Whiz 4ª Edição

S
er estilista ou ter uma graduação em moda
não é mais pré-requisito para ser dono de
uma marca de roupas. A geração Y com acesso
a internet, enxerga diante de um mundo globalizado
a possibilidade de tornar seus sonhos realidade e
desprendendo-se dos negócios de família, criam seus
próprios projetos pessoais muitas vezes antes dos 18
anos de idade.
Matheus Morato e Gustavo Teixeira são exemplos
dessa nova tradição. Math Jones é a marca de roupa
criada, e administrada pelos dois estudantes. Com
exceção da produção em si que é terceirizada, todas as
outras tarefas são divididas entre os dois sócios.
Sempre atraído pelo mercado da moda, Gustavo
enxergou na ideia de Matheus a oportunidade de
colocar em prática um sonho que os dois tinham em
comum: ter um negócio próprio
“
Achei então uma ótima
oportunidade de trabalhar com
algo que eu gostava e ter minha
primeira experiência como
sócio do meu próprio negócio,
não tinha nada a perder, entrei
de cabeça nessa ideia”.
A parte de criação fica, em sua maioria, por
conta do Matheus que apresenta maior habilidade na
área, contudo, nenhuma estampa é produzida sem a
opinião de Gustavo e a aprovação conjunta. Mas as responsabilidades
da empresa sempre são divididas, inclusive
a parte burocrática.
Cansados de padrões e uma sociedade uniformizada,
a dupla busca um público que se identifique
com a marca, que possui o estilo de roupa com uma
cara jovem e corte masculino. As estampas por serem
criativas, atraem diferentes idades e gêneros, e podem
ser caracterizadas como unissex.
Inspirados no dia a dia, e almejando o conforto
e originalidade daqueles que consumirem os produtos
desde o processo de criação até na relação com o
cliente, a Math Jones procura encontrar seu caminho
entre as marcas concorrentes e desenvolver áreas inexploradas,
sendo essa uma das estratégias encontradas
pela dupla para enfrentar a concorrência do mercado,
que esta em ascensão com jovens empreendedores.
marca, como a própria idade dos sócios, Gustavo
responde afirmando que se alguém mais velho e
com mais experiência no ramo estivesse envolvido,
provavelmente existiram conflitos devido à diferença
de experiência. “Se isso nos prejudica ou não, ainda
não sabemos dizer, mas temos certeza de que pelo
menos nosso core business está sendo seguido, uma
marca de jovens para jovens”, completa o sócio.
Dentre os obstáculos enfrentados na hora da
produção efetiva dos produtos, foi encontrado um
fornecedor no início que atendesse as necessidades
da marca. Hoje em dia, a confecção terceirizada é a
área que mais trás problemas, como atraso ou erros
na mercadoria, sendo necessário sempre ter um plano
secundário para não prejudicar os clientes. “Estamos
agora em um processo de transição, onde queremos
melhorar nossos serviços sem pesar no bolso, então
estamos constantemente em busca de melhorias, o que
é bem difícil também para uma marca iniciante”.
A abertura de uma loja física não está entre
os planos dos dois estudantes a princípio, por terem
um público jovem como seus principais consumidores,
e essa geração estar muito ligada ao mundo digital. Dessa
forma, o e-commerce é a melhor maneira de conquistar
espaço e lugar na vida dos jovens, evitando também os
gastos básicos para a manutenção de uma loja física.
Apesar de serem donos de uma marca que
vem crescendo e ganhando mercado, nenhum dos
dois sócios faz moda e nunca cogitaram estudar algo
relacionado, contudo os cursos escolhidos acabam
ajudando na divulgação e manutenção da empresa.
Relações Públicas e Publicidade e Propaganda se
completam entre si e agregam à marca, ambos trabalham
a relação com o cliente.
Os donos da Math aconselham, dizendo
que obstáculos sempre irão existir e levam como
referência a frase de Jorge Paulo Lemann: “Sonhe
grande, pois sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”.
Acreditam também que a originalidade é a chave para o
crescimento de qualquer empresa.
Quando questionados sobre as dificuldades
encontradas no processo de criação e manutenção da
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