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Como Eu Era Antes de Voce - Jojo Moyes

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— Sim. Tudo arrumado e pronto para sair. — Virou-se para Will. — Nada <strong>de</strong><br />

ficar com as damas <strong>de</strong> honra.<br />

— <strong>Como</strong> se ele estivesse interessado — falei. — Todas estarão vestindo<br />

roupas <strong>de</strong> gola alta e terão cheiro <strong>de</strong> cavalo.<br />

Os pais <strong>de</strong> Will vieram vê-lo antes <strong>de</strong> irmos. Desconei que tinham discutido,<br />

já que seria impossível a Sra. Traynor car mais distante do marido, a menos que<br />

estivessem em condados diferentes. Ela cruzou os braços, rme, e continuou<br />

assim até eu dar marcha a ré no carro para Will entrar. Não olhou para mim<br />

nem uma vez.<br />

— Louisa, não <strong>de</strong>ixe que ele beba muito — recomendou, tirando um apo<br />

imaginário do ombro <strong>de</strong> Will.<br />

— Por quê? Não estou dirigindo — disse Will.<br />

— Tem toda razão, Will — concordou o pai. — Sempre precisei <strong>de</strong> uns bons<br />

drinques para aguentar um casamento.<br />

— Até o seu próprio — resmungou a Sra. Traynor, e acrescentou, mais alto:<br />

— Você está muito elegante, querido. — Ela se abaixou e ajeitou a barra da calça<br />

<strong>de</strong> Will. — Muito mesmo.<br />

— Você também. — O Sr. Traynor me olhou com aprovação quando saí do<br />

carro. — Muito atraente. Dê uma voltinha para nós, Louisa.<br />

Will afastou a ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas.<br />

— Ela não tem tempo para isso, pai. Vamos pegar a estrada, Clark. Não seria<br />

bom chegar <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas <strong>de</strong>pois da noiva.<br />

Entrei <strong>de</strong> novo no carro, aliviada. Saímos, com a ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Will bem presa<br />

no banco <strong>de</strong> trás e o seu elegante paletó <strong>de</strong>pendurado sobre o banco do carona<br />

para não amassar.<br />

* * *<br />

<strong>Antes</strong> mesmo <strong>de</strong> chegar lá, eu já sabia como seria a casa dos pais <strong>de</strong> Alicia. Na<br />

verda<strong>de</strong>, acertei com tal precisão que, quando reduzi a velocida<strong>de</strong> do carro, Will<br />

perguntou por que eu estava rindo. <strong>Era</strong> uma enorme mansão georgiana, com<br />

gran<strong>de</strong>s janelas parcialmente escondidas por uma fartura <strong>de</strong> glicínias claras e<br />

cascalho cor <strong>de</strong> caramelo na entrada. A residência perfeita para um coronel.<br />

Imaginei Alicia crescendo ali, o cabelo louro preso em duas tranças perfeitas<br />

enquanto montava seu primeiro e gorducho pônei no gramado.<br />

Dois homens com coletes reetivos, compenetrados, dirigiam o trânsito para<br />

um gramado que ficava entre a casa e a igreja. Abaixei o vidro do carro.<br />

— Há algum estacionamento ao lado da igreja?<br />

— Madame, os convidados <strong>de</strong>vem seguir por aqui.<br />

— Bom, temos uma ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas que vai afundar no gramado —<br />

expliquei. — Precisamos parar bem ao lado da igreja. Olha, vou estacionar ali.

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