhecimento teórico, remete o aluno para os primeiros<br />
contatos <strong>com</strong> a sua profissão escolhida. Nisso, a IES é partícipe <strong>na</strong> oferta de<br />
produtos e serviços que busque <strong>com</strong>plementar o currículo e valorizar a<br />
profissão escolhida por ele.<br />
Nesse propósito, ações que venham a incrementar o currículo <strong>do</strong> aluno<br />
durante e após seu curso, pode agregar mais valor à instituição, que vão<br />
desde a oferta de fi<strong>na</strong>nciamento estudantil até o estímulo para que o aluno<br />
participe <strong>com</strong> professores que organizam grupos de estu<strong>do</strong> sobre alguma<br />
linha de pesquisa, e convida os estudantes a participarem de discussões ao<br />
longo <strong>do</strong>s semestres, in<strong>do</strong> além das aulas regulares de graduação e de<br />
monitoria.<br />
O incentivo a iniciação científica, é uma oportunidade que a IES tem de<br />
incentivar o aluno no aprofundamento de determi<strong>na</strong><strong>do</strong>s assuntos e agregar<br />
aptidões para a sua carreira acadêmica e profissio<strong>na</strong>l. A participação <strong>do</strong><br />
aluno em grupos de estu<strong>do</strong> ajuda <strong>na</strong> sua fidelização, pois desenvolve o<br />
senso de responsabilidade, a interação construtiva e as suas habilidades<br />
sociais. Também, o incentivo para que o aluno assista a palestras, feiras e<br />
congressos oferecem uma excelente oportunidade para que ele aumente<br />
sua rede de contatos e, por conseguinte, leve a imagem e marca da IES.<br />
Na necessidade de o aluno aprender uma ou mais línguas estrangeiras<br />
num mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong>, pode ser um nicho a ser explora<strong>do</strong>, mesmo que<br />
este seja <strong>com</strong> terceirização <strong>do</strong>s serviços. Cursos extracurriculares agregam<br />
muito valor à graduação, pois, além disso, facilita em intercâmbios<br />
inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is. Tanto para o aluno <strong>com</strong>o para a instituição de ensino, o<br />
intercâmbio é uma ótima oportunidade de incrementar a graduação <strong>do</strong><br />
aluno <strong>com</strong> a marca da IES.<br />
O incentivo da IES para que o aluno realize trabalho voluntário valoriza<br />
sobremaneira o currículo de quem ainda está em início de carreira.<br />
Incentivar os alunos a participação de ações sociais além contribuir no seu<br />
engajamento e sua capacidade de conviver <strong>com</strong> as diferenças, leva a<br />
imagem da IES para a <strong>com</strong>unidade em que está inserida.<br />
Os benefícios de um programa que direcione para a fidelização <strong>do</strong>s<br />
estudantes “ser aluno da IES”, quan<strong>do</strong> bem trabalha<strong>do</strong> pela instituição,<br />
pode proporcio<strong>na</strong>r uma série de vantagens para a retenção de estudantes,<br />
<strong>com</strong>o por exemplo: a disponibilização de aplicativos, ambiente virtual de<br />
aprendizagem <strong>com</strong> cursos gratuitos de extensão, estágios e carreira,<br />
conectividade e interatividade, residências profissio<strong>na</strong>is e multiprofissio<strong>na</strong>is<br />
em saúde, residência médica em medici<strong>na</strong> de família e <strong>com</strong>unidade, cursos<br />
livres, coral, teatro, conexão saber, iniciação científica, dentre outros.<br />
Nesse contexto, muitas IES fazem somente <strong>na</strong> proximidade <strong>com</strong> o<br />
processo seletivo, ações voltadas exclusivamente para a captação de novos<br />
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estudantes, e não sistematicamente durante o perío<strong>do</strong> letivo.<br />
É de fundamental importância a aproximação constante da IES <strong>com</strong> o<br />
futuro aluno. Por exemplo, a promoção de visitas das Coorde<strong>na</strong>ções de<br />
Cursos <strong>na</strong>s escolas para realizarem palestras, falarem <strong>do</strong> curso e da<br />
profissão, ou, ainda, um dia no campus para o futuro aluno conhecer a sua<br />
futura IES, são exemplos bem-sucedi<strong>do</strong>s já pratica<strong>do</strong>s por algumas IES.<br />
Nisso, preparar um dia inteiro de atividades especiais, <strong>com</strong> palestras,<br />
estandes e atividades <strong>na</strong>s áreas de Huma<strong>na</strong>s, Exatas e Saúde, além de<br />
visitas guiadas pelo campus, para que o estudante conheça todas as<br />
instalações da IES: salas de aula, bibliotecas, ambientes de convivência e os<br />
laboratórios <strong>com</strong> a mais avançada e atual tecnologia, <strong>com</strong>o também a<br />
oportunidade de fazer um teste vocacio<strong>na</strong>l gratuito, são ações que ajudam<br />
<strong>na</strong> captação de novos alunos.<br />
As IES podem também estar desenvolven<strong>do</strong> Núcleo de Empregabilidade e<br />
Empreende<strong>do</strong>rismo para pensar estrategicamente a empregabilidade de<br />
seus estudantes e egressos, estan<strong>do</strong> dessa forma atenta às exigências de<br />
um merca<strong>do</strong> de trabalho bastante seletivo, que busca profissio<strong>na</strong>is<br />
dispostos a a<strong>com</strong>panhar as mudanças atuais no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho. O<br />
principal objetivo deste núcleo é disponibilizar serviços gratuitos para<br />
orientação e a<strong>com</strong>panhamento <strong>do</strong>s discentes e egressos da IES, bem <strong>com</strong>o<br />
a sua integração <strong>com</strong> empresas parceiras.<br />
Por meio de sua área de Relações Institucio<strong>na</strong>is, a IES pode estar<br />
atenden<strong>do</strong> organizações de diferentes áreas de atuação, além de órgãos<br />
públicos, entidades e ONGs, apresentan<strong>do</strong> soluções educacio<strong>na</strong>is e<br />
empresarias. Nisso, o know-how e a credibilidade de seus <strong>do</strong>centes e da<br />
própria IES, aliada à garantia de um serviço de excelência, pode render<br />
parcerias e convênios <strong>com</strong> empresas conceituadas no merca<strong>do</strong>.<br />
As ações são focadas <strong>na</strong>s tendências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> empresarial, no intuito<br />
de promover a educação e a profissio<strong>na</strong>lização, visan<strong>do</strong> o desenvolvimento<br />
de novos produtos e projetos para incuba<strong>do</strong>ras, capacitações de equipes<br />
corporativas, cursos in <strong>com</strong>pany, cursos de educação executiva <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e<br />
inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, salas patroci<strong>na</strong>das, além de estabelecer relações<br />
institucio<strong>na</strong>is e gover<strong>na</strong>mentais voltadas para <strong>com</strong>unidades, institutos e<br />
associações de classe.<br />
Se a IES entender que “aluno é para sempre”, incentivos para que os<br />
egressos façam uma pós-graduação <strong>na</strong> sua própria instituição, é uma<br />
alter<strong>na</strong>tiva para agregar valor, sejam <strong>na</strong>s modalidades: stricto sensu e lato<br />
sensu.<br />
Em um cenário cada vez mais <strong>com</strong>petitivo onde as IES buscam diversificar<br />
sua geração de receita que normalmente concentram-se <strong>na</strong> maior<br />
proporção no recebimento de mensalidades da graduação, as IES devem<br />
concentrar esforços nesse nicho, in<strong>do</strong> de encontro as demandas<br />
empresariais cada vez mais exigentes em seus processos seletivos, que<br />
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valorizam a pós-graduação. Essa modalidade de ensino é a opção mais<br />
voltada para necessidades específicas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho. Seus cursos<br />
podem ser ministra<strong>do</strong>s presencialmente ou a distância, ou até mesmo no<br />
formato híbri<strong>do</strong>.<br />
Por exigência legal a especialização requer carga horária mínima de 360<br />
horas, e constitui-se num recurso bastante utiliza<strong>do</strong> por profissio<strong>na</strong>is que<br />
qualificar ou mudar sua área de atuação para melhor seus rendimentos e ou<br />
obter uma promoção. Nessa categoria enquadram-se também os MBA´s –<br />
Master Businees Administration, <strong>com</strong> cursos foca<strong>do</strong>s <strong>na</strong> área de<br />
administração e <strong>gestão</strong> de negócios.<br />
As empresas estão buscan<strong>do</strong> cada vez mais profissio<strong>na</strong>is <strong>com</strong> uma<br />
formação sólida, que forneça subsídios para a tomada de decisões e que<br />
tenham informações atualizadas que ajudem a gerar inovação, reduzir<br />
custos e alcançar melhores resulta<strong>do</strong>s.<br />
A Pós-graduação stricto sensu indicada, sobretu<strong>do</strong>, para quem deseja<br />
seguir <strong>na</strong> vida acadêmica, atuan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o professor ou pesquisa<strong>do</strong>r, e para<br />
profissio<strong>na</strong>is que querem obter alta qualificação e diferenciação em sua<br />
área, são organiza<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o mestra<strong>do</strong> acadêmico, profissio<strong>na</strong>l e o<br />
<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>.<br />
Em tese, o conhecimento gera<strong>do</strong> por um programa stricto sensu possui<br />
valor de merca<strong>do</strong> para sustentar fi<strong>na</strong>nceiramente a sua realização. Se<br />
olharmos nessa perspectiva, a formação de mestres e <strong>do</strong>utores pode ser<br />
considerada <strong>com</strong>o um investimento para a continuidade da IES, agregan<strong>do</strong><br />
mesmo que de forma intangível, valor a marca e a imagem.<br />
Programas de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> são forma<strong>do</strong>s por professores <strong>do</strong>utores de<br />
destaque em suas áreas. Mesmo <strong>com</strong> a necessidade de elevada carga de<br />
pesquisa institucio<strong>na</strong>lizada por estes profissio<strong>na</strong>is, é possível a viabilização<br />
<strong>do</strong>s Programas de pós-graduação (mestra<strong>do</strong> profissio<strong>na</strong>l, mestra<strong>do</strong> e<br />
<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>) quan<strong>do</strong> são estimula<strong>do</strong>s a buscar alter<strong>na</strong>tivas <strong>na</strong> captação de<br />
recursos em empresas privadas e públicas, organizações não<br />
gover<strong>na</strong>mentais, organizações sociais, sindicatos, órgãos públicos, etc.,<br />
pode melhorar a situação fi<strong>na</strong>nceira <strong>do</strong>s programas e contribuir <strong>com</strong> o<br />
fi<strong>na</strong>nceiro da IES.<br />
No contexto sistêmico da <strong>gestão</strong> estratégica, as instituições estão<br />
enfrentan<strong>do</strong> o desafio de <strong>com</strong>patibilizar o princípio da pertinência <strong>com</strong> o da<br />
relevância da qualidade, ao passo que, a “Autoavaliação Institucio<strong>na</strong>l” deve<br />
se constituir em elemento de <strong>gestão</strong>, <strong>na</strong> medida que pode gerar um<br />
processo de análise crítica <strong>do</strong> desempenho da IES, dentro <strong>do</strong> planejamento<br />
estratégico institucio<strong>na</strong>liza<strong>do</strong>.<br />
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A Figura 1 a seguir, ilustra a avaliação integrada para os propósitos<br />
organizacio<strong>na</strong>is da IES, no contexto interno e externo para atendimento <strong>do</strong>s<br />
interessa<strong>do</strong>s:<br />
Fonte: Gianotti(2015)<br />
Uma proposta de Avaliação Institucio<strong>na</strong>l Integrada à <strong>gestão</strong> estratégica<br />
parte <strong>do</strong> pressuposto de que a avaliação deve gerar elementos para a<br />
tomada de decisão, <strong>na</strong> relação <strong>do</strong> ambiente interno <strong>com</strong> o ambiente<br />
externo, satisfazen<strong>do</strong> os interesses da IES e da sociedade. Sua articulação<br />
<strong>com</strong> o planejamento estratégico gera resulta<strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s por indica<strong>do</strong>res<br />
que abastecem as decisões <strong>do</strong>s gestores educacio<strong>na</strong>is. Dessa forma, o<br />
desafio das instituições está em implementar uma proposta de avaliação<br />
institucio<strong>na</strong>l que contribua para a análise <strong>do</strong> mérito e da eficácia da<br />
Instituição, <strong>com</strong>o parte integrante de sua <strong>gestão</strong> para a sustentabilidade.<br />
6. Ciclo de Vida <strong>do</strong>s Cursos de Graduação<br />
Michael Porter <strong>na</strong> década de 70 desenvolveu o modelo de análise<br />
merca<strong>do</strong>lógica, conheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>o as Cinco Forças de Porter, que permite<br />
entender o ambiente <strong>com</strong>petitivo entre as organizações empresas e<br />
a<strong>na</strong>lisar o grau de atratividade em cada setor.<br />
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No setor educacio<strong>na</strong>l das IES privadas, tal fato, em virtude da grande<br />
quantidade de cursos ofereci<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o produtos e serviços similares em<br />
qualidade e preços, aumenta a rivalidade entre as IES. Nessa guerra,<br />
capitaneada pelos grandes grupos consolida<strong>do</strong>res, muitas IES usam <strong>com</strong>o<br />
estratégia principal a redução <strong>do</strong>s preços das mensalidades <strong>do</strong>s cursos, <strong>com</strong><br />
isso, a lucratividade fica reduzida.<br />
As cinco forças (rivalidade, novos entrantes, produtos substitutos, poder<br />
de barganha <strong>do</strong>s clientes e <strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res) que agem no merca<strong>do</strong><br />
segun<strong>do</strong> Porter, permite entender o ambiente <strong>com</strong>petitivo entre as IES em<br />
particular, e a<strong>na</strong>lisar o grau de atratividade <strong>do</strong> setor. As IES necessitam<br />
desenvolver estratégias para serem mais eficientes e queiram criar<br />
vantagens <strong>com</strong>petitivas no merca<strong>do</strong>, pois seus produtos-cursos são<br />
duramente afeta<strong>do</strong>s <strong>na</strong> sua existência.<br />
Nas IES, os produtos substitutos são os cursos e suas modalidades, são os<br />
produtos (cursos e serviços) da concorrência que não são similares aos da<br />
sua IES, mas atendem as mesmas necessidades <strong>do</strong>s alunos-clientes.<br />
Apesar de não <strong>com</strong>petirem <strong>com</strong> o mesmo grau de intensidade, são capazes<br />
de diminuir a fatia de merca<strong>do</strong> da IES.<br />
Nesse contexto, é de suma importância entender <strong>com</strong>o se dá o ciclo de<br />
vida de um produto – curso de graduação. Uma pergunta muito importante<br />
é o que seria este ciclo de vida que será a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>. Tomamos <strong>com</strong>o exemplo<br />
um produto-curso mais específico, Graduação em Administração de<br />
04(quatro) anos, onde a elaboração <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> curso é ape<strong>na</strong>s uma das<br />
etapas <strong>do</strong> ciclo.<br />
De maneira geral, o ciclo de vida de um produto-curso de graduação é<br />
dividi<strong>do</strong> <strong>na</strong>s seguintes etapas:<br />
Ÿ Elaboração <strong>do</strong> Projeto <strong>do</strong> Curso;<br />
Ÿ Processo seletivo;<br />
Ÿ Organização <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente e infraestrutura necessária;<br />
Ÿ Funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> Curso no seu perío<strong>do</strong> de integralização e atendimento<br />
ao que foi preconiza<strong>do</strong> no PPC;<br />
Ÿ Avaliação inter<strong>na</strong> e Exter<strong>na</strong> (Reconhecimento e CPC);<br />
Ÿ Fim de vida <strong>do</strong> primeiro ciclo <strong>do</strong> curso ao fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s 08 semestres<br />
Segun<strong>do</strong> Kotler (2006), um produto é considera<strong>do</strong> qualquer artigo que<br />
tenha <strong>com</strong>o objetivo satisfazer uma necessidade específica de um<br />
consumi<strong>do</strong>r. No ambiente universitário o produto-curso é intangível (um<br />
serviço ou uma marca). No entanto, um produto-curso de graduação<br />
continuará vivo no merca<strong>do</strong> se ele estiver atenden<strong>do</strong> às necessidades<br />
impostas pelos alunos-clientes, associa<strong>do</strong>, principalmente, as expectativas<br />
de colocação rápida no merca<strong>do</strong> de trabalho, em consonância <strong>com</strong> a<br />
inovação das profissões, mesmo que estas perspectivas não sejam tão<br />
claras e evidentes.<br />
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Para Kotler (2006), um produto possui um ciclo de vida quan<strong>do</strong> aceita os<br />
seguintes fatores:<br />
Os produtos têm vida limitada.<br />
Ÿ As vendas <strong>do</strong>s produtos passam por estágios distintos, <strong>com</strong> desafios,<br />
oportunidades e problemas diferentes para as empresas.<br />
Ÿ Os lucros oscilam para cima e para baixo nos diferentes estágios <strong>do</strong> ciclo<br />
de vida <strong>do</strong> produto.<br />
Ÿ Os produtos necessitam de diferentes estratégias de produção,<br />
fi<strong>na</strong>nceira, marketing, <strong>com</strong>pras e recursos humanos de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> cada<br />
estágio <strong>do</strong> seu ciclo de vida.<br />
A seguir <strong>na</strong> Figura 2, demonstramos o ciclo de vida hipotético de um<br />
produto-curso de graduação presencial.<br />
INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR<br />
Fonte: Autor<br />
To<strong>do</strong>s esses fatores de PORTER entendi<strong>do</strong>s para o ambiente universitário<br />
segue as mesmas etapas para o ciclo de vida de um produto intangível, onde<br />
no seu desenvolvimento requer altos investimentos para atender as<br />
demandas <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> curso. Portanto, nessa etapa a IES tem ape<strong>na</strong>s<br />
desembolsos necessários a formatação <strong>do</strong> produto-curso.<br />
Defini<strong>do</strong> o projeto de curso, temos o processo de divulgação <strong>do</strong> curso e<br />
captação por meio de processo seletivo periódico. A partir da formação das<br />
primeiras turmas há um leve crescimento <strong>na</strong> geração de valor que <strong>com</strong>eça a<br />
a<strong>com</strong>panhar a realização de fato <strong>do</strong> produto-curso por meio de uma<br />
prestação de serviço que, espera-se, ser eficiente.<br />
Nessa etapa uma significativa parcela de alunos-clientes toma<br />
conhecimento da existência <strong>do</strong> curso <strong>na</strong>quela IES o que tende a elevar o<br />
alu<strong>na</strong><strong>do</strong> matricula<strong>do</strong>, favorecen<strong>do</strong> o surgimento da economia de escala.<br />
Mas, também, é nessa etapa que <strong>com</strong>eça a surgir os concorrentes, exigin<strong>do</strong><br />
da IES investimentos em diferenciação para não perder a parcela de<br />
merca<strong>do</strong> conquistada.<br />
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À medida que outras IES concorrem nesse produto-curso há aumento da<br />
oferta, e os preços das mensalidades <strong>com</strong>eçam a exercer influências <strong>na</strong>s<br />
escolhas por parte <strong>do</strong>s alunos. É possível nesta fase, a IES recuperar em<br />
parte ou to<strong>do</strong> o seu investimento e o lucro aumenta.<br />
Na etapa de maturidade, o perío<strong>do</strong> é caracteriza<strong>do</strong> por baixas <strong>na</strong> captação<br />
de alunos para o curso oferta<strong>do</strong>, já que grande parte <strong>do</strong>s potenciais<br />
consumi<strong>do</strong>res já foi conquistada, e quan<strong>do</strong> a IES <strong>com</strong>eça a ofertar outros<br />
produtos-cursos, há uma divisão <strong>na</strong>tural da demanda <strong>do</strong>s produtos-cursos<br />
oferta<strong>do</strong>s, até mesmo pela oferta de cursos por parte da concorrência.<br />
Como consequência disso, os lucros diminuem ou se estabilizam no fi<strong>na</strong>l<br />
deste estágio.<br />
A última e derradeira fase <strong>do</strong> ciclo de vida denomi<strong>na</strong>-se de “declínio”,<br />
quan<strong>do</strong> o produto-curso atinge sua obsolescência e é substituí<strong>do</strong> pelo<br />
concorrente mais inova<strong>do</strong>r. Neste momento a IES retrai seus investimentos<br />
em propaganda e <strong>com</strong>eça a trabalhar no fechamento <strong>do</strong> curso.<br />
Na modalidade a distância, o crescimento, maturidade e declínio<br />
acontecem mais rapidamente <strong>do</strong> que no presencial, embora num volume<br />
maior de alunos, porém <strong>com</strong> menores mensalidades. Por ter ticket médio<br />
menor, a tão necessária economia de escala se faz presente para a<br />
viabilização dessa modalidade de ensino. Outro fator relevante diz respeito<br />
à evasão que <strong>na</strong> educação a distância tem se mostran<strong>do</strong> muito superior aos<br />
índices da educação presencial.<br />
Mas qual o futuro das profissões?<br />
Que profissio<strong>na</strong>is as IES precisam formar?<br />
Inegavelmente, no campo <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho, a tecnologia vem<br />
melhoran<strong>do</strong> rapidamente suas estruturas, permitin<strong>do</strong> a agilidade <strong>do</strong>s<br />
processos. E, isso, remete a necessidade de novas profissões num futuro<br />
próximo, pois elas precisam ser mutáveis para a atender essa evolução,<br />
para atender a um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> conjunto de necessidades da sociedade<br />
produtora. Alguns estu<strong>do</strong>s já si<strong>na</strong>lizam fortes mudanças radicais, então<br />
vejamos:<br />
“Segun<strong>do</strong> estimativa <strong>do</strong> DaVinci Institute, consultoria dedicada a pesquisas<br />
sobre o futuro, 2 bilhões de postos de trabalho desaparecerão até 2030. Já<br />
um levantamento da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) aponta<br />
que 48% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s EUA serão substituí<strong>do</strong>s por máqui<strong>na</strong>s até<br />
2027 – <strong>na</strong> Alemanha serão 35% e no Japão 21%. O relatório The Future of<br />
Jobs and Skills (O Futuro <strong>do</strong> Trabalho e das Habilidades), publica<strong>do</strong> em 2016<br />
pelo Fórum Econômico Mundial, aposta que inteligência artificial, robótica,<br />
<strong>na</strong>notecnologia e impressão 3D serão algumas das áreas que<br />
movimentarão o merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> futuro. Já funções de apoio à <strong>gestão</strong> e trabalho<br />
operacio<strong>na</strong>l tendem a ser elimi<strong>na</strong>das total ou parcialmente. “Profissões que<br />
são muito repetitivas obviamente serão substituídas por softwares.<br />
INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
"Inovan<strong>do</strong> <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> <strong>com</strong> <strong>Estratégias</strong> <strong>Criativas</strong>’’<br />
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E as que são por <strong>na</strong>tureza muito huma<strong>na</strong>, <strong>com</strong>o serviços de cuida<strong>do</strong>res e de<br />
atendimento, tendem a ter seus valores pressio<strong>na</strong><strong>do</strong>s para baixo em razão<br />
da robotização, por exemplo”, a<strong>na</strong>lisa Arthur Igreja, especialista da<br />
multiplataforma AAA, em entrevista ao IDGNow”. (disponível em:<br />
https://escolasaopaulo.org/futuro-das-profissoes/, 10/01/2019).<br />
A seguir a figura 3 ilustra algumas das possíveis profissões num futuro<br />
próximo:<br />
VEJA AS PROFISSÕES QUE DEVEM SURGIR NOS PRÓXIMOS ANOS<br />
HAVERÁ CRIAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO EM OITO ÁREAS<br />
SETOR AUTOMOTIVO<br />
TÉCNICO DA INFORMAÇÃO<br />
E COMUNICAÇÃO<br />
ALIMENTOS E BEBIDAS<br />
MÁQUINAS E FERRAMENTAS<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Mecânico de veículos<br />
híbri<strong>do</strong>s<br />
Mecânico especialista<br />
em telemetria<br />
Programa<strong>do</strong>r de<br />
unidades<br />
de controles<br />
eletrônicos<br />
Técnico em<br />
informática veicular<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
A<strong>na</strong>lista de internet das<br />
coisas<br />
Engenheiro de<br />
cibersegurança<br />
A<strong>na</strong>lista de segurança e<br />
defesa digital<br />
Especialista em big dadta<br />
Engenheiro de softwares<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Técnico em impressão de<br />
alimentos<br />
Especialista em aplicações<br />
TIC para rentabilidade de<br />
alimentos<br />
Especialista em aplicações<br />
de embalagens para<br />
alimentos<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Projetista para tecnologias<br />
3D<br />
Opera<strong>do</strong>r de High Speed<br />
Machine<br />
Programa<strong>do</strong>r de<br />
ferramentas<br />
CAD/CAM/CAE/CAI<br />
Técnico de manutenção<br />
em automação<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
QUÍMICA E PETROQUÍMICA<br />
TÊXTIL E VESTUÁRIO<br />
PETRÓLEO E GÁS<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Integra<strong>do</strong>r de sistema<br />
de automação predial<br />
Técnico de construção<br />
seca<br />
Técnico em<br />
automação predial<br />
Gestor de logística de<br />
canteiro de obras<br />
Instala<strong>do</strong>r de sistema<br />
de automação predial<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Técnico em análises<br />
químicas <strong>com</strong><br />
especialização em análises<br />
instrumentais<br />
automatizadas<br />
Técnico especialista no<br />
desenvolvimento de<br />
produtos poliméricos<br />
Técnico especialista em<br />
reciclagem de produtos<br />
poliméricos<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Técnico de projetos de<br />
produtos de moda<br />
Engenheiro em fibras<br />
têxteis<br />
Designer de teci<strong>do</strong>s<br />
avança<strong>do</strong>s<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Ÿ<br />
Especialista em técnicas<br />
de perfuração<br />
Especialista em<br />
sismologias e geofísica de<br />
poços<br />
Especialistas em<br />
recuperação avançada de<br />
petróleo<br />
Fonte:https://noticias.r7.<strong>com</strong>/economia/pesquisa-aponta-quais-sao-as-profissoes-<strong>do</strong>futuro-conheca-05072018:<br />
14/01/2019<br />
INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> - Priva<strong>do</strong><br />
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Neste contexto, as IES precisam reinventar seu negócio-ensino e<br />
a<strong>com</strong>panhar toda essa evolução. Não cabe mais manter cursos deficitários<br />
que tendem a desaparecer num curto espação de tempo por obsolescência.<br />
É preciso repensar e inovar no portfólio de cursos e <strong>na</strong> prestação de serviços<br />
aos alunos.<br />
7. Relação Causa/Efeito <strong>na</strong>s IES<br />
No Balanced Scorecard - BSC de Kaplan & Norton, as relações causa efeito<br />
são utilizadas para explicar as correlações existentes entre os objetivos das<br />
quatro perspectivas <strong>do</strong> balanced scorecard. Dessa forma, elas constituemse<br />
de grande valia crítica, pois propicia harmonia entre a estratégia e as<br />
operações dentro da organização, contribuin<strong>do</strong> para a concretização <strong>do</strong>s<br />
objetivos organiza<strong>do</strong>s no mapa estratégico. Por meio da figura 04,<br />
exemplificamos a relação causa/efeito no tema estratégico: serviços a<br />
clientes.<br />
Como pode ser percebi<strong>do</strong> <strong>na</strong> definição das metas no balanced scorecard,<br />
as promoções da IES para retenção de alunos, quan<strong>do</strong> conjugadas <strong>com</strong> a<br />
qualificação <strong>do</strong> pessoal administrativo no atendimento, <strong>com</strong> satisfação de<br />
pessoal, pode por consequência aumentar as lacu<strong>na</strong>s de proposta de valor<br />
da IES.<br />
Fonte: Kaplan & Norton (2009, pg.93), adapta<strong>do</strong> para as IES<br />
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A partir da definição de aumento <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> em +50% a ser<br />
fecha<strong>do</strong> pela estratégia para o tema serviços a clientes, é defini<strong>do</strong> o sub<br />
objetivo fi<strong>na</strong>nceiro <strong>do</strong> tema estratégico que é aumentar em +20% a receita<br />
por aluno, <strong>com</strong>o forma de contribuir para alcançar o aumento no resulta<strong>do</strong><br />
líqui<strong>do</strong> requeri<strong>do</strong>. Num cenário de causa e efeito, se partirmos da hipótese<br />
que a redução <strong>do</strong> turnover de -20% <strong>do</strong> pessoal ou até mesmo uma maior<br />
informatização <strong>do</strong> atendimento, pode gerar uma melhoria de 30% no nível<br />
de serviço presta<strong>do</strong> ao cliente, poderíamos em tese, ter uma redução de<br />
25% no turnover de alunos. Essas relações de causa e efeito podem<br />
oferecer uma <strong>com</strong>provação lógica de baixo para cima, da viabilidade das<br />
estratégias.<br />
Nesse cenário, a <strong>com</strong>preensão <strong>do</strong> funcio<strong>na</strong>mento da IES em to<strong>do</strong>s os seus<br />
processos por parte <strong>do</strong> corpo administrativo e <strong>do</strong>cente, muitas vezes requer<br />
aprendiza<strong>do</strong> e refazimento de um novo processo por não estar atenden<strong>do</strong> a<br />
contento as expectativas <strong>do</strong>s alunos e, ao mesmo tempo, estimular a<br />
cultura da melhoria contínua <strong>com</strong> a participação de to<strong>do</strong>s, <strong>com</strong> inovações <strong>na</strong><br />
<strong>gestão</strong>.<br />
Ao revisar processos chaves <strong>na</strong> relação IES/Aluno, os pontos de conflito<br />
tendem a diminuir, <strong>com</strong> redução de retrabalhos, maior interdependência<br />
entre as unidades organizacio<strong>na</strong>is, além de racio<strong>na</strong>lizar o uso <strong>do</strong>s recursos<br />
provocan<strong>do</strong> certamente redução de custos e despesas.<br />
Para que a <strong>com</strong>unicação inter<strong>na</strong> da IES flua sem muitos ruí<strong>do</strong>s<br />
desagradáveis que muitas vezes acabam sen<strong>do</strong> percebi<strong>do</strong>s pelos alunos,<br />
faz-se necessário a sistematização <strong>do</strong>s papéis e responsabilidades da<br />
equipe de colabora<strong>do</strong>res, pois isso pode garantir uniformidade das<br />
expectativas entre os diferentes departamentos estejam claras.<br />
Para que tu<strong>do</strong> isso possa ser gerencia<strong>do</strong>, as boas práticas de <strong>gestão</strong> e a<br />
melhoria contínua se alcançam a partir <strong>do</strong> uso de indica<strong>do</strong>res aderentes aos<br />
objetivos estratégicos defini<strong>do</strong>s para a satisfação ple<strong>na</strong> <strong>do</strong>s alunos. Não só<br />
desenvolver e engavetar, mas sim, utilizá-los no que é prioritário, <strong>com</strong>o<br />
também, para que sirvam de referência para o <strong>com</strong>prometimento da equipe<br />
<strong>com</strong> as metas estabelecidas. No segmento educacio<strong>na</strong>l as especificidades<br />
exigem indica<strong>do</strong>res próprios, <strong>com</strong>o por exemplo: tempo de atendimento de<br />
matriculas e rematrículas e <strong>na</strong> central de relacio<strong>na</strong>mento <strong>com</strong> o aluno,<br />
dentre outros.<br />
O foco de qualquer ação <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> de uma IES deve estar relacio<strong>na</strong><strong>do</strong><br />
para a qualidade no serviço presta<strong>do</strong>, seja este para os clientes externos<br />
(discentes) quanto para os clientes internos (colabora<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>centes),<br />
para que os processos possam gerar aperfeiçoamento no modelo de <strong>gestão</strong><br />
e principalmente maior satisfação <strong>do</strong> aluno-cliente, pois este é objetivo<br />
principal.<br />
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8. A <strong>Gestão</strong> Fi<strong>na</strong>nceira <strong>na</strong>s IES<br />
A <strong>gestão</strong> fi<strong>na</strong>nceira é um exercício indispensável para a obtenção <strong>do</strong>s<br />
resulta<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s IES. Para o êxito no processo de uma <strong>gestão</strong> fi<strong>na</strong>nceira<br />
eficaz, há de ser concebi<strong>do</strong> pelo gestor planejamento fi<strong>na</strong>nceiro periódico.<br />
Em algumas Instituições de <strong>Ensino</strong> <strong>Superior</strong> observa-se certa carência de<br />
alguns elementos nortea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> planejamento fi<strong>na</strong>nceiro, pois há um hiato<br />
em relação a alguns princípios básicos, <strong>com</strong> sistema de monitoramento<br />
adequa<strong>do</strong>, que muitas sofrem pela falta de informação consistente que<br />
auxilie o gestor para a tomada de decisões.<br />
Além disso, os necessários controles para direcio<strong>na</strong>r as ações de<br />
planejamento são falhos, e num cenário macroeconômico desafia<strong>do</strong>r <strong>com</strong><br />
altas taxas de evasão; indefinições das políticas públicas para o setor<br />
educacio<strong>na</strong>l de nível superior; falta de recursos para a viabilização de<br />
fi<strong>na</strong>nciamento <strong>do</strong> FIES em momentos de conjuntura econômica recessiva;<br />
alta taxa de desemprego; baixa liquidez <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e redução <strong>do</strong> crédito e<br />
i<strong>na</strong>dimplência, acabam por gerar necessidades frequentes de capital de<br />
giro, <strong>com</strong> impactos expressivos no Fluxo de caixa das IES.<br />
A contenção e equalização disso impõe ao gestor fi<strong>na</strong>nceiro capacitação<br />
para estar apto em viabilizar as melhores oportunidades de crescimento que<br />
proporcionem retorno <strong>com</strong> menor risco para a IES. Nesse senti<strong>do</strong> é preciso a<br />
criação e geração de informações, da<strong>do</strong>s e índices que os ajudarão a<br />
identificar os possíveis problemas, de mo<strong>do</strong> a permitir a antecipação das<br />
turbulências no processo acadêmico, administrativo e operacio<strong>na</strong>l.<br />
Algumas IES em situações difíceis acabam por tomar crédito <strong>com</strong> a<br />
securitização de recebíveis. Na maioria <strong>do</strong>s casos esse tipo de transação<br />
chega a exigir até 200% de garantia sobre a quantidade de vencimentos que<br />
a IES pretende securitizar. Como muita das mensalidades tem picos<br />
altíssimos de i<strong>na</strong>dimplência que pode chegar de 40% a 50% <strong>do</strong>s recebíveis<br />
nos perío<strong>do</strong>s letivos, acabam por gerar maiores custos de reembolsos<br />
afetan<strong>do</strong> o caixa da IES, portanto essa alter<strong>na</strong>tiva acaba se tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong><br />
insustentável. O ideal mesmo é o controle absoluto <strong>do</strong> ciclo operacio<strong>na</strong>l e <strong>do</strong><br />
ciclo de caixa da IES que busque o equilíbrio fi<strong>na</strong>nceiro, sem a necessidade<br />
de mais recursos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
9. Egressos: A Logística Reversa <strong>na</strong> Educação <strong>Superior</strong><br />
O ciclo <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s <strong>na</strong> cadeia de valor das IES não termi<strong>na</strong> <strong>na</strong><br />
colação de grau (formatura) <strong>do</strong>s alunos-clientes. Muito se falam em<br />
cadastro, a<strong>com</strong>panhamento e ações específicas para alunos egressos,<br />
porém, <strong>na</strong> prática, muitas IES ainda deixam a desejar tal atitude, <strong>com</strong> total<br />
desresponsabilizarão <strong>com</strong> a formação continuada de seu aluno-cliente.<br />
Numa visão de “aluno para sempre”, as IES pensam <strong>com</strong> seriedade em um<br />
aluno-cliente preocupa<strong>do</strong> <strong>com</strong> sua formação continuada para o merca<strong>do</strong> de<br />
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trabalho, sen<strong>do</strong> estes sempre vistos <strong>com</strong>o uma oportunidade e não <strong>com</strong>o<br />
um descarte. Desta forma, surge a ‘Logística Egresso’ baseada nos<br />
conceitos da Logística Reversa <strong>do</strong> pós-consumo.<br />
Numa visão estratégica, a preocupação fica por conta <strong>do</strong> aumento da<br />
confiança <strong>do</strong> aluno-cliente, em dar continuidade de sua formação junto a<br />
IES de sua formação graduada, haven<strong>do</strong> troca imediata de novos produtos e<br />
serviços, logo após a colação de grau.<br />
Neste contexto, podemos classificar a ‘Logística Egresso’ <strong>com</strong>o sen<strong>do</strong><br />
ape<strong>na</strong>s uma versão contrária da Logística <strong>com</strong>o a conhecemos. O fato é que<br />
um planejamento reverso <strong>do</strong> egresso utiliza os mesmos processos que um<br />
planejamento convencio<strong>na</strong>l. Ambos tratam de nível de serviço específico e<br />
sistema de informação. No entanto a ‘Logística Egresso’ deve ser vista <strong>com</strong>o<br />
um novo recurso para a lucratividade das IES.<br />
Até mesmo as universidades públicas seguem os exemplos das IES<br />
privadas para a fidelização de egressos, exemplo disto é o que ocorre <strong>na</strong><br />
UNESP (disponível em: http://unesp.br/sempreunesp/), onde a Instituição<br />
criou o Portal sempre UNESP. O site é para aqueles alunos que cursaram a<br />
graduação ou pós-graduação <strong>na</strong> universidade, ten<strong>do</strong> <strong>com</strong>o objetivo<br />
estabelecer o contato direto <strong>com</strong> os alunos egressos, divulgan<strong>do</strong><br />
depoimentos sobre as experiências deles <strong>na</strong> IES e recolher informações<br />
para o aperfeiçoamento contínuo <strong>do</strong>s cursos. Essa relação estabelece uma<br />
rede de <strong>com</strong>unicação muito eficiente, para que também, seja facilita<strong>do</strong> a<br />
oferta de educação continuada <strong>na</strong> IES.<br />
Conclusão<br />
A produção de e-books para temas de <strong>Gestão</strong> Universitária, busca atender<br />
a necessidade de dissemi<strong>na</strong>r o conhecimento, <strong>na</strong> medida que assuntos de<br />
grande relevância, são exalta<strong>do</strong>s e contribuem para a formação <strong>do</strong>s<br />
gestores educacio<strong>na</strong>is, para a excelência <strong>na</strong> qualidade de ensino e <strong>do</strong>s<br />
serviços presta<strong>do</strong>s, <strong>com</strong>o também, para a sustentabilidade das IES.<br />
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Referências<br />
CYRINO, E. G. e TORALLES-Pereira, M. L. (2004). Trabalhan<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />
estratégias de ensino-aprendiza<strong>do</strong> por descoberta <strong>na</strong> área da<br />
saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em<br />
problemas. Cadernos de Saúde Pública, 20 (3), 780- 788.<br />
GIANOTTI, Suza<strong>na</strong> Salva<strong>do</strong>r Cabral. Articulação da Avaliação<br />
Institucio<strong>na</strong>l. Seminário Nacio<strong>na</strong>l de Avaliação Institucio<strong>na</strong>l - FACCAT –<br />
UNILASALLE, CANOAS, 2015.<br />
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A Execução Premium. Rio de<br />
Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2009.<br />
KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise<br />
, planejamento, implementação e controle. 4. ed. São Paulo: Atlas,<br />
1998.<br />
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de marketing. 12. ed.<br />
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.<br />
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