A Energiewende alemã (África Ocidental)

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06 | A Energiewende alemã Calor Calor agradável, renovável e eficiente O sucesso da Energiewende também depende da diminuição da necessidade de energia para aquecimento, climatização e aquecimento de água em edifícios, bem como da possibilidade de o restante da procura ser atendido por energias renováveis. Na Alemanha, a energia usada para aquecimento constitui mais da metade do consumo energético total, e quase dois terços desta energia são utilizados pelas 40 milhões de residências para aquecimento e água quente. Por conseguinte, o Governo Federal pretende reduzir, até 2050, a procura de energia primária Reduzir a procura energética para aquecimento Metas de redução da procura energética para aquecimento em edifícios 2.152 petajoules foram gastos, em 2016, pelas 40 milhões de residências alemãs em aquecimento e água quente o que equivale a -80% -18,3% 14% 12,9% Valor atingido em Valor atingido em 2050 2016 2020 2017 óleo Procura energética primária nos edifícios (em comparação com 2008) Quota das energias renováveis na procura energética para aquecimento 50 mil milhões de litros de petróleo seis vezes a procura energética anual do sector de aviação da Alemanha a procura energética do Uzbequistão © dpa/Jacobs University Bremen © dpa 1975 O Governo Federal lança uma campanha de informação sobre a poupança de energia.

A Energiewende alemã | 07 de fuelóleo e gás em edifícios em 80%. Para atingir esta meta, a eficiência energética dos edifícios terá de ser significativamente melhorada e a percentagem das energias renováveis no aprovisionamento para aquecimento e climatização terá de aumentar. Até 2020, as energias renováveis deverão suprir 14% da procura para fins de aquecimento e climatização. Desta forma, a Alemanha também põe em prática as metas europeias: a actual Directiva Edifícios da UE prevê que, a partir de 2021, todas as construções novas na Europa preencham as condições de “casas passivas”, isto é, edifícios com consumo energético muito baixo. A Alemanha reconheceu cedo que existe um grande potencial de poupança de energia nos edifícios. Já em 1976, o Governo Federal de então aprovou, em consequência da crise do petróleo, a primeira Lei de Conservação da Energia, seguida do primeiro Regulamento relativo ao Isolamento Térmico. Esta regulamentação foi continuamente desenvolvida e adaptada aos avanços tecnológicos. Desde 2009, em conformidade com a Lei de Aquecimento e Energias Renováveis, todas as novas construções habitacionais têm de cobrir uma quota-parte mínima da sua procura energética com energias renováveis. Isto é possível, por exemplo, com aquecimentos a gás ou fuelóleo apoiados por energia térmica solar ou com sistemas de aquecimento que recorram exclusivamente a energias renováveis, como as bombas de calor ou os aquecimentos a pellets. 70% de todas as construções habitacionais na Alemanha têm mais de 35 anos, ou seja, datam da época anterior à aprovação do primeiro Regulamento relativo ao Isolamento Térmico. Isto significa que muitas construções estão insuficientemente isoladas e são muitas vezes aquecidas com caldeiras de aquecimento ultrapassadas e combustíveis fósseis, como fuelóleo e gás. Uma unidade habitacional alemã consome, em média, 145 quilowatts-hora por metro quadrado de área habitada por ano, o que equivale a 14,5 litros de petróleo. Construções novas altamente eficientes consomem apenas um décimo desta quantidade. Em construções antigas, o consumo de energia primária pode ser reduzido em até 80% por meio de uma renovação energética e da transição para energias renováveis. Isto requer um melhor isolamento das paredes externas do edifício, a renovação de componentes, uma modernização do sistema de aquecimento e climatização e uma melhor tecnologia de controlo. Só em 2015 foram investidos cerca de 53 mil milhões de euros em renovações energéticas. O Governo Federal apoia estas renovações com créditos bonificados e subsídios. A aplicação de medidas de eficiência energética fez com que, em 2016, cada alemão poupasse, em média, quase 500 euros, ocupando assim uma posição de destaque a nível mundial. Uma das principais prioridades consiste na substituição de sistemas de aquecimento antigos e na transição de combustíveis fósseis para energias renováveis. Se, em 1975, os alemães ainda aqueciam mais de metade de todos os apartamentos com fuelóleo, este número hoje corresponde apenas a cerca de um quarto. Das casas novas concluídas em 2016, 60% são aquecidas com energias renováveis. Sistemas solares térmicos, aquecimentos com biomassa e bombas de calor que aproveitam o calor ambiente já cobrem cerca de 12% da procura energética destinada ao aquecimento. Para que a transição se efectue com maior rapidez, o Governo Federal fomenta, desde 2000, a substituição dos sistemas de aquecimento antigos. Quanta energia é consumida nos edifícios? Parcela do consumo energético final na Alemanha Construções novas consomem apenas um décimo Consumo anual em aquecimento, expresso em litros de fuelóleo por metro quadrado de área habitacional, relativo a diferentes tipos de construções 36,0 % em edifícios 15–20 litros edifícios antigos não renovados 5–10 litros edifícios antigos renovados 28,0 % para aquecimento Dados referentes a: 2016 4,7 % para água quentei 2,8 % para iluminação 0,4 % para sistemas de ar condicionado 7 litros edifícios novos 1,5 litros casas passivas 1977 Com a aprovação do Regulamento relativo ao Isolamento Térmico, o Governo Federal define, pela primeira vez, requisitos para a eficiência energética de edifícios.

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de fuelóleo e gás em edifícios em 80%. Para atingir esta meta, a eficiência<br />

energética dos edifícios terá de ser significativamente melhorada<br />

e a percentagem das energias renováveis no aprovisionamento para<br />

aquecimento e climatização terá de aumentar. Até 2020, as energias<br />

renováveis deverão suprir 14% da procura para fins de aquecimento<br />

e climatização. Desta forma, a Alemanha também põe em prática<br />

as metas europeias: a actual Directiva Edifícios da UE prevê que,<br />

a partir de 2021, todas as construções novas na Europa preencham as<br />

condições de “casas passivas”, isto é, edifícios com consumo energético<br />

muito baixo.<br />

A Alemanha reconheceu cedo que existe um grande potencial de<br />

poupança de energia nos edifícios. Já em 1976, o Governo Federal de<br />

então aprovou, em consequência da crise do petróleo, a primeira Lei<br />

de Conservação da Energia, seguida do primeiro Regulamento relativo<br />

ao Isolamento Térmico. Esta regulamentação foi continuamente<br />

desenvolvida e adaptada aos avanços tecnológicos. Desde 2009, em<br />

conformidade com a Lei de Aquecimento e Energias Renováveis, todas<br />

as novas construções habitacionais têm de cobrir uma quota-parte<br />

mínima da sua procura energética com energias renováveis. Isto<br />

é possível, por exemplo, com aquecimentos a gás ou fuelóleo apoiados<br />

por energia térmica solar ou com sistemas de aquecimento que recorram<br />

exclusivamente a energias renováveis, como as bombas de calor<br />

ou os aquecimentos a pellets.<br />

70% de todas as construções habitacionais na Alemanha têm mais<br />

de 35 anos, ou seja, datam da época anterior à aprovação do primeiro<br />

Regulamento relativo ao Isolamento Térmico. Isto significa que muitas<br />

construções estão insuficientemente isoladas e são muitas vezes<br />

aquecidas com caldeiras de aquecimento ultrapassadas e combustíveis<br />

fósseis, como fuelóleo e gás. Uma unidade habitacional <strong>alemã</strong><br />

consome, em média, 145 quilowatts-hora por metro quadrado de área<br />

habitada por ano, o que equivale a 14,5 litros de petróleo. Construções<br />

novas altamente eficientes consomem apenas um décimo desta<br />

quantidade. Em construções antigas, o consumo de energia primária<br />

pode ser reduzido em até 80% por meio de uma renovação energética<br />

e da transição para energias renováveis. Isto requer um melhor isolamento<br />

das paredes externas do edifício, a renovação de componentes,<br />

uma modernização do sistema de aquecimento e climatização e uma<br />

melhor tecnologia de controlo. Só em 2015 foram investidos cerca<br />

de 53 mil milhões de euros em renovações energéticas. O Governo<br />

Federal apoia estas renovações com créditos bonificados e subsídios.<br />

A aplicação de medidas de eficiência energética fez com que, em 2016,<br />

cada <strong>alemã</strong>o poupasse, em média, quase 500 euros, ocupando assim<br />

uma posição de destaque a nível mundial.<br />

Uma das principais prioridades consiste na substituição de sistemas<br />

de aquecimento antigos e na transição de combustíveis fósseis para<br />

energias renováveis. Se, em 1975, os <strong>alemã</strong>es ainda aqueciam mais<br />

de metade de todos os apartamentos com fuelóleo, este número hoje<br />

corresponde apenas a cerca de um quarto. Das casas novas concluídas<br />

em 2016, 60% são aquecidas com energias renováveis. Sistemas solares<br />

térmicos, aquecimentos com biomassa e bombas de calor que aproveitam<br />

o calor ambiente já cobrem cerca de 12% da procura energética<br />

destinada ao aquecimento. Para que a transição se efectue com maior<br />

rapidez, o Governo Federal fomenta, desde 2000, a substituição dos<br />

sistemas de aquecimento antigos.<br />

Quanta energia é consumida nos edifícios?<br />

Parcela do consumo energético final na Alemanha<br />

Construções novas consomem apenas um décimo<br />

Consumo anual em aquecimento, expresso em litros de fuelóleo por metro<br />

quadrado de área habitacional, relativo a diferentes tipos de construções<br />

36,0 %<br />

em edifícios<br />

15–20 litros<br />

edifícios antigos não renovados<br />

5–10 litros<br />

edifícios antigos renovados<br />

28,0 %<br />

para<br />

aquecimento<br />

Dados referentes a: 2016<br />

4,7 %<br />

para água<br />

quentei<br />

2,8 %<br />

para<br />

iluminação<br />

0,4 %<br />

para sistemas<br />

de ar<br />

condicionado<br />

7 litros<br />

edifícios novos<br />

1,5 litros<br />

casas passivas<br />

1977<br />

Com a aprovação do Regulamento relativo ao Isolamento Térmico, o Governo Federal<br />

define, pela primeira vez, requisitos para a eficiência energética de edifícios.

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