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Estou No Planeta Certo?

Meus relatos de desdobramentos! Um eBook que relata as experiências do espírito além do corpo. Uma viagem astral, com detalhes e dicas de como conseguir o seu desdobramento. Neste livro, você consegue controlar onde e quando irá nos seus sonhos. Muito explicativo e esclarecedor. Quer ter viagens além do corpo físico? Eu te conto como consegui.

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Neste livro, você consegue controlar onde e quando irá nos seus sonhos.

Muito explicativo e esclarecedor.

Quer ter viagens além do corpo físico?

Eu te conto como consegui.

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“ E assim, chegar e partir<br />

São só dois lados<br />

Da mesma viagem<br />

O trem que chega<br />

É o mesmo trem da partida..”<br />

Milton Nascimento<br />

e Fernando Brant


Prefácio<br />

Esta obra é dedicada a minha esposa Lia.<br />

Apesar das dificuldades que a vida nos<br />

impôs em determinados momentos,<br />

sempre esteve ao meu lado, me<br />

apoindo nos mais loucos dos projetos e<br />

sonhos que eu quis colocar em prática.<br />

Uma mulher maravilhosa que,<br />

pacientemente, soube aguardar meu<br />

amadurecimento, tolerou os meus dias<br />

de pouco humor e ajudou-me a dar o<br />

primeiro passo nesta trilha em sentido<br />

ao caminho de paz e luz.


<strong>Estou</strong> no planeta certo?


Quantos de nós já não nos deparamos<br />

com esse pensamento?<br />

De onde viemos e para onde vamos?<br />

O que nos prende nesse planeta?<br />

Seria o conceito religioso um grande<br />

bloqueador para encontrarmos estas<br />

respostas?<br />

Desde jovem tive a oportunidade de<br />

experimentar diversas religiões.<br />

Nasci naquela típica família católica<br />

“não praticante”. E o que quer dizer<br />

isso?<br />

Hoje, na minha singular visão, não dá<br />

para se afirmar ser algo que não se<br />

pratica. Poderia ser um “educado” não<br />

praticante? Um homem bomba “não<br />

praticante”?<br />

Impossível. Somos aquilo que<br />

praticamos.


A vantagem de nascer em uma<br />

família “não praticante” é que alguns<br />

conceitos não foram embutidos na<br />

minha criação. O conceito de que, ou<br />

se vai ao céu, ou se vai para o inferno<br />

não existia. <strong>No</strong> máximo, quando fazia<br />

algo que desagradasse meus pais,<br />

diziam que Deus ficaria triste e, claro,<br />

tomava aquela surra de chinelo ou<br />

cinta de minha mãe. Tenho certeza que<br />

nesse momento, Deus também ficava<br />

“triste”, com ela. Ufa...<br />

Mas, já pensou conviver com pessoas,<br />

principalmente seus pais, dizendo<br />

que você tem grandes chances de ir<br />

para o inferno? É quase um impulso<br />

subliminar em que te condenam<br />

antecipadamente a viver o resto de<br />

seus dias no fogo eterno.<br />

E ainda tem pai que não sabe por que<br />

o filho se enveredou para o crime, a<br />

vadiagem e as drogas... Esse sujeito já


não tem nada a perder mesmo, seus<br />

pais o induziram a acreditar que já<br />

estava condenado.<br />

Fiz tudo o que uma família de classe<br />

média de católicos não praticantes,<br />

induz seus filhos a fazerem para se<br />

manter um status social aceitável.<br />

<strong>No</strong>s anos 70, dizer pertencer a<br />

outras religiões não era muito bem<br />

visto. Lembro-me de um vizinho,<br />

senhor Marcelo, homem negro,<br />

também pertencente à classe<br />

média, frequentava seu culto aos<br />

domingos com sua família, vestia<br />

seu terno impecável e transitava<br />

com sua bíblia dentro de uma pasta.<br />

Hoje seria mais comum embaixo do<br />

braço. Mas, naquela época, se dizer<br />

evangélico não era tão bem aceito, já<br />

que normalmente, era uma religião<br />

praticada na periferia da cidade.


Fiz o curso da minha primeira<br />

comunhão na escola de freiras em<br />

que minha irmã estudava. Uma escola<br />

restrita a meninas que, a pedido de<br />

alguns pais, aceitaram os irmãos das<br />

alunas para que fizessem o curso. Já<br />

naquela época, o mundo era dominado<br />

pelas mulheres. Apenas eu e mais um<br />

garoto fizemos o cursinho.<br />

Embora, o colégio fosse de meninas<br />

e dirigido por freiras que residiam nas<br />

instalações da escola, fiquei intrigado<br />

por ter que fazer uma confissão<br />

para um padre, que se deslocou<br />

exclusivamente para nos mostrar<br />

como praticar este hábito antes da<br />

conclusão do cursinho. Lembro com<br />

clareza que senti realmente um toque<br />

de Deus. Uma sensação de paz que era<br />

totalmente novidade para mim.<br />

Pronto, para os padrões de um católico<br />

“não praticante”, não precisaria de


mais nada, já era batizado e tinha<br />

realizado a minha primeira comunhão.<br />

Ir à igreja para um católico não<br />

praticante, sempre é motivo de festa.<br />

Sim, pois só íamos em casamentos e<br />

batizados. E a hora mais esperada era<br />

a do buffet, com salgadinhos, doces e<br />

refrigerantes.<br />

Lembro-me vagamente ainda quando<br />

criança, seis ou talvez sete anos, que<br />

minha mãe me levou a uma festa de<br />

crianças. Quando perguntei de quem<br />

era o aniversário, ela simplesmente me<br />

respondeu que não era um aniversário,<br />

era um “evento” com muitas crianças.<br />

Chegamos lá e, realmente, havia<br />

muitas crianças em um terreno enorme<br />

com uma pequena casa ao fundo. E<br />

criança não tem bloqueios para se<br />

relacionar com outras crianças, logo<br />

me enturmei.


Estavam distribuindo brinquedos,<br />

embora simples, a maioria de plástico,<br />

brinquedos que me chamavam a<br />

atenção, além é claro, de muitos<br />

doces e refrigerante. Entrei numa<br />

fila para pegar o “meu” brinquedo<br />

e foi que, de repente, percebi que,<br />

quem os entregava, era uma mulher,<br />

toda vestida de branco e de turbante<br />

na cabeça, mas um detalhe me<br />

impressionou, ela usava uma chupeta<br />

na boca. Acho que a imagem me<br />

paralisou. Somente anos mais tarde<br />

é que soube se tratar de uma festa<br />

da umbanda, comemorando o dia de<br />

Cosme e Damião.<br />

Talvez minha mãe se tornou católica<br />

“não praticante”, porque também era<br />

macumbeira “não praticante”.<br />

Já na minha pré-adolescência, me<br />

apaixonei pela menina mais linda da<br />

escola, ao menos, a mais concorrida.


Mais velha (eu sempre me relacionei<br />

com mulheres mais velhas), loira, olhos<br />

azuis, de família estruturada e eu não<br />

poderia perder a oportunidade de me<br />

aproximar. Sabe-se lá o que ela viu em<br />

mim. Na pré-adolescência a diferença<br />

de maturidade entre meninos e<br />

meninas já é gritante, imagine eu, mais<br />

novo, magro e extremamente infantil.<br />

Bom, tudo passou muito rápido, mas<br />

com ela, tive a oportunidade de ir à<br />

um congresso Seicho <strong>No</strong> Ie. Tinha<br />

muita gente em um enorme ginásio<br />

em minha cidade. A egrégora era<br />

ótima, famílias inteiras, a maioria<br />

formada por jovens, uma experiência<br />

dominical bem interessante. O evento<br />

começou com um exercício de risos,<br />

isso mesmo, o homem japonês que<br />

ministrava a ação, começava a dar<br />

muitas gargalhadas, que no começo<br />

não pareciam ser tão espontâneas,<br />

mas, aos poucos, foi contagiando um


a um. Quando vi, estávamos todos<br />

dando enormes gargalhadas que<br />

chegavam as lágrimas. Assim, passei<br />

o domingo acompanhado de tanta<br />

gente e ao mesmo tempo só. Pois é,<br />

quando cheguei lá, fiquei sabendo<br />

que a menina e sua mãe faziam parte<br />

da organização do evento. E para não<br />

parecer uma mosca sobre carniça,<br />

fiquei um pouco mais distante dando<br />

espaço para que elas pudessem fazer o<br />

que tinham se proposto.<br />

Minha relação com a Seicho <strong>No</strong> Ie<br />

terminou naquele domingo, assim<br />

como a minhas esperanças com a<br />

menina.<br />

Anos se passaram e não tive, por<br />

um longo período, uma única<br />

queda religiosa. Minha família “não<br />

praticante” não me impunha nada<br />

nesta questão. Alguns chegaram<br />

a dizer que era falta de estrutura


familiar. Que isso era consequência<br />

da separação de meus pais, que havia<br />

ocorrido quando eu tinha quinze anos.<br />

Mas até então, mesmo no período em<br />

que estavam casados, nunca foram<br />

de frequentar nenhuma instituição<br />

religiosa. Creio, talvez, que apenas as<br />

que aceitavam os “não praticantes”.<br />

A pátria me convocou<br />

compulsoriamente a prestar serviço<br />

militar.<br />

Lá, tive a oportunidade de conviver<br />

com a mais pluralista realidade<br />

religiosa. Era só escolher o grupo que<br />

queria participar. Tinha evangélicos,<br />

católicos, macumbeiros, ateus...<br />

Nesse período, de muitas<br />

transformações pessoais, fui morar<br />

com minha querida e amável avó<br />

materna, que deixou muitas saudades,<br />

mas também muitas alegrias.


Mas antes, ainda morando com minha<br />

mãe, houve uma ocasião em que<br />

perdi a chave de casa e dependia dela,<br />

minha mãe, para abrir e fechar a porta.<br />

Foi quando em um dia de serviço no<br />

quartel, dormindo em casa, minha mãe<br />

se levanta e sai antes do que eu.<br />

Pronto. Não me apresentei no quartel.<br />

Fiquei detido e neste período, o<br />

comandante de minha bateria resolveu<br />

verificar a história secretamente e, sem<br />

que eu soubesse, foi fazer uma visita<br />

a minha mãe. Foi o suficiente para ele<br />

achar que a religião poderia me salvar.<br />

Tive que frequentar algumas reuniões<br />

do que hoje é comumente chamado de<br />

células, onde os evangélicos se reúnem<br />

alternadamente em suas casas para<br />

orações e estudos da bíblia. Confesso,<br />

não estava preparado para isso. E, com<br />

certeza, meu comandante também<br />

percebeu. Tanto que, quando pedi para


seguir carreira, simplesmente meu<br />

pedido foi ignorado.<br />

Pouco antes da baixa como reservista,<br />

me aproximei do soldado Carlos,<br />

cara bacana, sempre tranquilo,<br />

não reclamava de nada e como eu<br />

não queria me meter em confusão,<br />

acabamos nos aproximando.<br />

Carlos era budista. Praticava o Nitiren<br />

Daishonin.<br />

Me ensinou o “nam myoho rengue kyo”,<br />

palavra que expressa o nosso Estado de<br />

Buda.<br />

Carlos levou-me a sua casa, onde havia<br />

um salão enorme e reunia praticantes<br />

do bairro. Lá, tinha um pequeno altar<br />

de madeira chamado gohonzon, com<br />

um sino, frutas e incenso.<br />

A prática, que consistia na repetição<br />

das palavras nam myoho rengue


kyo, realmente alteravam a minha<br />

capacidade de meditação. Embora<br />

as palavras saíssem repetidamente<br />

de minha boca, a minha mente se<br />

serenava e mais nenhum pensamento<br />

interferia nessa conexão.<br />

Logo na sequência, veio a baixa do<br />

quartel, casei-me apenas no civil, e<br />

dispensamos uma cerimônia religiosa.<br />

Mudei-me para Portugal.<br />

Portugal nessa época era<br />

extremamente católico, principalmente<br />

os habitantes das pequenas cidades<br />

do interior do país. Há exemplo do<br />

continuísmo dos desmandos da<br />

igreja por toda a Europa, morar numa<br />

pequena cidade e não ir aos cultos<br />

matinais de domingo me colocavam<br />

em uma situação um tanto exposta,


já que o padre, por eu não ter me<br />

apresentado a ele, nem ter participado<br />

de seus cultos, passava por mim na rua<br />

sem ao menos direcionar o olhar para<br />

mim.<br />

Mas eu era jovem. Hoje, teria resolvido<br />

de outra maneira.<br />

Embora ainda continue a não<br />

frequentar as missas de domingo, eu<br />

teria tomado a iniciativa de convidálo<br />

para um café. (não existia celular<br />

naquela época e muito menos<br />

internet).<br />

Retornei ao Brasil num período caótico,<br />

pouco antes da famosa URV (unidade<br />

real de valor) com Cruzado, Cruzado<br />

<strong>No</strong>vo e finalmente o plano Real.<br />

Até ter casa própria, residi novamente<br />

com minha doce avó materna. Ela<br />

frequentava regularmente um centro


Espírita Kardecista chamado Ismênia<br />

de Jesus e por mais que eu tente<br />

lembrar, ela, minha avó, nunca me<br />

convidou para acompanhá-la.<br />

Trabalhei o verão todo no Hotel<br />

Jequitimar no Guarujá, antigamente<br />

conhecido com SPA Ala Szerman,<br />

empresária que foi a pioneira em<br />

promover atividades físicas pela<br />

televisão no país através do programa<br />

TV Mulher, da Rede Globo.<br />

Lá, tive a oportunidade de participar de<br />

aulas de relaxamente e meditação com<br />

os hóspedes. Foi o primeiro contato<br />

com a música new age e expressões<br />

como: “imagine-se envolvido por um<br />

grande círculo de luz” ou “desprendase<br />

do corpo”...<br />

Expressões essas que atualmente<br />

fazem todo o sentido.<br />

A passagem também foi rápida,


apenas um verão. Mas deixaram<br />

boas lembranças gravadas no meu eu<br />

interior.<br />

De mudança novamente.<br />

<strong>No</strong> hotel, conheci diversos hóspedes<br />

muito bem posicionados socialmente<br />

e, na maioria, de poder aquisitivo<br />

elevado.<br />

A convite, acabei indo para Franca, a<br />

terra dos sapatos.<br />

Acabei trabalhando no departamento<br />

de marketing em uma indústria de<br />

tênis esportivos, muito famosa naquela<br />

época. Fui desenhista de prancheta e<br />

tive o meu primeiro contato com um<br />

computador gráfico. Era uma máquina<br />

excepcional um SX 386 de 5 MB de<br />

memória e que gravava em flopy disc<br />

de 1,44 MB. Era o máximo. Rodava<br />

Windows 3.1 e Corel Draw! 2.


Para se ter uma ideia, para rodar uma<br />

animação em 3D, era preciso separar o<br />

processamento em 8 máquinas iguais a<br />

esta que descrevi acima.<br />

Também tive a oportunidade de criar<br />

material para o primeiro show do Guns<br />

N’ Roses no Brasil, patrocinado pela<br />

empresa de tênis que trabalhava.<br />

Foi exatamente na mesma época em<br />

que Michael Jackson veio ao Brasil<br />

pela primeira vez e é fácil lembrar,<br />

ao sair do avião, lá estava ele sob um<br />

guarda-sol promocional verde-limão<br />

desta mesma empresa de tênis. Foram<br />

anos de muitos acontecimentos,<br />

principalmente no meio pop.<br />

Foi neste período também que<br />

eventualmente conversava com a<br />

secretária de um distribuidor em São<br />

Paulo e, sabe-se lá o porque, falamos<br />

de religião. Descobri que ela era<br />

budista também e de forma muito


gentil, encaminhou-me pelo malote o<br />

livro de orações dos mantras budistas,<br />

chamado Liturgia do Budismo de<br />

Nitiren Daishonin.<br />

Posso afirmar que fez a diferença.<br />

Realmente naquele período as coisas<br />

caminhavam com prosperidade e<br />

realizações.<br />

Minha esposa na ocasião tinha apreço<br />

pelo catolicismo. Grávida, queria o<br />

batismo de nosso primeiro filho nas<br />

águas da igreja.<br />

Fomos convidados a participar de um<br />

evento patrocinado pela igreja católica<br />

chamado de “Encontro de Casais”. O<br />

evento começa na sexta-feira, as 19h<br />

e terminava no domingo após a missa<br />

das 18h.<br />

Todos de muita boa vontade,<br />

alegres, comunicativos, simpáticos e


agradáveis. Imaginei quanto duraria<br />

toda essa receptividade, já que penso<br />

que ninguém é assim por todo tempo.<br />

Bom, você acorda e dorme cantando<br />

músicas religiosas. <strong>No</strong> fundo, acaba<br />

sendo uma lavagem cerebral. Você vai<br />

para casa e canta aquelas musiquinhas<br />

por semanas...<br />

Lá, neste evento, conheci muita gente<br />

que poderia facilmente participar<br />

da Opus Dei, se houvesse uma na<br />

cidade. Enquanto o padre fazia as suas<br />

palestras, seus discípulos o blindavam<br />

de perguntas mais contundentes.<br />

Penso que se é um encontro, o objetivo<br />

seja passar informações, orientações e<br />

acima de tudo, esclarecimentos.<br />

Sou um questionador e não poderia<br />

perder a oportunidade de realizar<br />

algumas perguntas simples, mas que<br />

esclareceriam muito a minha sede de


conhecimento.<br />

Perguntei ao padre o por que da<br />

necessidade de se ter um curso de<br />

batismo e a obrigatoriedade do pais<br />

serem casados na “santa igreja”. A<br />

resposta foi extremamente pífia, não<br />

dizia nada com nada. Foi então que<br />

tive a brilhante ideia de fazer outra<br />

pergunta que explicaria perfeitamente<br />

a primeira.<br />

_Quem eram os padrinhos de batismo<br />

de Jesus e onde eles fizeram cursinho?<br />

Um silêncio ensurdecedor tomou conta<br />

do ambiente.<br />

De repente, como um filme em<br />

slowmotion que volta a velocidade<br />

normal, vários começaram a falar<br />

ao mesmo tempo, com inúmeras<br />

respostas conflitantes.<br />

Cara, um pardieiro.<br />

Já teve aquela sensação ruim e se


perguntar: “O que eu estou fazendo<br />

aqui”?<br />

A minha missão em Franca estava<br />

chegando ao fim.<br />

O resgate que tinha que realizar<br />

acabara de nascer.


O COMEÇO<br />

20 anos se passaram e minha<br />

mochilada interplanetária começa a<br />

acontecer.<br />

Já de volta à São Paulo e vivendo no<br />

meu segundo casamento.<br />

Minha segunda esposa não professava<br />

nenhuma religião, mas poderia<br />

dizer sem muita resistência que, no<br />

fundo, ela era uma espiritualista “não<br />

praticante”.<br />

Nesse período, já com diversas<br />

informações e experiências religiosas,<br />

comecei a captar aquilo que me<br />

acrescentava informações e descartava<br />

o que não me soava bem aos ouvidos.


Uma prima de minha esposa,<br />

evangélica, nos apresenta um amigo<br />

supersimpático, de boa prosa, tinha os<br />

cabelos penteados para trás da cabeça,<br />

quase ao estilo utilizado nos tempos<br />

da brilhantina. Voz grossa e firme, logo<br />

sacamos que, se não é pastor, será!<br />

Ele não era pastor, ainda...<br />

A convite deles, fomos assistir a um<br />

culto que era realizado na Avenida<br />

Brasil, com um auditório muito bacana<br />

que lembrava uma sala de cinema com<br />

o palco na parte mais baixa, próximo a<br />

tela.<br />

Era a primeira vez assistindo a um culto<br />

e, como sempre fui mais reservado,<br />

não queria participar tendo qualquer<br />

exposição de minha pessoa. Estava lá<br />

para conhecer.<br />

Mas quis o destino, que a pastora, uma<br />

mulher de aproximadamente um metro


e cinquenta e sete centímetros, obesa,<br />

ostentando muitos metais dourados<br />

que me pareciam certamente serem<br />

de ouro, cabelo com permanente, grita<br />

lá de baixo: “Você! Jesus me mandou<br />

profetizar uma revelação. Desça aqui<br />

agora!”<br />

A minha reação foi a mais inocente de<br />

todas. Eu olhei para trás.<br />

E novamente aquela voz bem postada,<br />

fala alto novamente: “Você! Você que<br />

virou para trás. É, você mesmo. Desça<br />

aqui agora para aceitar Jesus em seu<br />

coração! Ele (Jesus), está me falando<br />

que você terá um negócio (empresa)<br />

que fará muito sucesso no interior,<br />

muitos vão querer o que você tem”.<br />

Apesar da oferta tentadora, resolvi que<br />

não iria descer. Eu ficaria no meu lugar.<br />

Se a pastora fosse você? O que você<br />

faria?<br />

Eu acreditei que ela daria continuidade


ao culto, mas comigo não foi bem<br />

assim.<br />

A pastora, enlouqueceu.<br />

Foi quando tive novamente aquela<br />

sensação ruim de “não devia ter vindo<br />

aqui...”.<br />

Há alguns momentos atrás, Jesus tinha<br />

planos de me enriquecer e, de repente,<br />

ela fala em voz altíssima: “Você está<br />

negando Jesus? Você será retirado do<br />

livro Dele. Você vai arder no inferno!”<br />

E eu pacientemente esperando que<br />

ela terminasse, lhe respondi: “Se for a<br />

vontade Dele, que seja feito”.<br />

Bom, não moro no interior, não estou<br />

rico, ninguém do interior compra nada<br />

meu e a única coisa que falta para<br />

conferir é saber se ao morrer, irei para o<br />

Inferno.<br />

<strong>Estou</strong> na torcida para que a pastora


ealmente não seja amiga íntima de<br />

Jesus.<br />

Mas acha que essas situações pararam<br />

por aí?<br />

Há apenas mais um caso que<br />

acredito valer mais algumas linhas e<br />

chegaremos ao objetivo deste e-book.<br />

Acompanhei minha esposa em centro<br />

espírita umbandista. Nada contra e<br />

muito menos a favor.<br />

Mas numa sexta-feira a noite, lá fomos<br />

nós ao outro bairro da cidade para nos<br />

consultarmos com as entidades de<br />

“esquerda”.<br />

Depois de aguardar por mais de uma<br />

hora, meu número foi chamado.<br />

Lá estava eu, de frente ao médium<br />

que incorporava uma entidade de<br />

esquerda, fumava charuto, bebia


pinga e logo me perguntou o que<br />

eu queria. Começamos a conversar<br />

e minha segunda pergunta referiase<br />

ao fator tempo. A entidade logo<br />

emendou uma resposta que parecia<br />

ser decorada. “Meu tempo, é diferente<br />

do seu. Não adianta eu lhe dizer<br />

quando acontecerá”. Perfeito. Nada de<br />

perguntas com fator tempo.<br />

Foi quando na continuidade da<br />

conversa, o médium ainda incorporado,<br />

creio eu, me fez uma pergunta:<br />

“Quando você viu isso?” Referindo-se<br />

ao que eu havia comentado com ele<br />

anteriormente.<br />

Não me contive, tive que lhe dar<br />

a mesma resposta: “Meu tempo é<br />

diferente do seu. Não vai adiantar eu<br />

lhe falar.”<br />

É claro que não voltei mais lá.<br />

Para entender melhor porque sempre


nos questionamos se somos deste<br />

planeta é preciso saber o que nos leva<br />

a fazer este questionamento. O que o<br />

impulsiona?<br />

O que me impulsiona é ver o que<br />

considero um extremo atraso cultural e<br />

social desta humanidade.<br />

Esta semana, turistas em uma praia<br />

brasileira resolvem fazer selfies<br />

com um filhote de golfinho que,<br />

aparentemente perdido, foi até<br />

próximo a areia da praia. Os turistas,<br />

eufóricos, já rodeados de dezenas de<br />

outros banhistas, resolveram andar<br />

com o filhote de golfinho fora da água.<br />

O golfinho, é claro, morreu nas dezenas<br />

de mãos por que passou e foi largado<br />

ali, na areia.<br />

Cena revoltante. Será que não havia<br />

nenhum ser humano ali para falar<br />

da estupidez que estavam fazendo?


Ninguém com coragem ou apenas bom<br />

senso de impedir que o golfinho fosse<br />

tirado do mar?<br />

Como posso conviver com estes tipos<br />

de animais?<br />

Quando vejo crianças morrendo de<br />

inanição e sede no nosso sofrido<br />

nordeste por falta de estrutura e<br />

atenção das autoridades.<br />

Quando eu vejo idosos morrendo<br />

em frente a hospitais. Quando vejo<br />

barbáries cometidas por criminosos,<br />

que matam por tabela todos os<br />

familiares da vítima.<br />

E é assim também com a fome na<br />

África, mendigos na rua, famílias e<br />

mais famílias vivendo literalmente em<br />

baixo da pontes e viadutos. Sem contar<br />

a quantidade de zumbis que vagam<br />

pelas ruas escuras de São Paulo em


função do crack.<br />

Moro em uma casa localizada em um<br />

bairro considerado tranquilo da cidade,<br />

mas não me conformo ter que usar<br />

grades nas janelas e um portão de ferro<br />

de dois metros e meio de altura. São<br />

os outros animais que deveriam estar<br />

vivendo entre grades.<br />

Isso e muito mais coisas que vou relatar<br />

aqui mais adiante.<br />

Existem muitos de nós que estamos<br />

aqui no planeta Terra por livre<br />

espontânea vontade, mas muitos<br />

outros, acreditam estar aqui de<br />

maneira compulsória.<br />

Para entender isso, é preciso tomar<br />

como base o princípio da história da<br />

civilização terrena, registrada muito<br />

antes das escritas maias, astecas ou<br />

egípcias.


Os Sumérios, provavelmente a primeira<br />

civilização que registrou histórias<br />

acontecidas 3.500 anos antes de Cristo,<br />

habitavam a antiga Mesopotâmia e<br />

estavam entre os rios Tigres e Eufrates<br />

na “terra prometida”, o berço antigo da<br />

humanidade.<br />

Conseguiam fazer cálculos<br />

astronômicos precisos de órbitas<br />

planetárias e de nosso sistema solar.<br />

Já sabiam que a nossa Lua é composta<br />

de ferro, tanto que já a chamavam de<br />

Lua de Ferro. Já sabiam que a terra era<br />

redonda e não era o centro do universo.<br />

Sabiam da existência de Plutão, fato<br />

confirmado apenas em 1930.<br />

Em seus hieróglifos, já destacavam<br />

a existência de mais um planeta em<br />

nosso sistema solar. O que alguns<br />

chamam de Nibiru ou <strong>Planeta</strong> X com<br />

trajetória de 3.600 anos.


O que isso tem haver?<br />

Nibiru, ou o 12º <strong>Planeta</strong> como foi<br />

chamado por Zecharia Sitchin é um<br />

planeta ocupado por uma civilização<br />

chamada de Annunakis. Estes, depois<br />

de uma grave crise de minério em seu<br />

planeta que lhes garantia um escudo<br />

protetor, resolvem em sua passagem<br />

por nosso sistema solar, retirar ouro do<br />

planeta terra, para que pudessem repor<br />

os escudos em seu planeta.<br />

Quando chegaram aqui, encontraram<br />

humanoides extremamente atrasados,<br />

basicamente homo sapiens, que não<br />

seriam tão úteis para a mão de obra<br />

nas minas de ouro. Resolveram então<br />

fazer experimentos genéticos entre as<br />

duas raças, o que originou o primeiro<br />

homem desses cruzamentos, Adamus.<br />

Você, como eu, vê alguma proximidade


com o primeiro homem que Deus<br />

colocou na Terra? Exatamente mo<br />

mesmo lugar em que os Sumérios<br />

viveram? A Bíblia o chama de Adão.<br />

Depois de muitas tentativas genéticas,<br />

mulheres lindas começaram a atrair o<br />

desejo sexual dos Annunakis, até então,<br />

proibidos de terem relacionamentos<br />

com os terrenos. Muitos destes<br />

Annunakis acabaram morrendo<br />

enquanto estavam habitando o nosso<br />

planeta. Acontecendo isso, eles foram<br />

sugados pela “roda karmica terrestre”<br />

e só conseguiriam retornar ao seu<br />

planeta após cumprirem este longo<br />

período karmico.<br />

Dirigentes do planeta, que habitam<br />

dimensões superiores, deram aos<br />

Annunakis, a escolha entre passar um<br />

longo período de aguardo em alguma<br />

dimensão paralela ou a possibilidade<br />

de viverem novamente “encarnados”


passando por diversas vidas no <strong>Planeta</strong><br />

Terra. Segundo estes dirigentes, o<br />

tempo “encarnado” teria a sensação<br />

de ser mais rápido do que em outras<br />

dimensões.<br />

Alguns decidiram passar por esta<br />

experiência de encarne terreno na<br />

condição de, estando aqui entre nós,<br />

não lembrar de suas vidas passadas,<br />

nem usar a totalidade de suas<br />

habilidades e conhecimentos, que<br />

eram extremamente mais avançados,<br />

até mesmo em comparação aos dias de<br />

hoje.<br />

Então podemos estar vivendo com<br />

seres de outros planetas entre nós?<br />

A minha resposta é sim. Se são<br />

Annunakis? Acredito que não mais.<br />

Para reforçar esta ideia de que<br />

podemos ser de outro ou de outros<br />

planetas, vou usar como referência o


livro Os Exilados de Capela, um livro de<br />

1949, de autoria de Edgard Armond,<br />

que foi secretário-geral da Federação<br />

Espírita do Estado de São Paulo.<br />

Este livro conta que alguns milhões<br />

de espíritos capelinos rebeldes que<br />

lá existiam, atrapalhavam a evolução<br />

geral e dali foram expurgados por<br />

terem se tornado incompatíveis com<br />

os altos padrões de vida moral, já<br />

atingidos pelos demais habitantes.<br />

Não foi um livro psicografado, mas<br />

baseado em trechos de outros livros<br />

psicografados como por exemplo<br />

Emmanuel, que relata sobre esta<br />

civilização através de Chico Xavier.<br />

Capela é um planeta que fica na<br />

constelação de Cocheiro e é iluminada<br />

por 9 sóis.<br />

Imagine a grandeza de luz que este<br />

planeta e seus habitantes recebiam


constantemente. Capela quer dizer<br />

“Pequena Cabra” e a olho nu é a quinta<br />

estrela mais brilhante quando olhamos<br />

para o céu. É um sistema múltiplo de<br />

sóis e está localizado a 43 anos luz de<br />

distância da Terra.<br />

As duas maiores estrelas do sistema<br />

de Capela são duas gigantes amarelas,<br />

ou seja, possuem a mesma cor de<br />

nosso sol, só que em dimensões<br />

extremamente maiores. Se formos<br />

comparar em termos de massa, uma<br />

é cerca de 2,6 maior que nosso sol e<br />

a outra 2,7. Já em relação ao brilho,<br />

estas estrelas são cerca de 78 vezes<br />

mais brilhantes que o sol que ilumina o<br />

nosso planeta.<br />

Para acreditarmos que não somos<br />

desse planeta, antes de mais nada,<br />

temos que admitir a pluralidade da<br />

existência. Hoje estamos aqui, amanhã<br />

podemos estar em nosso planeta de


origem.<br />

Digo isso, porque o que mais se<br />

aproxima das explicações dimensionais<br />

é o fundamento da religião espírita,<br />

que afirma ter subdivisões no plano<br />

espiritual, as quais eu prefiro chamá-las<br />

de dimensões.<br />

Baseando-se nesse conceito,<br />

existe vida na superfície da Terra<br />

e em diversas outras camadas nas<br />

dimensões superiores.<br />

Acredito que em Capela, existam<br />

subdivisões idênticas as da Terra, assim<br />

como dirigentes planetários. Só assim<br />

seria possível realizar esta viagem entre<br />

estes dois sistemas solares. Além disso,<br />

como seriam acomodados milhões<br />

de visitantes, almas ou espíritos<br />

nestas dimensões? Para quem teve<br />

a oportunidade de ler o livro <strong>No</strong>sso<br />

Lar, fica fácil visualizar as estruturas e<br />

construções nessas dimensões. Cidades


inteiras, com oceanos, florestas, lagos,<br />

plantas e animais, dos quais muitos,<br />

ainda não conhecemos ou não temos<br />

lembranças permitidas enquanto<br />

encarnados na Terra.<br />

Só com essa informação, já poderia<br />

dizer que sempre há uma grande<br />

rotatividade de almas que, conforme a<br />

sua evolução, são direcionadas a novos<br />

planetas. Aquelas mais evoluídas, vão<br />

para planetas mais evoluídos, já os<br />

menos evoluídos acabam dando uma<br />

passadinha aqui em nosso planeta<br />

Terra.<br />

Eu particularmente sofro com essa<br />

lógica, afinal, estou aqui.<br />

Alguns médiuns defendem que não só<br />

os mais atrasados vêm para cá, mas<br />

também seres evoluídos que querem<br />

ajudar na causa dos demais irmãos em<br />

progressão.<br />

Agora imagine o seguinte:


Você, em seu planeta natal, é uma alma<br />

que não consegue avançar moralmente<br />

como os demais. Intelectualmente,<br />

você é avançadíssimo, já que a<br />

tecnologia está anos luz a nossa frente<br />

e, ao morrer, é encaminhado sem<br />

prévio aviso a um planeta de um único<br />

sol, com mais de 12 horas de escuridão<br />

diárias, e habitado por seres ainda<br />

chamados de “homens das cavernas”.<br />

Alguns, já conformados com a<br />

possibilidade de evoluírem novamente<br />

neste inóspito planeta, começam o<br />

processo de reencarne terreno, onde<br />

ajudarão intelectualmente a evolução<br />

dos primatas que aqui viviam. De outro<br />

lado, seres avançadíssimos, mas com<br />

moralidade ainda a desejar, se rebelam<br />

e compulsoriamente são reencarnados.<br />

Julgando-se superiores, quais seriam os<br />

seus desmandos na Terra?<br />

Os que tinham maior desenvolvimento


moral, ajudaram a trazer técnicas<br />

agrícolas, medicinais e tecnológicas<br />

ao planeta. Tanto que, muitos se<br />

questionam como se deu o grande<br />

salto entre o homo sapiens e o homem<br />

que desenvolveu a habilidade de<br />

plantar e se manter em grupos sociais.<br />

Quando os capelinos chegaram em<br />

nossa órbita, na condição de almas<br />

ou espíritos, ainda tiveram que sofrer<br />

a metamorfose de seus corpos sutis<br />

para corpos densos em nossa terceira<br />

dimensão. Corpos pesados, bruscos<br />

e que sofriam as consequências da<br />

gravidade. Além da escuridão e frio.<br />

Imagine a raiva, a ira e os infinitos<br />

questionamentos do “por que”<br />

estariam aqui, em um planeta tão<br />

atrasado. Com certeza absoluta, já<br />

nesse tempo, embora na condição de<br />

encarnado e de esquecimento seletivo<br />

de suas vidas e experiências, já havia a


sensação de muitos se questionando,<br />

sou deste planeta? Porque no fundo<br />

da alma, o sentimento não poderia<br />

ser bloqueado como fora as suas<br />

lembranças.<br />

Às vezes, vendo Tv ou lendo notícias<br />

na internet, me pergunto como posso<br />

viver em um planeta onde ainda<br />

apedrejam mulheres por supostos<br />

deslizes conjugais, onde aqueles<br />

considerados inimigos são decapitados<br />

em frente a câmeras, onde homens<br />

com promessas pífias de virgens no<br />

paraíso se explodem e matam centenas<br />

de vítimas inocentes?<br />

Não suporto esse atraso moral.<br />

Vivemos como animais (Sem ofensa ao<br />

demais classes de animais do planeta).<br />

Com o passar dos anos, acabei<br />

não praticando o budismo.<br />

Gradativamente, comecei a tomar


passes energéticos em um centro<br />

espírita que se dizia kardecista e de<br />

cura. Lá tive contato com o grupo<br />

dirigente da casa, que afirmava lá<br />

ser um centro espírita regido por<br />

extraterrestres. O meu conceito de<br />

extraterrestres pode ser um pouco<br />

diferente dos demais, pois considero<br />

qualquer um que não viva com os pés<br />

no solo do planeta, um extraterrestre.<br />

Os católicos falam em anjos que<br />

habitam os céus. Bom, se estão no céu,<br />

não são habitantes da Terra, portanto,<br />

extraterrestres.<br />

Mas nesse centro em específico, até<br />

mesmo na abertura dos trabalhos,<br />

perante a todos os frequentadores,<br />

diziam que as luzes cromoterápicas<br />

que recebíamos eram reflexos de<br />

enormes espelhos de naves espaciais,<br />

que se posicionavam acima do centro,<br />

redirecionado a luz do sol para cada um<br />

de nós (as reuniões eram feitas a noite).


Também fui convidado para participar<br />

de mais 2 reuniões semanais onde<br />

realizávamos trabalhos em outras<br />

dimensões.<br />

Tudo isso foi muito importante para<br />

o conhecimento que tenho hoje e<br />

que ajudaram a expandir minhas<br />

experiências dimensionais.<br />

Segundo relatos em diversos livros<br />

psicografados, a dimensão mais<br />

próxima a Terra, conhecida como<br />

umbral pelos espíritas e como inferno<br />

por outras religiões, estaria sendo<br />

reestruturada.<br />

Esta região em específico, escura,<br />

cheia de energias densas acumuladas<br />

por milhões de anos ao receber almas<br />

desajustadas e perdidas, normalmente<br />

na sequência do desencarne, estaria<br />

agora sendo remodelada, limpa,


higienizada, reflorestada para que mais<br />

irmãos em evolução, também possam<br />

utilizar estes locais.<br />

Tudo isso só acontece porque os<br />

dirigentes deste planeta consideram<br />

que estamos evoluindo e, que a<br />

exemplo de Capela, as almas que não<br />

se adaptaram ao projeto karmico da<br />

Terra, serão transferidas para outros<br />

planetas para iniciarem novo processo<br />

de aprendizagem e elevação.<br />

Então, fazíamos grupos com média de<br />

10 médiuns e, através de técnica de<br />

desdobramento, éramos direcionados<br />

a lugares inóspitos do umbral para que<br />

pudéssemos modificá-lo, utilizando<br />

nosso fluído energético ou ectoplasma<br />

para moldar os novos ambientes.<br />

Isso era necessário pois, seres de<br />

outras dimensões não produzem esses<br />

fluidos. Já aqui na Terra, esses fluídos<br />

são constantemente recolhidos em


estádios de futebol, em concentrações<br />

de pessoas que vibram de alegria ou<br />

por algo bom.<br />

E o que é a técnica de desdobramento?<br />

É sair de seu corpo, sem perder o<br />

contato. Assim como acontece quando<br />

dormimos e nossa alma se desprende<br />

para realizar suas funções pessoais.<br />

A diferença, é que estamos acordados<br />

e conscientes.<br />

Não recomendo que faça sozinho<br />

Segundo especialistas, você pode não<br />

voltar.<br />

Como pode ter percebido, para mim,<br />

deu tudo certo, afinal este livro não é<br />

psicografado.<br />

E como usar de tanto conhecimento<br />

e técnicas para deixar que o nosso<br />

verdadeiro eu possa vagar por onde<br />

quiser e no tempo que quiser?<br />

Depois de muito estudo e pesquisas,


chegou-se a conclusão de que estar<br />

aqui encarnado é transitório. Aqui, é<br />

uma experiência para amadurecimento<br />

e conhecimento. E se lembrarmos<br />

de minha experiência naquele centro<br />

de umbanda de esquerda, em que<br />

a entidade afirmava viver em outra<br />

dimensão de tempo, poderemos<br />

afirmar que aqui, também conforme as<br />

transcrições de Zecharia Sitchin, que<br />

achou centenas de livros impressos em<br />

placas de argila, o tempo é mais rápido.<br />

E essa obrigatoriedade de encarnação<br />

é um pequeno espaço de tempo em<br />

relação a vida eterna que temos.<br />

Quando dormimos, a verdade é que<br />

nosso eu sutil, pode ir onde e quando<br />

quiser. Estranho isso?<br />

Bom, por que lembramos de alguns<br />

sonhos e de outros não? Por que<br />

lembramos claramente de algumas<br />

cenas e passados alguns minutos<br />

acordados já não conseguimos mais


visualizá-las em nossas lembranças<br />

recentes?<br />

Isso acontece porque não nos é<br />

permitido lembrar. A isso é dado o<br />

nome de véu do esquecimento. A<br />

questão 392 do Livro dos espíritos diz o<br />

seguinte:<br />

392_ Por que o Espírito encarnado<br />

perde a lembrança do seu passado-?<br />

— O homem nem pode nem<br />

deve saber tudo; Deus assim o quer<br />

na sua sabedoria. Sem o véu que lhe<br />

encobre certas coisas, o homem ficaria<br />

ofuscado como aquele que passa sem<br />

transição da obscuridade para a luz.<br />

Pelo esquecimento do passado, ele é<br />

mais ele mesmo.<br />

Agora, pergunto eu:<br />

_ Se aprendemos com nossas<br />

experiências do dia a dia encarnados,


evitando que erros cometidos ao<br />

longo de nossas vidas se repitam,<br />

qual é o problema de lembrarmos<br />

de erros de outras vidas? Quanto<br />

essas experiências nos poupariam<br />

de cometer os mesmos erros e<br />

aproveitaríamos este tempo que<br />

estamos aqui para aprender mais?<br />

Como você pode ter percebido, sou um<br />

questionador compulsivo.<br />

E de tanto questionar, fui recomendado<br />

a utilizar de uma técnica que uso até os<br />

dias atuais. Uso todos os dias em que<br />

quero uma nova experiência astral.<br />

Para fazê-lo é bem simples.<br />

Basta que peçamos ao nosso amigo<br />

e protetor que nos acompanha por<br />

diversas encarnações aqui na Terra o<br />

que queremos exatamente.<br />

A princípio, recomendaram que<br />

eu pedisse antes de dormir para<br />

participar de palestras onde a


minha sede de conhecimento seria<br />

sanada. Um espírito jamais perde<br />

seu conhecimento. Salvo é claro, na<br />

condição de encarnado, onde o véu do<br />

esquecimento é obrigatório.<br />

E como acreditar que há um amigo<br />

invisível ao seu lado o tempo todo?<br />

Bem simples de provar também.<br />

Lembra aquela situação em que você<br />

sempre faz o mesmo caminho e, de<br />

repente, algo lhe diz, vire aqui agora?<br />

E mais tarde, você fica sabendo que<br />

um acidente horrível aconteceu<br />

exatamente na hora e no caminho que<br />

costumava usar?<br />

Pois bem. Quem você acha que está<br />

ao seu lado aconselhando o melhor<br />

para você? Ele, o nosso amigo que nos<br />

acompanha por diversas vidas e ficará<br />

conosco até que nós cumpramos as<br />

nossas experiências e aprendizados.<br />

infelizmente, numa proporção<br />

até maior, acabamos escutando


os conselhos de quem não quer<br />

exatamente o nosso bem, mas isso<br />

ficará para outra hora ou, quem sabe,<br />

um novo livro.<br />

Depois que começar a dominar esta<br />

técnica, os limites serão poucos<br />

para que vá exatamente onde quer e<br />

tenha cada vez mais informações e<br />

conhecimentos de outros planetas e<br />

outras dimensões.<br />

Porém, antes de fazer este exercício,<br />

são necessários uma programação<br />

e um preceito durante seu dia.<br />

Esta preparação é extremamente<br />

importante para que o resultado seja o<br />

melhor possível.<br />

Algo pode dar errado?<br />

Sim. As vezes experiências não tão<br />

agradáveis podem acontecer, mas há<br />

como se prevenir.


Essa experiência é o resultado da<br />

frequência em que você se encontra,<br />

principalmente antes de pegar no sono<br />

e a vontade real de que aconteça.<br />

Se beber antes de dormir, seu espírito<br />

embora livre, sofrerá os efeitos<br />

alcoólicos agindo sobre o corpo. Se<br />

você ver um filme violento, de terror<br />

ou que simplesmente abaixe sua<br />

frequência vibratória, será o suficiente<br />

para irmos parar em locais condizentes<br />

com essa mesma vibração.<br />

Ou seja, queremos ir para lugares de<br />

alto padrão vibratório, precisamos nos<br />

preparar para tal.<br />

Vou dar alguns exemplos.<br />

Sabe aqueles sonhos que parecem<br />

malucos, com diversas pessoas que<br />

não conhecemos e em diversos lugares


que nunca fomos? E ao acordarmos<br />

temos apenas pequenos flashs do que<br />

aconteceu e acordamos mais cansados<br />

do que antes de dormir?<br />

A boa notícia é que você esteve<br />

realmente nesses lugares e também<br />

encontrou essas pessoas. A lembrança<br />

de diversos lugares em um mesmo<br />

sonho é a capacidade de podermos nos<br />

projetar onde quisermos na velocidade<br />

do pensamento. Se estivermos<br />

desorientados é comum que o espírito<br />

passe por alguma situação e queira<br />

sair de lá imediatamente, mas sem<br />

controle acaba indo para outro lugar<br />

que também não será muito bom, já<br />

que o termômetro para ser bom ou<br />

ruim é especificamente o seu padrão<br />

vibratório.<br />

Eu tinha uma grande ligação com um<br />

grande amigo que acabou falecendo,<br />

vítima de um acidente de moto. Eu


estava telefonando para ele vir em<br />

casa almoçar comigo, mas o telefone<br />

dele só chamava e, nunca mais, seria<br />

atendido por ele. Foi uma notícia muito<br />

triste.<br />

Tínhamos acabado de fechar uma<br />

grande parceria para representarmos<br />

com exclusividade um conhecido<br />

parque aquático com piscina de ondas<br />

para todas as escolas no Brasil.<br />

Perdi o amigo e não tinha condições de<br />

tocar este novo negócio.<br />

Passadas algumas semanas, meu<br />

amigo guardião me levou ao encontro<br />

dele. Ele estava em um lugar sombrio.<br />

Só havia uma pequena claridade nos<br />

envolvendo e todo o resto a nossa volta<br />

era extremamente escuro.<br />

Eu pedia para ele me acompanhar.<br />

Queria a todo custo levá-lo de onde<br />

estava. Ele de uma maneira ríspida


disse que não iria. Um “eu não quero”<br />

decisivo e agressivo. Acabei insistindo<br />

mais uma vez e novamente a resposta<br />

foi um absoluto “não”.<br />

Comecei a rezar a nossa Mãe Maria<br />

por misericórdia e nesse momento,<br />

diversas pessoas começaram a sair<br />

da escuridão. Pessoas vestidas com<br />

aspecto feudal, portando lanças, facões<br />

e um cara com um machado de duas<br />

lâminas, me empurrou e levantou o<br />

machado por cima de sua cabeça para<br />

me proferir um golpe.<br />

Neste exato momento, ergui minha<br />

mão direita em direção ao alto e um<br />

flash de luz enorme aconteceu. Fui<br />

envolvido em uma grande bola de luz.<br />

Nesse momento observei que haviam<br />

chego ali, seres iluminados, um homem<br />

e duas mulheres. Instantaneamente<br />

já não estávamos mais ali no local


sombrio.<br />

Uma das mulheres, num tom delicado<br />

e com um leve sorriso no rosto faloume<br />

pausadamente:<br />

_ Você já pode abaixar o braço....<br />

Foi então que percebi que realmente<br />

não tinha abaixado o braço desde a<br />

tentativa de agressão daquele ser<br />

sombrio.<br />

E o que mais me marcou foi eu ter dito<br />

a ela:<br />

_ Quando os outros souberem, vão me<br />

zoar por um longo tempo....<br />

Acordei imediatamente.<br />

Então muitas perguntas passaram em<br />

minha mente.<br />

Eu realmente estive lá?<br />

Essas pessoas que vieram ao meu<br />

socorro me conheciam?<br />

Quem eram os outros que iriam me<br />

atacar?<br />

Passados alguns dias, fui tomar meu


passe no centro e um médium do nada,<br />

me disse o seguinte:<br />

_ Você tem andando em lugares que<br />

não tem permissão. Mas não adianta,<br />

não é mesmo? Você sempre vai,<br />

mesmo com muitos dizendo que não<br />

deveria.<br />

Pronto. A confirmação de que estive lá<br />

e encontrei aquelas pessoas acabara de<br />

acontecer.<br />

Por um lado, estava extremamente<br />

feliz, já que conseguira ir a outro lugar.<br />

Por outro, por que ter permissão de ir?<br />

Ataques acontecem com certa<br />

frequência quando acabamos por ir<br />

a locais de vibração baixa. Existem<br />

diversos tipos de ataques que podem<br />

trazer sequelas ao acordarmos.<br />

Quando dormirmos e seguimos em<br />

desdobramento, andando para frente,


ou para trás no tempo, estamos<br />

conectados ao nosso corpo físico por<br />

um fio de prata. É um fio da espessura<br />

de um cabelo, resistente e não importa<br />

a distância, nos conecta o tempo todo.<br />

Já teve aqueles pesadelos que você<br />

acorda imediatamente?<br />

Como se seu corpo tivesse sido<br />

arremessado na cama. Acordamos<br />

atordoados, com uma sensação<br />

desagradável e lembramos<br />

rapidamente do aconteceu. É uma<br />

defesa de nosso espírito. Quando<br />

estamos em situação de perigo, na<br />

velocidade do pensamento somos<br />

reconectados ao nosso corpo,<br />

independente da distância que o nosso<br />

espírito se encontrava. Esse fio “prata”<br />

é o que garante que não percamos<br />

o caminho de volta. É raro, mas do<br />

“outro lado” há quem saiba como<br />

romper este fio. Quando isso acontece,<br />

pode nos induzir ao estado vegetativo.


Já tive a oportunidade de ser atacado e<br />

de ter recebido uma descarga elétrica<br />

tão forte que acordei de imediato com<br />

o corpo endurecido e sem respirar. Foi<br />

um susto.<br />

Mas felizmente, muitas outras coisas<br />

boas aconteceram.<br />

Aos finais de semana, durmo por mais<br />

de doze horas seguidas. Assim sei que<br />

terei muito tempo para vagar por onde<br />

eu quiser.<br />

O tempo estendido “do outro lado”<br />

permite ir a diversos lugares, por mais<br />

distantes que sejam em uma única<br />

dormida.<br />

Quando mais jovem, fui escoteiro,<br />

pude ter o privilégio de salvar as vidas<br />

de uma família inteira que passeava<br />

em pequeno barquinho a remo, que<br />

seria para no máximo duas pessoas.<br />

Nele estavam o esposo, uma criança


de quatro ou cinco anos e a esposa<br />

grávida, que pelo tamanho da barriga,<br />

deveria estar com seis meses. Lanchas<br />

enormes passavam pelo canal da<br />

praia e uma delas provocou um<br />

deslocamento de ondas que acabaram<br />

virando o barquinho da família.<br />

Nenhum deles usava coletes.<br />

Resumindo, o barquinho deles<br />

afundou, mas conseguimos resgatar<br />

a família inteira. Fomos remando com<br />

o nosso barco, bem maior, para sete<br />

pessoas e deixamos a família nas areias<br />

da praia.<br />

Em outra ocasião, estava pegando<br />

onda com meu caiaque e vejo três<br />

homens se afogando. Um tentando<br />

segurar no outro e, na verdade, um<br />

puxando o outro para baixo. Remei<br />

apressadamente e, quando estava<br />

muito perto deles, pulei no mar e<br />

empurrei o caiaque para eles se


segurarem. Se eu permitisse que<br />

eles me segurassem, me afogariam<br />

também.<br />

Segurando no caiaque, os três foram<br />

empurrados pelas ondas até onde seus<br />

pés alcançavam o chão. Estavam tão<br />

bêbados que quase se afogaram no<br />

raso...<br />

Com certeza estava no local certo e na<br />

hora certa.<br />

Acredito que salvar vidas faça parte de<br />

meu destino.<br />

Mesmo quando durmo, estou sempre<br />

resgatando pessoas.<br />

Principalmente crianças.<br />

Como havia dito anteriormente, esse<br />

deslocamento que fazemos ao dormir,<br />

permite que andemos no presente e no<br />

passado.<br />

Recentemente estive reunido com<br />

amigos que obviamente não me


ecordava. Estava no Japão feudal,<br />

em uma casa enorme, parecia uma<br />

fortificação antiga e era iluminada<br />

apenas por tochas acesas. Era um<br />

sonho em preto e branco, com luzes<br />

e sombras muito bem definidas.<br />

Parecia uma cena de cinema, nítida,<br />

com japoneses que lembravam muito<br />

samurais de quimonos, cabelos<br />

cumpridos, presos no topo da cabeça<br />

e conversávamos fluentemente. Eles<br />

em japonês e eu em português. O mais<br />

interessante é que nos entendíamos<br />

perfeitamente.<br />

O que lembro perfeitamente ao<br />

acordar foi a palavra “Meiyo” que um<br />

deles disse antes que eu acordasse.<br />

Procurei no dicionário para saber se<br />

faria algum sentido e para mim, fez.<br />

Significa “honra”.<br />

Assim como estive em outro lugar<br />

com pessoas que aparentemente


conhecia há algum tempo e falavam<br />

fluentemente em inglês. Meu inglês<br />

não é tão fluente assim e quando<br />

tinha dúvidas sobre o que falavam,<br />

perguntava em português se a minha<br />

tradução estava certa e o mais<br />

impressionante, é que eles diziam<br />

que sim em inglês. É obvio, recorri ao<br />

dicionário assim que acordei para me<br />

certificar que estava realmente tendo<br />

uma conversa novamente em outra<br />

língua.<br />

O que aprendi com isso é que no<br />

desdobramento do sono, não há<br />

barreiras de comunicação. Na verdade,<br />

não há barreira alguma.<br />

Não há barreira de linguagem, de<br />

distância nem cronológica.<br />

Tenho que confessar, me faz muito<br />

bem, estar ausente do corpo,<br />

principalmente porque quando retorno,<br />

encaro esta dura realidade de nosso<br />

planeta.


Às vezes vago por terras distantes,<br />

somente eu, geralmente estou em um<br />

enorme prédio de apartamentos, no<br />

canto de uma enseada.<br />

Pelo ângulo que vejo o horizonte, devo<br />

estar acima do trigésimo andar. Muito<br />

alto.<br />

O edifício é todo envidraçado com<br />

grandes sacadas sem móveis. O<br />

mar é de um azul intenso, o céu se<br />

funde ao fundo e há uma grande área<br />

verde que antecede a área de praia.<br />

<strong>No</strong>rmalmente passo por lá e fico<br />

observando a paisagem. Nestes dias,<br />

não tenho pressa de voltar e acabo não<br />

me lembrando de quase nada.<br />

<strong>No</strong>rmalmente para chegar a este<br />

paraíso, os meus dias, quando<br />

acordado, são tranquilos e comuns.<br />

Como relatei anteriormente, a<br />

qualidade de seu desdobramento<br />

depende exclusivamente de você. Para


tentar me manter em um equilíbrio<br />

mínimo satisfatório, adoto a técnica<br />

de dormir com música instrumental e<br />

TV desligada. Inclusive, as ondas de<br />

energia que a TV emite enquanto você<br />

dorme, mudam sutilmente a nossa<br />

frequência vibratória. Com isso, o<br />

destino de nossa “viagem” pode tomar<br />

outros rumos.<br />

Evito também uma alimentação<br />

pesada antes de deitar. Comer feijoada,<br />

churrasco, uma pizza inteira, podem<br />

interferir na qualidade de seu sono. Isso<br />

ocorre porque o processo de digestão<br />

consome uma energia enorme de<br />

seu corpo. Energia que pode te<br />

impossibilitar de ir a algum lugar mais<br />

distante. E quando falo distante, falo<br />

também em outras dimensões. Para<br />

se entrar em outras dimensões é<br />

necessária uma mudança estrutural<br />

do corpo astral. Lembre que só não<br />

vemos pessoas de outras dimensões


andando ao nosso lado porque estão<br />

em corpos de menos massa densa. São<br />

composições sutis.<br />

Agora, o que poderá ser uma grande<br />

surpresa para você é o fato que as<br />

dimensões superiores nos veem<br />

com clareza, embora, para haver<br />

a comunicação de lá para cá, sim<br />

isso acontece, da mesma forma<br />

que podemos ir, eles podem vir, é<br />

necessário que eles façam um grande<br />

esforço para descer ao nosso padrão<br />

vibratório, mais denso e por que não<br />

dizer mais sujo e incomodo?<br />

Esse contato é muito desejado por<br />

todos, em todos os orbes e por todos<br />

os seres em processo de evolução.<br />

Alguns relatos de pessoas que praticam<br />

esses intercâmbios, afirmam que,<br />

em breve, haverá tecnologia para<br />

comunicação entre dimensões como<br />

um telefone de videoconferência.


Outra característica é que a quarta<br />

dimensão, onde estão nossos amigos<br />

aguardando sua oportunidade de<br />

reencarnar na Terra e muitos outros<br />

viajantes de outros planetas estão,<br />

no mínimo, cem anos adiantados<br />

tratando-se de tecnologia. Tudo o que<br />

projetamos aqui ou “descobrimos”, são<br />

o reflexo do já aconteceu lá com muita<br />

antecedência.<br />

Como isso é possível?<br />

Faremos uma conta rápida.<br />

Aqui na Terra, para aprovarmos, por<br />

exemplo, o uso de um medicamento,<br />

normalmente, os pesquisadores são<br />

médicos, biólogos formados, com<br />

mestrados e doutorados, levam anos<br />

de pesquisa e finalmente anos de uso<br />

em cobaias até a liberação. Eu diria uns<br />

quarenta ou cinquenta anos.<br />

Levando em conta que na outra


dimensão, levaram o mesmo<br />

tempo para descobrir esse possível<br />

medicamento, já teríamos uma média<br />

de oitenta anos a frente.<br />

Começamos esta conversa comigo<br />

afirmando que poderíamos pedir ao<br />

nosso amigo protetor para termos<br />

aulas e assistirmos palestras, não foi?<br />

Bom, eu tive esse privilégio e vou<br />

relatar algo que realmente me deixa<br />

extremamente feliz com que aprendi.<br />

<strong>No</strong> início, eu ainda não havia<br />

percebido, mas estava sendo instruído.<br />

Me via constantemente correndo e, de<br />

repente, após pegar muita velocidade,<br />

inclinava meu corpo de maneira a ficar<br />

paralelo ao chão e começava a ajudar<br />

a impulsão com as mãos. Aos poucos,<br />

fui sentindo que estava planando rente<br />

ao chão e que eventualmente usava


as mãos para gerar mais impulsão.<br />

Subia alguns metros do chão, realizava<br />

pequenas manobras e retornava a<br />

pegar impulso. Passei meses sonhando<br />

isto. Era uma sensação sensacional,<br />

de liberdade e leveza. Queria que<br />

todos os dias ao dormir, eu pudesse<br />

experimentar novamente esta<br />

sensação.<br />

Quando estava se tornando um hábito,<br />

veio a segunda instrução.<br />

Sempre era levado para lugares onde<br />

havia vento forte. O vento era tão forte<br />

que ao inclinar o corpo para frente, já<br />

sentia uma pequena decolagem, de<br />

poucos centímetros do chão. O começo<br />

foi assim, dia após dia. Sentia o vento<br />

forte contra o corpo e logo começava<br />

a planar como se estivesse praticando<br />

paraquedismo, só que subindo e não<br />

caindo.


Senti que a força do vento com o<br />

passar das semanas, ficava mais fraco<br />

até que comecei a sentir pequenos<br />

deslocamentos de ar, de maneira muito<br />

sutil, mas que possibilitavam a mesma<br />

manobrabilidade que antes, só era<br />

possível com rajadas extremamente<br />

fortes.<br />

E isso era muito legal. Eu não podia<br />

sentir nem uma leve brisa e lá estava<br />

eu decolando e, agora, decidindo até<br />

onde subir, para onde ir e quando<br />

pousar. Da mesma maneira que o<br />

vento sustentava meu corpo ao subir,<br />

sustentava também na aproximação do<br />

chão.<br />

A terceira etapa e por enquanto a<br />

última, é a que mais me surpreendeu.<br />

E como houve uma evolução em todo o<br />

processo de aprendizado, só posso crer<br />

que realmente tratou-se de instruções.


Nesta etapa, fiz algo que só conhecia<br />

por literatura e, nela, dizia que somente<br />

espíritos em estágios avançados<br />

dominavam esta técnica. Sempre que<br />

penso nisso sinto uma eletricidade<br />

enorme percorrer a base de minha<br />

nuca, assim como meus braços.<br />

Fui levado a um labirinto de pedras<br />

tridimensional, sem portas e com a<br />

aparência de um edifício que está<br />

subindo andares, com poucas paredes<br />

e vãos abertos ao invés de janelas.<br />

Nesse lugar, havia mais uma pessoa<br />

que não lembro a fisionomia, mas<br />

estava lá para me dar esta última aula.<br />

Ele ia a frente e eu tinha que segui-lo,<br />

não importando o caminho que ele<br />

fizesse. Algo como uma brincadeira<br />

infantil de “siga o mestre”.<br />

<strong>No</strong>s primeiros movimentos, usei<br />

as técnicas que já dominava, ele<br />

pulava entre uma torre e outra e eu o


seguia. Só que as regras de gravidade<br />

pareciam estar alteradas. Parecia um<br />

filme de astronautas na lua. Fiz coisas<br />

interessantes como correr e pegar<br />

impulso dando um ou dois passos nas<br />

paredes para me deslocar entre vãos.<br />

Mas aí veio a surpresa final.<br />

Aquele quem eu seguia, pulou do<br />

segundo pavimento em direção ao<br />

chão. Fui atrás por osmose e conforme<br />

o chão se aproximava, imaginava<br />

o impacto que eu teria, até mesmo<br />

me esborrachar, mas nada disso<br />

aconteceu.<br />

Fiz um pouso tranquilo, diminuindo<br />

a velocidade de chegada como se<br />

estivesse desacelerando. Como se<br />

minhas mãos provocassem um empuxo<br />

contra o chão. Depois disso, percebi<br />

que poderia fazer este deslocamento,<br />

usando este “empuxo” para qualquer<br />

direção. Poderia me deslocar para os


lados ou até mesmo, decolar do chão e,<br />

o melhor de tudo, poderia me deslocar<br />

rente ao chão sem precisar andar.<br />

Como em um filme de fantasmas.<br />

Tive a oportunidade de poder utilizar<br />

esta técnica por diversas vezes, embora<br />

não seja mais tão habitual. Talvez seja<br />

por minha culpa.<br />

A turbulência da situação econômica<br />

do país, a preocupação com a empresa<br />

que dirijo e, com certeza absoluta,<br />

a alteração de minha frequência<br />

vibratória, que não anda das melhores.<br />

Estar bem equilibrado é ponto<br />

fundamental para que possamos<br />

realizar estas viagens com segurança<br />

e podendo ir exatamente para onde<br />

queremos.<br />

Vou terminar este livro com a melhor


viagem interplanetária que já realizei<br />

até os dias de hoje.<br />

Pouco antes de completar um ano do


falecimento de minha avó materna,<br />

tive a grande oportunidade de<br />

reencontrá-la em meu desdobramento<br />

noturno.<br />

Nesta viagem, a Terra ficou muito<br />

distante.<br />

Estava em uma sacada de<br />

apartamento, em andar elevado, onde<br />

as cortinas balançavam levemente sob<br />

a brisa suave que ali ocorria.<br />

Era um final de tarde como nunca<br />

visto antes. Tamanha beleza em um<br />

céu alaranjado, com temperatura<br />

agradável, mais para o quente, quando<br />

aparece em uma das portas de acesso à<br />

varanda, minha adorável e amada avó<br />

materna. Que saudades!<br />

Depois que me mudei para São<br />

Paulo, já não a via com a mesma<br />

frequência. Ela residia a 80 km de casa.


Enquanto ainda gozava de uma saúde<br />

estável, morava sozinha no mesmo<br />

apartamento que me acolheu por<br />

diversas vezes.<br />

Casa simples, móveis simples, uma<br />

portuguesa que chegou ao Brasil<br />

ainda criança, que criou seus filhos<br />

dignamente e ainda ajudou muitos<br />

netos em suas necessidades. A idade<br />

já fazia efeito e seu corpo reduzia de<br />

tamanho gradativamente. Tinha olhos<br />

verdes, cabelos castanhos escuros e<br />

estava sempre rindo, mesmo depois de<br />

muitas passagens tristes em sua vida.<br />

Casou-se uma única vez e após a<br />

morte de meu avô, nunca mais se<br />

relacionou com ninguém. Eu adorava<br />

cutucá-la falando que os velhinhos<br />

na rua estavam paquerando-a.<br />

Imediatamente respondia:<br />

_ Só quero se for um coronel de uma<br />

fazenda!


E logo em seguida, ficava rindo.<br />

Sempre foi uma mulher ativa,<br />

independente, que gostava da<br />

liberdade de ir e vir. Mas tudo isso ficou<br />

par trás.<br />

O tempo é implacável e parafraseando<br />

um amigo, o corpo é uma máquina que<br />

tem validade.<br />

Ao nascermos, a única certeza é que a<br />

máquina irá parar. Gradativamente, o<br />

corpo foi ganhando mais resistência e<br />

em apenas 50 anos, a expectativa de<br />

vida dos brasileiros passou de 48 para<br />

73,4, segundo dados do Censo 2010<br />

do Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística (IBGE).<br />

Minha avó agora com mais de 90 anos<br />

já não tinha mais a mesma saúde. Uma<br />

inflamação em seu joelho começou a<br />

impossibilitá-la de andar, de se firmar<br />

em pé e acabou se mudando para a


casa de um de seus filhos.<br />

Lá a tristeza tomou conta de si.<br />

Passava a maior parte do tempo em<br />

uma poltrona, destas de amamentação<br />

em que as mães sentam com seus<br />

bebês ou estava deitada em sua<br />

cama. Assistia TV praticamente o dia<br />

todo. Aos poucos perdeu o hábito de<br />

diariamente ler o jornal pela manhã<br />

e para se deslocar, precisa de uma<br />

cadeira de rodas.<br />

Como deve ser difícil viver dependente<br />

de alguém para lhe ajudar a tomar<br />

banho, ir ao banheiro, cozinhar, lavar,<br />

passar ou ir do quarto para sala.<br />

Em um de nossos últimos encontros,<br />

na casa de meu tio, ela relatou que<br />

como saia da cama para a poltrona ou<br />

para a cadeira de rodas, ficava semanas<br />

sem ver a rua. A janela em nível mais<br />

alto que a altura dela sentada, dava


no máximo uma visão parcial do<br />

céu e dos vizinhos dos outros blocos<br />

de apartamentos que residiam em<br />

andares superiores.<br />

Em uma ocasião, havia me relatado<br />

que não via a rua desde a minha última<br />

visita e isso fazia mais de cinquenta<br />

dias. Ninguém a levou para tomar um<br />

pouco de sol, dar uma volta na calçada<br />

do edifício. Nada.<br />

Nesse momento, seus olhos se<br />

encheram de lágrimas e os meus<br />

também.<br />

<strong>No</strong> adia anterior a sua passagem,<br />

escutei por diversas vezes em minha<br />

mente um pedido de ligar para a minha<br />

avó. Por duas ou três vezes, a imagem<br />

dela vinha em minha mente, mas as<br />

“prioridades” no trabalho diziam para<br />

ligar depois. O dia chegou ao fim e<br />

eu havia ignorado a intuição. <strong>No</strong> dia<br />

seguinte pela manhã recebo uma


ligação de minha prima. Nem era<br />

preciso dizer o que havia acontecido.<br />

Não acredito no “descanse em paz”.<br />

Uma pessoa de enorme coração, com<br />

amor puro e incondicional, merecia<br />

mais do que descansar, merecia voltar<br />

a ter uma vida digna.<br />

Nesse encontro, a encontrei ainda<br />

fraca, não totalmente recuperada dos<br />

desenlaces corpóreos, afinal foram<br />

mais de noventa anos usando-o,<br />

mas felizmente, já de pé e com certa<br />

dificuldade, dando pequenos passos.<br />

Conversamos observando o fim de<br />

tarde. Foi um encontro maravilhoso e<br />

cheio de sentimentos. A nossa ligação<br />

realmente vinha de muito antes de<br />

nos encontrarmos novamente aqui<br />

na Terra. Foi uma noite de sonho<br />

inesquecível.<br />

Com certeza, ela estava de volta ao seu


lar e, quem sabe, o meu também.<br />

Ela apontou para a direção do<br />

horizonte e por aproximadamente<br />

quinze minutos vi o entardecer mais<br />

lindo de minha vida.<br />

Não posso afirmar com exatidão de<br />

onde estávamos, mas um detalhe<br />

comprovava que estava a anos luz me<br />

meu planeta.<br />

Dois sois alinhados horizontalmente<br />

desciam em direção ao horizonte<br />

alaranjado e, conforme desciam, se<br />

aproximavam um do outro.<br />

Apenas abracei minha avó e aos poucos<br />

senti o chamado de meu corpo.<br />

O retorno, foi uma longa viagem.


O FIM DO COMEÇO<br />

Escutei de um amigo de luz que<br />

costuma me acompanhar em reuniões<br />

de estudo, que a intensidade de<br />

tristeza causada pelo desencarne de<br />

uma pessoa que amamos é a mesma<br />

em alegria nas pessoas que irão<br />

recepcioná-los em seu retorno a outras<br />

dimensões.<br />

Que seria egoísmo de nossa parte<br />

querermos essa pessoa o tempo todo<br />

somente para nós. Que lá, em outras<br />

dimensões, amigos e antigos parentes<br />

tem a mesma saudade que temos<br />

quando de sua partida.<br />

Que esse sentimento de saudade deve<br />

ser substituído pelo sentimento de<br />

amor, pois somente o amor verdadeiro<br />

transpassa qualquer barreira de tempo,


de dimensões, inferiores ou superiores,<br />

e de distâncias.<br />

Esta vibração de amor é capaz de salvar<br />

almas ainda perdidas na escuridão, é<br />

capaz de gerar uma única centelha,<br />

suficiente para que os socorristas do<br />

além com seus cães guias e os irmãos<br />

padioleiros possam finalmente resgatálos.<br />

Te aguardarei para compartilharmos<br />

esta e muitas outras experiências em<br />

algum canto do universo que nossas<br />

mentes nos enviar.


Fim

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