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Como Eu Era Antes de Voce - Jojo Moyes

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— Ótima.<br />

— Ai, cara. Acha que precisamos <strong>de</strong> ajuda?<br />

— Preciso que me dê <strong>de</strong>z minutos, Nathan. Tenho certeza <strong>de</strong> que você fez<br />

tudo que era necessário. Apenas me dê <strong>de</strong>z minutos.<br />

Fechou os olhos. Verifiquei a pressão <strong>de</strong>le novamente, me perguntando quanto<br />

tempo eu <strong>de</strong>veria esperar até chamar uma ambulância. A D.A. me apavorava<br />

como o capeta porque nunca se sabia no que podia dar. Will já tinha tido isso uma<br />

vez, quando comecei a trabalhar com ele, e acabou ficando hospitalizado por dois<br />

dias.<br />

— Sério, Nathan. <strong>Eu</strong> vou avisar se achar que estamos com problemas.<br />

Ele suspirou e aju<strong>de</strong>i-o a se recostar <strong>de</strong> modo que pu<strong>de</strong>sse repousar na<br />

cabeceira da cama.<br />

Ele me contou que Louisa cara tão bêbada que ele não quis arriscar <strong>de</strong>ixá-la<br />

mexer em seu equipamento.<br />

— Sabe-se lá aon<strong>de</strong> ela ia enar os malditos cateteres. — Ele meio que riu<br />

quando disse isso. Louisa levara quase meia hora para retirá-lo da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

rodas e colocá-lo na cama, contou. Os dois caíram no chão duas vezes. — Ainda<br />

bem que estávamos tão bêbados que não sentimos nada. — Ela teve a presença<br />

<strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> chamar a recepção do hotel e eles pediram que um porteiro os<br />

ajudasse a carregá-lo. — Ótimo sujeito. Tenho uma vaga lembrança <strong>de</strong> insistir<br />

com Louisa para que lhe déssemos uma gorjeta <strong>de</strong> cinquenta libras. <strong>Eu</strong> sei que<br />

ela estava completamente bêbada porque concordou em dar esse dinheiro.<br />

Quando ela nalmente saiu do quarto <strong>de</strong>le, Will teve medo <strong>de</strong> que não<br />

conseguisse chegar ao <strong>de</strong>la. Imaginou-a enroscada na escada como uma bolinha<br />

vermelha.<br />

Naquele momento, minha opinião sobre Louisa Clark era um pouco menos<br />

generosa.<br />

— Will, companheiro, acho que, da próxima vez, você po<strong>de</strong> se preocupar um<br />

pouco mais consigo mesmo, certo?<br />

— Estou bem, Nathan. Ótimo. Já estou me sentindo melhor.<br />

Sentia seus olhos sobre mim enquanto eu checava seu pulso.<br />

— Sério. Não foi culpa <strong>de</strong>la.<br />

A pressão <strong>de</strong>le tinha baixado. As cores estavam voltando ao normal diante dos<br />

meus olhos. Soltei uma respiração que não sabia que estava pren<strong>de</strong>ndo.<br />

Conversamos um pouco, passando o tempo enquanto as coisas se assentavam,<br />

comentando os fatos do dia anterior. Ele não pareceu nem um pouco chateado<br />

em relação à ex. Não falou muito, mas, embora estivesse obviamente exausto,<br />

parecia bem.<br />

Soltei o pulso <strong>de</strong>le.<br />

— Linda tatuagem, aliás.<br />

Ele me olhou torto.

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