Whiz 5ª Edição

AUTORIZADA
O grupo de drag queens
arrecada roupas para
moradores de rua
Por Juliana Martinelli
“Ela [drag queen]
pode estar no palco
brilhando, fazendo
show e divertindo plateias,
mas também pode estar na
rua mostrando que é um
ser humano, e que isso
independe da sexualidade
ou qualquer outro conceito
ou pré-conceito”
Desde pequenos quando pensamos em heróis
ou heroínas sempre os imaginamos com um
uniforme, uma roupa colorida e talvez até
uma capa. Esta história não é muito diferente das que
conhecemos, já que suas protagonistas também são
heroínas, também se vestem para fazer o bem sem
esperar nada em troca e até adicionam um pouco mais
de maquiagem, brilho e, às vezes, uma peruca.
Tudo começou no dia 28 de maio de 2016, quando dez
drag queens de Brasília, residentes da Boate Victoria
Haus, resolveram unir suas forças, depois que a perda
de um amigo as fez perceber a fragilidade das pessoas,
principalmente daquelas que estão na rua. Assim,
Carrie Myers, Dita Maldita, Gabe Lucke, Laurie Blue,
Leona Luna, Mary Gambiarra, Pikinéia Minaj, Poppy
Moore, Savanna Berlusconny e Xantara Thompson
criaram o “Montadas para o Bem”, um projeto social
que pretende arrecadar roupas, agasalhos e alimentos
não perecíveis em frente à baladas, boates ou pontos
de recolhimento.
Como boas heroínas, elas perceberam que a queda
acentuada de temperatura na maior parte do país
poderia causar danos irreparáveis para os moradores
em situação de rua. Com isso, o primeiro passo foi
a campanha do agasalho. Mil peças foram arrecadadas
em menos de três semanas e assim puderam fazer
a primeira entrega, que aconteceu no dia 22 de
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