Whiz 4ª Edição

WHIZ: Por que você decidiu fazer o canal
“Jout Jout Prazer”?
críticas.
Jout Jout: Para vencer meu medo de
WHIZ: Como foi para você perceber que
o canal estava crescendo e atingindo cada vez mais
pessoas?
Jout Jout: Foi maravilhoso e ao mesmo
tempo uma super pressão porque eu acho que
quando você está fazendo pra ninguém você fica
mais “relax”, mas aí quando você vê que tem várias
pessoas te ouvindo e você está influenciando várias
pessoas, você fica prestando mais atenção no que
vai falar.
WHIZ: Você mudou muito do que era
quando começou o canal?
Jout Jout: Não sei... Eu acho que a gente
muda o tempo todo, né? Mas não sei se foi algo
super intenso. Eu mudei como todo mundo
muda. Por exemplo, tem muitas coisas, muitos
pensamentos que mudaram, muitos princípios
que eu não tinha e que hoje eu tenho. Porque você
vai vivendo e vai aprendendo coisas novas e você vai
vendo uma outra pessoa. Então, sim, mudei.
WHIZ: Você recebeu uma proposta para
fazer um programa de TV, por que não aceitou?
Jout Jout: Não era a hora, sei lá, não senti
formigamentos bons na barriga.
WHIZ: No futuro, você pretende
continuar fazendo vídeos para o Youtube ou pensa
em projetos diferentes?
Jout Jout: Ah, sei lá, deixa rolar. Não
tenho esses planejamentos de “ah, jamais irei
fazer televisão” ou se não do tipo, “ano que vem
vou para televisão”, nada disso. Se eu sentir um
formigamento bom vai acontecer, se eu não sentir
um formigamento bom, não vai acontecer. É
assim mais ou menos que funciona no canal.
WHIZ: No vídeo “UMA AULA” você
falou sobre HIV, que ainda é um tema muito
polêmico para algumas pessoas. Para você, qual a
importância de abordar temas como esse?
Jout Jout: Eu acho que quando você
vai falar sobre um assunto polêmico, é muito
importante que você esteja muito segura do que
você está falando. Tem que estar preparada para
o que vem e para o que vai vir, porque você tem
mais ou menos uma ideia de como as pessoas vão
reagir. Nesse caso, desse vídeo, só poderia vir coisas
maravilhosas, porque é um assunto que precisa
ser tratado, mas que não fere ninguém, só ajuda
quem precisa ser ajudado. Mas é importante e
alguém tem que falar, e quem se sente confortável
que vá falando.
WHIZ: A faculdade de jornalismo te
ajudou em alguma coisa do que você faz hoje em
dia?
Jout Jout: Pois é, sempre me perguntam
isso e eu sempre falo que não, mas aí Caio fala:
“Não é possível que não, deve ter ajudado em
alguma coisa”. Mas não foi a maior contribuição
da minha vida, não é como se eu fosse super
introvertida e ai quando eu fiz jornalismo fiquei
extrovertida e super comunicativa. Eu sempre fui
desse jeito que eu sou. Então assim, eu acho que
você aprende sempre com a faculdade, mesmo
que seja tomando um café com um funcionário
da PUC. Às vezes vem de lados que a gente não
espera. Mas não sei responder essa pergunta, é
muito difícil pra mim.
WHIZ: Conta um pouco pra gente da
sua coluna na Cosmopolitan.
Jout Jout: Ela tá lá, né? Vai fazer um
ano que eu estou escrevendo lá. A editora da
COSMOPOLITAN entrou em contato comigo
e ai falou: “vamos ter uma coluna?”. Eu sempre
quis ter uma coluna na revista porque a minha
mãe amava e ela achava o máximo, e ai quando
eles me chamaram eu fiquei “ai, meu Deus, não
acredito”. E ai foi isso, to lá.
WHIZ: O que você sentiu quando a sua
página do Facebook foi derrubada por grupos
considerados machistas?
Jout Jout: Eu fiquei irritada.
Na verdade, eu nem sabia que isso tinha
acontecido,eu sou muito ruim de redes (sociais)
e eu não entro toda hora, então, eu nem tinha
visto que isso tinha acontecido. Eu só descobri
porque falaram no Twitter e Caio viu e falou:
“Julia, tem alguma coisa errada com a sua
página (do Facebook)”. Então, eu fiquei na
verdade muito confusa, por que eu não estava
entendendo nada que estava acontecendo, não
estava acompanhando isso. Mas aí depois tudo
se resolveu, ficou tudo bem e voltou ao ar.
WHIZ: Você faz alguns funks no seu
canal, de onde surgiu essa ideia?
18 REVISTA WHIZ 4º EDIÇÃO