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graduar em psicologia, decidiu largar os cinco anos de faculdade para acompanhar o<br />
marido quando ele foi contratado para jogar na Itália. Cristina disse que uma das coisas<br />
que a motivou foi pensar nas lutas e desafios que o marido certamente passaria no novo<br />
país. A possibilidade de o marido passar momentos difíceis enquanto ela estaria longe<br />
dele no Brasil terminando a faculdade fez com que ela priorizasse o <strong>casamento</strong>.<br />
Abandonou tudo, foi para a Itália com ele, e nunca se formou. Como se ela tivesse<br />
adivinhado, Oscar perdeu os primeiros sete jogos em que atuou. Mas, com a esposa ao<br />
lado, se levantou e teve treze anos de uma carreira brilhante na Itália, sem contar os<br />
títulos internacionais que ganhou para o Brasil. Foi o jogador de basquete com mais<br />
pontos marcados que qualquer outro, um sucesso absoluto não só nas quadras, mas<br />
também em casa. O crédito ele dá à esposa: “Sem o apoio dela eu nunca teria feito o<br />
que fiz,” disse ele. O casal está junto há mais de 37 anos.<br />
Cristiane:<br />
É muito comum para nós, mulheres, pensarmos que se elogiamos nossos esposos, o<br />
ego deles vai atravessar o teto. É um medo que a mulher tem de fazer seu marido<br />
arrogante e autossuficiente. Mas esse medo é devido à nossa própria insegurança.<br />
Achamos que um elogio pode fazê-los pensar que são melhores do que nós. É por<br />
isso que muitas mulheres até admiram seus maridos, mas quase nunca verbalizam<br />
essa admiração.<br />
Com o entendimento de que o homem está sempre correndo atrás de uma<br />
conquista, de um reconhecimento e de uma autoaprovação, você entende como é<br />
importante o seu papel ao seu lado.<br />
Uma das coisas que sempre vi na minha mãe foi sua apreciação e admiração pelo<br />
meu pai. Não que ela fingisse não ver os seus erros, mas os seus elogios eram tantos<br />
que os erros do meu pai se tornavam irrelevantes e insignificantes. Isso contribuía<br />
para que nós, suas filhas, o admirássemos e o respeitássemos também, além de<br />
deixar o exemplo para fazermos o mesmo com nossos maridos. E nisso o Renato não<br />
teve do que reclamar...<br />
Quando a mulher se faz a fã número um de seu marido, ela ganha também – e<br />
muito. É como em um jogo de futebol: ele faz o gol e imediatamente corre para os<br />
braços dela para celebrá-lo. Se ele perde o jogo, também corre para os seus braços,<br />
sabendo que ela não vai criticá-lo por isso, pelo contrário, vai lhe dar uma palavra