Whiz 5ª Edição

WHIZ: Como você busca inspiração
para escrever os textos?
FRED: Ah, eu busco nas pessoas.
A inspiração vem de uma caminhada,
do que eu vejo, das histórias que eu ouço
nos lançamentos. Nos textos, eu não
converso com as pessoas, mas sim
com seus momentos. Você se traduz
ali e consequentemente traduz
várias outras pessoas também,
então eu tento me colocar naquele
sentimento.
WHIZ: Tem alguma diferença
entre escrever textos para o site e para
os livros?
FRED: Tem, todo meio é diferente.
Se eu escrevo para o site, existe um timing,
então os textos são mais rapidinhos.
No geral, tem que ter uma lição
de moral e um título compartilhável.
No livro não;
eu posso brincar, trabalhar, é mais
calmo. Eu posso ser mais crítico
porque a pessoa vai ler com calma,
vai pensar e refletir.
WHIZ: Você acha que perdeu
privacidade quando começou a usar
o Snapchat, a rede social que é uma
verdadeira transmissão da vida real?
FRED: Não, mas é que eu pondero
muito bem. Eu mostro minha mãe,
meu cachorro, minhas brincadeiras.
Eu não tenho um mundo tão grande
como uma menina de moda, mas
gera uma empatia muito legal.
Eu também deixo o snap aberto
porque quero saber da vida de quem
me acompanha. Pra mim isso é muito
rico.
WHIZ: Com o sucesso dos blogs,
cada vez mais pessoas têm vontade
de se inserir nesse meio. Qual dica
você dá para quem quer criar
um blog?
FRED: Quando você faz um blog,
não cria expectativa. Você vai ficar
um ano fazendo aquilo e vai pensar:
“não deu certo, vou desistir”, mas
e o tempo que você se divertiu?
Se der certo eu estou feliz, essa tem
que ser a alegria. Ninguém faz
pensando em dinheiro, e quem faz,
cai por terra. Dos 6 anos de blog,
eu fiquei os primeiros 3 ou 4 anos
sem ganhar nada. Ninguém lia, mas
eu estava muito feliz, porque você
não pode depender de dinheiro.
Apesar de todo o sucesso que
conquistou nos últimos anos, Fred
é enfático quando perguntamos
sobre os planos para o futuro:
“Eu não tenho muitos planos
geniais. Se eu continuar fazendo
o que gosto de fazer, eu já estou
muito feliz. Faria a mesma coisa
todo dia se não ganhasse um real”.
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