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<strong>5ª</strong> EDIÇÃO<br />
Setembro de 2016<br />
O universo<br />
particular de<br />
Fred Elboni<br />
Conheça o nome por trás do site EOH<br />
Uma dupla singular<br />
A revelação do duo de jovens<br />
meninas que refresca o cenário<br />
musical<br />
Receitas de Minuto<br />
Conheça o blog que reúne dicas de<br />
receitas práticas e econômicas<br />
Pelo caminho<br />
das ondas<br />
Apresentamos Mineirinho,<br />
grande destaque do surf mundial<br />
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EQUIPE<br />
EDITOR-CHEFE<br />
Giovanna Ribeiro<br />
REDAÇÃO<br />
Bárbara Pereira, Giovanna Fiorillo Ribeiro, Giulia<br />
Famá, Juliana Martinelli, Marcella Miranda, Maria<br />
Clara Galeano, Marina Kopczinski Xavier, Pedro<br />
Orsolini Osorio.<br />
CHAMADAS E TÍTULOS<br />
Equipe de Jornalismo<br />
Sarah Pires<br />
MARKETING CIRCULAÇÃO<br />
Stéphani Capeloci<br />
MARKETING PUBLICITÁRIO<br />
Lucas Munhoz<br />
Foto de Capa<br />
Frederico Elboni<br />
IMPRESSÃO<br />
Vesper AMB - Gráfica, Editora e Embalagens<br />
TIRAGEM<br />
1.250<br />
FOTOGRAFIA<br />
Giulia Famá<br />
DIAGRAMAÇÃO<br />
Carolina Campos<br />
DIREÇÃO DE ARTE E ILUSTRAÇÃO<br />
Carolina Campos<br />
EDITORIAL<br />
Olá humanos,<br />
Nesta quinta edição da revista WHIZ<br />
voltamos ainda mais inspirados. Preparamos<br />
uma conversa íntima e cheia de coisa boa.<br />
Na nossa matéria de capa, falamos com<br />
Frederico Elboni, dono do site “Entenda<br />
os Homens” para entender mais sobre seu<br />
universo particular.<br />
Para deixar a revista ainda mais recheada<br />
e repleta de sabor, adicionamos a editoria<br />
“Bon Appétit”, que falará sobre gastronomia,<br />
contando com uma entrevista exclusiva<br />
da Gisele, do blog “Receitas de Minuto”,<br />
e buscando a altitude necessária para alçar voo,<br />
a “Check in” lhe servirá como um guia para sua<br />
próxima viagem.<br />
A dupla Anavitória também dá toda<br />
graça para nossas páginas, e se você ainda não<br />
as conhece, com certeza se encantará com este<br />
duo repleto de sintonia!<br />
Você ainda verá o duelo travado entre<br />
“Esquadrão Suicida” e “Liga da Justiça”,<br />
uma lista com músicas nostálgicas dos<br />
anos 2000, uma conversa com o surfista<br />
Mineirinho, uma linha do tempo da moda<br />
e um papo sério para discutir sobre assédio.<br />
Espero que possamos chamar sua<br />
atenção.<br />
Psiu,<br />
Giovanna Ribeiro<br />
Editora-Chefe<br />
4<br />
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06<br />
AUTORIZADA 18<br />
TÁ NA CAPA<br />
FRED ELBONI<br />
16<br />
EIXO<br />
08<br />
OCTÓGONO<br />
22<br />
ADRENALINA<br />
MINEIRINHO<br />
24<br />
VISTAM-ME<br />
OS BONS<br />
10<br />
BLOCO DE<br />
NOTAS<br />
26<br />
AOS OLHOS DE MOZART<br />
ANAVITÓRIA<br />
32<br />
CHECK IN<br />
13<br />
NO PAÍS DAS<br />
MARAVILHAS<br />
30<br />
BON APPÉTIT<br />
RECEITAS DE MINUTO<br />
34<br />
VAI POR MIM<br />
5<br />
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AUTORIZADA<br />
O grupo de drag queens<br />
arrecada roupas para<br />
moradores de rua<br />
Por Juliana Martinelli<br />
“Ela [drag queen]<br />
pode estar no palco<br />
brilhando, fazendo<br />
show e divertindo plateias,<br />
mas também pode estar na<br />
rua mostrando que é um<br />
ser humano, e que isso<br />
independe da sexualidade<br />
ou qualquer outro conceito<br />
ou pré-conceito”<br />
Desde pequenos quando pensamos em heróis<br />
ou heroínas sempre os imaginamos com um<br />
uniforme, uma roupa colorida e talvez até<br />
uma capa. Esta história não é muito diferente das que<br />
conhecemos, já que suas protagonistas também são<br />
heroínas, também se vestem para fazer o bem sem<br />
esperar nada em troca e até adicionam um pouco mais<br />
de maquiagem, brilho e, às vezes, uma peruca.<br />
Tudo começou no dia 28 de maio de 2016, quando dez<br />
drag queens de Brasília, residentes da Boate Victoria<br />
Haus, resolveram unir suas forças, depois que a perda<br />
de um amigo as fez perceber a fragilidade das pessoas,<br />
principalmente daquelas que estão na rua. Assim,<br />
Carrie Myers, Dita Maldita, Gabe Lucke, Laurie Blue,<br />
Leona Luna, Mary Gambiarra, Pikinéia Minaj, Poppy<br />
Moore, Savanna Berlusconny e Xantara Thompson<br />
criaram o “Montadas para o Bem”, um projeto social<br />
que pretende arrecadar roupas, agasalhos e alimentos<br />
não perecíveis em frente à baladas, boates ou pontos<br />
de recolhimento.<br />
Como boas heroínas, elas perceberam que a queda<br />
acentuada de temperatura na maior parte do país<br />
poderia causar danos irreparáveis para os moradores<br />
em situação de rua. Com isso, o primeiro passo foi<br />
a campanha do agasalho. Mil peças foram arrecadadas<br />
em menos de três semanas e assim puderam fazer<br />
a primeira entrega, que aconteceu no dia 22 de<br />
6<br />
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junho, na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília,<br />
onde 300 agasalhos e 40 cobertores foram distribuídos<br />
para esses moradores.<br />
O projeto também ajuda as drags a mostrarem seu poder,<br />
principalmente quando estão “montadas”. “Queremos<br />
entregar a nossa alegria, os nossos sorrisos, abraços<br />
e, principalmente, apresentar para o público o que<br />
é a arte drag. Além de ajudarmos, também estamos<br />
mostrando que a drag queen está além dos palcos”,<br />
afirmou Pikinéia Minaj, 30 anos, Gerente da Boate<br />
Victoria Haus e Drag Blogueira.<br />
Por definição, drag queens são artistas performáticas<br />
que se montam com objetivos profissionais e artísticos,<br />
mas as nossas protagonistas não se deixaram limitar.<br />
“Ela [drag queen] pode estar no palco brilhando,<br />
fazendo show e divertindo plateias, mas também pode<br />
estar na rua mostrando que é um ser humano, e que<br />
isso independe da sexualidade ou qualquer outro<br />
conceito ou pré-conceito”, disse Laurie Blue, 24 anos,<br />
WebDesigner e Drag DJ.<br />
Com isso, o projeto ainda pode ser um exemplo<br />
de conscientização sobre o mundo LGBT e o preconceito<br />
que o envolve, já que até a década de 1960 as drags<br />
eram completamente criminalizadas, e só a partir<br />
do lançamento do filme “Priscilla Rainha do Deserto”<br />
(1994) elas começaram a ganhar maior visibilidade,<br />
fazendo com que atualmente seja possível assistirmos<br />
reality shows inteiros dedicados somente a essas artistas,<br />
como é o caso do “RuPaul’s Drag Race”.<br />
Apesar de todas as questões, nossas heroínas não<br />
pararam no primeiro projeto. No dia 29 de julho,<br />
em parceria com a boate Victoria Haus, uma ação foi<br />
feita para arrecadação de agasalhos, que foram todos<br />
distribuídos no início do mês de agosto. Neste mesmo<br />
mês começaram também a receber doações de alimentos,<br />
que estão sendo entregues durante o mês de setembro.<br />
Os projetos não vão se restringir apenas à Rodoviária<br />
Plano Piloto, as artistas pretendem também realizar<br />
a distribuição em cidades satélites. “Queremos que este<br />
projeto cresça e por isso estamos fechando parcerias<br />
com outros estados, o primeiro estado a abraçar a causa<br />
é Recife”, conta Pikinéia. No município, o projeto foi<br />
apoiado pela boate Maison Poison 666, que resolveu<br />
“botar a cara no sol em prol da solidariedade” e fazer<br />
a sua parte nessa corrente do bem.<br />
De acordo com o comunicado da Maison Poison<br />
666, em Recife não é necessário ser drag queen para<br />
se juntar ao projeto e ir às ruas ajudar os que mais<br />
precisam. Qualquer um pode entrar em contato com<br />
os organizadores por mensagens em inbox no Facebook<br />
e se juntar às queens da boate para apoiar o “Montadas<br />
para o Bem”.<br />
Campanhas como essa já vêm sendo realizadas há muito<br />
tempo e ajudam milhares de pessoas ao redor do Brasil,<br />
como, por exemplo, a Campanha do Agasalho feita pelo<br />
Governo do Estado de São Paulo. Mas, aparentemente,<br />
a situação crítica dos moradores de rua somada com<br />
a crise financeira do país, faz com que os projetos já<br />
existentes não sejam suficientes para ajudar a população<br />
em situação de rua.<br />
De acordo com a última pesquisa feita pelo Ministério<br />
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome entre<br />
os anos de 2007 e 2008, 31.922 pessoas utilizam<br />
as ruas como forma de moradia no país, e essas são<br />
as pessoas que mais precisam ser ajudadas, principalmente<br />
entre as estações de outono e inverno. O que devemos<br />
nos conscientizar é que nossas heroínas de maquiagem<br />
e peruca estão fazendo a parte delas e que nós devemos<br />
nos engajar e abraçar causas que sejam tão significantes<br />
quanto essa, para assim fazer a nossa parte.<br />
Para mais informações<br />
e para conhecer o projeto<br />
mais de perto, acesse:<br />
facebook.com/montadasparaobem<br />
7<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 7 06/09/2016 16:59:15
OCTÓGONO<br />
Estreou dia 4 de Agosto de 2016.<br />
Estreia prevista para o dia 16<br />
de Novembro de 2017.<br />
Time de super vilões.<br />
União de vários heróis.<br />
INTEGRANTES:<br />
Pistoleiro, Arlequina, Magia,<br />
Bumerangue, Crocodilo, Rick Flag,<br />
El Diabo, Katana e Slipknot.<br />
INTEGRANTES:<br />
Batman, Superman,<br />
Mulher Maravilha, Aquaman,<br />
Flash, Ciborgue e Lanterna Verde.<br />
(Mas se formos nos basear nas histórias<br />
em quadrinhos, é um entra<br />
e sai dessa liga!).<br />
Possuem o maior arsenal de<br />
armas, além de alguns integrantes<br />
terem poderes que muitos de nós,<br />
meros humanos, gostaríamos de ter,<br />
como o de Magia.<br />
Não são tão bem equipados,<br />
materialmente falando. De todos,<br />
Batman é o melhor equipado, mas<br />
se formos olhar no conjunto, não<br />
são tão fortes no requisito arsenal,<br />
levando vantagens devido aos poderes<br />
do Superman, Lanterna Verde<br />
e Mulher Maravilha, entre outros.<br />
Alguns deles não têm nada a perder,<br />
porém, na trama, Rick, Arlequina,<br />
Pistoleiro e Magia possuem amores<br />
que os fazem temer a fuga.<br />
Eles correm o risco de perder<br />
alguém da família ou o amor de sua vida.<br />
8<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 8 06/09/2016 16:59:18
O filme não teve uma repercussão<br />
boa depois da estreia, a expectativa<br />
foi alta e a decepção grande para<br />
os expectadores.<br />
Ainda não sabemos como será<br />
a fidelidade com as histórias em HQs,<br />
mas se basearmos em outros filmes,<br />
de cada herói, separadamente, talvez<br />
não seja tão fiel às histórias<br />
em quadrinhos.<br />
A caracterização dos personagens<br />
é bem detalhada e fantástica.<br />
As produções das maquiagens<br />
do Coringa e da Arlequina<br />
são impressionantes, além<br />
do Crocodilo (o que é aquilo?).<br />
A customização dos personagens está<br />
mais voltada às roupas deles do que<br />
a maquiagem em si, não havendo um<br />
trabalho detalhado. Mas se pensarmos<br />
por outro lado, só a roupa do Batman<br />
tem mais de 30kg (imagina carregar<br />
esse peso?).<br />
ORÇAMENTO:<br />
A estimativa foi de 250 milhões<br />
de dólares.<br />
ORÇAMENTO:<br />
Se formos nos basear em<br />
“Batman vs Superman”, o qual passou<br />
do seu orçamento de 400 milhões<br />
de dólares, o filme ficará nessa faixa<br />
de preço.<br />
Além do time de vilões, o Esquadrão<br />
conta com a ilustre presença do<br />
queridinho da vez, o Coringa.<br />
Lex Luthor e até mesmo o Batman não<br />
aparecem no filme da forma que os fãs<br />
estavam esperando.<br />
Até agora nenhuma surpresa, ainda<br />
não foi confirmada a participação<br />
do Lanterna Verde e seu poderoso<br />
anel.<br />
RESULTADO:<br />
Ambos são do Universo DC Comics, porém parece que os Anti-Heróis<br />
ganharam essa batalha e ainda estão conquistando os corações dos jovens<br />
e até mesmo dos antigos admiradores de quadrinhos!<br />
Os vilões sempre fazem mais sucesso que gente boazinha.<br />
9<br />
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BLOCO DE NOTAS<br />
Nostalgia é aquela típica palavra que aprendemos<br />
o significado conforme vamos crescendo<br />
e envelhecendo. Quem nunca sentiu saudades<br />
das antigas brincadeiras na escola como pega-pega,<br />
pique-esconde, pique-bandeira, e todos os tipos<br />
imagináveis de queimada e “adoleta”, programas<br />
de TV, filmes e, é claro, de todas as músicas e cantores<br />
que acompanharam o crescimento da geração Y.<br />
Está mentindo quem nunca se pegou cantando aquela<br />
música antiga e não se perguntou como ainda conseguia<br />
lembrar perfeitamente da letra mesmo sem escutar<br />
a canção há vários anos. E a melhor parte de tudo<br />
isso são os momentos compartilhados com os amigos,<br />
quando alguns deles tem a ideia genial de colocar<br />
um destes hits e todos começam a cantar como se fosse<br />
a música preferida.<br />
Confira a lista que a equipe da <strong>Whiz</strong> preparou.<br />
“O que ela quer, que eu deixe tua filha em paz<br />
E o que ela quer, que você não me procure mais<br />
Eu não tenho classe, eu não sou ninguém<br />
Eu não tenho herança que te<br />
convém<br />
Mas eu sou quem te faz tão bem”<br />
“Tô nem aí, Tô nem aí...<br />
Pode ficar com seu mundinho eu não to nem aí<br />
Tô nem aí, Tô nem aí...<br />
Não vem falar dos seus problemas que eu não vou<br />
ouvir”<br />
“Glamourosa, rainha do funk<br />
Poderosa, olhar de diamante<br />
Nos envolve, nos fascina, agita o salão<br />
Balança gostoso requebrando até o chão”<br />
“É a musa do verão<br />
calor no coração<br />
o fogo do teu beijo traz alucinação<br />
musa do verão<br />
ardente tentação<br />
40 graus de sonho de desejo e paixão<br />
Musa do verão”<br />
“Space may be the final frontier<br />
But it’s made in a Hollywood<br />
basement<br />
And Cobain can you hear the<br />
spheres<br />
Singin’ songs of station to station<br />
And Alderon’s not far away<br />
It’s Californication”<br />
10<br />
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“But I won’t hesitate no more, no more<br />
It cannot wait, I’m yours”<br />
“I’ll take you to the candy shop<br />
I’ll let you lick the lollypop<br />
Go ‘head girl don’t you stop<br />
Keep going ‘til you hit the spot”<br />
“So Lonely (so lonely),<br />
I’m mr.Lonely (mr.Lonely)<br />
I have nobody (I have nobody)<br />
For my own (to call my own girl)”<br />
“And I’m on tonight<br />
You know my hips don’t lie<br />
And I’m starting to feel it’s right<br />
All the attraction, the tension<br />
Don’t you see baby, this is<br />
perfection”<br />
“Baby I can see us movin like that (like that)<br />
Baby I can see us touchin’ like that (like that)<br />
Baby I can see us kissing like that (like that)<br />
We don’t need no more that he said, she said”<br />
“Ela não é do tipo de mulher que se entrega na<br />
primeira<br />
Mas melhora na segunda e o<br />
paraíso é na terceira<br />
Ela tem força, ela tem<br />
sensibilidade, ela é guerreira<br />
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade<br />
Ela é daquelas que tu gosta na<br />
primeira<br />
Se apaixona na segunda e perde<br />
a linha na terceira<br />
Ela é discreta e cultua bons livros<br />
E ama os animais, tá ligado eu sou o bicho”<br />
“Everybody wants to know her name,<br />
How does she cope with her new found fame?<br />
Everyone asks me,<br />
Who the hell is she?<br />
That weirdo with five colours in her hair.”<br />
“My first love broke my heart for the first time,<br />
And I was like<br />
Baby, baby, baby oooh”<br />
“O que eu posso fazer<br />
Se você não pode dar<br />
O amor que eu sonhei<br />
Sinto, mas vou te deixar<br />
Eu já não me sinto bem<br />
Com sua presença<br />
Seu tempo acabou<br />
Vai.. Tchau e Bença...”<br />
“When the sun shines, we’ll shine together<br />
Told you I’ll be here forever<br />
Said I’ll always be your friend<br />
Took an oath I’mma stick it out ‘till the end<br />
Now that it’s raining more than ever<br />
Know that we’ll still have each other<br />
You can stand under my umbrella<br />
You can stand under my umbrela”<br />
“To the left to the left<br />
Everything you own in the box to left<br />
To the left to the left<br />
Don’t you ever for a second get to thinking<br />
You’re irreplaceable “<br />
11<br />
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“Luz que banha a noite<br />
E faz o sol adormecer<br />
Mostra como eu amo você<br />
Se a lenda dessa paixão<br />
Faz sorrir ou faz chorar<br />
O coração é quem sabe”<br />
“I’m sorry that I hurt you<br />
It’s something I must live with everyday<br />
And all the pain I put you through<br />
I wish that I could take it all away<br />
And be the one who catches all your tears<br />
That’s why I need you to hear “<br />
“Father, Father, Father help us<br />
send us some guidance from above<br />
‘Cause people got me, got me<br />
questioning<br />
Where is the love (Love)”<br />
“Quando o sol se for meu amor vou onde você for<br />
Quando o sol se for a luz indicará você pra mim”<br />
“Aserehe ra de re<br />
De hebe tu de hebere seibiunouba mahabi<br />
An de bugui an de buididipi”<br />
“Vou deixar a vida me levar<br />
Pra onde ela quiser<br />
Estou no meu lugar<br />
Você já sabe onde é”<br />
12<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 12 06/09/2016 16:59:26
NO PAÍS DAS MARAVILHAS<br />
As diferentes<br />
formas de assédio<br />
e como elas se<br />
manifestam em<br />
todos os<br />
âmbitos sociais<br />
Por Giovanna<br />
Fiorillo RIbeiro<br />
13<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 13 06/09/2016 16:59:27
Assédio se configura como algo<br />
não desejado, que pode se tornar<br />
ameaçador e agressivo, existindo<br />
de forma verbal, física, emocional e sexual.<br />
Uma pesquisa feita pelo IBGE (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística) com 503<br />
mulheres de todo país mostrou que todas elas<br />
sofreram assédio alguma vez na vida. Em uma<br />
sociedade que ainda se baseia em questões<br />
hierárquicas e de superioridade com relação<br />
ao outro, o assédio chega a se tornar rotineiro.<br />
Adentrando o universo feminino, a forma<br />
mais comum do assédio é o assobio, seguido<br />
de olhares insistentes. O cenário costuma<br />
ser a rua e, aparentemente, as coisas são mais<br />
fáceis. Acontece que assédio é muito diferente<br />
de elogio. O elogio existe para agradar, é uma<br />
demonstração que vai marcar alguém de forma<br />
positiva. O assédio não é uma proposta.<br />
É um insulto, um desrespeito, uma invasão<br />
da privacidade.<br />
A Frente Feminista Mackenzista, formada por<br />
um grupo de jovens feministas, estudantes<br />
da Universidade Presbiteriana Mackenzie,<br />
criou-se com o intuito de buscar formas<br />
de denunciar casos de machismo que ocorrem<br />
dentro da própria Universidade, além<br />
de divulgar o feminismo. Segundo elas,<br />
“a Universidade é local de desconstrução”.<br />
A estudante, que será identificada como C.S.,<br />
afirma ter vivido uma situação traumática<br />
de assédio. “Eu tinha em torno de 16 para 17<br />
anos, estudava fora do bairro onde morava e era<br />
responsável por levar e buscar minha irmã caçula<br />
que tinha uns 10 anos. Nós sempre voltávamos<br />
com um amigo nosso, motorista de ônibus, só<br />
que neste dia a gente atrasou e perdeu a viagem<br />
com ele. Pegamos outro ônibus, fui para o<br />
último banco e lá estava um rapaz. Eu, como<br />
protetora, sentei no meio, quando, de repente,<br />
ele me pergunta a hora e eu, educada, respondi.<br />
Ele insistiu e tocou no meu braço, sinalizou com<br />
a mão dele para baixo, em direção a sua virilha<br />
e eu, no automático, olhei. Na hora, vi o órgão<br />
genital dele para fora e entrei em choque, não<br />
tive reação, sempre fui uma moça tímida. Minha<br />
ação foi tentar tirar minha irmã de perto dele,<br />
mas quando vi, ele tinha algum tipo de canivete<br />
ou uma faquinha de cozinha pequena. Pedi para<br />
minha irmã não olhar para ele e ficar quieta.<br />
Quando ele deu sinal para descer, tocou<br />
no meu braço novamente com aquela mão<br />
nojenta e rapidamente desceu do ônibus. Graças<br />
a Deus minha irmã não viu nada, só depois lhe<br />
contei o que havia acontecido”.<br />
Esse tipo de situação também pode se expandir<br />
ao ambiente universitário. “Uma vez, no Mackenzie,<br />
Em entrevista à revista WHIZ, quando<br />
perguntada sobre o que as mulheres poderiam<br />
fazer no sentido de se protegerem, a Frente<br />
afirma que “as mulheres devem (embora<br />
muitas não o façam por medo de represálias,<br />
perseguições e até mesmo agressões) denunciar<br />
os casos de machismo e assédio para que o autor<br />
seja punido por seus atos”.<br />
Há anos, o assédio até poderia ser algo “normal”,<br />
pois não era devidamente discutido. Hoje, com<br />
o crescimento do feminismo, muitas mulheres<br />
acharam forças para lutar cada vez mais por seus<br />
direitos e por mais respeito diante à sociedade.<br />
No entanto, mesmo diante de tantas mudanças<br />
sociais, a mulher ainda é vista como submissa,<br />
indefesa e obrigada a obedecer às vontades<br />
do homem.<br />
14<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 14 06/09/2016 16:59:29<br />
178
um carro cheio de homens falou comigo<br />
‘ei gatinha, ei gostosa’, aí eu fui e mostrei o dedo<br />
do meio para eles e eles me chamaram<br />
de ‘puta’, gritaram ‘puta’ do carro.<br />
Acho que nunca na minha vida alguém<br />
me chamou de puta, não sabia que doía.<br />
Doeu, foi muito esquisito.”, conta a estudante<br />
identificada como I.G.<br />
Uma pesquisa feita no ano de 2015 pelo site<br />
Vagas.com e publicada com exclusividade<br />
pela BBC Brasil, contou com o depoimento<br />
de 4.975 profissionais. Dentre esses, 52%<br />
afirmam ter sido vítimas de assédio sexual<br />
ou moral.<br />
constantemente de demissão. A psicóloga Vera<br />
Lúcia Vitor de Souza afirma que o assédio<br />
causa conflitos na empresa e na vida pessoal<br />
e emocional da pessoa. “A tendência realmente<br />
é de favorecer o surgimento de vários quadros<br />
de ansiedade. Há uma desorganização psíquica,<br />
um transbordamento na mente da pessoa,<br />
fazendo com que ela descarregue toda angústia<br />
no próprio corpo. Pode acabar adoecendo,<br />
tendo dores no estômago e taquicardia, que são<br />
sintomas psicossomáticos.”<br />
O assédio moral acomete muitas pessoas,<br />
principalmente no ambiente de trabalho.<br />
Na mesma pesquisa feita pelo site Vagas.<br />
com, 47,3% dos entrevistados disseram ter<br />
sofrido assédio moral no trabalho. Isso pode<br />
acontecer quando alguém em nível hierárquico<br />
superior se vê no direito de menosprezar<br />
e maltratar o funcionário, ameaçando-o<br />
15<br />
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8/25/16 5:23 PM
EIXO<br />
oda em<br />
ovimento MSem nunca perder a sua essência, entenda<br />
as mudanças pela qual a moda passou nos<br />
últimos séculos<br />
Por Marcella Miranda<br />
A década de 40 foi iniciada<br />
pela Segunda Guerra<br />
Mundial. As roupas ficaram<br />
mais sérias, com um ar<br />
militar. Os cortes eram<br />
mais retos e as ombreiras<br />
ajudaram a dar mais<br />
seriedade.<br />
1946<br />
Ah... A moda!<br />
Anos se passaram<br />
e ainda somos<br />
atraídos por ela. É cada<br />
detalhe que nos encanta<br />
e cada década possui<br />
o seu charme. E quantas<br />
mudanças! A e v o l u ç ã o<br />
da moda traz junto<br />
d e si as histórias vividas<br />
por cada um, as guerras,<br />
a luta pela liberdade<br />
feminina, o avanço<br />
da modernidade, entre<br />
outras inúmeras memórias<br />
que nos encantam.<br />
É cada detalhe que nos<br />
encanta e cada década<br />
com o seu charme que,<br />
por mais que o tempo passe<br />
e as mudanças aconteçam,<br />
a moda não perde a sua<br />
essência.<br />
1906<br />
Uma época de transformações. Foi assim que ficou<br />
conhecida a década de 1900. As mulheres e os seus<br />
temidos espartilhos definiam uma cintura fina<br />
e bem marcada, logo abaixo dos seios. As cores usadas<br />
geralmente eram mais leves, em tons pastéis e suaves,<br />
como o rosa pálido, o azul claro e a malva. E não<br />
se pode esquecer dos chapéus grandes, que davam um<br />
charme a mais.<br />
1926<br />
O pós-guerra é sempre uma<br />
época de profundas mudanças.<br />
Assim surgem os anos 20,<br />
uma década de prosperidade<br />
e liberdade animada pelo<br />
som do jazz e pelo charme das<br />
melindrosas.<br />
A marcação da cintura desceu<br />
para o quadril, os vestidos<br />
eram mais largos e os cabelos<br />
ficaram curtinhos. Os chapéus<br />
diminuíram e as maquiagens<br />
e os cigarros passaram a ser<br />
permitidos.<br />
16<br />
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Os anos 80 serão eternamente<br />
lembrados como a década<br />
do exagero e da ostentação.<br />
A volta de ombreiras, o couro,<br />
estampas, cores fortes, o culto<br />
ao corpo, a estética da roupa<br />
de ginástica, entre diversas<br />
releituras tomaram conta dos<br />
estilos próprios e da sensualidade<br />
dessa época. As mulheres também<br />
adotaram as roupas masculinas em<br />
seu guardaroupa.<br />
1986<br />
Tudo que se usa hoje faz parte do cenário<br />
atual, mas muito do que se torna tendência<br />
tem um resgate, uma releitura do que<br />
já existiu. Sempre existiram tendências para<br />
seguir, estilistas com nomes renomados e que<br />
fazem peças maravilhosas, porém o verdadeiro<br />
glamour é estar bem consigo mesmo. Quando<br />
a autoestima está elevada, qualquer coisa que<br />
vestirmos estará no topo da moda !<br />
2016<br />
1966<br />
Anos rebeldes, ou mais<br />
conhecidos como a década de<br />
60. A moda passou a dar<br />
visibilidade aos jovens,<br />
que estavam lutando<br />
por seus direitos. Se vestir<br />
passou a estar mais ligado<br />
ao comportamento.<br />
A moda era não seguir<br />
a moda. A maioria das<br />
peças de roupa passou a ter<br />
seu comprimento acima<br />
do joelho, de uma forma<br />
mais despojada e alegre.<br />
Não se pode esquecer<br />
as roupas de banho, os olhos<br />
marcantes da modelo<br />
Twiggy, além das modernas<br />
perucas!<br />
2006<br />
Depois do início da globalização e com as mulheres<br />
tendo maior evidência no mercado de trabalho,<br />
a moda passou a ser minimalista, simples<br />
e mais neutra. Calças de cintura alta e jeans,<br />
muito jeans! Os anos 2000 foram dominados<br />
pelas atrizes e suas barrigas de fora junto<br />
às calças mais despojadas. O rock também teve<br />
uma grande influência nessa época.<br />
17<br />
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TÁ NA CAPA<br />
Conheça Fred Elboni e<br />
sua trajetória pelo<br />
mundo digital e literário<br />
Por Bárbara Pereira<br />
18<br />
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Publicitário por formação,<br />
mas escritor por paixão. Esse<br />
é Frederico Elboni, o grande<br />
nome por trás do site Entenda<br />
os Homens. Natural de São Paulo,<br />
ele viveu grande parte da vida<br />
no sul do Brasil. Há seis anos<br />
começou a consolidar sua carreira<br />
e, desde então, vêm crescendo cada<br />
vez mais.<br />
Engana-se quem pensa que<br />
Fred sempre gostou de escrever.<br />
Ele conta que só depois dos 18 anos<br />
foi descobrir a paixão pela escrita,<br />
que lhe rendeu o blog, alcançando<br />
a marca de 10 milhões de pageviews.<br />
“O carro-chefe são as crônicas<br />
e contos, mas tem várias<br />
c o i s a s q u e a gente abrange e que<br />
eu acho que são importantes.<br />
O objetivo é o que uma menina<br />
de 18 a 24 anos gostaria de ver”.<br />
O que antes era apenas um blog,<br />
hoje já expandiu para outros meios.<br />
Um deles é o Youtube, plataforma<br />
de vídeos na qual Fred já acumula<br />
mais de 250 mil inscritos. Além<br />
do ambiente digital, ele decidiu<br />
aventurar-se pelos livros em 2014,<br />
quando lançou “Um sorriso<br />
ou dois”. Entre todas as funções<br />
que hoje desempenha, ele afirma<br />
não ter uma preferida. “Eu quero<br />
ter liberdade, transitar entre vários<br />
meios”.<br />
WHIZ: Como começou sua<br />
carreira?<br />
FRED: Tudo começou há 6 anos,<br />
em 2010, no Twitter. Eu postava<br />
frases engraçadinhas e depois criei<br />
o blog para escrever coisas um pouco<br />
maiores do que uma frase.<br />
WHIZ: Por que dar o nome de “Entenda<br />
os Homens” para o blog?<br />
FRED: Eu via muita revista feminina<br />
e achava que era uma coisa muito<br />
generalizada, vazia. Achava que era<br />
‘emagreça 5 kg’, ‘como encontrar<br />
seu macho’, e as masculinas não,<br />
eram legais e tranquilas. Viagens,<br />
trabalho, coisas da vida cotidiana.<br />
Então eu pensei em colocar<br />
um nome bem apelativo, porque<br />
de duas, uma: ou ela vai clicar<br />
porque ‘nossa, eu quero entender<br />
e ver o que é’, ou ‘que horrível,<br />
vou clicar para ver o que é e falar<br />
mal’.<br />
WHIZ: Você começou tudo<br />
sozinho, mas hoje já tem vários<br />
colaboradores que escrevem textos<br />
para o site. Como surgiu a ideia<br />
de aumentar os autores?<br />
FRED: Eu não dava conta de escrever.<br />
Escrevia 2 ou 3 posts por semana<br />
e já não aguentava mais, então<br />
comecei a chamar mais gente e hoje<br />
já tem uns 10 colaboradores,<br />
cada um tem sua coluna e escreve<br />
semanalmente. Eu não dou editorial<br />
pra ninguém, elas escrevem sobre<br />
o que quiserem.<br />
WHIZ: Conta um pouquinho sobre<br />
os temas abordados no blog.<br />
FRED: No início, eu queria fazer<br />
um blog para mulheres que querem<br />
ler mais do que a sociedade classifica<br />
como ‘coisas de mulher’. Conteúdo<br />
leve sobre o universo feminino.<br />
Aí eu fui aumentando para música,<br />
filme, e percebi que eu também<br />
queria falar de outras coisas. Não<br />
quero ficar rotulado como um cara<br />
que escreve de amor.<br />
19<br />
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WHIZ: Você tem três livros<br />
publicados. O que te motivou<br />
a escrever cada um deles?<br />
FRED: Como são crônicas,<br />
cada uma tem uma motivação<br />
diferente, né? O primeiro (“Um<br />
sorriso ou dois”) é um pouco<br />
mais sobre relacionamentos, coisas<br />
do cotidiano, contos e textos<br />
mais diretos. O segundo (“Meu<br />
universo particular”) foi uma ideia<br />
mais interativa com a internet.<br />
Pensei em frases e desenhos<br />
para representar momentos,<br />
então as pessoas conseguem postar<br />
no Instagram e eu interajo por lá.<br />
O terceiro (“Só a gente sabe o que<br />
sente”) é o que eu mais gosto, até<br />
porque eu lancei agora e representa<br />
o momento que estou vivendo.<br />
É uma história toda baseada em<br />
coisas que só<br />
a gente sabe que sente: a saudade,<br />
o medo, as confusões, as vontades<br />
efêmeras...<br />
20<br />
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WHIZ: Como você busca inspiração<br />
para escrever os textos?<br />
FRED: Ah, eu busco nas pessoas.<br />
A inspiração vem de uma caminhada,<br />
do que eu vejo, das histórias que eu ouço<br />
nos lançamentos. Nos textos, eu não<br />
converso com as pessoas, mas sim<br />
com seus momentos. Você se traduz<br />
ali e consequentemente traduz<br />
várias outras pessoas também,<br />
então eu tento me colocar naquele<br />
sentimento.<br />
WHIZ: Tem alguma diferença<br />
entre escrever textos para o site e para<br />
os livros?<br />
FRED: Tem, todo meio é diferente.<br />
Se eu escrevo para o site, existe um timing,<br />
então os textos são mais rapidinhos.<br />
No geral, tem que ter uma lição<br />
de moral e um título compartilhável.<br />
No livro não;<br />
eu posso brincar, trabalhar, é mais<br />
calmo. Eu posso ser mais crítico<br />
porque a pessoa vai ler com calma,<br />
vai pensar e refletir.<br />
WHIZ: Você acha que perdeu<br />
privacidade quando começou a usar<br />
o Snapchat, a rede social que é uma<br />
verdadeira transmissão da vida real?<br />
FRED: Não, mas é que eu pondero<br />
muito bem. Eu mostro minha mãe,<br />
meu cachorro, minhas brincadeiras.<br />
Eu não tenho um mundo tão grande<br />
como uma menina de moda, mas<br />
gera uma empatia muito legal.<br />
Eu também deixo o snap aberto<br />
porque quero saber da vida de quem<br />
me acompanha. Pra mim isso é muito<br />
rico.<br />
WHIZ: Com o sucesso dos blogs,<br />
cada vez mais pessoas têm vontade<br />
de se inserir nesse meio. Qual dica<br />
você dá para quem quer criar<br />
um blog?<br />
FRED: Quando você faz um blog,<br />
não cria expectativa. Você vai ficar<br />
um ano fazendo aquilo e vai pensar:<br />
“não deu certo, vou desistir”, mas<br />
e o tempo que você se divertiu?<br />
Se der certo eu estou feliz, essa tem<br />
que ser a alegria. Ninguém faz<br />
pensando em dinheiro, e quem faz,<br />
cai por terra. Dos 6 anos de blog,<br />
eu fiquei os primeiros 3 ou 4 anos<br />
sem ganhar nada. Ninguém lia, mas<br />
eu estava muito feliz, porque você<br />
não pode depender de dinheiro.<br />
Apesar de todo o sucesso que<br />
conquistou nos últimos anos, Fred<br />
é enfático quando perguntamos<br />
sobre os planos para o futuro:<br />
“Eu não tenho muitos planos<br />
geniais. Se eu continuar fazendo<br />
o que gosto de fazer, eu já estou<br />
muito feliz. Faria a mesma coisa<br />
todo dia se não ganhasse um real”.<br />
21<br />
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ADRENALINA<br />
O camisa<br />
13 mais<br />
iMportante<br />
do Brasil<br />
Conheça um pouco do<br />
Mineirinho e como ele contribuiu<br />
para o reconhecimento do surf<br />
brasileiro<br />
Por Giulia Famá<br />
“Antigamente havia apenas o interesse<br />
da mídia especializada; agora todo<br />
mundo sabe quem a gente é”. Essa<br />
é a principal diferença que Adriano<br />
de Souza, campeão mundial de Surf<br />
em 2015, enxerga no reconhecimento<br />
do esporte no Brasil e do próprio país<br />
mundialmente.<br />
O surf é um esporte que tem sua origem<br />
efetiva um pouco desconhecida. Ao contrário<br />
do que é popularmente transmitido,<br />
o surf chegou ao Hawaii através do Rei<br />
Polinésio, que disputa a invenção<br />
da atividade com o povo peruano.<br />
No entanto, sua popularização foi graças<br />
ao campeão olímpico havaiano Duke<br />
Paoa Kahanamoku, que em 1912,<br />
confirmou que seu treino se resumia<br />
em surfar.<br />
Após a declaração, o esporte só ascendeu.<br />
No Brasil, ele teve início em Santos,<br />
mas apenas em 1965 que foi fundada<br />
a primeira associação de surf no país,<br />
a Associação de Surf do Estado do Rio<br />
de Janeiro. De três anos para<br />
cá, desde que Gabriel Medina<br />
e Adriano de Souza ganharam<br />
maior destaque no ranking mundial,<br />
principalmente os jovens brasileiros<br />
têm acompanhado e torcido de perto<br />
por ambos.<br />
Adriano, mais conhecido como<br />
Mineirinho, apelido atribuído<br />
por conta de sua timidez e por ser<br />
o irmão caçula, iniciou sua carreira<br />
muito cedo, influenciado pelo<br />
irmão que o queria longe dos<br />
caminhos ruins e o presenteou com<br />
22<br />
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uma prancha. Logo aos 15 anos, ele havia tornado-se<br />
o mais jovem a ganhar uma competição profissional,<br />
o Circuito Brasileiro, vencendo a etapa do SuperSurf<br />
em 2002. “Ah, com essa idade já tinha bem definido<br />
na cabeça que queria ser surfista profissional e ser<br />
campeão mundial. Foi talvez a confirmação de que estava<br />
no caminho certo”, relata o desportista.<br />
Nascido e criado em uma comunidade no Guarujá,<br />
Mineirinho conta em entrevista exclusiva para a <strong>Whiz</strong> que<br />
deixou de ter o surf como um hobby e passou a praticá-lo<br />
como uma profissão quando percebeu que poderia ajudar<br />
sua família com o esporte. Contudo, a maior dificuldade<br />
encontrada até hoje é a obtenção de recursos para que<br />
ele pudesse participar das competições que sempre<br />
ocorrem em “lugares paradisíacos e muito badalados”.<br />
A falta de recursos é um problema enfrentado por<br />
diversos esportistas brasileiros, principalmente surfistas<br />
que não obtinham o reconhecimento da população<br />
por falta de informação e por tratar-se de um esporte<br />
relativamente novo.<br />
Apesar de todas as dificuldades, Adriano vem fazendo<br />
história desde cedo, mas foi em 2011 que ele iniciou<br />
sua trajetória e direcionou os holofotes para o maior<br />
país da América Latina. “É muito bom ver nosso esporte<br />
em evidência e ver tanta gente que batalhou por ele<br />
colher os frutos”, declara o surfista, que foi o primeiro<br />
brasileiro a liderar o ranking mundial do esporte após<br />
a etapa da ASP World Tour. Já em 2015, ele obteve<br />
duas novas conquistas que marcaram história,<br />
foi o primeiro brasileiro a ganhar a última etapa<br />
da WCT em Pipeline, além de participar da final contra<br />
o Medina, realizando a primeira final somente entre<br />
brasileiros, trazendo o título para casa pelo segundo ano<br />
consecutivo.<br />
Apesar de quando menino já terem “tirado onda”<br />
com a sua relação com o surf, não foi nada que<br />
o incomodasse. Adriano conta também que sempre<br />
teve seu trabalho reconhecido, mas que assim como<br />
qualquer esportista, sempre teve seus ídolos, entre eles<br />
Ayrton Senna. Já dentro do próprio esporte, Fábio<br />
Gouveia, Vitor Ribas e Teco Padaratz, sempre foram<br />
exemplos e serviam de espelho.<br />
Quando questionado a respeito da sua relação com os fãs<br />
e o que acha de ser um exemplo para surfistas iniciantes,<br />
Adriano responde: “é legal ser um bom exemplo, tanto<br />
dentro quanto fora das águas”. Completa dizendo<br />
que “é bom tratar bem quem nos impulsiona<br />
e incentiva”, agindo com naturalidade.<br />
Falando ainda sobre ídolos, Mineirinho afirmou<br />
que Kelly Slater é um exemplo vivo, sendo o maior<br />
campeão mundial com 11 títulos. Entretanto, há uma<br />
rixa existente entre ambos, já que ele foi o brasileiro<br />
que mais ganhou de Kelly por número de baterias,<br />
vencendo de 11 a 15. Adriano afirma que a relação deles<br />
é competitiva, principalmente porque nenhum dos dois<br />
gosta de perder para o outro, mas que existe também<br />
muito respeito e admiração fora das águas.<br />
A relação com o Medina é um pouco diferente, as carreiras<br />
alavancaram muito próximas e ambos representam o Brasil<br />
no mundo do surf. Eles são competidores, mas ainda assim<br />
próximos, já que foi Gabriel que passou o bastão de campeão<br />
para Adriano em 2015.<br />
“Desistir é uma palavra que não faz parte do meu dicionário.<br />
Minha gana em vencer, ser o melhor, não me deixa<br />
parar”, Mineirinho afirma que só vai abandonar<br />
o surf no dia que sentir medo do mar. Enquanto<br />
isso, a sensação de liberdade que ele sente surfando<br />
só alimenta o sonho de ser bicampeão.<br />
Quando o mar não for mais sua casa, Mineirinho<br />
pretende passar tudo que aprendeu para aqueles<br />
que hoje o tem como ídolo, assim como já vem fazendo<br />
com seu projeto social “Eu Sou Campão”. Como último<br />
recado para aqueles que amam o surf e tem o sonho<br />
de seguir carreira, o Camisa 13 aconselha dizendo para<br />
nunca desistirem, afinal foi assim que ele se tornou<br />
Campeão Mundial.<br />
23<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 23 06/09/2016 16:59:44
VISTAM-ME OS BONS<br />
O genderless, resultado dos tempos atuais, vem<br />
ganhando espaço e promete mudar a maneira<br />
como as pessoas enxergam a moda<br />
Por Marina<br />
Kopczynski Xavier<br />
Em um mundo onde atualmente<br />
estereótipos parecem cada<br />
vez mais sem sentido,<br />
a neutralidade dos gêneros,<br />
comumente chamada de genderless<br />
ou não - gênero, chegou ao mundo<br />
da moda. Apesar da discussão acerca<br />
disso ser cada vez mais comum,<br />
ela se tornou de fato ativa nesse<br />
ramo no ano passado, quando<br />
o estilista Alessandro Michele<br />
resolveu explorar as facetas<br />
do assunto com a coleção de estreia<br />
para a marca Gucci.<br />
Na ocasião, era difícil atribuir<br />
gênero às roupas, uma vez que eram<br />
todas similares, e o mesmo aconteceu<br />
com as pessoas que ali desfilavam.<br />
Mas se engana quem pensa que essa<br />
questão foi apenas explorada agora,<br />
no século XXI. Apesar de outras<br />
grifes como Prada, Givenchy, Saint<br />
Laurent e até mesmo Louis Vuitton<br />
estarem encarando a moda com<br />
novos olhares, essa mudança v e m<br />
ocorrendo como resultado<br />
de um processo posterior à Segunda<br />
Guerra Mundial.<br />
Quando os homens foram para<br />
a guerra e as mulheres precisaram<br />
assumir suas funções no trabalho,<br />
os trajes comuns às mulheres<br />
da época se tornaram impróprios<br />
para o dia a dia, e foi assim que<br />
elas começaram a usar calças, uma<br />
característica então puramente<br />
masculina. Isso, juntamente com<br />
o livro “La Garçonne” (1922), um<br />
tanto digno de escândalo p a r a<br />
esse tempo, iniciou o desejo<br />
de empoderamento feminino,<br />
termo inexistente até então.<br />
Agora era possível ver mulheres<br />
com vestidos mais curtos e também<br />
com os cabelos curtos. Era tempo<br />
de liberdade, e muito bem sabia<br />
disso Coco Chanel, um ícone<br />
da moda, que sempre esteve<br />
à frente de seu tempo e incorporou<br />
peças masculinas muito antes disso.<br />
Inspirada nos uniformes militares,<br />
Coco, já no ano de 1926, utilizava<br />
calças compridas e quebrava<br />
paradigmas que mais tarde fariam<br />
dela ser referência para a moda.<br />
24<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 24 06/09/2016 16:59:45
A aproximação dos gêneros<br />
aconteceu também em diversos<br />
outros momentos da história, com<br />
o movimento hippie, por exemplo.<br />
A liberdade que o movimento<br />
buscava permitia que mulheres<br />
e homens dividissem suas roupas,<br />
criando um estilo unissex<br />
para a época. Durante os anos<br />
posteriores, Yves Saint Laurent,<br />
ao incorporar a ideia, produziu<br />
o Le Smoking e o mundo viu ícones<br />
como Mick Jagger e David Bowie<br />
quebrarem paradigmas ao fazerem<br />
o mesmo.<br />
Era isso. Para a época, o unissex era<br />
o termo utilizado para as roupas<br />
que poderiam vestir tanto o gênero<br />
masculino como o feminino,<br />
mas como tudo muda, a palavra<br />
atualmente pode ser considerada<br />
ultrapassada. Uma vez que a questão<br />
de gênero apresenta pluralidade,<br />
existe agora um termo mais atual,<br />
que além de abranger os mais<br />
variados sexos, propõe a inexistência<br />
dos gêneros, principalmente<br />
quando se fala de moda.<br />
O plurissex apresenta a ideia de que<br />
a moda deveria ser feita para pessoas,<br />
ou seja, sem ser definida por certo<br />
e errado. Com o surgimento<br />
desse pensamento, diversas marcas<br />
tentaram produzir coleções que<br />
atendessem a essa expectativa.<br />
A primeira a se destacar foi a inglesa<br />
Selfridges, que há pouco tempo<br />
cancelou as divisões entre<br />
masculino e feminino.<br />
A Zara também quis proporcionar<br />
uma nova experiência e lançou<br />
recentemente a coleção batizada<br />
de Ungenered, peças que poderiam<br />
ser utilizadas por qualquer pessoa,<br />
independente do gênero com o qual<br />
ela se identifica. Mas seria essa<br />
a solução?<br />
Para Bruno Henrique, 19 anos,<br />
dono de uma loja virtual que adere<br />
a essa proposta, essa nova revolução<br />
da moda é totalmente necessária<br />
e a concepção de ser sem gênero<br />
vai muito além. “É totalmente<br />
necessária essa revolução. O nogender<br />
(sem gênero) ultrapassa a linha<br />
do Unissex que já vimos há algum<br />
tempo. Não é o pijama ou aquela<br />
roupa que você pode usar em casa<br />
mesmo sendo menina ou menino.<br />
É além disso. É poder estar<br />
confortável aonde quiser e como<br />
quiser, como se sente em relação<br />
ao que você é. Ainda temos<br />
um grande caminho a percorrer,<br />
a indústria da moda está começando<br />
a digerir a ideia do sem gênero. ”<br />
A linha do consumidor está<br />
mudando: “eu gosto e eu uso”<br />
é o novo lema, e as marcas<br />
ainda estão tentando entender<br />
e se adaptar a isso gradualmente.<br />
Neste ano, quando a C&A buscou<br />
caminhar pela neutralidade em sua<br />
coleção “Tudo lindo e misturado”,<br />
colocou um homem usando<br />
um vestido floral em sua campanha.<br />
Grande avanço. Mas ao que parece<br />
se restringiu apenas a propaganda,<br />
dado que nas lojas tudo continuava<br />
da mesma maneira de sempre.<br />
Foi a partir de 2011 que a discussão<br />
acerca dos gêneros ficou mais<br />
evidente quando a modelo trans<br />
Andreja Pejic desfilou a coleção<br />
feminina de Jean Paul Gaultier<br />
e a masculina de Marc Jacobs.<br />
Na ocasião, Andreja surgiu de menino<br />
e menina, dependendo da ocasião,<br />
gerando assim um debate que<br />
perdura até os dias de hoje, mas<br />
é evidente que se tem um longo<br />
caminho a seguir.<br />
Para aqueles que optam pela<br />
neutralidade como Bruno,<br />
precisam enfrentar um outro<br />
fator: o preconceito. “Eu me sinto<br />
cada dia mais feliz e livre para<br />
poder usar o que eu quiser, sem<br />
ter receio ou vergonha de mim.<br />
Geralmente em lugares de grande<br />
massa, as pessoas sempre me olham<br />
estranho. Tem quem gosta e elogia,<br />
e tem quem fica rindo”, diz Bruno.<br />
Quando perguntado se algum dia<br />
a sociedade estará evoluída a ponto<br />
de ser isenta de preconceitos, completa<br />
dizendo que “a sociedade caminha para<br />
a evolução e acredito sim que em<br />
um futuro próximo estaremos<br />
cada vez mais nos desconstruindo<br />
e melhorando nossa forma de lidar<br />
com o próximo.”<br />
Unissex<br />
Nascido nos anos 1960, esse termo<br />
abrange tudo aquilo que pode ser<br />
usado por ambos os sexos feminino<br />
e masculino.<br />
Plurissex<br />
Atualmente utilizado, compreende<br />
a ideia de uma mesma moda para<br />
todos os gêneros e/ou a inexistência<br />
desses.<br />
Cross- dressing<br />
Estilo que remete à expressão de<br />
gênero oposto ao seu próprio.<br />
Ex: homens vestindo roupas<br />
socialmente ditas femininas.<br />
Androginia<br />
Fusão de características masculinas<br />
e femininas atribuídas à personalidade<br />
da pessoa.<br />
Agênero<br />
Identidade de indivíduos que não se<br />
identificam com nenhum gênero.<br />
Genderfluid<br />
Identidade de indivíduos que<br />
transitam entre os gêneros e/ou<br />
expressam-nos simultaneamente.<br />
25<br />
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AOS OLHOS DE MOZART<br />
De norte a sul,<br />
o dueto Anavitória<br />
conquista corações<br />
de fãs<br />
Por Maria Clara Galeano<br />
26<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 26 06/09/2016 16:59:47
Unidade. Essa é a palavra que<br />
Ana Clara Caetano e Vitória<br />
Falcão usam para definir o duo<br />
Anavitória.<br />
Saídas de Araguaína, interior do Tocantins,<br />
as meninas de 21 anos se conhecem<br />
desde crianças, mas firmaram a amizade<br />
através de uma amiga em comum apenas<br />
na adolescência. O interesse pela música<br />
começou cedo. Ana aprendeu a tocar<br />
violão com o irmão aos catorze anos<br />
e sempre cantou em casa. Já Vitória,<br />
sendo influenciada pelo pai, que sempre<br />
esteve envolvido com música, começou<br />
a cantar aos nove anos na igreja que<br />
frequentava.<br />
Em 2013, Ana convidou Vitória para<br />
gravarem seu primeiro cover, com<br />
o objetivo de publicar em seu<br />
c anal no Youtube. A parceria deu tão<br />
certo que não fizeram apenas um. Quando<br />
Ana Clara não estava em Araguarí, Minas<br />
Gerais, cursando Medicina, se encontrava<br />
com Vitória na cidade natal para cantar.<br />
E foi aí que a jornada se iniciou.<br />
A carreira da dupla começou de fato após<br />
uma “tietagem” de Vitória. Fã do cantor<br />
Tiago Iorc, enviou para ele o cover que<br />
ela e Ana haviam gravado de sua música<br />
“Dia Após o Outro”, sem nenhuma<br />
pretensão. O que elas não esperavam era<br />
que Felipe Simas, empresário de<br />
Tiago, ouvisse o cover junto com<br />
o cantor e as convidasse para gravar.<br />
Nasceu aí o duo Anavitória, com<br />
o apadrinhamento de Tiago Iorc<br />
e Felipe Simas, com selo do projeto<br />
Forasteiro, trabalho do cantor<br />
e d o empresário que visa lançar novos<br />
artistas com futuros promissores.<br />
Ana e Vitória vieram então para São Paulo<br />
para gravarem seu primeiro EP. Com<br />
o lançamento de quatro músicas, com<br />
produção de Tiago, as meninas foram<br />
inseridas no mercado musical brasileiro,<br />
conquistando fãs no caminho. Com seu<br />
trabalho de apadrinhamento, Iorc ainda<br />
dava a oportunidade de cantarem em<br />
seus shows, lançando-as para seus fãs,<br />
aumentando o número de admiradores<br />
de Anavitória.<br />
O ponto alto da curta carreira do duo<br />
até agora foi, sem dúvidas, o projeto<br />
Catarse, um financiamento coletivo<br />
que possibilitou a gravação do disco<br />
das meninas, lançado em Agosto pela<br />
gravadora Universal. Eram necessários<br />
48 mil reais para o projeto sair do<br />
papel e tantas pessoas investiram no<br />
sonho de Ana e Vitória que a meta<br />
já havia sido atingida em menos de dois<br />
meses. Ao final da arrecadação, foi<br />
contabilizado vinte e oito por cento<br />
a mais que o necessário para o projeto.<br />
Além da ajuda, o financiamento coletivo<br />
também funcionou como uma pré-venda<br />
do disco, estimulando o engajamento<br />
do público.<br />
Para Ana Clara, o caminho também<br />
envolveu sacrifícios. Já cursando Medicina<br />
por dois anos, teve de trancar o curso para<br />
seguir o caminho na música. Conta que<br />
sempre pensou em ir pelo lado musical,<br />
mas seus pais nunca deram muito apoio<br />
27<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 27 06/09/2016 16:59:48
para investir em sua formação artística.<br />
Então, estudou e ingressou na faculdade<br />
de Medicina em Araguarí, Minas Gerais.<br />
Com a proposta de Felipe e Tiago, Ana<br />
suspendeu o curso para dedicar-se<br />
inteiramente à Anavitória.<br />
A relação entre as duas parece ser de uma<br />
amizade fortíssima. O entrosamento é tão<br />
nítido que elas descrevem o duo com<br />
uma única palavra que simboliza isso.<br />
Unidade. Ana Clara ainda declara que<br />
elas se equilibram. Enquanto Vitória<br />
é mais extrovertida, Ana é mais tímida<br />
e discreta, balanceando a parceria. Fica<br />
evidente também a simplicidade das duas,<br />
que em momento algum, demonstraramse<br />
deslumbradas com o sucesso e com<br />
a fama que está por vir.<br />
Elas também são bastante presentes<br />
nas redes sociais. Usuárias assíduas<br />
do aplicativo Snapchat, costumam<br />
dividir suas rotinas, os trabalhos<br />
e os momentos de descontração<br />
com os fãs. Já no Youtube, o sucesso<br />
não para de crescer. O vídeo da música<br />
“Singular” já bateu a marca de dois<br />
milhões de visualizações e “Cor de<br />
Marte” não fica atrás com mais de um milhão<br />
e meio de reproduções. Na plataforma de<br />
música Spotify, na qual disponibilizou<br />
oficialmente seu EP e o disco, o duo já<br />
conta com mais de 50 mil seguidores e<br />
260 mil ouvintes mensais.<br />
O apoio que recebem do público também<br />
não é pouco. Seus fãs, apelidados<br />
carinhosamente de passarinhos, marcam<br />
presença em shows e divulgam as músicas<br />
e vídeos em grupos e páginas nas redes<br />
sociais.<br />
Em entrevista realizada meses antes do<br />
lançamento do disco, declararam que a<br />
maior ambição delas era em relação a esse<br />
projeto. “Que ele tenha uma repercussão<br />
linda e que o pessoal se identifique tanto<br />
quanto o EP”, Ana declarou. Vitória<br />
ainda acrescenta que as duas não fazem<br />
muitos planos a longo prazo, evitando<br />
frustrações, preferem viver um dia de<br />
cada vez, dedicando-se ao máximo para<br />
colher sempre os melhores resultados<br />
possíveis.<br />
O duo traz uma lufada de coisas novas<br />
para o mercado. Intitulando seu som<br />
de Pop Rural, Anavitória sai do lugar<br />
comum, do clichê da atualidade. O ritmo<br />
– com nomenclatura praticamente criada<br />
por elas – seria uma junção de todas<br />
as inspirações musicais das duas, de<br />
Wesley Safadão à Beyoncé, como Ana<br />
Clara cita. Popular, pois é democrático,<br />
feito para todos, e rural, pois tem<br />
influência das origens e raízes de Ana<br />
Clara e Vitória. O que as difere também<br />
é o novo perfil que é apresentado,<br />
o de duas jovens cantando música<br />
que não é regional, trazendo a famosa<br />
singularidade que Anavitória canta<br />
e traz como carro chefe.<br />
Imagens meramente ilustrativas<br />
28<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 28 06/09/2016 16:59:49
OS LIVROS QUE VOCê<br />
PRECISA NA FACULDADE<br />
EM UMA MÃO SÓ.<br />
Imagens meramente ilustrativas<br />
A melhor experiência de<br />
leitura em ambientes com<br />
muita ou pouca luz:<br />
No metrô, na faculdade<br />
ou em qualquer lugar.<br />
Até 4 mil livros<br />
em apenas 190g 1<br />
Tela E-link ® antirreflexo<br />
que parece papel<br />
Nas lojas ou no site<br />
saraiva.com.br/lev<br />
29<br />
1. O número de títulos armazenados pode variar de acordo com o tamanho dos arquivos.<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 29 06/09/2016 16:59:50
BON APPÉTIT<br />
Com o constante crescimento do Youtube<br />
no cenário brasileiro, a busca por informação<br />
está cada vez mais prática. Um exemplo dessa<br />
praticidade são os canais de gastronomia, que desde<br />
2014 têm registrado um aumento de quase 300%<br />
nas buscas, de acordo com o Youtube Brasil. Com<br />
um conteúdo simples e direto, busca entreter e auxiliar<br />
os amantes da cozinha, com receitas que variam desde<br />
aquele velho bolo de chocolate da vovó até pratos mais<br />
sofisticados, sempre com um clima jovem e descontraído.<br />
Foi nessa onda de querer ensinar e ao mesmo tempo se<br />
divertir cozinhando que Gisele Souza resolveu iniciar,<br />
em 2010, sua jornada com o canal e blog Receitas<br />
de Minuto. Com a marca de quase meio milhão<br />
de inscritos e diversas receitas que fazem<br />
sucesso, a paulista, natural de Bertioga, nos conta<br />
sua trajetória no contexto gastronômico.<br />
<strong>Whiz</strong>: Como surgiu a ideia de criar um site/canal<br />
de gastronomia? E por quê?<br />
Gisele: A ideia surgiu quando meu irmão mais novo<br />
veio morar em São Paulo e não sabia nem fritar<br />
um ovo. Percebi que assim como ele, eu já havia<br />
passado pela mesma situação, e que muitas pessoas<br />
também. Então resolvi criar o blog e o canal para<br />
ensinar receitas e coisas que estava aprendendo.<br />
<strong>Whiz</strong>: Você desde sempre foi fã de cozinhar?<br />
Gisele: Sempre gostei de ajudar a minha mãe na<br />
cozinha, minha lembrança mais viva é de sempre<br />
ajudar nos finais de semana que ela fazia pães caseiros.<br />
Mas só comecei a cozinhar mesmo quando vim morar<br />
sozinha.<br />
<strong>Whiz</strong>: Quando surgiu a ideia de largar tudo e se dedicar<br />
ao Receitas de Minuto?<br />
Gisele: Na verdade é uma daquelas coisas que<br />
acontecem, nada foi planejado. A empresa onde eu<br />
trabalhava estava fechando e acabei perdendo o emprego.<br />
Como havia ganhado cinco meses de seguro desemprego,<br />
resolvi arriscar esse tempo e ver se conseguia transformar<br />
esse blog, que era só uma brincadeira, em algo lucrativo<br />
e acabou dando certo.<br />
30<br />
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<strong>Whiz</strong>: Como é a rotina de gravação para o canal?<br />
Gisele: Temos dois vídeos por semana. Um mais<br />
longo e detalhado, que são os vídeos de segunda-feira,<br />
e o vídeo Express de quinta-feira, que são vídeos<br />
de no máximo um minuto. Costumo gravar o vídeo<br />
de segunda apenas nos finais de semana, pois quem<br />
faz a captação é meu namorado. Já os vídeos Express<br />
gravo sozinha durante a semana.<br />
<strong>Whiz</strong>: Como é ser parceira do Tastemade?<br />
Gisele: A rede te ajuda a se conectar com outras<br />
pessoas que produzem o mesmo tipo de conteúdo que<br />
você, isso acaba gerando colaborações legais e uma boa<br />
network.<br />
<strong>Whiz</strong>: Como foi a experiência de escrever o seu livro<br />
“Truques de cozinha que ninguém te conta”?<br />
Gisele: Foi corrido, eu tive um ano para escrever<br />
o livro e fazer as fotos, mas como eu não queria um<br />
livro só de receitas, tive que fazer muitas pesquisas para<br />
colocar só truques e dicas para que fosse um livro mais<br />
completo e com a cara do que é o Receitas de Minuto.<br />
Mesmo com a correria foi incrível fazer tudo do zero.<br />
As fotos foram feitas por mim mesma e tive o prazer<br />
de cuidar de cada detalhe.<br />
<strong>Whiz</strong>: Que dica de receita você daria para os universitários<br />
que moram sozinhos e precisam cozinhar todos os dias?<br />
Gisele: Procurem receitas que possam ser feitas em<br />
uma única panela e que já tenha todos os nutrientes,<br />
assim você economiza louça e já faz tudo de uma só vez<br />
sem perder tempo.<br />
• Para os leitores da Revista <strong>Whiz</strong>:<br />
<strong>Whiz</strong>: Você poderia nos contar uma receita especial<br />
para os leitores da Revista <strong>Whiz</strong>?<br />
Gisele: Bom, o Macarrão com Frango e Molho<br />
Barbecue é uma receita deliciosa e que é feita em uma<br />
única panela que merece ser compartilhada com<br />
o mundo.<br />
<strong>Whiz</strong>: Qual foi sensação de migrar do ambiente digital<br />
(blog e canal) para o ambiente físico (livro)? E você<br />
acha que ter um livro complementa o conteúdo já<br />
feito para o Youtube e o site?<br />
Gisele: Acho que o maior desafio é que no livro você<br />
precisa ser mais detalhista ao escrever uma receita,<br />
afinal, lá você não tem o auxílio do vídeo para que<br />
a pessoa possa ver a textura da massa, por<br />
exemplo. Acho que tudo complementa, o livro é para<br />
as pessoas terem ali ao lado da bancada, e se precisarem<br />
consultar uma tabela de medidas culinárias já está<br />
em mãos e não precisa ficar saindo do vídeo e indo<br />
procurar em outro lugar.<br />
<strong>Whiz</strong>: Qual sua maior inspiração para produzir<br />
os conteúdos do site/canal?<br />
Gisele: Eu faço aquilo que gosto de comer, então<br />
minha maior inspiração é meu paladar e minha fome.<br />
<strong>Whiz</strong>: Qual foi o prato que você mais gostou de ter<br />
feito? E qual sua comida preferida?<br />
Gisele: Me orgulho muito do Bolo de Cenoura com<br />
Mousse de Brigadeiro, porque não sou boa em fazer<br />
e decorar doces, mas esse me dediquei bastante, já<br />
que era uma receita especial para comemorar meu<br />
aniversário de 30 anos e o lançamento do livro.<br />
31<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 31 06/09/2016 16:59:54
CHECK IN<br />
Para quem tem<br />
medo de avião<br />
Conheça cinco destinos que surpreendem no quesito<br />
distância e encantam do ponto de vista turístico<br />
Por Juliana Martinelli<br />
Viajar é bom e todo mundo gosta, mas<br />
na maioria das vezes achamos que<br />
para conhecer lugares bonitos e diferentes<br />
precisamos pegar um avião para ir para o outro<br />
lado do país ou até mesmo para o outro lado<br />
do mundo. Pensando nisso, preparamos uma<br />
lista com cinco destinos incríveis e diferentes<br />
para você aproveitar dentro do Estado de São<br />
Paulo, sendo até mesmo possível chegar<br />
de ônibus. Confira:<br />
Ilhabela<br />
A cidade tem um dos litorais mais bonitos<br />
do país, com suas 39 praias de diferentes estilos<br />
e ainda abriga a maior reserva de Mata Atlântica<br />
do planeta, o que é sinônimo de fauna e flora<br />
ricas em diversidade, além das belas cachoeiras.<br />
Também possui variada rede hoteleira, farta<br />
gastronomia, bem como uma movimentada<br />
vida noturna para aqueles que não curtem<br />
apenas passeios à luz do dia.<br />
Ilhabela fica a 213 km de São Paulo. Os ônibus<br />
para o destino saem do Terminal Rodoviário<br />
Tietê.<br />
Brotas<br />
Desde a chegada a cidade já impressiona,<br />
onde é possível avistar as paisagens do relevo<br />
das Cuestas Basálticas, com uma grande<br />
parte da Mata Atlântica e pedras de arenito<br />
aflorando entre a vegetação. O principal<br />
destino é o Parque dos Saltos, por onde passa<br />
o Rio Jacaré-Pepira, cenário perfeito para<br />
prática de rafting, boia-cross, canionismo,<br />
cachoeirismo, escalada indoor, rapel,<br />
arvorismo, caminhada na natureza, circuito<br />
de tirolesas, cavalgada, cicloturismo e passeios<br />
off-road. No centro é possível visitar o Museu<br />
do Café e encontrar produtos artesanais<br />
como licores, cachaças, mel, doces regionais<br />
e compotas variadas.<br />
Brotas fica a 259 km de São Paulo. Os ônibus<br />
para o destino saem do Terminal Barra Funda.<br />
32<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 32 06/09/2016 16:59:57
Campos do Jordão<br />
Para aqueles que preferem o frio das serras<br />
ao calor das praias, Campos é o destino<br />
perfeito. A arquitetura europeia convida<br />
a passeios nas ruas e nas praças, a pé ou de<br />
bicicleta pelas arborizadas ciclovias, e o friozinho<br />
é ideal para degustar da cozinha da montanha,<br />
como fondue, chocolate quente, pinhão,<br />
trutas, frutas vermelhas e os mais variados tipos<br />
de vinho. Ainda há locais históricos, como<br />
o Museu da Xilogravura e o Palácio Boa<br />
Vista, com uma bela coleção de arte brasileira<br />
e telas de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.<br />
Para aproveitar a bela vista panorâmica oferecida<br />
pela cidade, subir o Morro do Elefante pelo teleférico<br />
é a melhor opção.<br />
Campos do Jordão fica a 194 km de São Paulo.<br />
Os ônibus para o destino saem do Terminal<br />
Rodoviário Tietê.<br />
Eldorado<br />
Com 70% do seu território coberto por Mata<br />
Atlântica, a cidade oferece o cenário ideal<br />
para quem gosta de cavernas, grutas, trilhas<br />
e cachoeiras. O destino mais conhecido é a Gruta<br />
da Tapagem ou Caverna do Diabo, que possui<br />
amplas galerias e impressionantes formações<br />
rochosas. Ainda há as diversas trilhas pela mata<br />
e pelas cachoeiras, que justificam o apelido<br />
de “Eldorado do Ecoturismo”.<br />
Eldorado fica a 250 km de São Paulo.<br />
Os ônibus para o destino saem do<br />
Terminal Rodoviário Barra Funda.<br />
Santa Rita do<br />
Passa Quatro<br />
Com certeza a mais tranquila de toda nossa<br />
lista, a cidade não possui nem semáforo, mas<br />
reserva grandes emoções para aqueles que<br />
curtem esportes de aventura, como motocross,<br />
mountain bike, entre outros. As caminhadas<br />
revelam o verde exuberante da natureza<br />
e suas cachoeiras. A mais famosa delas é a Três<br />
Quedas, sendo possível observar as ruínas da<br />
Casa de Força da primeira usina hidrelétrica de<br />
Santa Rita. Além disso, você pode se hospedar<br />
em algumas das clássicas fazendas de café do<br />
século XIX.<br />
Santa Rita do Passa Quatro fica a 250 km de<br />
São Paulo. Os ônibus para o destino saem do<br />
Terminal Rodoviário Tietê.<br />
33<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 33 06/09/2016 16:59:58
VAI POR MIM<br />
ANIMAIS<br />
FANTASTICOS<br />
´<br />
Se você é fã de Harry Potter<br />
provavelmente ficou bem<br />
chateado com o fim da saga,<br />
e ficou com aquele gostinho<br />
de quero mais. A autora J.K.<br />
Rowling, no entanto, não os deixará<br />
desamparados. Em novembro<br />
de 2016, será lançado o filme<br />
“Animais Fantásticos e Onde<br />
Habitam” (Fantastic Beasts and<br />
Where to Find Them), contando<br />
a história do magizoologista Newt<br />
Scamander (Eddie Redmayne),<br />
que chega em Nova York com sua<br />
maleta mágica, abrigando uma<br />
grande coleção de fantásticos<br />
animais coletados ao longo de suas<br />
viagens. Newt perde as criaturas<br />
e passa a usar suas habilidades<br />
e conhecimentos em magia para<br />
capturá-los, embarcando em uma<br />
grande aventura. Tudo isso acontece<br />
em cenário nova-iorquino onde<br />
os bruxos precisam se proteger<br />
dos trouxas.<br />
O filme se passa 70 anos antes da jornada<br />
de Harry Potter e promete trazer muito<br />
mais magia e ação para as telonas.<br />
#VAISERÉPICO: Mais uma<br />
vez chega a São Paulo a Comic<br />
Con Experience. Evento<br />
esse que, além de reunir<br />
convidados e fãs de quadrinhos,<br />
TV, cinema, games, anime, mangá,<br />
RPG, literatura de ficção e fantasia e<br />
grande colecionadores, traz também<br />
atrações, lançamentos e muitas<br />
outras opções para se divertirem<br />
com um único objetivo: fomentar<br />
o mercado de entretenimento<br />
do país e dar mais visibilidade a esse<br />
universo nerd.<br />
Ano passado, 142 mil pessoas<br />
estiveram presentes nos quatro<br />
dias de experiência, esse ano<br />
os organizadores estimam 180<br />
mil pessoas. Entre os convidados<br />
já confirmados estão Karl Urban<br />
(O Senhor dos Anéis e Star<br />
Trek), Jim Michaels (produtor de<br />
Supernatural), Mark Pellegrino<br />
(Grey’s Anatomy, Prison Break, Lost<br />
e Dexter), etc. A CCXP acontecerá<br />
entre os dias 1 e 4 de dezembro, no<br />
Centro de Exposições São Paulo<br />
Expo, na Rodovia dos Imigrantes,<br />
km 1,5, perto da Estação Jabaquara<br />
do Metrô (Linha Azul), onde será<br />
disponibilizado transporte gratuito<br />
até o local do evento.<br />
Para mais informações e compra<br />
de ingressos, acesse o site: ccxp.com.br<br />
COMIC CON<br />
34<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 34 06/09/2016 16:59:59
CHEZ OSCAR<br />
Apesar de São Paulo ser uma<br />
cidade grande, o conforto<br />
de frequentar aquele bar<br />
que você já conhece e sabe como<br />
funciona se sobrepõem a vontade<br />
de procurar e experimentar lugares<br />
novos. Pensando nisto, a <strong>Whiz</strong><br />
resolveu indicar um bar com uma<br />
proposta diferente para os leitores<br />
que querem sair da rotina.<br />
Chez Oscar faz parte de um grupo<br />
de franco-brasileiros que está há<br />
nove anos no mercado atuando<br />
no entretenimento e gastronomia,<br />
unindo ambos das mais diferentes<br />
formas. Localizado na Rua Oscar<br />
Freire, 1128, a casa funciona como<br />
bar, restaurante e café.<br />
Acreditando na originalidade<br />
e no artesanato, o almoço<br />
no restaurante vem com uma<br />
proposta diferente, oferecendo<br />
picadinho de filet mignon com<br />
acompanhamentos. O cliente<br />
também pode optar pelos pratos<br />
específicos de cada dia.<br />
Para quem prefere sair à noite,<br />
o bar conta com um cardápio<br />
completo, com entradas autênticas<br />
e tradicionais que fazem parte<br />
da proposta do grupo Chez. Já os<br />
pratos principais satisfazem todos<br />
os gostos, sendo possível optar por<br />
uma salada, um cheeseburger<br />
ou um risoto.<br />
O cardápio de bebidas agrada os<br />
apreciadores e aqueles que querem<br />
experimentar novas combinações, com<br />
opções de drink desde caipirinhas,<br />
whisky, vinhos e espumantes.<br />
O Chez Oscar funciona de segunda<br />
à sábado das 12h à 1h e de domingo<br />
das 12h às 22h.<br />
Não é muito comum,<br />
atualmente, séries serem tão<br />
cativantes e, ao mesmo tempo,<br />
promissoras desde seu primeiro<br />
episódio. Criada e produzida por<br />
Sam Esmail, Mr. Robot se inicia<br />
com um drama forte e que, ao seu<br />
final, consegue nos surpreender,<br />
entregando mais do que o esperado.<br />
Logo somos apresentados a Elliot (Rami<br />
Malek), um jovem programador que<br />
trabalha como engenheiro de cyber<br />
segurança durante o dia e nas horas<br />
vagas como uma espécie de “hacker<br />
do bem”. Elliot se encontra em<br />
uma encruzilhada quando<br />
é contatado pelo enigmático<br />
Mr. Robot, líder de um grupo de<br />
hackers que pretendem executar<br />
um plano em escala mundial, que<br />
consiste em hackear o sistema<br />
financeiro e “anular” as bases<br />
da sociedade moderna.<br />
Mr. Robot destaca-se em suas duras<br />
críticas ao capitalismo exacerbado<br />
das grandes corporações mundiais.<br />
Sobram referências a grandes<br />
filmes, como “Clube da Luta”<br />
(1999), “Matrix” (1999) e “V de<br />
Vingança (2005)”.<br />
Com um tema extremamente<br />
contemporâneo, é uma série muito<br />
interessante e instigante. Encerrou<br />
sua 1° temporada com muito<br />
sucesso, ganhando dois Globos de<br />
Ouro – melhor série de drama<br />
- além de outros dez prêmios e 20<br />
nomeações. A 2° temporada teve<br />
início em julho de 2016 com 12<br />
episódios garantidos que podem<br />
ser assistidos pelo canal fechado<br />
Space.<br />
MR. ROBOT<br />
35<br />
<strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 35 06/09/2016 17:00:00
#GIRLBOSS<br />
Empreendedorismo,<br />
empoderamento feminino<br />
e dicas para uma vida<br />
profissional de sucesso recheiam<br />
o livro “#Girlboss”, de Sophia<br />
Amoruso, fundadora e hoje<br />
CEO do famoso e-commerce<br />
estadunidense Nasty Gal, que<br />
comercializa roupas femininas.<br />
Com linguagem fácil e bem humorada,<br />
semelhante a um bate-papo entre amigos,<br />
ela cita os principais ingredientes<br />
que considera fundamentais na<br />
carreira de uma #Girlboss, o perfil<br />
da mulher bem sucedida em<br />
qualquer área de trabalho<br />
e, não necessariamente,<br />
exercendo o cargo de chefe.<br />
Assim como em várias histórias,<br />
Amoruso nunca teve facilidades em<br />
sua jornada e, no livro, relata como<br />
essas experiências influenciaram<br />
sua personalidade e sua forma<br />
de lidar com seus negócios. Ela<br />
compartilha uma série de conselhos<br />
com seus leitores, desde a forma de<br />
expor um produto ou responder um<br />
cliente, até em contar com a ajuda de<br />
profissionais qualificados e atualizados<br />
para alavancar sua empresa.<br />
Por mais que o tema central do<br />
livro possa parecer uma conversa<br />
sobre moda e estilo, Sophia<br />
pouco fala nisso. Seu objetivo é auxiliar<br />
e informar o leitor sobre os bastidores<br />
de uma história verdadeira de<br />
um negócio que começou sem<br />
pretensão alguma e tornou-se<br />
uma companhia extremamente<br />
lucrativa e de muito sucesso.<br />
Imagine um grande hambúrguer<br />
suculento por um preço bacana? Isso<br />
existe lá no Zé do Hamburger,<br />
uma famosa hamburgueria da capital<br />
paulista que atrai milhares de pessoas<br />
por ano, interessadas em provar as delícias<br />
da casa. O ambiente é todo inspirado<br />
nos anos 50, então espere encontrar<br />
Elvis Presley tocando no jukebox e até<br />
mesmo uma réplica de um Ford 1951 em<br />
forma de mesa. São diversas opções de<br />
hambúrgueres e hot-dogs no cardápio,<br />
sendo que os lanches prontos levam<br />
nomes divertidíssimos, como “vespa<br />
burger”, “rock n’ roll” e “James<br />
Dean”. Não deixe de montar seu<br />
próprio lanche com os ingredientes<br />
de sua escolha – mas, claro, inclua<br />
o apetitoso creme de queijo. Aceita<br />
uma sugestão da casa? Peça as batatas<br />
rústicas com alecrim, que têm<br />
corte artesanal e são incrivelmente<br />
deliciosas. Se for dividir entre a família,<br />
vale a pena provar as onion rings<br />
artesanais, isto é, a clássica cebola<br />
empanada. Você não pode deixar<br />
de conhecer e apreciar a culinária<br />
do Zé do Hambúrguer!<br />
Endereço: Rua Itapicuru, 419<br />
Site: www.zedohamburger.com.br<br />
ZE DO<br />
HAMBURGUER<br />
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R<br />
^<br />
CAMERA360<br />
Para quem gosta de fotografia,<br />
o Camera360 é um aplicativo<br />
gratuito, fácil de usar e que<br />
proporciona dezenas de efeitos<br />
únicos às suas fotos favoritas.<br />
O mais legal do aplicativo são as várias<br />
opções de captura e edição. O “Selfshoot”,<br />
por exemplo, apresenta<br />
uma série de efeitos para aplicar em<br />
um autorretrato, enquanto “Tiltshift”<br />
permite tirar fotos com foco<br />
apenas no centro. Dessa forma, criase<br />
a impressão de que os objetos ao redor<br />
estão em miniatura.<br />
Bastante completo em termos de recursos<br />
e eficiente na hora de capturar as<br />
imagens, o app dispõe de um bom<br />
estabilizador para evitar tremidas.<br />
Se quiser apenas editar a foto, ainda<br />
tem a opção em que você mesmo<br />
ajusta cada detalhe da imagem, dos<br />
básicos contraste e brilho a formato<br />
do olho e do rosto, cor, entre outras<br />
inúmeras escolhas.<br />
Com 82 obras de autoria<br />
de 64 mulheres artistas<br />
dos séculos XX e XXI que<br />
marcaram a história nacional e<br />
internacional, o Museu de Arte<br />
Brasileira da FAAP (MAB-FAAP)<br />
está realizando desde abril a<br />
exposição “Elas - Mulheres Artistas<br />
no acervo do MAB”. Com término<br />
previsto para 25 de setembro,<br />
entre as artistas expostas estão<br />
Anita Malfatti, Tarsila do Amaral,<br />
Noemia Mourão, Djanira, Marina<br />
Caram, Mira Schendel, Tomie<br />
Ohtake, Geórgia Kyriakakis, Anna<br />
Maria Maiolino, Carmela Gross,<br />
Teresa Nazar, Mary Vieira e Maria<br />
Bonomi, entre outras. Ao contrário<br />
do que acontece na maioria das<br />
vezes, agora o protagonismo é todo<br />
delas, uma vez que a participação<br />
feminina na história da arte<br />
brasileira foi reconhecida apenas<br />
a partir do modernismo. Antes<br />
do movimento, o espaço das artes<br />
era dominado quase totalmente<br />
por homens, e a presença da<br />
mulher era praticamente nula e<br />
desconhecida. Em uma bonita<br />
homenagem cronológica feita com<br />
curadoria de José Luis Hernández<br />
e Laura Rodríguez, a exposição<br />
mescla autoras mais conhecidas,<br />
como Regina Silveira e Anna Maria<br />
Maiolino, com boas surpresas,<br />
a exemplo de Noemia Mourão,<br />
representada pelo delicado desenho<br />
Mimi, de 1939. São mais de oitenta<br />
trabalhos, entre telas, esculturas,<br />
fotografias e gravuras, espalhados<br />
numa sala preta, iluminada num<br />
pilar por um único refletor rosa.<br />
MAB FAAP<br />
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