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isso não coloca certos limites. Quando você faz outra pessoa mais importante do que<br />
você mesmo, você se diminui e se desvaloriza diante dela. Ela tem todo o poder no<br />
relacionamento; se quiser lhe ferir, pode fazê-lo quantas vezes quiser, porque sabe que<br />
você jamais a deixará. Sua vida gira ao redor dessa pessoa, e em vez de investir em<br />
você mesma, nos seus valores e talentos, guarda tudo em um baú dentro de si, a sete<br />
chaves.<br />
Até conhecer o marido, essa mulher era uma jovem cheia de vida, sonhos e planos<br />
para o futuro — uma jovem superinteressante, que cativou o coração do rapaz a ponto<br />
de ele pensar: “quero passar o resto de minha vida ao lado dela”. Depois que se casou,<br />
guardou tudo dentro do baú e passou a ser uma chatinha. Vivia reclamando dele,<br />
impondo suas vontades e achando defeitos em tudo que ele fazia.<br />
Ela não fazia isso de propósito, ninguém faz. Eu, por exemplo, não me dava conta do<br />
que fazia. Pelo contrário, pensava que era o meu papel. Deve ser a nossa natureza de<br />
mãe, sempre querendo arrumar as coisas, dar um jeitinho em nossos filhos, fazer deles<br />
os melhores em tudo. Só que nossos maridos não são nossos filhos.<br />
Não estou sugerindo que o marido dessa mulher deixou de amá-la por causa da<br />
atitude dela, mas isso pode ter contribuído, e muito. O homem tem a natureza de<br />
conquistar, como vamos falar mais a respeito nos próximos capítulos. Quando sua<br />
esposa deixa de ser uma conquista diária, ele é bem capaz de procurar outras<br />
conquistas. Ou seja, ela não pode nem deve deixá-lo sentir que ele é o centro de sua<br />
atenção.<br />
O valor da mulher está no seu mistério, na sua discrição, no seu jeito de florescer<br />
uma situação. É exatamente o que o meu pai me orientou: homem não gosta de mulher<br />
fácil, mesmo que seja a própria esposa. Quando me ocupei em ajudar outras pessoas,<br />
desenvolvendo novos talentos no processo, o Renato começou a sentir a falta da minha<br />
constante atenção. Obviamente, me tornei uma nova conquista para ele. Passei a ter<br />
luz própria.<br />
Não há como seu <strong>casamento</strong> florescer com os anos se você, como mulher, não<br />
floresce a cada dia. A cada conquista que faço, a cada livro que escrevo, a cada projeto<br />
que crio, mais autoconfiante me torno e mais interessante fico para o Renato. Volto a<br />
ser aquela jovem que o Renato conheceu, cheia de sonhos, superdivertida, e uma ótima<br />
companhia para o resto da vida. Isso, sim, é ter parceria, isso, sim, é ser um time.<br />
Quando o Renato ouviu pela primeira vez que no passado eu fazia dele o meu sol,