20.09.2018 Views

Whiz 4ª Edição

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

astante do nosso tempo. Segundo um estudo<br />

publicado pela Agência Internacional We Are Social,<br />

os brasileiros gastam 5 horas e 26 minutos na internet<br />

via computador ou pelo discurso”, diz Fernanda<br />

sobre o meio em que a mensagem foi publicada, mas<br />

completa dizendo que “a Corte Europeia de Direitos<br />

Humanos decidiu recentemente, em 2014, sobre um<br />

caso chamado Delfi AS v. Estonia, que o site em questão<br />

era sim responsável pelo conteúdo de terceiros - que<br />

foi considerado discurso de ódio e incitação à violência<br />

- porque ele tinha conhecimento e possibilidade de<br />

agir. Essa possibilidade de agir está muito ligada aos<br />

mecanismos dos sites em si”.<br />

“A linha é tênue entre a liberdade que<br />

precisamos e a opressão que vemos, e<br />

a internet não para nem sequer um<br />

segundo para que possamos analisar<br />

e discernir o que é o ideal para todo<br />

esse mundo virtual”<br />

Outro problema acarretado por uma “liberdade<br />

de expressão as avessas” é o assédio sexual via web, através<br />

de redes sociais e aplicativos. De acordo com o estudo<br />

realizado pelo instituto “Pew Research Center”, pelo<br />

menos 26% de jovens mulheres entre 18 e 24 anos<br />

já foram perseguidas online, e 25% já foram alvo de<br />

assédio sexual via internet. Esta pesquisa tenta qualificar<br />

todo tipo de abuso causado, que vai desde xingamentos<br />

e esforços para constranger outros usuários, até<br />

comportamentos mais extremos, como perseguição,<br />

ameaças físicas e assédio sexual, em especial com as<br />

mulheres. E defender a liberdade pela qual tanto<br />

clamamos, não quer dizer, de forma alguma, defender<br />

atitudes como essas, que vão de encontro com todo o<br />

debate sobre o tema.<br />

Formas de denúncia também são importantes<br />

quando o tema fere seus direitos e sua liberdade.<br />

Fernanda cita como exemplo o mecanismo de<br />

“flagging” do Facebook, que é uma ferramenta<br />

que analisa os posts marcados pelos usuários como<br />

possivelmente problemáticos e decide o que fazer com<br />

os mesmos - normalmente deletar a postagem e as vezes<br />

até suspender a conta.<br />

E o último problema está no fato de que a<br />

internet em si dificulta muito o processo de dar<br />

uma identidade às pessoas por trás da tela, por<br />

isso, fica mais fácil dar sua opinião ou falar o que<br />

lhe ocorre quando você pode criar um perfil falso<br />

e postar qualquer comentário em qualquer rede<br />

social, considerando que será extremamente difícil<br />

ser encontrado para responder pelos seus erros. A<br />

linha é tênue entre a liberdade que precisamos e<br />

a opressão que vemos, e a internet não para nem<br />

sequer um segundo para que possamos analisar<br />

e discernir o que é o ideal para todo esse mundo<br />

virtual, então cabe a cada um de nós agirmos da<br />

forma mais libertária e correta possível.<br />

REVISTA WHIZ 4º EDIÇÃO 15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!