Whiz 4ª Edição

AOS OLHOS DE MOZART
Nicolas Nespatti conta como deixou a publicidade em segundo plano e passou a
investir no cenário da música
O
início de uma carreira pode começar com
pequenas situações do dia a dia. Foi assim
que aconteceu com Nicolas Nespatti aos
14 anos de idade. Hoje, publicitário formado e DJ, ele
conta em entrevista exclusiva para a Whiz, que sempre se
interessou pela forma como os DJ’s tocavam nas famosas
matines que frequentava.
Apaixonado pela música, e tendo iniciado a
profissão no começo de 2011, após realizar um curso
na BAN EMC, empresa multifacetada especializada na
área, Nicolas começou a procurar locais para tocar. Sua
primeira oportunidade surgiu do contato com amigos, e
desde então, sua carreira só vem ascendendo.
Entre todos os estilos de mixagem, o publicitário
escolheu pela música eletrônica, seguindo o mesmo
fascínio que tinha pelos DJ’s quando adolescente. “Eu ia
para as matinês esperando o momento que o DJ tocasse o
hit da época e a felicidade que eu sentia quando tocava é a
mesma que eu sinto hoje quando estou tocando”.
Atuando em dois meios bem diferentes, baladas
e festas universitárias, porém com o mesmo público, o
publicitário conta que são experiências bem diferentes,
que de fato o ajudam a ganhar nome no meio, mas se
atrapalham caso ele se restrinja a um só local. Apesar
do seu lugar preferido para tocar ser uma casa noturna,
Clash Club, seu primeiro grande evento foi a Equador,
festa universitária de Arquitetura do Mackenzie.
Por Giulia Famá
Justificando a preferência pela Clash, Nicolas
explica que o público que frequenta a casa é bem específico
e aprecia música eletrônica, no caso, sua especialidade.
Logo, durante suas apresentações ninguém vai pedir para
que ele troque o estilo e toque alguma marchinha de
carnaval, ou funk que esteja em alta.
Com relação às fãs e horários é tudo uma questão
de costume. Segundo o jovem, aos poucos os horários
não atrapalham mais na vida pessoal. “E mesmo se
atrapalhasse não tem coisa mais divertida e gratificante
do estar tocando e ver sorrisos e pessoas dançando com
aquela música que elas esperavam a noite toda. ”. Já sua
relação com as fãs sempre foi muito boa, tratando com
humildade a todas.
Apesar de apreciar desde cedo à profissão, a
escolha da sua faculdade não foi influenciado pelo sonho.
Contudo, Nespatti admite que o curso de Publicidade o
ajuda na carreira de DJ, através da própria divulgação, ou
seja, marketing pessoal e a melhor forma de trabalhar um
produto, que no caso é a música, promovendo a si mesmo,
além de atingir o maior número de pessoas possível.
Com a carreira em ascendência, e o sonho dos
seus 14 anos cada vez mais real, o DJ pensa em deixar
de exercer a profissão de publicitário, porém ainda não
conseguiu se desprender da mesma. Enquanto isso,
ele segue com os estudos na área de produção musical,
paralelamente ganha mais portfólio e nome no meio.
26 REVISTA WHIZ 4º EDIÇÃO